o campeão

29
O Campeao l Primeira quinzena de dezembro/2011 l Pág.

Upload: euripedes-freitas

Post on 26-Mar-2016

249 views

Category:

Documents


24 download

DESCRIPTION

Jornal quinzenal

TRANSCRIPT

Page 1: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Page 2: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág. 0

2

Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe - Oscar Wilde

...

Painel

Page 3: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág. 0

3

Opinião

Na solenidade da entrega das obras de melhoria no Estádio Municipal Na-tal Gazzetta, de Nova Odessa na noite de 7 de dezembro, sob o comando do prefeito Manoel Samartin, as luzes do novo sistema de iluminação foram acesas para dar início ao jogo entre a Seleção de Masters de Nova Odessa contra o Masters do Corinthians.

O prefeito destacou a qualidade de vida da população: “As crianças têm creches e escolas; a Estação de Tratamento de Esgoto está quase pronta; não falta água e estamos aqui para fazer mais uma entrega”, afirmou. Ele ainda anunciou a obra de cobertu-ra das arquibancadas do estádio. “A população tem tudo nessa cidade. O progresso – disse em alusão ao nome do campo, é isso”.

O Estádio do Progresso sofreu re-forma longa ao longo de um mandato político. Demorou muito para sua ilu-minação ser reinaugurada, e curiosa-

mente, como toda obra de maior visi-bilidade da Prefeitura, é acometida de vandalismo e isso exige mais verbas e mais tempo para sua conclusão...

Enfim, a obra finalmente foi inau-gurada e de acordo com a rádio peão o custo final ficou mais caro que a construção das casas para o pessoal de melhor idade que depois de tanta pro-telação finalmente passou a acupá-las.

Nessa inauguração da iluminação do estádio ficou registrado constran-gedor momento em que o anfitrião da festa, o prefeito, que enquanto falava era vaiado pelos presentes e, segundo a mesma rádio, dois vereadores pre-sentes entraram em cena procurando amenizar a impaciência que quase im-pediu o discurso oficial.

No jornal O Liberal o caso foi co-mentado com a legenda “Sucupira - A inauguração das reformas no estádio municipal Natal Gazetta, em Nova Odessa, teve uma cena digna da po-

lítica antiga bem representada na dra-maturgia pelo personagem Odorico Paraguaçu, da novela O Bem Amado, escrita pelo impagável Dias Gomes. Talvez, para não ficar na mesma altura que o povo, as ‘autoridades’, entre elas o prefeito Manoel Samartin (PDT), subiram em uma autêntica ‘pinguela’ com cerca de 30 centímetros de altura, colocada no gramado para servir de palco, para fazer seus discursos enal-tecendo a obra que estava sendo en-tregue. O momento foi devidamente registrado pelos assessores, que não se atentaram à comicidade da imagem, e enviado a toda a imprensa.”

“Sucupira” não deixa de ser um referencial para se comparar certos modos administrativos de hoje. O ri-quíssimo conteúdo da linguagem mos-trados naquela trama é tão atual ainda nos dias de hoje que ganhou até seção fixa na programação da rádio CBN.

Avaia sofrida pelo prefeito de

Nova Odessa reflete uma mudança dos tempos. Afinal, no tempo de Odo-rico Paraguaçu não havia celulares e tampouco redes sociais. Para desagra-do do prefeito de Nova Odessa, havia uma platéia contestadora, alguém que compreendeu aquele momento gravando o evento e teve coragem de postar no You Tube o discurso que

Foi justa a vaia que o prefeito de Nova Odessa sofreuquando inaugurava a iluminação no campo de futebol?

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação - Mário Quintana

puxou uma inimaginável vaia para um prefeito que se gaba de estar cumprin-do seu quarto mandato.

Quem assistiu ao vídeo sentiu-se constrangido. Quem não assistiu, pode matar a curiosidade indo ao Google, no You Tube, e digitar “Prefeito vaia-do em nova odessa” e compreenderá o por que do constrangimento geral.

Durante o discurso do prefeito houve um princípio de vaias e os vereadores Belizário e Réstio (à direita da foto) constrangidos, tentaram conter os apupos.

Page 4: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Fatos em fotos

Cidades Se a juventude é um defeito, é um defeito do qual nos curamos muito rápido - James Russell Lowell

Na saída de Hortolândia para Sumaré, em acabamen-to, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, que abre qualificação profissional de alto nível aos jovens. O quê há em Hortolândia e não em Su-maré? Hortolândia deveria ter o mesmo D.N.A. que Su-maré, mas na prática não é isso que se observa por todo o município que conseguiu se desvencilhar do antigo berço, separando-se de Sumaré, consegue verbas federais, con-segue financiamentos externos e tornou-se um dos mais vibrantes municípios brasileiros. Qual a diferença do PT de Hortolândia e o PT de Sumaré?

Nova rede - Com recursos de 80% a fundo perdido, oriundos da Cobrança Pelo Uso da Água dos Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Ca-pivari e Jundiaí), Nova Odessa troca sua antiga rede de água que perdia quase tudo em vazamentos. Abertura das valas

para introdução da máquina hidrabursting, que rompe a rede antiga, fragmentando os tubos de ferro e abrindo túneis para a passagem dos novos tubos de PEAD. A Renova (empresa vencedora da licitação), consegue trocar 150 metros de tubos diariamente.

Implanta-se 150 metros de nova rede diariamente Estado dos tubos por onde passava água...

“Tatuzinho” desentope antiga rede e aplica o novo tubo. O tubo de PEAD tem garantia para 100 anos.

Hortolândia está canalizando o córrego que era seu patinho feio.

04

Page 5: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Há poucos dias, entre lojistas que tomavam cafezinho no centro da Sumaré,

o sentimento exposto na conversa, exprimia de fato, que a Zona Azul ‘emergencial’ é

realmente uma zona: “Eles não dependem do comércio, têm salário de marajá e quando precisam

comprar alguma coisa vão para fora da cidade, são insensíveis e parecem que vivem

em outro município que não Sumaré.Ahh! Como essa cidade sofre

nas mãos dessa gente!”

“É piada isso que estão fazendo. Estão ti-rando sarro da cara do cidadão. Primeiro, di-vulgaram que a Zona Azul começaria a funcio-nar dia 5, em sistema emergencial. Só que os talões chegaram dois dias depois. Falta pesso-al, e ainda temos que ouvir dos próprios fiscais que o consumidor não precisa colocar o bilhe-te, porque não tem como multar. É lamentável tamanha palhaçada”. A crítica é do presidente da ACIAS, Gustavo Caron, à secretaria de Mo-bilidade Urbana e Rural (SEMMUR).

A decisão de funcionar o sistema de Zona Azul foi tomada como medida emergencial de-pois das reclamações e cobranças da diretoria da ACIAS, por conta da grande movimentação de fim de ano, e porque desde o início do ano a entidade vem cobrando uma posição, tendo em vista que já era de ciência de todos o vencimen-to do contrato com a empresa AcPark – respon-sável pelo serviço nos últimos anos.

Mesmo com diversas solicitações, o pro-cesso de licitação que contratará a nova empre-sa foi publicado com muito atraso. Por isso, a Prefeitura se prontificou a operar o sistema por um período de sessenta dias, enquanto o cer-tame não estiver definido. “Já começaram er-rado. Estipularam uma data e não cumpriram. Estão usando poucos servidores, e desprepa-rados. Alegaram que em cada esquina haveria um ponto de venda dos cartões, só que os clien-tes não encontram as vendedoras. Pra resumir, só estão cobrando e só arrecadando o dinheiro, porque sem talão de notificação, o serviço não funciona”, explicou Caron.

Segundo Caron, pra se ter uma ideia da ineficiência do serviço, na manhã de hoje (por volta das 9h30) clientes entraram em sua loja para comprar o bilhete, porque não encontra-ram nenhum representante na rua. “Só temos a lamentar essa falta de respeito para conosco, os empresários, e os consumidores, que estão sendo lesados. Porque se estão cobrando e não há como notificar, estão arrecadando o dinheiro e lesando a população. Infelizmente, é isso que temos visto em Sumaré: um descaso total”, fi-nalizou o presidente da ACIAS.

A Zona Azul, quando opera eficazmente, organiza o trânsito e administra melhor as va-

gas, a fim de facilitar o dia-a-dia do consumi-dor. Atualmente Sumaré conta com 550 vagas sinalizadas, entre a Avenida Sete de Setembro e as transversais Antonio Jorge Chebab, Antonio do Vale Melo, Dom Barreto, José Maria Miran-da, Pedro Consulin, Ângelo Ôngaro e Justino França, sendo 5% delas destinadas a idosos, e 2% a portadores de necessidades especiais.

Entenda o vai e vem da Zona Azul

n Começo do ano, representantes da ACIAS visitaram algumas cidades ao lado do secretá-rio de Mobilidade Urbana, João Maioral, para conhecer modelos de Zona Azul;n Em reuniões, foi discutido qual modelo de-veria ser implantado na cidade;n Em junho, venceu o contrato com a AcPark – empresa responsável pelo serviço;n Mesmo sem o serviço desde junho, o edi-tal licitatório foi publicado pelo poder público somente no dia 12 de agosto, e a entrega das propostas devia ter sido feita no dia 27 de se-tembro, no Departamento de Licitações e Com-pras, o que não aconteceu;n A publicação foi prorrogada para outubro;n A abertura dos envelopes aconteceu dia 3 de novembro, mas foi paralisada, segundo o setor de licitação, por falta de documentação;n Final de novembro, a Prefeitura anuncia que operaria o serviço de maneira emergencial a partir de 5/12;n A falta de talonário de bilhetes impediu o iní-cio do serviço dia 5/12;

n Dia 7/12, poucos atendentes, muita bagunça por falta de experiência (já que foram pegos de vários setores, inclusive frente de trabalho);n Dia 8/12 – Presidente da ACIAS, Gusta-vo Caron, e o gerente executivo da entidade, Fernando Monteacutti, visitam os prováveis pontos de vendas de bilhetes juntamente com representantes do poder público; n Dia 13/ 12 – Serviço continua ineficaz, por falta de talão de notificação, e os consumidores estão sendo informados pelos próprios fiscais de trânsito que não precisam colocar bilhete, porque não serão multados.

Que zona é essa: É azul?

Diretorias da Acias ao longo dos anos, entraram e saíram, se prontificaram e visitaram outras cidades onde se disciplinou a rotatividade de automóveis, trazendo várias sugestões de sucesso mas os prefei-tos de Sumaré não deram atenção à cooperação.

