o consolador - 65

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Page 1: O CONSOLADOR - 65

EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO DE 2014 - JORNAL O CONSOLADOR

I N F O R M A T I V O M E N S A L D O N E P T - N Ú C L E O E S P Í R I T A P A U L O D E T A R S O

Caridade eFraternidadeCaridade eFraternidadeCaridade eFraternidadeCaridade eFraternidade

Page 2: O CONSOLADOR - 65

2 EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO 2014

E X P E D I E N T EJornal O Consolador é o órgão informativo do NEPT Núcleo Espírita Paulo de Tarso R. Nova Fátima, 151 – Vila Isa - Santo Amaro- SP Fone: (11) 5694-0205 • Peridiocidade Mensal Impressão: Gráfica Diário do Litoral - Tiragem: 3.000 exemplares

Colaboradores desta edição: : Carlos Rey, Edna Villaça Souza, Magnólia Mamede, Ygor Querino, Eduardo Filho, Santina Borba, Ana Clara Kaneko, Mônica Kraft, Igor da Silva Bispo, Audria Naomi Yamasaki, Felipe Arake, Augusto Tanaka, Guilherme Mota, Felipe Honikawa, Júlia Temer, Paula Hisano, Jonas Thierre, Raphael Kobayashi e Sergio Souza.

DOAÇÕES PARA OS TRABALHOS ASSISTENCIAIS DO NEPTNúcleo Espírita Paulo de Tarso • Banco Bradesco – 237 • Agência: 2036-2 Conta Corrente: 23413-3

DISTRIBUIÇÃO DE ROUPAS NA RUA - AOS AMIGOS DO NEPTDISTRIBUIÇÃO DE ROUPAS NA RUA

Estamos Precisando de Doações de Roupas Masculinas para os Moradores de Rua: Calças, Moletons, Agasalhos, Bermudas, Chinelos, etc.

Quem tiver interesse favor entrar em contato com Ivani“QUANDO VESTIRDES A UM DESTES PEQUENINOS PENSAI QUE É A MIM QUE O FAZEIS”

JESUSNEPT (Núcleo Espírita Paulo de Tarso)

Rua Nova Fátima, 151 – Vila Iza – Santo AmaroSão Paulo – Fone: (11) 5694-0205

ROUPAS, CALÇADOS E BOLSAS = 3 PEÇAS POR 1 REALHORÁRIOS 2º, 4º E 6º FEIRA DAS 19:00 H ÀS 20:45 H

NA 5º FEIRA DAS 19:30 H ÀS 20:45 HNO BALCÃO, PEÇAS A PARTIR DE 1,00 REAL.NEPT (NÚCLEO ESPÍRITA PAULO DE TARSO)

RUA NOVA FÁTIMA, 151 – VILA IZA – SANTO AMARO SÃO PAULO – FONE: (11) 5694-0205

SUPER LIQUIDAÇÃO DOBAZAR NA SALA ESTEVÃO

ORIENTAÇÃO AOS TRABALHADORES PSICOGRAFIA

As Bem-Aventuranças A Verdade vos libertará

Fala-se tanto de obsessão, de fascinação e subjugação, mas muitas vezes sem entender do que realmente se trata, de fato.

De fato quer dizer, com vivência, com prá-tica, particularmente no tratamento destes quadros espirituais, muitas vezes difíceis de conduzir e mesmo para conviver com a pessoa envolvida em algum desses processos.

A teoria se encontra no capítulo 23, de O Livro dos Médiuns, em que se lê: Obsessão Simples, Fascinação, Subjugação, Causas da Obsessão e Meios de Combatê-la.

A obsessão simples é esta que encontramos no cotidiano, na vida comum, com tendências à irritabilidade, à impaciência, à agressivida-de, inquietação, agitação, impaciência, capaci-dade excessiva para julgamentos...

A fascinação é a ação direta exercida por um Espírito obsessor sobre a do indiví-duo, perturbando-o ou embaralhando-lhe as ideias.

É uma espécie de ilusão produzida sobre o pensamento do médium e que paralisa de al-guma sorte seu julgamento a respeito das co-municações que recebe.

Pode-se dizer que se trata de uma hipnose moral.

E subjugação é o domínio que alguém exerce sobre outrem.

É a constrição exercida por Espírito (ou Espíritos) inferior, a qual paralisa a vontade de maneira contrária aos próprios desejos ou sentimentos, levando-o à aberração das facul-dades psicofisiológicas.

Pode-se afirmar que se trata de uma hip-nose moral e material, por constranger tam-bém o organismo do enfermo.

Aliás, qualquer obsessão trata-se, sim, de uma enfermidade que passa pela esfera espiri-tual, moral e material.

A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é compeli-

do a tomar atitudes absurdas e compromete-doras e que, por uma espécie de ilusão, julga sensatas.

No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos e produz movimentos involuntários.

A causa da obsessão é a imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito imperfeito.

Quase sempre a obsessão resulta de vin-

gança, proveniente de encarnações passadas.Mas, pode ocorrer exclusivamente em fun-

ção das imperfeições morais da atualidade, por dar o indivíduo vazão aos seus instintos mais primários em função que as ilusões passionais podem provocar em cada pessoa.

Nos casos graves de obsessão, o obseda-do fica muito impregnado de fluidos pernicio-sos, dificultando a substituição deles pelos bons fluidos, mesmo com a aplicação de pas-ses sucessivos.

