nutrição e metabolismo · sem agentes solidificantes, apresentando-se como um caldo, ... •a...
TRANSCRIPT
11/1/2017
1
NUTRIÇÃO E METABOLISMO
Prof. (a): Juliana de Oliveira Moraes
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
Instituto Federal de Alagoas - Campus Piranhas
ENGENHARIA AGRONÔMICA
Piranhas
2017
QUÍMICA E NUTRIÇÃO DA CÉLULA
Macronutrientes Micronutrientes CÉLULA
11/1/2017
2
Composição química da célula
• Elementos dominantes e essenciais:
• Carbono (C)
• Hidrogênio (H)
• Oxigênio (O)
• Nitrogênio (N)
• Fosforo (P)
• Enxofre (S)
• Selênio (Se)
• Outros 50 elementos, embora em menor quantidade, são metabolizados
por microrganismos. Exemplo:
ELEMENTO FUNÇÃO
Ferro Constituição de enzimas (catalases, nitrogenases)
Manganês Ativação de enzimas
Zinco Constituição de proteínas de ligação de DNA
Cobre Atuam na respiração e fotossíntese
Boro Ativador da comunicação entre células (Quorum sensing)
Carbono, nitrogênio e outros macronutrientes
• Carbono • Cerca de 50% do peso seco de uma célula é constituída de
Carbono;
• Base dos compostos orgânicos (carboidratos, lipídeos, proteínas)
• Heterótrofos: seres que necessitam de compostos orgânicos do ambiente;
• Autótrofos: seres que sintetizam compostos orgânicos a partir de CO2;
• Nitrogênio • 13% da constituição da célula;
• Fonte na natureza: amônia (NH3), nitrato (NO-) e gás nitrogênio (N2)
• Bactérias fixadoras de nitrogênio: utilizam N2
11/1/2017
3
• Fosforo
• Síntese de ácido nucleico e fosfolipídios
• Enxofre
• Presente em aminoácidos (metionina e cisteína) e vitaminas
(tiamina e biotina)
• Potássio
• Atividade enzimática
• Magnésio
• Estabilização de ribossomos, membranas e ácidos nucleiocos
Carbono, nitrogênio e outros macronutrientes
Micronutrientes: metais-traço e fator
de crescimento
• Elementos traços ou metais-traços: nutrientes inorgânicos
(metais) que os microrganismos* requerem em menor quantidade.
• Elemento mais requerido – produção de energia (transporte de
elétrons)
• Fatores de crescimento: micronutrientes orgânicos requeridos pelos
microrganismos*.
• Aminoácidos
• Vitaminas (coenzimas)
11/1/2017
4
Meios e Cultura de laboratório
• MEIO DE CULTURA: uma mistura de nutrientes utilizada para
promoção de crescimento de microrganismos em laboratório (in vitro).
• Classes de Meios de Cultura:
Meios definidos
Composição química exatamente definida (quantitativa e qualitativamente)
Meios Complexos
Composição não é precisamente definida
Meios enriquecidos
Meios complexos adicionados de substâncias adicionais altamente nutritivas, a citar: soro e sangue. Usados para isolamento de microrganismos fastidiosos (exigentes).
Meios Seletivos
Possuem compostos que inibem uma grupo em particular de microrganismos
Meios diferenciais
Recebe a adição de um indicador (corante) que indicará a ocorrência de determinada reação química durante o crescimento microbiano.
11/1/2017
5
11/1/2017
6
Tipos de Meios de Cultura
Classificados quanto ao estado físico:
Sólidos:
Contém agentes solidificantes, principalmente ágar (cerca de 1,5 a
2,5 %);
Semi-sólidos:
Quantidade de ágar e ou gelatina é de 0,075 a 0,5 %,
Consistência intermediária, de modo a permitir o crescimento de
microrganismos em tensões variadas de oxigênio ou a verificação
da motilidade e também para conservação de culturas;
Líquidos
Sem agentes solidificantes, apresentando-se como um caldo,
utilizados para ativação das culturas, repiques de microrganismos,
provas bioquímicas,
11/1/2017
7
Necessidades nutricionais e Cultivo
• Microrganismos diferentes podem exibir exigências nutricionais extremamente
distintas.
