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7/25/2019 O CUSTO DA INEFICINCIA: UMA ABORDAGEM PARA AVALIAO DO IMPACTO DO DESVIO DE PRODUTIVIDADE DE M
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
O CUSTO DA INEFICINCIA: UMA ABORDAGEM PARA AVALIAO DO
IMPACTO DO DESVIO DE PRODUTIVIDADE DE MO DE OBRA NOS CUSTOS
DE UM PROJETO
Joo Vtor Emanuel Maia Machado
2014
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O CUSTO DA INEFICINCIA: UMA ABORDAGEM PARA AVALIAO DO
IMPACTO DO DESVIO DE PRODUTIVIDADE DE MO DE OBRA NOS CUSTOS
DE UM PROJETO
Joo Vtor Emanuel Maia Machado
Projeto de Graduao apresentado ao Curso de
Engenharia Civil da Escola Politcnica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessrios obteno do
ttulo de Engenheiro.
Orientador: Lus Otvio Cocito de Arajo
Rio de Janeiro
Maio de 2014
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O CUSTO DA INEFICINCIA: UMA ABORDAGEM PARA AVALIAO DO
IMPACTO DO DESVIO DE PRODUTIVIDADE DE MO DE OBRA NOS CUSTOS
DE UM PROJETO
Joo Vtor Emanuel Maia Machado
PROJETO DE GRADUAO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO
DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE
ENGENHEIRO CIVIL.
Examinado por:
________________________________________________Prof. Lus Otvio Cocito de Arajo, D.Sc.
Prof. Adjunto, EP/UFRJ
________________________________________________Prof. Eduardo Linhares Qualharini, D.Sc.
Prof. Associado, EP/UFRJ
________________________________________________Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc.
Prof. Associado, EP/UFRJ
RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL
MAIO de 2014
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Machado, Joo Vtor Emanuel Maia
O Custo da Ineficincia: Uma abordagem para
avaliao do impacto do desvio de produtividade de mo de
obra nos custos de um projeto / Joo Vtor Emanuel Maia
Machado. Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politcnica,
2014.
xvi, 159 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Lus Otvio Cocito Arajo
Projeto de Graduao UFRJ/ Escola Politcnica/
Curso de Engenharia Civil, 2014.
Referencias Bibliogrficas: p. 155-159.
1. Produtividade de mo de obra. 2. Gesto de custos.
3. Ineficincia
I. Arajo, Lus Otvio Cocito. II. Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Escola Politcnica, Curso de Engenharia
Civil. III. O Custo da Ineficincia: Uma abordagem paraavaliao do impacto do desvio de produtividade de mo de
obra nos custos de um projeto.
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Dedico esse trabalho a
minha me, Silvia Maia.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo, primeiramente, a Deus.
Agradeo a minha me que desempenhou papel fundamental em minha formao como
indivduo. O homem em quem eu me transformei fruto tanto da sua garra para me criar
quanto dos seus ensinamentos. Voc o meu orgulho.
Agradeo a minha namorada, Renata Pinheiro, por me apoiar incondicionalmente em
todos os momentos, fazendo com que eu me sinta amado e completo de todas as formas.
Muito obrigado por ser quem voc e por ajudar a construir quem eu sou.
Agradeo aos meus amigos pessoais que me acompanham em minha trajetria, me
aconselham e esto sempre ao meu lado.
Agradeo ao Estado brasileiro por ter investido em mim oferecendo-me uma educao
pblica de qualidade.
Agradeo a Escola Politcnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro por toda a sua
excelncia no ensino. Irei sempre me orgulhar de ter tido o privilgio de ocupar suas cadeiras
em minha formao no curso de Engenharia Civil.
A Andrade Gutierrez S.A, por todo o investimento, apoio e conhecimento transmitido.
Meu obrigado se direciona principalmente a todos os profissionais que de certa forma
contriburam para a minha formao enquanto engenheiro e enquanto profissional.
Agradeo especialmente ao meu gestor, lder e chefe, engenheiro Marcelo Eduardo
Mdolo, por me inspirar a me desenvolver no tema de controle e gesto de custos,
fundamental para o meu crescimento profissional. Sem suas orientaes, dificilmente esse
trabalho teria sido conduzido dessa maneira. Obrigado por todo o carinho.
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Agradeo, por fim, ao meu orientador, professor Lus Otvio Cocito de Arajo, pela
confiana depositada nesse trabalho, pelas orientaes fundamentais para o desenvolvimento
dessa monografia, e pelos conhecimentos transmitidos. Esse trabalho fruto da sua dedicao
como professor e pesquisador.
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Resumo do Projeto de Graduao apresentado Escola Politcnica/UFRJ como parte dos
requisitos necessrios para a obteno do grau de Engenheiro Civil.
O Custo da Ineficincia: Uma abordagem para avaliao do impacto do desvio de
produtividade de mo de obra nos custos de um projeto
Joo Vtor Emanuel Maia Machado
Maio/2014
Orientador: Lus Otvio Cocito de Arajo
Curso: Engenharia Civil
O setor da construo civil possui particularidades que o diferencia das demais indstrias
produtivas. Tradicionalmente, esse setor conhecido por suas ineficincias e
improdutividades, atrasando seus cronogramas e estourando seus oramentos quase que
como regra geral. Nesse sentido, diversos trabalhos foram produzidos nas ltimas dcadas
no intuito de criar metodologias de apurao dos conhecidos indicadores de
produtividade. Muito se avanou nos conhecimentos dos processos e caractersticas que
fazem a produtividade desviar, melhorando ou piorando, no entanto, pouco se sabe sobre
os reais impactos que esses desvios causam nos custos de um determinado projeto. A
presente monografia tem como objetivo abordar uma metodologia para avaliar como
esses impactos afetam os grupos de custos diretos, custos indiretos, e atrasos em eventuais
geraes de riquezas.
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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Civil Engineer.
The Cost of Inefficiency: An approach to evaluate the impact of a diversion in labor
productivity on projects costs
Joo Vtor Emanuel Maia Machado
May/2014
Advisor: Lus Otvio Cocito de Arajo
Course: Civil Engineering
The construction industry has characteristics that differs from other productive industries.
Traditionally this sector is known by its inefficiencies and unproductivity, delaying their
schedules and bursting their budgets almost as a rule. In this sense, several works have
been produced in recent decades in order to create methodologies for measuring
productivity. Much progress has been made in the knowledge of the processes and
characteristics that make productivity divert, bettering or worsening, however, little is
known about the real impact that these diversion cause in the costs of a particular project.
This monograph aims to address a methodology to evaluate how these impacts affect the
groups of direct costs, indirect costs, and delays in the eventual generation of wealth.
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1 INTRODUO 1
1.1 CONTETO DO TRABALHO 1
1.2 JUSTIFICATIA 3
1.3 OBJETIOS 6
1.3.1 OBJETIVO PRINCIPAL 6
1.3.2 OBJETIVOS SECUNDRIOS 61.4 DELIMITAO DO TEMA 7
1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA 7
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO 10
2 A PRODUTIIDADE DE MO DE OBRA NA CONSTRUO CIIL 11
2.1 CONTETUALIAO E CONSIDERAES INICIAIS 112.2 CONCEITUAO E DEFINIO DA PRODUTIIDADE DE MO DE OBRA 13
2.2.1 CONCEITUAO DE UM SISTEMA PRODUTIVO 132.2.2 DEFINIO DE PRODUTIVIDADE DE MO DE OBRA 152.2.3 MODELO DOS FATORES 152.2.4 FORMULAO DO INDICADOR DE PRODUTIVIDADE DE MO DE OBRA 172.2.5 TERMINOLOGIA DOS INDICADORES 19
2.3 INFLUNCIAS DA PRODUTIIDADE DE MO DE OBRA 21
2.3.1 INFLUNCIA NOS PRAOS 212.3.2 INFLUNCIA NOS CUSTOS 24
2.4 FATORES QUE AFETAM A PRODUTIIDADE 262.4.1 FATORES QUE AFETAM NEGATIVAMENTE 262.4.2 FATORES QUE AFETAM POSITIVAMENTE 40
3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS 47
3.1 CONSIDERAES INICIAIS 47
3.2 PLANEJAMENTO ECONMICO 47
3.2.1 ORAMENTO 483.2.2 PLANEJAMENTO FSICO/EXECUTIVO 52
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3.2.3 FLUXO DE CAIXA 583.2.4 HISTOGRAMAS DE RECURSOS 643.2.5 ANLISE DE RISCOS DO PROJETO 66
3.3 CONTROLE DE CUSTOS 67
3.3.1 DIAGRAMA DE PARETO DE CUSTOSITENS DE CONTROLE 683.3.2 PLANO DE CONTAS DA OBRA 703.3.3 SISTEMA DE APROPRIAO DA PRODUOCUSTEIO DAS INFORMAES 733.3.4 ANLISE DE CUSTOS E A PRODUTIVIDADE DE MO DE OBRA 74
4 O CUSTO DA INEFICINCIA 78
4.1 CONSIDERAES INICIAIS 78
4.2 DEFINIO DE CONCEITOSCUSTOS DIRETOS E INDIRETOS 79
4.3 AALIAO DO IMPACTO NOS CUSTOS DIRETOS 80
4.3.1 CARACTERIAO DO PROBLEMA 804.3.2 FORMULAO MATEMTICA 814.3.3 ANLISE E VALIDAO 864.3.4 PROJEO DO DESVIO 87
4.4 AALIAO DO IMPACTO NOS CUSTOS INDIRETOS 89
4.4.1 ACOMPLEXIDADE DO PROBLEMA 894.4.2 COMO FEITO NOS DIAS DE HOJE 904.4.3 METODOLOGIA E DADOS UTILIADOS 924.4.4 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS 964.4.5 CORRELAES 107
4.5 AALIAO DO IMPACTO NA GERAO DE RIQUEAS 108
5 APLICAO 112
5.1 CONSIDERAES INICIAIS 112
5.2 PREMISSAS E CARACTERSTICAS DO PROJETO 113
5.3 ORAMENTO 115
5.3.1 ESTRUTURA ANALTICA DE PROJETO 1155.3.2 COMPOSIES DE CUSTO UNITRIO 1155.3.3 CUSTO DIRETO 1185.3.4 CUSTO INDIRETO 120
5.4 PLANEJAMENTO FSICO 120
5.4.1 SEQUENCIAMENTO DAS TAREFAS 1205.4.2 DEFINIO DOS RECURSOS E DURAO DAS TAREFAS 125
5.5 CLCULO DO IMPACTO 127
5.5.1 IMPACTO NO CUSTO DIRETO 127
5.5.2 IMPACTO NO CUSTO INDIRETO 1295.5.3 IMPACTO NA GERAO DE RIQUEA 132
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6 CONSIDERAES FINAIS 139
6.1 AES A SEREM TOMADAS 139
6.2 DISCUSSES SOBRE OS RESULTADOS E PROPOSIES PARA TRABALHOS FUTUROS 151
ANEO 1 153
ANEO 2 154
REFERNCIAS 155
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Lista de Figuras
Figura 1.1 - reas afetas por um desvio de produtividade .................................................. 8
Figura 1.2 - Impacto nos custos totais do projeto ................................................................ 9
Figura 2.1 Representao de um Sistema Produtivo tpico ............................................ 13
Figura 2.2 - Processo Produtivo na tica da Construo Civil ......................................... 14
Figura 2.3 - Representao grfica do Modelo dos Fatores. Fonte: (SOUZA, 1996) ....... 16
Figura 2.4 - Relao da produtividade com o ndice da RUP ............................................ 18
Figura 2.5 - Diferentes tipos de RUP's............................................................................... 21
Figura 2.6 - Utilizao de horas extras. Produo Diria x RUP Diria ........................... 28
Figura 2.7- Variao da produtividade de mo de obra em funo das horas trabalhadas
por dia e do nmero de dias trabalhados por semana (elaborado a partir de
SCHWARTZKOPF, 2004). ...................................................................................................... 29
Figura 2.8 Relao entre o percentual de aumento da fora de trabalho e a perda de
