o alvoradense #50

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Faltam creches, sobram crimes Trocar de emprego com frequência pode prejudicar carreira PÁGINA 6 Dados do Tribunal de Contas do Estado e da Secretaria de Segurança Pública divulgados nessa semana traçam um cruel panorama da cidade. Apresentamos, ao mesmo tempo, indices históricos de alta na criminalidade e baixa na oferta de vagas na Educação Infantil. Páginas 4 e 5 Foi o quanto diminuiu o número de vagas em creches nos últimos 5 anos. Foi o quanto aumentou o número de homicídios entre 2013 e 2014. TRISTE REALIDADE 62% 65% O ALVORADENSE BURACOS PERSISTEM POR MAIS UM MÊS ANO 03 •• Nº 50 •• ALVORADA, 31 DE JANEIRO E 1º DE FEVEREIRO DE 2015 •• WWW.OALVORADENSE.COM.BR JORGE APAIXONADO PELA LAGOA DO COCÃO Página 8 JONATHAS COSTA JONATHAS COSTA Lentidão para terminar obras na avenida Zero Hora irrita moradores e causa prejuízos aos comerciantes do bairro Jardim Algarve PÁGINA 3 Coral da cidade será resgatado Começa a temporada de liquidação Carnês do IPTU estão sem reajuste PÁGINA 7 PÁGINA 4 PÁGINA 5

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31 de Janeiro e 1º de Fevereiro de 2015

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Page 1: O Alvoradense #50

Faltam creches,

sobram crimes

Trocar de emprego com frequência pode prejudicar carreira PÁGINA 6

Dados do Tribunal de Contas do Estado e da Secretaria de Segurança Pública divulgados nessa semana traçam um cruel panorama da cidade.

Apresentamos, ao mesmo tempo, indices históricos de alta na criminalidade e baixa na oferta de vagas na Educação Infantil.

Páginas 4 e 5

Foi o quanto diminuiu o númerode vagas em creches nos últimos 5 anos.

Foi o quanto aumentou o número de homicídios entre 2013 e 2014.

TRISTE REALIDADE

62%

65%

O ALVORADENSE

BURACOS PERSISTEM POR MAIS UM MÊS

ANO 03 •• Nº 50 •• ALVORADA, 31 DE JANEIRO E 1º DE FEVEREIRO DE 2015 •• WWW.OALVORADENSE.COM.BR

JORGEAPAIXONADO PELA LAGOA

DO COCÃOPágina 8

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JONA

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Lentidão para terminar obras na avenida Zero Hora irrita moradores e causa prejuízos aos comerciantes do bairro Jardim Algarve PÁGINA 3

Coral da cidade será resgatado

Começa a temporada de liquidação

Carnês do IPTU estão sem reajuste

PÁGINA 7

PÁGINA 4

PÁGINA 5

Page 2: O Alvoradense #50

EDUARDOTOLEDO

Os impostos chegaram a Alvorada

Não é somente os 100% no IPTU. Tudo o que foi prometido pela presidente em seu discur-so de campanha acabou de ser mudado sem existir qualquer debate. Nem uma única pa-lavra. É tudo que o PT acusava Aécio Neves,

caso ele ganhasse as eleições. Agora o governo federal apresenta um pacote de maldades de uma vez só. As tarifas aumentaram em 30%, os juros subiram, o seguro desemprego agora beneficia o governo e, ainda por cima, cortaram a verba da educação em R$ 7 milhões. Marta Suplicy deve ter razão. Não existe transparência no governo, além tantas outras observações e críticas. Mais uma vez se prova que os que os conselhos e a participa-ção popular servem apeans para um ‘cala boca popular’.

O pacote de medidas do governo é como se sua casa fosse invadida por pulgas, carrapatos, baratas e ratos ao mesmo tempo. Você certamente entraria em desespero sem saber o que fazer. É a mesma coisa que o governo Dilma vem fazendo com povo. Soltaram as sete pragas.

O povo que anda calado, surdo e mudo de tanto ser iludido, ainda sorri como se nada tivesse acontecido. Não é mais o preço da passagem de ônibus que é cara, é a gaso-lina, a luz, a água, o gás, o telefone, a comida e o imposto que não retorna da mesma forma que pagamos. E o salário que eles dizem que tanto aumentaram, hoje vira novamen-te uma piada da escolinha do professor Raymundo.

Para fazer um calçamento comunitário pagamos duas vezes (dupla tributação) e quem ganha os créditos é o perfeito, que posta fotos no Facebook como um astro de cinema. Com certeza o personagem dele não é um servente obras ou pedreiro que, este sim, também é protagonista da ação social.

A obra ou o calçamento realizado não é do partido que está no poder, é do povo. Com um pau de selfie posso provar que a foto também é nossa. No Photoshop tiro o perfeito da estrela de cena, e deixo somente o cidadão usufruindo o que é dele.

O reflexo sobre o que está acontecendo no país e os respingos que chegaram ao nosso município têm respos-tas antecipadas. No ano que o prefeito assumiu a pre-feitura, o dinheiro de algumas secretarias foi devolvido aos cofres do governo federal. O povo sabe disso? Qual explicação? Incompetência ou alimento das estrelas? Falta de projeto não pode ser. Afinal eles sempre têm todas as respostas na ponta da língua: a ideia é deles, é original e legítima.

Devolve as medalhas

A deputada do PT bateu o pé, ficou emburrada e, pressionada, teve que pedir desculpas pelas nove medalhas que entregou para a família. Em Alvorada eu gostaria de ver a ética da filha da mãe devolver o cargo.

[email protected]

opinião2 Sábado e Domingo

31 de janeiro e 1º defevereiro de 2015

www.oalvoradense.com.br

“PARA REFLETIRA vida se renova na esperança de um dia novo.Carlos Drummond de Andrade

Fundado em 12 de março de 2012

Diretor e FundadorJonathas [email protected]

ReportagemJosélia [email protected]

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A SEMANA ARTIGO

Caco Arais

O desgaste atribuído aos institutos de pesquisa durante o último pleito elei-toral não condiz com a aná-lise dos números finais. A média de acerto dos quatro grandes (Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus) foi su-perior a 90%. Resultados à parte, é necessário destacar que as pesquisas de opinião pública excedem a consulta de intenção de votos. São instrumentos que garantem a própria manutenção do sistema democrático.

