aborto - oficial

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E.E.Prof. Mario Marques de Oliveira Sociologia .:Aborto:. Prof. Humberto 3°B Alunos: Aryane N° 04 Clayton 06 Diogo 11 Guilherme 17 Gustavo 18

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Page 1: Aborto - Oficial

E.E.Prof. Mario Marques de Oliveira

Sociologia

.:Aborto:.

Prof. Humberto 3°B

Alunos: Aryane N° 04 Clayton 06 Diogo 11 Guilherme 17 Gustavo 18 Marcela 21

São Paulo23/10/2009

Introdução

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A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortus, derivado de aboriri ("perecer"), composto de ab ("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer"). Abortar pelo dicionário Larousse é expulsar um feto em desenvolvimento antes do termino da gestação regular. Aborteiro é aquele que pratica ilegalmente o aborto. Abortício nasce do aborto. Abortivo provoca o aborto. Aborto é a expulsão natural ou provocada de um embrião ou de um feto, junto com anexos ovulares, antes da data de viabilidade. O aborto pode acontecer de várias formas provocadas como como a dilatação, a sucção, a curetagem, o envenenamento, sufocamento, drogas, mini-aborto e o esquartejamento, podendo ainda ser um aborto natural. As consequências também não são as mais agradáveis, sendo de acordo com o método utilizado. Proporcionando problemas até para o próximo feto.

Métodos

Expontâneo

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O aborto espontâneo ocorre involuntariamente, por acidente, por anormalidades orgânicas da mulher ou por defeito do próprio ovo. Ocorre normalmente nos primeiros dias ou semanas da gravidez, com um sangramento quase igual ao fluxo menstrual, podendo confundir muitas vezes a mulher do que realmente está acontecendo. Podendo ser iminente ou inevitável. O iminente é uma ameaça de aborto. A mulher tem um leve sangramento seguido de dores nas costas e outras parecidas com as cólicas menstruais. O aborto inevitável é quando se tem a dilatação do útero para expulsão do conteúdo seguido de fortes dores e hemorragia. Sendo dividido em duas partes: o incompleto que é quando ocorre depois da saída dos coágulos a saída restante do conteúdo e o aborto preso, que é quando o ovo morre, mas não é expelido.

Provocado

O aborto provocado é todo aquele que tem como causador um agente externo, que pode ser um profissional ou um "leigo". Dilatação - Uma faca, em forma de foice, dilacera o corpinho do feto que é retirado em pedaços. Sucção - O aborto por sucção pode ser feito até a 12ª semana após o último período menstrual. Este aborto pode ser feito com anestesia local ou geral. O colo do útero é imobilizado por um tenáculo, e lentamente dilatado pela inserção de uma série de dilatadores cervicais. Depois está relacionada à quantidade de semanas de gestação. Liga-se esta ponta ao aparelho de sucção, no qual irá evacuar completamente os produtos da concepção. A sucção afrouxa delicadamente o tecido da parte uterina e aspira-o, provocando contrações do útero, o que diminui a perda de sangue. Com a anestesia local, usa-se uma injeção de Ergotrate para contrair, o que pode causar náusea e vômitos. Curetagem - é feita a dilatação do colo do útero e com uma cureta onde é feita a raspagem suave do revestimento uterino do embrião, da placenta e das membranas que envolvem o embrião. A curetagem pode ser realizada até a 15ª semana após a última menstruação. Este tipo de aborto é muito perigoso, por que pode ocorrer perfuração da parede uterina, tendo sangramento abundante. Outro fator importante é que se pode tirar muito tecido, causando a esterilidade.

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Drogas e plantas - Existem muitas substâncias que quando tomadas causam o aborto. Algumas são tóxicos inorgânicos, como arsênio, antimônio, chumbo, cobre, ferro, fósforo e vários ácidos e sais.As plantas são: absinto (losna, abuteia, alecrim, algodaro, arruba, cipómil – homens, esperradura e várias ervas amargas). Todas estas substâncias têm de ser tomadas em grande quantidade para que ocorra o aborto. O risco de abortar é tão grande como o de morrer, ou quase. Mini-Aborto - É feito quando a mulher está a menos de sete semanas sem menstruar. O médico faz um exame manual interno para determinar o tamanho do feto e a posição do útero. Lava-se a vagina com uma solução anti-séptica e com uma agulha fina, anestesia o útero em três pontos, prende-se o órgão com um tipo de fórceps chamado tenáculo, uma sonda de plástico fino e flexível é introduzida no útero. A esta sonda liga-se um aparelho de sucção e remove-se o endométrio e os produtos de concepção. A mulher que faz o mini-aborto, depois da operação pode ter cólicas uterinas, náuseas, suor e reações de fraqueza. A mesma não pode ter relações sexuais e nem usar tampão nas 3 ou 4 semanas seguintes para evitar complicações ou infecções. Envenenamento por sal - É feito do 16ª à 24ª semana de gestação.O médico aplica anestesia local num ponto situado entre o umbigo e a vulva, no qual irá ultrapassar a parede do abdome, do útero e do âmnio. Com esta seringa aspira-se o fluído amniótico, no qual será substituído por uma solução salina ou uma solução de protaglandina. Após um prazo de 24 à 48 horas, por efeito de contrações do feto é expulso pela vagina, como num parto normal. O risco apresentado por este tipo de aborto é a aplicação errada da anestesia, e a solução ter sido injetada fora do âmnio, causando a morte instantânea. Sufocamento - Este método de aborto é chamado de "parto parcial". Nesse caso, puxa-se o bebê pra fora deixando apenas a cabeça dentro, já que ela é grande demais. Daí introduz-se um tubo em sua nuca, que sugará a sua massa cerebral, levando-o à sua morte. Só então o bebê consegue ser totalmente retirado. Esquartejamento - O feto é esquartejado ainda dentro da mãe. Deixando-o em pedaços. Retirada do liquido amniótico.Esta é uma das maneiras mais lentas de praticar o aborto: O abortista retira o liquido amniótico de dentro do útero e coloca uma substância contendo sal.