eficincia da mo de obra. Fonte:Modification Impact Evaluation Guide, U.S Army Corps of
Engineers (1979) ...................................................................................................................... 31
Figura 2.9 O Efeito da temperatura na eficincia da mo de obra. Fonte: U.S Army Cold
Regions Reserch and Engineering Laboratory (1986)............................................................. 33
Figura 2.10 - Variao da produtividade da mo de obra para o servio de cravao de
estacas pr-moldadas (FONTE: TCPO, 13 edio, pg 117) .................................................... 34
Figura 2.11 - Variao da produtividade da mo de obra para o servio de cravao de
estacas pr-moldadas (FONTE: TCPO, 13 edio, pg 174) .................................................... 35
Figura 2.12 - Variao da produtividade da mo de obra para o servio de cravao de
estacas pr-moldadas (FONTE: TCPO, 13 edio, pg 178) .................................................... 35
Figura 2.13 - Diagrama de Pareto da incidncia das respostas .......................................... 37
Figura 2.14- Evoluo da proficincia de terminada tarefa com o tempo ......................... 41
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Figura 2.15 -Tipos de Curva de Aprendizagem - Escala logartmica. Fonte: (THOMAS et
al., 1986) ................................................................................................................................... 42
Figura 2.16 - Caracterizao da Melhoria de Processos atravs da eliminao de tarefas
desnecessrias ........................................................................................................................... 43
Figura 2.17 - Exemplo de estruturas de concreto pr-moldadas. Fonte: Tranenge
Construo ................................................................................................................................ 46
Figura 2.18 - Exemplos de aduelas de drenagem profunda pr-moldadas. Fonte: COPEL
pr-moldados em concreto........................................................................................................ 46
Figura 3.1 - Exemplo de Curva S ....................................................................................... 57
Figura 3.2 - Confronto em 3 Curvas S com diferentes produtividades ............................. 58
Figura 3.3 - Exemplo da correlao entre avano fsico do projeto e seu desencaixe no
tempo ........................................................................................................................................ 60
Figura 3.4 - Grficos dos fluxos de caixas da Tabela 3-4 .................................................. 63
Figura 3.5 - Diagrama de Pareto para a CCU da Tabela 3-1 ............................................. 69
Figura 4.1- Avano fsico mensal - OBRA 1 ..................................................................... 96
Figura 4.2 - Avano Fsico Acumulado OBRA 1 ........................................................... 96
Figura 4.3 - Comparativo entre Indireta prevista e Indireta Real - OBRA 1 ..................... 97
Figura 4.4 - Avano fsico mensal - OBRA 2 .................................................................... 99
Figura 4.5 - Avano fsico acumulado - OBRA 2 ............................................................. 99
Figura 4.6 - Comparativo entre Indireta prevista e Indireta Real - OBRA 2 ................... 100
Figura 4.7- Avano fsico mensal - OBRA 3 ................................................................... 102
Figura 4.8 - Avano fsico acumulado - OBRA 3 ........................................................... 102
Figura 4.9 - Comparativo entre Indireta Prevista e Indireta Real OBRA 3 .................. 103
Figura 4.10 - Avano fsico mensal - OBRA 4 ................................................................ 105
Figura 4.11- Avano fsico acumulado - OBRA 4 .......................................................... 105
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Figura 4.12 - Comparativo entre Indireta Real e Indireta Prevista - OBRA 4 ................. 106
Figura 4.13 - Correo entre os indicadores .................................................................... 107
Figura 5.1- Planta de Situao do Viaduto ...................................................................... 113
Figura 5.3 - Sequenciamento da sapata tipo .................................................................... 121
Figura 5.2 - Sequenciamento macro do projeto ............................................................... 121
Figura 5.4 - Sequenciamento do pilar tipo ....................................................................... 122
Figura 5.5 - Sequenciamento da travessa tipo ................................................................. 123
Figura 5.6 - Sequenciamento da superestrutura ............................................................... 124
Figura 5.7 - Sequenciamento da Pavimentao ............................................................... 124
Figura 5.8 - Despesas com Mo de Obra ......................................................................... 131
Figura 6.1 - Despesas com mo de obra - Acrscimo de Recursos ................................. 145
Figura 6.2 - Despesas com mo de obra - Utilizao de Horas Extras ............................ 146
Figura 6.3 - Anlise de sensibilidade - Prejuzo em funo da multa diria ................... 150
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Lista de Tabelas
Tabela 2-1 - Variao percentual da produtividade de mo de obra em funo das horas e
dias trabalhados por semana (SCHWARTZKOPF, 2004). ...................................................... 29
Tabela 2-2 - Razes que afetaram a queda de desempenho da mo de obra. (Adaptado de
SCHWARTZKOPF, 2004) ....................................................................................................... 36
Tabela 2-3 Perdas semanais de homens-hora por operrios (Adaptado de
SCHWARTZKOPF, 2004) ....................................................................................................... 38
Tabela 3-1 - Exemplo de uma CCU tpica para execuo de frmas de madeira para
pilares ....................................................................................................................................... 50
Tabela 3-2 - Exemplo de uma EAP ................................................................................... 53
Tabela 3-3 - Planejamento de avano fsico previsto ........................................................ 60
Tabela 3-4 - Fluxos de caixas simtricos ........................................................................... 63
Tabela 3-5 - Valor presente do fluxo de caixa da Tabela 3-4 ............................................ 64
Tabela 3-6 - Histograma de Recursos ................................................................................ 65
Tabela 3-7 - Histograma de Mo de Obra ......................................................................... 66
Tabela 3-8 - Exemplificao do processo para elaborao do Diagrama de Pareto .......... 69
Tabela 3-9 - Exemplo de um plano de contas de acordo com a EAP da Tabela 3-2 ......... 72
Tabela 3-10 - Exemplo do Custo Unitrio de um servio ................................................. 76
Tabela 3-11 - Execuo do servio de frmas no ms seguinte ao da Tabela 3-10 .......... 77
Tabela 4-1- CCU Prevista .................................................................................................. 81
Tabela 4-2 - CCU impondo-se um acrscimo de 20% no consumo unitrio de
carpinteiros ............................................................................................................................... 81
Tabela 4-3 - CCU impondo-se um acrscimo de 50% no consumo unitrio de ajudantes 82
Tabela 4-4 - Indicadores OBRA 1 ..................................................................................... 97
Tabela 4-5 - Indicadores OBRA 2 ................................................................................... 100
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Tabela 4-6- Indicadores OBRA 3 .................................................................................... 103
Tabela 4-7 - Indicadores da OBRA 4 .............................................................................. 106
Tabela 5-1- Estrutura Analtica de Projeto ...................................................................... 116
Tabela 5-2 - CCU de Concreto estrutural ........................................................................ 117
Tabela 5-3 - CCU de Armao em barras de Ao ........................................................... 117
Tabela 5-4 - CCU de Execuo de frmas de madeira .................................................... 117
Tabela 5-5 - CCU de Montagem e Desmontagem de andaime ....................................... 118
Tabela 5-6 - CCU de Reaterro de vala ............................................................................. 118
Tabela 5-7 - CCU de Montagem e Desmontagem de cimbramento ................................ 118
Tabela 5-8 - Planilha de Custo Direto .............................................................................. 119
Tabela 5-9 - Durao das tarefas da sapata tipo. ............................................................. 126
Tabela 5-10 - Durao das tarefas do pilar tipo. .............................................................. 126
Tabela 5-11 - Durao das tarefas da travessa tipo. ......................................................... 126
Tabela 5-12 - Desvio no Custo Direto - DCD ................................................................. 128
Tabela 5-13 - Novas Duraes das Atividades ................................................................ 134
Tabela 5-14 - Continuao da Tabela 5-13 ...................................................................... 135
Tabela 5-15 - Quadro Resumo ......................................................................................... 138
Tabela 6-1 - Impacto no Custo Direto ............................................................................. 147
Tabela 6-2 - Resumo dos cenrios ................................................................................... 147
Tabela 6-3 - Cenrio 2- Multa diria de R$ 10 mil .......................................................... 148
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1 Introduo
1.1Contexto do Trabalho
O segmento da construo civil tradicionalmente conhecido como um sistema
ineficiente e com muitos desperdcios. No raro observar determinada obra ou
empreendimento que tenha sua entrega adiada por extenso de prazo contratual e seu custo
inicial previsto superado. Ora deve-se a falta de planejamento. Ora, mesmo com um bom
planejamento, estoura-se o oramento e cronograma previsto devendo-se a uma m gesto.
