o campeão

16
Filosofia de vida O país pode estar quebrado, mas o modo de vida do norte-americano pouco muda! Cidadão pegou seu trailer e com a esposa, sem pressa, atravessam o país... Duas celebradas cabeças femininas dão seus recados. Não deixe de ler: “Ciúme patolológico”; “A gente se acostuma para poupar a vida...”, diz uma delas, a escritora e jornalista Marina Colasanti - Pág. 2. OPINIÕES MANUTENÇÃO Entrevista Comportamento Segurança Vale a pena gastar com o conserto ou comprar um modelo mais novo? Trata- se de decisão que deve ser tomada em cima de números que, frios, às vezes podem mudar nossa opinião - Pág. 5 Vanderlei Luxemburgo: “A seleção tem que encontrar uma liderança, um jogador para quem as pessoas olhem e digam: “Olha ali, aquele é o cara”; Quando o Ro- naldo parou, já tinha de ter... - Pág. 6 Cachorro no colo ou à esquerda do mo- torista é infração média, sujeita a mul- ta; já dirigir com o cão debruçado para fora da janela é uma infração grave, com multa a retenção do carro - Pág. 13 Na Bandeirantes ou Anhanguera às ve- zes, somos surprrendidos por motoris- tas que barbarizam ao volante. Mas es- tão sendo observados pelo sistema de monitoramento da Autoban... - Pág. 16

Upload: euripedes-freitas

Post on 22-Mar-2016

218 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Jornal quinzenal

TRANSCRIPT

Page 1: O Campeão

Filosofia de vida

O país pode estar quebrado, mas o modo de vida do norte-americano pouco muda! Cidadão pegou seu trailer e com a esposa, sem pressa, atravessam o país...

Duas celebradas cabeças femininas dão seus recados. Não deixe de ler: “Ciúme patolológico”; “A gente se acostuma para poupar a vida...”, diz uma delas, a escritora e jornalista Marina Colasanti - Pág. 2.

OPINIÕES MANUTENÇÃO Entrevista Comportamento SegurançaVale a pena gastar com o conserto ou comprar um modelo mais novo? Trata-se de decisão que deve ser tomada em cima de números que, frios, às vezes podem mudar nossa opinião - Pág. 5

Vanderlei Luxemburgo: “A seleção tem que encontrar uma liderança, um jogador para quem as pessoas olhem e digam: “Olha ali, aquele é o cara”; “Quando o Ro-naldo parou, já tinha de ter... - Pág. 6

Cachorro no colo ou à esquerda do mo-torista é infração média, sujeita a mul-ta; já dirigir com o cão debruçado para fora da janela é uma infração grave, com multa a retenção do carro - Pág. 13

Na Bandeirantes ou Anhanguera às ve-zes, somos surprrendidos por motoris-tas que barbarizam ao volante. Mas es-tão sendo observados pelo sistema de monitoramento da Autoban... - Pág. 16

Page 2: O Campeão

02

Este jornal não se cansa de apregoar que Sumaré ainda é um diamante bruto. Infeliz-mente não é possível voltar no tempo para se fazer uma faxina no seguimento públi-co. Nem sempre essa cidade perde o bonde pois sua privilegiada localização sempre a colocou no mapa de tudo! Eis que se pode festejar algo altamente positivo, bancado pela iniciativa particular, apesar do contras-te social ainda ser preocupante, praneja-se empreendimento que sem dúvida elevará a auto-estima da cidade.

A boa nova é que um grupo de sete em-presas farão aporte de R$ 150 milhões para construir o Shopping Sumaré.

O prefeito José Antonio Bacchim, acom-panhado do vice prefeito Vilson Alves recebe-ram os investidores para se anunciar o novo empreendimento a ser instalado às margens da rodovia Virgínia Viel Campo Dall´Orto, próximo à Carlos Cunha/Chevrolet. “É com imensa satisfação que estamos anunciando a chegada deste importante empreendimento para a nossa cidade. Sumaré é a segunda maior cidade da Região Metropolitana de Campinas e possuímos o segundo maior mercado consumidor. A nossa população sempre cobrava, no bom sentido da palavra, um shopping e, tenho certeza que este inves-timento preencherá essa lacuna, além de ala-vancar o desenvolvimento com a geração de emprego e renda para a nossa população”, declarou Bacchim.

A apresentação do projeto do Shopping Sumaré ficou a cargo do diretor de marketing e expansão da Ri Happy Brinquedos Ricar-do Sayon. Durante sua explanação, Sayon informou que a construção consumirá inves-timentos na ordem de R$ 150 milhões. No total serão 46.192,98 m² de construção, com a criação de 157 lojas, sendo um hipermerca-do, quatro lojas âncoras (loja de departamen-to e variedades), três mega lojas, sete lojas médias, um complexo de cinemas, sendo um com projeção em 3D, praça de alimentação com dois restaurantes e 19 de comida rápida e 119 lojas satélites (dimensão menor).

O Shopping Sumaré contará com esta-cionamento para 1526 vagas. “Além desta construção e tudo aquilo que o shopping

contará, o mais importante em nossa visão, são os empregos que este empreendimento irá gerar. São 1.200 empregos diretos e mais 1.600 empregos indiretos. Sem dúvida uma grande notícia para as pessoas que vivem e que querem consumir em Sumaré”, declarou Sayon.

De acordo com o representante do Portal Industrial Brasileiro (PIB), um dos investido-res do primeiro shopping de Sumaré, Aref Farkouh, pesquisa de mercado aponta que o novo empreendimento deve receber cerca de 23 mil pessoas por dia e que o grupo já está com tratativas junto ao Departamento de Es-tradas e Rodagem (DER), responsável pela manutenção da rodovia Virgínia Viel Cam-po Dall´Orto, para que obras e melhorias sejam executadas afim de melhorar o acesso ao futuro shopping, não prejudicando o flu-xo natural de veículos que transita na rodo-via. “Por ser um grande empreendimento, estamos trabalhando para que o acesso seja melhorado e que não venhamos ter proble-mas de fluxo na rodovia. Informamos tam-bém que dos 100 mil m² do terreno, cerca de 17 mil m² é de Área de Proteção Ambiental e que será preservada. Toda a construção será ecologicamente correta, com reaprovei-tamento de água de chuva e tratamento de esgoto. Cerca de 60% da água proveniente do tratamento de esgoto será reutilizada nos sanitários”, comentou Farkouh.

O prefeito Bacchim lembrou que todos os esforços, no sentido de colaborar, declarou: “Tudo que estiver ao nosso alcance, dentro que especifica a lei, será feito para que o em-preendimento seja construído o mais breve possível”, destacou o prefeito.

Pelas previsões a entrega deve ficar para abril de 2013.

O novo empreendimento terá inegável peso como elemento para aperfeiçoar o co-mércio da cidade que passa por auspiciosa transformação. Por acreditarmos nesse dia-mante bruto já antevemos a ampliação do número de lojas nesse shopping em futuro bem mais próximo que se imagina.

Com subsídio da [email protected]

O shopping center será algo como resgate da auto-estima

Serviços Pára-choques:

Marginais entre Sumaré eNova Odessa na Anhanguera

A concessionária Camargo Correia Rodo-vias, que no Estado de São Paulo administra as rodovias Anhanguera-Bandeirantes, Cas-tello Branco-Raposo Tavares, no Rio de Ja-neiro as rodivias Dutra, Rodovia dos Lagos e ponte Rio-Niterói, e no Paraná (RodoNorte), solicitou recentemente à Prefeitura de Nova Odessa a Certidão de Uso de Solo e a Certi-dão de Manifesto Ambiental necessárias para a construção de duas pistas marginais à Ro-dovia Anhanguera em território municipal. Após tomar conhecimento da proposta de traçado, o prefeito Manoel Samartin solicitou aos órgãos responsáveis o estudo e liberação das certidões.

As certidões são necessárias para que a concessionária do sistema Anhanguera/Ban-deirantes realize o estudo ambiental simpli-ficado e possa obter a licença prévia junto à Agência Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), vinculada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, como em qualquer empreen-

dimento do gênero. Pelo projeto apresentado à Prefeitura de Nova Odessa, estão previstas obras também em território de Sumaré e de Americana. A planta mostra que as marginais vão começar onde terminam atualmente, na altura do trevo de acesso ao Distrito de Nova Veneza, em Sumaré, prosseguindo em ambas os sentidos até o próprio trevo de Sumaré (que fica já em território novaodessense).