Para livrá-lo do monoideísmo, ou seja, do estado patológico caracterizado pela tendência de uma pessoa retornar sempre em seu pen-samento em sua palavra a um só tema, Allan Kardec ressalta que, além do mecanismo dos fluidos, devemos agir sobre o ser inteligente, mudando-lhe o teor dos pensamentos.

Não existe a chamada possessão, literal-mente falando.

Kardec até expressa situações em que a palavra é utilizada, mas deixa claro que ne-nhum Espírito pode efetivamente "possuir" o corpo de alguém, já que o encarnado está com-pletamente ligado ao seu corpo físico, célula a célula, considerando corpo físico e perispírito.

Não existe uma obsessão "boa", pois ne-nhum constrangimento pode ser considerado "bom" por subtrair da criatura seu livre-arbí-trio, ainda que seja de forma parcial.

Para curar-se de uma obsessão é preciso mudar as atitudes e o comportamento.

É o esforço para pensar no bem quando toda a circunstância nos leva a pensar no mau.

Para isso é preciso buscar o auxílio do Evangelho, dos passes, dos tratamentos espi-rituais que existem em Casas Espíritas.

O conhecimento sobre a mediunidade, a Vida Espiritual, o Evangelho de Jesus e de si mesmo são fundamentais para que se possa libertar de um processo obsessivo.

Então, disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se permanecerdes na minha Pala-vra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos liber-tará." João 8, 31 e 32

Mensagem recebida em 17 de novembro de 2014

Herculanum

Grande felicidade, suprema ventura, espe-cialmente a que se goza no céu.

Para a teologia, são as oito bênçãos (beati-tudes) com cuja exposição deu Cristo princípio ao Sermão da Montanha.

A Bem-Aventurança é uma declaração de bênção com base em uma virtude ou na boa sorte. A fórmula se inicia com "bem-aventura-do aquele..."

Com Jesus toma a forma de um parado-xo: a bem-aventurança não é proclamada em virtude de uma boa sorte, mas exatamente em virtude de uma má sorte: pobreza, fome, dor, perseguição.

As bem-aventuranças constituem uma mensagem divina aos homens de todas as ra-ças e de todas as épocas, destinada a servir-lhes de roteiro, rumo à perfeição.

Gandhi, ao ser indagado sobre o Evangelho de Jesus, diz: "Se tudo o mais do Evangelho for perdido e ficar somente as bem-aventuran-ças, o cristão em nada ficará prejudicado, pois nestas oito regras estão todos os fundamen-

tos para uma mudança comportamental eficaz".

Quais são aquelas citadas por Jesus?"Bem-aventurados os pobres de espí-

rito, porque deles é o reino dos céus.Bem-aventurados os que choram,

porque serão consolados.Bem-aventurados aqueles que são

brandos e pacíficos, porque herdarão a Terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque alcançarão mise-ricórdia.

Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus.Bem-aventurados os que sofrem perse-

guição pela justiça, porque o reino dos céus é para eles.

Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Re-gozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós." (Mateus, 5, 1 a 12)

O Reino dos Céus ou Reino de Deus é um estado de felicidade proporcional ao grau de perfeição adquirido.

É a imensidade da virtude. É o estado de sublimação da Alma em vir-

tude de sua obediência às Leis Naturais.O Reino dos Céus "não é deste mundo". Quer dizer, ele não será encontrado na sa-

tisfação de nossos desejos materiais, no nosso gozo terreno.

Ele está em nosso interior, em nosso mun-do íntimo.

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3EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO 2014

Jesus no Larblog do nept

Neste Natal, nada melhor que evocar a lembrança de Jesus:O culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem.O homem aperfeiçoado ilumina a família.A família iluminada melhora a comunidade.A comunidade melhorada eleva a nação.O homem evangelizado adquire compreensão e amor.A família iluminada conquista entendimento e harmonia.A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.O fenômeno deslumbra. O raciocínio indaga.Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.Imprescindível conhecer o próprio destino.Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.É necessário clarear o caminho.Do Evangelho no lar, depende o aprimoramento do homem.Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.

Fonte: Blog do Nept – 25/12/2010 / Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Nosso Livro.Ditado pelo Espírito Emmanuel.

Colaboração: Augusto Tanaka

Jesus e a CaridadeAntes de Jesus, a carida-

de é desconhecida.Os monumentos das ci-

vilizações antigas não se re-portam à divina virtude.

Os destroços do palácio de Nabucodonosor, no solo em que se erguia a grandeza de Babilônia, falam simples-mente de fausto e poder que os séculos consumiram.

Nas lembranças do Egito glorioso, as Pirâ-mides não se referem à compaixão.

As muralhas da China traduzem a preocu-pação de defesa.

Nos velhos santuários da Índia, o Todo-Po-deroso é venerado por milhões de fiéis, indis-cutivelmente sinceros, mas deliberadamente afastados dos semelhantes, nascidos na condi-ção de párias desprezíveis.

A acrópole de Atenas, com as suas colunas respeitáveis, é louvor à inteligência.

O coliseu de Vespasiano, em Roma, é mo-numento levantado ao triunfo bélico, para as expansões da alegria popular.

Por milênios numerosos, o homem admi-tiu a hegemonia dos mais fortes e consagrou-a através da arte e da cultura que era suscetível de criar e desenvolver.

Com Jesus, porém, a paisagem social expe-rimenta decisivas alterações.

O Mestre não se limita a ensinar o bem. Desce ao convívio com a multidão e materiali-za-o com o próprio esforço.

Cura os doentes na via pública, sem ceri-moniais, e ajuda a milhares de ouvintes, am-parando-os na solução dos mais complicados problemas de natureza moral, sem valer-se das etiquetas do culto externo.