Cidades0

5

Page 6: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág. 0

6

Educação

O Bullying não acontece por acasoBullying: a situação é grave, mas há solução à vista

Fonte: educarparacrescer

ala-se muito hoje em Bullying. A pala-vra, originária da língua inglesa, é empregada boa parte das vezes de modo errado, espécie de caldeirão onde se joga tudo de ruim que pode acontecer em sala de aula. Há crianças que sofrem, no dia a dia escolar, situações que lhes causam mal, mas que não podem ser chamadas de Bullying. Há quem veja apenas como ‘brincadeira’ o que é percebido, no ou-tro, como agressão e razão de infortúnio. Há crianças, vítimas de Bullying, que também são entendidas como as responsáveis por esse tipo de situação - nem sempre o agressor é quem dá início a esse tipo de violência, algo que os pais não conseguem admitir, particularmente, os da criança ‘agredida’. Nove fora, a falta de informação sobre o tema é enorme, tornando o Bullying uma violência que atinge a todos, os pais incluídos.

“O Bullying acontece, quando existe um movimento real contra uma determinada criança”, esclarece a psicóloga e psicopedago-ga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo. “É uma campanha, uma perseguição contra um alvo muito bem definido.” Com mais de 38 anos de experiência no trato com alunos das mais variadas personalidades e histórias familiares, Nivea já viu de tudo um pouco. Tem, portan-to, expertise de sobra para colocar os pingos

nos iis em relação a um tema tão atual e afeito a provocar dúvidas. Em sua opinião, são nas escolas maiores, onde as relações ocorrem de modo impessoal e a capacidade de controle é menor em face do número de alunos, que as possibilidades de acontecer Bullying crescem e causam apreensão. “Nessas escolas, exis-tem hoje três grupos de alunos, os nerds, os populares e os bobos - já ouvi muita criança dizer que não pode ser nerd ou “CDF”, caso contrário, não será querida da classe", Nivea descreve. “Os bobos? Não se misturam com o resto dos alunos”.

Começa, então, a funcionar uma divisão social dentro de uma grande escola típica do universo paulistano, por exemplo. O Bullying? Ele acontece, quando um desses grupos impli-ca com um determinado aluno, a ‘crítica’ se propaga ferozmente pelas redes sociais e o caos se instala. Em especial, em casa. Porque os pais pouco ou nada conseguem fazer para ajudar os filhos, sejam eles os agredidos ou agressores, a sobreviverem ao contato com o Bullying - na opinião de Eric Debarbieux, diretor do Observatório Internacional das Vio-lências nas Escolas, “uma das violências mais graves que o ser humano pode sofrer.”

Apesar da gravidade do problema, Birgit Möbus, psicopedagoga da Escola Suíço-Brasi-leira, em São Paulo, faz questão de alertar que o Bullying é muito sensível à intervenção das autoridades - no caso da escola, dos professo-

res, supervisores e mesmo diretores. “Mas é preciso que a comunidade escolar se envolva como um todo para combater essa violência de modo a reduzir efetivamente o número e a gravidade dos casos”, adianta.

Ou ainda: a situação é grave, mas há so-lução à vista. Faz parte dela a adoção de ati-tudes no ambiente escolar, caso do respeito e da generosidade, entre outras. “São palavras aparentemente vagas, mas bastante sérias... a criança hoje fica brava por muito pouco!”, aponta Nivea. E isso não pode continuar as-

sim, certo? “É desde pequeno que se aprende ser possível vencer, ao lado do outro, os obstá-culos que a vida impõe’, lembra Gisela Sartori Franco, psicóloga e especialista em Convivên-cia Cooperativa. “A gentileza, o consenso e o diálogo, infelizmente, não são hoje ‘treinados’ em sala de aula daí a necessidade dos pais es-tarem atentos à rotina escolar e exigirem, nas reuniões com professores, mudanças no currí-culo escolar.”

Eis uma sugestão de como os pais devem se comportar para ajudar seus filhos a so-

Você faz perguntas a seu filho sobre a convivência do mesmo no ambiente externo da sala de aula?

Se você cair sete vezes, levante-se oito - Provérbio

Page 7: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Educação

Ajude seu filho a lidar com o BullyingPretexto de trabalhar muito e permanecer fora de casa o tempo inteiro - e não ajudar o filho em um momento tão difícil da vida dele!

breviverem - com saúde! - ao contato com o Bullying. Com a ajuda das especialistas Nivea Maria de Carvalho Fabrício, Birgit Möbus e Gisela Sartori Franco, destacamos outras de igual importância a seguir.

n O envolvimento dos pais no dia a dia es-colar é importante - eles precisam mais do que nunca entender a necessidade da educação e, em consequência, jamais se afastar da rotina dos filhos em sala de aula;

n Pais precisam ser ajudados a serem pais. Porque a sociedade anda permissiva demais e eles se sentem perdidos ante essa realidade;

n Não tire seu filho de imediato da escola onde sofreu Bullying: primeiro, é importante trabalhar com os professores e a direção dessa escola de modo a resolver o problema. Por-que será muito importante para ele vencer o Bullying no ambiente onde foi vítima;

n Se não der certo - e é preciso atenção para a evolução do problema, não deixar pas-sar o tempo em demasia... -, recomenda-se a transferência, se possível, para uma escola preparada para dar suporte a essa criança;

n Vale a pena insistir aqui no ponto ‘ne-vrálgico’: nem sempre o agressor é quem deu início ao Bullying, mas sim quem se faz de vítima. Ou ainda: tudo pode se resumir a uma forma (desesperada) de chamar a atenção de quem se sente excluído, marginalizado, pelos colegas de classe;

n Porque a violência existe e assusta, mas o Bullying não acontece por acaso. Aliás, por ser um assunto de sala de aula, ele precisa ser tratado com ela por inteiro. Em outras pala-vras: os pais não devem se preocupar em pro-teger apenas o próprio filho, seja ele o agredi-do ou o agressor ou apenas testemunha desse tipo de violência;

n Na reunião de pais e professores, esse

assunto deve ser tratado de modo a que to-dos participem - e não isoladamente, atin-gindo apenas os envolvidos com o caso de Bullying;

n Pais devem exigir imediatamente da es-cola uma estratégia de trabalho que envolva o agressor, o agredido e o grupo por inteiro;

n Em casa, pai e mãe precisam conversar diariamente com o filho sobre as aulas, mes-mo que ele tenha uma reação negativa, do tipo “ah! que conversa chata!” etc. Claro, existe a medida adequada e ela varia de criança para criança. Mas o importante, neste caso, é criar o hábito da conversa entre pais e filhos;

n Essa conversa pode se tornar um ritu-al a ser integrado na refeição do domingo, por exemplo. Um momento de aproveitar a reunião familiar para que cada um fale de si mesmo;

n Porque não dá para usar o pretexto de trabalhar muito e permanecer fora de casa o tempo inteiro - e assim não ajudar o filho em um momento tão difícil da vida dele!

n Às vezes, basta dizer para o seu filho, “você gostaria que alguém falasse dessa forma com você? Pois, eu não gosto, fico triste...” É importante se colocar no lugar do outro, sentir na pele que a ‘brincadeira’ feita não tem a me-nor graça... Brincadeira só vale quando todos se divertem - e nunca quando acontece à custa de outro. Isso é fundamental e os pais devem trabalhar essa questão, conversando com seus filhos desde a infância;

n Sem essa troca de informações entre pais e filhos, uma situação de Bullying pode já estar ameaçando o cotidiano escolar - e nenhum adulto se deu conta dos sintomas dessa violência no comportamento da criança e/ou do jovem. Que se mostra mais irritadiço e angustiado, in-ventando desculpas para não ir à escola etc.

Continua em nossa página eletrônica: www.ocampeao.com

Leia também na página eletrônica: Como

você vê seu filho em relação ao Bullying? Será que

seu filho já foi vítima de Bullying? Será que ele já foi o agressor? Ou será que é daqueles que fica em cima

do muro, achando tudo normal? Junto, um teste laborado pela psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo.

Com ou sem Bullying, os pais precisam ter controle sobre o uso da internet por seus filhos

Se alguém me ofender, procurarei elevar tão alto a minha alma para que a ofensa não me chegue - Charles Dickens

07

Page 8: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág. 0

80

8

n É na conversa com o filho que os pais vão perceber o porquê da agressividade e da insatisfação, orientando a buscar outras for-mas de se expressar. Se os pais não souberem fazê-lo, não há razão de constrangimento - ao contrário, devem pedir ajuda a quem foi treinado para isso, na escola;

n Se os pais perceberem que o filho está de fato sofrendo algum tipo de ‘pressão psi-cológica’ no ambiente escolar, precisam in-formar professores e direção da escola para que a questão seja tratada de modo cuidado-so o quanto antes!

n Muitas vezes a escola não sabe que está ocorrendo uma situação de Bullying até por-que ela acontece fora da sala de aula e, por-tanto, longe do olhar do professor. Mesmo sem provas, é importante intervir. Atenção: a escola é a autoridade na relação entre alunos - e não os pais!

n O Bullying é muito sensível à interven-ção das ‘autoridades’, ou seja, dos professo-res, supervisores e até mesmo diretores. Em especial, quando desperta o envolvimento da comunidade escolar como um todo no com-bate a essa violência;

n O Bullying é resultado de uma relação interpessoal em desequilíbrio. Há, portanto, de se cuidar dos dois lados envolvidos - existe um problema de autoestima a ser trabalhado, tanto em relação ao agressor quanto ao agre-dido;

n Cada escola tem a sua maneira de agir, mas o que se espera é que ela seja parceira dos pais do aluno que é vítima de Bullying - e também daquele que é entendido como agressor. O ideal: aproximar as duas famílias de modo a envolvê-las na solução do proble-ma. Porque todas elas são perdedoras em uma situação de Bullying;

n Pais e professores precisam se unir para ensinar às crianças e aos jovens a serem assertivos - ou seja, saberem se expressar de modo positivo quando algo os incomoda, fazendo o outro entender que há limites que não podem ser ultrapassados;

n O respeito às diferenças precisa ser exercitado diariamente no ambiente esco-lar. Os pais devem exigir que os professores de seus filhos trabalhem nessa direção em

sala de aula de modo a que uma situação de Bullying não volte a acontecer entre os alu-nos. Que não precisam ser amigos, mas sim precisam se respeitar um ao outro;

n É recomendado que se faça uma di-nâmica de grupo com os alunos da classe onde ocorreu um caso de Bullying, conversar individualmente sobre o problema, verificar em que estágio a campanha de Bullying se encontra disseminada na rede social e, se ne-cessário, coibir o uso da rede por um tempo determinado;

n Com ou sem Bullying, os pais preci-sam ter controle sobre o uso da internet por seus filhos, eles não podem ter liberdade total no exercício dessa atividade - os pais devem ter acesso às redes sociais do filho como es-pectadores, jamais devem participar!

n Pais não são amigos dos filhos, mas sim pais. E, nesse papel, precisam orientar. Não podem confundir o papel, até porque a crian-ça precisa ter no pai e na mãe uma figura de autoridade, pessoas que inspiram confiança e representam um porto firme para ela;

n Pais não devem vitimizar seus filhos, muito menos tratá-los como se fossem reis ou rainhas. Quem pensa só em defender, se esquece que ninguém é santo, muito menos o próprio filho;

n Tentar despertar coragem no filho com a frase “não leve desaforo para casa!”, im-pondo respeito na base da agressão, é o pior que se pode fazer a uma criança indefesa. Não é com esse ‘troco’ que se constrói um ambiente de solidariedade entre os colegas;

n Quando os pais percebem que seus filhos são autores de Bullying ou mesmo tes-temunhas desse problema no ambiente esco-lar, devem conversar abertamente com eles a respeito e, ao mesmo tempo, pedir ajudar à escola. Porque quem é autor ou testemunha desse tipo de violência também está sofrendo e precisa ser cuidado!

n Os pais se consideram responsáveis pe-las vidas dos seus filhos, quando são, na ver-dade, responsáveis até a página 50 - daí pra frente ou mesmo antes disso, os filhos vão fazer o que lhes dão na veneta... O sucesso não depende mais dos pais, mas sim deles próprios;

n Cabe aos pais darem o maior número de instrumentos necessários para os filhos terem sucesso. Entretanto, como eles vão usá-los, bem, isso já não é mais responsabili-dade paterna. E o problema está aí: os pais se sentem culpados de verem os filhos fazerem tudo errado e, com a pressão da culpa, não conseguem mais ajudar.