Daí, as marginais prosseguem em Nova Odessa até as proximidades do pedágio da concessionária, que fica no quilometro 118. Após o pedágio, estão previstas marginais até o trevo de início da Rodovia Luiz de Quei-roz, passando pelo trevo de acesso a Nova Odessa. Quando prontas, as novas marginais vão acompanhar a rodovia do seu quilômetro 113,6 até o quilômetro 120,4, com exceção apenas das proximidades do pedágio situado em Nova Odessa. O trecho situado em nova Odessa começa no quilômetro 115,6 e vai até o quilômetro 119,6.

Do viaduto da Via Anhanguera à SP-304, pode-se observar à esquerda, trecho da marginal já existente entre Nova Odessa e Americana, no sentido interior até pouco antes do posto da Polícia Rodoviária

Page 3: O Campeão

Opiniões03

O ciúme patológicoNo ciúme patológico, a relação a dois é construída na base do sentimento POS-SE do outro, cujo amor do parceiro(a) é constantemente questionado e colocado em dúvida.A desconfiança e o medo de vir a ser traído corrói os sentidos do ciumento que passa a enxergar as situações de modo distorcido, ruminando possibilidades, fantasias e ideias – delirantes – de uma situação de traição, na maioria das vezes, irreal. Muitos vasculham a intimidade do outro, na tentativa de assegurar ou acabar com a dúvida torturante.Dá-se início a caçada por vestígios que le-vem a uma constatação de infidelidade que julga ser real. Muitos tornam tais verifica-ções habituais, então, dia após dia inves-tigam o celular de seus pares( para ver se há um torpedo comprometedor),ouvem os telefonemas, vasculham as roupas, bolsos (cheirando, buscando novas fragrâncias, manchas…incluindo as peças íntimas), as mídias sociais (contatos novos, recados trocados), a carteira, a agenda, o carro, até a casa do parceiro(a) é alvo de investiga-ção. Amigos(as) são sondados contante-mente, na tentativa de que forneçam pistas, contradições, mentiras, etc. Ir ao trabalho de surpresa, chegar mais cedo do trabalho, contratar detetives particulares, são algu-mas das atitudes daquele que carrega um ciúme patológico.Sim, eles têm a consciência do absur-do de algumas atitudes, mas a dúvida é maior que a perplexidade de suas ações e sentimento de vergonha por seus atos. Tornam-se, portanto, inquisidores. O companheiro(a) tem de explicar, minucio-samente, todos os seus passos cotidianos. Questionamentos repetidos, no mesmo assunto, para testar se é verdadeiro o que foi dito anteriormente.Até a forma de olhar, beijar, abraçar, amar, são verificadas, medidas, questionadas. O ciumento patológico é extremamente sensível à mudanças de comportamento do seu amado, que fugindo do habitual, logo acusa que há uma terceira pessoa na relação. A hipótese do amado(a) estar can-

sado, com problemas pessoais ou profis-sionais sequer é cogitada. São possessivos e egoístas. O medo e a ameaça da perda é sentida de modo irracional.Estes ciumentos experienciam emoções diferenciadas e conturbadas, que podem estar relacionadas a trantornos mentais onde o ciúme patológico represente um dos seus sintomas. No alcoolismo, o co-nhecido delírio de ciúmes do bebedor é um exemplo disso. O ciumento alimenta uma ansiedade sufocante, fruto de sua insegu-rança. Intimamente, sofre com isso, sente raiva, vergonha, culpa, e chega a prometer ao outro que jamais acontecerá novamente, promessas não cumpridas em maioria.O ciúme patológico é um transtorno afetivo grave e seu portador(a) precisará de ajuda para controlar a agressividade e impulsividade de seus atos. Este ciúme causa danos e riscos à pessoa e aos outros, objetos de seus ciúmes. A relação com os ciumentos patológicos é de muita tensão, apreensão e angústia.É importante buscar ajuda de um médico psiquiatra onde se possa avaliar a psicopa-tologia do ciúme (causa do sintoma), sua racionalidade, se há prejuízo na vida diária (familiar, social, trabalho), se coexiste com algum diagnóstico psiquiátrico e sua preva-lência. A psicologia (terapia) complementa este cuidado ao portador do ciúme patoló-gico, aquele que ultrapassa a fronteira da normalidade.

Suzy Maurício, mulher brasileira, nordestina de Arapiraca / Alagoas, nascida

em 20 de novembro. Psicóloga e mãe do Igor.http://suzymauricio.blogsdagazetaweb.com

Marina Colasanti

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.”

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E, a saber, que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no res-to do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.”

Marina Colasanti é jornalista e escritora ítalo-brasileira

Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia

“Quem ama a rosa suporta os espinhos”

Page 4: O Campeão

quenos para países desenvolvidos da Europa e os EUA (a exemplo do Spark)”, diz Ardila.

Isso abriu espaço para que o Brasil possa se dedicar a carros, de qualquer segmento, vol-tados aos emergentes. De acordo com o exe-cutivo, exportar serviços tecnológicos está se tornando um bom negócio para a GM do Bra-sil. “Exemplos disso são o desenvolvimento de arquiteturas globais e assessoria em motores flexíveis.”

Ele diz que, neste ano, a filial deve faturar US$ 500 milhões com a exportação de serviços tecnológicos, ante os US$ 300 milhões arreca-dados em 2010.

O centro de desenvolvimento da GM do Brasil também foi responsável pela criação do protótipo Colorado Rally. A versão definitiva será um modelo global e, no Brasil, substituirá a picape S10 até o início do ano que vem.

Na Volkswagem, o Fox surge para resolver o problema da ociosidade da linha do Polo, de-pois de maciços investimentos efetuados nela.

04

“Ama demasiado no se ama lo suficiente”.

Brasil desenvolverá carros para emergen-tes (mais um degrau para a inserção do País no primeiro mundo) - A história de desenvol-vimento de modelos próprios para o mercado brasileiro, com diversos graus de participação da engenharia local, remonta à década de 70, com o SP2 e a Brasília, da VW, e segue com o desenho de derivativos até os dias de hoje. Recentemente, os times de engenharia mais avançados efetuaram desenvolvimentos mais completos como o Ecosport (Ford), o Meriva (GM) e o Fox.

O Meriva foi um projeto com foco no mer-cado brasileiro, em acordo com a engenharia da Alemanha que também queria um carro pa-recido para o mercado europeu.

Conforme mencionado, a equipe brasileira foi à matriz submeter o business plan e solici-tar aprovação para o desenvolvimento do pro-jeto de uma minivan para substituir a Station Wagon (“perua”) do Corsa. A GME, da Ale-manha, também tinha uma solicitação para um veículo menor do que a Zafira, para o mercado europeu.

O projeto foi desenvolvido pela equipe brasileira com um acompanhamento estreito da

equipe alemã, que necessitaria produzir o carro na Europa posteriormente.

Este produto representa a oportunidade que catalisou, como uma faísca, as condições obje-tivas e subjetivas da capacitação da subsidiária brasileira, no sentido da globalização tendo em vista suas necessidades de competitividade internacional e a crise financeira que atingia a GM.

Assim, a General Motors do Brasil con-quista espaço no grupo GM para se transformar no maior centro de desenvolvimento de mode-los voltados a mercados emergentes do grupo. O Cobalt, cuja versão conceitual foi mostrada no mês passado no Salão de Buenos Aires, é o primeiro desses carros. “Ele é adequado a paí-ses da Ásia, entre eles a China”, diz o presiden-te da GM América do Sul, Jaime Ardila.

De acordo com Ardila, o novo carro foi to-talmente desenvolvido pelas equipes de enge-nharia e design da filial brasileira da GM.

Na divisão dos centros de tecnologia da empresa pelo mundo, o Brasil ficou com as picapes e a Coreia do Sul, com modelos com-pactos – mesmo segmento do Cobalt. “Os sul-coreanos estão se especializando em carros pe-

O projeto é focado no “cenário operacional” do Brasil (condições de rolagem, combustível, poder aquisitivo do consumidor etc.) com ino-vações como a altura do banco com elevação do “ponto H”, vão livre para os passageiros. O carro tem um design mais apropriado para o público brasileiro.

Brasil se insere em projetosA história do modelo Fox foi mais ou menos igual àquele filho não programado, mas veio...