Usual termômetro de campanhas eleitorais, as pesquisas são fundamen-tais para estreitar esse diá-logo e fazer uma avaliação abrangente de interesses pontuais da sociedade. Mais do que uma estima-tiva do grau de satisfação, servem de diagnóstico para a elaboração de um plano estratégico de gestão. No campo empresarial, por exemplo, os levantamen-tos norteiam a análise do mercado.

O estudo “Percepção da Pesquisa no Brasil” consta-tou que 86% da população considera o método impor-tante para a administração pública, e 78% releva os resultados apresentados como a melhor maneira de expressar sua opinião e participar, mesmo que indiretamente, de decisões políticas.

Também os prefeitos de-vem manter aberta essa li-nha de comunicação com os cidadãos. A análise de ava-liação diminui a possibilida-de de erro na implantação de políticas públicas e evita o desperdício de recursos, direcionando investimen-tos às áreas identificadas como de maior carência. A amostragem ajuda a definir linhas de governo, anteci-pa resultados e escancara necessidades muitas vezes ignoradas.

Existem vários institu-tos de pesquisa idôneos e com tradição no estado, que atuam com responsa-bilidade social. O eco da opinião pública fornece informações cruciais à gestão, e deve ser pondera-do de forma contínua. Com argumentos científicos e sociológicos, a pesquisa aponta tendências e provo-ca os gestores para um novo olhar nos mais diferentes setores da administração. É esse tipo de reação que remodela, mexe estruturas e permite que a população seja contemplada com aqui-lo que mais necessita.

O eco da opinião pública

cientista político

Ataque de abelhas mata duas pessoasUm ataque de abelhas matou duas pessoas e deixou cinco feridas

durante um rapel em uma área próximoa à Pousada Refúgio Verde, em Maquiné, no Litoral Norte. De acordo com a Brigada Militar, o acidente aconteceu na noite do sábado, dia 24, com um grupo de sete pessoas que praticava o esporte. Duas delas caminharam du-rante a noite inteira na mata fechada e conseguiram sair para pedir ajuda à polícia na manhã do dia seguinte. O resgate se estendeu até a tarde de domingo e contou com um helicóptero, ambulâncias do Samu e bombeiros. A polícia ainda investiga o caso.

Acidente mata sete pessoas em Santa MariaUma colisão frontal entre um Monza e um Twingo causou a

morte de sete pessoas na noite de terça-feira, dia 27, na BR 287, em Santa Maria, região Central do Estado. A única sobrevivente do aci-dente, Ariele Netania Padilha da Cruz, de 16 anos, estava no Monza com outras seis pessoas. Ela passou por uma cirurgia na quarta e se recupera bem. De acordo a Polícia Rodoviária Federal, foram encontradas latas de cerveja e gelo dentro do Monza. Além disso, há indícios de que ninguém usava o cinto de segurança.

Operação Golfinho terá redução

A Operação Golfinho será mantida até o dia 3 de março, mas com redução de dois terços do efetivo a partir de 23 de fevereir, conforme anunciou o governo do estado na quinta-feira, dia 29. As primeiras áreas afetadas serão os serviços administrativos e em seguida o policiamento. Os salva-vidas serão mantidos até o final da operação. Atualmente, estão em atividade 2,6 mil servidores em áreas de segurança, policiamen-to e de bombeiros. A redução mais drástica será nos dias de semana.

Tragédia da Kiss completa dois anos

A morte de 242 pessoas durante um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, comple-tou dois anos na terça-feira, dia 27. Durante todo o dia foram feitas homenagens para às ví-timas, com orações, apresenta-ções teatrais e caminhadas. Na noite de terça, o nome de todos os mortos na tragédia foram lidos ao som de um tambor, que tocava a cada novo nome mencionado. O dia também foi marcado por protestos de justiça, para que entes públicos sejam responsabilizados por falhas na fiscalização.

Petrobras perde valor de mercado

A Petrobras divulgou na quarta-feira, dia 28, depois de dois adiamentos, o balanço do terceiro trimestre da compa-nhia. O documento, no entanto, não trouxe as perdas esperadas por conta das denúncias de corrupção na estatal investi-gadas na Operação Lava Jato, extimadas em R$ 86,6 bilhões. De acordo com o balanço, que não teve o aval de auditoria independente, a petroleira teve lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre do ano passado, valor 38% menor em relação ao trimestre anterior. A Petrobras também perdeu quase R$ 14 bilhões de valor de mercado em apenas uma semana. No acumulado de quatro meses, a perda é de R$ 200 bilhões.

Governo garante serviço aeromédico

O governo do estado voltou atrás da informação divulgada no início da semana e garantiu, na quinta-feira, dia 29, que não haverá desativação do atendi-mento aeromédico realizado pelo Estado. Contudo, degundo o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo, o contrato com uma empresa terceirizada que fornece a equipe de 15 profissio-nais de saúde, entre médicos e enfermeiros, que atuam no atendimento, não será renova-do. A Brigada Militar e o Samu devem repor estas equipes dispensadas. Também está em análise a futura utilização dos dois helicópteros adquiridos pelo Estado por R$ 26 milhões no ano passado que ainda não saíram dos EUA.

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3Sábado e Domingo31 de janeiro e 1º defevereiro de 2015www.oalvoradense.com.br

cidadeBuraqueira na Zero Hora ainda está longe do fimÉ AGUARDAR. Prefeitura garante que obra está dentro do prazo e assegura recuperação da via

A prefeitura deverá finalizar em feve-reiro as obras de saneamento reali-

zadas na avenida Zero Hora, no coração do Jardim Al-garve, zona Sul da cidade. A colocação de canos de esgoto

tem causado transtornos aos moradores e comerciantes que se queixam da demora para concluir os trabalhos, iniciados em novembro do ano passado.

