o despertar de uma nova luz - henrique rosa

8/14/2019 O Despertar de Uma Nova Luz - Henrique Rosa

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O FIM E O

PRINCPIO

DOS TEMPOS

O DESPERTAR

DE UMA NOVA LUZ


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O FIM E O

PRINCPIODOS TEMPOS

O DESPERTAR

DE UMA NOVA LUZ

Henrique Rosaeditoreditoreditoreditoreditora portala portala portala portala portal


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Copyright Henrique Rosa, 1998.E-mail: [email protected] de: Henrique Rosa e Valria Mattua FernandesReviso: IdealeEditorao eletrnica, filmes e fotolitos de:Editora Portal Ltda.

Dados Internacionais deCatalogao na Publicao (CIP)

(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Rosa, Henrique, 1941O Fim e o Princpio dos Tempos,O Despertar de Uma Nova Luz

Henrique Rosa

Editora Portal Ltda., 1998. 1. Cincias Esotricas 2.Experincia espiritual 3. Grande Fraternidade Branca 4.Movimento da Nova Era 5. Vida espiritual 6. Cincias

Ocultas. / Rosa, HenriqueCDD-133

ndices para catlogo sistemtico:1. Experincias esotricas 133.2. Experincias espirituais:

Cincias Ocultas 133.ISBN: 85-85587-06-7

editoreditoreditoreditoreditora portal ltda.a portal ltda.a portal ltda.a portal ltda.a portal ltda.Estrada do Pinheirinho, 1680Caixa Postal 427 18.130-970 So Roque/SPTel/Fax: (11) 5587-5006 www.portaldasintese.com.br


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NDICE

Primeira Parte

Prefcio ......................................................9

1. A desumanizao do homem .................. 192. A difcil arte de viver ............................... 353. O caos interno do homem........................ 514. A humanidade no ponto de mutao ....... 695. O deus esquecido e amordaado ............. 91

Segunda Parte

6. De onde veio e para onde vai ahumanidade?.......................................... 119

7. O despertar do Ser Crstico ................... 1458. O despontar de uma Nova Luz .............. 1559. Os dez passos para o despertar da

Nova Luz ............................................... 16510. A Mensagem.O Retorno do Cristo ........ 169

Bibliografia ............................................ 185


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PREFCIO

Este livro o resultado dos ensinamentosque os Seres de Luz, os Mestres, me transmi-tiram, sua preciosa sabedoria, a respeito do

tema deste livro; assim como de minhas ob-servaes e pesquisas a respeito das atitudes e

posturas do ser humano; sua busca espiritual,seus medos, dogmas, tabus, suas necessida-des e carncias.

O objetivo desta obra esclarecer, semnada impor e apenas expor, uma parte de meustrabalhos e pesquisas sobre a cincia esotrica,a evoluo humana em relao ao assunto prin-cipal deste livro.

Procurei transmitir aos leitores uma srie

de informaes e ensinamentos baseados tam-bm nos meus 36 anos de pesquisa e estudodas cincias esotricas e do espiritualismo enos 31 anos em que sou canal espiritual cons-ciente dos Seres Luz, os Mestres, a servio da

humanidade.Tenho observado a enorme falta de infor-mao e de ensinamentos esotricos corretossobre o fim e o princpio dos tempos, a res-


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peito das energias luminosas que esto che-gando Terra. Por essa razo, h muita con-fuso e fantasias correndo soltas por esse mun-

do afora.Aflige-me ouvir e ler que os profetas docaos apregoam o fim do mundo, espalhandotanta confuso, criando medo e inseguranano ser humano.

Desde que cheguei ao Brasil, em janeiro

de 1976, j perdi a conta de quantas vezes ofim do mundo foi anunciado, com dia e horamarcados.

Certa vez, quando morava em Campinas,no Estado de So Paulo, estava j de sada para

a capital, onde cumpriria uma agenda de cur-sos que venho ministrando sobre cinciasesotricas e abertura dos canais espirituais, soba orientao dos Mestres de Luz, quando re-cebi um telefonema de uma pessoa conhecidaavisando-me de que havia recebido informa-

es, de fonte segura, de que o mundo acaba-ria naquela semana em que eu estaria em SoPaulo e aconselhando-me a no sair de casa.

No me recordo bem do dia do ms, mas apreviso era de que, na quarta-feira daquela

semana, ao meio dia, o mundo acabaria.Respondi que, nessa data e hora, estariaem So Paulo, capital, ministrando mais umcurso e que teria muito prazer em desencarnar


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junto com os paulistanos; agradeci e me des-pedi, dizendo que nos encontraramos no mun-do astral. A pessoa ficou aborrecida comigo

mas, para mim, fim do mundo com data e horamarcadas no passa de fantasia e de uma certaparania com relao ao fim do milnio, quesempre agitou o inconsciente humano.

Mas o mundo pode acabar de verda-de?

Claro que sim! Mas pela estupidez huma-na! No por uma ao divina.

Se olharmos o Grande Criador como Paie Me e ns como seus filhos: que pais que-rem destruir a casa dos filhos s porque no

lhes obedecem e sujam-na toda?No faz sentido, nem tem lgica!No podemos confundir as coisas: segun-

do o que ensinam as mais antigas tradiesesotricas, os continentes se renovam, sofremalteraes peridicas. Um continente pode

afundar, em parte ou na totalidade; outro podeemergir do fundo do mar; isso parte da pr-

pria renovao do planeta. Muitos imaginamque isso se d de um dia para o outro, da o

pnico. Mas, na realidade, no assim, geral-

mente o processo lento.Um exemplo a famosa e lendria Atln-tida: o velho continente levou milnios afun-dando.


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Conta o escritor W. Scott Elliot, basean-do-se em pesquisas e tradies esotricasmuito antigas e utilizando-se dos recursos da

clarividncia, que:A destruio da Atlntida foi motivadapor uma srie de catstrofes das mais varia-das espcies, desde grandes cataclismos, emque territrios e populaes inteiras perece-ram, at os comparativamente insignificantes

deslizamentos de terra, tais como os que ocor-rem hoje em dia em nossas costas. Uma veziniciada a destruio pela primeira grande ca-tstrofe, no houve intervalos entre os desli-zamentos menores que, lenta porm incessan-

temente, continuaram a destruir o continente.Quatro grandes catstrofes sobressaem, emmagnitude, a todas as outras. A primeira ocor-reu durante o mioceno, cerca de 800.000 anosatrs. A segunda, de menor conseqncia,ocorreu h, aproximadamente, 200.000 anos.

A terceira, h cerca de 80.000 anos, foi des-comunal e destruiu tudo o que restava do con-tinente atlante, com exceo da ilha qualPlato deu o nome de Posseidones e que, porsua vez, submergiu na quarta e ltima grande

catstrofe, no ano de 9564 a.C..Nos dias de hoje, a cincia observa emrelao a outros continentes, pequenas altera-es, como, por exemplo: o lado leste da


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Amrica do Norte est lentamente afundandoe o lado oeste est subindo, do mesmo modo,o sul das Ilhas Britnicas est submergindo

devagar, enquanto o norte vem se levantando;o fundo do Oceano Pacfico tambm est len-tamente emergindo; ilhas que estavam debai-xo dgua hoje esto superfcie. Mas tudoisso muito lento, a no ser quando a igno-rncia dos homens para com a Grande Me

Natureza faz com que todo esse processo na-tural se acelere.

Uma boa parte da Amrica do Sul e mui-tas ilhas dos Oceanos Atlntico e Pacfico fi-zeram parte do velho continente atlantiano.

Muitos povos daquela poca tiveram tem-po para se mudar para lugares mais seguros,desse modo, surgiram em vrias partes da Ter-ra colnias de ex-habitantes da Atlntida, queformaram outros povos, cujos descendentesforam os egpcios, gregos, maias, astecas,

incas, mongis, chineses, alguns povos dasia Menor, e muitos outros.

Mas daqueles que permaneceram na lti-ma grande ilha que, segundo alguns estudio-sos e pesquisadores, afundou no ano de 9.564

a.C. no Oceano Atlntico, muitos pereceram. Mas, ento, o que est acontecendocom a Terra?

Nosso planeta, com sua humanidade, est


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encerrando um grande ciclo de mais ou me-nos 25.992 anos, ou seja, o tempo que o solleva para dar uma volta espiralada de 360graus

em torno do que se convencionou chamar deZodaco, as doze constelaes, mais conheci-das como os doze signos.

Ento, o fim dos velhos tempos est pr-ximo, como tambm o princpio dos novostempos, uma vez que um novo grande ciclo

zodiacal de 25.992 anos est comeando; masno se trata do fim do mundo e sim do fim deum velho ciclo e o incio de um novo.

Sempre que o sol est em sintonia com asConstelaes de Leo e Aqurios surgem con-

vergncias energticas que, geralmente, pro-vocam grandes transformaes na Terra, sem-pre no sentido de uma sublimao, evoluoe expanso da conscincia do ser humano.

Muitas transformaes esto ocorrendo eoutras ainda ocorrero, mas so naturais e de-

correntes do fim do velho ciclo e o incio donovo.

Muitos problemas internos do homemesto impedindo uma evoluo espiritual mai-or, eles precisam ser resolvidos e diludos; o

homem precisa purificar seu corao e suamente, transformar o que est cristalizado.Velhos conhecimentos j no nos levam a lu-gar algum e devem ser abandonados; novos


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ensinamentos esto surgindo e muitos outrossurgiro; novos princpios de vida sero apli-cados para acelerar a evoluo.

Espero que o leitor consiga ler este traba-lho com o corao. O que procuro transmitirest baseado em minha experincia e no queos Mestres me ensinaram, assim como no quetransmitiram a outros discpulos que passaram

pela Terra. No ltimo captulo, voc encon-

trar uma mensagem, canalizada por mim, doSenhor Cristo-Maitreya, que traz uma NovaLuz para iluminar todos os coraes, mentese almas.

O retorno do Cristo marcar o princpio

dos novos tempos, a ascenso de uma parteda humanidade a uma oitava acima na eternaespiral da evoluo universal.

Henrique Rosa


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Primeira Parte

Bem-aventurados os pobres de esprito,porque deles o reino dos cus.

Bem-aventurados os tristes,porque sero consolados.

Bem-aventurados os mansos,

porque possuiro a terra.Bem-aventurados os que tm fome e sededa justia, porque sero saciados.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcanaro misericrdia.

Bem-aventurados os puros de corao,porque vero a Deus.

Bem-aventurados os pacificadores,porque sero chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem perseguio porcausa da justia, porque deles o reino dos cus.