• Os meios de cultura sólidos imobilizam as células, permitindo que elas cresçam
e originem massa isoladas e visíveis (Colônias).
• As colônias pode exibir varias formas e vários tamanhos, dependendo do
organismos das condições de cultivo, nutrientes, fornecidos.
• Culturas puras x culturas mistas ou contaminadas.
REAÇÕES ENERGÉTICAS E
ENZIMÁTICAS
11/1/2017
8
Metabolismo
Metabolismo
Catabolismo
Quebra de moléculas orgânicas complexos em
moléculas simples
Liberam energia
(exergônicas)
Anabolismo
Construção de moléculas orgânicas a partir de moléculas simples.
Requerem energia
(endergônica)
é a soma de todas as reações químicas que ocorre dentro de um ser vivo
Energética básica - conceitos
• ENERGIA LIVRE: energia liberada após uma reação acontecer.
• Reações exergônicas: liberam energia quando ocorrem
• Reações endergônica: requerem energia para ocorrer
• ENERGIA DE ATIVAÇÃO: energia necessária para que ocorra a quebra de uma ligação química. Tornando as moléculas que participam da reação em um estado reativo.
• VELOCIDADE DA REAÇÃO
• Catalizadores/enzimas
• São substancias que reduzem a energia de ativação de uma reação, aumentando a velocidade da reação.
• Facilitam a reação, porém não são consumidos nem transformados
• Enzimas: proteínas altamente especifica quanto a reações que catalisam
• Só catalisam reações especificas (estrutura tridimensional) – sítio ativo
11/1/2017
9
Enzimas e reações químicas
• CONCEITOS BÁSICOS:
• Catalizadores
• Enzimas são catalizadores de reações químicas, ou seja, são aceleradores de reações
• Aumentam a taxa de reação (velocidade)
• Diminuem a energia de ativação (energia necessária para que ocorra uma reação)
• Substrato
• Molécula que sofrerá a atuação da enzima
• Sítio ativo
• região da enzima que combina/interage quimicamente com o substrato
• Especificidade
• As enzimas somente atuam sobre substratos específicos, isso se deve a conformação
molecular da enzima e, mais especificamente, do sítio ativo da enzima.
• Número de turnover
• Número máximo de moléculas de substrato que a molécula de enzima converte em
produtos em cada segundo
11/1/2017
10
Enzimas - Nomenclatura
• Sufixo – ASE
• Classificadas em 6 classes:
Classes Descrição
Oxirredutases Oxidação-redução em O e H ´- elétrons são perdidos
ou ganhos
Transferases Transferência de grupos funcionais como grupo
amina, grupo acetil e grupo fosfato
hidrolases Adição de moléculas de água (hidrolise)
Liases Remoção de grupos de átomos sem hidrolise
Isomerases Rearranjo de átomos de uma molécula.
Ligases União de duas moléculas
Enzima - cofator
• Cofator: • Componente não proteico que compõe a estrutura da enzima
• Coenzima: • Cofator de natureza inorgânica
• Coenzimas mais conhecidas • Derivados de vitamina A
• Coenzima A
• Derivados da vitamina B
• NAD+ = nicotinamida adenina dinucleotídeo
• NADP+ = nicotinamida adenina mononucleotideo
• FAD+ = flavina adenina dinucleo
• FAM = Favina adenina mononucleotídeo
11/1/2017
11
Mecanismos da ação enzimática
Contato substrato/en
zima
Formação do complexo enzima-
substrato
Modificação do substrato (cata/anaboli
smo)
Liberação dos produtos
da reação
Enzima segue
inalterada para outra
reação
1.
2.
3.
4. 5.
11/1/2017
12
11/1/2017
13
Enzimas – fatores que influenciam a
atividade enzimática
Temperatura
Faixa de temperatura
Temperatura ótima
Desnaturação – temp. elevadas
pH
Faixa de pH
pH ótimo
Concentração do substrato
Relação substrato/enzimas (velocidade de
reação)
Saturação da enzima
Inibidores
Substâncias que podem se ligar a
enzimas
Competidores (atuam sobre o sítio
ativo)
Não competidores (mudam a
conformação da enzima e sitio ativo)
Inibição retroalimentar: quando o composto final inibia a ação da enzima nas
etapas iniciais de um ciclo metabólico ou de biossíntese. Evita que célula produza
mais substância do que o necessário.