Consequências

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Imediatas

Método da Aspiração1. Laceração do colo uterino provocada pelo uso de dilatadores.Conseqüências:- insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no primeiro e no segundo trimestre (10% das pacientes);- partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação.2. Perfuração do úteroAcontece quando é usada a colher de curetagem ou o aspirador; mais frequentemente, através do histerômetro (instrumento que mede a cavidade uterina). O útero grávido é muito frágil e fino; pode ser perfurado sem que o cirurgião se dê conta. É uma complicação muito séria.Conseqüências:- infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade;- intervenção para estancar a hemorragia produzida;- perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas;- a artéria do útero, nesses casos, freqüentemente, é atingida, criando a necessidade de histerectomia, se não for possível estancar a hemorragia.3. Hemorragias uterinasPerda de sangue ou fortes hemorragias causadas pela falta de contração do músculo uterino. As perdas de sangue são mais intensas se a gravidez for avançada. Essas perdas são de 200 ml na 10ª semana de gravidez, 350 na 12ª, 450 na 13ª semana...Conseqüências:- necessidade de transfusão de sangue;- ablação do útero, se a hemorragia não for estancada.4. Endometrite (inflamação) pós-aborto (infecção uterina secundária, decorrente do aborto).Apesar dos antibióticos administrados antes do aborto; há grande incidência de infecções e obstrução de trompas.Conseqüências:- esterilidade- Gravidez ectópica (fora do lugar apropriado).5. Evacuação incompleta da cavidade uterina. Necessidade de prolongar a sucção e de fazer uma curetagem imediata.Danos e conseqüências:- possibilidade de extração do endométrio (mucosa uterina);

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- formação de aderências no interior do útero e, como conseqüência, esterilidade, frequentemente amenorréia (ausência de menstruação);- possibilidade de placenta prévia na gravidez seguinte, criando a necessidade de cesariana.

A chamada Extração MenstrualÉ possível que a paciente não esteja grávida.Pode ocorrer uma extração incompleta (o ovo frequentemente não é extraído, tornando necessária uma curetagem).

Método das Laminárias(tampão esterilizado feito de algas marinhas)Pode ocorrer que fique preso tornando-se necessária uma histerectomia.Conseqüências:- infecções graves por causa da presença de corpo estranho- as mesmas da histerectomia.

Solução Hipertônica Salina (Gravidez de 12 a 20 semanas)Complicações muito sérias:- retenção da placenta e hemorragia (50% necessitam de curetagem).As mesmas complicações que uma curetagem pode produzir, com o agravante de uma possível perfuração do útero e da formação de aderências;- infecção e endometrite (inflamação da mucosa do útero);- hemorragia;- coagulopatia e hemorragia abundante;- intoxicação por retenção de água; efeitos secundários do soro salino e da pituita que podem causar falhas de funcionamento do coração e morte;- perigo de entrada de solução salina na corrente sanguínea da mãe com efeitos mortais;- possibilidade de gravidez mais avançada do que a informada pela mãe e, na ausência de um exame sério, poderia abortar uma criança de 2 quilos ou 2 quilos e meio. Esse tipo de aborto apresenta um perigo dez vezes superior à curetagem. A mortalidade vai de 4 a 22 por mil.As razões do aborto denominado terapêutico são uma contra-indicação para o aborto através de solução salina.

Histerectomia (extração total do útero)

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Complicações:Os mesmos perigos e complicações de toda cirurgia intra-abdominal: hemorragia, infecção, peritonite, lesões da bexiga e dos ureteres. Complicações variadas em 38 a 61 por mil.

Tardias

1 - Insuficiência ou incapacidade do colo uterino.2 - Aumento da taxa de nascimentos por cesariana (para permitir que o bebê consiga viver mesmo que prematuro).3 - Danos causados às trompas por possível infecção pós-aborto, causando infertilidade (em 18 % das pacientes). Maior número de complicações em mulheres grávidas que anteriormente provocaram aborto (67,5% entre as que abortaram e 13,4 entre as que não abortaram).Dentre todas as complicações, a mais grave é a hemorragia, que transforma a nova gravidez em gravidez de alto risco.4 - O aborto pode provocar complicações placentárias novas (placenta prévia), tornando necessária uma cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança.5 - O aborto criou novas enfermidades: síndrome de ASHERMAN e complicações tardias, que poderão provocar necessidade de cesariana ou de histerectomia.6 - Isoimunização em pacientes Rh negativo. Aumento, conseqüentemente, do número de gravidez de alto risco.7 - Partos complicados. Aumento do percentual de abortos espontâneos nas pacientes que já abortaram

Criança não nascida

Sobre a criança abortada:- dores intensas (o feto é sensível à dor);- morte violenta;- aborto de crianças vivas que se deixam morrer.Sobre as crianças que nascem depoisPerigos e complicações:- abortos de repetição no primeiro e no segundo trimestre de gravidez;- partos prematuros;- nascimento prematuro, através de cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança. Trinta e três por cento de abortos são abortos em que as crianças nascem em posição invertida (de nádegas).- parto difícil, contrações prolongadas;

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- Gravidez ectópica (fora do lugar) nas trompas, podendo ser fatal para a mãe - para o feto o é sempre - (a gravidez ectópica, nas trompas, é oito vezes mais freqüente depois de aborto provocado;- malformações congênitas provocadas por uma placenta imperfeita;- morte perinatal por prematuridade extra-uterina (50% morrem no primeiro mês de gravidez);- os prematuros que sobrevivem com freqüência são excepcionais (paralisia cerebral, disfunções neurológicas etc.)

Psicológicas

Para a mãe:- queda na autoestima pessoal pela destruição do próprio filho;- frigidez (perda do desejo sexual);- aversão ao marido ou ao amante;- culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;- desordens nervosas, insônia, neuroses diversas;- doenças psicossomáticas;- depressões;O período da menopausa é um período crucial para a mulher que provocou aborto.Sobre os demais membros da família:- problemas imediatos com os demais filhos por causa da animosidade que a mãe sofre. Agressividade - fuga do lar - dos filhos, medo destes de que os pais se separem sensação de que a mãe somente pensa em siSobre os filhos que podem nascer depois:- atraso mental por causa de uma malformação durante a gravidez, ou nascimento prematuroSobre o pessoal médico envolvido:- estados patológicos que se manifestam em diversas formas de angústia, sentimento de culpa, depressão, tanto nos médicos quanto no pessoal auxiliar, por causa da violência contra a consciência.Os abortos desmoralizam profissionalmente o pessoal médico envolvido, porque a profissão do médico é a de salvar a vida, não de destruí-la.