Desenvolvimento

A versão definitiva do Cobalt será lançada no País entre o fim deste ano e o início de 2012, para ocupar o lugar deixado pelo sedã Astra, atualmente oferecido somente para frotistas. O novo carro foi totalmente desenvolvido pelas equipes de engenharia

A matriz não investiu recursos no proje-to do Fox, que então é desenvolvido contra a opinião central. Quando o vice-presidente de engenharia local, alemão oriundo da ma-triz, previu o fracasso do carro global Polo no Brasil, não foi ouvido. Quando solicitou o desenvolvimento local, não teve apoio. Na ocasião, o desenho de veículos no Brasil não fazia parte da estratégia global da companhia. Depois do sucesso do Fox, foi promovido a vicepresidente global de desenvolvimen-to de carros populares, e o Brasil tornou-se o centro global de desenvolvimento desses modelos. O carro é um sucesso no Brasil, sendo hoje o quinto mais vendido do país, o segundo mais vendido da VWB. Também é o quinto carro mais produzido em toda a VW mundial.

É exportado para a Europa a partir da pro-dução brasileira, que realiza as adaptações ne-cessárias à comercialização do produto naque-la região.

Com o desenvolvimento do Fox e seus des-dobramentos, a VWB passa a Centro de De-senvolvimento de Carros Populares para toda a corporação mundial.

Fonte: http://www.revista-ped.unifei.edu.br/

documentos e JT

O patinho feio desenvolvido no Brasil hoje é o segundo veículo mais vendido no País e o quinto a nível mundial na cadeia da montadora Volkswagen a nível mundial

Page 5: O Campeão

05

“A velocidade que emociona é a mesma que mata”.

À medida que um veículo envelhece, aparecem os ingratos problemas em suas peças. Estas, que têm durabilidade limitada, logo precisam ser trocadas. E nesse momen-to surge a dúvida: “gastar com o conserto ou comprar um modelo mais novo?”

Segundo especialistas, isso depende do valor de mercado do veículo e do preço do serviço. Em um carro que vale R$ 20 mil, fazer um serviço de R$ 2 mil duas vezes por ano não vale a pena.

“Em casos assim, pode ser melhor gastar com prestações de um veículo mais novo”, diz o professor de engenharia mecânica da FEI Ricardo Bock.

Ele destaca também que há serviços que nunca valem a pena. É o caso da retífica, que tem preço inicial de R$ 3.500 em ofici-nas pesquisadas pela reportagem. O valor do serviço é para um VW Gol G5 1.0. “O custo vai ser muito alto e o propulsor nunca mais será o mesmo.”

O especialista afirma que as peças dos

carros atuais começam a apresentar defeitos por volta dos 70 mil quilômetros. “Com essa quilometragem, vá ao mecânico e peça um ‘raio X’ do veículo para saber o que tem de ser trocado e orçar os valores.”

Proprietário da Auto Mecânica Scopino (3955-2086), na zona norte, Pedro Scopino diz que os primeiros componentes que cos-tumam falhar são os amortecedores, rola-mentos e embreagem. “Para o Gol G5, por exemplo, a manutenção desses itens seria de R$ 1 mil (amortecedores), R$ 150 por roda (rolamentos) e R$ 700 (embreagem).”

Na Estopa (3871-3229), localizada na zona oeste da capital, o reparo dessas peças para o mesmo carro sai por R$ 700, R$ 280 e R$ 500, respectivamente.

Bock lembra que a maior longevidade do produto depende das ações do motorista. “Se você realizar todas as manutenções pre-ventivas e não abusar do veículo, terá menos gastos no mecânico”, declara.

Para quem tem condição financeira e

Manutenção

Gastar com o conserto oucomprar um modelo mais novo?

não quer dor de cabeça, o professor da FEI sugere outro caminho: “nesse caso, vale mais curtir o veículo zero-km no período de

garantia de fábrica e trocá-lo por outro novo após dois anos de uso, quando ele começará a ‘pedir’ por um mecânico.”

Page 6: O Campeão

06

Vanderlei Luxemburgo, por ele mesmoEntrevista

‘Minha Copa era a de 2002, mas me arrancaram de lá’, afirma LuxemburgoMaior detentor de títulos do Campeona-

to Brasileiro - venceu a competição duas vezes pelo Palmeiras e ainda por Cruzeiro, Corinthians e Santos -, Vanderlei Luxemburgo voltou à cena graças à campanha do Flamengo na temporada. Em oito meses, obteve com o rubro-negro 25 vitórias e 15 empates. No ano, o clube registra apenas uma derrota, para o Ceará, pela Copa do Brasil, que acabou lhe custando a eliminação.

Qual o segredo do sucesso do Flamengo?Planejamento. O Flamengo foi planejado nas

contratações, nas dispensas, na reformulação, na fi-losofia de trabalho da presidente Patricia Amorim.

O Flamengo foi campeão brasileiro em 2009 e o Fluminense, em 2010. O Vasco venceu a Copa do Brasil de 2011. O futebol carioca vol-tou a ser o mais forte do País?

O futebol carioca passou muito tempo ga-nhando só de vez em quando, enquanto o futebol paulista se fortaleceu por duas décadas. O Rio não melhorou por questão de estrutura, que ainda deixa muito a desejar. Elevou sim seu poder de mercado, sua capacidade de trazer jogadores, de fazer grandes contratações, com patrocinadores fortes e uma série de receitas diferentes.

Você é o maior vencedor de Brasileiro. Já vislumbra um novo título?

Eu quero ganhar sempre, mas ainda é muito cedo para se falar disso. O Campeonato Brasi-leiro vai ser definido nas últimas cinco rodadas, como foi no ano passado, com dois ou três clu-bes sabendo que a derrota ou o empate de um vai abrir o caminho para o outro.

Depois de sete anos, você voltou a despontar num Brasileiro...

Isso não é um privilégio meu. Vocês anali-sam a competição. Quem consegue ganhar todos os anos campeonatos como a Liga dos Campeões da Europa, quem? O Alex Ferguson está há quase 30 anos no Manchester United e só ganhou esse título duas vezes. Meu último Brasileiro foi em 2004, pelo Santos. Em 2003, ganhei pelo Cruzei-ro. Eu poderia ter vencido outro, pelo Palmeiras ‘(em 2009)’, mas o Belluzzo ‘(Luiz Gonzaga, ex-presidente)’ mostrou inabilidade muito gran-de, jogou um Brasileiro fora por vaidade. O time estava pronto para ser campeão.

Desde que fechou, em 2009, o Instituto ‘Wanderley’ Luxemburgo tem sido alvo de ações na Justiça. Como lida com esse novo problema?

Eu só entrei com meu nome na criação do instituto. Os investidores quebraram e, com isso, pararam de injetar dinheiro no instituto. Então, eu usei meus recursos para os alunos terminarem os cursos em andamento e assim receberem o diplo-ma. E eu entrei na Justiça para cobrar dos sócios que eram investidores, para cobrar deles o que não cabia a mim.

Você inventou a expressão ‘zagueiro-za-gueiro’ para se referir ao jogador Odvan, que atuou na seleção no final dos anos 90. O que significa isso?

Zagueiro tem que ser zagueiro, não pode errar, não pode fazer uma ‘domingada’, tentar driblar, por exemplo. Quem tem que driblar é atacante.

Há os que apostam que você chegaria mais longe apenas como técnico-técnico, limitando-se à sua função, em vez de interferir na gestão do futebol do clube...

Isso é uma grande bobagem. Onde é que eu perco o foco? Vocês criam essas coisas, isso se massifica, vira rótulo e acabou. Ah, o Vanderlei está desfocado. Desfocado como? Ganhei nove campeonatos seguidos, perdi um, aí estou desfo-cado? Jornalistas podem falar em site, escrever em jornal, ter programa de rádio e TV. Vocês são o supra-sumo, eu sou o ‘supramerda’. Isso é falta de respeito. Por que eu não posso? Só tive um ano ruim, ano passado, no Atlético-MG. São 22 anos de carreira top, de primeira linha. Agora, ninguém consegue ganhar todos os campeonatos. Sou um ser humano.

Ainda tem esperança de que Ronaldinho Gaúcho volte a ser aquele craque do Mundial de 2002?

Ronaldinho está com 31 anos. Não podem querer vê-lo achando que tem 26, 27 ou 20 anos. Todo mundo criticou quando eu não o escalei como meio-campo. Hoje, a dinâmica de jogo é diferente. Se ele joga na frente, vai usar o talen-to em beneficio da equipe. O que adianta botá-lo para correr no meio?

Há espaço para Ronaldinho na seleção?A seleção tem que encontrar uma liderança,

um jogador para quem as pessoas olhem e digam: “Olha ali, aquele é o cara.”

Existe esse jogador?Não sei se tem, há um hiato. Quando o Ro-

naldo parou, já tinha de ter outro nome. Poderia até ter sido o Ronaldinho, o Robinho ou o Kaká. Mas ficou uma lacuna, não preenchida.