Não é a toa. Andar pela principal avenida do bairro

se tornou, antes de mais nada, ultrapassar bura-cos. Via de movimentação intensa e de muitos estabele-cimentos comerciais, a Zero Hora acumula nas laterais poças de água, barro, muitos buracos e britas soltas. Um dos locais mais afetados é o cruzamento com a Antônio Carlos Jobim, que apresenta grandes buracos tem exigido paciência dos motoris-tas. “Dia desses um carro derrapou na brita e quase capotou”, contou Tacir Cella, que tem comércio na avenida há 17 anos. Segundo ele, logo que a obra iniciou, a via foi totalmente fechada para o trânsito de veículos. “Isso prejudicou e muito nosso comércio. As pessoas na tinham como chegar porque ficava o dia todo fechado”,

contou ele. O impasse foi resolvido depois que vários comerciantes fizeram queixa à Prefeitura.

Outro comerciante da região, Avelino Polidoro trabalha na avenida há 16 anos e lamenta a demora na colocação dos canos de esgoto. Ele conta que chegou a sugerir aos trabalhadores que se colocassem nas duas extremidades da via. “Se tra-balhassem simultâneamente nos dois lados finalizavam mais cedo, mas eles disseram que atrapalharia o encaixe das pedras, como se não tivessem de cortá-las do jeito que estão fazendo”.

Em nota a Prefeitura in-formou que não há demora na obra pois a área já está sendo pavimentada dentro do prazo.

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Ponto mais crítico fica na esquina com a rua Carlos Jobim

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Poças, buracos e pedras soltas estão por toda a parte

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Sinaleira estrada há três semanasHá mais de três semanas a sinaleira localizada na esquina da avenida Itararé com a rua Vasco da Gama, no bairro Sumaré, está estraga-da. Segundo a prefeitura, uma licitação foi aberta para o reparo e a expectativa é concluir o serviço antes do início das aulas.

Page 4: O Alvoradense #50

A Associação Comercial e Industrial de Alvorada (ACIAL), em convênio com a prefeitura, iniciou na sexta-feira, dia 30 a segunda edição do Liquida Alvorada. O evento, que segue até o dia 14 de fevereiro, conta com a par-ticipação de aproximadamen-te 200 empresas de produtos, serviços diversos e entreteni-mento. Os descontos podem chegar em até 70%.

A primeira edição do evento, realizado no mesmo período de 2014, contou com 130 participantes e registrou um aumento de 6% na comercialização dos produtos, número que equivale a R$ 900 mil em valor comercializado. Todos os bairros da cidade tiveram

lojas participantes. Os locais que integram o projeto já estão com material de divulgação. São bandeirolas, cartazes e faixas.

Segundo o Presidente da Acial, Mauricio Cardoso, essa

edição será um sucesso ainda maior pois os lojistas estão melhores preparados e mais engajados na liquidação. “A cidade está mobilizada e, com isso, o consumidor tem ainda mais a ganhar.”

4 Sábado e Domingo31 de janeiro e 1º de

fevereiro de 2015www.oalvoradense.com.br

Por dentro dos dados

Déficit de vagas aumenta em um anoPREJUÍZO. Com o pior índice de atendimento do RS, cidade não alcançará metas do PNE e deixará de receber incremento de R$ 40 milhões

EDUCAÇÃO INFANTIL

A lvorada tem o pior índice de atendimento da rede municipal de

pré-escolas do Rio Grande do Sul. Segundo levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) divulgado na quinta-feira, dia 29, a cidade diminuiu em 2013 a oferta de vagas para crianças de 0 a 3 anos e as matriculas para os alunos de 4 e 5 anos cresceu timidamente.

O levantamento compro-va o que na prática já vinha sendo indicado pelo próprio TCE nos últimos anos: a cidade não alcançará a meta do Plano Nacional de Edu-cação (PNE) de matricular até 2016 todas as crianças de 4 e 5 anos e 50% das de idade entre 0 a 3 anos. O índice de matrículas de 2013

indica atendimento de ape-nas 4,58% da demanda do primeiro ciclo da educação infantil e 19,58% do ciclo final. Ao todo faltam 10.217 vagas na rede.

Apesar dos índices alarmantes, a metodologia utilizada pelo tribunal pode ter minimizado os resultados negativos, porque os dados populacionais utilizados são estimativas referentes ao ano de 2012. Ou seja, o indí-ce ruim demonstra apenas o fechamento das vagas, des-considerando o crescimento populacional do período.

Também foram divulga-dos pelo estudo os dados do financiamento da educação infantil em Alvorada, cujos valores em 2013 alcançaram pouco mais de R$ 3 milhões. O investimento representa

apenas 4,66% de toda a receita do Fundeb ou 0,20% do Produto Interno Bruto (PIB) do município. Como não alcançará a meta do PNE até 2016, a cidade deixará de receber um incremento de quase R$ 40 milhões por ano, o que representaria alta de 34% na arrecadação total dos cofres da prefeitura.

Futuro ainda incertoApesar das constantes

promessas de investimen-tos na área, em cinco anos Alvorada fechou 62,5% das vagas em creches. Para a prefeitura, o cenário pode melhorar com a construção das creches financiadas pelo governo federal. O relatório, no entanto, aponta para um futuro menos otimista.

Os três projetos de

construção de escolas que o governo possui deverão abrir em torno de 360 vagas. Segundo aponta o TCE, no entanto, serão precisos, ao todo, mais de 10,2 mil ma-trículas para que Alvorada alcance a meta. Nem mesmo os outros oito projetos que a prefeitura diz ter preparado devem contribuir para zerar a conta. Se todos forem executados faltariam, ainda, mais de 8 mil vagas.

O prefeito Professor Serginho argumenta que o problema será sanado a longo e médio prazos. “Já aumen-tamos em 25% o número de vagas esse ano”, garante. Se-gundo sua assessoria, já em 2015 100 novas vagas foram criadas atravéz de convênios. O valor dos repasses por aluno também foi ampliado.