Sociais

O relacionamento interpessoal, freqüentemente, fica comprometido depois do aborto provocado.Entre os esposos ou futuros esposos:

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- antes do matrimônio: muitos jovens perdem a estima pela jovem que abortou, diminuindo a possibilidade de casamento;- depois do casamento: hostilidade do marido contra a mulher, se não foi consultado sobre o aborto; hostilidade da mulher contra o marido se foi obrigada a abortar.O relacionamento dos esposos pode ficar profundamente comprometido.É evidente que as conseqüências, a longo prazo, sobre a saúde da mãe podem complicar seriamente a estabilidade familiar.Entre a mãe e os filhos:- muitas mulheres temem a reação dos filhos por causa do aborto provocado;- perigo de filhos prematuros e excepcionais, com todos os problemas que isso representa para a família e a sociedade.Sobre os médicos- sobre os médicos que praticam o aborto fora de um centro autorizado: correm o perigo de serem denunciados. Todos, em geral, estão sujeitos a denúncias por descuidos ou negligências na prática do aborto.Sobre os médicos e o pessoal de saúde envolvidos em abortos legais:- possibilidade de perda de emprego se negarem a praticar aborto por questão de consciência;- possibilidade de sobrecarga de trabalho, por causa do aumento do número de abortos.e) Sobre a sociedade em geral:1. Sobrecarga fiscal sobre os cidadãos que pagam impostos:- aborto pago pela previdência social;- preço pago por crianças que nascem com defeitos em conseqüência de abortos provocados.2. Relaxamento das responsabilidades específicas da paternidade e da maternidade; o aborto, com freqüência, substitui o anticoncepcional.3. Tendência ao aumento de todo tipo de violência, sobretudo contra os mais fracos. Conseqüência: infanticídio e eutanásia.4. Aumento das doenças psicológicas no âmbito de um setor importante para a sociedade, particularmente entre as mulheres de idade madura e entre os jovens.5. Aumento considerável do número de pessoas com defeitos físicos ou psíquicos, com todas as conseqüências que isso significa para a sociedade em geral.

Aborto no mundo

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Aproximadamente 97 países, com cerca de 66% da população mundial, têm leis que em essência permitem o aborto induzido. Noventa e três países, com cerca de 34% da população, proíbem o aborto ou permitem o aborto apenas em situações especiais como deformações do feto, violações ou risco de vida para a mãe. Todos os anos cerca de 26 milhões de mulheres realizam abortos legais, enquanto que 20 milhões de abortos são realizados em países onde esta prática é restringida ou proibida por lei. Entre 46 a 55 milhões são realizados por ano. Aproximadamente 126.000 por dia. 78% de todos os abortos são realizados em países em desenvolvimento e os restantes 22% em países desenvolvidos.

Estados Unidos

Quem realiza os abortos:1. Idade52% das mulheres tem idade inferior a 25 anosmulheres com idades entre 20 e 24 contabilizam 32% da totalidade de abortos20% são adolescentes sendo 1,2% raparigas com menos de 15 anos 2. Estado civil64,4% de todos os abortos são atribuídos a mulheres que nunca se casaramas mulheres casadas contabilizam 18,4% de todos os abortos e as divorciadas 9,4% 3. Rendimento familiarMenor de 15.000 € – 28,7%15.000 € – 29.999 – 19,5%30.000 € – 59.999 – 38,0%Acima dos 60,000 – 13,8% 4. MotivosViolação ou incesto – 1%Potenciais problemas de saúde (mãe ou feto) – 6%Razões sociais (i.e. criança não desejada ou inconveniente) – 93% 5. Período de gestação em que o aborto é realizadoAntes da 9ª semana – 52%9ª e 10º semanas – 25%11ª e 12ª semanas – 12%

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13ª à 15ª semana – 6%16ª à 20ª semana – 4%Após a 20ª semana – 1% (aproximadamente 16.450 por ano) 6. Probabilidade de abortoEstima-se que 43% das mulheres irão realizar pelo menos um aborto antes de atingirem os 45 anos de idade47% de todos os abortos são realizados em mulheres que já realizaram um aborto previamente

Número de abortos por ano: aproximadamente 1,313,300 no ano 2000 (1)Número de abortos por dia: aproximadamente 3.700

Rússia

A prática comum do aborto induzido durante décadas deixou, neste país, um legado de problemas clínicos significativos. As complicações resultantes do aborto são a causa de morte maternal em mais de uma em cada quatro mulheres. De uma forma geral, 2 em cada 3 mulheres russas que se submetem a um aborto induzido sofrem complicações de saúde resultantes do procedimento em si, o que agrava ainda mais o estado do sistema de saúde deste país. A prática do aborto induzido tem sido também responsável pelas elevadas taxas de infertilidade secundária, estimando-se que uma em cada dez mulheres fica estéril depois de se submeter a um aborto. Estes números apenas têm diminuído porque a prática do aborto também tem diminuído como consequência de uma maior informação e disponibilidade de contraceptivos nos anos mais recentes. A Rússia sempre apresentou uma elevada taxa de abortos induzidos, cerca de 3 vezes superior à dos Estados Unidos. A sua taxa é uma das mais elevadas em todo o mundo. Esta tendência elevada de abortos é comum em muitos países comunistas ou pós-comunistas. Estima-se que o Vietnam, a Romênia e Cuba tenham taxas de aborto ainda mais elevadas que a Rússia, e a China provavelmente o maior número total de abortos. A prática do aborto foi re-legalizada na Rússia na década de 50 e o desejo de ter famílias pequenas, devido em parte à crescente urbanização, contribuiu para que as taxas de aborto se tornassem muito elevadas. Em 1965 as taxas de aborto tinham já subido para mais de 16 abortos por cada 100 mulheres com idade de ter filhos. Apesar dos esforços de implementações de práticas de contracepção (algumas delas desastrosas), a preferência do aborto face à contracepção chegou até a década de 90.