Jogador em balada quase sempre é notícia. Como você administra isso no Flamengo?

A discussão é sobre o limite de todos os se-tores. O jogador tem de ter limite quando ele vai à balada, tem de saber até quando pode ficar. O torcedor também tem de ter o limite do respeito

Técnico Wanderley Luxemburgo foi con-denado a pagar R$ 50 mil por ter insinuado que árbitro é Gay (3 de junho de 2011)

O técnico do Flamengo/RJ, Wanderlei Lu-xemburgo foi condenado pela 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 50 mil ao árbitro Rodrigo Martins Cintra. Em 2006, depois do clássico entre Santos e São Paulo, pelo Paulistão, Luxa estava no Santos e levan-tou suspeita sobre a sexualidade do juiz.

A decisão foi tomada por unanimidade. No entanto, o tribunal reduziu o valor da indeniza-ção que a juíza Tamara Hochgreb Matos, da 3ª Vara Cível Central da Capital, havia arbitrado em R$ 100 mil.

“- Ele (o juiz) apitava e olhava para mim em toda falta que marcava. Ele não parava de olhar. Eu não sou veado. Talvez seja pela minha camisa (rosa)” – disse Luxemburgo na época, ao deixar o estádio.

A defesa de Rodrigo Cintra sustentou que o treinador fez insinuações falsas sobre a pre-ferência sexual do árbitro. Argumentou que o teor da entrevista ganhou repercussão nacional e internacional. Com o fato, o juiz passou a ser vítima de chacotas, o que causou graves danos morais, além de prejuízos profissionais.

O advogado de Luxemburgo pediu a im-procedência da ação civil. Respondeu que seu cliente não causou ao autor danos morais indenizáveis, pois apenas fez, em entrevista coletiva concedida logo após o jogo, críticas rotineiras e usuais, de forma jocosa, por seu

péssimo trabalho naquela ocasião, em resposta às perguntas de repórteres. Disse ainda que “no mundo do futebol” seria normal o uso de pala-vras chulas, bem como os xingamentos, impro-périos e ofensas dos torcedores contra o juiz. A defesa sustentou que quando seu cliente foi questionado se o árbitro era “veado” o réu até mesmo afirmou “não acho que ele seja”.

A juíza Tamara Hochgreb Matos afirmou que embora Luxemburgo pretenda justificar sua conduta ao dizer que o desempenho do juiz de futebol foi desastroso, é certo que seus co-mentários sobre ter o autor “paquerado” o réu e ser ou não “veado”, não têm nenhuma relação com o trabalho do autor.

- Também não podem ser considerados tais comentários, evidentemente maldosos, críticas rotineiras e usuais a árbitro da partida de fute-bol, como alega o réu. Primeiro porque, como já mencionado, paquerar o técnico de algum dos times e ser ou não “veado” não tem ne-nhuma relação com o trabalho do autor como árbitro. Segundo porque, embora o fato de ser alguém homossexual não seja, objetivamente, vexatório, a intenção do réu foi nitidamente de ofender o autor, e torná-lo motivo de chacota publicamente, tendo obtido pleno sucesso em seu intento – afirmou a juíza, que teve os argu-mentos ratificados pela 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça.

Segundo a assessoria de imprensa do Fla-mengo, o treinador ainda não tomou conheci-mento sobre a decisão.

Fonte: Site Consultor Jurídico.

Polêmica é com ele!Vanderlei Luxemburgo, técnico do Flamengo

e a imprensa, o limite do direito de liberdade. No Flamengo, os jogadores sabem disso, até porque são cobrados.

Desde que deixou a seleção em 2000 seu nome esteve cotado para voltar à equipe pelo menos duas vezes. Ainda vive essa expectativa?

Não. Minha Copa era a de 2002, com tudo preparado. Mas me arrancaram de lá. Eu estava no lugar certo na hora errada. O time estava pron-to para ser campeão no Japão. Tanto que 19 jo-gadores daquela seleção foram jogadores que eu preparei, reformulando, montando time, viajando, acumulando seleção olímpica e principal.

Qual a principal dificuldade no trabalho de Mano Menezes?

É a maturação do grupo. Passou por dificul-dade na Copa América e precisa passar por muito mais. O último jogo do Brasil nas Eliminatórias de 94 foi no Maracanã, contra o Uruguai. Se não ganhasse ali, não seguia para o Mundial. Quando ganhou, eu disse: “Vai ser campeão”. Superou a dificuldade. Essas coisas amadurecem muito. E agora o Brasil não vai passar muito por isso. O grupo é jovem. “Ah, mas o Neymar ganhou a Li-bertadores.” Ok, mas foi pelo Santos. Na seleção é diferente. - Fonte: AGE

Marcelo Lurago (de branco) substitui a Paulo Roberto Roque na gerência da Germânica, concessioná-ria Volkswagem em Sumaré. Doravante, Lurago andará menos para ir ao trabalho pois Sumaré fica bem mais perto de Mogi Mirim do que de Americana, onde Lurago atendia...

Transição na Germânica Sumaré

“Um falso amigo é um inimigo secreto”

Transição na Germânica Sumaré

Page 7: O Campeão

Meio-Ambiente

07

Onde é o paraíso do verde?

A cidade de Curitiba, capital do Paraná, obteve a distinção de metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina, se-gundo um estudo sobre meio ambiente apresentado pela empre-sa alemã Siemens e a unidade de estudos da revista britânica The Economist. No marco da Cúpula Climática Mundial de Prefeitos (CCLIMA), realizada no México, se apresentou pela primeira vez o Green City Index (GCI) da América Latina, clas-sificando Curitiba, com 1,7 milhão de habitantes, como a única cidade “muito acima” da média quanto a normas ambientais.

Seguida dela, no segundo dos cinco níveis, ficaram outro grupo de cidades como Bogotá, capital da Colômbia; e Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Resultados “aceitáveis” na classificação foram obtidos pela co-lombiana Medellín, Cidade do México, Puebla e Monterrey, Porto Alegre, Quito e Santiago do Chile, colocadas no terceiro nível.

“Abaixo da média”, o quarto nível em termos ambientais, ficaram Buenos Aires e Montevidéu, enquanto a mexicana Gua-dalajara e Lima, capital do Peru, estiveram um nível mais abai-xo, “muito abaixo” da média, no nível mais baixo.

O novo índice considerou as variáveis de eficiência ener-gética e emissões de dióxido de carbono (CO2), uso do solo e

edifícios, tráfego, resíduos, água, situação das águas residuais, qualidade do ar e agenda meio ambiental de governo.

O GCI pretende se transformar em um indicador que ajude a conscientizar as autoridades municipais sobre as necessidades de desenvolver políticas sustentáveis, explicaram os responsá-veis pelo estudo. “A ferramenta permitirá às cidades aprender mais de suas respectivas situações e fomentará a troca sobre estratégias eficazes partindo de uma base objetiva”, disse Pedro Miranda, executivo da Siemens e diretor do estudo.

Segundo Leo Abruzzese, diretor global da Unidade de Inte-ligência de The Economist, “o estudo demonstra que as cidades que seguem uma colocação integral alcançam resultados muito notáveis”.

A metodologia do GCI foi empregada pela primeira vez com cidades europeias há um ano em outro estudo apresentado pela Siemens e The Economist com o apoio da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Ban-co Mundial (BM). Aquela vez se tornou público o resultado em Copenhague dentro da 15ª Conferência ds Partes da ONU sobre a Mudança Climática realizada em dezembro de 2009.

Siemens e The Economist conferem a Curitiba título de cidade mais verde da América Latina

Curitiba: soluções locais também para problemas globais.

Em Nova Odessa, Palmas Maters dão especial charme à Av. João Pessoa no perímetro entre a praça central e o paço municipal. Os ipês em linha paralela pela calçada, quando floridos, dão singelo toque de poesia ao centro da bucólica cidade. Entretanto, conforme assinalado em cículo vermelho na foto, as palmeiras imperiais estão sofrendo ferrenho ataque de fungos e parasitas. Por se tratar de planta sensível, pode-se prever morte das mesmas se não houver ação. O poder público precisa agir antes que seja tarde. A cidade de São Paulo tem um departamento específico para cuidar desses bonitos espécimes que vivem por séculos - se bem cuidados.

Minha terra “tinha” palmeiras...O nome genérico “palmeira” abrange extensa lista de espé-

cies tanto pelo litoral quanto pelo interior do Brasil. Ao juntar lascas de textos sobre esse simpático vegetal O Campeão não teve como não invocar a imortal poesia de Gonçalves Dias “Mi-nha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorgeam não gorgeam como lá...”