Bem-aventurados sois vs, quando vosinjuriarem e perseguirem e caluniosamente

disserem de vs todo o mal, por minhacausa; alegrai-vos e exultai, porquegrande a vossa recompensa nos cus.

Pois do mesmo modo tambm perseguiramaos profetas que antes de vs existiram...

Vs sois a Luz no mundo.

Cristo - Novo Testamento1

1 Traduo de Humberto Rodhen. Mateus. 5:3-14.


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1. A DESUMANIZAODO HOMEM

O ser humano um deus caminhando pelaTerra, ainda sem plena conscincia do divino

que nele reside. Caminha em busca de suasverdadeiras origens, da prpria realizao eascenso conscincia csmica, visto que,segundo a Bblia, foi feito imagem e seme-lhana do Criador.

Teoricamente, a cada sculo, o ser huma-no deveria estar mais espiritualizado. Deveriater expandido sua mente, sentimentos e cons-cincia, desenvolvido e aplicado sua benevo-lncia e justia, seu amor, sua fraternidade esabedoria. Deveria conhecer melhor sua na-

tureza interna e externa, e ter ampliado a aju-da aos seus semelhantes. Deveria estar maisevoludo e consciente, e suas relaes deveri-am ser pacficas, amorosas e caridosas, rea-listas e autnticas.

No a isso que assistimos diariamente.No se limitando matana de seus semelhan-tes2, tambm est matando a natureza, poluin-do o ar e a gua necessrios vida, deste modo,


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traando um futuro muito sombrio para a hu-manidade e para o planeta e, o que aindamais grave, continua insensvel verdadeira

vida, que eterna. A cultura da violncia con-tinua a imperar e o homem pouco ou nada fazpara evitar que seus filhos sigam o caminhoda violncia e da autodestruio.

O ponto crtico da desumanizao do ho-mem, certamente, foi atingido durante a Se-

gunda Guerra Mundial com o Holocausto, oextermnio dos judeus pelos nazistas, entre1939 e 1945, nos pases ocupados pelas tro-

pas de Hitler. Nunca a humanidade desceu to baixo,

atingindo o fundo do poo da insensibilidade,da total falta de conscincia, de amor e justi-a; o homem se fez mais selvagem do que os

prprios animais.O holocausto nazista terminou, mas ou-

tros tipos de holocausto continuam a ocorrer:

a fome, a misria, injustias de todo tipo; cri-anas de rua, os sem-teto, sem instruo, semsade, sem alimentao, os sem-nada perma-necem sendo sacrificados, e pouco ou nada se

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E h corpos celestes e corpos terrestres, mas uma aglria dos celestes e outra a dos terrestres. Uma aglria do sol, outra a glria da lua e outra a glria dasestrelas; porque uma estrela difere em glria de outraestrela. 1 Epstola aos Corntios 15:40-41.


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faz para terminar com tamanho martrio.Muitos ainda esperam pelo apocalipse,

mas ele praticamente se iniciou com a terrvel

Segunda Guerra. O holocausto marca bem oincio do apocalipse; hoje, ele prossegue naviolncia das cidades, nas injustias de todosos tipos, na fome e na misria, no caos queacontece no mundo e no interior do homem.

No Evangelho segundo Marcos, lemos o

seguinte sobre o princpio das dores:Porque se levantar nao contra nao,

e reino contra reino. Haver terremotos emvrios lugares e tambm fome. Estas coisasmarcaro o princpio das dores3.

Essas coisas j aconteceram e seguemacontecendo, mas depois, certamente, surgiruma Nova Terra e um Novo Cu, como naviso de S. Joo.

A escalada da violncia preocupa e assustamuito, ningum est seguro em parte alguma;

governos e polticos, de maneira geral, poucoou nada fazem para eliminar as causas da vio-lncia. S uma verdadeira educao espiritu-al poder diluir tanta sede de violncia, tantaagresso, muitas vezes gratuita.

Quando falo em educao espiritual, noestou falando de religio, mas de conscincia

3 Marcos 13:8.


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espiritual, alma, sensibilidade, sentimentosfraternais verdadeiros que existem antes dequalquer religio ter aparecido na face da Terra

e que necessitam, urgentemente, ser desenvol-vidos e expandidos, para que nossos semelhan-tes sejam vistos como irmos e no como es-tranhos, e tambm para que as potencialida-des latentes, sagradas e divinas, que existemem todos ns, possam ser desenvolvidas. Essa

uma das solues para o fim da violncia.Na medida que o ser humano se espiritu-

alizar, a inteligncia e o amor fraternal se ex- pandiro; quanto mais ele se abrir transcendncia da prpria vida, mais o sagra-

do e o divino se manifestaro dentro dele, co-locando-o em unidade com sua natureza real,a natureza divina e universal.

Deveramos estar cada vez maishumanizados e espiritualizados, mas esse no o caminho que temos trilhado. Permitimos

que os sistemas religiosos, polticos, econ-micos e materialistas inclusive os disfar-ados de religio4, crena ou seita fizes-sem de cada um de ns apenas um nmeromanipulado a critrio dos interesses dos po-

derosos, que ditam as regras e leis que todossomos obrigados a seguir.

4 Fazei de tua conduta a tua religio.Bhagavad-Gita.


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No passado, um homem era conhecidoe respeitado por seu nome e por sua pala-vra; o nome de sua famlia era importante,

em funo dos valores humanos que pre-servava. Hoje o respeito cada vez maisraro; deixamos de ser um nome para nostornarmos mero nmero.

Estamos acorrentados a sistemas funda-mentalistas, alicerados em dogmas, tabus e

preconceitos, no culto ao poder. As coisasde Csar5 nunca tiveram tanto poder comonos dias de hoje.

Embora tanto se apregoem as aes e pa-lavras do Cristo, na realidade, no so segui-

das porque no h conscincia delas. Ele dis-se: Um novo mandamento vos dou: Que vosameis uns aos outros; como eu vos amei a vs,que tambm vs uns aos outros vos ameis6.

Quem o segue? Os desequilbrios, as de-sarmonias e as carncias de todos os tipos e

gneros esto por todos os lados, e ainda as-sim nos consideramos civilizados. O homemest perdendo a sensibilidade, a violncia pas-sou a ser normal; a forma como tratamos nos-sos semelhantes chega a ser chocante.

Ao observarmos o cotidiano da vida hu-5 Dai pois a Csar o que de Csar, e a Deus o que de Deus. Marcos 12:17.6 Joo 13:34.


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mana nossa volta verificamos, por exemplo,que muitos mdicos tratam os pacientes nocomo seres humanos que esto sofrendo e tm

sentimentos, mente, conscincia e alma, mascomo coisas. O prprio processo hospitalarde tratamento, cura e combate s doenas muito desumano; muitos perderam a confian-a na medicina, se sentem como simples n-meros e cifres; por isso, no tendo recursos

para pagar, preferem no procurar o mdico.Para muitos, o hospital deixou de ser um lo-cal de respeito: apenas um comrcio.

Enquanto a medicina continuar a ser umgrande negcio, no haver mudanas que fa-

voream a sade na humanidade. No antigoEgito, a medicina era um sacerdcio, umamisso espiritual a servio da humanidade.Falar disso hoje como falar de uma grandeutopia; h at quem ria.

Entre os psiclogos que atendem em con-

sultrios e clnicas, grande parte sequer sesubmeteu a uma terapia; seus inconscientesesto tanto ou mais confusos que os dos cli-entes. Como podem se responsabilizar poralgo to delicado e complexo como o incons-

ciente, ao aceitar tratar de pessoas que estosofrendo em razo de dificuldades internasinconscientes?

Tudo isso torna a vida do homem quase


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um pesadelo.Boa parte dos polticos s pensa no povo

em poca de eleies; os interesses pessoais e

partidrios ficam acima das necessidades dopovo.As mulheres, infelizmente, continuam a

ser as grandes vtimas da sociedade desuma-na e machista. Alm de toda a histria de so-frimento e humilhao, muitas so ainda mais

discriminadas quando entram na menopausa,perodo da vida em que h queda na produode determinados hormnios, produzindo mui-tas alteraes fsicas e emocionais. Embora

parte da populao feminina conviva bem com

esse estgio da vida, a situao no fcil paraaquele grupo de mulheres que sente a influn-cia de vrias dessas alteraes comprometen-do sua atividade profissional, sua vida famili-ar, sexual e afetiva.

Para os homens o assunto no muito di-

ferente. Quando chegam a uma certa idade,tambm tm perdas semelhantes, de outroshormnios. Aqui o tabu ainda maior, poismuito raramente so informados do que estse passando em seu corpo. Sua taxa de

hormnios est diminuindo (talvez a maiorianem saiba, porque no corretamente infor-mada), mas para que os repor e fazer a vidados homens mais saudvel? Para que evitar


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que seu crebro se desgaste to rapidamente,para que os orientar a manter a atividade se-xual, dar-lhes suporte medicamentoso para

continuarem ativos profissionalmente e maisfelizes? So velhos que no servem maispara nada? Tm de sofrer porque a vida assim mesmo? Ser?

Segundo o Dr. Lister, grande pesquisadore estudioso do assunto:

Cerca de 50% dos homens com idadesuperior a 50 anos apresentam queda nos n-veis de testosterona7 se comparados aos n-veis encontrados nos jovens. A queda datestosterona progressiva e na faixa de idade

de 60 a 69 anos encontra-se 85% menostestosterona se comparados aos parmetros dajuventude.

A queda dos nveis de testosterona leva auma diminuio na massa ssea e corprea,com aumento da obesidade, menor nmero de

erees noturnas, menor facilidade na obten-o de ereo e menor tumescncia mximado pnis.

Com a evoluo da Medicina e conhecen-do melhor a fisiologia sexual masculina e fe-

minina, conseguimos contornar grande partedos problemas dessa faixa de idade.Assim, homens de meia idade podem ter

7 Testosterona: hormnio masculino.


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a capacidade sexual restaurada com o uso dereposio hormonal...8.

Se mantiverem as taxas hormonais equi-

libradas, tanto o homem como a mulher commais de 50 anos tero, evidentemente, melho-res condies para aproveitar a vida e seremteis aos seus semelhantes, pois, alm da ca-

pacidade, tm grande soma de experincias para transmitir e incentivar aes novas no

mundo. Entretanto, nossa cultura ainda noaceita essa viso de viver em plenitude at osltimos minutos da existncia, nem a socie-dade a compreende.