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A agravar esta situação, alguns incentivos ajudaram a manter as taxas de aborto elevadas. Até ao final da década de 80, um aborto legal implicava uma hospitalização de três dias. Para o hospital que recebia do estado em função do número de camas ocupadas, esta prática tornava-se rentável. Ainda hoje, os lucros desta prática são um incentivo para alguns médicos realizarem o aborto em lugar de incentivar a contracepção. Num livro publicado em 2001 com os resultados de um estudo sobre a tendência da demografia na Rússia, os autores referem que os registos russos indicam que um acesso melhor aos contraceptivos podem ajudar a reduzir as altas taxas de abortos. Esta estratégia irá também levar, segundo o estudo, a uma vida reprodutiva mais estável para as mulheres na Rússia e evitar problemas de morbilidade maternal, mortalidade, e esterilidade secundária resultantes do aborto.

Reino Unido

Apesar de alguns defensores do direito à escolha (do aborto) referirem não existir provas reais de que as mulheres estão a utilizar o aborto como método de controlo de natalidade, referem também que muitas das que visitam os seus centros já se submeteram ao procedimento várias vezes. Nestes caos, a explicação baseia-se no facto do acto sexual que levou à gravidez ser fruto de uma situação não premeditada ou planeada, em que nenhum contraceptivo estava disponível. A contradição é tão óbvia que até parece confusa. A verdade parece ser que, nesta realidade específica, o aborto só não é uma alternativa a métodos contraceptivos quando não é necessário. Quando todos os outros falham, ou simplesmente não são utilizados (como em muitos casos), então o aborto entra como a escolha final, difícil é certo para as mulheres, mas ainda assim como substituto a métodos contraceptivos. No meio deste aparente caos, algumas notícias recentes têm chocado a opinião pública ao referir que pelo menos uma dúzia de bebes foram abortados por terem palatos e/ou lábios leporinos. Este aborto “cosmético”, como é designado, representa uma provável violação à Lei Britânica. Há também quem refira que o aborto é uma parte essencial do controlo de fertilidade, sem, no entanto considerar necessário que as mulheres devam ser informadas sobre os perigos de adiarem a maternidade. Para alguns que acreditam nesta ocultação deliberada da informação, ou que apenas acreditam no direito da mulher à escolha, mas

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não à informação, se a altura não é a indicada para ter um filho, não se pode ir com a gravidez para a frente apenas porque essa poderá ser a última oportunidade que a mulher tem de ser mãe. Aparentemente, o direito à escolha de abortar em determinado momento, é um valor que deve estar acima de qualquer outro, nomeadamente o do direito à verdade (neste caso a simples informação), o da saúde da mulher e o direito de poder ser mãe.

- Mais do que uma em cada cinco gravidezes termina num aborto - 36% das gravidezes em mulheres abaixo dos 20 foram interrompidas, número que continua a crescer apesar da disponibilidade de contraceptivos e da “pílula do dia seguinte.” - Durante o ano de 2000, 23% das gravidezes foram interrompidas entre mulheres de todas as idades. - São realizados diariamente cerca de 600 abortos. - Em 2003 atingiu-se um valor recorde com 37.043 abortos em adolescentes entre os 15 e os 19 anos, número superior aos 36.018 abortos realizados por mulheres entre os 25 e os 29 anos. - Faixas etárias: 1.171 abortos foram realizados por jovens com idades abaixo dos 15 anos, 2.796 por jovens de 15 anos, 5.768 por jovens de 16 anos, 8.387 por jovens de 17 anos, 9,765 por jovens de 18 anos e 10.327 por jovens de 19 anos. - Um total de 1.365 abortos foram realizados às 22 semanas de gestação ou após. - Um terço das mulheres que recorreram ao aborto tinham já realizado um previamente. - Oito em cada dez abortos são suportados pelos contribuintes. - De acordo com um movimento pró-vida, milhares de mulheres arrependeram-se da decisão de realizar um aborto.

Mapa:

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Tabela:

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Aborto no Brasil

Política

O aborto no Brasil é tipificado como "crime contra a vida" pelo Código Penal brasileiro, prevendo detenção de 1 a 10 anos, de acordo com a situação. O artigo 128 do Código Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses: - quando não há outro meio para salvar a vida da mãe; - quando a gravidez resulta de estupro. O artigo 2º do Código Civil Brasileiro estabelece, desde a concepção, a proteção jurídica aos direitos do nascituro, e o artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que a criança nascitura tem direito à vida, mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento. Em 25 de setembro de 1992, o Brasil ratificou a Convenção Americana de Direitos Humanos, que dispõe, em seu artigo 4º, que o direito à vida deve ser protegido desde a concepção. A Constituição Federal do Brasil, no caput do seu artigo 5º, também estabelece a inviolabilidade do direito à vida. Em julho de 2004, no processo da ação de descumprimento de preceito fundamental n. 54/2004, o Ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar autorizando a interrupção da gravidez nos casos de anencefalia. Todavia, esta decisão foi revogada em 20 de outubro do mesmo ano pelo plenário do Tribunal. Até hoje, contudo, ainda não foi julgado o processo. Para a lei e a jurisprudência brasileira, "pode ocorrer aborto desde que tenha havido a fecundação". A legalização do aborto, no Brasil, ainda está em votação. Em março de 2007 o instituto de pesquisas Datafolha (do jornal Folha de S. Paulo) realizou um estudo estatístico que revelou que 65% dos brasileiros acreditam que a atual legislação sobre o aborto não deve ser alterada, enquanto que 16% disseram que deveria ser expandida para permitir a prática para outras causas, 10% que o aborto deveria ser descriminalizado e 5% declararam não terem certeza de sua posição sobre o assunto. Uma pesquisa mais específica, realizada pelo instituto Vox Populi para a revista Carta Capital e para a emissora de televisão Bandeirantes, revelou que apenas 16% da população brasileira concorda que o aborto deve ser permitido em caso de gravidez indesejada. Por outro lado, 76%

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concorda que o aborto deve ser permitido em caso de gravidez de risco, e 70% em caso de gravidez resultante de estupro (Veja mais: Pesquisa Vox Populi sobre o aborto, 2007).

