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Nutrição e suplementação no idoso para bons resultados na prescrição do exercício
Bianca Ramallo Dias
WWW.ENCONTROPHORTE.COM.BR
Introdução
• No Brasil, indivíduos com + de 60 anos em 2017 + de 30 milhões (Pnad)
• Em 2031 o número de idosos irá superar o de crianças e adolescentes (0 a 14 anos)
• De 2012 à 2017 aumento de 19% no número de idosos = + 4,8 milhões
IBGE, 2018
Introdução
• Envelhecimento processo contínuo;
• Declínio progressivo de todos os processos fisiológicos;
• Mantendo um estilo de vida ativo e saudável é possível retardar as alterações morfofuncionais que ocorrem com a idade.
IBGE, 2018
Fatores determinantes para o aumento da população idosa:
• Assistência Médica.
• Hábitos de vida ( Nutricionais, Econômicos, Culturais, Sociais).
• Acesso a Medicamentos.
• Atividade Física.
Matsudo,2017
• Envelhecimento – alterações:• Fisiológicas; • Físicas; • Psicológicas ; • Sociais; • Surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados
Introdução
Dependência
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
12 23 32 42 63 70 80 90
Nív
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de
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ão fi
siol
ógic
a
Idade (anos)
Sedentário
Ativos
Benefícios da prática de atividade física
• A prescrição de exercícios deverá ser direcionada ao nível de dependência funcional do idoso, para que os programas sejam mais
direcionados as necessidades das pessoas mais velhas, aumentando a efetividade do programa e reduzindo os riscos ao idoso.
Nível de classificação funcional de acordo com o nível de atividades de vida diária (Spirduso, 1995)
Nível I – Fisicamente incapaz; Fisicamente dependente Não realiza nenhuma AVD e tem total dependência dos outrosNível II – Fisicamente Frágil; Indivíduos que podem fazer ABVD, mas não podem realizar nenhuma AIVD, como fazer compras, lavar e limpar a casaNível III – Fisicamente Independente; É capaz de realizar todas as AIVD e ABVD, sem sintomas de doença crônica, mas com baixo nível de saúde e condicionamento físico
Nível IV – Fisicamente Apto/ativo; Realiza trabalho físico moderado, esporte de resistência e jogos. Capaz de fazer todas as AAVD. Aparência física jovialNível V – Atletas; Realiza atividades competitivas, podendo competir em nível internacional e praticar esportes de risco
Exercício regular e sistemático: aumenta ou mantém a aptidão físicadesta população
Potencial em melhorar
EXERCÍCIO FÍSICO NO ENVELHECIMENTO
Seynnes et al., 2004
Bem estar funcional, diminui a taxa de morbidade e mortalidade
Sendo o TF um dos meios mais eficazes em aumentar a força econdição funcional do idoso
SISTEMA MUSCULAR E ENVELHECIMENTO
Força é um fator importante para as capacidades funcionais;
A fraqueza muscular pode evoluir até que não se possa realizaratividades comuns da vida diária;
Pico de força (25-30 anos), diminuindo principalmente depois dos 40anos;
Campos, 2000
20 40 60 80
00
2000
4000
6000
Taxa aproximada de secreção de testosterona em diferentes idades
Secr
eção
de
testo
stero
na
μg/d
ia
Adaptado de Guyton & Hall,2015
25 – 50 anos = -10% mm50 – 80 anos = - 40% mm
• Redução na massa muscular – diminuição no tamanho – número de fibras musculares
• Perda de 3kg de massa muscular por década. – incapacidade física – limitações funcionais importantes (andar e realizar atividades diárias)
SISTEMA MUSCULAR E ENVELHECIMENTO
SISTEMA MUSCULAR E ENVELHECIMENTO
Perdas dramáticas posteriormente aos 70 anos(principalmente nos membros inferiores);
Redução do nível de atividade física total diária= Incidência de lesões por queda;
Barry e Carson, 2014
Redução de 30 a 40% da massa muscular (sarcopenia) por volta dos 80anos de idade (especialmente nas fibras do tipo II);
SARCOPENIA
MECANISMOS DA REDUÇÃO DA FORÇA MUSCULAR E POTÊNCIA COM A IDADE
Alterações músculo-esqueléticas;Acúmulo de doenças crônicas;
Uso de medicamentos;Alterações no SN, excitabilidade do músculo e junção mioneural;
Redução das secreções hormonais;Desnutrição;
Barry e Carson, 2014
PERDA DE UNIDADES MOTORAS
- Queda na duração e amplitude do potencial de ação
- Diminuição da velocidade de condução
- Desmielinazação
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
• Lembrar:
• O excesso de medicamentos pode alterar o paladar e interferir na absorção de nutrientes
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
• RDA CHO para idosos é a mesma dos adultos jovens (130
g/dia) baseado na utilização média de glicose pelo cérebro.
• Habitualmente é excedido para compensar as proporções
de consumo aceitas para gorduras e proteínas.
• A média de consumo de CHO é aproximadamente 200 a
330 g/dia para homens e 180 a 230 g/dia para mulheres.
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
• Segundo as Acceptable Macronutrient Distribution Ranges
(AMDRs) recomenda-se que os lipídeos e os carboidratos
constituam 20 a 35% e 45% a 65% da dieta,
respectivamente.
• American Dietetic Association, a ingestão de fibras deve
ser de 20 a 35 g/dia para adultos e idosos porém, acredita-
se que valores inferiores sejam consumidos pela maioria
da população.
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
• Inadequada ingestão nutricional;
• Dieta pobre em proteínas;
• RDA proteínas para maioria dos indivíduos = 0,8g/kg/dia é insuficiente para idosos;
• RDA proteínas para idosos = 1,25 a 1,5g/kg/dia;
• Sarcopenia – balanço proteico negativo.