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Material publicitário do Liquida Alvorada já está nas ruas

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Terreno no bairro Onze de Abril que receberia primeira escola de educação infantil está abandonado

Smed divulga resultado do remanejoA Secretaria de Educação concluiu na terça-feira (27) o processo de remanejo dos servidores das escolas da rede municipal. Ao todo, 24 profissionais tiveram a solicitação atendida. A maioria deles, 20, são professores. A lista completa está no endereço http://bit.ly/1uAetj7.

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Obra na Alfredo da Rocha é entregueA prefeitura realizou na quarta-feira, dia 28, ato de entrega da obra de pavimentação da rua Alfredo da Rocha, no bairro Bela Vista. A via foi a segunda a ter as obras concluídas através da retomada do programa de pavimentação comunitária. Outras 13 receberão melhorias.

Primeira escola ainda não saiu do papelFoi em uma manhã fria

de junho de 2013 que a prefeitura, em festa, lançou a pedra fundamental da escola Jean Piaget, no bairro Onze de Abril. Crianças com balões, apresentações musicais e até mesmo uma simbólica caixa do tempo com mensagens de crianças, professores e da comunidade foi preparada para o lança-mento das obras da primeira unidade de educação infantil de Alvorada. A expectativa

era grande para voltar ao local em dezembro, já com a escola funcionando e os primeiros alunos brincando no pátio.

Um ano e sete meses depois, contudo, o terreno onde ficaria localizada a escola é um amontoado de mato e ferros retorcidos. Restos de uma precoce terraplanagem indicam que a terra até foi remexida, mas nada avançou. Segun-do a prefeitura, a empresa

responsável pela obra faliu. Uma nova licitação foi aberta para substituição da compa-nhia. Atualmente, apenas a futura escola Dilan Camargo, no bairro Salomé, está sendo construida. Os terrenos dos bairros Onze de Abril e Jardim Algarve passarão por novo processo de terrapla-nagem, que é de responsa-bilidade do município, para somente após o processo concluído iniciar a licitação da obra.

Começa a segunda edição do Liquida

2009 2010 2011 2012

Número de matrículas

2013

4 e 5 anos

0 a 3 anos460604

1.123

747699841

556673735

1.174

Receita de Impostos:R$ 115.860.491,08

Recursos aplicados na Educação Infantil: R$ 3.187.304,89

Total repassado pelo Fundeb:R$ 64.996.765,74

Acréscimo na verba do Fundeb, caso as metas sejam alcançadas:

R$ 39.661.474,47

0 a 3 anos5.387

4 e 5 anos4.830

A defasagem

Page 5: O Alvoradense #50

5Sábado e Domingo31 de janeiro e 1º defevereiro de 2015www.oalvoradense.com.br

Indicadores de violência de Alvorada

2013 Diferença 2014

95 65% 157

1.957 12,8% 2.209

228 48,2% 338

1.940 16,2% 2.256

266 26,6% 337

255 16% 296

714 -57% 304

257 -1,5% 253

Força-tarefa tentará garantir pavimentaçãoMOBILIZAÇÃO. Obras estão paradas após decreto do governo que congelou pagamentos

E xecutivo, Legislativo e moradores vão for-mar uma força tarefa para pleitear junto ao

governo do estado a conclusão das obras de pavimentação no município, suspensas após decreto do governador José Ivo Sartori no início do ano. A primeira ação está prevista para a terça-feira, dia 3, quan-do uma audiência pública na Câmara de Vereadores deverá formar uma comissão de mo-radores para acompanhar de perto o caso.

Na quinta-feira, dia 29, os moradores das ruas que tiveram obras interrompidas em virtude de decreto que suspendeu os pagamentos do Estado por 180 dias foram recebidos na prefeitura. Na ocasião, foi apresentado aos moradores documentos e

dados técnicos sobre as obras, com o objetivo de subsidiá-los para o debate público. “Existem muitas informações inverídicas que estão pre-judicando o debate sobre o tema”, explicou Negreiros. O secretário de Obras, Rogério Negreiros, informou detalhes do contrato, que prevê a con-

clusão da obra em 10 meses, e do financiamento, que pre-vê 85% dos recursos oriundos do Governo do Estado, por meio da Consulta Popular ,e 15% do município.

Vereador estevecom secretário

O impasse também foi

tema de encontro entre o vereador Juliano Marinho (PT) na terça-feira, dia 27, com o deputado estadual Adão Villaverde e o Secretário Estadual do Planejamento, Cristiano Tatsch.

A maior preocupação é com as quatro ruas que já tiveram as obras iniciadas e foram paralisadas: Piratini, Pedro Alvares Cabral, Murilo Furtado e Umbandistas. Uma cópia do convênio, medições e fotos de como se encontra cada obra e um abaixo-assinado com mais de 1.000 assinaturas foram entregues pelo vereador ao secretá-rio, solicitando a retomada imediata das obras. Tatsch preferiu não confirmar nada, mas assumiu o compromisso de analisar e dar uma respos-ta o ‘quanto antes’.

Morte de carteiro une categoria

A morte de um cartei-ro em Alvorada há duas semanas foi o estopim para o início da mibilização da categria por melhores condições de trabalho. Na quinta e sexta-feira, dias 29 e 30, os trabalhadores dos Correios realizaram uma paralisação para pressionar a empresa a realizar novo concurso para contratação de funcionários assim como autorizar o trabalho de entrega de cartas apenas no turno da manhã durante o verão.

Segundo o advogado do Sindicato dos Trabalhado-res em Correios e Telegra-fos do Rio Grande do Sul (Sintec-RS), a morte do funcionário, apesar de não comprovada a causa, de-monstra os riscos causados pelo tabralho na rua em dias de muito calor. O homem, que não teve a identidade divulgada, era morador de Gravatai e teria passado mal durante o trabalho em Alvo-rada. Ele foi encaminhado para o posto de saúde, onde foi medicado e liberado. Ao chegar em casa, novamen-te passou mal e foi levado para o hospital onde acabou morrendo horas depois.