Lega aos discípulos a parábola do bom sa-maritano, que exalta a missão sublime da cari-dade para sempre.

A história é simples e expressiva.Transmite Lucas a palavra do Celeste

Orientador, explicando que “descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que o despojaram, espancando-o e deixando-o semimorto. Ocasionalmente, pas-

sava pelo mesmo caminho um sacerdote e, vendo-o, passou de largo. E, de igual modo, também um levita, abordan-do o mesmo lugar e obser-vando-o, passou à distância. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, reparando-o, moveu-se de íntima piedade. Abeirando-se do infortunado, aliviou-lhe as

feridas e, colocando-o sobre a sua cavalgadura, cuidadosamente asilou-o numa estalagem”.

Vemos, dentro da narrativa, que o Senhor situa no necessitado simplesmente “um ho-mem”.

Não lhe identifica a raça, a cor, a posição social ou os pontos de vista.

Nele, enxerga a Humanidade sofredora, ca-rente de auxílio das criaturas que acendam a luz da caridade, acima de todos os preconcei-tos de classe ou de religião.

Desde aí, novo movimento de solidariedade humana surge na Terra.

No curso do tempo, dispersam-se os após-tolos, ensinando, em variadas regiões do mun-do, que “mais vale dar que receber”.

E, inspirados na lição do Senhor, os van-guardeiros do bem...

substituem os vales, da imundície pelos hospitais confortáveis; combatem vícios multi-milenários, com orfanatos e creches; instalam escolas, onde a cultura jazia confiada aos es-cravos; criam institutos de socorro e previdên-cia, onde a sociedade mantinha a mendicância para os mais fracos.

E a caridade, como gênio cristão na Terra, continua crescendo com os séculos, através da bondade de um Francisco de Assis, da dedica-ção de um Vicente de Paulo, da benemerência de um Rockfeller ou da fraternidade do com-panheiro anônimo da via pública, salientando, valorosa e sublime, que o Espírito do Cristo prossegue agindo conosco e por nós.

Fonte-Livro ROTEIRO –Francisco C. Xa-vier – ditado pelo Espírito Emmanuel

Colaboração: Magnolia Mamede

Doações de AlimentosProdutos Necessários à Cesta Básica

Produto Emb. Total NecessárioAchocolatado 400 g 25Açúcar 1 Kg 50Arroz 5 Kg 50Bolachas (docesou Salgadas) 200 g 65Café 500 g 25Creme Dental 90 g 25Ervilha (Lata) 200 g 40Extrato de Tomate 140 g 40Farinhas (milhoou mandioca) 500 g 25Farinha de Trigo 1 kg 25Feijão 1 kg 50Fubá 500 g 50Gelatina Cx 65Leite em Pó 400 g 25Macarrão 500 g 65Óleo de Soja 900 ml 40Sabonete 90 g 50Sal 1 Kg 25Sardinha 130 g 40Vinagre 750 ml 25

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4 EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO 2014

meimei MOCIDADE

A Necessidade do Esforço A Caridade e a Disciplina

dica de leitura

O LIVRO DOS MEDIUNS

Lindos Casos de Bezerra de Menezes

No momento em que falamos de caridade e fra-ternidade nos vem à mente a figura de Dr. Bezerra de Menezes. Incansavelmente, até nos dias atuais ele e sua equipe suporta a família humana em seus mais variados dramas e sofrimentos.

Nesta obra Ramiro Gama nos brinda com al-guns casos notórios do “médico dos pobres”, para que nos sirvam de exemplo de humildade, carida-de e amor ao próximo.

Apresenta criteriosa pesquisa sobre a vida e obra de Bezerra de Menezes, incluindo entrevista com D. Fausta Bezerra Silva, sua sobrinha-neta. Maravilhosas passagens vivenciadas por ele, reple-tas de seiva evangélica, nobres sentimentos e apri-morado amor cristão à causa salvadora de Jesus. Mais de cem casos que evidenciam seu exercício ao amor, perdão, tolerância, fé e dedicação.

Colaboração: Eduardo Alvarez

Conta-se que, no principio da vida terres-tre, o alimento das criaturas era encontrado como oferta da Divina Providência, em toda parte.

Em troca de tanta bondade, o Pai Celeste rogava aos corações mais esforço no aperfeiço-amento da vida.

O povo, no entanto, observando que tudo lhe vinha de graça, começou a menosprezar o serviço.

O mato inútil cresceu tanto, que invadia as casas, onde toda a gente se punha a comer e dormir.

Ninguém desejava aprender a ler.A ferrugem, o lixo e o mofo apareciam em

todos os lugares.Animais, como os cães que colaboram na

vigilância, e aves, como os urubus que auxi-liam nas obras de limpeza, eram mais prestati-vos que os homens.

Vendo que ninguém queria corresponder à confiança divina, o Pai Celestial mandou re-tirar as facilidades existentes, determinando que os habitantes da Terra se esforçassem na conquista da própria manutenção.

Desde esse tempo, o ar e a água, o Sol e as flores, a claridade das estrelas e o luar conti-nuaram gratuitos para o povo, mas o trabalho forçado da alimentação passou a vigorar como

sendo uma lei para todos, porque, lutando para sustentar-se, o homem melhora a terra, limpa a habitação, aprende a ser sábio e ga-rante o progresso.