Religião

As principais religiões do mundo são pluralista na questão que se refere ao aborto, com algumas autoridades que permitem e outras que proibi-la. Abaixo segue uma pequena amostragem sobre os pontos de vista de algumas religiões:Catolicismo Romano: os papas têm ensinado que o aborto é sempre proibido, e da hierarquia da Igrejka tem sustentado uma doutrina que se opóe fortemente. Mesmo assim, motivos que permitem o aborto existe na tradição católica, e muitas autoridades católicas teológica permite o aborto em uma variedade de situações. Protestantismo: protestantes conservadores geralmente condenam o aborto, mas os protestantes estão muito abertos a uma escolha moral sobre o aborto. A Coalizão Religiosa para relatórios Reproductive Choice que alguns direitos do abortos são aceitos dentro de denominações, incluindo batistas, Discipulos de Cristo, Quakers, Episcopal e Igrejas Presbiteriana, Metodista, Igreja Unida de Cristo e as igrejas unitarias. aMetodiata Unida Congferência Geral era típico de igrejas protestantes quando rejeitou “respostas simplistas para o problema do aborto, que, por um lado, em todos os abortos como assassinatos, ou, por outro lado, em todos os abortos como procedimentos sem significado moral.”Judaísmo: devido a sobrevivência desafios judeos têm enfrentado, históricamente, o judaismo coloca grande ênfase sobre as crianças como uma benção. Todavia, como teólogo ortodoxo Laurie oloth diz: “o aborto como uma opção para as mulheres judias, desde as primeiras fontes da Biblia e comentários Mishnaic”. Segundo a maioria das autoridades judaicas, o feto não tem status de uma nefesh, uma pessoa, até a cabeça emerge no processo do parto. Isso não significa, porém, que o aborto tardio termo seria considerado aceitável em todas as circunstâncias. Em alguns casos, realizar um aborto é ainda considerado aceitável uma mitsvá, um dever sagrado, e não um “mal menor”Islã: como todas as religiões, é altamente fertilidade prêmio. Mesmo assim, o Islã acredita que somos obrigados por Deus para não overpopulate. A maioria dos estudiosos mulçumanos permitem o aborto, embora elas divergem sobre o estágio de desenvolvimento fetal para além do qual torna-se proibida. Depois de 120 dias, o aborto é permitido

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apenas para salvar a vida da mãe, onde a gravidez está a prejudicar uma criança já amamentação, ou quando se sabe que o feto é malformado. Embora as variás escolas do islão diverge sobre o tempo em que um aborto é permitido, al-Hibri diz tudo “autorização de aborto de existências, como salvar a vida da mãe.”Budismo: Esta religião ensina: “O caminho do meio” entre os demais e muito pouco e isso aplica-se às crianças, também, pemitindo assim o planejamento familiar. Alguns budistas proibem o aborto porque é um preceito do budismo “para não ter de bom grado a vida de um ser vivo.” Outros permitem o aborto quando não é um produto da cobiça, do ódio, ou ilusão. Alguns budistas não veh o aborto como a matança, mas como atrasar a chegada de um ”estar prestes a nascer”, um ser que pode ter tido muitas vidas anteriores e não é prejudicado por esta exclusão temporária de nascimento.Hinduismo: a literatura desta religião solicita um aborto do mahapatakas (atos atrozes). Mas a lei moral é dinâmica mutável, e assim que o aborto é permitido por variedade de razões. Na verdade, na India, o aborto é legal desde 1971, com quase nenhuma objeção por parte sas autoridades religiosas hindus.Religiões Norte americana: culturas nativas americanas acreditam que geralmente não se pode respeitar a Mãe Terra, sem planejamento familiar. Devido à forte tradição matriarcal, as questões de planejamento familiar, tais como a contracepção e o aborto, são consideradas empresas de mulheres e não de homens. Como uma mulher disse, “Qualquer coisa que tenha a ver com os nossos corpos...é realmenteo nosso negócio como mulheres, e mulheres como Lakota, faz parte das nossas culturas para fazer nossas próprias decisões sobre o aborto.”Taoísmo: é especialmente notável nas religiões chinesas de que o sexo e o prazer são estimados e comemorou junto com a necessidade de moderação. Moderação também é considerado uma virtude na reprodução. Assim, não é minima nestas religiões à contracepção e aborto é permitido como um backup, se necessario.Espiritismo: o espirito, segundo a sua doutrina, sempre existiu, desligando-se pela morte e reencarnando em outro corpo. Para ele portanto não há, no caso de um aborto, a “morte” de um ser. O que existe é a frustração de um Espirito que tem seu corpo abortado. Se as razões para esta interrupção da gravidez forem injustificáveis, os causadores terão aquele espirito como um inimigo perigoso, causa de males futuros.

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Medicina

Art. 2º - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.

O feto é um ser humano em desenvolvimento, portador de vida inegavelmente. Caracterizar certo estágio cronológico de forma diferente como muitos ambicionam (desconsiderar o feto como humano) é uma distorção grotesca do sentido da vida. Seria como classificar pessoas muito idosas como não-humanas (alguns na prática podem até fazer isso, mas continua errado).

Art. 6º - O médico deve guardar absoluto respeito pela vida humana, atuando sempre em benefício do paciente. Jamais utilizará seus conhecimentos para gerar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.

Este artigo revela o principal centro norteador da conduta médica: a Vida (e conseqüentemente a saúde). Se o médico não defender pelo menos esse princípio, vai defender o que? O dinheiro?

Art. 28 - É direito de o médico recusar a realização de atos médicos que embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.

Art. 29 – É vedada ao médico a prática de atos profissionais danosos ao paciente, que possam ser caracterizados como imperícia, imprudência ou negligência.

Induzir ao aborto é crime caracterizado por negligência da lei e dos princípios que regem a prática médica. Desnecessário falar mais.

Art. 38 – É vedado ao médico ser cúmplice com os que exercem ilegalmente a medicina, ou com profissionais ou instituições médicas que pratiquem atos ilícitos.

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Seria correto denunciar, porém quase ninguém o faz. Assim proliferam as clínicas e os médicos que vendem o aborto.

Art. 42 – É vedada ao médico a prática ou indicação de atos desnecessários ou proibidos pela legislação do país.

Art. 43 – É vedado ao médico o descumprimento da legislação específica nos casos de transplantes de órgão ou tecidos, esterilização, fecundação artificial e abortamento.