O Bullying não acontece só na escolaPais não devem vitimizar seus filhos, muito menos tratá-los como se fossem reis ou rainhas

Educação - I

n n Atenção: o Bullying pode acontecer não apenas no ambiente escolar, mas tam-bém no bairro. É quando o seu filho pode não ser aceito pela turma por se recusar

a beber ou fumar. Seja qual for a situação lembrem-se: uma das estratégias fundamen-tais na luta contra essa forma de violência é a aliança entre pais e escola.

COMPORTAMENTO

Como você vê seu filho emrelação ao Bullying?

Será que seu filho já foi vítima de Bullying? Será que ele já foi o agressor? Ou será que é daqueles que fica em cima do muro, achando tudo normal? Descubra nes-te teste elaborado pela psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Co-légio Graphein, em São Paulo

Ao se compilar os resultados do teste de-senvolvida pela psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, nota-se que o mesmo é complexo, sofisticadamente simples.

Assim, para se tirar o melhor proveito do mesmo, visto que o tema envolve todo o uni-verso familiar, sugerimos acesssar o conteú-do no original para não se perder vírgula:

http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/testes/como-voce-ve-seu-filho-em-relacao-ao-bullying.shtml?perg=13

Page 9: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Almanaque As coisas que queremos e parecem impossíveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacífica - Mahatma Gandhi

09

O cerrado e o futuro desse biomaO Cerrado é caracterizado por vegetação

com árvores baixas, de troncos torcidos e re-curvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de ár-

vores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Eu-ropa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país.

Os Cerrados apresentam relevos varia-dos, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande ma-nancial de água, que alimenta seus rios.

Originalmente ele recobria 200 milhões de hectares, um quarto do território nacional. O cerrado é fundamental para a preservação das nascentes dos rios, pois ele recobre as cabecei-ras, retendo a água. Quando há desmatamento nessas áreas, a água se infiltra nos solos mais rapidamente. Com a destruição do cerrado pode também ocorrer um desequilíbrio eco-lógico prejudicial à própria agricultura, com o aumento do número pássaros predatórios, tais como as pombas avoantes, infestação de insetos pois, com a destruição do cerrado de-saparecem também seus habitantes naturais. O lobo guará, por exemplo, come ovos e filhotes das pombas e certos pássaros se alimentam dos insetos, garantindo o equilíbrio.

Fontes: http://www.clubedasemente.org.br/sabia.htmlhttp://www.portalbrasil.eti.br/cerrado.htm

Estima-se que 10 mil espécies de vegetais vivam no Cerrado. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas - esse o grande problema do cerrado brasileiro.

Page 10: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Carta publicada na Marie Claire em

março de 2009

Comportamento

“Conheci meu pai no dia do meu casamento”‘Ele chegou, e eu estava começando a me arrumar para o casamento. Mas não quis saber. Parei tudo e fui ao encontro dele. Quando a gente se viu, caímos no choro’

Seja leal para consigo mesmo. Não altere o seu comportamento apenas para contentar os outros - Yogaswami

Aos 25 anos, a publicitária Meyriele Fi-gueiredo nunca tinha visto o rosto paterno, nem em foto. Pior: como viveu um namoro rápido com a mãe dela e nunca foi avisado da gravi-dez, ele sequer sabia da existência da filha.

‘Meyriele, eu consigo achar todo mundo na internet.’ Essa frase foi dita pela minha amiga Patrícia, que ajudou a realizar o maior sonho da minha vida: encontrar meu pai bio-lógico. Era início de 2004.

Márcia, minha mãe, e Divino, meu pai, se conheceram em 1979, em Uberlândia, interior de Minas Gerais. Ela tinha quase 20 anos e era uma moça 'de família'. Ele estava com 29 e era engenheiro civil recém-formado. Estava na cidade a trabalho. Os dois se conheceram em um barzinho. Se encontraram mais algu-mas vezes e começaram a namorar, mas nada sério, muito por ciúme do meu avô.

Mas, escondidos, eles 'ficaram' durante oito meses. Os dois sabiam que, quando a obra em que meu pai trabalhava terminasse, aquele ro-mance também acabaria. Quando ele foi embo-ra, até pediu que ela fosse com ele. Por medo ou porque não teve vontade, ela não quis.

Um mês e meio mais tarde, minha mãe descobriu que estava grávida de três meses. Como tinha uma menstruação muito desre-gulada, nem desconfiou da gravidez enquanto Divino ainda estava na cidade. Curiosamente, meus pais nunca tiveram uma relação sexual completa, apenas 'brincadeiras'. Quando con-

firmou a gravidez, minha mãe entrou em de-sespero. Não sabia quase nada sobre ele, nem de onde era. Ela só lembrava do nome dele e da empresa em que ele trabalhava.

Minha mãe contou tudo à família dela, in-clusive que não tinha feito sexo de verdade. Mas ninguém acreditou. Imagina só! Grávida e virgem? Para eles, era impossível. Sempre que alguém perguntava sobre o pai, ela con-tava a história verdadeira. Ninguém acredi-tava. Mesmo depois de ter passado por um ginecologista, que constatou que ela ainda era mesmo virgem e explicou que era possível en-gravidar daquela maneira.

Conforme fui crescendo, comecei a per-guntar pelo meu pai. Embora ficasse numa situação difícil, minha mãe nunca mentiu pra mim ou inventou nada. Sempre fez questão de explicar exatamente o que tinha acontecido: 'Olha, filha, a mamãe e o papai tiveram um na-moro muito rápido e, um dia, nós estávamos namorando no carro, aconteceu uma coisa e eu fiquei grávida. Depois, ele foi embora e eu nunca quis procurá-lo'. Ela tinha uma maneira lúdica de me contar aquela história. Dizia que eu tinha sorte, porque era a única criança que tinha uma 'mamãe 2 em 1' (pai e mãe ao mes-mo tempo). Eu adorava ouvi-la falar daquilo, porque era um momento em que ela se abria para mim, falava como era meu pai e o quanto meus olhos pareciam com os dele.

Quando entrei na escola, era a única da

turma que não tinha pai. Foi aí que comecei a pressionar mais minha mãe, porque não ti-nha para quem dar presente no Dia dos Pais e fazer as coisas que os colegas faziam. Nessa data, ficava muito triste e me sentia excluída. Minha mãe me dizia para levar o presente para ela. E, sempre que eu perguntava sobre ele e pedia para a gente tentar procurá-lo, ela falava que só sabia o nome dele, Divino Aparecido da Silveira, e a profissão, engenheiro civil. Acho que tentava me proteger ao máximo, com medo de que eu o procurasse e acabasse me magoando ainda mais.

Com o tempo, deixei essa história de lado. Quando completei 15 anos, porém, comecei a sentir muita falta de ter um pai e surgiu uma fixação por conhecê-lo. Certa vez, eu e uma amiga passamos um dia inteiro olhando listas telefônicas do Brasil todo. Não conseguimos nada. Mas era assim: eu mexia no assunto e, depois, esquecia por um período. Quando to-cava no assunto com minha mãe, ela me de-

sanimava dizendo que ele nem acreditaria na-quela história e eu acabaria me machucando.

No entanto, a vontade de conhecer meu pai só cresceu com o passar dos anos. Quando fiz 19 anos, um dos meus tios morreu e isso mexeu muito comigo, porque ele nunca tinha se casado e nem tido filhos, então morreu so-zinho. Quando pensava que isso podia aconte-cer com meu pai, porque ele poderia não ter se casado e não sabia da minha existência, ficava desesperada.

Trabalhava em uma empresa de telecomu-nicações quando minha amiga Patrícia, colega de trabalho, me chamou no computador para ajudá-la a achar uma pessoa que ela estava procurando. Achei impossível. 'Como você vai achar alguém de quem só sabe o nome?' A resposta foi a tal frase que mudou minha vida. Naquele momento, algo acendeu dentro de mim e resolvi contar minha história para ela. Como eu estava saindo de férias, ela me prometeu que encontraria o meu pai e, quando eu voltasse, me daria o telefone dele. Quando retornei, um mês depois, encontrei debaixo do meu teclado um papel com as anotações do que ela tinha descoberto: endereços e telefo-nes da casa e do escritório dele. Fiquei parali-sada, não sabia o que fazer. Decidi ligar para minha tia e contar que havia encontrado meu pai. Imediatamente, ela disse que ligaria para ele para contar tudo. E foi o que fez. Mas, an-tes, telefonou para minha mãe para pegar mais informações sobre meu pai. Ela ficou morren-do de medo do contato com ele, porque sem-pre pensou que ele iria me rejeitar, mas não nos impediu de telefonar.

Logo no início da conversa com meu pai, minha tia confirmou os dados que já sabía-mos. Perguntou o nome e a profissão dele e se tinha morado em Uberlândia em 1979. Sim, tudo batia. Confirmadas essas informações básicas, ela não fez rodeios: contou que, do relacionamento que teve na época com minha mãe, havia nascido uma filha. >>>

Surpreendentemente, ele nem chegou a duvidar da história. Já quis logo saber mais so-bre mim e até deixou escapar que sempre quis

11

Page 11: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

“Conheci meu pai só no dia do meu casamento” (continuação)‘Saí de férias e uma amiga, que sabia de tudo, achou meu pai na internet. Quando voltei e encontrei o telefone dele, tive medo de ligar. Uma tia fez o primeiro contato’

Lamentar o passado é correr atrás do vento - Provérbio

ter mais uma filha. Meu pai morava em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, estava casado e tinha quatro filhos, só uma menina. Tinha combinado com minha tia, antes de ela ligar, que, caso ele se interessasse em me conhecer, deveria me ligar. Com medo de sofrer frus-trações e decepções, pensava que se ele não quisesse me ligar, aquela história acabaria ali e simplesmente tiraria tudo da cabeça.

