o dia em que (quase) não entramos na china - perdidos no mundo

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    O dia em que (quase) não entramos na Chinastava tudo programado. Como o seguro morreu de velho, o planejamento já tinha sido

     DESTINOS   VÍDEOS DICAS ROTEIRO QUEM SOMOS

    IMPRENSA

    2 DE DEZEMBRO DE 2015 ALESSANDRA STEFANI

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    eito havia mais de 11 meses, quando o André e eu ainda esboçávamos um roteiro para a

    olta ao mundo. Na época, abrimos o mapa-múndi e zemos um X na China: sim, incluímos

    terra de Mao na nossa viagem.

    Ver isso ao vivo era o que a gente queria

    omo um bom analista de sistemas que o Dé é, tabelas de Excel com zilhões de abas já

    stavam ansiosas pra serem preenchidas. Uma com as atrações pra serem visitadas. Outra

    om as vacinas pra serem tomadas em cada destino. Outra com orçamento. E a principal:

    om os vistos de entrada nos países.

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    Muito trabalho antes de chegar no estágio de preparação das malas

    O trabalho era chato, mas essencial: pesquisar na internet como pedir o visto de entrada

    m mais de 20 países enquanto se viaja – não rolava pedir o visto antecipadamenteorque ele venceria, mais uma peça do quebra-cabeça que é organizar um ano sabático.

    im, porque uma coisa é fazer a solicitação no lugar onde você mora, onde o consulado do

    aís a ser visitado ca no máximo a algumas horas da sua casa, onde você tem acesso à

    mpressora, onde você tem um endereço xo para receber o passaporte caso o visto seja

    nviado por correio. Agora, outra coisa – tão chata quanto mas bem mais complicada – é

    ntrar com o pedido na estrada, sem saber direito a data que vai chegar ao destino e

    ampouco falar a língua da galera daquele país.

    Mas já que dizem que quanto mais difícil, mais gostoso – às vezes eu custo a acreditar nisso

    abraçamos a diculdade e tratamos de fazer uma pesquisa minuciosa na internet pra

    aber como pedir o visto chinês a partir da Coreia do Sul, onde estaríamos antes de

    esembarcar na China.

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    Mal sabíamos o que seria preciso pra tirar esta foto!!!!

    oras mais tarde e a descoberta. A boa notícia: poderíamos sim pedir o visto chinês em

    eoul. A má notícia: pra fazer a solicitação, era preciso apresentar o comprovante da

    ompra da passagem aérea – ida e volta – e as reservas da acomodação para todas as

    oites que caríamos na China.

    om essa regra, nossa passagem pela China caria megaengessada. Não daria pra gente

    sticar a estadia numa cidade que estivéssemos curtindo mais, por exemplo, uma vez que o

    otel já estaria reservado. Paciência. Regra é regra. Mas ainda estávamos em fase de

    lanejamento da viagem. Como pré-ocupação é tão ecaz quanto mascar chiclete para

    entar resolver uma equação de álgebra – Pedro Bial já dizia – deixa esse lance do visto

    ra depois.

    em novembro de 2014 o “depois” chegou. Em Seoul, uma olhadinha básica na tabela do

    xcel e aquela dor de cabeça atrasada que de fato tardou, mas não falhou. Passamos a

    oite em claro denindo quantos dias passaríamos em cada cidade chinesa, em quais

    otéis caríamos, quando iríamos pra China. Seguimos o protocolo e reservamos tudo!

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    Horas trancaados neste cubículo pra fazer as reservas

    aí nada como vasculhar as ruas da capital da Coreia do Sul em busca de uma lan house

    ue imprimisse as reservas, sem entender uma palavra do que estava escrito nos letreiros

    os prédios sul-coreanos, pra começar bem o dia da madrugada não dormida. “Quanto

    mais difícil, mais gostoso”, tentei me conformar. OK. Por m, imprimimos um calhamaço de

    omprovantes e seguimos para o consulado chinês.