Bem, o aborto ainda é proibido neste país, mas não por muito tempo se depender do PT. Art. 49 – É vedada ao médico a tortura ou outras formas de procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis, e ser conivente com tais práticas ou não as denunciar quando delas tiver conhecimento.

Art. 50 – Fornecer meios, instrumentos, substâncias ou conhecimentos que facilitem a prática de tortura ou outras formas de procedimentos degradantes, desumanos ou cruéis, em relação à pessoa.

Se o aborto não é degradante, não sei o que é. Alguém já teve a oportunidade de ver os corpos de fetos abortados? Alguém já viu o dilaceramento sofrido pelo feto? Alguém duvida das implicações psicológicas que um aborto causará na mulher?

Art. 54 – É vedado ao médico o fornecimento de meio, instrumento, substância, conhecimento ou participação de qualquer maneira na execução de pena de morte.

Art. 55 – É vedado ao médico o uso da profissão para corromper os costumes, cometer ou favorecer o crime.

O feto tem vida, logo o que seria um aborto institucionalizado como quer o PT? Obviamente uma pena de morte. A legalização do aborto e sua massificação nos hospitais públicos seriam o favorecimento final e libertador de um crime contra a vida.

Art. 67 – É vedado ao médico desrespeitar o direito do paciente de

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decidir livremente sobre o método contraceptivo, devendo o médico sempre esclarecer sobre a indicação, a segurança, a reversibilidade e o risco de cada método.

Alguns médicos praticam certa atitude que favorece a esterilização em massa de mulheres e homens das classes mais pobres. É necessário controlar a natalidade? Creio que sim, desde que respeitando a liberdade de cada um, sem cometer os crimes contra o indivíduo que foram praticados na China, por exemplo.

Art. 140 – É vedado ao médico falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação científica.

Vemos artigos que se proclamam “científicos” usando dados estatísticos para acusar colegas obstetras de racismo. Com a distorção de dados populacionais, conclusões falaciosas de que as mulheres de classes menos favorecidas são discriminadas pela sua cor. Além de submeter a prática da medicina a fins ideológicos e claramente partidários políticos (o que em si já constitui crime segundo este mesmo código de ética), acusam os colegas médicos que trabalham em condições menos favoráveis de racismo, e mais uma injustiça é cometida contra diversos médicos heróicos que ousam trabalhar no sistema público de saúde remando contra a maré da falta de equipamento adequado, de equipe médica completa e de educação da população. Não se podem analisar os pacientes segundo o quesito “raça”, mesmo porque nesses estudos quem definiu a “raça” foi o próprio paciente. Sem contar o fato de que nesses trabalhos ideológicos, outras variantes importantíssimas foram cuidadosamente deixadas de lado, como: renda familiar, educação, local de moradia, acesso ao serviço médico, nível do local de atendimento, etc. A medicina não pode se submeter a caprichos políticos e se esquecer de seu compromisso verdadeiro: a Vida e a Saúde do Ser Humano. Nelson Rodrigues já avisava numa de suas crônicas famosas: “Médico para mim ou é santo, ou é mafioso.” Prostituir politicamente a prática médica ou transformá-la numa mercadoria parece se enquadrar na segunda categoria.

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Abortivos

Citotec

O Citotec foi desenvolvido com outro nome há cerca de vinte anos atrás, não para problemas de estômago nem para provocar abortos, mas para produzir contrações no útero quando era necessário apressar o parto ou expulsar um feto já morto do útero de uma gestante. Passados dez anos a droga ainda não tinha saído de seu estágio experimental, mas com a descoberta das qualidades terapêuticas de seu princípio ativo no tratamento de úlcera, deixou de ser pesquisado principalmente para produzir contrações no útero para apressar o parto e passou a ser comercializado para tratar úlceras. Mas, aos poucos, algumas pessoas descobriram que ele provocava o aborto, inclusive porque o fabricante escrevia na própria bula do remédio que este era contra-indicado para mulheres grávidas dado o risco de poder provocar um aborto. O remédio passou aos poucos a ser comprado, sem orientação médica, não mais para úlcera, mas para provocar o aborto, embora o laboratório desaconselhasse o seu uso no caso de gestantes. Por causa de sua história, o remédio foi estudado e testado apenas para úlcera e não para abortos. Não houve por parte dos fabricantes estudos para viabilizá-lo tecnicamente para o seu efeito abortivo. Não há qualquer suporte técnico para quem use, sejam médicos ou leigos, este remédio para produzir um aborto. Tudo o que se conhece sobre ele a este respeito é o resultado de uma prática clínica muito informal, irregular e completamente assistemática. É algo muito diferente de um medicamento onde há multidões de professores e cientistas constantemente pesquisando, debatendo e aperfeiçoando o conhecimento sobre a ação e o uso do remédio. O Citotec atua apenas, ao que tudo indica, provocando contrações de parto e a conseqüente expulsão do feto, em qualquer idade gestacional. Ele não age, portanto, sobre o próprio feto, apenas provoca a sua expulsão. O feto morre não por ter sido agredido, mas porque, se ele tem menos de seis meses, ao ser expulso morre asfixiado. Embora o feto tenha os pulmões formados a partir do primeiro mês de gestação, antes dos seis meses e fora do útero pode inalar o ar mas o oxigênio não consegue passar dos alvéolos para o sangue. O feto morre ao ar livre por asfixia, exatamente como ocorreria com uma pessoa que fosse estrangulada.