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Prefeitura e moradores esperam conseguir garantias do Piratini

•• A Polícia Civil prendeu na quarta-feira, dia 28, dois homens, de 19 e 29 anos, com 39 gramas de cocaína, o que poderia render até 200 buchas do entorpe-cente. Os suspeitos foram detidos no momento da entrega da droga. Segundo o delegado Thiago Almeida Lacerda, da 2ª Delegacia de Investigações do Narco-tráfico, a droga apreendida possuia um alto grau de pureza. Ambos foram enca-minhados para o presídio.

•• Os servidores munici-pais passarão a receber o 13º salário em duas parcelas de 40% e 60%. O novo modelo será adotado pela Secretaria Municipal de Administração após a divulgação do resultado da enquete realizada com os municipários, onde 878 votos aprovaram a mu-dança. No modelo atual, o pagamento é feito em três parcelas. A prefeitura ainda não divulgou quando serão efetuados os pagamentos.

•• A Loja Social atende em novo horário durante o mês de fevereiro, devido a baixa procura do publico e do período de veraneio. O novo horário de funcio-namento acontece nas terças e sextas-feiras, das 9h às 12h e das 13h às 17h. Durante o período, haverá reforma e reorganização do espaço,além do atendi-mento ao público. A partir de 2 de março a loja volta a ter atendimento de segun-das às sextas-feiras.

Cocaína é apreendida

13º salário dos servidores muda

Loja Social atende em novo horário

Prefeito e deputada organizam oitivaO impasse com o governo do estado levou o prefeito Professor Serginho e a deputada Stela Farias a organizarem informações para uma espécie de ‘dossiê’. A frente de trabalho busca unificar os movi-mentos, e discursos, em prol da liberação das verbas.

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Carro roubado estacionado no hospitalA Polícia Civil localizou no estacionamento do Hospital de Alvorada, na quinta-feira, dia 29, um Onix branco que havia sido roubado em Porto Alegre no dia anterior. Os suspeitos do roubo, um jovem de 20 anos e um adolescente de 17, foram presos na zona Norte da Capital.

Com 157 casos, homicídios cresceram 65% em 2014

O ano de 2014 registrou 157 homicídios em Alvora-da, número 35% maior do que o número de ocorrências de 2013. Desde que os dados começaram a ser tabulados e divulgados anualmente pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, em 2002, 2014 foi o ano mais violento já registrado na cidade. Na análise mensal, outubro, no-vembro e dezembro tiveram 17 mortes em Alvorada, o que fez do último semestre do ano o mais brutal.

Em termos gerais, a violência cresceu em prati-camente todos os aspectos. Além dos homicídios, houve alta nas ocorrências de furto, 12,8%, furto de veículos, 48,2%, roubos, 16,2%, roubos de veículos, 26,6%, e estelionato, 16%.

Os únicos indicadores que apresentaram queda fo-ram as ocorrências de posse de entorpecentes e tráfico de drogas, com diminuição de 57% e 1,5%, respectiva-mente.

IPTU: carnês estão sem o valor reajustadoAPrefeitura cancelou tem-

porariamente, nessa semana, a atualização do valor venal dos imóveis diretamente nos carnês do IPTU de 2015. A medida possibilita o paga-mento da alíquota sem o reajuste da planta de valores dos imóveis, suspenso por liminar pelo Tribunal de Jus-tiça (TJ-RS) no início do mês.

A orientação para o contribuinte é acessar o site da prefeitura, pelo endereço http://201.47.253.3/iptu/, e imprimir o carnê para pagamento. Segundo o Secre-tário Municipal de Fazenda, Antonio Begnini, a medida

possibilita o pagamento com descontos de até 30%. Os carnês atualizados devem ser encaminhados para a casa do contribuinte nas próximas semanas.

Até o julgamento do méri-to da ação pelo TJ-RS, o valor reajustado fica em suspenso. O mesmo ocorre para quem já havia quitado o imposto com o aumento do índice. Possíveis ressarcimentos só serão analisados após a deci-são definitiva da Justiça.

Já os moradores que paga-ram o imposto agora, com o valor da atualização da planta de imóveis em suspenso, não

terão a diferença cobrada caso a Justiça autorize a volta dos valores reajustados.

Reajuste polêmicoA atualização da planta

de valores foi aprovada na Câmara de Vereadores no dia 26 de dezembro e impactou em 100% no valor cobrado no IPTU. O governo munici-pal alegou que os valores não eram atualizados há 15 anos e que o Tribunal de Contas do Estado cobrava a atualização. O PMDB e PSD ajuizaram Ação de Inconstitucionali-dade do reajuste e a Justiça acabou concedendo a liminar.

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Page 6: O Alvoradense #50

6 Sábado e Domingo31 de janeiro e 1º de

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SIMONES. LOPES

Adams Óbvio

O bjetividade é um dos temas centrais abor-dados no livro “Adams Óbvio Como obter sucesso incomum na vida profissional”, que tem lançamento pela Faro Editorial. A obra foi publicada, pela primeira vez, na forma

de conto, na Saturday Evening Post, em abril de 1916. Apesar de ter sido no século passado, seus conceitos são mais atuais do que nunca. De acordo com o autor, Robert R. Updegraff, que relata a história de um publicitário que se tornou um dos profissionais mais cogitados do mundo, muitas vezes, no universo corporativo se perde muito tempo pensando em fórmulas mirabolantes, em conceitos complexos, em medidas rebuscadas para resolver algo e, na maioria das vezes, a resposta é muito simples.

De acordo com o personagem, quando se quer algo, há apenas um caminho natural: ir diretamente ao seu pro-pósito, cuidar da aparência, ser firme e ao mesmo tempo gentil, e ter, sobretudo, persistência para alcançar o objeti-vo almejado. “Quantas pessoas têm persistência suficiente para levar adiante suas ideias a respeito do que é óbvio”, questiona o personagem, que via os pontos essenciais das coisas e os expressava com clareza. Um dia, ele recebeu uma proposta para ser promovido e estava se empenhan-do na atividade que passaria a realizar, mas não sabia o quanto é desafiador o processo de aprendizagem e recebeu um conselho: “Não deixe isso subir à cabeça, jovem. Uma campanha é feita de muitas batalhas”, orientou seu supe-rior. Era mais uma grande lição, a da humildade. Muitas vezes, sabemos determinados conceitos, mas nem sempre sabemos tudo. E em determinados momentos, deixar o outro se expressar pode representar um período de grande aprendizagem e renovação, pois a pessoa poderá nos trazer uma forma diferente de executar tal tarefa. Dessa forma, a gente cresce em sabedoria e discernimento e pode ter muitos ganhos tanto na vida pessoal como profissional.