A medicina da Antigidade no era pou-

co desenvolvida como se poderia imaginar. Opesquisador francs Robert Charroux nos con-ta que um papiro do antigo Egito descreve umaoperao cirrgica no corao, feita em umsoldado atingido por uma lana, e tambm dizque:

Os egpcios tinham uma medicina mui-to avanada no que dizia respeito s doenasdas vias respiratrias, do tubo digestivo, dasvias urinrias, das afees do crebro. Utili-zavam os supositrios, os clisteres e os

laxativos. Os dentistas chumbavam os dentes,os oculistas curavam os tracomas, a catarata e8Dr. Lister de Lima Salgueiro, mdico, especialista emandrologia e medicina reprodutiva.


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a hemeralopia (distrbio visual). O papiroEdwin Smith prova que os cirurgies dosfaras faziam um verdadeiro trabalho cient-

fico no que se refere cirurgia ssea. Hip-critas e Galiano no escondem que uma partedos seus conhecimentos vinham das obras quetinham consultado no templo de Imhotep, emMnfis9.

Uma parte da antiga sabedoria est perdi-

da ou esquecida, hora de recuper-la.Em todas as reas de vivncia e atividade

humana, profissional ou no, sempre encon-tramos os que so excelentes, tanto na capaci-dade de realizar e fazer bem feito como na

dedicao humanitria, e os que, emcontrapartida, so maus profissionais, corrup-tos, mercenrios, que crescem arruinando avida de outros seres humanos, em proveito

pessoal e egosta, vendo naqueles que os pro-curam um cifro e nada mais. desumano!

O sofrimento e a angstia da velhice sodevidos a uma cultura que no est interessa-da na humanizao do homem, em todos osnveis. Essa mentalidade necessita ser muda-da urgentemente.

So muito injustos os valores da nossacivilizao. Um homem ou uma mulher tra-

9 O Livro dos Mundos Esquecidos, Robert Charroux.


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balham a vida inteira para sustentar a famlia,criar decentemente os filhos, muitas vezes custa de muitas dificuldades e sofrimentos,

para depois, quando envelhecem, ser atiradosa um canto como sucata, como um carro ve-lho, com uma aposentadoria ridcula que nolhes permite viver com dignidade. Onde esta humanizao?

No Brasil, a partir dos 40 anos, o homem

e a mulher j so considerados velhos. Suaexperincia no tem valor ou tem menos va-lor. So marginalizados no mercado de traba-lho. Algumas empresas comeam a reconhe-cer o erro e a realizar mudanas, pois vem

que mentes maduras representam maior pro-duo em funo de uma maior conscincia ede mais segurana para tomar decises. A cul-tura da menos-valia ter de acabar, porque desumana.

Na Antigidade, os mais velhos eram ou-

vidos e seus conselhos eram seguidos; suasabedoria, alicerada na experincia de vida,era respeitada. Hoje, ningum liga para a sa-

bedoria, s para o dinheiro.No passado, ia-se universidade para con-

quistar saber e sabedoria; hoje, a grande mai-oria vai apenas para ter um diploma, no paraobter sabedoria, mas para ganhar dinheiro eficar rico.


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Onde ficam a sabedoria e a espirituali-dade?

O homem perdeu o rumo para a Luz e mer-

gulhou na escurido, desumanizou-se.A grande tesofa Helena Blavatsky dis-se:

A humanidade uma grandefraternidade, devido identidade do materialde que formada, fsica e moralmente. Po-

rm, a menos que forme uma fraternidade tam-bm intelectualmente, no vale mais do queum gnero superior de animais10.

Aparentemente, quando olhamos para ohomem violento e egosta de nossos dias, at

parece no haver solues. A humanidade estchegando ao fim de algo muito srio e impor-tante; uma Nova Luz comea a despontar naalma, mente e conscincia dos que buscam averdadeira libertao e iluminao interior.

Ao mesmo tempo, neste final de milnio

surgem os falsos profetas, os falsos mestres eos falsos extraterrestres com mensagens fan-tsticas querendo, no fundo, manipular as pes-soas. No esto fazendo nada pelo ser huma-no, nada ensinam de novo que o ajude a sair

do atoleiro onde se meteu, do caos que criou, para se tornar verdadeiramente livre,

10 Glossrio Teosfico, H. P. Blavatsky.


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humanizado e espiritualizado.Os verdadeiros Seres de Luz, que vivem

em outros planos, mundos e dimenses, pro-

curam canais conscientes e competentes paratransmitir ensinamentos novos, tcnicas paranossa poca. Esto ajudando o homem a setornar livre, a caminhar com os prprios ps,

pensar com a prpria mente, ser iluminado emestre de si prprio, tornar-se o que em es-

sncia: um ser divino.Grandes transformaes esto ocorrendo.

Basta analisar este sculo e os anteriores paraverificar que, ultimamente, tudo caminhamuito rpido. As mudanas so naturais, ge-

ralmente pacficas; entretanto, podem tornar-se violentas se o homem continuar a agir con-tra a natureza, o planeta e a prpria vida.

Nos prximos captulos, analisaremos oque realmente est acontecendo ao homem.Tudo isso foi desencadeado a partir do sculo

XVIII, mas acelerou-se neste sculo, em queas transformaes so maiores. Como dizemos Mestres de Luz, o homem sempre teve doiscaminhos sua frente: o mais curto, em quechega Luz atravs do amor e da sabedoria11,

sem sofrimento, ou o mais longo e pelo qual11 A chama da sabedoria queima as impurezas. Emverdade, no h neste mundo purificante que se iguale sabedoria. Bhagavad-Gita.


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chega Luz atravs da dor e do sofrimento.Parece que, a duras penas, caindo e se levan-tando, o homem acabar por alcanar o Amor

e a Luz Divina; se no todos, pelo menos umaporcentagem considervel da humanidade.Em 1934, o Mestre Djwhal Khul disse:Nossa civilizao mecnica ser

simplificada e uma era ser introduzida, a qualser livre do incubo do dinheiro (sua posse e

sua no-posse) e a famlia reconhecer uni-versalmente seu status como um reino de li-gao entre os trs reinos12 inferiores da natu-reza e o quinto reino espiritual. Haver tempoe liberdade para uma cultura da alma que su-

perar nossos modernos mtodos de educa-o e o significado dos poderes da alma e odesenvolvimento da conscincia super-huma-na atrair a ateno dos educadores e estudan-tes em toda a parte13.

Onde fica Deus nesse caos que o homem

tem provocado?E aquela pequena parcela da humanidade

que nunca entrou nesse jogo de seduo, ma-nipulao e escravizao, onde est e o queest fazendo?

Esses precisam unir-se para, juntos, lutar12 Reinos: mineral, vegetal, animal, humano e espiritual.13 Um Tratado Sobre Magia Branca,Alice A. Bailey.


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2. A DIFCILARTE DE VIVER

A humanidade est vivendo um momen-to de profundas transformaes, tanto no n-

vel interno como externo, por vezes, extrema-mente difceis, causando muito sofrimento.Mas, apesar de todo o caos, uma Nova Luzcomea a surgir no fim do terrvel tnel negroque o homem vem atravessando nos ltimos

milnios.A vida a cada dia parece mais difcil, com-plicada e sofrida; grande parte dos seres hu-manos no est vivendo, simplesmente luta

para sobreviver. A cultura da destruio e damorte fez da vida algo irreal. Contudo, os

Grandes Mestres espirituais de todos os tem-pos sempre ensinaram que Deus, a GrandeFora Criadora Universal no importamuito o rtulo que lhe demos est dentrode cada um e, assim sendo, o sagrado e o divi-

no habitam no interior de todos ns.Disse Krishna:Poucos so os homens que, no meio dos

milhares da raa, tm suficiente discernimen-


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to para desejar chegar Perfeio. E, destespoucos, to raros so os que a procuram comsucesso, que se acha apenas, c e l, algum

que Me conhece em minha natureza essenci-al.Em minha natureza, h oito formas

elementais, conhecidas como: terra, gua,fogo, ar, ter, mente, razo e conscincia indi-vidual.

Mas, alm destas formas da minha natu-reza material, possuo uma natureza espiritual,superior e mais nobre: o Princpio que vivi-fica e sustenta o universo.

Os elementos de que falei so a matriz de

toda a Criao. Eu, porm, sou a fonte de quetoda Criao provm e qual tudo volta: Eusou o Princpio que vivifica e sustenta o uni-verso14.

Se acreditamos nesse Princpio, no temlgica o tipo de vida que vivemos, totalmente

voltado para as coisas materiais, para os pra-zeres e a destruio, que no esto contribu-indo para humanizar, espiritualizar e nos li-

bertar de todos os jogos de seduo, de nos-sas carncias, complexos e neuroses.

Quando falo em sagrado e divino, noestou me referindo a uma religio, mas For-

14 Bhagavad-Gita, Cap. VII, 3-6.


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a que habita em cada tomo, molcula, clu-la, em cada corpo, em cada ser. Essa Fora foia responsvel por toda a Criao e ainda est

alm da nossa imaginao: nossa incapaci-dade mental ainda nos impede de desvendaros grandes mistrios da vida e da criao uni-versal.

Em uma palestra realizada em novembrode 1985, J. Krishnamurti disse aos presentes:

Se no houver nenhuma mudana ago-ra, os senhores sero exatamente os mesmosque eram antes... A humanidade tem medo,mgoa, dor, ansiedade, lgrimas, inseguran-a, confuso. Coisas a que todo ser humano

na Terra est sujeito, e os senhores so comoos outros. Portanto, os senhores no so indi-vduos. Eu sei que o meu corpo diferente doseu a senhora mulher, e eu sou homem.Mas estamos no mundo como uma unidade.Quando esse relacionamento sentido, o se-

nhor o resto da humanidade. Ento, ocorrealgo totalmente diferente, no apenas palavras,imaginaes, mas o sentido disso, a imensidodisso15.

Atravs da canalizao consciente, recen-

temente o Mestre Hilarion16

disse:15 O Futuro Agora, J. Krishnamurti.16 Para quem no sabe, oMestre Hilarion, no passado,foi o Apstolo Paulo de Tarso.


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Nos dias de hoje a coisa mais fcil morrer, o difcil viver. Hoje se pratica o cul-to morte e no vida, isto est patente nas

aes destruidoras do prprio homem por todoo planeta.Apesar dos avanos tecnolgicos e de o

homem ter colocado os ps na Lua, apesar daliberdade poltica e religiosa, apesar de aindaexistirem perseguies religiosas em alguns

pases, a despeito da multiplicao de religi-es, crenas e filosofias de vida, o ser huma-no continua a no saber, verdadeiramente, oque ogrande mistrio mgico vida.