    Metrô: nosso melhor amigo em Seoul

    chamos o tal prédio. A sorte estava do nosso lado, anal de contas, pensei. Não tinha la,

    orri por dentro. A atendente falava inglês – perfeito, disse pra mim mesma. Só que quando

    esmola é demais, o santo tem que desconar, Alessandra tolinha! Não era mais possível

    edir o visto chinês em Seoul se o estrangeiro não morasse na Coreia do Sul. Como assim?

    egra é regra, dizia a funcionária. Mas não era assim, dizia a gente. Agora é, ela insistia,

    mudou há pouco tempo. Que regra é regra, ok, mas que ela mude aos 46 do segundo

    empo é muito azar, né? E as passagens aéreas e hotéis que já pagamos? “Ema-ema-ema

    ada um com seus problemas”, só faltou ela nos dizer.

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    eixar de ir à China seria uma pena, mas pagar pra ir pra China e não ir seria burrice. Por

    ue não checamos as regras do jogo de novo antes de gastar uma batia grana reservando

    udo antecipadamente? Que erro estúpido!

    Parecia coisa de mochileiro de primeira viagem.

    ó que já fazia 5 meses que estávamos na estrada e nem a desculpa “somos inexperientes

    inda” colaria mais.

    ngolimos o choro (e o prejuízo), botamos o rabinho entre as pernas e fomos em direção à

    orta do consulado. Foi quando a sorte deu uma rasteira no azar e botou um anjo no nosso

    aminho. Um anjo de carne e osso, que falava inglês. Um britânico, que de longe

    companhava nossa angústia, deu a letra: viajem para Hong Kong e lá, onde as regras são

    utras, peçam o visto chinês. Mas, peraí! Hong Kong não ca na China comunista?

    1 país, 2 sistemas. Acordo prevê que Hong Kong permaneça capitalista pelo menos até

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    .

    bre parêntesis para explicação. Apesar de fazer parte do território chinês, Hong Kong tem

    mais autonomia que o resto do país. E por isso algumas normas que se aplicam lá são

    iferentes. Em Hong Kong, estrangeiros de várias nacionalidades não precisam de visto.

    ntrada liberada pra gente! Fecha parêntesis.

    Em poucas horas, estaríamos aí 

    úvida esclarecida, hora de fazer conta: viajar de Seoul para Hong Kong custa. Mais ou

    menos do que a grana que gastamos reservando hotel e comprando passagem para China?

    Menos. Então vale a pena, pensamos. 24h depois de botarmos o pé em Seoul e só termosuristado pela consulado chinês, deixamos a Coreia do Sul com destino a Hong Kong.

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    O que mais conhecemos na Coreia do Sul? O aeroporto!

    a China que não exige visto chinês, um monte de agências oferecendo visto chinês pra

    hina que exige. Visitamos uma que já tínhamos contatado por telefone. Foi só apresentar

    passaporte e pagar uma taxa. Todo o desgaste das horas não dormidas reservando

    otéis e passagem, toda a dor de cabeça tentando entender a mudança da regra do visto,

    odo a decepção por achar que pagamos e não levamos foram embora. Dois dias depois,

    em estresse, o passaporte estava em nossas mãos, com visto estampado, e direito a entrar

    uas vezes no país – visto chinês é assim, o estrangeiro pode solicitar para entrar 1, 2 ou

    múltiplas vezes no país.

    Nosso prato favorito pra comemorar o visto :-)

  • 8/17/2019 O dia em que (quase) não entramos na China - Perdidos no Mundo

    9/9h // did d / di hi / 9/14

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    om o visto chinês garantido, voltamos para Seoul, anal era de lá que saía o nosso voo

    ara Pequim. Na Coreia do Sul não tivemos tempo pra nada. Só conhecemos 2 museus, a

    mbaixada chinesa e o aeroporto – este aí muito bem. Não foi desta vez que exploramos a

    oreia. Mas também não foi desta vez que o azar riu da nossa cara.

    ocê também já teve dor de cabeça pra entrar em algum país? Compartilhe a sua

    xperiência aqui com a gente

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