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Santa Gertrudes - SP, outubro de 2016 Marsis Cabral Junior Seção de Recursos Minerais e Tecnologia Cerâmica - SRM / CT-Obras O Conceito de Ordenamento Territorial com Ênfase às Atividades de Mineração: Contexto do APL de Santa Gertrudes SP

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Santa Gertrudes - SP, outubro de 2016

Marsis Cabral Junior

Seção de Recursos Minerais e Tecnologia Cerâmica - SRM / CT-Obras

O Conceito de Ordenamento Territorial com

Ênfase às Atividades de Mineração:

Contexto do APL de Santa Gertrudes – SP

SUMÁRIO

1. Conceitos e Fundamentos Legais

Ordenamento Territorial

Ordenamento Territorial Geomineiro - OTGM

Zoneamento Minerário

Plano Diretor de Mineração

2. Abordagem Metodológica

Fatores condicionantes na formulação do OTGM

Fatores Intervenientes

Fatores Críticos

Matriz de Procedimentos e Operações

3. Aplicação no APL Mínero-Cerâmico de Santa Gertrudes: produtos e

resultados

Ordenamento Territorial: Antecedentes

O Ordenamento Territorial começou a ser implantado na Alemanha e no

Reino Unido, na década de 1920, com objetivos inicialmente voltados quase

que exclusivamente ao controle do desenvolvimento urbano.

A concepção de políticas públicas envolvendo o planejamento da

ocupação do território data da década de 1950 - iniciativa pioneira de sua

instituição no plano federativo efetuada pelo governo francês.

A consideração dos recursos minerais como fator a ser ponderado no

processo de regulação do aproveitamento e ocupação racional e

sustentável dos territórios é mais recente, ganhando maior espaço,

sobretudo, a partir dos anos 2000.

Marcos Constitucionais

No Brasil, os preceitos do ordenamento territorial foram introduzidos

legalmente a partir da Constituição Federal de 1988:

Art.21: Compete à União..., inciso IX: "elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social".

Art.30: Compete aos Municípios..., inciso VIII: "promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano".

Ordenamento Territorial

Pelos textos constitucionais, depreende-se claramente que há

uma vinculação legal dos planos de ordenamento aos de

desenvolvimento socioeconômico nos diversos recortes

geográficos.

Estende aos municípios, como células básicas das aptidões,

demandas e limitações territoriais, o papel suplementar à

Federação e aos estados no estabelecimento de políticas de

regulação da ocupação e indução do desenvolvimento do seu

território.

Conceituação

Documento Base para a Definição da Política Nacional de Ordenamento Territorial – PNOT” (BRASIL, 2006)

O conceito de Ordenamento Territorial contém implicitamente a

idéia de organizar a ocupação, uso e transformação do território

com o objetivo de satisfazer as demandas econômicas, sociais e

ambientais.

Pressupõe um modelo de governabilidade que possibilite a

conjugação de ações de governo com o mercado e a sociedade

civil.

Envolve ações de gestão do território, desenvolvimento

regional e planejamento territorial.

Ordenamento Territorial

OTGM no Brasil

O Governo Federal (órgãos atrelados ao MME) tem desenvolvido a partir

de meados da década passada uma série de trabalhos que avançaram

substancialmente na formatação de produtos técnicos que subsidiam a

inserção de informações relativas à geodiversidade e ao potencial

mineral nos instrumentos de ordenamento territorial.

Mapa de Geodiversidade do Brasil e seus desdobramentos estaduais

ARIMs – Áreas de Relevantes Interesse Mineral

Marcos iniciais para a ponderação dos fatores geológicos e mineiros nos

instrumentos de ordenamento territorial nas grandes escalas do país.

Para efeito mais local, escala de municípios e APLs, essas ferramentas de

planejamento necessitam de avanços e detalhamento de suas informações.

OTGM no Estado de São Paulo

O entendimento da necessidade de inserir a mineração nos

instrumentos de planejamento, de forma mais sistemática, foi

surgindo em trabalhos realizados pelo IPT no início da década de

2000 .

À época, ficou evidente a relevância dos municípios ou arranjos

municipais disporem de dispositivos legais que contemplassem a

coexistência da mineração com o desenvolvimento urbano,

industrial, agrícola e a conservação do meio ambiente.