Claro que no se deve desconsiderar o fato que este segmento depara-se com diversas
imprevisibilidades devido s complexidades e incertezas que ora cercam as tomadas de
decises. Muito diferente da indstria seriada.
Segundo Santos (2013), a indstria da construo civil ainda caracteriza-se por processos
muito convencionais, nos quais a grande maioria das atividades se desenvolvem nos prprios
canteiros de obras, sendo poucas as empresas que se utilizam de processos de manufatura.
Ainda para este autor, alm de o processo construtivo ser muito artesanal e calcado na fora
do homem, pouco mecanizado, no existindo padres de processos a serem seguidos e,
assim, em funo desta variedade de mtodos e procedimentos utilizados, h grande
heterogeneidade entre a produtividade das equipes das diversas obras de uma mesma
organizao.
Nesse contexto, muitas obras, sejam de natureza pblica ou privada, deparam-se com os
conhecidos termos aditivos originados pelos claims(pleitos ou reivindicaes) por parte das
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construtoras contratadas. Pouco se sabe, no entanto, metodologias acuradas para determinar
os efetivos acrscimos de custos ocorridos. Weaver (2005), com tom de ironia, salienta:
Infelizmente, muitos dos pleitos por extenso de prazo parecem resultar num
valor calculado a partir do resultado do quadrado da idade da sua av e multiplicado
pelo ltimo placar Australiano de cricket.
(WEAVER, 2005, p.1)
Apesar das caractersticas ainda artesanais, o presente trabalho se insere num cenrio de
inovao e expanso tecnolgica em busca de ganhos de produtividade. Por um lado, a
industrializao dos processos construtivos bate a porta das grandes construtoras como
alternativa para mitigar os to famosos desperdcios de recursos nesse setor. Por outro, o
conceito de ConstruoLean (Lean Construction), com sua caractersticaJust in Time e
melhoria de processos, comea a ser discutido dentro das reunies nos canteiros de obras.
Observando essa tendncia, conclui-se que em virtude da busca de industrializao e da
inovao, tanto tecnolgica quanto de processos, o setor da construo civil, cada vez mais, se
preocupar em apurar seus ndices de produtividade e como a variao nesses ndices afetam
os custos e prazos de um empreendimento.
Na literatura, encontram-se alguns trabalhos, sempre com um enfoque jurdico,
relacionando o impacto nos custos devido atrasos e a aceleraes (acceleration)em
cronogramas. Embora muito filosoficamente, esses artigos do algumas diretrizes sobre as
reas que so mobilizadas devido a essas variaes. Falta, no entanto, um rigor na
determinao desse impacto e ferramentas gerenciais que permitam avaliar de maneira
simples e efetiva como um certo desvio de produtividade altera os custos de determinado
projeto.
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1.2Justificativa
At hoje, muitos trabalhos j abordaram de alguma forma os conceitos de produtividade
de mo de obra, como apropri-la ou como aferi-la. Afinal, o cenrio econmico atual se
configura por um modelo de concorrncia agressiva, em que a reduo de custos e prazos,
sem comprometer a qualidade, est sempre na cabea dos gestores das grandes empresas, seja
qual for seu segmento de atuao.
Dado, portanto, o acirramento da concorrncia, sem eficincia no processo produtivo
dificilmente uma empresa ser bem sucedida, estando fadada ao insucesso. A gesto de
produtividade est se tornando um dos quesitos essenciais na formulao das estratgias de
competitividade das empresas (MACEDO, 2012). De acordo com Arajo (2000) a eficincia
nos processos produtivos, surge como o objetivo a ser alcanados pelas construtoras, a fim de
garantir sua lucratividade e, por conseguinte, assegurar sua permanncia no mercado.
Diversos trabalhos em mbito nacional tm sidos elaborados no sentido de gerar
indicadores fsicos de consumo de mo de obra (CARRARO 1998; ARAJO, 2000;
DANTAS, 2006; REIS, 2007; SILVA, 2008; PALIARI, 2008; SALIM NETO, 2009;
ARAJO, FILHO, TELLES, 2012). Tais indicadores operacionalizam a gesto de obras,
servindo de referncia para planejamento de prazo e custos. Afinal, conhecer os custos de
produo uma questo de sobrevivncia para as empresas de construo civil
(MARCHIORI, 2009).
Esses trabalhos, inclusive, vo alm da mera determinao fria de indicadores de
produtividade atingidos em obras reais. Os autores conseguiram determinar sob quais
parmetros ocorrem variaes nesses ndices, criando o conceito de produtividade varivel.
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Tal conceito inova ao demonstrar que os ndices podem variar grosseiramente dependendo de
qual situao ou qual procedimento executivo seja adotado no processo produtivo.
Muito pouco, no entanto, tm sido abordado quais so os reais impactos em um projeto
dado um desvio de produtividade. sabido que ser ineficiente tem um preo, mas o quanto
isso efetivamente custa no uma estimativa trivial. Marchiori (2009) afirma ser crucial para
as empresas de construo civil ter um prognstico do custo total de um empreendimento. O
presente trabalho prope que alm de tal necessidade, to fundamental quanto, a
necessidade de se avaliar qual o impacto de nossa gesto e decises no desempenho
econmico do projeto.
Devido falta de controle, muitas empresas, na tentativa de optar por uma poltica de
busca de melhorias, deparam-se com a falta de conhecimento da real eficincia dos seus
processos construtivos (ANDRADE, 1998). Arajo (2000) destaca que a conscientizao
quanto ao real desempenho das empresas de suma importncia para que uma anlise e uma
posterior interveno possam corrigir as falhas ora detectadas. Este autor relaciona as falhas,
em parte, ao desperdcio de mo de obra e de materiais nas vrias etapas do processo
produtivo.
Ainda segundo Arajo (2000), a questo da produtividade de mo de obra na construo
civil tem de ser entendida como primordial para o sucesso, j que ela representa um item
extremamente importante na Composio de Custo Unitrio (CCU)dos servios da obra.
Souza (1996) destaca que este recurso pode ser considerado como o de mais difcil gesto nas
obras e que o entendimento das razes que o fazem melhorar ou piorar constitui de ferramenta
gerencial essencial para o suporte de decises dos engenheiros de construo civil.
Alm disso, ainda olhando para os recursos da construo civil, a mo de obra tem uma
funcionalidade um pouco mais peculiar que a dos materiais. Esse insumo atua,
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simultaneamente, em dois grupos gerencias: quer seja como Homem-hora consumido no
processo de agregar valor aos produtos, afetando o grupo de custos, quer seja como fora de
trabalho capaz de dar avano fsico nos projetos e, portanto, influenciando o grupo de
planejamentos. Dado, ento, um desvio no consumo previsto desse recurso, uma piora de
produtividade, essa variao ser sentida tanto nos custos do empreendimento como no prazo
de seu cronograma. Como ser demonstrado adiante, um desvio de 20% na produtividade de
determinada mo de obra em determino servio, no necessariamente significar um
acrscimo de 20% nos seus custos, embora, no entanto, signifique necessariamente um
acrscimo de 20% em seu prazo.
Fayet (2006) cita Sink et al. (1989) levantando que a mais importante e talvez nica razo
para se medir o desempenho de um sistema apoiar sua melhoria. Para estes autores, por
meio do processo de medio possvel identificar as capacidades dos sistemas e os nveis de
desempenho factveis de serem atingidos. Ressaltam, portanto, que o ponto alto do processo
de medio de desempenho obter informaes sobre onde se deve concentrar as aes,
redirecionando recursos para alcanar as melhorias desejadas.
Neste trabalho tenta-se expandir a noo de medio de desempenho no que tange os
indicadores de produtividade. Propem-se demonstrar que gerar apenas indicadores de Razo
Unitria de Produo (RUP) 1, pode levar a concluso equivocadas no que tange o
desempenho econmico de um projeto. A RUPpor si s alimenta de forma completa os
gestores de obra, que esto familiarizados com os custos envolvidos no empreendimento. Para
os ocupantes de cargos estratgicos, no entanto, que permanecem mais afastados da rotina da
1Razo Unitria de Produo o termo comumente utilizado na literatura de gesto da produo naconstruo civil para refletir a relao entre entradas e sadas de determinado servio, sendo expressa emhomens-hora consumidos por unidade de servio produzido.