VIAS METABOLICAS E
REAÇÕES REDOX
11/1/2017
14
Reação Redox
• A energia gerada de uma reação química é conservada pela célula
na forma de uma molécula altamente energética, ATP.
• Reações que liberam energia suficiente para formação de ATP é
chamada reação de oxidação-redução (redox).
• Oxidação: remoção de um ou mais elétrons de uma molécula
• Redução: adição de uma ou mais elétrons de uma moléculas
• Para que uma molécula ser oxidada uma outra deve ser reduzida.
• Doadores de elétrons (substância oxidada)
• Receptores de elétrons (substância reduzida)
• Potencial redox = tendência de doar ou receber elétrons
Compostos ricos em energia - geração de ATP
• Fosforilação: adição de um grupo fosfato a um composto químico.
• A fosforilação de três tipos: • Fosforilação em nível de substrato
• Fosforilação oxidativa
• Fotofosforilação
11/1/2017
15
Fosforilação de Substrato
• Quando o substrato doa o grupo fosfato para um ADP, e
respectivamente, gera um ATP.
Fosforilação oxidativa
• Elétrons transferidos para compostos orgânicos/grupo de
carreador de elétrons.
• Os elétrons são transferidos ao longo de uma serie de
carreadores diferentes.
11/1/2017
16
• A energia liberada das reações de redox devem ser conservadas pelas
células para gerir atividades celulares de demandam energia.
• Compostos de reserva: compostos fosforílados
• ATP – moeda de troca energética
• ATP é uma molécula dinâmica, ele é continuamente clivado para
conduzir reações de anabólicas, sendo resintetizados á custa de
reações catabólicas.
• Reserva a longo prazo: polímeros insolúveis (glicogênio, enxofre
elementar), que podem ser catabolizados para posterior produção de
ATP.
• Energia de manutenção; quebra de amido e
lipídeos simples.
• Coenzima A
• Ligação tioéster
• Quando hidrolisada gera energia livre suficiente para promover a
síntese de uma molécula de ATP.
• ATPase
• Complexo proteico que permite a reação reversivel de ADP + P e
ATP.
11/1/2017
17
DOADORES E RECEPTORES
DE ELÉTRONS
Reação redox
• As reações de redox em células microbianas são mediadas por
moléculas pequenas
• Mais comum: coenzima nicotinamida adenina de nucleotídeo
• NAD+ - forma oxidada,
• NADH – forma reduzida
11/1/2017
18
Carreadores de elétrons
• NADH desidrogenase
• Flavoproteínas
• Quinonas
• Citocromo
• Outras proteínas com grupamento de Fe e S
CLASSIFICAÇÃO ENERGÉTICA
11/1/2017
19
Classes energéticas – fonte de energia
Quimiotróficos
• Obtenção de energia por compostos químicos
Quimiorganotróficos
• Obtenção de energia por compostos químicos ORGÂNICOS
Quimiolitotróficos
• Obtenção de energia por compostos químicos INORGÂNICOS
Classes energéticas - oxigênio
Aeróbios
• Microrganismos que obtêm energia de compostos orgânicos somente na PRESENÇA de oxigênio
Anaeróbios
• Microrganismos que obtêm energia de compostos orgânicos somente na AUSÊNCIA de oxigênio
11/1/2017
20
Classes energéticas
Fototróficos
• Possuem pigmentos que permite a obtenção de energia através da luz.