Deus dá tudo.O solo, a chuva, o calor, o vento, o adubo e

a orientação constituem dádivas dEle à Terra que povoamos e que devemos aprimorar, mas o preparo do pão de cada dia, através do nosso próprio suor e da nossa própria diligência, é obrigação comum a todos nós, a fim de que não olvidemos o nosso divino dever de servir, incessantemente, em busca da Perfeição.

Fonte: Livro Pai Nosso-Meimei/ Chico Xavier

Colaboração: Mocidade

A Doutrina Espírita tem suas bases funda-mentadas em todo o trabalho de uma Equipe (com “E” maiúsculo) de Espíritos (sempre com “E” maiúsculo) que, sob a égide de Jesus (O Es-pírito da Verdade), primou em estabelecer princí-pios sem os quais a própria Doutrina não teria de onde partir e nem mesmo para onde ir.

A Caridade e a Fraternidade, sendo esta con-seqüência da primeira, brilham no vértice da me-todologia e direção da proposta Espírita, por si só, cristã, até mesmo por conta de que, para ser cristã, deve defender o princípio da Caridade e da Fraternidade, e, por defender tais princípios, pode ser cristã, já que há várias outras, defen-didas por prepostos do Cristo, que não se denominam cristãs, embora, vale lembrar, tenham diretrizes equivalentes.

Então, praticando o Espiri-tismo, deve haver uma preocu-pação fundamental com relação à Caridade: como praticar o Es-piritismo, sem que se pratique a Caridade? Resposta: não há como! Ambos interligam-se fun-damentalmente. Entretanto, para que se possa ter em mente o sincero desejo de se conhecer e praticar os dois, há um pré-requisito fundamen-tal: a Disciplina.

Sem Disciplina, não há como chegar-se à Caridade e, menos ainda, ao Espiritismo, pois, a Doutrina codificada por Allan Kardec é profun-damente esclarecedora, marcada por luzes extre-madas que indicam o caminho para que se pos-sa alcançar a libertação individual e produzir em larga escala em benefício do próximo e de todos, mas, ao esclarecer, imbui ou atribui, a quem ve-nha se iluminar de uma característica marcante, que é a Responsabilidade.

Aprendizado, conhecimento, esclarecimento,

Responsabilidade e Disciplina: este o caminho para que se possa praticar a Caridade e a Fra-ternidade. Há um encadeamento bastante lógico neste campo, como se pode ler no início deste parágrafo!

Como praticar a Caridade, sem Disciplina? A desorganização permite a correta prática do Evangelho? O esquecimento das questões de ordem facilitam o processo de distribuição de cestas básicas? De sopa nas ruas? De alimentos para os famintos? De enxovais para gestantes? De uma palavra de consolo para o Espírito de-sencarnado que vem pedir auxílio em uma ses-são de assistência espiritual? Há como atender a

um desesperado, se não houver ordem e respeito por ele mesmo e pelo local onde ele precisará ser atendido? A Educação Es-pírita Infanto-Juvenil pode ser praticada, os jovens podem ser educados sem que se dê exem-plo de Disciplina? Aliás, o jovem não é o maior necessitado deste exemplo? Com que diretrizes ele poderá seguir sua Vida, se não

tiver uma Educação Disciplinar?Respeitar o ambiente da Casa Espírita, con-

trolar o volume de voz, afastar dos costumes equivocados, os comentários desnecessários, a maledicência, a maldade, as críticas destrutivas (pois as construtivas são necessárias), respeitar horários em todas as atividades,são fundamen-tos extremamente importantes a serem obser-vados e aplicados na Casa Espírita para que se possa manter o trabalho em equilíbrio e para que se possa praticar a Caridade efetiva.

Postado por Carlos Rey no Blog do Nept em 09 de fevereiro de 2009

Colaboração: Edna Villaça Souza

Sobre o Espiritismo

O Cristo mesmo é quem preside os tra-balhos de toda natureza que estão em vias de realização, para vos abrir a era de reno-vação e aperfeiçoamento que vos foi predita pelos vossos guias espirituais. Se, com efeito, lançardes os olhos, além das manifestações espíritas, sobre os acontecimentos contem-porâneos, reconhecereis sem qualquer difi-culdade os sinais precursores que vos pro-vam, de maneira indubitável, que os tempos são chegados.

Estabelecem-se as comunicações entre to-dos os povos; as barreiras materiais são der-

rubadas, os obstáculos morais que impedem a sua união e os preconceitos políticos e religio-sos desaparecerão rapidamente. Assim o reino da fraternidade se estabelecerá de maneira sólida e durável. Observai desde já que os próprios soberanos, impelidos por mão invisível, tomam, coisa inacreditável para vós, a inicia-tiva das reformas. As reformas que partem de cima, de maneira espontânea, são mais rápidas e duráveis que as que procedem de baixo, arrancadas pela força.

Apesar dos prejuízos de cria-ção e de educação, malgrado o oculto da tradição, eu já havia pressentido a época atual. Por isso sou feliz, e mais feliz ainda

de poder vir aqui e vos dizer: Irmãos, cora-gem! Trabalhai por vós e para o futuro dos vossos; trabalhai sobretudo para vos melho-rardes pessoalmente e podereis desfrutar, na vossa próxima existência, de uma felicidade tão difícil de imaginar agora quanto a mim de vo-la fazer compreender.

CHATEAUBRIAND

Fonte: O LIVRO DOS MÉDIUNS Cap. XXXI – Dissertações Espíritas – item II

Colaboração: Mocidade.

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5EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO 2014

o livro dos espíritos

Caridade e Amor ao Próximo

Obras básicas fonte viva

A Caridade Com Amor

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

— Benevolência para com todos, indulgên-cia para as imperfeições alheias, perdão das ofensas.