E como Georges Gurdjieffj o disse mui-

to bem :No somos seres humanos tendo umaexperincia espiritual, mas seres espirituaistendo uma experincia humana.17

A vida deveria ser como uma obra de arte,em que a alma o artista e a personalidade, a

argila. Atravs da ao energtica de suasmos, de sua fora, a alma deveria moldar aargila prpria imagem e semelhana, paraque pudesse surgir conscincia de todos oshomens. A alma o corpo de manifestao

do verdadeiro Anjo, o esprito, o Filho da Luz,do Sagrado e do Divino.

17 Georges Gurdjieff.


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Os sistemas vigentes no mundo no tra-zem para o homem o Anjo da Vida, da Cria-o e da Luz, e sim o da destruio, da mis-

ria e da fome, da mentira, da morte e das tre-vas, fruto do mal que tem emanado da mentee do corao humanos.

Ento, o que estamos fazendo de nos-sa vida?

chegado o momento de cada um questi-

onar a si prprio e encontrar suas respostas.Em nosso tempo, a vida caiu em uma co-

tao to baixa que at crianas e jovens ma-tam como se fosse normal.

Tira-se a vida por uma discusso no trn-

sito, ou pelo roubo de uma quantia insignifi-cante.Jesus foi trocado por 30 moedas de pra-ta, segundo a Bblia 18. Hoje, a vida no valesequer 30 moedas de prata.

O que se passa com a humanidade, ques quer consumir e destruir? Que foi feito do

amai-vos uns aos outros e da fraternidadeuniversal?

As religies, crenas e filosofias de vidano conseguem levar conscincia e mentedo homem que a vida divina, no s a vida

18 Ento Judas, aquele que o trara, vendo que Jesusfora condenado, devolveu, compungido, as trinta mo-edas de prata aos principais sacerdotes e aos ancios.Mateus 27:3.


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humana mas tambm a do animal, da rvore,da gua, do ar, do planeta.

Estamos matando todos os tipos de vida

na Terra sem a menor considerao ou respei-to. Estamos aniquilando o que verdadeira-mente sagrado e divino e, o que mais incr-vel, em nome do progresso, do poder polti-co-econmico e da evoluo da humanidade.

Mas que progresso e que evoluo? Da

morte? Da destruio? Do caos? Ser que podemos nos chamar de civi-

lizados enquanto deixamos crianas matareme serem assassinadas, enquanto mes abando-nam os filhos dentro de sacos de lixo?

O homem apoderou-se de tudo como suapropriedade, mas tudo o que material temum nico dono: o planeta, a Terra, Obra dasForas Divinas e Sagradas e que, em nossapoca, muitos chamam de Deus. Chegamosao mundo nus, sem conta bancria ou carto

de crdito, e dele sairemos deixando todos osbens materiais; levaremos para o outro ladoda vida apenas nossas obras e realizaes,nossos sentimentos, a expanso da mente e daconscincia, as conquistas energticas e espi-

rituais, nossas experincias e vivncias, en-fim, nossa sabedoria conquistada por nsmesmos.

As culturas religiosas, principalmente as


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ocidentais, utilizando o imaginrio humano,levaram o homem a precisar de um pedao de

barro, de madeira, de uma imagem de santo,

anjo ou mestre, um livro, cristal ou vela, algoque o faa acreditar no sagrado e no divino.Ele tem f nesses objetos, que so projeesexternas do sagrado, mas o que verdadeira-mente sagrado e divino, e que est dentrodele, continua a ser lanado fora, como algo

que no presta ou no existe.Ao contemplar o universo, a natureza e a

vida, fico maravilhado diante daMagia Divi-na da Criao, a Divina Arte; s restaria aohomem ajoelhar-se e agradecer por viver e po-

der participar da fantstica Obra da Criao.Disse Buda:Viver apenas um dia e ouvir um bom

ensinamento melhor do que viver um scu-lo, sem conhecer tal ensinamento19.

Mas a maioria ainda pensa que o Criador

fez tudo para satisfazer os caprichos, vcios e paixes do homem; acha que pode destruirtudo sem nenhum remorso ou responsabilida-de, pois acredita que vive apenas uma exis-tncia.

Muitos buscam encontrar o Cristo em umhomem morto e ensangentado, pregado em

19 A Doutrina de Buda.


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uma cruz. Contudo, ele sempre esteve bemvivo, emessncia, na alma de cada ser huma-no. A grande maioria, at hoje, sequer perce-

beu que Ele est vivo.Cultuamos a morte, no a vida!Nosso culto ao Deus morto e no ao

Deus Vivo; ao Deus que est longe, incapazde se comunicar com seus filhos, no ao DeusVivo que reside dentro de cada um de ns. o

culto a corpos que j morreram, no s almaseternas que os habitaram.

Talvez esteja no inconsciente coletivo,manifestando-se via inconsciente individual,essa sede de destruio e aniquilamento, a

ganncia, o egosmo, dio, o rancor, a obses-so pelo consumo, o materialismo disfaradoque tomou conta do mundo, pois o que se vhoje no deixa de ser, no fundo, o culto ao be-zerro de ouro20, um dolo transformado em Deus.

Grande parte das pessoas acredita que o

Deus Criador Universal fez o homem unica-mente para ele ter uma profisso, ganhar di-nheiro, viver uma vida fsica, ter famlia, fi-lhos e pronto. Um dia tudo acaba, morre enada mais acontece; o Grande Criador termina

20 Olhei, e eis que haveis pecado contra o Senhor vossoDeus; tnheis feito para vs um bezerrode fundio;depressa vos tnheis desviado do caminho que o Se-nhor vos ordenara. Deuteronmio 9:16.


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sua Obra na morte, no na eternidade da vida.A concepo que hoje a maioria da hu-

manidade tem de Deus e do que divino e

sagrado, assim como a respeito da verdadeiravida, est muito distorcida da realidade. Oshomens criaram Deus, e tudo o que espiritu-al, imagem e semelhana de seus egos, desuas ansiedades, carncias e de seus medos.

No acham que uma postura primiti-

va e pouco inteligente?Talvez seja por isso que o homem viva

toda a sua existncia com medo de morrer.Certa vez, li uma frase que sugere muita re-flexo: O homem principia a morrer logo que

nasce neste mundo. A morte do corpo fsicono mais do que uma pequena transforma-o da vida, em que se sai de um patamar, omundo fsico, para ingressar em outro um pou-co acima, aquele que a cincia esotrica cha-ma de mundo astral e que, simplesmente, en-

contra-se em uma dimenso superior. O fatode nossos limitados sentidos humanos e osaparelhos dos cientistas ainda no consegui-rem captar essa dimenso no significa queela no exista.

Na vida existe uma eternidade e na eter-nidade, muitas vidas. Os que j esto cons-cientes disso precisam entrar em um processocontnuo de transformao e mutao, no qual,


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a cada conquista, novos horizontes da vida seabram, novas expanses do sentimento, damente e da conscincia possam ocorrer. Nos-

so verdadeiro caminho21

eterno, trilhado pelaalma de todas as coisas; ele se inicia dentro decada um, no sagrado e divino que reside nocorao, na mente, na alma e no esprito doser humano.

Viver uma arte espiritual: em cada ato,

a magia da criao inova, renovando formase aspectos da prpria vida. Entretanto, aohomem ensinado que um eterno pecador eque seu fim a aniquilao total. assim queos dogmas e os donos da verdade perpetu-

am seu domnio, julgando os cordeiros obe-dientes, que iro para o cu segundo essesjuizes que se atriburam a funo de Deus ,enquanto os rebeldes iro para o inferno.

Se o ser humano no compreender e assi-milar o fato de que tudo o que vida, em qual-

quer de suas formas, sagrado e divino; seno tomar conscincia de que essa vida deveser respeitada, no destruda, nosso futuro 22

21 Qualquer que seja o caminho pelo qual os homensse aproximem de Mim, bem os recebo, pois, seja qualfor o caminho que escolham, o Meu Caminho.Bhagavad-Gita.22 A Humanidade erra por ter sua conscincia submersana ignorncia. Bhagavad-Gita.


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ser certamente bem sombrio.Uma parcela da humanidade est desper-

tando e redescobrindo aquilo que foi perdido

h muito tempo, levando muitos vivnciado que tm de sagrado e divino, da vida almda forma, a que as religies e crenas no tmdado o justo valor.

Em desespero, o homem busca religar-se fonte nica do verdadeiro Amor Divino,

Sabedoria Eterna, sua alma, a cada ser, Grande Me Natureza. S assim conseguirque a grande transformao em curso prossi-ga e resgate os valores que, de fato, so sagra-dos e divinos para a evoluo humana e pla-

netria, como tambm a comunicao consci-ente, o encontro, sem intermedirios, com overdadeiro Deus que reside dentro de cada um.

A vida uma arte mgica: todos somosparticipantes ativos da Criao Divina, e nocoisas quaisquer jogadas a um canto, perdi-

das no espao infinito, habitando um peque-no planeta azul que no foi feito para ohomem destruir.

preciso valorizar no s a vida, mas tam-bm sua eternidade.

Contudo, a imortalidade no deve serconcebida como uma prolongada sucesso detempo, o que seria uma concepo quantitati-va; deve ser antes um estado de conscincia,


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o que uma concepo qualificativa. O seuvalor est em ns, no no tempo. Poderamosviver um milho de anos sob a forma de ver-

me, ou um simples dia sob a forma de homem.A imortalidade do verme seria prefervel mortalidade do homem?23.

Ensinam os Mestres de Luz: um dia, ohomem, por seus prprios mritos e obras,elevar seu estado de conscincia e compre-

ender quem foi, o que faz e para onde vai.Ento, muitos dos problemas que hoje afligema humanidade desaparecero.

Na realidade, o que somos hoje foi cons-trudo no passado, em outras existncias; o que

estamos fazendo agora ter conseqncias naprxima vida. Desse modo, cada um de nsest moldando sua prxima personalidade, os

prximos corpos, a maneira como viver aprxima existncia.

Disse Sri Aurobindo 24:

A alma assume o nascimento cada vez,e cada vez uma mente, uma vida e um corposo formados dos materiais da Natureza uni-versal, de acordo com a evoluo passada daalma e sua necessidade para o futuro.

23 A Sabedoria do Eu Superior, Paul Brunton.24 Sri Aurubindo Ghose (1872-1950), hoje no planoespiritual, um dos Mestres de Luz ou de Sabedoria.