• Fonte de Carbono – CO2
Fotossíntese oxigênica
• Há produção de oxigênio
• Cianobactérias (procariotos) e algas (eucariotos)
Fotossíntese anoxigênica
• Não há produção de oxigênio
• Bactérias purpuras e verdes
Classes energéticas
Autotróficos
• Obtenção do carbono através de CO2
Heterotróficos
• Obtenção do carbono através de compostos orgânicos
Todo organismo heterotrófico é
quimiorganotrófico
11/1/2017
21
FERMENTAÇÃO E RESPIRAÇÃO
11/1/2017
22
Respiração
Glicólise
• Oxidação da glicose a ácido piruvico
Ciclo de Krebs • Oxidação da
Acetil-CoA em CO2
Cadeia transportadora
de elétrons
• Reação em cadeia de oxi-redução (carredaores)
ATP e NADH
ATP, NADH E FADH2
38 ATP
Fermentação
Glicólise Ácido pirúvico
Etanol
Ácido lático
Ácido acético
Ácido butírico
Ácido propiônico
2 ATP
11/1/2017
23
Estratégias de conservação de energia
• Catabolismo anaeróbico
• Composto orgânico: doador e receptor de elétrons
Fermentação
• Catabolismo anaeróbico ou aeróbio
• Composto orgânico é oxidado por O2 ou um substituto
Respiração
11/1/2017
24
Fermentação
Respiração
Respiração
O2
Respiração aeróbica
Glicose
38 ATP Liberação de CO2 e H20
Nitritos, Nitratos, Ferro férrico, Sulfatos e
carbonatos
Respiração anaeróbica
Glicose
36ATP Liberação de CO2 e H20
11/1/2017
25
VIAS METABOLICAS
Catabolismo de carboidratos
• A maioria dos microrganismo tem os carboidratos como fonte prioritária de energia.
• Para conversão de glicose em energia os microrganismos fazem uso de duas vias metabólicas:
• Em ambas as vias se faz necessárias reações de oxidação e redução (reação redox).
• Catabolismo anaeróbico
• Composto orgânico: doador e receptor de elétrons
Fermentação
• Catabolismo anaeróbico ou aeróbio
• Composto orgânico é oxidado por O2 ou um substituto
Respiração
11/1/2017
26
Catabolismo de Proteínas e lipídeos
• PROTEÍNAS
• São moléculas muito grande para passar pela membrana,
• São liberadas enzimas extracelulares (protease e peptidases)
• Somente assim os aminoácidos poderão entrar na célula e
participar da ciclo de Krebs
• LIPIDEOS
• Enzimas (lipases)
• Quebram gordura em sua moléculas básicas:
• Glicerol e ácidos graxos
• Assim o glicerol e os ácidos graxos podem entrar no ciclo de Krebs
BIOSSÍNTESE
11/1/2017
27
Biossíntese de Polissacarídeos
• Os átomos de carbono requeridos para formar glicose são derivados dos
intermediários produzidos durante processos como a glicólise e ciclo de
Krebs.
• Para formar moléculas complexas de glicose, como o glicogênio, moléculas
de glicose devem ser fosforiladas.
• Após a fosforilação da glicose é formado a glicose 6-fosfato.
• glicose 6-fosfato + ATP = ADPG (adenosina-difosfoglicose)
• ADPG se liga a outras para formar o glicogênio.
• Função: reserva de energia
Glicose Glicose-6
fosfato ADPG
Glicólise
Glicose
Glicose-6-fosfato
Frutose-6-fosfato
Ácido pirúvico
ADPG*
ATP
ATP
ADPNAc**
GLICOGÊNIO
* adenosina-difosfoglicose
** uridina-fosfoglicose
PEPTIDEOGLICANO
11/1/2017
28
Biossíntese de Lipídeos
• As células precisam de glicerol e ácido graxos para
formar lipídeos.
• A célula consegue esses componentes através:
• Ácidos graxos = fragmentos de acetil-coA
• Glicerol = intermediário da glicólise (diidroxiacetona-fosfato)
• Função na célula:
• composição da membrana
• Composição da parede celular
• Pigmentos = carotenoides/clorofila
• Estoque de energia
Glicose
Gliceraldeido-3-fosfato
Frutose-6-fosfato
Ácido pirúvico
Acetil-coA
Ciclo de
Krebs
Diidroxiacetona-fosfato
Glicerol
Ácido graxos
Lipídeos
11/1/2017
29
Biossíntese de aminoácidos e proteínas
• Fonte direta (do ambiente) e indireta (produzem a partir
de moléculas intermediárias).
• Adição de grupo amino ao ácido pirúvico ou ácido
orgânico.
• Aminação (adição de grupo amino)
• Transaminação (grupo amino de outro aminoácido)
Metabolismo
Glicólise
Anabolismo
Ciclo de Krebs
Catabolismo
Acetil-coA
Compostos intermediários
Vias anfibólicas
11/1/2017
30