A leitura é bem breve e traz conceitos muito interessan-tes. Vale a pena ler e compartilhar a contribuição de Robert R. Updegraff , que nasceu em 1889 e faleceu em 1977. Ele foi coaching de executivos de empresas gigantes, como a General Foods, a John Hancock Mutual Life, a Kellog, a Lever Brother (atual Unilever) e a Westinghouse. Publicou inúmeros artigos na imprensa, entre eles, o que originou este livro, sendo assíduo na Reader’s Digest. Um dos seus grandes méritos, em minha avaliação, é que ele adaptava sua mensagem à necessidade dos ouvintes. Ele se colocava no lu-gar do outro, compreendia o outro e promovia uma relação de equilíbrio. Muito interessante. Até a próxima semana!

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CONCURSOS•• Prefeitura de Erechim – 77 vagas para diversos cargos com remuneração de até R$ 10.611,87. Inscrições até 5/2 pelo site www.objetivas.com.br.

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S e você vive trocando de emprego por qualquer motivo é melhor começar a

tomar cuidado: uma pesquisa realizada pela Robert Half revela que profissionais com histórico de pouca perma-nência nas empresas são facilmente descartados de processos seletivos. É o que afirmam 95% dos diretores financeiros de empresas brasileiras. Segundo o levan-tamento, 20% dos entrevista-dos afirmam que cinco trocas de emprego em 10 anos já é o suficiente para considerar um candidato como profissional instável. Outros 18% consi-deram sete um número alto de mudanças durante uma década e 15% apontam que 10 transições no mesmo perí-odo é algo preocupante. Para 15%, três movimentações de

emprego nesse intervalo de tempo merecem atenção.

Segundo o diretor da Robert Half, Sócrates Melo, um profissional valorizado no mercado deve ser capaz de completar ciclos de projetos e aprendizados.

“A contratação é um

investimento da empresa no colaborador. Se ele não permanece tempo suficiente para atuar nos projetos do início até o momento de colher os resultados, torna-se difícil compreender sua capacidade de entrega e seu valor para a organização”, ex-

plica. Além disso, o executivo explica que existem razões plausíveis para curtas per-manências nos empregos, mas o profissional pode ser classificado como instável pelo recrutador caso ele sempre deixe um emprego sem justificativas claras.

Para realizar o estudo, fo-ram entrevistados 1.185 dire-tores financeiros de empresas da Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, França, Hong Kong, Singapura, Reino Unido e Japão. Na média mundial, cinco mudanças de emprego do candidato em um período de 10 anos também colocam o recrutador em estado de atenção. O lugar com maior índice de intolerância a profissionais instáveis é Hong Kong, onde 100% dos ges-tores evitam currículos que apresentem esse histórico.

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Recrutadores brasileiros descartam candidatos ‘pula-pula’, diz pesquisa

•• As 132 Agências Sine de todo o Estado contam com 8.093 vagas de emprego abertas. Interessados devem se dirigir à unidade mais próxima, portando Carteira de Trabalho. Apenas na região Metro-politana há 2.662 vagas de trabalho abertas. Em Alvorada o Sine fica na rua Senador Salgado Filho, 69, e funcionada das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Sine tem mais de 8 mil vagas abertas

Inscrições abertas para cursos técnicosA Escola Profissional da

Fundatec, em Porto Alegre, está com as inscrições abertas para o primeiro semestre de 2015. A instituição conta com três cursos técnicos: em Quali-dade - único do Estado creden-ciado no PGQP (presencial e EaD), Técnico em Adminis-tração em EaD e Técnico em Informática com ênfase em desenvolvimento de software (presencial). As aulas terão início no mês de março.

Segundo a diretora da instituição, Adriana Strey, os

cursos atendem às expecta-tivas do mercado e oferecem capacitação diferenciada. Conforme o Censo da Educação 2013, mais de 80% dos alunos que concluem um curso técnico conse-guem emprego na área de formação, além disso, desde 2010, a modalidade cresceu 26,3% no Brasil, chegando a 1,4 milhão de matrículas. “As empresas atualmente necessitam de qualifica-ção contínua, buscando a excelência em seus padrões

de atuação, visando efetuar negociações que favoreçam seu negócio”, analisa Strey, ao explicar que a escola tem comprometimento com a sociedade. “Temos a missão de capacitar profissionais que atuarão em diversos segmentos que constituem a sociedade, como públicos, privados e também de inicia-tiva privada.”

As inscrições devem ser realizadas pelo site http://epf.fundatec.org.br ou pelo telefone (51) 3320-1059.

‘Troca-troca’ de emprego prejudica currículoPESQUISA. Candidatos que mudam com frequência de empresa tendem a ser rejeitados

carreira

Page 7: O Alvoradense #50

O campus Alvorada do Instituto Federal (IFRS), em parceira com a Secretaria Municipal de Cultura e Tu-rismo, iniciou na terça-feira, dia 27, as aulas da primeira turma do curso de Agente Cultural.

O projeto integra o a Formação Inicial e Conti-nuada (FIC) do Pronatec Cultura e terá carga horária de 160 horas, distribuídas em encontros de terças a quintas-feiras, das 19h às 22h, na Incubadora Social, localizada na rua Wenceslau Escobar, 167, bairro Nova Americana. Entre os 30 es-

tudantes matriculados estão profissionais que trabalham com a promoção da cultura em Alvorada.

Para o secretário Luis Carlos Silveira, o curso passa a capacitar pessoas que “farão a gestão cultural da nossa cidade”. Segundo o diretor-geral da unidade do IFRS de Alvorada, Fábio Marçal, dos 17 campi do instituto espalhados pelo estado, o único que terá o eixo tecnológico da Produ-ção Cultural e Design será o campus do município.