Conceituação de OTGM

Dentro da perspectiva de uma visão integrada da mineração com as

demais aptidões do território:

O OTGM constitui uma modalidade especializada de

Ordenamento Territorial, cujo objetivo tem como eixo central

possibilitar o planejamento e a gestão da disponibilidade dos

recursos minerais, de forma compatível com outras formas e

prioridades de usos e ocupação existentes ou programadas

para esse espaço físico, harmonizada com atributos e

recursos ambientais existentes.

Conceituação de OTGM

Para a sua execução, o OTGM tem como instrumento principal :

Zoneamento Minerário

ZMin: consiste na compartimentação do espaço físico de determinada região

em áreas com diferentes potencialidades de aptidão para receberem, ou não,

atividades de extração mineral, de forma compatível com outras formas de

uso e ocupação e condicionantes ambientais, sendo fundamentada na

análise integrada dos aspectos geológicos, minerários, ambientais e

socioeconômicos.

Formulação do OTGM: Base Metodológica

Busca-se efetuar uma análise transversal da disponibilidade

dos recursos e da produção mineral no contexto socioeconômico

e ambiental do território:

focalizada em poucos, mas significativos, parâmetros de

ponderação, considerados estratégicos para o

desenvolvimento da mineração em bases sustentáveis na

região.

Fatores Condicionantes

M. Cabral Junior (2016)

Atributos peculiares do território, os quais são mais sensíveis e potencialmente conflitantes com a atividade mineral.

Formulação do Plano Diretor de Mineração

Municípios de Cordeirópolis, Ipeúna, Iracemápolis,

Rio Claro e Santa Gertrudes

Projeto finalizado em 2012

Financiadores:

• Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência ,Tecnologia e

Inovação

do Estado de São Paulo – SDECTI

• Prefeitura Municipal de Santa Gertrudes

OBJETIVO

O estabelecimento de bases técnicas para a

institucionalização do plano diretor de mineração - PDMin dos

municípios de Cordeirópolis, Ipeúna, Iracemápolis, Rio Claro

e Santa Gertrudes, no âmbito da abrangência do Polo Cerâmico

de Santa Gertrudes, em consonância com as legislações

vigentes.

O zoneamento abarcou o conjunto de substâncias minerais que constituem a dotação mineral dos cinco municípios.

Em função da magnitude e importância do setor mínero-cerâmico, os estudos foram centralizados na produção de argilas.

22º45'

47º15'

47º15'22º15'

22º30'

47º30'47º45'

22º15'

47º30'47º45'48º00'

22º45'

22º30'

48º00'

Anha

nguera

Band

eira

nte

s

Luiz

Washington

Charqueada

Iracemápolis

Santa Gertrudes

Rio Claro

Limeira

Cordeirópolis

Piracicaba

Araras

Ipeúna

Rodovias

Número de Empresa 92

Número de Fábricas 115

Produção Total m2/ano 900 milhões

Capacid. Instal. m2/ano 1 bilhão

Número de Empregos

27.000

(200.000

indiretos)

INDÚSTRIA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS

BRASIL 2º maior Produtor e 2º maior Consumidor Mundial

SP: Maior produtor brasileiro – 70% Polo Santa Gertrudes – concentra 85% da produção paulista

Grande diferencial competitivo

Matéria-prima extraída a partir de uma única fonte geológica.

Processo inovador (via seca).

As argilas da região possuem características especiais em termos de

granulometria, assembléia mineralógica, fácil secagem e alta fusibilidade, o que

lhes conferem desempenho cerâmico praticamente único no cenário mundial.

Geração de Externalidades Negativas

Dinâmica produtiva: elevada e crescente pressão de demanda de recursos

minerais na região.

Competição do uso do solo: urbanização, recursos hídricos e transporte

(emissão de particulados), UCs.

“APL de Santa Gertrudes: onde o recurso mineral faz a diferença.”