Das palmeiras imperiais, as primeiras espécies, vieram do estrangeiro, trazidas por Luiz de Abreu Vieira e Silva, tripulante de uma fragata que naufragara nas costas de Goa. Ao tentar em-barcar novamente, com destino ao Brasil, foi feito prisioneiro com seus companheiros pelos franceses e mandado para a Ilha de França, que fazia parte das Ilhas Maurício, onde existia o “Jardin Gabrielle”, famoso por suas plantas de extraordinário valor. Ao fugir da ilha, Luiz de Abreu trouxe consigo algumas plantas desse jardim, presenteando-as a D. João, que mandou plantá-las no Horto Real, incluindo muda de certa palmeira.

Em 1829, a palmeira floresceu pela primeira vez. Para que o Jardim Botânico tivesse o monopólio dessa espécie, o diretor Serpa Brandão mandava tirar e queimar todos os seus frutos. Entretanto, à noite, os escravos subiam na árvore, colhiam os frutos e vendiam, na clandestinidade.

Foi assim que a espécie se dispersou por todo o país, tornando-se mais conhecida até do que palmeiras da flora nativa. O espécime plantado por D. João recebeu o nome de Palma Mater.

Em 1972, a Palma Mater foi fulminada por um raio. Tinha, naquela época, 38,70 metros de altura. Devido a isso parte de seu tronco encontra-se guardado como preciosa relíquia na entrada do edifício da administração, da mesma forma que, a placa de már-more partida nessa ocasião pela faísca elétrica. Em seu lugar, foi plantado outro exemplar, simbolicamente chamado de Palma Filia.

“Se não fosse o otimista, o pessimista nunca saberia como é infeliz..”

Page 8: O Campeão

Jornal O Campeão - Sr. Roberto, há quanto tempo como comerciante de automóvel?Roberto Luis Zunta - Começamos no ramo faz pouco tempo, há 5 anos, ferroviá-rio por 24 anos, depois que a ferrovia foi pri-vatizada não nos cabendo mais ali, fomos fazer outra coisa na vida. - Que ferrovia, Fepasa?- Sim, Deixamos muitos amigos lá. Tra-balhamos por muito tempo em Bauru e Campinas, e quando fechou a unidade de Campinas, a proposta era para irmos para Curitiba, onde é a sede hoje da ALL, em-presa que comprou a Fepasa, mas não tive-mos vontade de mudarmos mais uma vez, pois saímos de Bauru para Campinas por causa da ferrovia, e agora teríamos que mu-darmos novamente, dessa vez para Curitiba, sentimos que iríamos espalhando a família cada vez mais, então resolvemos ficar por aqui.

- O Sr. simplesmente mudou de atividade?- Da água para o vinho! Encontramos o Ronny, que foi sócio nosso aqui, e ele enten-dia bastante do comércio de veículos, pois faz isso há mais de dez anos e nessa con-vivência aprendemos muita coisa com ele, e como viemos de fora, acreditamos que trouxemos novos conceitos para a empresa, com uma visão mais de consumidor, e isso deu uma salada muito boa, numa mistura da parte técnica com a de feeling, de per-cepção, visando melhor atendimento, mais segurança no negócio, pois na nossa ótica o cliente não é obrigado a entender de carro, pois quem é obrigado a ter conhecimento é quem trabalha com isso. Então, o cliente chega na loja e o que procuramos fazer é oferecer a esse consumidor uma consulto-ria, dando informações que ele precisa para fazer bom negócio, independente do dinhei-

ro que entra no negócio. A pessoa tem que sair daqui informada, segura do que está comprando.

- O Sr. oferece informações detalhadas, se-gurança com sua consultoria...- Apenas para comparar, temos a parte de locação de veículos para atender nossos clientes, há o setor de manutenção de veícu-los, a oficina, um centro automotivo, onde fazemos todo tipo de serviço, e isso nos dá segurança para oferecer um produto com garantia ao cliente.

- O Sr. sabe o que está oferecendo...- Isso! Todos os carros que colocamos na loja são revisados para não dar dor de cabe-ça ao cliente. Temos um nome a zelar.

- O Sr. se põe como consumidor...- O pós-vendas é uma parte muita impor-tante, completando o processo da venda, conquistando a médio e longo prazo resul-tados que nenhuma mídia superaria. Para o bom comerciante se manter no negócio, o cliente tem que estar satisfeito não só na hora da compra, que muitas vezes iludido age pela emoção, e depois chega em casa e vê que não era bem aquilo que desejava ou que o produto que ele comprou não era o que queria.

- Isso é comum?- É normal! E acontece em todos os ní-veis, desde produtos de luxo a carros usa-dos - isso é o mercado! Então, temos o pós-vendas também para esses casos. O cliente chega e é atendido da melhor forma, e po-demos afirmar que 99% dos problemas não têm embaraço. Então, essa segurança ele tem na loja, e para se ter uma ideia, não há reclamação nenhuma em Procon e nenhum caso na Justiça.

- Isso resulta numa divulgação positiva da marca, porque o cliente satisfeito não deixa de ser o grande divulgador da loja...

- Por exemplo, fizemos uma pesquisa interna com os clientes durante dois meses e 97% das vendas que fizemos foram por indicação ou de clientes que já compraram aqui, então a parte de divulgação da mídia que fazemos é suporte à venda, por que o amigo ou parente falou que comprou que gostou, confiou e indicou. Para você indicar uma empresa, principalmente no ramo de automóvel usado, você está pondo a mão no fogo, não é? E tem gente que faz isso pela Prisma! Para nós isso é nosso maior orgulho!

- Pessoalmente como é o Roberto na socie-dade, incluindo a igreja?- O que vale é sua postura. A igreja é importante porque faz parte da construção da sociedade. Você participa de um clube: se você é bem visto nesse clube, consegue trazer simpatia para seu negócio; você fre-quenta um bar para jogar sinuca, se você é uma pessoa conceituada no bar as pessoas ligam no seu negócio a extensão desse con-ceito também; se você é conceituado no seio de sua família seus parentes veem e com-pram o carro de você, então na sociedade, no meio em que você vive tem que ser uma pessoa conceituada para que seu negócio consiga andar também. Essas atitudes que vão determinar essa aceitação.

- Para o Sr., o que é ética?- Ética precisa estar em tudo que você faz na vida. Isso traz confiabilidade no seu ne-gócio. A falta de ética afasta discretamente e para sempre as pessoas.

- E, se Sr. perder um negócio?

- Costumamos falar o seguinte: a pessoa vai comprar um carro usado e não pesqui-sa, ou pelo menos não passa na Prisma para saber se temos tal veículo, ela está se informando pouco, está pesquisando pouco! Não precisa nem fazer o negócio na Prisma, mas passar aqui e ver nossas condições e as formas com que trabalha-mos daria a essa pessoa mais conhecimen-to para saber o que fazer comparando com outros, pois pela diversidade de nosso esto-que, terá oportunidade de ver a forma de negócio que fazemos para depois fechar o negociar onde bem entender sentindo mais segurança - mas tem que dar uma passadi-nha aqui antes!

- Parabéns pelo caminho que vocês condu-ziram a Prisma. Boa administração, e não foi da noite para o dia, adquiriram esse alto nível no competitivo mercado de revenda de veículos. - Nessa caminhada tivemos ajuda de muitos amigos e colaboradores, na verda-de muita gente tem ajudado a tirar pedras do caminho, e isso nos faz crescer agregan-do pessoas capacitadas.

- Como o Sr. enxergaria sua Sumaré da-qui

Roberto Luis Zunta, Diretor do Grupo Prisma

Prisma VeículosUma das primeiras a se instalar na Avenida da Amizade como revenda de veículos...

“Pra quem sabe ler, um pingo é letra!”

Page 9: O Campeão

a cinco anos?- Somos novos aqui, apenas 10 anos que moramos em Sumaré. A primei-ra vez que passamos pela Avenida da amizade comentei com minha esposa: que se t ivéssemos capital poderíamos comprar uns cinco, seis terrenos nessa avenida e seriamos muito bem sucedi-dos. Isso, há dez anos atrás e não faz muito tempo; o Villa Flora estava no comecinho, mercado ali não existia, o hospital não estava inaugurado ainda, mas conseguíamos perceber o potencial dessa região.