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Os amigos da verdade so aqueles que aprocuram e no aqueles que se gabam de a terencontrado.31

Temos de mergulhar dentro de ns paradesvendar nossos mistrios, para descobrircomo sair do caos que invadiu a humanidade,

para nos conquistarmos a ns mesmos e des-bravar nosso universo interno.

31 O Livros dos Mundos Esquecidos, RobertCharroux. Frase atribuda a Condorcet, tambm adivisa dos franco-maons da Grande Loja de Frana,segundo Charroux.


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3. O CAOSINTERNO DO HOMEM

A humanidade vive um momento muitoimportante de sua evoluo. Profecias de di-

ferentes pocas anunciam o fim dos tempos.A interpretao mais comum a de que omundo vai acabar.

Se isso acontecer, ser devido ignorn-cia dos homens, no ao de Deus Criador

ou a um castigo divino.Se eclodir uma nova guerra mundial, quecertamente ser nuclear, ento dificilmentesobrar alguma coisa.

difcil acreditar que o mundo poderiaterminar em funo de uma ao divina. O

Grande Deus Criador teve um trabalho parafazer o universo, criando o homem sua ima-gem e semelhana, para depois o destruir? Issono tem lgica nenhuma!

Por desconhecer tanto o universo externo

como o interno, talvez seja mais fcil, paramuitas pessoas, acreditar que tudo vai acabar;assim, ningum tem de fazer nada pela salva-o, libertao e iluminao da humanidade.


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Mesmo os que parecem acreditar no fimdo mundo bem no ntimo sabem que isso no verdade, pois continuam planejando sua vida

em termos futuros.Se partimos da hiptese de que tudo vaiacabar, ento, para que trabalhar por um mun-do e uma humanidade melhores, para quemanter nossas crianas no colgio, para quecontinuar curando doenas?

A cincia esotrica tem uma viso com-pletamente diferente.

A frase o fim dos tempos encontra-seem vrias obras e foi dita por vrios profetas.Uns se referem ao fim do Grande Ciclo, o tem-

po que o sol leva para dar uma volta completaem torno do Zodaco. Outras profecias alu-dem mais particularmente ao fim do ciclo daEra de Peixes e ao iniciar do novo ciclo daEra de Aqurio, que durar aproximadamente2.166 anos. Vem da a expresso muito co-

nhecida de todos:Nova Eraque, na realidade,se refere mais ao incio do Grande Ciclo.

Como j disse, o fim dos tempos , naverdade, o fim do velho e grande ciclo e, du-rante a era de Aqurio, vrios ciclos menores

se fecharo, enquanto outros, novos, se abri-ro. Tudo obedece a uma Lei Oculta, conhe-cida no esoterismo como Lei dos Ciclos.

A humanidade est entrando realmente em


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um Novo Ciclo, uma Nova Era, Novos Tem-pos, saindo dos Velhos Tempos.

Ofim do mundo no o fim da humani-

dade, mas o trmino de um grande ciclo de provaes e purificaes, de umagrandetransformao pela qual o ser humano est

passando para entrar em um novo ciclo, umanova vida, melhor, mais transcendente. Paraas culturas religiosas ocidentais a palavrafim,

no que diz respeito vida, sinnimo de mor-te; para as culturas orientais, porm,fim, nes-se contexto, quer dizer transformao, mudan-a de um estado denso para um mais sutil,superior, para uma vida melhor.

A humanidade est em uma fase de tran-sio: da Velha para a Nova Era, dos VelhosTempos para os Novos, dofim de um grandeciclo para oprincpio de um novo.

Por isso existe tanta turbulncia na humani-dade, nesse perodo evolutivo de decadncia e

caos, de confuso e materialismo apesar dese falar tanto em Deus e nos caminhos de Deus.

O homem busca algo que no sabe defi-nir. Sente-se perturbado, necessita de paz in-terior e no a encontra, procura a verdade que

o liberte, como o Cristo32

props, mas se sen-te mais prisioneiro do que nunca. Busca au-32 E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertar.Joo 8:32.


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amordaada, aprisionada pelas religies e pe-los grandes senhores, os antigos donos davida e da verdade, que ainda hoje insistem

em controlar a vida do homem.A vida foi reduzida ao corpo, a alma ficourelegada a algo imaginrio ou dependente das

benesses religiosas.Deus foi exilado dentro dohomem, o caos interno instalou-se nele.

A personalidade arvorou-se em proprie-

tria do corpo; em seu nome, tudo foi e per-mitido fazer ou dizer. A psicologia tenta colo-car ordem no caos interno, trabalhando como inconsciente. No entanto, a chave para sairdo caos em que o homem est mergulhado

acha-se muito alm do inconsciente da psico-logia, na instncia que os orientais chamamsupraconscincia, a dimenso superior ondereside a alma, o fantstico universo interiorainda desconhecido da maioria da humanida-de. nele que esto as foras libertadoras do

homem, a verdade passada, presente e futurade cada um.

Quando se fala em alma, pensa-se logoem religio. Mas a alma precede qualquer re-ligio; faz parte da Grande Trade do Homem,

juntamente com o esprito e a personalidadeou corpo.Vivemos em uma poca de turbulncia em

todos os sentidos. Muitos problemas que o


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homem enfrenta hoje no mundo fsico deri-vam dafalta de uma relao harmoniosa, equi-librada, amorosa, inteligente e consciente en-

tre alma e personalidade; por isso, desenrola-se dentro de cada um uma intensa batalha.Muitas tcnicas e ensinamentos procuram

contribuir para que a paz retorne ao nosso in-terior, para que a alma realmente assuma seu

papel fundamental na vida humana, que Deus

seja libertado dentro de cada um, voltando aestar presente, ativo, e sentido, que a ordemvolte nossa casa interior.

As realidades espirituais de Deus so in-visveis, mas se acham exemplificadas e so

inteligveis pelas realidades fsicas reveladasnas coisas fsicas que so feitas. De acordo comessa interpretao das palavras dos Apstolos,as realidades fsicas e espirituais complemen-tam-se entre si. So dois extremos da mesmarealidade: um reside na alma humana e o ou-

tro, nas coisas do mundo exterior. Eis aqui umadas razes fundamentais de por que cinciae religio devem se complementar: so osdois pilares do portal pelo qual a alma hu-mana entra no mundo em que reside a divin-

dade.33

Em nossos dias, muitos iniciaram uma

33 Dr. Michael Pupin, The New Reformation.


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grande busca espiritual. Nunca antes na His-tria existiram tantas religies, igrejas, seitas,crenas, instituies msticas, espiritualistas

e esotricas, e nunca o homem esteve to lon-ge do autntico Deus Vivo. O homem est buscando algo, mas o

qu?Quer o acreditemos ou no, estamos no

mundo fsico por causa da necessidade de evo-

luo, sublimao, libertao, iluminao eunificao de nossa alma; o corpo morre, aalma continua. A velha frase do esoterismooriental, que hoje chega a soar dramtica no sois um corpo que tem uma alma, e

sim uma alma que tem um corpo , de-veria ser levada mais a srio, assimilada e co-locada em prtica. Enquanto no nos conven-cermos da realidade da alma e de que nela estnossa verdade interior, de que nela que de-vemos mergulhar e viver, continuaremos pro-

curando verdades moribundas fabricadas imagem e semelhana da personalidade hu-mana, e nosso caos interior continuar con-tribuindo para o caos externo que existe nomundo.

A grande busca, hoje em dia, talvez seja ada alma; a grande maioria acredita nela, mas nosabe onde est e como se comunicar com ela.

A principal caracterstica da alma a


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conscincia.34

No podemos mais aceitar os donos daverdade que ditam regras que temos de se-

guir, pelas quais devemos viver, sem refletirou meditar, sem questionar se esto certas ouerradas, se esto de acordo com a verdade daalma. No nos esqueamos de que a Era Aqua-riana regida pelos princpios de: igualdade,

fraternidade e liberdade, de contnua trans-

formao, transmutao que nos levar uni-ficao de nosso eu inferior (a personalidade)com o eu superior(a alma), para realizarmoso eu divino (o esprito).

Temos de ser mais audazes para libertar-

nos de falsas verdades e ideologias; precisa-mos ter coragem para mergulhar fundo emnosso universo interno, que multidimensional, no tridimensional.

Enquanto no conseguirmos nos libertardas velhas e caducas teorias, assim como dos

vrios tipos de dogmas; enquanto no tiver-mos a mente livre e receptiva renovao einovao, o corao aberto e puro, no en-contraremos a Obra fantstica de Deus bemdentro de ns.

Quando observamos essa Obra, verifica-mos que, do ponto de vista simblico, exis-

34 A Alma e seu Mecanismo, Alice A. Bailey.


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tem no universo interno planetas, estrelas,constelaes e galxias, e l existe ordem eno caos, l est a verdade que liberta, como

diz o Cristo, e no a verdade dos homens, pormuito sagrada que possa parecer.Os Grandes Mestres e Instrutores espiri-

tuais de todos os tempos afirmaram que o ver-dadeiro homem, em sua totalidade de espri-to, alma e matria, o verdadeiro Templo

onde habita o Deus Vivo35.O reino de Deus no consiste em pala-

vras, mas em virtudes.36

Em nossos tempos, as palavras so maisimportantes que as virtudes da alma e da cons-

cincia. As palavras mais sagradas transfor-maram-se em fantasias para satisfazer o egohumano; anestesiam a conscincia e tornam amente dependente,prometem um cu de ilu-

ses e uma verdade de mentiras.Maria Antonieta, antes de perder sua lin-

da cabea no alto do cadafalso, exclamou: Liberdade, quantos crimes no so cometidosem teu nome!.

E em nome de Deus, quantos crimesno foram e so cometidos?

35 Mas o Altssimo no habita em templos feitos pormos de homens, como diz o profeta. Atos 7:48.36 1 Epstola aos Corntios: 4:20.


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Em nome da verdade, quantas menti-ras no foram e so proferidas?

Em nome da paz, quantas guerras no

foram realizadas? Em nome do povo, quantos no foramescravizados e maltratados?

Em nome da ordem e da justia, a violn-cia avana como um rolo compressor.

Em nome do progresso, destri-se a natu-

reza, o planeta, a vida. Que verdade essa que o homem est

seguindo, que s destri, mata? Que felicidade essa que o homem

busca, que torna os outros infelizes?

Que amor esse que fomenta dio?O verdadeiro Templo de Deus o homemem sua totalidade, e ele foi invadido por todotipo de vendilhes, que muito contriburam

para o caos interno. E o que estamos fazendo?