Demorou uns 15 dias para ele me ligar. Fiquei bastante angustiada com a demora. Pensava que ele podia não ter interesse em me conhecer ou tivesse dúvida se eu era mesmo filha dele. Também não tinha certeza. Um dia, estava a caminho da faculdade e meu celular tocou. Pelo código de área do telefone que apareceu no visor, soube que era ele. 'Aten-do ou não atendo?', pensei. Depois de algu-ma hesitação, atendi. Ele logo se apresentou e perguntou se eu sabia quem ele era. Fiquei encantada. Ele parecia realmente se importar comigo! Com aquela atitude, ele me fez ver que era um homem diferente e meu medo de ser renegada não fazia sentido.

Depois daquele contato, começamos a nos falar muito por telefone. Ele sempre me ligava e parecíamos querer tirar todo o atraso das conversas que não aconteceram por anos e anos. Contávamos tudo um para o outro. Mas, ao mesmo tempo que ele dizia o quanto queria me conhecer, falava que, por enquanto, nossa história deveria ser mantida em segredo por-que não sabia como a esposa dele iria reagir. Ele queria preparar a família dele primeiro.

Tanto que, quando o convidei para ir à minha formatura da faculdade de publicidade, ele disse que achava que a família dele não reagi-ria bem e recusou o convite. Fiquei chateada, mas entendi o lado dele.

No período em que nos falávamos por telefone, meu pai me contou que, na mesma época em que ele namorou minha mãe, teve outro filho em Uberlândia, uma informação que havia sido confirmada por meio de um teste de DNA. Não me importei nem um pou-co com o fato de ele ter tido outra simultane-amente à minha mãe. Isso é problema deles! Meu pai me deu o número do meu irmão e nós começamos a conversar. Adorei saber da exis-tência dele! Como ele é só seis meses mais velho do que eu, nos demos bem de cara. Até hoje ele vem em casa e a gente se fala muito. A relação dele com meu pai também é ótima.

Na época em que soube disso, como já vinha falando com meu pai havia um tempo e ainda não possuíamos nenhuma prova concre-ta que eu era mesmo filha dele, tive a ideia de ligar no laboratório que fez o exame de DNA desse filho para saber se meu pai precisaria comparecer de novo para coletar material caso eu quisesse fazer um teste também. Eles disseram que não, que eu só precisaria de uma procuração dele. Fiz o teste no fim daquele mesmo ano de 2004 e a paternidade foi confir-mada com 99,99% de certeza.

Desde os 16 anos, namorava o Luis Cláu-dio, dez anos mais velho. Àquela altura, já tí-nhamos marcado a data do nosso casamento:

26 de fevereiro de 2005. Decidi convidar meu pai. Antes de começarmos os contatos tele-fônicos, sempre pensava nesse dia com um pouco de tristeza, porque não teria ninguém para entrar na igreja comigo. Meu pai aceitou o convite de cara e disse que viria mesmo que a família dele não viesse.

No dia do meu casamento, estava ansiosa demais: não sabia se ele viria mesmo ou não. Todo mundo que sabia da história me per-guntava isso e eu não tinha o que responder. Avisei a todos que se ele não viesse, entraria sozinha e com ele no coração.

Faltavam cinco horas para a cerimônia e estava indo para o salão de beleza me arrumar quando ele me ligou dizendo que estava em Uberlândia. Fiquei tão feliz que saí correndo para o hotel. Naquele momento, não passava nada pela minha cabeça, eu só queria conhe-cê-lo.

Cheguei ao hotel com o coração baten-do muito forte, saindo pela boca. Estava ex-plodindo de ansiedade. Foi o momento mais emocionante da minha vida. Subi no elevador sem saber o que aconteceria nos segundos se-guintes. Só tinha certeza de que seria ótimo. Afinal, durante os dois anos em que nos fala-mos por telefone, ele sempre tinha sido muito carinhoso. Quando o elevador parou no andar certo e a porta se abriu, dei de cara com ele. Nós dois nos abraçamos forte e choramos.

Como já estava chegando a hora do meu casamento e eu nem estava pronta ainda, tive que correr para me arrumar. Nem deu tempo

de ensaiar a entrada com ele. Depois da ceri-mônia, conversamos bastante. Ele voltou para o Mato Grosso do Sul na mesma noite. Passei uma semana em lua de mel e, quando voltei, a mulher do meu pai tinha me convidado para passar um tempo na casa deles. No dia se-guinte, arrumei as malas e fui. Lá, eu conheci toda a família e os amigos dele. Era como se tivesse nascido um bebê, porque todo mundo queria ir a casa dele conhecer a filha que tinha chegado.

Para que minha relação com meu pai des-se certo, contou o fato de o amor e a paciência sempre terem falado mais alto. Ele e eu nunca impusemos condições para que nossa história desse certo. Com o tempo, fomos percebendo que há muitas semelhanças entre nós. Além dos olhos, que minha mãe sempre dizia, tem a testa, a nuca e o temperamento 'bonzinho', sensato e analítico que nós dois temos. Até o gosto pelas mesmas comidas, acredita? Eu gosto de quiabo, que nem todo mundo gosta, e ele também.

Conhecer meu pai foi um dos dois maiores presentes da minha vida. O outro eu ganhei no ano passado: chama Pedro e é meu filho.'n

Você também tem uma experiência para contar? Escreva para Marie Claire, 'Eu, leitora',

av. Jaguaré, 1.485/1.487, Jaguaré, São Paulo, SP, CEP 05346-902, ou para o e-mail: [email protected]. Mande endereço e telefone. Só

publicamos histórias VERÍDICAS.Se for necessário, omitiremos seu nome.

Comportamento1

2

Page 12: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Mercado

O Campeão - Quem começou e quando foi fundada a Muts?Eduardo - A Muts foi fundada por meu pai, Helmut Arthur Nimtz, em 1988.

- Quantos funcionários a Muts possui?A Muts tem 2 lojas - Sumaré e Nova Odes-sa, com um total de 27 colaboradores. Em dezembro chega a 40 pessoas.

- Há quanto tempo a Muts está no mercado?Eduardo - A Muts está em Sumaré há 23 anos e Nova Odessa a 2 anos. - Novembro é mês de aniversário da Muts, o que o cliente encontrou de especial na come-moração dessa data?Eduardo - Em todos aniversários das lojas há presentes para os clientes - este ano: na compra de 2 pares o 2.º par teve 50% de desconto. - Como foi 2011, e qual a expectativa de vendas para esse final de ano?Eduardo - O ano de 2011 foi um bom ano para a Muts, que vem crescendo e sempre ganhando novos clientes pelo bom

atendimento. Procuramos sempre fazer tudo para que o nosso cliente saia satisfei-to. E com um “descontão” no final do ano pretendemos dar ainda mais satisfação a nossos clientes. - Quais são os projetos para 2012?Eduardo - A Muts é uma empresa fami-liar que foi passada de pai para filho, fo-cando sempre os melhores produtos com o melhor preço da cidade e sobretudo bom atendimento. Sabemos que não há espaço no jornal para agradecer nossos funcioná-rios que são nossa grande motivação junto aos consumidores, e também citamos Luiz, gerente da loja em Nova Odessa e Patricia, responsável pela unidade de Sumaré sem-pre estão pelas lojas para completar nosso esmerado atendimento. - Sua mensagem final. Eduardo - A Muts deseja a todos os clien-tes um Natal cheio de paz e alegria com suas famílias. Um Ano Novo com esperan-ça renovadas e muitas conquistas, enfim um novo ano, uma nova chance para acer-tarmos! Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Lojas Muts e o bom 2011

Entrevistado: Eduardo Nimtz, executivo das lojas Muts

Por que os padres jesuítas, que eram contra o consumo de be-bidas alcoólicas, se eles controlavam a destilação? De que modo a sociedade islâmica se posicionava frente à questão do consumo de haxixe? Esses e outros temas foram abordados por Henrique Carneiro no livro Bebida, Abstinência e Temperança, publicado pela Editora SENAC São Paulo. O autor é professor no Departamen-to de História da USP.

A partir de comparações entre diversas fontes filosóficas, mé-

dicas e religiosas antigas e modernas, este livro apresenta um de-bate a respeito do significado da bebida, seus efeitos, sua relação com o divino ou com a história de uma sociedade. O professor de história moderna da USP Henrique Carneiro discute também a tensa questão da abstinência, do excesso e da temperança, que resultaram na procura de um ponto de equilíbrio e moderação por meio de normas, regras, leis, pedagogias e etiquetas sobre como beber adequadamente.

Bebida e Utopia

Se fores paciente em um momento de raiva,escaparás de cem dias de tristeza - Provérbio

Page 13: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Empreendedorismo

“Meu funcionário foi filmado surru-piando mercadorias. Que decepção! Era pessoa de confiança...”

“Ciclano era uma maçã podre no am-biente e chegou a ponto que ele próprio se queimara junto à equipe e, desconfortável, pediu ao patrão para mandá-lo embora. Um ano depois, eis que o patrão recebe in-timação de ação trabalhista reclamada por esse mesmo ciclano.

Algum tempo depois desse constrangi-mento na Justiça, eis que esse ciclano, sem usar óleo de peroba na cara, liga para o ex-patrão que ele levara à Justiça, pedindo ao mesmo uma carta de referência...”

As poucas linhas acima foram co-mentadas por um próspero empresário de Nova Odessa sugerindo, como é hábito na capital, para evitar dores de cabeça mais tarde, que os empreendedores da região adotem o simples hábito de pedir informa-

ção (sigilosa, sem constrangimento) que bem poderá evitar possíveis dores de cabe-ça no futuro.

Que bom vendedor não conhece sua região com suas virtudes e suas mazelas?

O Campeão ouviu de um prestador de serviços na Av. Rebouças, em Sumaré, o seguinte depoimento: “Sempre tive dificul-dade para conseguir mão-de-obra técnica. Há pouco, um novo funcionário que aten-deu a todos os requisitos estava a instalar um equipamento quando meu tradicional fornecedor passou pela oficina e viu esse novo contratado a trabalhar. 'O quê esse moço está fazendo aqui?', perguntou ele. 'É meu novo funcionário, respondi'. 'Deus do céu! Vá à Polícia e peça a ficha corrida dele, é melhor para você. Atualmente a fi-cha dele deve dar uns dois metros de com-primento só de ocorrências...', afirmou o vendedor.”