Durante a primeira aula os alunos conheceram um

pouco mais sobre os Institu-tos Federais, sobre o curso de Agente Cultural, e sobre os profissionais envolvidos e se apresentaram para o gru-po. A turma é composta por

artista plástica, produtores de eventos de hip-hop, pro-fissionais ligados à produção audiovisual, escritor, regente de banda marcial, produtor de banda, entre outros.

A Hora de Clarice

C om um rosto que parecia ter sido esculpido em mármore, a escritora brasileira Clarice Lispector, de origem ucraniana, nasceu em 1925 e escrevia com a intensidade de quem queria saber “o que será que acontece

depois que a gente consegue ser feliz”, como costumava afirmar.

Tendo participado de um Congresso de Bruxaria em Bogotá, deixava transparecer em seu olhar as simbolo-gias não decifradas da escrita que realizava com todos os sentidos de seu corpo. As suas palavras, quando impressas, eram apenas meras ferramentas da densa inundação de suas vísceras.

Aos 18 anos já havia escrito Perto do Cora-ção Selvagem, publicado em 1943. Escrever para Lispector era tão neces-sário quanto beber água, mas não relacionava seus textos com a literatura, diretamente. Procurava sentir-se viva escrevendo, enquanto tomava café ou Coca-Cola.

Casada com um diplo-mata, viu-se obrigada a circular e morar por várias ci-dades como o Rio de Janeiro, Nápoles, Berna, Londres e Washington. Carregava uma máquina de datilografia portátil que colocava no colo para escrever, enquanto cuidava dos dois filhos.

A autora de A Paixão Segundo GH, Água Viva, Laços de Família, A Descoberta do Mundo, também dedicou parte de sua produção literária às crianças, com os livros A Mulher Que Matou os Peixes, Quase de Verda-de, A Vida Íntima de Laura e o Mistério do Coelhinho Pensante.

Em um leito de hospital, enquanto se despedia da vida, em 1977, ainda conseguiu ditar à sua fiel secre-tária, que passava os dias ao lado de sua cama, o seu último trabalho: A Hora da Estrela.

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culturaSábado e Domingo31 de janeiro e 1º defevereiro de 2015www.oalvoradense.com.br

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ÃO Horários dos desfiles de Carnaval definidosForam definidos na sexta-feira, dia 30, pelo grupo de trabalho que or-ganiza o Carnaval, os horários e a ordem de desfile dos blocos durante os três dias de evento. O grupo tem se reunido com frequência para agiliar os trâmites da festa, que acontecerá de 12 e 14 de março.

“Não quero ter a terrível

limitação de quem vive apenas do

que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade

inventada.Clarice Lispector

Vozes para cantar o

JUBILEURESGATE HISTÓRICO. Prefeitura abre inscrições para formação de novo Coral Municipal

E stão abertas a par-tir dessa segunda-feira, dia 2, as inscrições para o

coral Vozes da Vila, que terá como principal objetivo realizar apresentações du-rante as comemorações do cinqüentenário da cidade. De acordo com o secretário municipal de Cultura e Tu-rismo, Luis Carlos Silveira, o novo Coral Municipal terá 50 vozes, sendo aprovei-tados os integrantes da primeira formação. Os ensaios iniciam no dia 27 de fevereiro, no Salão Nobre.

A idéia de formar um novo coral surgiu no ano passado, quando o muni-

cípio se credenciou junto ao Banrisul em busca de patrocínio. “Recentemente soubemos que nosso pro-jeto foi contemplado com a verba.”

Também será feita uma seleção para a gerência do coral. “Queremos que seja um alvoradense, pois nossa intenção é valorizar os talentos da cidade. Quere-mos resgatar as vozes, mas principalmente, a autoesti-ma dos cidadãos nesse que é o ano do cinquentenário do município”, explica Silveira. O cadastro a ser formado contará ainda com a parti-cipação de integrantes do antigo coral da cidade.

O nome Vozes da Vila surgiu em função da loca-lização dos ensaios, já que no projeto apresentado ao Banrisul, os ensaios seriam descentralizados, ocorrendo cada semana em uma vila ou bairro da cidade. “Como a verba do patrocínio veio bem menor, optamos por centralizar tudo no Salão Nobre, mas mantivemos o nome do coral”, esclarece o secretário. Segundo ele, trata-se de um projeto piloto e deve ter sequencia mesmo depois de finalizado o patrocínio do banco. “Não vamos ficar só nas come-morações dos 50 anos. Não, nossa intenção é fomentar

patrocínio e seguir com o projeto.”

Para Silveira, o projeto é importante tanto para a cidade quanto para os alvoradenses, uma vez que o grupo representará Alvo-rada em diversos eventos, alguns deles estaduais.

Os interessados em participar do coral devem comparecer até o dia 2 de março no Ginásio Municipal Tancredo Neves (avenida Presidente Getulio Vargas, 3290) para realizar a inscri-ção. Todos os maiores de 16 anos podem participar. in-formações adicionais podem ser solicitadas pelo telefone (51) 3044-8712.

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Membros da primeira formação do coral eram regidos pelo maestro Carlos Alberto. Projeto vai resgatar o coral, agora com novos integrantes

Turma é formada por representantes de diversas áreas culturais

IFRS inicia formação da 1ª turma de Agente Cultural

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Page 8: O Alvoradense #50

8 Sábado e Domingo31 de janeiro e 1º de

fevereiro de 2015www.oalvoradense.com.br

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•• José Jorge Oliveira

Uma lagoa para o Jorge,um Jorge para a lagoa

O comerciante José Jorge Oliveira apai-xonou-se à primeira vista pela Lagoa

do Cocão, onde há mais de 30 anos fincou raízes a ponto de ser conhecido como Jorge da Lagoa. Alí construiu o melhor de sua história de vida; plantou as primeiras árvores, organizou mutirões de limpe-za, formou família, consolidou seu negócio e fundou a Asso-ciação de Amigos da Lagoa do Cocão. Após tantos anos de alegrias e conquistas, Jorge guarda apenas uma tristeza ao olhar para sua lagoa: o estado de abandono de um espaço nobre, com enorme potencial turístico, que parece ter sido relegada ao esquecimento.