- Quanto custava um terreno aqui?- Naquela época um terreno valia de vinte e cinco a trinta mil reais, e hoje passa de duzentos mil. Essa região é muito dinâmica e nossa empresa quan-do se estabeleceu aqui, nos lembra uma conversa com nosso sócio: “Vamos gas-tar nosso dinheiro de preferência aqui na Avenida da amizade, onde estão

nossos fornecedores - os tapeceiros, po-lidores, mecânicos - tudo que se l igue à Prisma em prestação de serviços!

- Por que essa decisão? - Para que o dinheiro da Avenida da Amizade ficasse por aqui e as pessoas progredissem por aqui também ao invés de mandarmos os serviços para Ameri-cana ou mesmo para Av. Rebouças, que é uma par te da cidade que está bastan-te desenvolvida, mas o dinheiro fica lá, vai gerar dividendo lá, vão reformando, fazendo fachadas bonitas por lá, e nós víamos que isso deveria se feito aqui na Avenida da Amizade, razão pela qual procuramos parceiros daqui.

- O Sr. falou de Sumaré, e a Prisma den-tro desse contexto, hoje, 2011, como se vi-sualiza a Prisma daqui a cinco anos?- Temos alguns planos. Na verdade a gente não para de fazer planos. Se va-mos conseguir implementá-los é outra

coisa. A nossa presidente tem pisado no freio um pouco e o lado financei-ro do mundo está meio balançado, mas mesmo assim estamos fazendo planos. Então, se essa fase de transição passar logo, acreditamos que nos próximos dois anos consigamos trabalhar mais. Hoje trabalhamos de 100 a 120 veícu-los na loja. Essa é a média com que trabalhamos, mas pretendemos traba-lhar com 250 veículos. O nosso modelo é baseado nas boas concessionárias e hoje temos toda a estrutura da Prisma “depar tamentalizado” onde há profis-sionais que cuidam de documentos, f i -nanças, vendas, pós-vendas, transpor te, manutenção dos veículos, e cada um tem sua quota de responsabilidade no sucesso da loja.

- Profissionalizou?- Profissionalizamos. Tudo deve ser bem separado e cada um com seu cargo, com seu salário, sua comissão. O proje-

to é ampliar a loja para poder atender mais pessoas e para que possamos jun-tar tudo no mesmo espaço, incluindo manutenção, locação de veículos, tudo na mesma área para que fique ágil, uma coisa bem per to da outra. Isso dá mais confiabilidade ao nosso negócio e seja um ponto de referência, dando mais ´densibil idade´ e visibil idade ao Grupo.

Jeanne - Departamento de Locação de Veículos Uanda - Setor de Documentação Arão - Departamento de Marketing Fábio José Pacon, gerente de vendas

- O Sr. Roberto se lembra de algum dos parceiros de primeira hora?- Foram muitos: o Marcão Auto Vidro é exemplo disso. Ele era modesto, começou discreto e hoje presta serviço para toda a cidade e é uma referência na Av. da Amizade com acessórios. Outro exemplo é o Alexandre (Open car) revitalização automotiva, que era o garoto que fazia limpeza dos carros de nosso estoque. Trazia o aspirador e produtos de limpeza para trabalhar nos carros dentro da loja. Certo dia nós o chamamos: “Filho, alugue um terreno, monte um lava rápido que os carros da Prisma estão garantidos para você; busque os particulares e você se sairá bem!” - Ele perguntou: Será que dá? “Dá, põe a cara para bater, o mínimo que você vai fazer é o que você já tem, que é continuar fazendo limpeza dentro da loja. Agora, após quase quatro anos que ele montou seu ne-gócio está feliz da vida. O Marcão é outro exemplo de quem cresceu aqui. A manutenção de veículos sempre foi feito aqui por perto e o Renato da retífica trabalhou com a gente muito tempo.

- A avenida desperta olhares comerciais e não foi à toa que os bancos vieram para cá...

- Não havia banco aqui, isso é coisa recente, quatro ou cinco anos. É um mercado pulsando forte. Apenas como revenda, há 27 lojas especializadas em veículos na Av. da amizade.

- Uma avenida dedicada ao automóvel...- Você pode contar também empresas que dão suporte: tapeçarias, acessórios, autocen-ter, funilarias, e apenas na avenida temos cinco postos de combustível, também são liga-dos ao seguimento. Oficinas, há várias. Se você fizer uma pesquisa profunda na região da Avenida da Amizade, apenas ligado à cadeia veicular pode-se somar oficinas, revendas autorizadas de motos, despachantes, auto- escolas, e muitos outros fornecedores que gravita em torno desse elo chamado automóvel.

- Ao observador comum, apenas uma avenida. Economicamente, uma força...- A cidade toda vem aqui, porque tem peso, tem fornecedores aqui que praticamente a cidade não possui em seus outros inúmeros bairros.

Uma avenida em que tudo gira em torno do automóvel

uma história de sucesso...tornou-se referência no corredor comercial automotivo da região

Lindomar - Transporte de autos

“O cigarro adverte: o governo é prejudicial à saúde”

Page 10: O Campeão

J6 promete, mas não cumpre

O segmento de minivans, que começou forte no Brasil na virada do milênio, tem perdido representatividade nos últimos anos. Com tabela a partir de R$ 58.800, a chinesa JAC J6 chega para tentar botar lenha na fo-gueira.

Por R$ 1 mil a mais, é possível levar a versão Diamond, de sete lugares – a primeira é de cinco. A marca espera vender entre 1 mil e 1,5 mil unidades por mês.

A estimativa é muito otimista, pois a mé-dia mensal de todo o segmento é de 2 mil exemplares. Além disso, a J6 deixa a desejar em quesitos cruciais. A começar pelo motor, apenas a gasolina.

Apesar de ser um 2.0 16V, ele entrega só 136 cv e 19,1 mkgf. Esses números são bai-xos para a cilindrada e, ainda mais, para o peso de exata 1,5 tonelada.

Levando três pessoas, a J6 até que não vai mal. Com seis, ela sofre em qualquer su-bidinha. É preciso pisar fundo no acelerador, cuja capa parecia estar prestes a se soltar no carro avaliado.

Nas ladeiras, quase sempre a JAC pede

reduções de marcha no câmbio manual de cinco marchas, que tem engates precisos mas ruidosos, sem refinamento. Outro senão é essa caixa ser a única. Não há opção auto-mática e nem haverá por um bom tempo.

O primeiro JAC sem pedal de embrea-gem será um utilitário-esportivo. Ele deve chegar em três anos e terá câmbio automa-tizado de duas embreagens.

Na J6, as suspensões incomodam um pouco por deixá-la balançar muito. A dire-ção é vaga e apresenta uma certa folga.

Entre as qualidades estão o belo desenho, assinado pelo estúdio italiano Pininfarina, e o bom espaço interno. Este, ajudado pelos 4,55 metros de comprimento e 2,71 metros de entre-eixos.

Já o acabamento interno é apenas corre-to. O destaque vai mesmo para os bancos das fileiras de trás. Individuais, eles podem ser dobrados e retirados.

Como em todo carro chinês, a lista de itens de série atrai. Mas faltam computador de bordo e conexão USB normal (há plug mini-USB) no toca-CDs.

Jornal da Tarde avalia o J6 com o rigor que sempre deixa montadoras preocupadas

Na avaliação do jornal, o destaque foi realçado para os bancos das fileiras de trás. Individuais, eles podem ser dobrados e retirados.

Avaliação “Quem madruga muito fica com sono o dia inteiro”

10

Page 11: O Campeão

Dissipando energiasDepois de espatifar o protótipo que acabara de bater a quase 200 km/h, o escocês Alan McNish saiu andando - inteiro!

Em 1920, o Automobile Club de l’Ouest pôs em obra a realização de uma com-petição cujo caráter contribuísse para a evolução do progresso técnico e favorecer o desenvolvimento do automóvel. Em 1922, o clube anuncia a criação de um novo tipo de competição na Sarthe, uma prova de resistência. Durante a prova, equipes de dois Pilotos por carro vão-se alternando dia e noite. A primeira edição, com 33 concorrentes, desenrolou-se nos dias 26 e 27 de Maio de 1923 num circuito perto da cidade de Le Mans, no departamento da Sarthe. Hoje, as 24 Horas de Le Mans têm lugar cada ano em Junho. É a mais antiga e a mais prestigiada corrida de resistência para carros desportivos e protótipos.

A 24 Horas de Le Mans não é uma prova popular no Brasil, mas a edição deste ano, em junho, repercutiu aqui por causa dos impressionantes acidentes com dois Audi R18. Em um deles, o escocês Alan McNish saiu andando do protótipo que acabara de bater a quase 200 km/h. O carro ficou destruído, mas o piloto não sofreu ferimentos. Ele foi protegido por um conjunto de soluções que associa a célula de sobrevivência, evolução das antigas gaiolas dos modelos de competição, com os materiais utilizados no veículo.