Para quê carta de referência?Acostume-se a pedir

referência para seus novos

funcionários

Do sublime ao ridículo não hámais que um passo - Napoleón

Page 14: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág. 1

4

Uma vez na vida você precisa passar“Um pedaço do Paraíso na Terra”, escreve um extasiado visitante A revelação de que Nova Odessa sedia uma

unidade científica de renome é surpresa para a maioira de seus moradores. Há pouco, cidadão novaodessense se surpreendeu com represen-tação do Jardim Botânico Plantarum sw Nova Odessa, na megafesta do verde promovida anu-almente em Holambra. Essa entidade foi criada sem alarde e apenas 13 anos depois a mídia veio a descobri-la. Diga-se, mídia local pois há muito seu idealizador, Henry Lorenze já é tema de importantes veí-culos de comunicação tais como National Ge-ographic ou Planeta Sustentável, que publicou em outubro de 2010 o seguinte:“Quando trabalhava na Copersucar, a Coopera-tiva de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, nos anos 80, o engenheiro agrônomo Harri Lorenzi era res-ponsável por recompor , com mudas nativas, as matas ciliares geralmente destruídas pelas queimadas da cana nas bordas dos canaviais. Recorria a viveiros para obter as mudas, mas a busca era difícil: só encontrava espécies exóti-cas. Passou, então, a coletar sementes na natu-reza para produzir e estudar o comportamento das mudas nos terrenos das usinas. Não ficou apenas nisso. Assim, Lorenzi começou a identificar cientifi-camente e a fotografar cada pé de árvore, além da flor e do fruto que ela produzia. Percebendo a ausência de publicações compreensíveis so-bre o assunto, decidiu organizar seu material em forma de livro. Após dez anos de pesquisa, surgiu o primeiro volume da coleção Árvores Brasileiras, um divisor de águas da literatura botânica nacional. Hoje, com três volumes – o último lançado no fim de 2009 – de quase 400 páginas cada, reúne 1056 espécies. ‘Fiz por-que era uma paixão. Hoje, tenho prazer ao ver que a obra contribuiu para o conhecimento e a preservação das árvores brasileiras’, afirma o catarinense de 61 anos, dono do Instituto Plan-tarum, que mantém, entre outras coisas, um jar-dim botânico em Nova Odessa (SP). ‘Até en-tão, os livros da área traziam apenas desenhos em nanquim, com os aspectos morfológicos da planta, o que é interessante para um botânico, mas, para o leigo, muito difícil de entender’, completa o professor e pesquisador do Depar-tamento de Botânica da Universidade de São Paulo (IBUSP), Paulo Takeo Sano.

Mais do que referência no estudo e na preser-vação da biodiversidade, a coleção foi a pri-meira a aproximar o leigo do conhecimento da flora arbórea do nosso país. Em vez de uma linguagem academicista e hermética, própria dos trabalhos científicos, Lorenzi produziu livros fáceis de ler e de consultar. Assim, o leitor tem à sua disposição informa-ções e imagens que auxiliam na identificação da espécie, sempre com seis fotografias co-loridas: planta adulta, flor, fruto, semente, madeira natural e tratada. Acompanhando as imagens estão textos objetivos sobre o habi-tat da árvore, sua utilidade, quando floresce, quando os frutos amadurecem, além de como colher as sementes e fazer as mudas. Abaixo da nomenclatura científica, ficam os nomes populares pelos quais a planta é conhecida. E também dá para saber como ela é chamada conforme a região do país. Os três livros con-templam muitas espécies da mesma família, o que permite que o leitor compare rapida-

mente as diferenças entre o abacateiro-roxo e o abacateiro-do-mato, por exemplo. O conteúdo de todas as publicações é extra-ído dos 60 mil quilômetros que o autor per-corre por ano, da Amazônia ao Pantanal, dos Pampas ao Nordeste – muitas vezes voltando aos mesmos lugares várias vezes para moni-torar uma espécie. Outro ponto que engrandece a obra é o cui-dado na identificação das árvores. Segundo Lorenzi, algumas pesquisas tomaram até 15 anos valendo-se de consultas a herbários na Europa. ‘A maioria de nossas plantas foi des-crita por europeus nos séculos 18 e 19, nas expedições naturalistas’, conta o agrônomo, formado pela Universidade Federal do Para-ná e com pós-graduação pela Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos. ‘A pri-meira geração da escola botânica brasileira surge apenas na década de 70. Até então uma das poucas referências era o estudo do pes-quisador alemão Carl Friedrich Philipp von

Martius e sua obra-prima Flora Brasiliensis’, relembra Takeo. Hoje, Lorenzi mantém uma equipe - compos-ta por um assistente e dois botânicos - para as expedições pelo Brasil. Juntos, percor-rem até oito mil quilômetros a cada viagem de pesquisa, cruzando o país. Ao longo dos anos, além do árduo trabalho de pesquisa, a equipe se orgulha de suas descobertas. Uma das mais importantes foi o encontro de um exemplar da raríssima pau-santo, na Serra da Bodoquena, no Pantanal, após quinze anos de buscas. A árvore surge frondosa e solitária em uma fotografia presente na última página do segundo volume. O agrônomo acredita que o país tenha cente-nas de espécies nativas a desvendar. Grande parte delas, pelo risco de extinção, certamen-te não será vista em seus livros. ‘O Cerrado é a região mais ameaçada pelas queimadas e cultivos agrícola e pecuário e, nas cidades, 80% das árvores ainda são exóticas’, ressal-

Esse prédio abriga a administração, restaurante, centro de eventos, salão de festas, centro cultural, editora, e alguns departamentos anexos

Page 15: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág. 1

5

ta. Mas as pesquisas não param. Enquanto o leitor lê esta resenha, provavelmente Lorenzi e sua equipe estão em busca de mais uma espécie desconhecida, juntando a paisagem an-cestral que se espalha pelo país em pedaços cada vez mais esparsos.Árvores Brasileiras - Manual de Identificação e Cultivo de

Plantas Arbóreas Nativas do Brasil pode ser adquirido por R$ 110, mais frete de entrega, pelo site do Instituto Planta-rum, ou nas grandes livrarias do país por cerca de R$ 140.”

Jardim Botânico Plantarum é abertoao públicoPessoas interessadas no universo botânico podem desfrutar de um centro de referência em flora brasileira, situado em Nova OdessaO Jardim Botânico Plantarum foi aberto ao público no dia 12 de novembro e oferece uma área visitável de 80 mil m2, equipada com estacionamento interno arborizado, restauran-te, lanchonete, empório e centro de eventos.Na área de visitação não há degraus, o que torna agradável a visita de pessoas com mobilidade reduzida ou com carrinhos de bebê. Além dos mais de 4,6 km de acessos pavimentados e também é permitido andar no gramado!

No acervo botânico vivo do Jardim Bo-tânico Plantarum se encontram exem-plares de mais de 3600 espécies de plan-tas. Só de arvores nativas do Brasil, são mais de 800 espécies. Pode-se apreciar a vitória-régia (Victoria amazonica), emer-gindo no Lago da Ninfa. Dali a poucos metros encontra-se a raríssima Butia leptospatha, considerada uma das menores palmeiras do mundo. Entre jardins temáticos, lagos, cantei-

ros floridos e bosques, vários caminhos sinuosos levam os vi-sitantes a descobrir as muitas curiosidades do reino vegetal.

O circuito de visitação também é repleto de tecnologias de impacto ambiental positivo, tais como: captação e uso de água de chuva para regar as plantas, aproveitamento de resíduos de construção para cultivo de plantas rupícolas, compostagem e cobertura de canteiros com matéria orgânica vegetal triturada, edificações sustentáveis com arejamento e iluminação natural e uso de materiais de demolição e madeira certificada.O projeto foi idealizado a partir de 1990, por iniciativa do engenheiro agrônomo e botânico brasileiro Harri Lorenzi. O pesquisador percorreu por mais de 30 anos, a maior parte dos

ecossistemas da América do Sul, em expedições científicas destinadas ao conhecimento e à conservação das plantas ame-açadas de extinção. Como resultado de seu trabalho, Lorenzi diz: “Realizo expedições de prospecção botânica no Brasil desde 1970. Após todos esses anos vivenciando a destrui-ção dos biomas, me senti motivado a apresentar ao público o acervo botânico vivo, fruto de minha pesquisa. Espero que o conhecimento e o trabalho desenvolvido por nossa equipe colaborem para reduzir a degradação ambiental e a perda ir-reparável das espécies vegetais”.Em 2007, com um grupo inicial de 16 associados foi fundado o Jardim Botanico Plantarum, que é uma associação sem fins lucrativos dedicada à educação, pesquisa e conservação da flora brasileira.Hoje, com mais de 60 associados, a instiuição é responsável pela conservação de dezenas de espécies de plantas ameaça-das, identificação de novas espécies vegetais, intercâmbio de material propagativo com outros jardins botânicos, publica-ções científicas e apoio técnico em projetos conservacionis-tas.A partir de sua abertura ao público, a instiuição inaugura tam-bém o Programa de Educação Ambiental, com o objetivo de sensibilizar as pessoas para a importância da conservação das plantas e o uso parcimonioso dos recursos ambientais. Nesse sentido foi elaborada uma exposição de plantas raras florífe-ras e insetívoras, aberta aos visitantes no Centro Cultural.“Nosso projeto político pedagógico contempla a realização de várias oficinas e eventos durante o ano. Já iniciamos o agendamento para visitas escolares e trilhas interpretativas guiadas, destinadas aos grupos de interesse específico so-bre os projetos desenvolvidos”, explica José André Verneck Monteiro, integrante do Grupo de Educação Ambiental JBP.O Jardim Botânico Plantarum foi inaugurado no dia 11 de novembro. Na cerimônia, além da equipe e dos associados, compareceram o Deputado Estadual Cauê Macris, o Prefeito de Nova Odessa Manoel Samartin, Vereadores e convidados.

Serviço:

Jardim Botanico PlantarumAvenida Brasil, 2000 – Nova OdessaVisitação: quinta-feira a domingo e feriados, de 9 às 17 horas.Ingressos: R$ 20,00 (meia entrada para estudantes, professo-res e maiores de 60 anos).Telefone: 19 3466 5587Informações: www.plantarum.org.br

pelo Jardim Botânico Plantarum

Page 16: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Memória As ideias não são responsáveis por aquilo que os homens fazem delas - Werner Karl Heisenberg

Os bastidores políticos queantecederam a fundação de Nova

Odessa

Durante três séculos o Brasil viveu quase que exclusivamente da mão-de-obra escrava, de origem africana. No início do século passa-do, ativou-se um movimento mun-dial de repúdio à escravidão, que viria modificar toda a estrutura de trabalho no mundo ocidente. O Bra-sil, em 1870, era o único país que ainda não abolira a escravatura.

Dentro desse contexto, o go-verno brasileiro logo começou a incentivar a vinda de imigrantes es-trangeiros, não só para substituir o “braço escravo”, mas também como forma de apressar o desenvolvimen-to da agricultura no seu imenso e pouco explorado território.

Sempre algum fator político, econômico ou social afetava outros países ou regiões, originando um movimento emigratório, o Brasil procurava atrair esse fluxo para as suas terras. Assim vieram os suíços – alemães, os alemães, os norte-americanos, os italianos, poloneses, russos, húngaros, letos e outros.