Nada, ou quase nada.Acomodamo-nos a esse tipo de verdade

que permite nada fazer, nem por ns mesmos,quanto mais pelos outros, ou pelo planeta.

Esquecemos que somos uma clula da

humanidade. No conseguimos v-la como umenorme corpo doente, necessitando de trata-mento urgente.

Habitamos um planeta que alimenta nos-


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so corpo, sem o qual no existiria a vida hu-mana e o que fazemos com ele?

Simplesmente o envenenamos. Matamos

seus rios, queimamos-lhe as matas, polumosseu ar.A Terra est na UTI; o que estamos fa-

zendo para tir-la desse estado crtico,preocupante?

Nada, ou quase nada! Deixamos que o

caos continue com sua destruio e violncia,e at contribumos para tanto.

E por que a Terra est assim?Imediatamente arranjamos um milho de

justificativas e desculpas: a Terra est doente

porque foi invadida por poluentes contrriosa seu equilbrio biolgico. A qumica naturalfoi substituda pela sinttica.

O estado da Terra externa resultante doestado em que se encontra nossa Terrainteri-or, o homem.

Se plantamos violncia, o que esperamosreceber em troca? Amor? Paz?

A cultura da violncia continua viva namdia, nos jornais, revistas e filmes.

Que importa se a violncia se alastra por

todos os lados, se o homem fica rico atravsdessa cultura?E por que razo ela se alastra por todas as

cidades do mundo?


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Porque est dentro do homem!Nossa conscincia tornou-se insensvel

violncia.No fundo a apreciamos. Podem di-

zer que no, respeito-lhes a opinio, mas temosde ser realistas, antes que seja tarde demais.J no conseguimos nos autovigiar, a vi-

olncia entrou no quarto escuro de nossoinconsciente.

Querem ver como fcil chegar con-

cluso de que gostamos da violncia? Quem no gosta de ver um bom filme

em que o mocinho mata todo o mundo? Quais os filmes de maior bilheteria? Os de maior violncia!

Por qu? Porque o homem adora violncia.Nossos heris do passado salvavam vidas,

libertavam e nos ensinavam que o cultivo dasvirtudes o verdadeiro caminho. Os de hojematam e ensinam que o caminho o da des-

truio e da violncia, passar por cima detodos, sem d nem piedade.

At os desenhos animados na TV, comalgumas excees, so pura violncia.

O que esto ensinando s nossas crianas?

Acreditem ou no, todos temos nossa quo-ta-parte de responsabilidade nisso, mesmo nosomitindo e nada fazendo para mudar a situao.

No adianta mais esconder o sol com a


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peneira; se no surgir uma Nova Luz internapara diluir as barreiras da violncia, para ilu-minar e retirar as trevas de dentro de ns, o

caos interno do homem acabar por extinguirtoda a vida na face da Terra.A humanidade est em sua decisiva e der-

radeira batalha final,que levar continuida-de da vida neste planeta, sua ascenso a umnvel superior de freqncia da energia lumi-

nosa evolutiva que sustenta a vida universal antecedendo a chegada Terra da energiado Cristo Csmico, trazida pelo Cristo-

Maitreya, com a ajuda de todas as almas quese encontram no Caminho da Luz37 Mes-

tres, discpulos, seres anglicos e energticos,assim como todos os seres humanos de boavontade, que acreditam na Luz Divina e bus-cam segui-la.

Essa ltima batalha, a grande batalha doArmagedon38, j est sendo travada dentro de

cada ser humano.Precisamos encontrar o caminho correto,

37 O Caminho da Luz, A Iniciao Aquariana,Henrique Rosa e Lourdes Rosa.38

Armagedon. Palavra usada no captulo XVI doApocalipse, para designar o lugar onde as foras dobem e do mal travaro a ltima batalha, preldio doregresso do Cristo-Maitreya e de seu Reino de Luz Terra.


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as armas certas, para vencer nossa batalha in-terior.

Ensinou Gautama Buda:

Seguir o Nobre Caminho como entrarnum quarto com uma luz na mo: a escuridose dissipar e o quarto se encher de luz39.

Nosso quarto interior est escuro, e noestamos percebendo que os antigos vendi-lhes do templo, que se encontram por todos

os lados, no nos deram luz, mas trevas; noensinaram a verdade que ilumina e liberta,como Jesus disse, mas aquela que limita econdiciona.

Tornamo-nos dependentes e escravizados

a sistemas que cultuam a destruio. Mas quem o culpado? Quem fez ohomem assim?

Hoje, j no importa quem o culpado ouquando comeou essa histria; ela to anti-ga, vem de to longe, que no adianta mais

saber; temos, sim, de eliminar de dentro dens o caos interno, ajudando nossos semelhan-tes a fazerem o mesmo.

A pergunta que temos de fazer a seguin-te:

Por que permitimos que nos invadis-sem dessa maneira?Talvez a resposta seja: porque nos deixa-

39A Doutrina de Buda.


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mos enganar, acreditando que o Deus Vivoestivesse l fora, em uma igreja, num livro,no cu, em algum que se diz o porta-voz, o

dono da verdade, naqueles que tm o mo-noplio da verdade e as chaves do Reino dosCus.

Esquecemos que a verdade est em nossaalma e que com ela que venceremos nossabatalha interior, atravs dela que seremos

livres, livres de tudo o que limita a intelign-cia, a conscincia, o verdadeiro sentimento, oamor, a liberdade, a igualdade, a justia, a sa-

bedoria, a luz.A sabedoria chinesaaponta-nos uma luz

no fim do tnel, que j comeamos a enxer-gar, quando ensina: depois de uma poca dedecadncia, chega o ponto de mutao.Estamos em uma enorme mutao interioreexterior: o novo homem e a nova mulher es-to emergindo do caos para a luz, da desor-

dem para a ordem; velhos mtodos esto dan-do lugar a novos; aos poucos, novos princpi-os de vida e da ordem esto surgindo. O novo

ser humano no aceita ficar preso a cordesumbilicais invisveis, ser monitorado e poli-

ciado; exige sua liberdade, em todos os as-pectos da vida e da evoluo.Est despontando uma Nova Luz, no co-

rao e na mente dos que buscam sinceramen-


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te, dos que querem renovar-se interna e exter-namente. A Luz j comea a aparecer no hori-zonte da alma, como umsol interior. As trans-

formaes vo afetar toda a humanidade; unssero mais lentos, outros mais rpidos; algunsmais conscientes, outros menos. da expan-so do sentimento, da mente, da conscinciae da alma que est comeando a nascer, emtodos ns, uma Nova Luztransformadora, re-

novadora, libertadora e unificadora.Atravs dos portais interiores nossos

chakras, principalmente o cardaco, tambmchamado o santurio crstico, a Nova Luzest surgindo em todos os que a buscam com

sinceridade e honestidade, para servi-la e sabedoria. A alma agita-se, prepara-se para agrande batalha, procura apontar a direo aomundo da personalidade. Os velhos temposesto se encerrando, novos tempos estoche-

gando. O fim do mundo est a, sim, mas o

fim do mundo dos dogmas, das falsas ideolo-gias, das falsas teorias e verdades, o fim domundo dos privilegiados, das injustias, dafome e da misria, dos donos do mundo; ofim do mundo da morte e da destruio, dos

falsos profetas e mestres.O mundo humano pertence tambm alma, alma de todas as coisas, que vai assu-mir definitivamente sua funo, porque esta


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a ordem universal, no tenham dvida. As tre-vas sero expulsas, no haver mais quartonegro; todos seremos iluminados, em nosso

corao, mente, conscincia, sentimento ealma, por essa Nova Luz que est despontan-do no interior do ser humano, e que independede religio, crena ou sistema.

Uma enorme revoluo interior lumino-sa est em curso: ou nos alinhamos com ela, a

favor da ordem e da evoluo universal, oucontra ela e, nesse caso, nosso caos interior,certamente, ser cada vez maior e nossa bata-lha, perdida.


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4. A HUMANIDADENO PONTO DE MUTAO

Se fizermos uma retrospectiva e anlisedos acontecimentos mundiais, verificaremos

que, desde meados do sculo passado, parano ir mais longe, vrias transformaes vmse processando na humanidade. Mas foi de-

pois da Segunda Guerra Mundial que elas pas-saram a ser mais rpidas e dinmicas.

O que teria provocado transformaesto grandes e velozes?Existem vrios fatores; talvez o mais im-

portante seja a influncia energtica da Cons-telao de Aqurio, que est alterando o cicloevolutivo da humanidade e as relaes entre

os homens. A energia e a ao esto vindo dedentro para fora, do interior para o exterior, edo sutil para o denso, ou seja, do mundo daalma, e tambm dos mundos mental e astral

para o fsico. O processo contrrio, que este-

ve em atividade durante as ltimas eras ouciclos, mantm uma ao secundria e com-plementar.

A evoluo dinmica e est em cons-


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tante mutao. Ela se processa em dois movi-mentos:

oPrimeiro movimento: do exterior para

o interior e do denso para o sutil; o Segundo movimento: do interior parao exterior e do sutil para o denso.

Os dois esto sempre em ao e interagem,dentro da Lei dos Ciclos, alternando-se a cadaCiclo40 e a cada era; um mais atuante, o dire-

tor, e o outro o secundrio, complementar.O Mestre Tibetano D. K. disse:O segredo de toda a beleza est no cor-

reto funcionamento destes ciclos. O segredode todo o sucesso no plano fsico est na cor-

reta compreenso da lei e da ordem. medida que a evoluo prossegue, amatria se torna de maneira crescente ummelhor condutor da luz41. Isso possibilita umaevoluo mais rpida e uma expanso espiri-tual em direo ao despertar de novas capaci-

dades, que j comeam a se manifestar na hu-manidade.

Os sentidos ocultos, canais de comunica-o com outros seres, em dimenses diferen-

40 Os Ciclos e as pocas dependem da conscincia;

eles se repetem, e so medidos pela humanidade e nopela natureza. Somos as mesmas gentes de passadaspocas. A Doutrina Secreta, Helena P. Blavatsky.41 Um Tratado Sobre Magia Branca, Alice A. Bailey.


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tes da nossa, se tornaro coisa comum duran-te o Terceiro Milnio.

Quando falo em evoluo, estou me refe-

rindo aos nveis da vida fsica, emocional-as-tral, mental e espiritual.Ao despertar e desenvolver os sentidos

ocultos, canais espirituais, faculdades superi-ores que todos possumos e passarmos autiliz-los corretamente em favor da evoluo

geral, ento nosso destino estar em nossasmos, seremos donos e senhores de nossa vida.