• Suplementação proteica pode ser eficiente para manutenção ou ganho de massa muscular;
• Associação de outros macronutrientes;
• Treinamento de força associado.
• Células senescentes mais susceptíveis à processoinflamatório induzido pelo exercício.
• Alta disponibilidade de proteína acelerarecuperação da inflamação e portanto maioresganhos do músculo esquelético.
Metodologia
• 32 homens e mulheres
• Idade 65 a 89 anos
• Randomizados:
- aa (3g HMB; 14g arginina; 14g glutamina)
- placebo
• 2 doses diárias por 6 meses
ADAPTAÇÕES AO TF COM O ENVELHECIMENTO
> Força muscular
> Tamanho da fibra muscular
> Densidade mineral óssea
< Níveis de dor
< Percentual de gordura> Motilidade gastrintestinal> Fatores neurais (melhoria da coordenaçãoneuromuscular)
Fleck e Kraemer, 2006
12 semanas de TF
116% força musculatura extensora do joelho
Musculatura flexora 227%, hipertrofia de 33% nas fibrasdo tipo I e 27% nas do tipo II
TREINAMENTO DE FORÇA E ENVELHECIMENTO
Frontera et al., 1988; Fleck e Kraemer, 2016
Quanto menor o nível de força, maiores serão os ganhos, principalmente neurais
Contribuição para produção de força, relação do tempo de treinamentocom as adaptações neurais e a hipertrofia.
DESCHENES & KRAEMER, 2002.
– Praticar exercícios ao menos 5x por semana;– Fazer atividades de fortalecimento
muscular;– Realizar exercícios de flexibilidade e
equilíbrio;– Sessões de alongamento ao menos 2x na
semana acompanhadas de exercício aeróbio ou para fortalecimento muscular.
Recomendações do American College Sports Medicine
Distúrbios Minerais Ósseos
MODIFICÁVEIS • Baixa densidade mineral óssea; • Tabagismo; • Baixo peso; • Deficiência de estrogênio; • Uso de glicocorticóide oral; • Alcoolismo; • Baixa ingestão de cálcio; • Quedas freqüentes; • Sedentarismo; • Não adesão/uso incorreto da terapêutica farmacologia; • Diminuição da acuidade visual.
NÃO MODIFICÁVEIS • História pessoal de fratura no adulto; • História de fratura relacionada à osteoporose; • Raça caucasiana ou asiática; • Idade; • Sexo feminino;• Demência; • Saúde comprometida com doenças crônicas.
Fatores de risco de fraturas e osteoporose
Distúrbios Minerais Ósseos• Osteoporose:
– é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea,levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas
– reabsorção óssea e formação óssea
• Causas principais:– Deficiência de estrogênio decorrente de
amenorréia;– Ingestão inadequada de cálcio em razão de
distúrbios alimentares;– Falta de atividade física.
• Nutrição:
– Cálcio:Sua ingestão está relacionada com a obtenção do pico de massa óssea, assim como a prevenção e o tratamento da osteoporose.
– Vitamina D.
Distúrbios Minerais Ósseos
• Atividade Física:
Durante a contração da musculatura, ocorre deformação e o osso interpreta esta
deformação como um estímulo à formação
Estimulação dos osteoblastos
Distúrbios Minerais Ósseos
Pinto Neto,2002
Distúrbios Minerais Ósseos
• Incidência por ano:
Brasil:70 mil pessoas com fratura no colo do fêmur;20% morrem de complicações nos 1º 6 meses;50% nunca mais terão uma vida independente;20-30% vão necessitar de cuidados institucionais
ou de enfermagem domiciliar.
Moreira, 1998
• Aumento na gordura corporal total – diminuição da atividade física; – diminuição da taxa metabólica basal.
• Redistribuição desse tecido– diminuição nos membros – acúmulo principalmente na região abdominal– estreita relação com alterações metabólicas,
aparecimento de enfermidades como as cardiovasculares e diabetes mellitus.
Alteração na Composição Corporal
American College of Sports Medicine, 2012
PRESCRIÇÃO DO TF PARA IDOSOS FRÁGEIS E MUITO FRÁGEIS
Grupos musculares relevantes clinicamente:Os envolvidos nas AVDsExercícios com pesos livres para treinar oequilíbrioIntensidade: a partir de 80% de 1RM (exercíciosde alta intensidade são mais seguros do que osde baixa intensidade)Freqüência: duas a três vezes por semana
American College of Sports Medicine, 2012
PRESCRIÇÃO DO TF PARA IDOSOS PARA GANHOS DE FORÇA E HIPERTROFIA
Repetições: 8 a 12Intensidade: 60 a 80% de 1RM
Progressão: máquinas para pesos livresGrupos musculares: exercícios multiarticulares emonoarticularesFreqüência: duas a três vezes por semana emdias alternadosTempo de recuperação entre as séries: 1 a 2minutos
PRESCRIÇÃO DO TF PARA IDOSOS FRÁGEIS E MUITO FRÁGEIS
TF de alta intensidade (85-90% de 1RM) induz ahipertrofia muscular e aumentos de força em idososapós 16 semanas
Aumento no número de capilares/fibra, aumento noVO2max
Idosos entre 60-66 anos toleram este tipo de cargae exibem melhoras significativas na aptidão física
Weiser e Haber, 2006
PRESCRIÇÃO DO TF PARA IDOSOS FRÁGEIS E MUITO FRÁGEIS
Em outro estudo com idosos de 75 anos de idade ecargas entre 10-15 RMs foram encontradosresultados similares ao do estudo anterior.
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OBRIGADA!!!