Agradecemos a São Vicente de Paulo pela bela e boa comunicação que consentiu nos dar. - Gostaria que fosse proveitosa a todos.

Poderíeis nos permitir algumas perguntas complementares, a respeito do que acabais de nos dizer?

- Eu o desejo muito; meu objetivo é vos es-clarecer; perguntai o que quiserdes.

1. A caridade pode entender-se de dois mo-dos: a esmola propriamente dita, e o amor aos semelhantes. Quando nos dissestes que é pre-ciso deixar seu coração abrir ao pedido do in-feliz que nos estende a mão, sem perguntar se sua miséria não é fingida, não quisestes falar da caridade do ponto de vista da esmola?

- R. Sim, unicamente nesse parágrafo.2. Dissestes que é preciso deixar à justiça

de Deus a apreciação da miséria fingida; pare-ce-nos, entretanto, que dar sem discernimento às pessoas que não têm necessidade, ou que poderiam ganhar sua vida por um trabalho honroso, é encorajar o vício e a preguiça. Se os preguiçosos encontrassem, muito facilmente, a bolsa dos outros aberta, eles se multiplica-riam ao infinito, em prejuízo dos verdadeiros infelizes.

- R. Podeis discernir aqueles que podem trabalhar, e então a caridade vos obriga tudo fazer para lhes proporcionar trabalho; mas há, também, pobres mentirosos que sabem simu-lar o jeito das misérias que não têm; é para es-tes que é preciso deixar a Deus toda a justiça.

3. Aquele que não pode dar senão cinco francos, e deve escolher entre dois infelizes que lhe pedem, não tem razão em perguntar, quem tem, realmente, maior necessidade, ou deve dar sem exame ao primeiro que chega?

- R. Deve dar àquele que pareça ser o mais sofredor.

4. Não se pode considerar, também, como fazendo parte da caridade, a maneira de pra-ticá-la?

- R. É, sobretudo, na maneira pela qual se presta o serviço, que a caridade é verdadeira-mente meritória; a bondade é, sempre, o indí-cio de uma alma bela.

5. Que gênero de mérito concedeis àqueles que chamam benfeitores ásperos?

- R. Não fazem o bem senão pela metade. Re-

cebem seus benefícios, mas eles não comovem.6. Jesus disse: "Que vossa mão direita não

saiba o que dá a vossa mão esquerda." Aqueles que dão por ostentação têm alguma espécie de mérito?

- R. Não têm senão o mérito do orgulho, pelo qual serão punidos.

7. A caridade cristã, em sua mais larga acepção, não compreende também a doçura, a benevolência e a indulgência pelas fraquezas alheias?

- R. Imitai Jesus; Ele vos disse tudo isso; escutai-o mais do que nunca.

8. A caridade é bem intencionada quando feita exclusivamente entre as pessoas de uma mesma seita, ou de um mesmo partido?

- Não; é sobretudo esse Espírito de seita e de partido que é preciso abolir, porque todos os homens são irmãos. É sobre essa questão que concentramos nossos esforços.

9. Suponho um indivíduo que vê dois ho-mens em perigo; deles não pode salvar senão um, mas um é seu amigo e o outro seu inimigo; a quem deve salvar?

- Deve salvar seu amigo, porque esse amigo podia reclamar daquele que crê amá-lo; quanto ao outro, Deus se encarregará dele.

Fonte: Revista Espírita de 1858- A Cari-dade (Pelo Espírito São Vicente de Paulo)

Colaboração: Mocidade

Comentário de Kardec: O amor e a carida-de são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possí-vel, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como irmãos”.

A caridade, segundo Jesus, não se restrin-ge à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio,

ao contrário do que comumente se pratica. Se um rico nos procura, atendemo-lo com excesso de consideração e atenção, mas se é um pobre, parece que não nos devemos incomodar com ele. Quanto mais, entretanto, sua posição é lastimá-vel, mais devemos temer aumentar-lhe a desgra-ça pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.

887. Jesus ensinou ainda: “Amai aos vos-sos inimigos”. Ora, um amor pelos nossos ini-migos não é contrário às nossas tendências na-

turais, e a inimizade não provém de uma falta de simpatia entre os Espíritos?

— Sem dúvida não se pode ter, para com os inimigos, um amor terno e apaixonado. E não foi isso que ele quis dizer. Amar aos inimi-gos é perdoá-los e pagar-lhes o mal com o bem. É assim que nos tornamos superiores; pela vin-gança nos colocamos abaixo deles.

Fonte: O LIVRO DOS ESPÍRITOS: – Li-vro III – As Leis Morais – Cap. XI

Colaboração: Igor da Silva Bispo

"E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vinculo da perfeição." - Paulo.

(COLOSSENSES, 3:14.)Todo discípulo do Evangelho precisará co-

ragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo.

Nenhum dispensará as armaduras da fé, a fim de marchar com desassombro sob tem-pestades.

O caminho de resgate e elevação permane-ce cheio de espinhos.

O trabalho constituir-se-á de lutas, de sofrimentos, de sacrifícios, de suor, de tes-temunhos.

Toda a preparação é necessária, no capitu-lo da resistência; entretanto, sobre tudo

isto é indispensável revestir-se nossa alma de caridade, que é amor sublime.

A nobreza de caráter, a confiança, a bene-volência, a fé, a ciência, a penetração, os dons e as possibilidades são fios preciosos, mas o

amor é o tear divino que os entrelaçará, tecen-do a túnica da perfeição espiritual.