Jorge da Lagoa, 60 anos, nasceu em Porto Alegre, na Vila Teodora e com um ano e meio teve poliomelite. Aban-donado pelo pai, perdeu a mãe, sete anos depois e, por isso, foi morar na Febem. “Como tinha problema físico me transferi-ram para o Educandário São João Batista, uma espécie de Lar que encaminhava crianças para adoção”. Ali, o comercian-te foi recebeu a tutela daquele que sempre considerou sua mãe, Nair de Souza. Segundo ele, essa senhora pegava as chamadas ‘crianças-problema’, aquelas que ninguém quer adotar. Dessa forma, Jorge teve irmãos como proble-mas mentais e físicos. “Essa senhora nunca me tratou

como deficiente. Muito pelo contrário, fez questão de me ensinar a ser independente”. Assim, ele aprendeu a cozinhar, passar, varrer pátio, além de fazer curso de calceiro. Aos 17 anos entrou para o Senai onde completou o curso de eletrici-dade industrial.

Dois anos depois, pelo Sine, foi trabalhar em uma empresa que construia apare-lhos cirurgicos. “Fiquei algum tempo por lá, mas acabei me apaixonando e fui atrás de uma namorada em Santo Ângelo. Nessa cidade dava aula no antigo Mobral, numa zona do meretrício, local onde nenhuma mulher podia ir ensinar”. A baixa remune-ração e o desencanto com o relacionamento fez com que Jorge viesse para Alvorada. Como já tinha trabalhado Soul, na área de contabilidade, ele retornou à empresa, mas desta vez como cobrador. “Foi num ônibus da Soul que conheci minha atual esposa Jane Marisa, que estava indo à Capital falar com o pessoal de uma imobiliária, pois queria comprar um terreno para sua família”. Esperto, Jorge conta que logo se ofereceu para ajudar a moça a localizar a empresa em Porto Alegre.

Dois anos depois, já com 24 anos de idade, eles já namoravam firme, mas os pais de Jane, que haviam se mudado para Alvorada, diziam que eles tinham que casar logo, não queriam nada de namoro longo. Jorge mo-

rava numa pensão e Jane em Porto Alegre, na casa de um casal de médicos para quem trabalhava. “Meus sogros me convidaram para morar com eles, aceitei. Aí, era engraçado porque a Jane vinha de Porto Alegre namorar comigo na casa dos pais dela”, lembra. Com algum dinheiro guarda-do e a ajuda dos patrões da noiva, eles casaram e foram

morar em Porto Alegre, mas logo decidiram voltar para Alvorada e ficar perto dos parentes. Quando o casal decidiu comprar um imóvel na cidade recebeu três opções do corretor. O terreno em frente a Lagoa do Cocão, foi o segundo a ser mostrado, e também o último. “Foi amor à primeira vista, nem quisemos visitar o terceiro.” Eles foram

os primeiros moradores da quadra. Nos primeiros anos o local não tinha muita estru-tura e depois de buscar muita água em latão, Jorge comprou manilha para que a Corsan instalasse a água e os postes para que a CEEE colocasse a luz. Assim o tempo passou e veio o primeiro, o segundo e o terceiro filho.

Depois de se envolver com o sindicato e deixar a empresa, Jorge passou a vender frutas e verduras em uma banca em Porto Alegre. Inicialmente, na praça Oswaldo Cruz, depois na Voluntários da Pátria e mais adiante no Mercado Público. Em casa, a esposa Jane aju-dava fornecendo almoço para trabalhadores de empresas e de empreiteiras que faziam trabalho nos bairros próximos à Lagoa. “Sempre tivemos tino para negócio. Além do almoço fornecíamos suco, fatias de melancia e lanches”.

A experiência encorajou o casal a aplicar a indenização da banca de frutas que Jorge recebeu, e mais dinheiro da poupança, para abrir um bar na rua Arthur Garcia, esquina com a Maringá. “Passei muito trabalho para montar o ne-gócio. Comprava a prestação, demorava, mas pagava todos. Assim, montei um espaço tão bacana que quando resolvi vender, acabei ganhando até com o ponto”. Com esse capital, o casal abriu uma peça pequena em casa, na Lagoa. Um dia, foleando um caderno do filho, Jorge leu que a Lagoa

do Cocão era o principal ponto turístico da cidade. Conta que no início até riu daquilo, mas logo parou para pensar e deci-diu fazer algo. Reuniu amigos e familiares e recolheu lixo, capinou o espaço e o tornou mais agradável. “Logo esses mutirões passaram a se tornar quinzenais, tendo a partici-pação de escoteiros.” A união em torno da lagoa fez nascer a Associação Amigos da Lagoa do Cocão que, além da limpeza, passou a organizar atividades de lazer no espaço. “Organiza-mos a 1ª Semana do Meio Am-biente, a Aurora Festiva da BM, plantamos 30 árvores nativas. Fazíamos shows, festas. Com ajuda da prefeitura construí-mos um campo de futebol com banheiros. Era muito bom”, lembra. As ações duraram cerca de quatro anos, depois desse tempo a iniciativa foi esfrian-do em função de interesses políticos e o espaço caiu no esquecimento. O campo e os banheiros foram demolidos porque eram usados como ponto de drogadição. “Hoje tá virado em mato, sujeira, sem falar nos assaltos que ocorrem por aqui. É um abandono total, sinônimo de lixão”, lamenta.

Ainda assim, o comercian-te garante que foi morando em frente a Lagoa do Cocão que conheceu o verdadeiro significado da felicidade. “Para quem foi abandonado pelo pai e perdeu a mãe muito cedo, ter construído uma vida, uma família, amigos aqui, nas mar-gens dessa Lagoa, é a glória.”

Josélia [email protected]

JONA

THAS

COS

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Jorge tem um bar em frente à Lagoa do Cocão, sua eterna paixão

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