A célula é uma peça única que envolve o piloto na cabine e ajuda a absorver os im-pactos em caso de colisão. Sua principal virtude é combinar leveza e resistência. No caso dos carros de Fórmula 1, ela é feita de fibra de carbono e kevlar, material usado em co-letes à prova de balas. Esse “invólucro” é capaz de absorver impactos equivalentes a 25 toneladas. Por isso é comum ver o piloto sair ileso após sofrer um acidente espetacular.

“Nossa célula de sobrevivência é feita inteiramente de fibra de carbono, material leve e que garante grande dissipação de energia em acidentes, como vimos em Le Mans”,

explica o diretor da Audi Sport, Wolfgang Ull-rich. “Além disso, o R18 tem monocoque de peça única, o que aumenta a rigidez e, ao mes-mo tempo, reduz o peso.”

Para complementar a eficiência da célula, é importante que o carro seja feito com materiais deformáveis. “Os veículos se desmancham em acidentes para dissipar a energia e reduzir o impacto da aceleração nos ocupantes”, diz o diretor-geral de Engenharia da GM do Brasil, Pedro Manuchakian.

“Antigamente, os carros eram considera-dos mais fortes, mas na verdade eram muito perigosos, pois transmitiam toda a energia do impacto aos passageiros.” A utilização de alu-mínio em algumas partes do veículo, como portas e para-choque, é importante. “Esse ma-terial é mais deformável que o aço.”

Manuchakian afirma que, em caso de aci-dente, o ideal é que todo o veículo se defor-me, exceto a gaiola. Foi o que ocorreu, na F-1, com Robert Kubica, em 2007. O BMW dele, que bateu a 250 km/h, ficou destroçado, mas a célula permaneceu intacta. O polonês sofreu apenas uma torção no tornozelo.

Le Mans

No acidente da foto, o piloto do Audi saiu ileso, protegido por uma série de fatores proporcionados pela tecnologia representada pela célula de sobrevivência

A célula é uma peça única que envolve o piloto na cabine e ajuda a absorver os impactos em caso de colisão. Sua principal virtude é combinar leveza e resistência.

Depois de espatifa o carro,

“Se rodar o guarda pega, se parar o banco toma...”

11

Page 12: O Campeão

Dispensa de calibragemO governo norte-americano aprovou recentemente subsídio de US$ 1,5 milhão para continuidade dessas pesquisas que são realizadas no Centro de Inovação da Goodyear em Akron, Ohio (EUA).O objetivo do projeto é aumentar a eficiência média de consumo das frotas de veículos de passageiros por meio do uso de novas tecnologias para a banda de rodagem e o revestimento interno, por isso o incentivo governamental.

Acalibragem de pneus pode estar com os dias contados. Isso porque laboratórios da Goodyear Tire & Rubber Company anunciaram ter desenvolvido uma tecnologia chamada Air Maintenance Technology (AMT), que mantém os pneus calibrados na pressão ideal sem a necessidade de bomba ou sistema eletrônico externo. A fabricante de pneus não revelou detalhes do aprimoramento e tampouco quando será lançada no mercado.

12

Tecnologia

muito maior que o de um conjunto de roda comum, mas o preço deve ir longe.

2. MOTOR Cada recheio de roda abriga um motor elétrico que

trabalha sozinho ou em parceria com um motor a com-bustão, no caso de um carro híbrido. A prioridade, po-rém, é que seja 100% elétrico. Assim, o sistema de moto-res individuais elimina as conexões mecânicas, além de aproveitar 96% da energia produzida - num automóvel a

Novidades para o amanhãO POR VIR

Definitivamente, os motores a combustão são os grandes vilões do novo século. Para extingui-los, alguns apostam na subversão dos mais sólidos conceitos automobilísticos. Pen-se em como seria um carro sem coluna de direção e trans-missão - e com nada sob o capô. Aliás, não tem nem capô. Pois é assim que a Siemens VDO planeja o eCorner, uma reinvenção da roda que poderá equipar a próxima geração de carros elétricos. Segundo a empresa, os conceitos do eCor-ner estarão nas ruas dentro de 15 anos.

A idéia é integrar todos os mecanismos de rodagem em módulos dentro de cada roda. Motor elétrico, direção, sus-pensão e freio seriam itens eletrônicos miniaturizados que substituiriam o emaranhado de conexões mecânicas e siste-mas hidráulicos atuais. Cada eCorner poderá reagir de for-ma independente, podendo até alterar o comportamento do carro dependendo de seu estilo ou da situação de uso.

Outro aspecto revolucionário é o espaço gerado pela ausência de coluna de direção, túnel de transmissão e, prin-cipalmente, motor. "Veremos alguns designs bem futuristas, graças a essa tecnologia", diz Dave Royce, diretor de estra-tégia corporativa da Siemens VDO. Sem falar na redução de peso, que vai refletir no desempenho do carro. O preço de um eCorner será obviamente maior que o de uma roda comum, mas os pesquisadores garantem que a eliminação de várias peças irá compensar, com custos de manutenção menores, mais segurança e menos danos ambientais.

1. O CONJUNTO A parte externa da roda continua coberta por um pneu,

mas com sensores para controlar a pressão (até lá, muita coi-sa será eliminada - sobre calibragem -, veja artigo na pág. 12). A revolução está dentro, onde o eCorner exige uma arquite-tura padronizada, com módulos que podem ser trocados de forma simples. A Siemens VDO garante que o peso não será

gasolina, essa eficiência é de 30%. 3. FREIOS Chamados de Electronic Wedge Brakes (EWB), terão

discos acionados por pequenos motores elétricos, em vez de pistões - reduzindo o peso e o espaço ocupado por dutos hidráulicos. Quando houver desaceleração, cada motor elé-trico ainda funcionará como um dínamo, ajudando a frear o carro ao mesmo tempo que aproveita a energia para recarre-gar as baterias.

4. SUSPENSÃO Cada roda terá um conjunto de suspensão ativa, com sen-

sores eletrônicos aliados a amortecedores motorizados, para gerenciar o contato dos pneus com o asfalto. Tudo pequeno, para caber dentro do aro, que terá medida maior que as usa-das hoje. Os sistemas auxiliares (ESP e ABS) vão trabalhar integrados, para garantir a melhor aderência possível.

5. DIREÇÃO O sistema de direção passa a ser todo eletrônico e mo-

torizado, abolindo as conexões mecânicas entre o volante e as rodas. Além de economizar peças, tem várias vantagens dinâmicas: cada roda pode alterar seu ângulo ou velocidade de forma independente. Um sistema de estacionamento au-tomático será o próximo passo.

DO AR PRA RUA Parte do conceito do eCorner vem da tecnologia fly-by-

wire, adotada nos avõies nos anos 70, que trocaram os siste-mas mecânicos e hidráulicos por cabos e motores elétricos. Vantagens: menos peso e complexidade, além de impedir que o piloto ultrapasse limites estruturais da aeronave. No Brasil, isso teve início com a linha Palio de 2001, que ganhou acelerador eletrônico.

“Malandra é a pulga que só espera comida na cama!”

Page 13: O Campeão

13

Comportamento

Preto, vidros transparentes, estofado creme, o New Beetle da advogada Viviane Ferreira costuma chamar a atenção em meio ao ca-ótico trânsito paulistano, mas nada compa-rado ao passageiro que ela carrega sempre no banco de trás. Ele atende pelo nome de Bruno, um chow-chow cor de caramelo e língua azul, que costuma provocar suspiros toda vez que decide colocar a cabeça para fora do vidro. "Ele faz tanto sucesso quan-to o carro", diz, orgulhosa, Viviane. Bruno parece reconhecer a importância do passeio, pois entra no carro assim que vê a porta aberta. Uma vez dentro do New Beetle, só sossega depois de dar ao menos uma volti-nha ao quarteirão. "Ele gosta tanto de sair de carro que entra em qualquer porta aberta", diverte-se a dona, que às vezes também leva junto nesses passeios sua cadela Shakira, uma husky siberiano mais caseira.Amigo seguro

Dicas para viajar bem com seu cachorro

n Antes de dar a partida para o primeiro pas-seio, deixe o cão conhecer o espaço dentro do carro e sentir seus cheiros. Comece com passeios curtos e vá aumentando o percurso aos poucos;

n Cubra os bancos com uma manta ou teci-do para evitar surpresas desagradáveis;n Leve sempre água para servir ao totó nas paradas;n Não dê brinquedos para o cão no carro. Ele deve permanecer atento durante o pas-seio;n De acordo com o Código de Trânsito Bra-sileiro, dirigir com o cachorro no colo ou à esquerda do motorista é infração média, su-jeita a multa;n Já dirigir com o cão debruçado para fora da janela é uma infração grave, penalizada com multa e até a retenção do carro.Essa exposição do animal ao vento, que mui-tos entendem como diversão, na verdade é prejudicial ao cachorro, pois resseca olhos e narinas, além de expô-lo ao risco de queda e de colisão com um motociclista, por exem-plo;n A caixa de transporte é uma ótima opção para viagens, pois dá segurança ao cachorro. Ao contrário do que muitos pensam, ela não provoca sensação de enclausuramento;n Treine o cão para entrar e sair do carro de acordo com o seu comando;n Treine-o também para não avançar sempre que o carro entrar na garagem e não deixe que durma sob o veículo.