A disciplina e a educação, a escola e a cul-tura, o esforço e a obra, são flores e frutos na árvore da vida, todavia, o amor é a raiz eterna.

Mas, como amaremos no serviço diário?Renovemo-nos no espírito do Senhor e

compreendamos os nossos semelhantes.Auxiliemos em silêncio, entendendo a situ-

ação de cada um, temperando a bondade com a energia, e a fraternidade com a justiça.

Ouçamos a sugestão do amor, a cada pas-so, na senda evolutiva.

Quem ama, compreende; e quem compre-ende, trabalha pelo mundo melhor.

Fonte: Coleção Fonte Viva- “Vinha de Luz”. Emmanuel,

Psicografia de FranciscoCândido Xavier

Colaboração: Guilherme Mota

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6 EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO 2014

Antes do Berçoandre luiz

Divaldo Franco

cASOS DE CHICO

A Caridade e a Oração

Antes do berço, na Espiritualidade, exami-nando suas próprias necessidades de aperfei-çoamento terá você pedido:

A deficiência corpórea que induza à eleva-ção de sentimentos;

A enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;

Essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;

Determinada mutilação que lhe iniba o ar-rastamento à agressividade exagerada;

O complexo psicológico que lhe renove as ideias;

O lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;

O traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer

inquietações de orgulho;

O reencontro com os adversários do passa-do, então na forma de parentes

difíceis, atendendo resgate de antigos dé-bitos;

A impossibilidade temporária para a obten-ção de um título acadêmico, de modo a fremir-se contra desmandos intelectuais;

Internação passageira em ambiente de pauperismo, de maneira a desenvolver a pró-pria habilitação no trabalho pessoal.

Aceite as dificuldades e desafios da existên-cia, porque, na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos an-seios de reajuste e sublimação.

Livro: Respostas da Vida - André Luiz - Psicografia: Francisco C. Xavier

Colaboração: Mocidade

O “Centro Espírita Luiz Gonzaga” ia se-guindo em frente...

Certa feita, alguns populares chegaram à reu-nião pedindo socorro para um cego acidentado.

O pobre mendigo, mal guiado por um com-panheiro ébrio, caíra do viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Mato-zinhos, precipitando-se ao solo, de uma altura de quatro metros.

O guia desaparecera e o cego vertia sangue pela boca, sozinho, sem ninguém...

Chico alugou pequeno pardieiro, onde o enfermo foi asilado para tratamento médico.

Caridoso facultativo receitou, graciosa-mente.

Mas o velhinho precisava de enfermagem.O médium velava junto dele à noite, mas

durante o dia precisava atender às próprias obrigações na condição de caixeiro de José Fe-lizardo.

Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal em Pedro Leopoldo. Chico provi-denciou para que fosse publicada uma solici-tação, rogando o concurso de alguém que pu-desse prestar serviços ao cego Cecílio durante o dia, porque à noite ele próprio se responsabi-lizaria pelo doente.

Alguém que pudesse ajudar.Não importava que o auxílio viesse de espí-

ritas, católicos ou ateus.Seis dias se passaram sem que ninguém se

oferecesse.Ao fim de uma semana, porém, duas mere-

trizes muito conhecidas na cidade se apresen-taram e disseram-lhe:

─ Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir...

─ Ah, como não? – replicou o médium –

Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade.

Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico, ao pé do enfermo.

Decorrido um mês, quando o cego se res-tabeleceu, reuniram-se pela derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz.

Quando o Chico terminou a oração de agra-decimento a Jesus, os quatros choravam.

Então uma delas disse ao médium:─Chico, a prece modificou a nossa vida.

Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.

E uma passou a trabalhar numa tintura-ria, desencarnando anos depois e a outra con-quistou o título de enfermeira, vivendo respei-tada e feliz.

Do Livro: Lindos Casos de Chico Xavier por Ramiro Gama.

Colaboração: Santina

Celebração de NatalA prepotência da força gerara a arbitrarieda-

de do poder. O mundo era, então, um espólio fá-cil nas garras dos insaciáveis esbulhadores.

Homens, mulheres e crianças facilmente transitavam de mão em mão sob a canga de vil cativeiro, cujas rédeas eram conduzidas pela im-piedade triunfante no carro da guerra...

A ostentação e a miséria, a opulência e a sor-didez, a exuberância do desperdício e a escassez de recursos constituíam contrastes aparvalhan-tes naqueles dias...

Dominadores de uma hora tombavam, logo depois, desfilando como hilotas ou sucumbiam asfixiados nos rios de sangue em que se com-praziam...

Intrigas na política de César, desídias nas hostes poderosas, desmandos criminosos e con-ciliábulos argentários confraternizavam disfar-çados com as tricas religiosas, as disputas pela primazia e as ambições desmedidas, fazendo que a alma dos povos sofresse o jugo do pulso férreo dos títeres do mundo e a mão veludosa, porém, traiçoeira, dos mandatários da fé.

A felicidade se consubstanciava na fortuna enganosa de um dia, no sorriso de um momento, logo convertidos em miséria de largo período e esgar de contínua contração facial.

Nenhuma fanfarra apregoadora. Festividade alguma entoando alvíssaras.

Nem palácio, nem berço de ouro.Anunciado por profetas e anjos, Ele era espe-

rado como o Justiçador.Os que O aguardavam transferiam para Ele

os métodos da violência e da subjugação com que esperavam submeter os outros homens, vencen-do os povos e os humilhando vergonhosamente.