A Era de Aqurio est trazendo, para ahumanidade como um todo, novos princpiosde viver e de ver a vida. Como j disse, gran-

des transformaes esto em curso ou, melhordizendo,grandes mutaes.Todas as civilizaes tm trs ciclos im-

portantes: o doprincpio, o do meio e o dofim,para retornar aoprincpio de um novo ci-clo, de uma nova civilizao, que deveria ocor-

rer sempre numa oitava acima, na eterna es-cala da evoluo universal. Infelizmente, hou-ve pocas em que no passamos para uma oi-tava superior. Algumas vezes descemos; ou-tras, repetimos o mesmo ciclo. o nosso caso,

estamos encerrando um ciclo repetitivo porerros cometidos muito tempo atrs; agora te-mos o dever e a obrigao de ascender a umaoitava acima, no mnimo.


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Ao observar o passado e o presente denossa velha civilizao, verificamos que elacaminha para o ltimo ciclo, o ciclo finalque

dar passagem ao incio de um novo ciclo maisabrangente e transcendente: uma transfor-mao e renovao dos processos e mtodosda vida do homem; no se trata do fim domundo, como alguns teimam em profetizar.

O mundo pode acabar?

Talvez, mas pelo dio do ser humano aosprincpios da verdadeira vida sagrada e divi-na, e no por uma ao de Deus Criador; poruma total falta de inteligncia, porque umaguerra uma enorme falta de inteligncia, uma

incapacidade do homem de resolver pacifica-mente suas questes pessoais e materiais.As civilizaes e as raas sucedem-se

umas s outras; os antigos profetas previramgrandes mutaes para a poca atual.

Ciclicamente, a humanidade passa por

processos de mutao, mais suaves ou inten-sos, alguns especficos, outros abrangentes.

Estamos em uma das fases de mutao,que simultaneamente de transformao,transmutao, libertao, unificao e ilumi-

nao, e est incluindo toda a humanidade.Prefiro empregar a palavra mutao, porser mais abrangente e condizente com o esta-do atual da humanidade. Ela quer dizer alte-


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rao, mudana, modificao, transformao.Em teatro, mutao significa mudana decenrio. Se contemplamos o panorama mun-

dial das naes e dos sistemas polticos e eco-nmicos, vemos um novo cenrio sendo mon-tado no palco da vida terrena.

Na msica, mutao uma alterao domodo, dentro de uma tonalidade ou acorde deum fragmento musical.

O que est acontecendo ao ser humano no uma simples mudana, mas uma grandetransformao, mais profunda e transcenden-te; nossos acordes, melodias e ritmos interio-res esto mudando para afinar-se com os rit-

mos primordiais da natureza e da Criao Di-vina. Novos movimentos interiores comeama se esboar naqueles mais sensveis msicado universo interior e exterior.

Os corpos, planos e mundos tambm evo-luem. O prprio universo est em contnua

mutao; nada esttico, nada imutvel; tudo energia e a energia est em movimento rt-mico contnuo.

A ordem natural de todos os seres e todasas coisas evoluir, e evoluir estar em movi-

mento. O movimento tanto interno comoexterno, e atinge todas as dimenses, planos emundos. Quandono h movimento, no hevoluo, no h transformao, no h mu-


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tao h cristalizao. Cristalizar perma-necer no mesmo estado, no experimentarmudanas; parar na evoluo, o que con-

trrio ordem natural e universal.Podem pensar: mas uma rocha, um cristalse encontram cristalizados! Aparentemente,sim! Contudo, em seu interior existe um mo-vimento ascendente, no perceptvel aos olhoshumanos. Em seus tomos existem energias

que se movimentam em torno de um ncleo;h uma evoluo, aparentemente minscula,em um ritmo peculiar, rumo a objetivos defi-nidos pela Lei da Evoluo Universal, de acor-do com a ordem natural.

O ser humano a nica espcie que seafasta de seu ritmo, de seu movimento ascen-dente, contrariando a ordem natural, desres-

peitando os objetivos determinados pela Leida Evoluo. Ele se movimenta, muitas ve-zes, em sentido descendente em relao evo-

luo, provocando destruio. Ele no trans-forma e sim, transtorna etranstornar al-terar a ordem, pr em desordem, desorgani-zar, perturbar, atrapalhar, agitar; desfigurar.Desse modo, provoca desintegrao, e desin-

tegrar desfazer a integrao, separar-se dotodo, da unidade42, da luz; perder a integri-42 Deus Uno e por isso ama a unidade. Maom,segundo o Habith.


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ras, rancores, ganncia, violncia, insensibili-dade e indiferena dor, misria, fome, sinjustias que crescem todos os dias, falta

de paz interior. O caos interno vem crescendoassustadoramente, tendo se acelerado nestesculo.

O que o homem est fazendo com anatureza, com o planeta onde vive e evolui,com seu corpo fsico, sua mente e sua alma?

Ele perdeu o respeito por tudo e at pelasLeis Maiores da Divina Criao, que vivetransgredindo; em conseqncia, ele sofre.

Nossa velha civilizao mecnica e ma-terialista est no fim. Outra comea a nascer,

com a necessidade de caminhar mais rapida-mente, mais livre de dogmas, de ideologiascondicionantes e teorias fundamentadas noego humano.

impressionante a fora dos fanatismosneste caos. Se observarmos bem, veremos

multides aderindo cegamente a uma doutri-na, a teorias, a dolos transitrios que no en-sinam como ter paz interior, que no ajudamo homem a se libertar de falsos ideais. Quan-do existe essa cegueira, as pessoas ficam

alucinadas, transtornadas, obcecadas e issoimpede a reflexo, o raciocnio e perturba o julgamento correto e verdadeiro, oblitera arazo, no permite uma auto-anlise justa, e


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atrapalha a verdadeira busca da liberdade in-terior e exterior. Podero at pensar que solivres, mas seguir cegamente um ideal, uma

crena, uma religio, um sistema poltico, umpartido, teorias ou dogmas impostos por pala-vras e aes dos donos da verdade e do Rei-no de Deus, mesmo que baseados na Bbliaou em algum outro livro, seguir um cami-nho descendente e no ascendente.

Todos os caminhos ascendentes levam liberdade de pensar, sentir, fazer, agir, ques-tionar e tomaro caminhoque internamentecada um sinta como o melhor para sua vida eevoluo e no aquele que algum lhe diz ser

o melhor, impondo, muitas vezes atravs domedo, regras de conduta sobre o que se devefalar, fazer e at pensar.

E conhecereis a verdade, e a verdade voslibertar.43 Ora, se no h liberdade de pen-sar, questionar, agir e seguir o caminho que

parea melhor a cada um, sem imposio peloterror, ficamos impedidos de chegar verda-de e tambm de ser livres.

DisseMahatma Gandhi:A verdade dura como o diamante, e

delicada como a flor do pessegueiro.44

43 Joo 8:32.44 A Essncia da Verdade.


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EAlbert Einstein tambm fala dessa ver-dade:

Eu penso 99 vezes e no descubro a ver-

dade. Paro de pensar, mergulho em profundosilncio, e eis que a Verdade me revelada45.A verdade est alm das palavras, dos li-

vros e do prprio pensamento; palavras e li-vros podem ser teis na medida que se trans-formem em ferramentas de expanso, avano

e libertao, no de condicionamento e estag-nao. A cincia esotrica diz que a verdadede cada um, aquela que realmente o liberta,reside em sua alma.

Em 1934, atravs de Alice Bailey, disse o

Mestre Djwhal Khul, o Tibetano:A necessidade desta poca tremenda ea alma est nascendo na humanidade como umtodo. Cosmicamente falando, se a direo cor-reta das foras do reino humano for agoraalcanada, manifestar-se- na Terra uma hu-

manidade que exibir um propsito, uma be-leza e uma forma que sero plenas expressesde uma realidade espiritual interna e alinhadacom o propsito da alma46.

Algo est se passando nos nossos tempos.

A alma agita-se no templo interno, aquele45 A Essncia da Verdade.46 Um Tratado Sobre Magia Branca, Alice A. Bailey.


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que no foi feito por mos humanas. Ela sabeque est em um momento muito importante,degrande transformao , que, desta vez, com-

preende a humanidade como um todo.Sempre que uma civilizao entra emdeclnio, h decadncia, intolerncia, fanatis-mo; surgem os donos da verdade; ocorreminjustias de todos os tipos; os princpios mo-rais so rebaixados a nveis assustadores, sur-

ge acultura da violncia, dos prazeres e dodinheiro. Basta considerar a decadncia dasgrandes civilizaes passadas: como viviam,o que faziam, o que aconteceu e compararcom a realidade de nossos tempos.

Escreveu Antnio Feliciano de Castilho:A mutao maravilhosa que se operounas perspectivas da alma, fez rebentar o meultimo canto: A Esperana47.

O grande escritor portugus tinha razo;no podemos nem devemos perdera esperan-

a: uma nova civilizao comea a nascer dascinzas da velha. Se observarmos a histria dasgrandes civilizaes, perceberemos que, an-tes de findarem completamente, surgia umanova civilizao, melhor, um pouco mais jus-

ta e sbia, fraternal e um pouquinho mais li-vre, regra geral; como sabem, toda regra temexcees.47 Amor e Melancolia, Antnio Feliciano de Castilho.


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Nossa civilizao vem caminhando parao ciclo final j h bastante tempo. Houve umaestagnao na evoluo geral quando a liber-

dade, a intolerncia, as religies fundamenta-listas tomaram conta da vida do homem; quan-do a integridade, a retido, a justia, a impar-cialidade, o Aspecto Feminino de Deus e a

pureza interior da alma foram amordaados eviolentados.

Quando se matou em nome de Deus, emnome da liberdade se cortaram cabeas, emnome da paz fizeram-se guerras, em nome da

justia se cometeram tantas injustias, essesforam efeitos das causas do passado. Ocaos

interior que se instalou dentro do homem ce-gou-o para a verdadeira liberdade e justia.Como j disse, todo ciclo tem princpio,

meio e fim, mas ofim no mais que um novoprincpio; so ciclos dentro de outros ciclos;na realidade, uma enorme corrente

espiralada, em que, onde um dos elos termi-na, simultaneamente inicia um novo elo, numaoitava acima. Estamos precisamente nopontode mutao entre o fim de um ciclo e o princ-

pio de um novo.

Estamos nos primrdios de uma Nova Era,em que transformaes internas e externas soinevitveis. A ordem natural da evoluo estacarretando um caos temporrio mas cor-


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retivo para, desta vez, colocar a vida em sen-tido ascendente rumo Luz da libertao, afim de que o ser humano siga a ordem natural

universal e retorne condio de Filho daLuz, com amor e fraternidade universais, comuma mente aberta ao novo, eterna sabedoriae ao Divino.