Cachorro-gasolina

O chow-chow cor de caramelo e língua azul, gosta tanto de andar de carro que não pode ver uma porta de carro aberta e costuma provocar suspiros toda vez que decide colocar a cabeça para fora do vidro.

“Na estrada da vida passado é contramão”

Page 14: O Campeão

14

Filosofia de vidaEm viagem que muita gente gostaria de fazer, um casal colocou na Web seu dia-a-dia na fascinante travessia dos Estados Unidos

Viagem

O estilo de vida dos norte-americanos sempre fascinou o mundo. Esta foto foi tirada há poucos meses. Recessão americana? Mesmo?

"Minhoca é um absurdo: não tem pé nem cabeça"

A familia Rving está fazendo uma viagem utilizando um motor home, e conforme seus relatos pela Internet, têm descoberto lugares espetaculares nos Estados Unidos. Partiram em 2 de maio de 2011 para visitar 34 lugares e até outubro, retornando para casa. Durante esse período, John e Carol Rving estão relatando em seu blog as maravilhas que têm encontrado pelo caminho.Em 22 de Agosto último, o Casal John e Carol decidiupassar o dia dirigirindo por um local chamado La Sal Circuito Mountain. Em um cenário espectacular, que fica ao norte de Moab, ao longo do rio Colorado, com paredes altas de pedra vermelha, deslumbrante. Na Área de Recreação Colorado Riverway, existem pequenos acampamentos que vão se desdobrando ao longo do rio. O casal passou pelo Michigan International Speedway- NASCAR e ouviram o barulho de carros mesmo estando a cerca de 16 quilometros da pista.No dia seguinte, o casal foi ver aviões de combate. Outro lugar que curtiram muito foi no Memorial Hole N ‘The Rock, um lugar construído na rocha maciça Fizeram uma caminhada pelo Canyonlands National Park, um lugar que requer atenção, pois em 10km de trilha, há uma grande parte de pedra lisa e a área tem muitas ondulações e buracos que enchem com a chuva...O casal ainda está na estrada, em busca de lugares que encantam mesmo quem os está acompanhado pelo blog, atualizado diariamente - vale a pena conferir.Alguns dos lugares que serão visitados são: Ohio, St. Louis, Missouri, Oklahoma City, Texas, San Diego, Arizona, Montana, South Dakota, Iowa e Chigago.

O conteúdo disponibilizado para os internautas é riquíssimo em termos culturais e os apontamentos pessoais é uma provocação ao espírito. Para compartilhar a caminhada desse casal, acesse:

www.reflectionsfromthefence.com

Já não se fazem mais frases de caminhões como antigamente

Page 15: O Campeão

15

Viagem “Preguiça é o hábito de descansar antes de estar cansado”

Para os Rving, cada dia, outro deslumbramento: “Arches National Park é maior que a vida, maior do que grande, enorme, gigantesca!

Ok, aqui é a palavra, novamente, “esmagadora”. No primeiro dia registramos cerca de 430 fotos. No total, durante

várias viagens para o parque, levamos mais de 1000 imagens”. Este conteúdo é em homenagem a Marcos Azenha, de Nova Odessa, que também gosta de cair na estrada com seu ônibus.

No mapa norte-americano, em azul, o roteiro que o casal John e Carol concluirão em outubro. A maioria dos parques nacionais estão incluídos e as fotos ao lado dizem uma fração do que veem...

O motor home dos Rving é um apartamento ambulante; estacionado, expande-se ou avança-se parte do corpo para ambos os lados externos tornando o ambiente interno numa sala normal de uma residência. E como em acampamento a pessoa pouco fica na tenda, esse conforto é apenas psicológico, segurança de que sua casa está ali, debaixo da árvore... É a tal felicidade que sempre perseguimos - mas que o dinheiro facilita... De qualquer forma, eles estão na estrada e não se sabe se eles passam pelas paisagens ou elas passam...

Page 16: O Campeão

A privatização permitiu tal conforto: ao longo da bandeirantes e da Anhanguera, a 12 centíme-tros sob o asfalto, há sensores para avaliar fluxo e velocidade de veículos e ao longo de toda a concessão da Autoban câmeras de alta definição e alcance de até 3 quilômetros monitoram todo o tráfego – um carro pode ser seguido por todo o trajeto através do centro operacional da Autoban, localizado em Jundiaí.

Isso é possível graças a equipamentos, a co-meçar pela rede de fibra ótica, cada um com uma função bastante específica. Câmeras, radares, pai-néis de mensagens, analisadores de tráfego, tele-fones de emergência e estações meteorológicas,

entre outros, integram esse complexo sistema que muita gente não tem noção dessa estrutura.

Por meio dos dados, imagens e voz transmiti-dos por esse conjunto de modernos equipamentos, as ocorrências das rodovias são acompanhadas no Centro de Controle Operacional (CCO), instalado na sede da concessionária, que funciona como o cérebro da rodovia inteligente.

A concessionária, por meio das equipes do SOS Usuário, presta atendimento constante aos motoristas, e ainda faz a verificação das pistas em intervalos máximos definidos, com o recolhimen-to de todo e qualquer objeto encontrado em cada passagem.

Estão de olho em você...Por toda a Bandeirantes ou Anhanguera motoristas barbarizam e depois descobrem que foram observados e até filmados

Na foto não aparece o militar mas devido aos abusos praticadas por motoristas, ao longo das rodovias 24 horas por dia, um policial permanece nessa sala com um talão de multas à mão...

Circuito fechado de TVFerramentas essenciais para o gerenciamento

do tráfego, as câmeras de TV instaladas ao longo das rodovias permitem a visualização das ocor-rências e a mobilização do atendimento adequado. Com recursos operacionais que possibilitam mo-vimento horizontal e vertical, aproximação e afas-tamento e ajuste de foco com excelente qualidade de imagem, têm raio de até três quilômetros, e a capacidade de aproximação da imagem aumenta em até 20 vezes. São 81 câmeras instaladas, das quais 44 com sistema dia/noite, que permite visu-alização noturna.

Todas as imagens são gravadas simultanea-mente e chegam ao CCO em 18 monitores de 52 polegadas e dois monitores de 67 polegadas, todos com imagens digitalizadas.

As câmeras estão fixadas em postes de 15 metros de altura, onde também estão instalados o controlador do equipamento e um reservatório para 5 litros de água, que dura cerca de seis meses. A limpeza da lente da câmera é feita remotamente pelo CCO, com o acionamento de jatos de água e limpadores frontais.

Sistema de Detecção de Velocidade

Os radares do Sistema de Detecção de Veloci-dade permitem monitorar e controlar a velocidade por faixa de rolamento. Muitos motoristas acostu-maram com os pontos onde há radares mas é pre-ciso muito cuidado com o excesso de velocidade pois existem 14 pontos de medição, num total de

35 faixas de monitoração de controle de velocida-de. Na Anhanguera, o limite máximo permitido é de 100 km/h, para carros, e 80 km/h, para ônibus e caminhões. Na Bandeirantes, a velocidade máxi-ma está fixada em 120 km/h (veículos de passeio) e 90 km/h (veículos comerciais). As fotos digita-lizadas são transferidas diariamente para o DER para posterior processamento.

Os radares são compostos por câmeras de alta sensibilidade, que captam as imagens dos ve-ículos, emissores infravermelhos para operações noturnas e sensores de velocidade embutidos no pavimento das rodovias.

No trevo da SP-304, a câmera domina o percurso até o posto da Polícia Rodoviária da Via Anhanguera em Americana, ou girando-se para trás, ela pode alcançar o pedágio à entrada de Nova Odessa.

SEGURANÇA “Mulher é como abelha: ou dá mel ou ferroada”