...Ele, todavia, elegeu o altar de uma lapa e o império imensurável da Natureza para apresen-tar-se aos homens.

Somente alguns poucos ouviram a melo-dia angélica e perceberam o lucilar da estrela indicadora, saudando o Seu advento e a Sua jornada.

Sua vida, no entanto, modificou a estrutura moral e espiritual da Humanidade desde então.

Esperança dos infelizes, fez-se porto de se-

gurança dos desesperados. A partir daquele mo-mento, em quaisquer conjunturas, Jesus é o alfa e o ômega das criaturas terrenas, apontando as direções seguras para a paz e a felicidade.

De certo modo, ante a semelhança destes tempos com aqueles dias, não te distraias nas exterioridades frívolas com que recordam o nas-cimento do Senhor.

Esparze em derredor a luz da alegria, o bálsamo do consolo e o pão da bondade, ce-lebrando o Natal com as mãos da caridade e os tesouros do amor, de modo a transformares o coração num altar e a alma na sede do Seu reino, donde Ele possa novamente apresentar-se, por teu intermédio, aos desditosos, recons-truindo a vida sob a excelsa sinfonia dos anjos a repetirem:

Glória a Deus nas alturas; paz aos homens de boa vontade!

Joanna de Ângelis

Fonte: www.divaldopereirafranco.com.brColaboração: Julia Temer

Page 7: O CONSOLADOR - 65

7EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO 2014

E para o resto da vida O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

A Tábua O Necessário para Salvar-se– O Bom Samaritano

PRECE

Em Oração

Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes con-trárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna. Bem-aventurados, diz ele, os pobres de espírito, - quer dizer: os hu-mildes, - porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados os que tem coração puro; bem-aven-turados os mansos e pacíficos; bem-aventurados os misericordiosos. Amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros os que desejaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação: julgai-vos a vós mesmos antes de jul-gar os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar, e o de que ele mesmo dá o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não cessa de combater. Mas ele fez mais do que recomendar a caridade, pondo-a claramente, em termos explí-citos, como a condição absoluta da felicidade fu-tura.

No quadro que Jesus apresenta, do juízo final, como em muitas outras coisas, temos de separar o que pertence à figura e à alegoria. A homens como aos que falava, ainda incapazes de compreender as coisas puramente espiritu-ais, devia apresentar imagens materiais, sur-preendentes e capazes de impressionar. Para que fossem melhor aceitas, não podia mesmo afastar-se muito das idéias em voga, no tocan-te à forma, reservando sempre para o futuro a verdadeira interpretação das suas palavras e

dos pontos que ainda não podia explicar cla-ramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade que espera o justo e da infeli-cidade reservada ao mau os considerandos da sentença? Sobre o que baseia a inquirição? Per-gunta o juiz se foram atendidas estas ou aquelas formalidades, observadas mais ou menos estas ou aquelas práticas exteriores? Não, ele só per-gunta por uma coisa: a prática da caridade. E se pronuncia dizendo: “Passai à direita, vós que so-correstes aos vossos irmãos; passai à esquerda , vós que fostes duros para com eles”. Indaga pela ortodoxia da fé? Faz distinção entre o que crê de uma maneira, e o que crê de outra? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que tem amor ao próximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade. Jesus não faz, portanto, da caridade, uma das condições da salvação, mas a condição única. Se outras devessem ser preenchidas, ele as mencionaria. Se ele coloca a caridade na primeira linha entre as virtudes, é porque ele encerra implicitamente todas as ou-tras: a humildade, a mansidão, a benevolência, a justiça etc; e porque é ela a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiri-tismo, Allan Kardec,;

Cap. XV – Fora da Caridade Não Há Salvação

Colaboração: Raphael Kobayashi

Quando menino eu era traquinas, rabu-gento, respondia a tudo que me dissessem e não contribuía absolutamente para que nossa casa fosse um paraíso. Muito pelo contrário!

Meus pais me aconselhavam com paciência infinita e com muito amor sem que eu, entre-tanto, seguisse os seus conselhos.

Um dia papai me chamou para conversar-mos. Eu tinha feito diabruras de toda espécie e pensei que ele tinha perdido a paciência e ia, ou dar-me uma surra, ou um castigo e uma repreensão.

Ele, todavia, não fez nada disso. Não pare-cia aborrecido e simplesmente me disse:

-Filho, eu percebo que você não tem ideia do que é a sua conduta. Mas pensei em algo que poderá mostrar-lhe isso muito bem. É uma brincadeira, mas poderá ajuda-lo muito. Venha comigo.

Levou-me à sua improvisada oficina de tra-balho. Lá dentro falou-me:

-Veja, tenho aqui uma tábua nova, lisa e

bonita. Todas as vezes que você desobedecer ou tiver uma ação indevida, espetarei um prego nela.

Pobre tábua! Em breve estava crivada de pregos! Mas, a cada vez que eu ouvia meu pai batendo o martelo, sentia um aperto por den-tro. Não era só a perda daquela tábua tão bo-nita, aquilo era, também, uma humilhação que eu mesmo me infringia.

Até que um dia, quando já havia pouco es-paço para outros pregos, eu me compadeci da tábua e desejei, de todo o coração, vê-la nova, bonita e polida como era. Fui correndo fazer essa confissão a meu pai e ele, fingindo ter pensado um pouco, me disse:

-Podemos tentar uma coisa. De cada vez que você se portar bem, em qualquer situação, eu arranco um prego. Vamos experimentar.