PDMin Santa Gertrudes

Roteiro Metodológico

Mapa Geológico

Mapa de Potencial Mineral

Mapa de Títulos Minerários

Rotas de Transporte de Argila

Mapa de Uso e Ocupação das Terras

Zoneamento Institucional

Modelo de Zoneamento Minerário

Modelo de Zoneamento Minerário - Empreendimentos, Títulos Minerários e Pontos Notáveis:

o pontos de captação de água, paisagens e monumentos geológicos

Cenários de demanda de argila para o APL

Escala de apresentação: 1:60.000

Produtos Técnicos: Planos de Informação

Dentro do território do PDMin, foram cadastradas 88 áreas de

mineração, contendo minas (frentes de lavras) e pátios de beneficiamento

(argila), como unidades independentes ou consorciadas.

Em termos operacionais, foram computadas 39 minas ativas, 1 em fase

pré-operacional e 7 paralisadas.

Com a reativação do Complexo Goiapá deverão entrar em operação

mais 9 minerações.

Perfil da Atividade Produtiva

Processo de Direitos Minerários

Fonte: dados extraídos de DNPM (2012)

410 títulos oneram o Polo de Santa

Gertrudes, perfazendo um total de 631 km2, o

que equivale a incidência de 0,39 título por

km2 em seu território, suplantando em 6,5

vezes a média em área no Estado.

Áreas oneradas por Concessões de Lavra, Licenciamentos, Requerimentos de Lavra e de Licenciamento

CL e L: 79 títulos minerários (53 - argila) RL e RLi: 90 títulos minerários (72 - argila)

Mapa de Uso e Ocupação das Terras

0,6% 1,4%

1,5% 2,4%

3,4% 3,4%

5,0%

5,7%

9,9%

21,1%

45,8%

Reservatórios e lagos

Núcleos industriais

Áreas de mineração

Núcleos comerciais erecreacionais

Culturas permanentes

Áreas de silvicultura

Vegetação natural de porteherbáceo-arbustivo

Núcleos urbanos

Vegetação natural de portearbóreo

Áreas antropizadas ou decobertura herbácea

Culturas temporárias esemiperenes

Principais Categorias de Ocupações Área de cobertura

1º passo: apreciação das unidades consideradas em cada produto temático

anteriormente gerado, quanto ao grau de restrição ou de vocação para a atividade

minerária (preferencial, controlado ou bloqueado).

2º passo: espacialização dessa categorização quanto à pertinência ao

desenvolvimento da mineração em cada carta temática, por meio da utilização dos

recursos de SIG – Sistema Geográfico de Informação .

3º passo: integração dos planos de informação gerados, a partir da manipulação dos

dados em ambiente SIG, criando polígonos de interseção, classificados de acordo com

a compatibilidade para a mineração, e gerando uma terceiro produto cartográfico que

se traduz no zoneamento minerário.

Estruturação do ZMin: Procedimentos metodológicos

Classes de uso ZPM ZCM ZBM Observação Área

ha

Área

%

Reservatórios e lagos X Restrições parciais impostas pela legislação ambiental e suscetibilidade ambiental.

572,34 0,52

Núcleos industriais X Restrição total imposta por edificações e ocupação urbana.

1.472,56 1,42

Áreas de mineração X Áreas abertas ocupadas por empreendimentos de mineração.

1.570,94 1,48

Núcleos comerciais e recreacionais

X Restrição total imposta por edificações e ocupação urbana.

2.474,52 2,39

Culturas permanentes X Áreas sem impedimentos de ocupação e ambiental.

3.483,17 3,36

Áreas de silvicultura X Áreas sem impedimentos de ocupação e ambiental.

3.503,96 3,38

Vegetação natural de porte herbáceo-arbustivo

X Restrições específicas parciais impostas pela legislação ambiental.

5.184,80 5,01

Núcleos urbanos X Restrição total imposta pela ocupação urbana.

5.888,65 5,68

Vegetação natural de porte arbóreo

X Restrições específicas impostas pela legislação ambiental. 10.276,24 9,88

Áreas antropizadas ou de cobertura herbácea

X Áreas sem impedimentos de ocupação e ambiental.

21.889,33 21,11

Culturas temporárias X Áreas sem impedimentos de ocupação e ambiental.