Uma nova realidade e novos princpiosda vida esto se instalando, mas com liberda-

de, para que todos possam chegar sua ver-dade, que est na alma de cada um, porque sessa nos libertar de fato.

A cincia esotrica ensina que:Homens e mulheres, que esto comean-

do a viver como almas, podem assumir o tra-balho mgico da nova era e podem inauguraraquelas mudanas e aquela reconstruo que

promover a manifestao do novo paraso eda nova terra, dos quais todas as Escrituras domundo do eloqente testemunho48.

A ordem natural evolutiva universal no permite que o caos predomine eternamente;ela traz energias de transformao, transmu-tao e unificao que penetram no interiordo ser humano precisamente para impulsio-

nar a uma nova ao, uma nova dinmica,dando-lhe um novo rumo, sinalizando seusverdadeiros objetivos universais.48 Um Tratado Sobre Magia Branca , Alice A. Bailey.


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H uma passagem de Krishna, noBhagavad Gt, que fala desse momento:

Sempre que o mundo declina em virtude

e justia; sempre que imperam o vcio e a in-justia, venho Eu, o Senhor, apareo no mun-do em forma visvel, nascendo e vivendo comohomem entre os homens.

A minha influncia e doutrina convertemo mal e a injustia, e restabelecem a virtude e

a justia. Muitas vezes, j apareci assim, emuitas vezes aparecerei ainda49.

Se acreditamos nas palavras dos GrandesMestres, a anlise de nossa poca mostra quealgo, certamente, est prestes a acontecer no

cenrio mundial. O ser humano est em umagrande mutao; ele busca a transformao etransmutao para ascender a nveis superio-res da vida e da evoluo.

No devem analisar o caos aparente comonegativo e destrutivo, mas corretivo, positivo

e construtivo; no como um fim, mas comoum novo princpio: algo transcendente nasce-r bem dentro de cada um.

Os velhos sistemas tm de morrer ou,melhor, se transformar e transmutar, para que

novos sistemas possam ocupar o seu lugar.Segundo a cincia dos homens, do caos sur-giu a luz. Deste caos, com certeza, brotar49 Bhagavad Gt , cap. IV-7,8.


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uma Nova Luz no mundo.Segundo os Mestres, o caos est provo-

cando uma enorme revoluo na conscincia,

na mente, no sentimento, na vida e na alma,em todos os sentidos.Todos estamos noponto de mutao. Al-

guns esto tomando conscincia e querem ace-lerar seu progresso para sair desse estado, nomais opondo resistncia prpriatransforma-

o, transmutao e unificao interior. Ou-tros ainda esto presos ao velho sistema;opem grande resistncia, progridem lenta-mente; quanto mais resistem, maior a dor, aangstia, infelicidade, a falta de paz interior

que colhem na vida.Analisemos um pouco mais a nossa poca.A verdade, os valores sagrados e divinos

tornaram-se banalidades, foram mascarados,afastados do ser humano, e s alguns privi-legiados se consideram seus intermedirios,

seus mensageiros.Crianas vivem na rua, seres humanos

morrem de fome. A violncia, tanto das cida-des como dos programas de televiso, j nocausa espanto. A justia esqueceu-se de que

tem de julgar, segundo o verdadeiro direito emelhor conscincia, o que contra a ordemnatural, a evoluo, as liberdades fundamen-tais em suma, o que injusto.


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Os valores materiais tornaram-se o obje-tivo primordial da vida. O homem vive emfuno do material e no do espiritual. A ma-

tria deveria ser apenas o meio de mais facil-mente se chegar ao esprito.O ser humano pensa que acredita em

Deus. Mas, que Deus? Ser que o Grande Deus criou o ho-

mem sua imagem e semelhana para vi-ver uma nica existncia humana, negando-lhe toda oportunidade de aprender, se subli-mar e expandir, corrigir erros, evoluir eretornar ao Divino Reino?

Um pai ou uma me no procuramajudar os filhos a conquistar um lugar melhore mais confortvel na vida? No contribuem

para que sejam pessoas corretas, boas, justas,verdadeiras, livres, felizes, tenham paz e sa-

bedoria?

E Deus? Observem a vida de hoje, analisem o

passado deste sculo, para no irem mais lon-ge no tempo: ser esta a vida criada pelos

Pais Divinos para ns?

Claro que no!A vida atual foi feita segundo os modelose padres das personalidades humanas, sem-

pre controlada pelo poder religioso, pelo


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poder poltico e pelo poder econmico, masa verdadeira vida foi criada pelos Poderes Di-vinos, que no dependem da ao da persona-

lidade humana, e no privilegiam ningum. E a vida? Ser que Deus a fez para existir unica-

mente no mundo fsico e na Terra?Basta contemplar a complexidade fants-

tica do universo e, at por uma questo de l-

gica, chegaramos a uma nica concluso:obviamente que no!

A vida eterna, universal emultidimensional, mas vivemos em uma po-ca em que os verdadeiros valores espirituais e

a sabedoria da alma foram deixados de lado.H muitos interesses materialistas contrrios verdade, justia, paz, s liberdades indi-viduais e espirituais.

Em todas as pocas, sempre existiram fal-sas verdades. Entretanto, hoje elas so em

maior nmero, e o problema que penetra-ram na vida ntima e espiritual. Fomos e so-mos invadidos todos os dias, ou atravs daaura, pela energia poluda de certas pessoas eambientes, ou pela mdia, com conceitos e te-

orias muitas vezes derivados de fantasias eneuroses.Estamos em uma grande mutao, que

tem nos levado, gradualmente, a uma expan-


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so maior da sensibilidade, do sentimento, dainteligncia, da compreenso e da conscin-cia. Estamos aprendendo a discernir entre o

que nos leva a uma ascenso libertadora e oque nos conduz a uma dependncia e sujeioa sistemas incapazes de fornecer condies

para uma vida plena e livre, ou de permitiralcanar a verdade real, com ordem e discipli-na, com justia, paz interna e externa, harmo-

nia e equilbrio para atingirmos nossas re-alizaes espirituais e materiais.

Pouco a pouco, o ser humano est bus-cando os antigos valores espirituais que osMestres de todos os tempos transmitiram, como,

por exemplo: Deus est dentro de cada um dens, a vida eterna e universal, somos filhos daluz e no das trevas, filhos do amor e no dodio, filhos da liberdade e no da escravido.

As faculdades espirituais, os canais decomunicao com o lado invisvel da vida

comeam a despontar na humanidade de for-ma crescente e consciente. Mas, por existirainda pouca informao sobre os sentidosocultos do homem, muitos no esto conse-guindo discernir entre o que do mundo fsi-

co e o que do mundo espiritual.O espantalho da morte continua incutin-do falsos medos na mente humana. A cada diaque passa, morremos um pouco; um dia a


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Como pode Deus ter inimigos, Ele que amor, luz, justia, paz e sabedoria?

Ele fez tudo o que existe, visvel e invisvel.

O deus da destruio, da raiva e do dio que tinha e tem inimigos por todos os lados; um deus bem humano, fruto da fantasia, domedo e neurose do homem que teme perder

poder e privilgios. No o Deus de verdade.A Histria tem coisas curiosas: os nazis-

tas e seu sistema poltico foram condenadospor seus crimes; os homens fizeram justia.

E os inquisidores catlicos? Nuncaforam julgados nem condenados. Por qu?

Ser que o velho sistema desta mori-

bunda civilizao no o permite? E onde ficaa justia neste caso? E agora? Como vamos sair da situao

em que a humanidade est imersa e atoladaat o pescoo?

Talvez a soluo esteja no despontar de

uma Nova Luz que o Cristo-Maitreya estofertando Terra e Humanidade.

Vivemos rodeados de mltiplos mistri-os que, aos poucos, esto sendo desvendados.

O nvel de sensibilidade, conscincia e

inteligncia do ser humano, nestes ltimosquarenta anos, est se expandindo enorme-mente. Fatos antes negados pela cincia, almde outros encarados como fantasias, esto sen-


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do estudados e pesquisados, com bons resul-tados.

O invisvel est se tornando sempre mais

visvel. Cada vez mais, os canais de comuni-cao do homem, assim como suas mquinaseletrnicas, esto chegando ao outro lado davida. O invisvel est surgindo como uma novarealidade; para as cincias esotricas e os es-

piritualistas, de maneira geral, sempre foi real.

Uma grande revoluo interna est se processando na humanidade, uma autnticamutao. O ponto de mutao que estamosatravessando est provocando uma expansodos nveis de conscincia, do sentimento e da

mente.O universo interno do homem vai, aospoucos, ressurgindo e ele vai aprendendo aviajar, a se comunicar com o fantstico uni-verso multidimensional que principia dentrode cada um.

Assim, muitos mistrios, incompreensese at receios tm surgido por falta de ensina-mentos adequados e objetivos sobre o ladoinvisvel da vida e seus habitantes. Um dia,quer o acreditemos ou no, teremos de passar

pelo portalestreito da morte; para onde ire-mos, no existiro ricos ou pobres, nem privi-legiados ou donos da verdade. L, verifica-remos com tristeza quanto fomos iludidos por


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falsas verdades e sedutoras doutrinas.Uma luz no fim do tnelest aos poucos

surgindo: ser o fim do caos, o retorno Luz,

ao amor, paz, justia, ao direito de todosde serem felizes, terem sade, educao, ali-mentao, uma casa para morar, uma vidadecente e justa. Afinal, somos todos filhos deDeus ou alguns so filhos e outros, enteados?

Uma Nova Luz est despontando nos co-

raes, mentes e almas da humanidade, e umanova esperana vem com ela.


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5. O DEUS ESQUECIDOE AMORDAADO

Na histria da humanidade, nunca se fa-lou tanto de Deus como hoje; nunca tantos

pediram tanto a Deus como hoje; nunca hou-ve tanta dificuldade em compreend-Lo e nun-ca tantos se distanciaram de Deus.

Em nosso tempo, a palavra Deus perdeuo sentido transcendente e sagrado com que

muitas civilizaes antigas, sabiamente, aempregavam, de forma correta, autntica edivina.

As religies fundamentalistas ensinamque Deus s Pai. O patriarcado51, como sis-tema religioso e poltico, baseado na subordi-

nao a uma autoridade paterna exagerada,tem privado a humanidade d

o despertar de uma nova luz - henrique rosa

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