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obra, esses nmeros podem no refletir o impacto gerado. Este trabalho tem a pretenso de
demonstrar que dependendo do contexto com que determinado servio venha a ter um desvio
de produtividade de mo de obra, o impacto possa oscilar de maneira significativa.
1.3 Objetivos
1.3.1Objetivo Principal
O objetivo desta monografia modelar matematicamente como um desvio de
produtividade de mo de obra ir impactar nos custos de um projeto. Pretende-se, portanto,
em diversas situaes, mapear de que forma uma ingerncia a cerca deste recurso consegue
influenciar os resultados econmicos de um empreendimento, estimando, dessa forma, os
prejuzos decorrentes dessa falta de gesto.
1.3.2Objetivos Secundrios
Destacam-se os seguintes objetivos secundrios:
a) Estudar o impacto da produtividade nos custos diretos;
b) Relacionar o desvio da RUP com atrasos no cronograma;
c) Modelar de que forma um atraso no cronograma afeta os custos indiretos do
projeto
d) Avaliar a diferena entre ser ineficiente em um servio que pertence ao caminho
crtico de um projeto e um que no;
e) Aplicar o mtodo proposto em um estudo de caso
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1.4Delimitao do Tema
Na presente monografia ter-se- enfoques em empreendimento que possuam gerao de
riquezas ao final da execuo das obras. Isto :
a) Hidreltricas, termeltricas e usinas geradoras de energia
b) Centros comerciais
c) Refinarias
d) Plataformas de extrao de petrleo
e) Indstrias
f) Etc.
Faz-se essa distino, pois esta pesquisa no pretende abordar os custos por multas
judiciais ocorridos em atrasos de entregas de chaves em empreendimentos imobilirios.
Acrescenta-se, no entanto, que o processo de avaliao de impacto ser semelhante, variando-
se apenas os dados de entrada.
1.5Metodologia da Pesquisa
Seguindo essa linha, este trabalho avaliar os impactos dos desvios de produtividade, com
um enfoque em gesto de custos, nas seguintes reas:
a) Custos diretos do projeto
b) Custos indiretos
c) Eventuais atrasos na gerao de riquezas do empreendimento
Sobre essa tica, observar-se- que a ordem em termos de impacto nos custos dos trs
grupos acima citados pode variar, concluindo que a tomada de decises no redirecionamento
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de recursos sofrer grande
determinado cenrio, o pri
riquezas, concluir-se- que
equipe de produo, objeti
deciso. Aproveita-se para
a produtividade meta, defin
forma, aumentar-se-ia a ca
melhoria de produtividade.
recursos.
As Figuras 1.1 e 1.2 rel
produtividade impacta nas
Figura 1.1 - reas afe
DA
N
M
nfluncia dependendo do cenrio inserido. I
cipal impacto demonstrado seja o de atrasos
o acrscimo de custos diretos com o objetiv
ando um aumento da capacidade produtiva,
destacar que esse cenrio configurar-se-ia po
ida em custo e em planejamento, no possa s
acidade produtiva pelo aumento do nmero
Ou seja, pretendendo-se gerar mais produto,
acionam, atravs desta metodologia, de que
iversas reas de um projeto.
tas por um desvio de produtividade
P C
A I
A
8
to , caso em um
na gerao de
de aumentar a sua
possa ser a melhor
r um contexto em que
er atingida. Dessa
de recursos, e no por
empregando-se mais
orma um desvio de
-
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Figura 1.2 - Impacto
Observando as imagens
duas consequncias imedia
Homen-hora para realizar
eficincia no processo prod
Por outro lado, essa perda
unidade de servio, caracte
por sua vez, pertencendo o
aumento de prazo para con
de apoio produo e post
empreendimento. Observa-
em custos advindos de mul
A
os custos totais do projeto
, conclui-se que dado um desvio de produtiv
tas podem ser sentidas. Em primeiro lugar, a
mesma quantidade de trabalho, configurand
utivo, tem-se um imediato aumento nos cust
e eficincia refletir em mais tempo para ex
rizando, portanto, atrasos na concluso do tr
servio no caminho crtico do cronograma, p
luso da obra que, dessa forma, aumentaria
rgariam eventuais atrasos na gerao de riqu
se tambm, que o no comprimento no contr
tas judiciais, o que foge ao escopo de estudo
I
A
A
9
idade de mo de obra,
se consumir mais
o-se a perda de
s diretos do projeto.
cutar a mesma
balho. Esse atraso,
oder refletir num
os custos indiretos
eza desse
ato poder acarretar
deste trabalho.
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1.6Estrutura do Trabalho
A monografia ser apresentada conforme os captulos a seguir.
No captulo 2, faz-se uma revisita a bibliografia, levantando os conceitos inerentes ao
estudo de produtividade de mo de obra na construo civil. Estes conceitos serviro de base
para o desenvolvimento da metodologia apresentada nesta monografia.
No captulo 3, ainda dentro de uma reviso, aborda-se os principais pontos referentes ao
planejamento e gesto de custos de projetos. Aproveita-se para fazer uma breve abordagem
dos conceitos de matemtica financeira e de fluxo de caixa, relacionado o impacto dos juros
ao longo do tempo.
No captulo 4 apresenta-se o desenvolvimento do mtodo proposto por este estudo. Esse
desenvolvimento utilizar dos conceitos definidos nos dois captulos anteriores.
Uma aplicao formal da metodologia abordada no capitulo 4 se dar no captulo 5.
Por fim, o captulo 6 traz as consideraes finais e concluses desse trabalho, finalizando
com proposies para futuras pesquisas.
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2 A Produtividade de Mo de Obra naConstruo Civil
2.1Contextualizao e Consideraes iniciais
A produtividade de mo de obra, as razes que a fazem ser diferentes de seus valores
estimados e os impactos ocorridos decorrente desse desvio, so reas de interesse tanto para
construtoras, como para os contratantes na construo civil. Dado que a perda de
produtividade de mo de obra seja, provavelmente, a maior causa de claims e de acrscimo de
custos na construo civil (SCHWATZKOPF, 2004), o presente trabalho pretende
desenvolver ferramentas para quantificar de maneira simples e eficaz como um desvio de
produtividade afeta os custos de um projeto. Para tanto, torna-se necessrio conceituar aquesto da produtividade de mo de obra na construo civil.
Arajo (2000) levanta que embora a construo civil, ainda no incio do sculo XX, tenha
protagonizado o pioneirismo ao fazer consideraes com a questo da produtividade de mo
de obra, este setor deixou de ser o palco principal para tais preocupaes, assistindo a
Indstria Seriada avanar a passos largos nesse quesito. Recentemente, aps longo perodo de
dormncia, obervando o sucesso ora conquistado pela Indstria Seriada, o setor da construo
civil voltara a demonstrar interesse para essa disciplina.
Assim, nas ltimas duas dcadas, um grupo de pesquisadores do Departamento de
Engenharia de Construo Civil, da Universidade de So Paulo, sob coordenao do Prof.
Doutor Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, dedicou sua ateno na conceituao e elaborao
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de mtodos que permitissem a mensurao e posterior anlise da produtividade de mo de
obra nos principais servios da construo civil.
Esses trabalhos contriburam de maneira mpar no progresso da gesto da produo de
obras no Brasil, operacionalizando a questo de oramentao de projetos e servindo de
referncia para as medies de desempenho nesse setor. Um dos manuais mais respeitados de
oramentos para construo civil, a TCPO (Tabelas de Composies de Preos para
Oramentos), em sua 13 edio, demonstra essa contribuio:
Os dados relativos mo de obra passaram a ser acumulados a partir dos
trabalhos realizados pelo Prof. Dr. Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, durante sua
permanncia (de 1993 a 1995) na Pennsylvania State University, como pesquisador
visitante, trabalhando em parceria com o Prof. Dr. H. Randolph Thomas, daquela
Instituio. (...) Os dados de produtividade da mo de obra foram tambm
enriquecidos com vrios trabalhos de pesquisadores participantes dos programas de
ps-graduao do PCC-USP.
(TCPO, 2010, p.45)
O Brasil enfrentou duros perodos de baixos investimentos em infraestrutura e habitao
ao longo das ltimas dcadas. Passado esse momento, encabeando os grandes desafios que
surgiram, a busca pela produtividade nas tarefas executadas virou conceito quase que clich
dentro das obras. Nesse sentido, as organizaes vem tentando racionalizar seus processos
produtivos, aumento seu grau de industrializao, visando diminuir custos diretos e indiretos
(SANTOS, 2013), j que, em linhas gerais, sabe-se que o lucro de qualquer operao
calculado atravs da subtrao dos custos das receitas obtidas. No desejo de aumentar seus
lucros, entretanto, muito complicado atuar-se do lado das receitas, visto que os preos de
vendas de produtos e servios, geralmente, so ditados pelos mercados atravs das leis de
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oferta e demanda. Assim, a
necessidade de se tornar ca
2.2Conceitua
Obra
2.2.1Conceituao
A produo de bens e s
conjunto de recursos inicia
visto na Figura 2.1, os recu
final como as sadas de um
Figura 2.1 Represe
Dependendo do merca
bem como o prprio proces
as entradas podem ser ente
produtivo como o conjunto
as sadas como o ganho de
ENTRADAS
C R I
nica alternativa que resta a de atuar no la
a vez mais eficiente, ou seja, cada vez mais
e Definio da Produtivida
de um Sistema Produtivo
ervios dada por um processo de transform
s interagem de modo a gerar um produto fin
rsos iniciais podem ser entendidos como as e
sistema produtivo.