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É importante, para entender o que acontece com a própria gestante ao resolver tomar o remédio, que se tenha em mente que o remédio nunca foi desenvolvido e testado para provocar o aborto, nem no Brasil nem em qualquer país de primeiro mundo. Este é o motivo que explica porque ele provoca resultados tão diversos e irregulares em várias gestantes que o tomam. No caso típico, algumas horas depois de ingerido, a mulher entra em trabalho de parto e expulsa o feto, mas mesmo depois disso as contrações tornam-se dificilmente controláveis. As dores abdominais são intensas, muito maiores do que se fosse um aborto natural, e a mulher pode começar a sangrar tanto e com tal volume crescente que é quase sempre obrigada a procurar um hospital. Em algumas mulheres sua ingestão não provoca efeito algum, nem mesmo a expulsão do feto; em outras, provoca apenas a expulsão do feto. Na maioria dos casos, porém, a expulsão do feto é seguida de hemorragias crescentemente violentas com o passar do tempo. Não há assessoria médica para quem queira tomar Citotec, e também não há suporte técnico para os médicos – ainda que o médico requeira tal suporte – por parte dos fabricantes e dos seus desenvolvedores. O que há são os hospitais que resolvem ajudar as pacientes quando, apesar de tudo, o aborto foi provocado e consumado e a hemorragia se torna incontrolável; isto é, estes hospitais ajudam por causa da hemorragia e não por causa do aborto. Mortes por hemorragias no uso do remédio não são muito comuns, principalmente, porque nos casos típicos, a hemorragia assusta tanto que a mulher invariavelmente acaba procurando um hospital. Mas, caso não procurasse, certamente o quadro hemorrágico crescente provocaria uma parada cardíaca. Às vezes, isto até ocorre, o que é narrado principalmente por médicos legistas de IMLs (Institutos Médicos Legais). Em alguns casos a hipersensibilidade da mulher para com o remédio pode ser tal que o remédio provoca uma ruptura repentina de útero, logo ao ser ingerido ou mesmo mais tarde. Isto pode ser fatal se não há a possibilidade de um atendimento médico e hospitalar imediato. A ruptura de útero pode se dar mais facilmente em mulheres que tiveram anteriormente um histórico com partos cesarianos ou em gestações mais avançadas. Se nada disso ocorrer e a hemorragia conseguir ser controlada em casa e isso não provocar a morte da gestante, coisa rara de acontecer, pode, no entanto, estar acontecendo outra coisa de muito risco. Restos fetais ou placentários podem ter sido retidos dentro do útero durante todo este tempo e ter provocado uma infecção local. Às vezes, o remédio produz o descolamento da placenta, com a consequente morte do bebê, mas o feto

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não é, todavia, expulso. A gestante pensa que não aconteceu nada, não procura o médico, mas está na realidade tendo um aborto retido. Tanto o aborto retido como restos fetais e placentários podem fazer com que pus se acumule no útero, tentando em vão destruir os restos fetais ou de placenta, que deveriam ter sido removidos por curetagem no hospital dias antes. As dores e hemorragias podem ter mascarado outros sintomas que fariam suspeitar para a gestante inexperiente que algo mais poderia estar acontecendo. À medida em que o pus se acumula, ele invade a corrente circulatória da gestante e espalha-se pelo corpo todo. Isto é conhecido pelo nome de septicemia. Quando se chega a este quadro a única conduta correta é a remoção dos restos fetais e placentários e a internação imediata da paciente em uma unidade de terapia intensiva. Há um certo número de óbitos por septcemia, mesmo com a internação em UTI, causados pelo uso do citotec. Muitos dos óbitos por aborto em geral e alguns causados pelo uso do Citotec são por septicemia. Se não ocorre a septicemia mas houve retenção durante algum tempo de restos placentários ou fetais, os tecidos já necrosados são difíceis de serem curetados; frequentemente junto com a remoção por curetagem destes tecidos é inevitável removerem-se também uma parte de tecidos endometriais, que é a parte mais interna do útero. As paredes internas ao útero que constituem o endométrio, por este motivo, acabam por aderirem-se uma à outra causando a esterilidade da mulher. Mas a maioria das mortes por causa do uso do Citotec não provém nem da hemorragia, nem da septicemia. A maioria ocorre semanas ou meses após o uso, e não se deve propriamente ao uso do Citotec, mas ao uso caseiro do Citotec que, independentemente do que se pense sobre o aborto em si, jamais poderia ser usado sem acompanhamento médico. Há casos em que se usa o Citotec para expulsar um feto morto em um hospital. O modo e os cuidados com que o mesmo deve então ser administrado é muitíssimo diversos do modo como poderia ser usado em casa. Jamais passaria pela cabeça de nenhum médico receitar o Citotec para que a paciente a expulsasse um feto morto em sua própria casa. Isto seria um atestado de irresponsabilidade médica simplesmente inimaginável, mas é o que as pessoas dizem umas às outras ser inofensivo se trata de expulsar um feto ainda vivo, isto é, se trata de provocar um aborto. O uso doméstico do Citotec é muito traumático, mas, na maioria das vezes, não causa uma morte imediata diretamente relacionada com o mau uso do medicamento. A maioria das mortes ocorre por efeitos que se seguem muito tempo depois, como quando uma pessoa que é atropelada e fratura os ossos, meses após ter tido alta, acaba morrendo de

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complicações apenas indiretamente, mas realmente, relacionadas com as fraturas anteriores. Este tipo de acidente é muito mais comum com o Citotec do que costuma ser divulgado, e é bem conhecido principalmente entre os médicos legistas. Por causa de todos estes problemas, depois de alguns anos que o remédio era fabricado e vendido regularmente sem restrição alguma, - oficialmente para úlcera, de fato em grande parte para provocar abortos sem possibilidade alguma de orientação médica, inexistente inclusive para os próprios médicos -, os abusos se tornaram tão grandes que o Ministério da Saúde no Brasil proibiu sua fabricação e distribuição por parte do fabricante oficial. Isto fez com que o acesso ao remédio diminuísse bastante. Por outro lado, como já havia se criado um bom mercado para o remédio junto ao grande e desinformado público, isto também fez com que aparecessem fabricantes clandestinos para a droga provenientes das mais diversas origens. Muitos dos comprimidos chamados agora de Citotec não são mais verdadeiros Citotecs, mas tem sua origem em fabricantes clandestinos de países pobres da América Latina (tipo Paraguai) e não se sabe ao certo se a fabricação é de lá mesmo ou se ali é apenas um posto de intermediação, nem se o fabricante verdadeiro é uns alguns ou mesmo quantos podem ser. Hoje não é possível saber de onde vem e quem o fabrica, por mais que o vendedor dê garantias. O vendedor, na verdade, não tem tais garantias, nem as pode ter, já que o próprio fabricante é desconhecido do vendedor, do intermediário e até das autoridades da Saúde. Nunca se sabe, portanto, o que está sendo comprado quando se compra Citotec. Pode ser uma droga igual ao antigo Citotec, pode ser uma mistura de Citotec com outras coisas, pode ser também qualquer outra coisa, e pode ser uma nova invenção de algum laboratório clandestino, tecnicamente competente ou não, que julga ter um remédio de efeito semelhante, mas capaz de ser produzido de uma maneira mais fácil. É vendido, porém, sempre como Citotec, por causa da fama do nome que o remédio original conquistou no Brasil. Tanto pela dificuldade de saber o que está sendo tomado, quanto pela ausência total de suporte médico ao ato, pelas hemorragias imprevisíveis e que são a regra mesmo quando se trata de Citotec verdadeiro, tanto pelas inúmeras e nem sempre facilmente controláveis conseqüências posteriores, quando o paciente já não está mais sob a direta observação clínica que se costuma seguir imediatamente após o uso, este método de aborto é, no português popular, uma desgraça. Tecnicamente é uma solução altamente deficiente e extremamente