Em 1904, quando Carlos Bote-

lho assumiu a Secretaria da Agricul-tura, era política vigente a criação de núcleos coloniais para imigrantes de mesma origem étnica. O gover-no tinha por norma comprar terras de particulares e, dividindo-as em lotes, revendê-las aos imigrantes, a prazo de cinco anos.

Num despacho de Carlos Bo-telho, de 1º de julho de 1905, lê-se: “interessa ao governo, somente as propriedades à vista das estradas de ferro e de grande extensão.”

Nessa época a maior imigração era de italianos. Para exemplificar a importância que tinha o movimento de imigrantes, citamos o fato do go-verno da Itália começar a dificultar a emigração para o Brasil, canali-zando-a para as suas possessões na África. Carlos Botelho convidou o cônsul da Espanha para visitar os núcleos coloniais e as terras dispo-níveis, com vistas a atrair imigrantes espanhóis, o que logo conseguiu em larga escala. Isso criou tal ambiente

na Itália que obrigou o governo Ita-liano a reconsiderar sua decisão e a levantar as restrições impostas.

No caso de Nova Odessa, deu-se o fato de estar havendo um grande movimento migratório na Rússia, em razão de graves conturbações políticas e sociais. Como resultado dos reveses militares da guerra russo-japonesa (1904/1905), agrava-se a si-tuação interna da Rússia. Em janeiro de 1905, a fuzilaria do “domingo ver-melho” destruiu a confiança do povo no Czar. Greves, motins, revoltas e atentados se sucedem. Milhares de famílias russas abandonam o país e espalham-se por toda a Europa. Mui-tos emigram para os Estados Unidos.

Carlos Botelho logo instruiu o seu auxiliar e amigo Augusto Ferrei-ra Ramos (que estava em Nova York em missão do governo), para estudar a possibilidade de canalizar parte desse movimento para o Brasil.

Em princípios de março de 1905, Augusto Ramos assistia em Nova York o desembarque de imi-grantes russos, que lhe causaram ótima impressão. Ainda em março, em Londres, informava-se sobre a melhor forma de trazer esses colo-nos. Em 13 de abril, assinava con-

Carlos Botelho e Nova Odessa

No Brás, começo do século XX, o albergue que acolhia os emigrantes que posteriormente eram encaminhados para as colônias no interior do Estado.

trato com a companhia de navegação Royal Steam Packet Company, para esse efeito. E em maio já chegavam a Santos e a Nova Odessa (Pombal) os primeiros onze russos. (Relatório da Hospedaria dos Emigrantes do mês de maio de 1905 – Arquivo do Estado-São Paulo. Ordem 4680).

Paralelamente, no Brasil Car-los Botelho, em fevereiro de 1905 providencia a compra da primeira fazenda do novo núcleo, a Fazenda Pombal, cuja escritura foi lavrada em 11 de março. Em seguida foram estabelecidas as bases para a instala-ção do novo núcleo, demarcados os lotes e, a 23 de maio de 1905, criado oficialmente o NÚCLEO COLO-NIAL NOVA ODESSA, pelo decre-to nº 1286.

A primeira referência a “cama-radas russos” trabalhando no Núcleo é o dia 29 de maio, e encontra-se no “diário” mantido pelo administrador, Cândido de Albuquerque. (Arquivo do Estado-São Paulo, ordem 4681).

Também na prestação de contas do Núcleo, do mês de maio, encon-tramos o pagamento feito a seis traba-lhadores, cujos nomes são obviamente russos e de origem judaica. (Arquivo do Estado-São Paulo, ordem 7196.

16

Page 17: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

As perguntas não são nunca indiscretas. As respostas, as vezes sim - Oscar Wilde Em algum lugar do passado

Em duas edições passadas trouxemos a esta coluna, dados sobre a origem de Suma-ré: Em meados do século XVIII, surge nesta região a Vila de São Carlos das Campinas. Ao seu redor vão surgindo as sesmarias, grandes porções de terras incultas e devolutas que o governo imperial concedia a pessoas que go-zavam de prestígio pelo império português no Brasil. Sumaré tem a sua origem vincula-da às sesmarias. As mais antigas referências à região do Quilombo, há mais de 200 anos, são encontrados em documentos de doação das sesmarias.

Com o desmembramento das sesmarias, a região passa a ser formada por fazendas. Em suas culturas, destaque para o café. Com fazendas e povoado formados, no dia 26 de julho de 1868 foi construída uma capela de-dicada à Nossa Senhora de Sant’Ana, marco da fundação de Sumaré.

Em 1875, com a inauguração da esta-ção da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o povoado progrediu rapidamente. A Estação recebeu o nome de um dos maiores engenheiros brasileiros, Antonio Pereira Re-bouças Filho.

Em 1920, em franco desenvolvimento, o povoado já contava com energia elétrica, posto policial, iluminação pública, cartório, escola, serviço telefônico, igreja matriz, subprefeitura e pronto socorro. O serviço de abastecimento de água foi inaugurado em 1934.

Sumaré, em seus primórdios era conheci-da como Quilombo. Com a passagem da es-trada de ferro, Quilombo passou a ser chama-

do Rebouças. A denominação Sumaré, nome de uma orquídea originária desta região, se deu em 1945, por meio de um plesbicito. O nome da orquídea Sumaré foi escolhida dez anos antes da emancipação politico adminis-trativa do município, que conquistaria a sua independência de Campinas no 1° de janeiro de 1953. Sumaré é elevado à condição de Co-marca no ano de 1964.

A partir da década de 60, a população su-mareense passou a registrar um crescimento vertiginoso. Na década de 70, o crescimento demográfico chegou a quase 400% e Sumaré passou a ser visto como uma terra de oportu-nidades, atraindo migrantes de todas as regi-ões do Brasil.

A história de Sumaré se divide nitida-mente em duas partes: até 1950 sua popula-ção era basicamente formada por imigrantes italianos e portugueses; depois de 1950, pela presença de migrantes de todos os estados do Brasil. Os imigrantes vieram quando o café chegou a Campinas na segunda metade do século XIX. A produção cafeeira avançava para o oeste paulista deixando para trás as terras cansadas e as antigas fazendas reta-lhadas em pequenos sítios, agora ocupadas pelos imigrantes.

Eles compravam terras, praticavam a agricultura nas imediações de Sumaré ou abriram comércio na zona urbana. O vilare-jo crescia ao redor da Estação de Rebouças, impulsionado pelo comércio, pela incipiente indústria de sabão, de tijolos, de bebidas e pela atividade extrativa da madeira. Em 1907

o povoado tinha perto de 300 habitantes, em 1912 pouco mais de 400, em 1940 o distri-to tinha perto de 5.000 e em 1950 chegava a 6.000. Coincidido com a industrialização do Sudeste, as indústrias alcançaram Sumaré nos anos 50 e a partir de então o município vivenciou um crescimento vertiginoso a cada década. Em 1943 veio a 3M do Brasil e, de lá para cá, dezenas de outras indústrias se-guiram o mesmo caminho, impulsionando o desenvolvimento do município. Em 1991, o

distrito de Hortolândia conquistou a eman-cipação político-administrativa de Sumaré. Na agricultura, atualmente, o seu forte é a produção de tomate, que exporta para os pa-íses do Mercosul, e a cana-de-açúcar, sendo esta cultura, a que concentra a maior área de cultivo.

Fonte: Associação Pró-Memória de Sumaré, entidade sem fins lucrativos que tem como focos principais a preservação, conservação e

divulgação da história da cidade de Sumaré.

A sesmaria onde nasceu Sumaré - III

A inauguração da estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro se deu em 1875

17

Page 18: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

05

Decoração Fuja do elogio, mas tente mereçê-lo - François Fénelon

Todos os natais de nossas vidasO comércio se apropriou da data e entretanto, o mais sagaz dos comerciantes se rende à família reunida no Natal!Todo Natal é o mesmo ritual

de todos os anos e vem aquela de-terminação de não nos envolver-mos com a festança controlando o orçamento a ferro e fogo. Mas à medida que se aproxima a grande data, quem resiste?

Nosso lado lúdico todo amar-rotado lá no fundo do tal coração se aflora, pois a magia do Natal eletriza nosso espírito com o cli-ma, com o ritmo, as pessoas mais alegres, as musiquinhas que nos remetem à infância tão distante...

Defeituosamente lindo, o ser humano passa anualmente por uma prova de fogo terrível quan-do das passagem das festas nata-linas. Cada um a seu modo, soli-tário ou com a família, o balanço anual às vezes é dramático, mas a roda da vida inexoravelmente gira, nos dando oportunidade de nos apresentarmos conforme nos-so papel. Afinal, nessa novela da vida, somos os atores. Dramáti-cos, sensíveis, alegres, tristes, nes-sa novela real nos exige o melhor figurino e o melhor desempenho – sempre! Afinal, o aplauso é au-

têntico dado pelo mundo real! Por ocasião do Natal nossa

sensibilidade se aflora e um dos elementos que muito nos toca é a

decoração. Aí, os duendes, os má-gicos, os artistas se apresentam e nos deslumbram. Tão real que o lado comercial oportunamente se

apresenta oferecendo decoração de ambientes e extrapolam o ima-ginário e sempre somos tocados pela criatividade amparada pela

capacidade do acabamento arte-sanal. Quando se fala em Natal, deduz-se artesanato.

Afinal, mesmo sob encomen-da o resultado é único, longe das tradicionais linhas de montagem.

Mas o profissionalismo há muito já chegou nesse seguimen-to pois o comércio há décadas possui seus prestadores de servi-ços especializados em decoração de vitrines e o que apenas muda é o tema que foge aos tradicio-nais verão, inverno e primavera, para focar o Natal. Nas andanças pela grande teia, descobrimos um grupo de artistas que atende maté shopings centers, a Arttotal, empresa especializada em deco-ração de natal que há mais de 10 anos idealiza e executa projetos adequados para empresas de di-versos segmentos. Desenvolve decorações externas e internas com árvores de natal, guirlandas, festões, bolas, entre outros, utili-zando somente materiais de qua-lidade e trabalhando com preços compatíveis à realidade de mer-cado. >>>

O êxodo de paulistanos que trocaram a desvairada paulicéia por novo projeto de vida no interior, para esses, é inegável que o cordão umbilical fica nervoso ao vislumbrarem imagens paulistanas como a do Shopping Light...

18

Page 19: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Decoração Na vida não há prêmios nem castigos. Somente consequências - Robert Green Ingersoll

A magia das luzes do Natal Todos os natais prometemos ser durões não abrindo mão na gastança. Mas isso dura apenas até pelo dia 20...

anônimos artistas que nos remetem a níveis que não há tranca que impeça o caldeirão de emoções que cada ser humano tem na caixinha de bom

parecer, carregada de energia que inegavelmente mexe conosco, intima-mente nos sacodem, mesmo que por alguns momentos, estejamos em Su-

maré, Nova Odessa ou na China, nos remetem - mesmo que por frações de segundos - a uma fantástica viagem pela Terra do Nunca – Nunca mais!