47.544,95 45,77

Classificação das diferentes formas de uso e ocupação das terras ante a atividade de mineração

Modelo de Zoneamento

Minerário

Distribuição da área geográfica e da dotação mineral do

território dentro do modelo de ZMin

Área

Total

POTENCIAL MINERAL

Argila

Revestimentos e

Produtos Estruturais

Argila

Cerâmica Vermelha

Areia Construção

Civil e

Areia Industrial

Rocha Brita e Cantaria

Calcário Corretivo de

Solo

Território

(5 municípios) Km2 1040,20 437,66 127,19 270,305 153,43 56,01

ZPM

Preferencial

Km2 336,53 135,76 65,65 31,26 71,5 34,43

%

Relação ZPM /

Área de Pot

Mineral

32 % 31 52 12 47 61

ZCM

Controlada

Km2 463,52 189,62 48,50 184,07 23,69 17,08

%

Relação ZCM /

Área de Pot.

Mineral

45 % 44 38 68 15 30

ZBM

Bloqueada

Km2 240,30 109,39 13,04 54,98 58,38 4,49

%

Relação ZBM /

Área de Pot

23 % 25 10 20 38 8

Zona Preferencial para Mineração – ZPM Compreende os terrenos mais aptos ao desenvolvimento da mineração, com potencial

geológico identificado e destituídos de restrições ambientais e quanto à ocupação

territorial, consolidadas ou não por legislação instituída.

As ZPMs abrangem áreas rurais antropizadas, ocupadas por atividades agropastoris e

silvicultura. Nas relações atuais de uso do solo, a competição se dá somente em termos

econômicos, o que permite conciliar plenamente a mineração com as demais formas de

ocupação rural.

A atividade mineral pode ser desenvolvida normalmente, cumpridas as exigências do

Código de Mineração, conjugado com a legislação correlativa, bem como atendidos os

dispositivos legais e normativos relacionados ao Licenciamento Ambiental no Estado.

Zona Controlada para Mineração - ZCM

Abrange áreas onde a mineração deve ser admitida com restrições.

A orientação básica na ZCM é permitir o aproveitamento dos recursos minerais,

condicionado ao comprometimento do empreendedor a procedimentos técnicos mais

detalhados e rigorosos de planejamento e controle da atividade, que contornem os riscos

ambientais inerentes.

A ZCM é constituída de vários polígonos com restrições à mineração de ordem

ambiental ou quanto à ocupação territorial, consolidadas ou não por legislação instituída.

Inclui áreas de proteção ambiental (APAs), zona de amortecimento de floresta estadual,

áreas de preservação permanente, remanescentes de vegetação nativa, lagos e

reservatórios.

No processo de implantação e regularização dos empreendimentos, a ZCM

representa um importante indicador para os atores envolvidos – empreendedores,

órgãos gestores (SMA e DNPM) e prefeituras.

Deve exigir uma maior complexidade no plano de aproveitamento econômico da

jazida apresentado ao DNPM e na avaliação do processo de licenciamento ambiental.

Nas microbacias envolvendo mananciais de interesse para o abastecimento público,

a viabilização dos empreendimentos deverá depender do cumprimento de requisitos

técnicos para que seja avaliado de forma minuciosa o impacto do empreendimento na

disponibilidade hídrica (superficial e subterrânea) e adotadas as correspondentes

medidas de controle, mitigação e/ou compensatórias.

Zona Controlada para Mineração - ZCM

Zona Bloqueada para Mineração - ZBM

Engloba os terrenos onde a mineração não deve ser permitida.

Essencialmente referem-se às áreas com impedimento explicitado em

legislações ambientais ou nos dispositivos legais que versam sobre o

disciplinamento do uso do solo nos municípios, além de núcleos

urbanizados, mesmo em situações em que não incida lei municipal

restritiva .

A ZBM envolve uma área de 240 km2, ou cerca de 23% do território

total dos cinco municípios do Polo de Santa Gertrudes.

PLANO DIRETOR DE MINERAÇÃO Diretrizes e Proposições

As principais conclusões do PDMin estão consolidadas no

conjunto de diretrizes e proposições elaboradas.

Trata-se de iniciativas que deverão envolver necessariamente a

participação dos diversos agentes governamentais (municípios,

Estado e Federação) e o setor produtivo.

1. Institucionalizar o zoneamento minerário nas leis municipais.

2. Transferir as informações e dar continuidade ao apoio tecnológico às prefeituras

para a implementação das ações relativas ao PDMin, em especial no processo de

regulamentação do zoneamento minerário e outras ações relativas ao meio

físico, com destaque à gestão do recursos hídricos.