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imprudente. Mesmo quem é a favor do aborto, mas tem uma formação médica correta do ponto de vista estritamente técnico, não poderia recomendá-lo como abortivo nem no primeiro nem no terceiro mundo. Para se ter uma idéia, ainda quando ele é usado para provocar contrações de parto em fetos já mortos que não conseguem serem expulsos, casos em que o remédio já foi mais bem estudado e a conduta médica melhor estabelecida, isto nunca é feito em casa. Nestes casos, no Brasil, a paciente é internada em um hospital e o seu curso clínico é cuidadosamente monitorado; a paciente não recebe o remédio sem antes se submeter a exames e freqüentemente será necessário sedá-la para que ela possa tomá-lo. Uma equipe médica e uma sala de cirurgia deve estar pronta para qualquer imprevisível eventualidade que venha a ocorrer. Nos Estados Unidos, ao contrário, o uso do Citotec para induzir o trabalho de parto é proibido até mesmo para os médicos. Nos Estados Unidos o aborto é legalmente permitido e não haveria problema de se aconselhar o Citotec como meio de provocar um aborto se ele fosse tecnicamente aconselhável para tanto. Tanto o governo como a empresa que o fabricam sairiam ganhando com isso. O governo, porque a técnica de aborto com o Citotec é mais fácil e rápida de ser executada, e o fabricante porque venderia mais o produto. No entanto, tanto a FDA (Food and Drug Administration), o organismo que controla a venda e o uso dos remédios nos Estados Unidos, como o próprio fabricante do Citotec, o Laboratório Searle, desaconselham o uso do Citotec para induzir o trabalho de parto e para o aborto, afirmando ser perigoso.

Plantas

A listagem está organizada da seguinte forma:Nome botânico; Nome comum; Restrição (situações em que não se deve usar); Motivo (efeitos)

1. Aloe vera; Babosa; não usar na Gestação; provoca Hemorragia e aborto…2. Anemopaegma sp; Catuaba; não usar na Gestação; provoca Aborto…3. Angelica archangelic; Angelica europeia; não usar na Gestação; provoca Hemorragia e aborto…4. Aristolochia sp; Jarrinha; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…5. Arnica montana; Arnica; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Hemorragia e aborto, Vómitos e cólicas…

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6. Artemisia absinthium; Losna; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Contracções e aborto, Cólicas e convulsões…7. Cassia sennae; Sene; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Contracções e aborto, Diarreia no lactente…8. Cassia tora; Mata pasto; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…9. Chenopodium ambrosioides; Erva de Stª Maria; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Contracções e aborto, Vómitos e torpor…10. Cinnamomum cassia; Canela; não usar na Gestação; provoca PIG…11. Coix lacrima-jobi; Lágrimas de N. Senhora; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Contracções…12. Commiphora myrrha; Mirra; não usar na Gestação; provoca Hemorragia e aborto…13. Copaifera sp; Copaíba; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Teratogenia (Teratogenicidade) (?), Cólicas e diarreia…14. Datura estramonium; Trombeta; não usar na Gestação; provoca Aborto…15. Dianthus superbus; Cravo dos jardins; não usar na Gestação; provoca Aborto…16. Elephantopus scaber; Erva grossa; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…17. Euphorbia pilulífera; Erva andorinha; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…18. Hedera helix; Hera; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Contracções e aborto, Febre e convulsões…19. Leonurus sibiricus; Erva macaé; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…20. Melia azedarach; Azedaraque; não usar na Gestação e Amamentação; provoca PIG e aborto, Vómitos e diarreia…21. Mentha piperita; Hortelã; não usar na Gestação; provoca Teratogenia (Teratogenicidade)…22. Mikania glomerata; Guaco; não usar na Gestação; provoca Hemorragia…23. Myristica fragans; Noz moscada; não usar na Gestação; provoca Aborto…24. Paeonia sp; Peónia; não usar na Gestação; provoca Teratogenia (Teratogenicidade)…25. Phyllantus niruri; Quebra pebra; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Aborto, Cólicas e diarreia…

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26. Pilocarpus jaborandi; Jaborandi; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…27. Plantago major; Transagem; não usar na Gestação; provoca Contracções…28. Polygonum acre; Erva de bicho; não usar na Gestação; provoca Hemorragia e aborto…29. Portulaca oleracea; Beldroega; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…30. Prunus persica; Pessegueiro; não usar na Gestação; provoca PIG e aborto….31. Punica granatum; Romã; não usar na Gestação; provoca Contracções e aborto…32. Ramnus purshiana; Cáscara sagrada; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Contracções e aborto, Cólicas e diarreia…33. Rheum palmatum; Ruibarbo; não usar na Gestação e Amamentação; provoca Contracções e aborto, Diarreia no lactente...34. Smilax sp; Salsaparrilha; não usar na Gestação; provoca Aborto…35. Solanum paniculatum; Jurubeba; não usar na Gestação; provoca Aborto…36. Tabebuia sp; Ipê; não usar na Gestação; provoca Teratogenia (Teratogenicidade)…37. Zanthoxilum sp; Tinguaciba; não usar na Gestação; provoca Hemorragia e aborto…

Para efeitos abortivos estes métodos só podem ser usados nos dias seguintes à primeira falta da menstruação (regras) e o resultado deve obter-se em, no máximo, 10 dias. No caso dos condimentos de uso comum: raiz ou semente de salsa, canela, noz moscada, alecrim, etc. só se obtêm resultados com grandes sobre dosagens (chás muito fortes)