tao de um Sistema Produtivo tpico
o que esteja inserido esse sistema produtivo
so produtivo, podem variar. Por exemplo, n
didas como o capital ou recurso financeiro i
de tcnicas de especulao e capitalizao d
capital propriamente dito. No mbito da con
PROCESSO
PRODUTIO
13
o dos custos, da a
produtivo.
e de Mo de
ao em que um
l. Como pode ser
ntradas, e o produto
as entradas e sadas,
mercado financeiro,
nvestido, o processo
sse investimento, e
truo civil,
SADAS
P
-
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detalhado na Figura 2.2, en
servio, e a concluso dest
Os insumos bsicos de
equipamentos, cada qual c
por um lado, esto ligados
forma de estocagem e aplic
acrscimo de custos tanto
resduo gerado. Por exempl
melhor utilizar as barras de
madeira, possibilitando ma
foca-se no conceito de perc
Figura 2.2 - Processo
S E
E
M
tende-se as entradas como os insumos bsic
ltimo, como a sada.
ta indstria agrupam-se em mo de obra, m
m sua particularidade no que se refere a sua
ao conceito de desperdcio, em que se deve a
ao buscando mitigar as perdas, j que, cas
ara adquirir mais material como para dar a a
o, na otimizao de corte e dobra de armadu
ao virgem, ou no cuidado com o manuseio
ior ciclo de reutilizaes. Por outro lado, qua
entual de tempo em servio, visto que, em g
rodutivo na tica da Construo Civil
14
s de determinado
teriais e
gesto. Os materiais,
ssegurar a melhor
contrrio, significar
equada destinao do
a com o objetivo de
das formas de
nto aos equipamentos,
ral, horas a
Processo
Produtivo
-
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disposio, ou aguardando liberao de frente de servio, so os grandes viles desse grupo
de insumo. No que se refere mo de obra, por fim, o controle de seu desempenho se d
atravs do conceito de produtividade, foco de discusso deste captulo.
2.2.2Definio de Produtividade de Mo de Obra
Pode-se encontrar diversas definies precisas para o conceito de produtividade.
Independente do contexto inserido, no entanto, produtividade estar sempre ligada ao conceito
de eficincia no processo de transformao de entradas em sadas. Ou seja, quanto mais
eficiente for um processo, mais produtivo este ser.
Ao restringir esta conceituao para a mo de obra, tem-se que a produtividade consiste
na eficincia da transformao do esforo humano em servios de construo (PALIARI,
2008).
2.2.3Modelo dos Fatores
O mtodo para medio da produtividade adotado nessa pesquisa ser o Modelo dos
Fatores. Esse mtodo, proposto inicialmente por Thomas; Yiakoumis (1987), prope a
existncia de fatores que interferem no desempenho de determinado servio, mesmo
desconsiderando a existncia de uma curva de aprendizado nas atividades repetitivas. Esses
fatores so divididos em dois grupos: um deles relacionado ao contextocom que a atividade
est sendo realizada, e outro relacionado ao contedodesse trabalho. De acordo com esses
autores, o contextoest ligado s caractersticas fsicas do trabalho propriamente dita, ou seja,
os detalhes de projeto e especificaes de materiais, enquanto que o contedorelaciona-se
com o ambiente de trabalho, com os aspectos organizacionais, gerencias, etc. (PALIARI,
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2008). Alm destes dois grandes grupos, pode-se levantar um terceiro grupo a parte que
relaciona as anormalidadesque por ventura ocorrem num dia tpico de obra, influenciando,
assim, as medidas dirias de produtividade.
O nome do mtodo advm do fato deste estar baseado nos estudos dos fatores que afetam
os ndices de produtividade diariamente. Nesse contexto, portanto, a simples apropriao de
ndices de produtividade de mo de obra pouco ser til, caso esta no venha acompanhada do
entendimento associado aos fatores que a fazem melhorar ou piorar (ARAJO, 2000). A
teoria de Thomas; Yiakoumis (1987) que da a base ao mtodo presume que o trabalho de uma
equipe afetado por um conjunto de fatores que impactam seu desempenho aleatria ou
sistematicamente. Desse modo, caso esses fatores possam ser extrados matematicamente da
curva de produtividade percebida, chegar-se-ia a uma curva de referncia para este servio.
De forma objetiva, Arajo (2000), atravs de Souza (1996), destaca que o modelo se
refere discusso da variao da produtividade diria. Se as condies de trabalho se
mantivessem constantemente iguais a uma situao padro, a produtividade somente variaria
se houvesse aprendizado.. Analisando a Figura 2.3, claramente consegue-se observar essa
afirmao, dado a curva real de produtividade distanciando-se da curva de referncia
diariamente devido aos diversos fatores.
Figura 2.3 - Representao grfica do Modelo dos Fatores. Fonte: (SOUZA, 1996)
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2.2.4Formulao do indicador de produtividade de mo de obra
Tendo definido o conceito de produtividade como uma relao entre entradas e sadas,
procede-se com formulao matemtica deste indicador de acordo com a equao 2.1 a
seguir:
= .
Eq. (2.1)
Em que:
RUP= Razo unitria de produo o ndice de produtividade
R= Recursos utilizados, sendo expresso em Homens(H).
t= Tempo em que os recursos Rdesprenderam na execuo do servio, sendo
expresso em horas (h). O clculo de t pode ser feito atravs da multiplicao do
nmero de horas que determinado recurso consome por dia, vezes o nmero de
dias em que aquele recurso esteve direcionado para um servio;
QS= Quantidade de servio executado pelos recursos Rdurante o tempot,
sendo expresso em unidades de servio (m de concreto, m de alvenaria, kg de
armao, m de drenagem, etc.)
Diante da equao 2.1 consegue-se observar a relao de eficincia do processo produtivo
sendo expressa matematicamente. Da equao, observa-se que quanto menor o produto de R
por t para uma dada QS, menor ser o valor da RUPe, portanto, mais eficiente o processo.
Essa mesma concluso poderia ter sido tirada no caso de para um dado produto de Rpor t,
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quando maior a QSproduz
como regra geral, tem-se q
Muito importante, ness
considera-se a quantidade lexemplo, a produo de se
refeitos. Nessa mesma tic
desprenderam na execuo
seja, aquelas que efetivame
as horas improdutivas, em
frente de servio, ou aguar
determinao de um ndice
executa determinada tarefa
desconsiderando-se as perd
Figura 2.4
P
RUP
ida, menor tambm ser a RUP, caracterizan
e quanto maior a produtividade, menor ser
e momento, destacar que para o clculo da q
quida de servio produtivo concludo, desco vios mal executados que por ventura venha
, quando da apropriao do tempo em que o
desse servio, deve-se considerar tantos as h
nte o recurso est no processo de agregar val
ue o recurso encontra-se paralisado a dispos
ando a chegada de material. Assim, no bas
ficar ao lado de um operrio cronometrando
sob pena de se considerar apenas os tempos
as que ora ocorrem no processo produtivo.
- Relao da produtividade com o ndice
18
do eficincia. Assim,
o valor da RUP.
antidade de servio
ntando-se, pora ser novamente
recursos
oras produtivas, ou
or ao produto, quanto
io de liberao de
aria para
o tempo em que ele
produtivos,
a RUP
-
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2.2.5Terminologia dos indicadores
Paliari (2008) cita Souza (2001) ao classificar o indicador de produtividade de acordo
com dois critrios:
a) Abrangncia da mo de obra
Refere-se ao tipo de mo de obra analisado, podendo a RUP ser classificada como
RUP Oficial, quando faz referencia aos oficias envolvidos diretamente no
processo (armadores, carpinteiros, pedreiros, etc), ou RUP Direta, quando alm
dos oficiais que comandam a tarefa inclui-se tambm os homens-hora dos
ajudantes que apoiam aquele oficial.
Prope-se na presente pesquisa, que tal separao seja feita de acordo com a
funo do operrio, exatamente como feito em relao aos oficiais. Por exemplo,
ao invs de se considerar a RUP Direta, ser mais interessante calcular a
RUPAJUDANTE e a RUPARMADOR separadamente.
b) Intervalo de tempo
Quanto ao intervalo de tempo tem-se a RUP Diria, representando os ndices
mensurados dia-a-dia na obra, a RUP Cumulativa, representando os resultados
acumulados durante certo perodo de tempo (conforme a equao 2.2 a seguir) e,
por fim, a RUP Cclica, adotada quando os servios se repetem em ciclos de
produo bem definidos.
= . Eq. (2.2)
-
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Sendo o ndice ivariando de 1 at o total de recursosnaplicados na produo
desse servio, e o ndicejvariando de 1 at o diakem que se est computando as
produes realizadas.
Cabe ressaltar que pode-se misturar as duas classificaes anteriormente descritas,
tendo-se, por exemplo, uma RUP Cumulativa Oficial ou uma RUP
DiriaARMADOR.
Alm destas RUPs, tem-se a RUP Potencialque corresponde mediana dos valores da
RUP Diria menores ou iguais RUP Cumulativa final. De acordo com Paliari (2008), a
RUP Potencialcorresponde a um valor da RUP Diriaassociado sensao de bom
desempenho e que, ao mesmo tempo, mostra-se factvel em funo dos valores deRUPDiria
detectados.
O presente autor prope a ampliao desta terminologia, incluindo a RUP Meta, que
defini-se como a RUP definida previamente em custo ou em planejamento.
As diferentes tipos de RUPsencontram-se apresentadas na Figura 2.5.
-
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2.3Influncias d
Como citado na introd
custos, e o grupo de plan
a seguir.