3. Delimitar as áreas de interesse estratégico para a produção mineral, com estabelecimento

de salvaguardas para a mineração, em especial de argila para fins cerâmicos, para as quais

poderão ser aplicados critérios regulamentares similares às Áreas de Relevante Interesse

Mineral (ARIMs), cuja definição e disciplinamento deverão integrar o novo Marco

Regulatório da Mineração do País.

4. Transferir os produtos digitais para a Cetesb – Piracicaba, DNPM – SP e CPRM – SP, para

auxiliar ações, dentro de suas competências, de orientação, fiscalização e geração de

conhecimentos do setor mineral na área do PDMin.

PLANO DIRETOR DE MINERAÇÃO Diretrizes e Proposições

5. Elaborar e implementar programa de acompanhamento e fiscalização da

produção mineral.

6. Implementar programa de Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no

Trabalho na Indústria de Mineração.

7. Celebrar convênios entre o DNPM e os cinco municípios, institucionalizando

ação de cooperação para fiscalização do recolhimento da CFEM.

8. Promover a extensão do zoneamento minerário aos demais municípios de

influência do Polo de Santa Gertrudes – Araras, Limeira, Piracicaba e

Charqueada.

9. Desenvolver a base dos conhecimentos geológicos, a partir do mapeamento

sistemático na escala 1:50.000, em primeira instância da área do PDMin, e

posteriormente estender à região de influência do Polo de Santa Gertrudes.

PLANO DIRETOR DE MINERAÇÃO Diretrizes e Proposições

10. Realizar divulgação específica para os mineradores sobre os principais produtos

técnicos do PDMin, disseminando seus principais produtos e as boas práticas

técnico-gerenciais da mineração.

11. Elaborar programas de apoio técnico-gerencial e extencionismo mineral para

o aprimoramento do setor produtivo, em especial da mineração de argila, com

a disseminação das boas práticas da Engenharia Mineral e da necessidade de

profissionalização da mineração.

12. Organizar ações de formação de pessoal, discussões técnicas e cursos

específicos para os profissionais da área de mineração, com ênfase nos aspectos

do conhecimento geológico das jazidas, caracterização tecnológica das matérias-

primas, planejamento da lavra e controle ambiental da mineração,

aprimoramento tecnológico do processo produtivo, e do atendimento das

legislações mineral e ambiental.

PLANO DIRETOR DE MINERAÇÃO Diretrizes e Proposições

13. Promover estudos dirigidos ao diagnóstico dos fatores críticos de interferência

da atividade de mineração, abrangendo os recursos hídricos (qualidade e

disponibilidade) e a poluição atmosférica pela emissão de particulados, cujos

impactos precisam ser melhor avaliados e, consequentemente, controlados.

14. Promover estudo sobre a logística de suprimento de matérias-primas cerâmicas,

visando a otimização do transporte e redução da emissão de poeira.

15. Elaborar um plano para redução de poeira no transporte de argila no qual, em função

do volume de tráfego, deverão ser estabelecidos graus de criticidade que orientarão

projetos mais eficientes de asfaltamento, umidificação e perenização de vias não

pavimentadas.

16. Promover estudo de alternativas para redução da emissão de poeira nos

pátios de secagem de argila, incluindo formas e técnicas mais eficazes de

secagem ao tempo e secagem forçada.

PLANO DIRETOR DE MINERAÇÃO Diretrizes e Proposições

Fica a cargo das prefeituras os encaminhamentos necessários para

formulação de lei específica de institucionalização do zoneamento

minerário, servindo inclusive para impedir interpretações conflitantes

em relação às leis municipais hoje existentes.

Para tanto, deverão ser obedecidos os procedimentos usuais da

administração pública no sentido de garantir a publicidade, a

transparência e a participação da comunidade nas definições desta

política municipal.

Desdobramentos Esperados

A implantação das diretrizes contidas no PDMin dependerá

da continuidade da articulação e coalizão dos agentes

locais e estaduais para incentivar e requerer o

engajamento efetivo do setor produtivo e buscar os

recursos e parcerias necessárias com os organismos

públicos e privados para a concretização dessas ações.

Desdobramentos Esperados

Marsis Cabral Junior [email protected] Fone: (11) 3767-4640

www.ipt.br

Muito Obrigado