Fonte: E para o Resto da VidaColaboração: Audria Naomi

Plaza Yamasaki

Senhor, ensina-nos a respeitar a força do direito alheio na estrada do nosso dever. Ante as vicissitudes do caminho, recorda-nos de que no supremo sacrifício da Cruz, entre o escárnio da multidão e o desprezo da Lei, erigiste um monumento à justiça, na grandeza do amor.

Ajuda-nos, assim, a esquecer todo o mal, cultivando a árvore generosa do perdão. Esti-mula-nos à claridade do bem sem limites, para que o nosso entusiasmo na fé não seja igual a ligeiro meteoro riscando o céu de nossas es-peranças, para apagar-se depois... Concede-

nos a felicidade ímpar de caminhar na trilha do auxílio porque, só aí, através do socorro aos nossos irmãos, aprendemos a cultivar a pró-pria felicidade. Tu que nos ensinastes sem pa-lavras no testemunho glorioso da crucificação, ajuda-nos a desculpar incessantemente, traba-lhando dentro de nós mesmos pela transforma-ção do nosso espírito, na sucessão do tempo, dia-a-dia, noite-a-noite, a fim de que, lapidado, possamos apresentá-lo a Ti no termo da nossa jornada.

Ajuda-nos, Divino Companheiro, a pisar em

espinhos sem reclamação, vencendo as dificul-dades sem queixas, pois é vivendo nobremente que fazemos jus a uma desencarnação honra-da como pórtico de uma ressurreição gloriosa.

Senhor Jesus, ensina-nos a perdoar, aju-dando-nos a esquecer todo o mal, para sermos dignos de Ti!

Manoel Philomeno de Miranda (Espírito) / psicografia de Divaldo Franco.

Livro: Nos Bastidores da ObsessãoColaboração: Monica Kraft

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8 EDIÇÃO 65 - DEZEMBRO 2014

NE

PT -

Ati

vida

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s e

Med

iún

icas 2ª-FEIRA 3ª-FEIRA 4ª-FEIRA

5ª-FEIRA6ª-FEIRA

SÁBADO

SÁBADO, DOMINGO E FERIADOS

18:00 ÀS 21:00 HORASAPLICAÇÃO DE PASSE

18:00 HORASTRATAMENTO COLETIVO

19:00 ÀS 20:00 HORASPASSE LOCALIZADO

19:00 HORASESTUDO: LIVRO DOS MÉDIUNS

19:30 HORASSESSÃO DE PSICOFONIA

ESTUDO: O LADO BOM DOSSEUS PROBLEMAS

20:15 HORASESTUDO: AS LEIS MORAIS

E CIRURGIA MORAL

20:30 HORASTRATAMENTO INDIVIDUAL

18:00 ÀS 21:00 HAPLICAÇÃO DE PASSE

18:30 ÀS 21:30 HLEITURA FRATERNA

18:30 HORASATENDIMENTO MEDIÚNICO

19:00 HORASTRATAMENTO INDIVIDUAL

18:00 ÀS 21:00 HORASAPLICAÇÃO DE PASSE

18:00 HORASSESSÃO DE PSICOGRAFIA

19:00 HORASSESSÃO DE PSICOFONIA

ESTUDOS: O LIVRO DOS ESPÍRITOSO ESPÍRITO DO CRISTIANISMO

20:00 HORASESTUDO: O CONSOLADOR

ESTUDO: ARMADILHAS DA MENTE

21:00 HORASVIBRAÇÕES E TRATAMENTOS

18:00 ÀS 21:00 HORASAPLICAÇÃO DE PASSE

18:00 ÀS 19:00HPASSE LOCALIZADO

18:3O HORASESTUDO: A GÊNESE

19:00 HORASSESSÃO MEDIÚNICA

ESTUDOS: EURÍPEDES E A MISSÃO. MENSAGEIROS DO BEM

REVOLUCIONE SUA QUALIDADE DE VIDA

20:00 HORASTRATAMENTO INDIVIDUAL

ESTUDO: OBRAS DE ANDRÉ LUIZ

16:00 ÀS 21:00 HORASAPLICAÇÃO DE PASSE

16:00 HORASTRATAMENTO COLETIVO

19:00 HORASSESSÃO DE PSICOGRAFIATRATAMENTO COLETIVO

19:30 ÀS 21:30 HORASCURSO DE INGLÊS

19:45 HORASESTUDO: O LADO BOM DOS

SEUS PROBLEMAS

20:30 HORASSESSÃO PSICOFONIA

9:00 ÀS 13:50 HORASAULA DE VIOLINO

13:30 ÀS 17:00 HORASAPLICAÇÃO DE PASSE

13:30 ÀS 15:15 HORAS

TRATAMENTO INDIVIDUAL

13:00 ÀS 14:50 HORASAULA DE VIOLÃO E

GRUPO VOCAL CHIQUINHA GONZAGA

14:00 HORASESTUDO: O LIVRO DOS ESPÍRITOS

15:00 ÀS 16:00 HORASEDUCAÇÃO ESPÍRITA - MOCIDADE (15

ANOS EM DIANTE)EDUCAÇÃO ESPÍRITA - CICLO 4

(11 A 15 ANOS)ESTUDO: OBRAS DE ANDRÉ LUIZ

16:00 HORASEDUCAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL

(CICLOS 1,2 E 3) PALESTRA

17:00 HORASSESSÃO MEDIÚNICA

MANHÃ - DISTRIBUIÇÃO DO CAFÉ FRATERNO

(NA COMUNIDADE)

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