>>> Evidente que para per-manecer como profissional nesse mercado é imprescindível apre-sentar projetos sustentados em apelos que encan- tam à primeira vista, ofere- çam segu- rança e

detalhes que remetem o orçamen-to a níveis de bastidores.

Como tudo de material tem pre-ço, as decorações natalinas

não deixam de abriro baú da magia

de luzes ace-sas acesas

por

Por mais cara que seja uma decoração, por trás da mesma há um motivo, desejo não confessado de se viajar à Terra do Nunca, deslumbrar o espírito daquela criança que vive eternamente trancada dentro de nós...

Árvode Natalem Barueri

19

Page 20: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Almoço especial em famíliaUm prato principal: receita deliciosa de rondelli com carne, rápida de fazer e muito nutritiva

Sabores

Rondelli

Ingredientesn 800 gramas de massa pré-cozida n 1/2 kg de carne-moida n 1/2 maço de brócolis n 100 gramas de presunto n 100 gramas de queijo n 1 pimentão amarelo n 3 dentes de alho n 1 cebola picada n 2 copos de molho de tomates n 2 copos de molho branco n 1 colher de sopa de manjericão, 1 colher

de sopa de cebolinha, 2 colheres de sopa de azeite

n 1 colher de sopa de manteiga, sal, pimenta e parmesão a gosto.

Modo de preparo

n Frite a carne com o alho, a cebola, o pimen-tão picado, o brócoli lavado, limpo e cortado em buquês, o sal e a pimenta.

n Recheie a massa com queijo fatiado ou ralado, a carne refogada, o presunto e enrole o rondelli.

n Coloque o molho branco no fundo da assa-deira, o rondelli e cubra com o molho vermelho e parmesão.

n Leve ao forno para derreter o queijo.

Deveríamos usar o passado como trampolime não como sofá - Harold MacMillan

20

Page 21: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág. 2

1

Saúde

O câncer em Lula

Quando falares, cuide para que suas palavras sejam melhores que o silêncio - Provérbio Indiano

“As notícias sobre a doença do ex-presidente Lula desencadearam intensa polêmica nas redes sociais.

Centenas de pessoas passaram a exigir que Lula fizesse o tratamento contra o cân-cer no SUS - Sistema Único de Saúde. As-sim, de acordo com o raciocínio desses internautas o ex-presidente iria sentir as mazelas da saúde pública no País.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez questão de condená-los pu-blicamente. Também não faltaram de-poimentos de vítimas do câncer em hos-pitais públicos que só têm elogios para atendimentos médicos.

Gilberto Dimenstein desabafou: “Senti um misto de vergonha e enjoo ao receber centenas de comentários de leitores para a minha coluna sobre o câncer de Lula. Fossem apenas algumas dezenas, não me daria o trabalho de co-mentar. O fato é que foi uma enxurrada de ataques desrespeitosos, desumanos, raivosos, mostrando prazer com a tra-gédia de um ser humano. Pode sinalizar algo mais profundo. Centenas de e-mails pediam que Lula não se tratasse num hospital de elite, mas no SUS para supos-tamente mostrar solidariedade para com os pobres”.

Mônica Waldvogel: “Todos sabem que o tratamento contra no câncer, o tem-

Centenas de e-mails pediam que Lula não se tratasse num hospital de elite, mas no SUS...

De Nova Odessa, Sumaré ou de qualquer lugar, quem assistiu ao progra-ma certamente fora dormir no mínimo, abalado com a dura realidade que existe além de seu jardim.

Pode parecer utopia, mas resta a espe-rança de que um dia serão eleitos candi-datos que levantaram a bandeira de que suas famílias utilizarão tanto os serviços de saúde quanto o da educação pública.

Só assim teremos alguma esperança de se mudar o quadro atual.

Cobrar de Lula que vá para o SUS nesse momento é passado.

A entrevista, na íntegra, pode ser assistida pela Internet acessando: http://g1.globo.com/videos/globo-news/entre-aspas/t/todos-os-videos/v/tratamento-contra-o-cancer-na-rede-publica-pode-ser-de-qua-lidade/1684577/

po é fator importantíssimo. E críticos do SUS apontaram uma demora de 76 dias em média para o início de uma quimiote-rapia e 113 para começar a radioterapia. É tempo demais! Quando os brasileiros que dependem da saúde pública poderão re-petir sem medo a frase do jornalista inglês de que ‘Câncer é uma palavra, não uma sentença’ - John Diamond?”

Médico do presidente Lula e tam-bém diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e o diretor do Hos-pital Albert Einstein foram convidados ao programa “Abre Aspas”, comandado por Mônica Waldvogel na Globo News. Linguagem estritamente técnica, porém didática, a dupla de médicos entrevis-tados lançou muita luz sobre esse tema um tanto quanto nebuloso vivenciado apenas pelos acometidos pela doença e familiares, pois anualmente 480.000 no-vos casos são diagnosticados e cerca de 100.000 pessoas não conseguem aces-so ao tratamento. Estima-se que faltam mais de 200 máquinas e suas custuosas estruturas difíceis de operar...

Entrevistando aos médicos, Mônica Waldvogel às vezes se exasperava: “É ter-rível imaginar que alguns vão sobreviver e outros não, simplesmente porque não conseguiram chegar às portas do trata-mento...”

Page 22: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Profissionais Não ensinar ao filho a trabalhar é como ensinar-lhe a roubar - Provérbio Italiano Achados na Praça

Aspersor - Uma loja muito conceituada, a Everest Distribuidora, sempre está surpre-endendo seus clientes com novidades. Dessa vez, O Campeão se maravilhou com pequena peça no canto da loja, o aspersor, que signi-ficava luxo na produção de Irrigação sempre foi o sonho da maioria dos chacareiros para ter suas plantações a salvo das escassas e im-previsíveis chuvas. Na Everest, encontra-se um simples aspersor que hoje pode ser usa-do no jardim ou na horta utilizando a sim-ples mangueira doméstica. Quem cuida com carinho de seu jardim certamente terá nesse acessório a peça ideal para manter o verde sempre verde.

Serviço:Everest Distribuidora - Americana (19) 3406-9800

Gerador de receita - Em Sumaré, jovem empreendedor está apresentando ao mercado uma central de serviços que pode alterar a cul-tura de se buscar obrigatoriamente vários servi-ços no centro da cidade. Trata-se de um toten com computador e monitor touch screen, serve a pessoas que precisam imprimir arquivos fo-tográficos (fotos digitais, convites de aniversá-rios, casamentos, etc.), impressão de arquivos, trabalhos escolares, segunda via de boletos e o que o cliente vir a criar...

Com investimento quase simbólico, pada-rias, farmácias, empórios, papelarias, enfim, onde haja relativo fluxo de consumidores pode-se adicionar esse equipamento que pagará em poucos meses e o restante é alegria contínua.

Serviço:Max - Soluções em Impressão ink jetSumaré - (19) 3803-3018 9419-6980

Mão na roda Faturador Novidade a piscinas

Solo - A ciência facilita de novo sua vida. Um novo e incrível conceito de tratamento de piscinas que irá manter a água limpa e cristalina por muito mais tempo com um baixíssimo custo mensal, pois a reposição do SOLO se fará necessária em média a cada 30 dias. Para manutenção das piscinas com-pactas 1 Litro do SOLO dura aproximadamente 5 meses. Ideal para quem procura qualidade aliada a praticidade! Você despeja pequena medida sobre a água e pronto! Permite o uso imediato da piscina; Mantém sua pele e cabelos perfeitamente hidra-tados, sem causar irritação aos olhos; Combate e previne contra ataque de bactérias, fungos ou algas, não disseminando assim micoses e conjuntivite; É biodegradável e ecologicamente correto, tornando a água reaproveitável.

Serviço:iGUi Piscinas - Americana - Tel. 3473-5310

Na Internete, a apresentação da Hiperbril, empresa especializada em produtos para limpeza e conservação de automóveis há a apresentação “Apaixonados por carro como todo brasileiro”, “Seu carro novo de novo"; "O carro é a extensão do homem"; "Ele gosta mais do carro que...”

A Revista 4 Rodas publicou há algum tempo interessante artigo denominado “Os eleitos - os carros que mais aceleram o coração de seus dono” No artigo a revista cita os melhores produtos para se aplicar na limpeza e conservação do carro e,

interessante que todos os produtos citados pela revista estão disponíveis na Hiperbril, loja especializada na conservação de autos, localizada na Rua D. Pedro II, em Americana.

Opções de escolha

O termo azulejo designa uma peça de cerâ-mica de pouca espessura, em que uma das faces é vidrada, resultado do cozimento de um reves-timento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. - (Wikipédia). O uso de pisos e azulejos ou revestimento popularizou-se por seu valor decorativo e também por suas caracterís-ticas impermeabilizantes, sendo muito utilizado em cozinhas, banheiros e demais áreas hidráu-licas. O Campeão se encantou com a variedade de pisos oferecidos pela nova loja ConstruVip Cidade Nova, no Bairro Maria Antônia, cuja du-plicação da área de venda a mais de 1.100 m2 impressona pela diversidade produtos.

Serviço:ConstruVip Cidade Nova Sumaré - (19) 3854-8400

Page 23: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

A língua resiste porque é mole; os dentes cedem porque são duros - Provérbio Chinês Autos

Novidade no mercado: Protvel

Entrevistado: Wanderlei Papile

Sr. Wanderlei, qual a sua função na empresa?Wanderlei Papile - Sou consultor regional.

Descreva para nós o que vem a ser a Protvel.Protvel – Associação Brasileira dos Ami-gos Condutores de Veículos, é uma As-sociação civil, pessoa jurídica de direito privado e sem fins lucrativos, de âmbito nacional. Sua duração é por tempo inde-terminado e o número de associados ili-mitado.A Protvel é uma associação que agrega pessoas idôneas e comprometidas umas com as outras e busca oferecer a cada associado o suporte necessário para que ele seja assistido com rapidez e eficiência quanto aos danos causados em seu veículo por acidente, colisão, incêndio, roubo ou furto.

Há quanto a Protvel está no mercado?Estamos no mercado há quatro anos. Quantos associados a Protvel tem hoje, apro-ximadamente?Em torno de 45.000 associados em todo Brasil Onde fica a matriz da Protvel?A sede está localizada em Belo Horizonte, MG, mas há regionais em vários Estados do Brasil com infra-estrutura adequada para atender aos seus associados com a agilidade devida.

Há quanto tempo a Protvel está operando em Sumaré?Estamos operando desde 10 de janeiro de 2011

Quantos funcionários possui a Empresa para atender a região?Hoje estamos com 10 funcionários no total. Vocês administram somente essa regional de Sumaré?Não, temos a regional na Rua Adolfo Ber-to de Oliveira, número 31, no Jd. Santana em Sumaré e inauguramos outra há um mês em Americana, na Rua Iguaçu, 410, sala 06, Jd. Ipiranga. Por que optaram por montar uma regional da Protvel em Sumaré?