2.3.1Influncia no
Sendo a produtividade
produtos, natural pensar
execuo de determinado s
ligada ao conceito de veloc
Variando a equao 2.1
Figura 2.5 - Diferente
Produtividade de mo de
o, a produtividade afeta dois grupos geren
jamento. Esses dois aspectos sero abordad
Prazos
a eficincia no processo de transformao de
ue quo mais ineficiente a mo de obra for,
rvio. De fato, a produtividade de mo de o
idade de execuo de uma determinada taref
de uma forma alternativa, isolando a variv
tipos de RUP's
21
bra
ciais: o grupo de
s em separadamente
insumos em
ais lenta ser a
ra est diretamente
.
l t,tem-se:
-
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22
= . Eq. (2.3)
Em que, claramente, consegui-se observar as seguintes relaes:
a) Quanto menor a produtividade, ou seja, quanto maior a RUP, maior o tempo
necessrio para concluir determinada tarefa.
b) Quanto maior a quantidade de servio QS a ser realizada, maior ser o tempo
necessrio para concluso da tarefa.
c) Quanto maior a quantidade de recursos empregados Rmenor ser o tempo de
execuo de uma tarefa.
Alm dos pontos anteriormente obervados, existe um importante fato que precisa-se
destacar: a linearidade da produtividade com o tempo de execuo de servios . Esse fato
transmite a seguinte concluso: Caso em um determinado cenrio se mantiver a quantidade
de recursos empregados como uma constante, ter-se- que uma piora de X% na
produtividade implicar, necessariamente, num acrscimo de X% de tempo necessrio para
concluso de uma unidade da tarefa.
Matematicamente, basta substituir QSpela unidade e a varivel de recursos Rpor uma
constante 1/kR. Nesse ponto, aproveita-se para inserir uma varivel que ser muito utilizada
ao longo dessa monografia, o desvio de produtividade percentual, assim, tem-se:
= . = .11/ = . Eq. (2.4)Sendo texpresso em horas por unidade de servio, e o fator kRigual ao inverso da
quantidade de recursos empregada, considerada constante nesse desenvolvimento.
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Multiplicando-se o lado direito dessa equao por um fator igual a (1 + )e mudando a
varivel tpor ttem-se:
= ..(1+) Eq. (2.5)Em que a variao percentual da produtividade real frente produtividade meta, ou
seja:
= 1
Eq. (2.6)
Para exemplificar essa formulao, adota-se um pequeno exemplo.
Suponha-se que se pretenda realizar um servio de armao com RUP Metaigual 0,06
Hh/kg, dispondo-se de dois armadores, tem-se:
= 1= 12= 0,5 Portanto:
= . = 0,5.0,06 = 0,03 Caso nas situaes reais os armadores no consigam atingir essa meta, executando, por
exemplo, 0,072 Hh/kg, ter-se-ia:
=0,0720,060 1 = 0,2 = 20%
=
.. (1 + )= 0,5.0,06 (1+ 0,2)= 0,03 .1,2 = 0,036
-
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Caso esses armadores estejam executando a armao de um bloco de fundao que pode,
em alguns casos, pesar algo em torno de duas toneladas, tem-se os seguintes resultados:
= 2 = 2.000 = 0,03 . 2000 = 60
= 0,036 .2000 = 72 Assumindo uma praticabilidade2de 9h trabalhveis por dia, ter-se-ia que a previso de
concluso desse servio seria de 60h, ou seja, 6,67 dias, enquanto que na realidade estar-se-ia
levando 72h, ou seja, 8 dias.
Caso o servio de fundao esteja no caminho crtico3do cronograma dessa obra, esses
1,33 dias perdidos na concluso da armao dos blocos, nas condies desse exemplo,
significariam 1,33 dias de atraso na entrega da obra. Essa discusso ser retomada em
profundidade no captulo 4.
2.3.2Influncia nos Custos
O segundo grupo gerencial afetado pela produtividade de mo de obra o grupo de
custos. Como demonstrado no tpico anterior, caso a mo de obra execute um servio de
2Praticabilidade um estudo que relaciona a quantidade de horas produtivas disponveis ao longo dotempo da obra. Por exemplo, em perodos chuvosos, costuma-se ter uma baixa praticabilidade.Como emprojetos, em geral, no comum se planejar pressupondo previamente a utilizao de horas extras, o aumento da
quantidade de horas produtivas disponveis diariamente aumentar a praticabilidade real frente a prevista.3Caminho crtico de um cronograma definido como o sequenciamento de tarefas que, caso tenham seus
prazos atrasados em nmero nnmeros de dias, produziro um atraso de ndias na concluso do projeto.
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forma menos eficiente que o previsto inicialmente, esses trabalhadores iro demorar mais
tempo para concluir a mesma unidade de servio (no exemplo anterior verifica-se a demora de
0,036 h/kg contra as 0,030 h/kg previstas inicialmente).
Considerando-se que a mo de obra direta4normalmente paga por hora, e sabendo que
essa mo de obra est executando menos servios num dado intervalo de tempo, tem-se que o
custo horrio do funcionrio diludo em menos unidades produtivas, encarecendo, portanto,
o custo dessa atividade.
Quando se fala que aRUP Meta de 0,06 Hh/kg de ao armado est se fazendo uma
previso de custo com a mo de obra para execuo de um kg de armadura. Supondo, por
exemplo, que o custo do armador seja de R$ 20,00 por hora trabalhada, est-se imaginando
que o custo com mo de obra para produzir um kg de armadura seja de:
= 0,06 .20 $= , $
Dessa anlise, consegui-se observar a seguinte relao geral:
= . Eq. (2.7)Em que:
a) CUSTOMO DE OBRA o custo da mo de obra na execuo do servio e dado em
reais por unidade de servio
b) RUP a produtividade da mo de obra sendo expressa em homens-hora por
unidade de servio
4Mo de obra direta o conceito que se aplica para diferenciar os funcionrios que trabalhamefetivamente na produo, dos que trabalham nas tarefas administrativas. Esses ltimos so denominados demo de obra indireta.
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c) CUSTOhorrio o custo horrio da mo de obra, sendo expresso em reais por
homem-hora
Da equao 2.7, consegue-se obervar com clareza que, caso a produtividade tenha uma
variao, esse desvio ser sentido diretamente no custo realizado com a mo de obra.
As relaes demonstrada nesse tpico sero bastante utilizadas no captulo 4 quando
desenvolve-se uma metodologia para avaliao do impacto no custo direto.
2.4Fatores que afetam a Produtividade
Tendo formalizado a nomenclatura que este trabalho ir utilizar no seu decorrer, parte-se
para explorar os fatores que fazem a produtividade variar, afinal, com o objetivo de se
calcular como um desvio de produtividade de mo de obra impacto nos custo de um projeto,
primeiro precisa-se definir o que causa um desvio de produtividade.
Optou-se por analisar esses fatores em dois grandes grupos: Fatores que afetam
negativamente e fatores que afetam positivamente a produtividade.
2.4.1Fatores que afetam negativamente
Schwartzkopf (2004) consolidou diversos estudos elaborados a cerca de fatores que
afetam a produtividade de mo de obra na construo civil. Esses impactos foram agrupados
em:
a) Devido horas extras e utilizao de mais de um turno de trabalho
b) Devido s aceleraes no cronograma
c) Relacionado s condies climticasd) Devido s caractersticas do projeto
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e) Devido capacidade de gerenciamento de mo de obra
Apesar de em muitas situaes um desvio da produtividade envolver mais de um dos
destes grupos simultaneamente, a anlise em separado facilita sua compreenso.
2.4.1.1Impactos da utilizao de horas extras e de mais de um turno
de trabalho
A utilizao de horas extras (overtime), segundo Schwartzkopf (2004), defini-se como a
utilizao da mo de obra por mais horas que aquelas definidas nas leis trabalhistas regionais.
Ainda que sob a hiptese de manter a mesma eficincia no processo produtivo, a utilizao
deste artifcio causar servios executados a um custo maior, j que o custo horrio da mo de
obra em situaes de horas extras sofre aumentos que podem at dobrar seus valores iniciais.
Mesmo assim, em muitas ocasies, gestores optam por estender suas atividades dirias de
trabalho com o objetivo, por exemplo, de compensar atrasos no cronograma. Essa
compensao se d atravs do aumento da praticabilidade, o que ocasiona um ganho na
capacidade produtiva diria da equipe.
Mesmo havendo um ganho na capacidade produtiva, ocasionado pela disponibilizao de
mais homens-hora diariamente, haver uma reduo da produtividade da mo de obra, calcada
pela perda da eficincia no processo. O grfico da Figura 2.6 ilustra essa situao, em que o
aumento de horas extras dirias possibilita um ganho da capacidade produtiva, entretanto,
uma reduo da produtividade observada pelo aumento dos valores da RUP Diria.
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Um estudo realizado e
obra de Schwartzkopf (200
a) O absentesmo
b) Os acidentes co
semanais
c) A prtica de ho
produtividade
Os dados desses estud
Figura 2.6 - Utilizao
34 plantas industriais pelo US Department
4), concluiu que
aumenta medida que o nmero de horas ex
m afastamento aumentam com o aumento da
ras extras aumenta a fadiga da mo de obra d
s esto resumidos na Tabela 2.1 e na Figura
de horas extras. Produo Diria x RUP
Aumento de Horas Extras dirias
28
of Labor, e citado na
ras aumenta
s horas extras
iminuindo sua
2.7.
iria
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Tabela 2-1 - Variaohoras e dias trabalhados
D T
S
Figura 2.7- Variatrabalhadas por dia ede SCHWARTZKOPF
percentual da produtividade de mo de o or semana (SCHWARTZKOPF, 2004).
H T
%
P5 8 100%5 9 95%5 10 92%5 11 89%5 12 86%6 8 97%6 9 88%6 10 82%6 11 78%6 12 75%7 8 92%7 9 83%7 10 78%7 11 75%7 12 72%
o da produtividade de mo de obra em fuo nmero de dias trabalhados por seman, 2004).
29
ra em funo das
o das horas(elaborado a partir
-
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Quanto utilizao de diferentes turnos de trabalho, Schwartzkopf (2004) cita um estudo
da Construction Industry Institute (1988)que concluiu que o turno diurno tende a ser mais
produtivo que o turno noturno.
2.4.1.2Impactos devido a Aceleraes
Acelerao em uma construo ocorre quando seu cronograma, ou uma de suas etapas,
executado num prazo menor que o que seria requerido quando executado em condies
normais (SCHWARTZKOPF, 2004). Este artifcio pode ser utilizado como meio para
cotornar atrasos incorporados ao cronograma no passado ou para utilizar de condies
climticas favorveis. O aumento da capacidade produtiva, nesse caso, deve-se ao aumento da
fora de trabalho atravs da contratao de mais mo de obra.
Schwartzkopf (2004) levanta, no entanto, que aumentar o tamanho das equipes e a
quantidade de homens nas frentes de servios pode causar sobrecarga na rea de trabalho,
reduzindo consideravelmente a produtividade da mo de obra. Essa afirmao, baseada no
estudo da U.S Army Corps of Engineers (1979),est demonstrada na Figura 2.8, em que se
observa que um aumento da fora de trabalho de 35% em relao ao considerado normal, ou
seja, em relao ao planejado, causar uma perda de eficincia de quase 20%.
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Esse acrscimo de mo de obra com o objetivo de se executar mais tarefas
simultaneamente, alterando a sequncia inicial de atividades prevista, pode causar o fenmeno
conhecido como Trade Stacking, que significa a lotao das reas de trabalho pelos
operrios devido ao processo de acelerao do cronograma. Essa lotao das reas causar
uma perda de produtividade que, por sua vez, elevar os custos previstos, alm de
desbalanear o fluxo de caixa inicialmente estimado.
Nesse sentido, Thomas; Smith (1990) correlacionaram a ineficincia com a densidade de
operrios por metro quadrado de rea trabalhvel. O trabalho desses autores concluiu que
100% de eficincia est atrelada a uma densidade de um trabalhador para cada 23,5 m. O
limite inferior de densidade tolervel de 10 m por pessoa, o que ocasionaria um acrscimo
de 50% de recursos necessrios para executar a mesma tarefa no mesmo tempo.
Figura 2.8 Relao entre o percentual de aumento da fora de trabalho e a perdade eficincia da mo de obra. Fonte:Modification Impact Evaluation Guide, U.S ArmyCorps of Engineers (1979)
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Alm dos aspectos citados, destaca-se tambm o fato de que uma deciso de acelerao
de cronograma influenciar numa maior necessidade de gesto do projeto, j que as demandas
por materiais, ferramentas, e logstica da mo de obra, ficaro mais complexas. Pouco
adiantar contratar mais recursos se o gestor no conseguir utiliz-los da forma adequada,
gerando desperdcios.
Por fim, ressalta-se que a opo de acelerao de cronograma alterar o fluxo de caixa
previsto, j que, alm de contratar mais mo de obra, sero consumidos materiais a uma
velocidade maior, assim, em determinados casos, essa deciso pode gerar custo de capital
para o empreendimento.
2.4.1.3Impactos devido s condies climticas
Condies climticas desfavorveis impactam diretamente na produtividade da mo de
obra. Eventos como temperaturas muito altas, temperaturas muito baixas, umidade, chuvas,
neves e ventos fortes podem afetar a eficincia do processo produtivo.
Temperaturas muito baixas afetam os operrios tanto psicologicamente, quanto
fisiologicamente (SCHWARTZKOPF, 2004). Um dos maiores impactos dessa condio a
diminuio fsica da temperatura nas superfcies das mos que pode ocasionar dois principais
efeitos: primeiro, diminuir a sensibilidade cutnea das mos dos operrios, o que pode fazer
com que mais acidentes ocorram; e em segundo lugar, diminuir a destreza para os trabalhos
manuais, que causa a diminuio de produtividade diretamente.
Temperaturas muito altas, por outro lado, tambm causam reduo da produtividade
provocada pelo stress de um ambiente quente. Essa situao pode causar cibras, insolao,
exausto pelo calor, etc. Um estudo da U.S Army Cold Regions Reserch and Engineering
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Laboratory (1986), concluiu que a temperatura ideal para execuo de tarefas da construo
civil, gira em torno de 14C. Variaes em relao a essa temperatura, tanto para mais, como
para menos, influenciar negativamente na produtividade, como pode ser visto na Figura 2.9.
A chuva pode impacta de duas formas. A primeira, quando mais forte, impossibilitando a
execuo de determinados servios como, por exemplo, a compactao de aterros e
movimentaes de terras. Com as frentes de servios paralisadas, tem-se o consumo de horas
improdutivas sendo computadas sem o devido acrscimo de produo, ocasionando, portanto,
uma reduo da produtividade acumulada. Na segunda forma, quando mais branda, o que
permite a execuo de determinados servios, a perda de eficincia deve-se ao fato de a mo
de obra trabalhar de forma mais cautelosa, dado uma situao de insegurana.
Figura 2.9 O Efeito da temperatura na eficincia da mo de obra. Fonte: U.S ArmyCold Regions Reserch and Engineering Laboratory (1986)
PercentageofPro
ductivity
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2.4.1.4Impactos devido s caractersticas do projeto
Dependendo das caractersticas do projeto, pode haver grandes variaes dos ndices de
produtividade. No caso de cravao de estacas pr-moldadas, por exemplo, a resistncia do
solo, e a adequada locao para cravao permitindo boa movimentao do equipamento,
afetam diretamente a velocidade de execuo do servio (Figura 2.10).
Figura 2.10 - Variao da produtividade da mo de obra para o servio de cravaode estacas pr-moldadas (FONTE: TCPO, 13 edio, pg 117)
Por outro lado, em servios de armao de vigas (Figura 2.11), o dimetro das barras e o
espaamento dos estribos podem tornar a execuo de uma mesma unidade de servio mais
rpida ou demorada. Nesse mesmo sentido, em servios de frmas de vigas (Figura 2.12), h
de se considerar a seo transversal, predominncia de pilares retangulares, e as quantidades
de travas por m.
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Figura 2.11 - Variao da produtividade da mo de obra para o servio de cravaode estacas pr-moldadas (FONTE: TCPO, 13 edio, pg 174)
Figura 2.12 - Variao da produtividade da mo de obra para o servio de cravaode estacas pr-moldadas (FONTE: TCPO, 13 edio, pg 178)
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Todos esses efeitos originaram os estudos das conhecidas produtividades variveis, ou
rguas de produtividade, que mostram sob quais condies construtivas determinados
ndices de produtividade variam. Essa uma informao importantssima, pois ao utilizar os
dados acumulados historicamente pode-se estar cometendo um grande erro de planejamento
ao no levantar em conta as caractersticas particulares de um projeto.
2.4.1.5Impactos devido ao gerenciamento do projeto
Borcherding; Garner (1981) estudaram as maiores causas da queda de produtividade em
obras de grande porte. Suas pesquisas consistiram em questionar os prprios trabalhadores
sobre qual o motivo que estaria causando a perda de eficincia no processo produtivo. Seus
resultados esto resumidos na Tabela 2.2.
C I %
D M 1293 27,1%N 894 18,7%D F 889 18,6%L () 486 10,2%A 340 7,1%I 338 7,1%R 230 4,8%
M 127 2,7%A 113 2,4%A 69 1,4%
Tabela 2-2 - Razes que afetaram a queda de desempenho da mo de obra.(Adaptado de SCHWARTZKOPF, 2004)
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A partir dos resultados de Schwartzkopf (2004), construiu-se o Diagrama de Pareto que
pode ser visualizado na Figura 2.13. Nesse grfico, consegue-se observar, na regio destacada
em vermelho, que 75% do total de queixas abordam os temas de disponibilidade de material,
necessidade de refazer servios j executados, disponibilidade de ferramentas e, lotao das
reas de trabalho. Todas essas questes esto diretamente ligadas ao gerenciamento do
projeto, o que demonstra claramente a necessidade de se preocupar, e muito, com esse tema.
O estudo de Borcherding; Garner (1981) ainda estimou, nas obras pesquisadas, as perdas
semanais de homens-hora por operrios devido s diversas causas. A Tabela 2.3 resume esses
dados, e demonstra uma excelente correlao com as percepes dos funcionrios apresentada
Tabela 2.2.
Figura 2.13 - Diagrama de Pareto da incidncia das respostas
-
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Tabela 2-3 Perdas semanais de homens-hora por operrios (Adaptado deSCHWARTZKOPF, 2004)
P
C HD M 6,27H 5,70L 5,00D F 3,80R 3,29A 2,66H 2,12
Thomas et al. (1990), tentaram relacionar um mal gerenciamento de materiais com os
impactos na produtividade de mo de obra. Esse estudo concluiu que 18% dos homens-hora
consumidos em um projeto eram de natureza improdutiva, devido ineficincia desse
gerenciamento.
A ociosidade de mo de obra uma das maiores, seno a maior, causa de perda de
eficincia na construo civil5. O gerenciamento das reas de suprimentos, compras e
almoxarifado tem de estar em perfeita sintonia com o setor de produo na tentativa de
mitigar essa perda. Nessa lgica, parar a produo por falta de material algo inimaginvel
por gestores que almejam alcanar elevados ndices de produtividade, por isso, os conceitos e
fundamentos do Supply Chain, ou gesto da cadeia de suprimentos, encontram-se bastante
difundidos no mercado, embora a maior concentrao ainda seja encontrada na indstria
manufatureira.
5
Arajo (2012) faz uma extensa discusso sobre a proposio de um novo modelo de lidar com aineficincia de mo de obra. Em seu trabalho, esse autor aborda o conceito de estratificao das entradas daprodutividade de mo de obra em que, dessa forma, pode-se observar como uma equipe consumiu seus Hh,sendo assim possvel de observar os fatores que conduziram a determinado desvio.
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e, portanto, custo de capital, devido execuo de um fluxo de caixa no ideal
para o projeto.
2.4.2Fatores que afetam positivamente
Os ganhos efetivos de produtividade podero ocorrer em trs situaes distintas, a saber:
a) Curva de aprendizado
b) Melhoria contnua de processos
c) Inovaes tecnolgicas e industrializaes de servios
2.4.2.1Curva de aprendizado
Na execuo de tarefas repetitivas, a prpria mo de obra capaz de descobrir meios de
executar um servio mais agilmente, dado o aprendizado e os reflexos absorvidos durante oprocesso. Esse aprendizado culminar na diminuio do tempo de execuo dos servios e,
consequentemente, em ganhos de produtividade decorrente da reduo no consumo de
homens-hora por unidade de servio produzido. Essa reduo ocasionada pelo sucessivo
aperfeioamento na execuo do trabalho e da familiarizao da equipe no ambiente de
produo (LEITE, 2004).
Normalmente, o aumento da reteno de informaes que permitam a execuo do
servio de maneira mais gil, so mais suveis no incio, tendo um acrscimo de intensidade
com o tempo, e tendendo a equilibrar gradualmente aps determinado perodo. Esse equilbrio
caracteriza-se por um esgotamento da capacidade de aprendizado do servio na forma como
ele executado atualmente. Essas caractersticas podem ser observadas na Figura 2.14, que
mostra graficamente a evoluo da proficincia de determinada tarefa com o tempo.
-
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Figura 2.14- EvoluBarnat, 1996)
A necessidade de se pr
questes. Em primeiro lug
fase de oramentao, oriu
processo produtivo. E, em
produtividade futuros que s
influenciar numa nova qua
ignorasse o efeito da apren
preocupao est alinhadadiscutido, j que, caso exis
determinada atividade, o g
acumulo de estoques e, con
Embora se tenha argu
ocasionado pelas curvas decautela para utilizar estas
da proficincia de terminada tarefa com
ocupar com as curvas de aprendizado adv
r, objetivando a obteno de preos mais co
dos da considerao de ganhos de produtivi
egundo lugar, numa boa estimativa sobre os
ero atingidos ao longo do tempo. Essa segu
tidade de recursos necessrios, inferior a qu
izagem, para dar continuidade no processo
om os impactos do gerenciamento do projetam mais trabalhadores que os necessrios pa
nho de capacidade produtiva poder ocasion
sequentemente, na ociosidade da mo de obr
entado a favor da considerao do ganho de
aprendizado, o presente autor ressalta que p onsideraes. Primeiro, segundo Leite (200
41
tempo (Fonte:
de duas principais
petitivos, ainda na
ade ao longo de um
ndices de
nda considerao ir
seria obtida caso se
rodutivo. Essa
anteriormentera performar uma
ar na produo e
a.
produtividade
ecisa-se de muita), esses ganhos sero
-
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percebidos somente em servios de longa durao, com grande grau de repetio, e
extremamente dependentes da mo de obra. Segundo, de acordo com Schwartzkopf (2004),
foi demonstrado que existe uma rpida taxa de desaprendizagem, e que se ocorrerem
grandes atrasos entre os ciclos de repeties, ser necessrio reiniciar todo o processo de
aprendizado. Esse um significante impacto decorrente das interrupes contratuais que por
vezes ocorrem.
Diversos modelos se propem a parametrizar de que forma, ou melhor, atravs de que
curva, se do os ganhos de produtividade. A Figura 2.15 mostra a variao da RUP
Cumulativaem decorrncia do aumento das unidades produzidas de acordo com alguns
modelos.
Figura 2.15-Tipos de Curva de Aprendizagem - Escala logartmica. Fonte:(THOMAS et al., 1986)
Extensas e detalhas discusses sobre esses modelos de curvas de aprendizados podem ser
encontradas emA Validation of Leaning Curve Models Available on the Construction
-
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T 1
Industry6. Pela facilidade d
o mais aplicado na indst
2.4.2.2Melhoria
Dado o esgotamento d
aprendizado, surge a neces
sendo executando. Essa me
encadeiam as atividades, c
otimizando-se as tarefas qu
trabalhadores, localizao
6Ward & Thomas,A ValiPennsylvania State University,
Figura 2.16 - Caracterizao ddesnecessrias
2 T 3
T 4 5
6 T 7
a aplicao, e pela natureza dos dados dispo
ria da construo civil (SCHWARTZKOPF,
contnua de processos
capacidade de ganho de produtividade atrav
idade de se alterar a forma como o servio,
lhoria de processos caracteriza-se por mudan
mo na Figura 2.16, eliminando-se etapas de
e no podem ser eliminadas como, por exem
e ferramentas, suporte de suprimentos, etc.
ation of Leaning Curve Models Available on the Co
onstruction Management Reserch Serie, Report No.
Melhoria de Processos atravs da elimi
43
T 8
veis, o modelo linear
2004).
s das curvas de
u processo, vem
as na forma como se
necessrias e
plo, deslocamentos de
struction Industry.0. 1984
ao de tarefas
-
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Pode-se, de uma forma geral, dividir o tempo de trabalho da mo de obra nos seguintes
grupos:
a) Tempo em atividades que agregam valor
Nesse processo tem-se a mo de obra trabalhando efetivamente no processo de
transformao de insumos em produtos.
b) Tempo de perdas evitveis
Esse tempo caracterizado por perdas no processo produtivo que poderiam ser
totalmente evitadas como, por exemplo, ociosidade, tempo de espera dos
funcionrios para liberao de frente de servio, tempo de espera para chegada de
materiais e ferramentas e tempo de perdas com produtos defeituosos.
c) Tempo de perdas inevitveis
Esse grupo caracteriza-se por perdas inerentes do processo construtivo que no
podem ser evitadas como o transporte de trabalhadores, perdas de movimento de
funcionrios. Essas perdas podem, no entanto, serem trabalhadas para serem
otimizadas, diminudo ao mximo sua durao.
Inevitavelmente, a cultura de melhoria contnua de processos, muito difundida na
indstria seriada, vem cada vez mais entrando na indstria da construo civil. Encabeando
essa cultura tem-se o Lean Thinking, ou Pensamento Enxuto, oriundo da cultura do Lean
Production implementada pela Toyota em meados do sculo passado atravs da TPS
(Toyota Production System). Desde o incio da dcada de 90, a partir dos estudos de Lauri
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Koskela (1992), intitulado Application of the New Production Philosophy to Construction7, diversos
pesquisadores internacionais tem voltado suas atenes para essa nova filosofia produtiva e
adaptando essa cultura de produo enxuta, originaria da indstria manufatureira, para a
construo civil. Em 1993, atravs das iniciativas dos engenheiros americanosGregory
Howell e Glenn Ballard, foi consolidado o termo Lean Construction, que hoje agrupa
pesquisadores do mundo todo anualmente no IGLC International Group for Lean
Construction. No Brasil, a partir de 1996, os estudos da NORIE (Ncleo Orientado para
Inovao da Edificao) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tm contribudo
para disseminao nacional.
2.4.2.3Inovao tecnolgica e industrializao de servios
Chega determinado momento que apenas a melhoria de processos no mais capaz de
aperfeioar e tornar mais eficiente um processo produtivo. Nesse estgio, hora de buscar por
inovaes tecnolgicas que permitam modificar e agilizar a forma com que determinadoservio venha a ser executado.
As inovaes tecnolgicas atuam de modo a produzir ferramentas com capacidade de
trabalho maior e mais potente que as existentes, diminuindo dessa forma o tempo de execuo
de alguns servios.
Alm das inovaes tecnolgicas, destaca-se tambm a tendncia de industrializao de
processos construtivos, transformando o canteiro de obras em um canteiro de montagens.
Nesse cenrio, tem-se a concepo de elementos em ptios ou fbricas prximos da obra, de
modo a permitir a criao de um ambiente favorvel para produo srie, aumentando a
7KOSKELA, Lauri.Application of the New Production Philosophy to Construction.Technical Report n72. Stanford University, Center for Integrated Facility Engineering. 1992
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produtividade.. A ttulo de exemplo, ressaltam-se a indstria de pr-moldados estruturais
(Figura 2.17) e de duelas de drenagem profunda (Figura 2.18).
Figura 2.17 - Exemplo de estruturas de concreto pr-moldadas. Fonte: TranengeConstruo
Figura 2.18 - Exemplos de aduelas de drenagem profunda pr-moldadas. Fonte:COPEL pr-moldados em concreto
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3 Planejamento e Controle de Custos
3.1Consideraes Iniciais
Seguramente tanto a fase de planejamento econmico, quanto fase de controle de obras
so determinantes para o sucesso financeiro de qualquer empreendimento. Seja o
idealizador um simples leigo que reforma seu apartamento ou os grandes empresrios que
idealizam projetos gigantescos, ambos mantm previses de oramentos e de desencaixes no
momento que contratam a execuo de obras. Evidentemente que em propores e nveis de
rigores diferentes.
Dentro deste contexto, o tema de planejamento e controle de custos torna-se essencial
para atingir o objetivo de r