Acreditamos no potencial de Sumaré e por isso resolvemos investir aqui. Qual a proposta da Protvel aos associados?Nossa proposta é atender a todos com efici-ência, agilidade e menor custo-benefício. Como funciona a proteção oferecida pela en-tidade?A Protvel disponibiliza aos seus associa-dos, serviços assistenciais 24 horas, 07 dias por semana em todo Brasil. Qual o diferencial da Protvel para com outras seguradoras?Na proteção, a Protvel não exige perfil e qualquer pessoa habilitada pode guiar o veículo protegido, não tem importância a idade, se usa o veículo para trabalho ou para faculdade ou para outros lugares, e quanto ao local onde o veículo fica, não nos preocupamos com isso, porque a pro-teção é contra roubo, furto, colisão, fenô-menos da natureza (como chuva de gra-nizo, enxurrada e queda de árvores), em todas as situações a assistência será de 24 horas por dia, em todo o Brasil, inclusive carro reserva em caso de colisão e mais, nossa renovação é automática.

Em quais categorias se pode associar a Protvel?Há três categorias: automóveis, motos e

caminhões. Cada uma delas possui bene-fícios diferenciados, que informamos no ato da contratação.

Quais as vantagens disponibilizadas aos Associados?Associar-se a Protvel é garantir-se de conforto e tranquilidade. No segmento de proteção para veículos de passeio, motos ou caminhões, a Protvel vem se destacando por atuar mediante o sistema de rateio entre os seus associados. Isso resulta em baixos custos aos serviços prestados, mas com qualidade, eficiência e transparência garantidas.

Como é esse rateio? Cada associado participa do rateio por meio de quotas tendo como referência a categoria do veículo protegido. O rateio visa oferecer equilíbrio e sustentabilida-de ao grupo.

Há algum benefício paralelo a esse rateio?Além da proteção veicular oferecida, a Protvel dispõe de um pacote assistencial ao veículo, ao associado oferecendo con-vênios e parcerias com empresas relacio-nadas ao seguimento automobilístico.Em relação à cobertura veicular, o as-sociado Protvel conta também com be-nefícios como carro reserva e cobertura contra fenômenos da natureza.

Associação oferece proteção veicular 24 horas diárias aos associados

Page 24: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

23

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Page 25: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

A beleza pode abrir portas, mas somente a virtude entra - Provérbio Inglês Autos

Algumas novidades para 2012Competividade em alta com novas montadoras, consumidor passa a ter novas opções a melhor custo

Chevrolet lança sucessores para Vectra e Astra

A General Motors fez um “fa-celift” no próprio portfólio em 2011. Para voltar a ser competiti-va no segmento de sedãs médios, a Chevrolet aposentou o Vectra e lançou o Cruze. O veículo global da montadora chegou em setembro ao Brasil com preços a partir de 67.900 reais e acessórios como fa-róis de neblina, direção elétrica, ar-condicionado digital, freios ABS, airbags frontais e laterais, piloto automático e controle de estabili-dade. Já para o segmento de sedãs pequenos a GM decidiu apostar no Cobalt. O carro desembarcou no mês passado com preços a partir de 39.980 reais – a mesma faixa do Astra. À primeira vista, o modelo parece um Agile sedã. Quem dirige o Cobalt, no entanto, percebe que se trata de um carro superior. Ainda é cedo para avaliar se os dois no-vos carros serão tão bem-sucedidos quanto os antecessores, mas as vendas iniciais podem ser conside-radas auspiciosas.

Fiat apresenta novo Palio etraz primeiro SUV

O Palio já chegou a ser, o carro mais vendido do Brasil. Desde que o Uno foi completamente remo-delado, entretanto, o Palio vinha perdendo espaço nas concessioná-rias da montadora italiana. Em sua segunda geração, o carro ganhou traços do Punto e cresceu em com-

primento, altura e largura. O hatch é vendido em seis versões de aca-bamento e chegou por a partir de 30.990 reais. Na versão de entra-da, o carro oferece computador de bordo, direção hidráulica, abertura interna de porta-malas e desemba-çador traseiro.

Outra novidade importante da Fiat neste ano foi o lançamen-

to do Freemont, o primeiro SUV da montadora no Brasil. Clone do crossover Dodge Journey, o carro chegou para ocupar uma lacuna no portfólio de produtos da Fiat, líder de mercado no país. Ainda em 2011, a montadora italiana con-seguiu ressuscitar o 500 no Brasil. Até a metade do ano, o carro não vendia nem 100 unidades por mês.

A reação passou pela decisão de deixar de importar o modelo da Po-lônia e passar a trazê-lo do México, o que garantiu isenção no Imposto de Importação. Com o melhor pla-nejamento tributário, os preços de-sabaram. A versão de entrada caiu de 59.000 para 39.990 reais. As vendas reagiram imediatamente e já superam mil unidades ao mês.

24

Page 26: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

18

Autos

A1 vira veículo mais vendido da Audi

Desde que chegou ao Brasil em maio, o A1 desbancou o A4 como

veículo da Audi mais vendido no país. O modelo de entrada da montadora de luxo alemã custa atualmente cerca de 94.000

reais e representa a forma mais barata de ter um Audi por aqui. Apesar de pequena

dimensão (o carro tem 3,95 metros), o A1 oferece equipamentos em linhas

com os dos demais modelos da marca. Traz ar-condicionado digital, direção

eletrohidráulica, volante esportivo multi-funcional com borboletas para a troca de marchas, airbags, computador de bordo,

rodas de 16 polegadas, sensores de chuva, con-trole de estabilidade e freios ABS. O motor 1.4

com turbocompressor permite acelerar de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos. Comparado ao rival

MINI e às metas de vendas estipuladas pela própria Audi, no entanto, o A1 não conseguiu

ser tão bem-sucedido quanto se imaginava.

Novidades

O Renault Duster fez muito menos ba-rulho que diversos concorrentes ao desem-barcar no Brasil em outubro, mas as vendas foram uma surpresa positiva. Segundo os dados da Fenabrave, 3.875 unidades foram comercializadas em novembro, o que foi suficiente para tornar o Duster o SUV mais vendido do Brasil no mês passado. Consi-derando apenas os carros que custam mais de 50.000 reais, o lançamento da Renault só perderia para o Toyota Corolla. Mas qual é o segredo do sucesso do Duster? Basicamente,

o preço. O carro desembarcou no Brasil cus-tando a partir de 50.900 reais – menos que a já desatualizada EcoSport. O Duster foi de-senvolvido pela romena Dacia, uma das mar-cas do grupo Renault. O carro compartilha componentes e usa a mesma plataforma do Logan e do Sandero – outros dois sucessos da empresa francesa no Brasil. Na mais sim-ples de suas cinco versões, o Duster oferece motor 1.6 16V flex de 115 cavalos, câmbio manual, direção hidráulica, ar-condicionado e volante com regulagem de altura.

Renault Duster é o SUVmais vendido de novembro

25

Page 27: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Da felicidade ao sofrimento é somente um passo; do sofrimento paraa felicidade parece demorar uma eternidade - Provérbio Italiano Autos

O presidente da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, em 16 de novembro, disse que os novos mo-delos que a montadora vai produ-zir no País terão um preço “muito competitivo”. Ele não adiantou se serão mais baratos que os atual-mente comercializados no País, importados da China.

“Já temos um preço muito com-petitivo, e os carros com produção nacional também serão lançados com preço muito competitivo”, dis-se, durante cerimônia, no Espaço Unique, em Salvador, de anúncio da instalação da unidade da fábri-ca, com a presença do governador do Estado, Jaques Wagner.

“Garanto que será uma relação custo-benefício excelente.”

Segundo Habib, os modelos a serem produzidos no País serão to-talmente diferentes dos atuais.

“Serão modelos feitos especial-mente para o mercado brasileiro”, afirmou, ressaltando que, em uma segunda etapa, os modelos serão exportados para Argentina e Mé-xico.

A JAC aposta no crescimento das vendas de veículos no Nordes-te para aumentar sua participação no mercado brasileiro. Presente ao evento, o governador da Bahia, Ja-ques Wagner, elogiou a “coragem e rapidez” da JAC Motors em ins-talar uma fábrica no País, depois da decisão do governo de elevar o Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) para carros importa-dos. Na avaliação dele, embora não haja nenhuma confirmação de que a montadora terá um desconto no IPI e um prazo maior para se ade-quar ao índice de nacionalização de

65%, a negociação com o governo federal deve ser mais fácil.

“A expectativa é que esse pro-cesso negocial aconteça, mas isso não foi impeditivo para a tomada de decisão da empresa. Sempre fica me-lhor, para o ambiente negocial, não ficar parado esperando alguma coisa. Em cima de ambientes concretos, fica mais fácil de negociar”, afirmou, ressaltando, porém, que a decisão cabe à presidente Dilma Rousseff.

Wagner disse que a Bahia ofe-receu as mesmas condições que outros Estados para atrair a fábrica, tais como incentivos, infraestrutu-ra e rapidez nas respostas. Segun-do ele, são as mesmas condições oferecidas à Ford, que também está instalada no Polo de Camaça-ri. O governador negou que tenha

imposto cláusulas ao investimen-to, mas admitiu que a intenção é “baianizar” o máximo possível da produção. “Queremos que a am-pla maioria dos funcionários se-jam baianos. Se falta qualificação,

JAC a preços ‘muito competitivos’ O Brasil deve passar de 10 marcas fabricantes no país para mais de 20 até 2014

vamos qualificar”, afirmou. Ele também citou como exemplo os uniformes dos trabalhadores que, preferencialmente, devem ser fei-tos na Bahia, em sua opinião.

Fonte: Estadão

Fábrica da JAC Motors - Hefei, China. Sem horas extras, 13.º, greves...

26

Page 28: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, apalavra dita e a oportunidade perdida - Provérbio TibetanoAutos

Page 29: O Campeão

O C

ampe

ao l

Prim

eira

qui

nzen

a de

dez

embr

o/2011

l

Pág.

Brasil Meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus ver-sos Ô Brasil, samba que dá Bamboleio, que faz gingá Ô Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim... Ô, abre a cortina do passado Tira a Mãe Preta do serrado Bota o Rei Congo no congado Brasil! Brasil! Deixa cantar de novo o tro-vador

À merencória luz da lua Toda canção do meu amor Quero ver a “Sá Dona” cami-nhando Pelos salões arrastando O seu vestido rendado Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim... Brasil terra boa e gostosa Da morena sestrosa De olhar indiscreto Ô Brasil, verde que dá Para o mundo se admirá Ô Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim...

Aquarela do Brasil Ary Barroso (1939)

Ô, esse coqueiro que dá côco Oi, onde amarro a minha rêde Nas noites claras de luar Brasil! Brasil! Ah, ouve essas fontes mur-murantes Aonde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincá Ah, este Brasil lindo e tri-gueiro É o meu Brasil brasileiro Terra de samba e pandeiro Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim...