Linha Prioritária: Automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas. PROGRAMA: MODELO DE EDUCAÇÃO E PESQUISA APLICADA 4.0 Elaborada por: Prof. Dr. Rui Tadashi Yoshino – Engenharia de Produção – UTFPR Profa. Dra. Joseane Pontes– Engenharia de Produção – UTFPR Prof. Dr. Max Mauro Dias Santos – Engenharia Elétrica – UTFPR Profa. Dra. Fernanda Tavares Treinta – Engenharia de Produção – UTFPR Prof. Dr. Augusto Foronda – Ciências da Computação – UTFPR Prof. Dr. Marcelo Vasconcelos de Carvalho – Engenharia Mecânica - UTFPR Prof. Dr. Evandro Leonardo S. Teixeira – Engenharia Automotiva - UnB Prof. Dr. Abel Guilhermino da Silva Filho– Centro de Informática - UFPE Prof. Dr. Armando Antônio Maria Laganá – Poli - USP

Ponta Grossa, 30 de abril 2019

DADOS GERAIS DO PROGRAMA

INSTITUIÇÃO PROPONENTE (COORDENADORA) Nome Programa: Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 Nome: UTFPR

Nome Empresarial: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Contatos: Prof. Dr. Rui Tadashi Yoshino (Professor UTFPR) – ruiyoshino@utfpr.edu.br,

42 99138 5005

Prof. Dr. Luiz Alberto Pilatti (Reitor UTFPR) – lapilatti@utfpr.edu.br

Atendimento à Linha Prioritária: Automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas. Público alvo Montadoras, sistemistas e órgãos

governamentais

Captação anual pretendida R$ 23.760.000,00

Captação total pretendida em 05 anos

R$118.800.000,00

1. Contextualização O setor automotivo tem importante participação na estrutura industrial mundial. No Brasil, representa cerca de 22% do PIB industrial. Devido aos seus encadeamentos, é um setor cujo desempenho pode afetar significativamente a produção de vários outros setores industriais.

De acordo com a Organisation Internationale des Construteurs d’Automobile (OICA), a produção mundial de veículos em 2016 foi de 72,1 milhões de unidades, dos quais 1,77 milhões foram produzidos no Brasil, o que o classifica como 10º maior produtor mundial de veículos, atrás da China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Índia, Coréia do Sul, México, Espanha e Canadá. No que tange ao tamanho do mercado, em igual ano o Brasil comercializou 2,05 milhões de veículos, atrás apenas da China (28 milhões), Estados Unidos (17,8 milhões), Japão (4,9 milhões), Alemanha (3,7 milhões), Índia (3,6 milhões), Reino Unido (3,1 milhões) e França (2,4 milhões), apresentando-se como o 8º maior mercado mundial.

Conforme o anuário da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) do ano de 2019, o Brasil é o 9º produtor e 8º mercado interno de veículos na classificação em nível mundial.

A indústria automobilística brasileira, em grandes números, pode ser assim resumida:

• 26 fabricantes (veículos e máquinas agrícolas e rodoviárias); 582 fabricantes de autopeças; 5.226 concessionárias (2018).

• 67 unidades industriais em 10 estados e 44 municípios. • Capacidade produtiva instalada de 5,05 milhões de unidades de

veículos, e de 109 mil unidades de máquinas agrícolas e rodoviárias. • Faturamento em 2017, (incluindo autopeças) de U$ 59,2 bilhões. • Investimentos, no período 1994-2012, de U$ 68,0 bilhões. • Produção acumulada de veículos montados, no período 1957-2018, de

81,4 milhões de unidades de veículos, e 2,71 milhões de máquinas agrícolas e rodoviárias, no período 1960-2018.

• Exportações de US$ 20,4 bilhões (2018) e importações de US$ 23,8 bilhões em 2018 (incluindo autopeças).

• Empregos diretos e indiretos totalizando 1,3 milhão de pessoas. • Participação de 22,0% no PIB Industrial e de 4,0% no PIB Total em

2015. • Geração de US$ 55 bilhões de tributos, em 2014, entre IPI, ICMS, PIS,

COFINS.

Este cenário mercadológico é de interesse nacional e internacional por ser um vetor que contribui para a economia. Destaca-se ainda que um setor automotivo é composto por produtos de mobilidade e transporte como veículos de passeio, caminhões, ônibus, motocicletas, máquinas agrícolas, máquinas de construção e outros que utilizam direta ou indiretamente a infraestrutura de transporte disponibilizada pela malha rodoviária do Brasil ou para atividades oriundas da produção de bens e serviços. A ligação direta com outros setores da economia impulsiona ao desenvolvimento social e econômico nacional.

Os centros de decisão e de P&D localizam-se nos países sede e a fabricação é distribuída internacionalmente, de maneira a atender ao mercado final e às necessidades de outras filiais da empresa, via comércio intrafirma, no qual não é viável a instalação de uma planta produtiva específica.

Para que haja a sustentação deste estímulo, a inovação tecnológica torna-se fator preponderante para que novas características incrementais sejam criadas no processo de fabricação, produto, processos e serviços, e programas para sustentar este estímulo são essenciais para a competitividade no setor.

Neste sentido, o Rota 2030 surge para incentivar os programas e projetos de P&D em toda a cadeia do setor automotivo, não limitando-se somente as montadoras. Para que isso ocorra, pesquisas dirigidas para a comercialização, eficiência energética, desempenho estrutural, tecnologias assistivas, estratégias para investimentos em P&D, aumento do processo manufatureiro, promoção do uso de biocombustíveis e de formas alternativas de propulsão, bem como a garantia da expansão e manutenção do emprego no setor, bem como a capacitação técnica e qualificação profissional no setor de mobilidade e logística são essenciais para estimular a sustentabilidade econômica e

competitiva do setor. Desta forma, observa-se que os princípios norteadores da Indústria 4.0 são pertinentes à estratégia de desenvolvimento e inovação do setor automotivo. Ao longo dos anos, a indústria automotiva passou por uma série de transformações as quais mudaram significativamente os processos de produção. Assim, destaca-se a Indústria 4.0 (ou Manufatura Avançada) como uma nova e poderosa tendência para o mercado competitivo. Dessa forma, a Indústria 4.0 irá transformar sistemas de produção e produtos através da conectividade e a integração entre dispositivos, máquinas e sistemas, promovendo assim aumentos significativos na velocidade e na eficiência dos sistemas de produção, além de elevar o nível e volume de customização a novos patamares.

A partir desse cenário, ressalta-se os diversos impactos da Indústria 4.0 destacando-se as necessidades de adaptação necessárias principalmente relacionadas ao capital humano e ao modo de trabalho nas organizações, uma vez que haverá uma maior exigência de qualificação, maior integração entre máquinas e humanos, maior complexidade nas tarefas, além do surgimento de novas profissões.

Considerando este cenário industrial, ressalta-se a importância do setor automobilístico brasileiro esteja atento para estas necessidades relacionadas à formação profissional, educação e pesquisa aplicada de forma a atender às demandas da Indústria 4.0. Para isso, tem-se uma maior preocupação com a aproximação entre a universidade, entidades industriais e indústrias de forma que o mapeamento do conhecimento para tecnologia seja realizado de forma inovadora, em específico para a área de competência em indústria 4.0.

Além disso, com a vinda das tecnologias, mudanças no mercado de trabalho desde o século XIX e hoje forçosamente requisitadas pela Indústria 4.0, as formas de aprender das pessoas se modificam e requerem da mesma forma, mudanças na forma de ensinar. Neste contexto, as universidades necessitam se aproximar na tríade: observação por novos métodos de ensino, formas diferentes de aprendizagem e novas formas de empregabilidade. Neste sentido, as atualizações no ensino precisam ser tão rápidas quanto as mudanças no mercado de trabalho, empregabilidade e mesmo o estímulo à criatividade e geração de ideias, tão necessário ao mercado de trabalho e tão particularmente requisitada para os alunos e alunas em formação universitária. Afinal, fábricas do futuro precisam ter o embasamento de universidades do futuro.

Diante disso, a presente proposta delimita-se a incorporar as pesquisas relacionadas às seguintes diretrizes do Programa Rota 2030:

• Estimular a produção de novas tecnologias e inovações; • Automatizar o processo manufatura e o incremento da produtividade; • Garantir a capacitação técnica e qualificação profissional no setor de

mobilidade e logística; • Garantir a expansão ou manutenção do emprego no setor de mobilidade

e logística.

Desta forma, o apoio para o desenvolvimento de mão de obra capacitada para a nova realidade do setor, bem como novos modelos de negócio 4.0 e

Pesquisas Aplicadas voltados a manufatura avançada, torna-se uma necessidade latente perante a nova realidade industrial voltada a indústria 4.0.

Com isso, tem-se a seguir os objetivos desta proposta:

2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Implementar um Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 adequados para o desenvolvimento de competências, qualificação profissional e inovação para o setor automotivo brasileiro pertinentes aos conceitos da Indústria 4.0, estimulando assim a sustentabilidade competitiva do setor automotivo.

2.2 Objetivos Específicos

- Disseminar informação sobre Indústria 4.0 para a formação de técnicos, engenheiros, especialistas, mestres e doutores;

- Formar e capacitar pesquisadores, consultores e multiplicadores para a formação de mão de obra qualificada para técnicos, engenheiros, especialistas, mestres e doutores em indústria 4.0;

- Internacionalizar os conhecimentos dos multiplicadores a partir de convênios com universidades da Alemanha, EUA, Portugal, Canadá;

- Desenvolver um Laboratório Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada em indústria 4.0 para a cadeia automotiva;

- Criar Pólos de Educação e Pesquisa Aplicada em indústria 4.0 a partir da distribuição em entidades executoras -Centro de Pesquisa - no país;

- Requalificar e dar suporte aos profissionais do setor automotivo, a partir dos Polos de educação e Pesquisa Aplicada 4.0 em entidades executoras (Centro de Pesquisa);

- Desenvolver pesquisa aplicada através do estímulo às novas tecnologias, métodos e inovações para a transformação da sociedade através de resultados palpáveis sobre Indústria 4.0;

3. Estratégia para o Programa A indústria mundial está passando por uma transformação social e digital, denominada IV Revolução Industrial ou Indústria 4.0. Tal transformação é baseado na mudança nos processos industriais a partir da utilização de tecnologias, passando por volatilidades, incertezas, complexidades e ambiguidades na utilização das mesmas.

Além disso, a estutura utilizada para as indústrias baseiam-se nas abordagens top down devido às transformações tecnológicas, econômicas, ambientais, demográficas e bottom up a partir da digitalização dos dados industriais, na automação dos processos, uso de robôs colaborativos, comunicação machine-machine e realidade aumentada.

O setor industrial de forma geral, incluindo o setor automotivo, a partir dos conceitos da IV Revolução Industrial, é veiculado pela digitalização de seus processos industriais e de negócios através dos sistemas Cyber Physical, uso intenso de sensores, Cloud Computing, Data Security, Big Data, Business Intelligence, digital twin, entre outros (Figura 1).

Figura 1: Transformação na indústria

Com essa transformação digital, faz-se necessário uma mudança na aprendizagem por parte das pessoas do setor industrial, pressionando as organizações a se reorganizarem através do uso de sistemas Cyber Physical Systems, conduzindo a integração horizontal e vertical e aplicação para transformar as fábricas em smart factory e smart maintenance além da introdução de novos modelos de negócios disruptivos (Social Manufacturing, Uber, Moedas digitais, Airbnb, 3D Hubs etc) levando a necessidade de reorganização em praticamente todos os setores desde indústria, serviços e educação.

Dessa forma, os profissionais precisam adquirir novos conhecimentos e habilidades, ou skills, sejam soft ou hard skills diferenciados na resolução de problemas, projetos e de forma disruptiva. Além disso as pessoas precisam desenvolver novas formas de interação com as empresas, demais colaboradores e sociedade nessa transformação digital. Consequentemente, as pessoas nesse contexto 4.0 precisam necessariamente de novas habilidades, mudanças na formação e adequação à essa realidade digital.

Para atendimento dessas necessidades e conforme o objetivo deste programa, pretende-se formar e capacitar 60 profissionais voltados a indústria 4.0 altamente qualificados - inicialmente formando multiplicadores de excelência nas entidades. Para dar continuidade, estes profissionais posteriormente,

qualificam e capacitam técnicos, graduados e pós-graduados nas montadoras e sistemas automotivos. Essa formação, qualificação e capacitação serão de curto, médio e longo prazo. Ainda no programa, estão previstos o desenvolvimento de Pesquisas Aplicadas, a formação de novos modelos de negócios e desenvolvimentos de startup’s.

O desenvolvimento dessas formações e capacitações será focado em conceitos e tecnologias da indústria 4.0, desenvolvimento de pesquisas aplicadas e desenvolvimento de novos modelos de negócios. Estes focos são essenciais e serão direcionados, de forma estratégica, para as particularidades do mercado nacional, levando a cadeia produtiva do setor automotivo, a ganhos de conhecimentos, a nacionalização de tecnologias e processos produtivos, a capacitação de recursos humanos, a inovação e na geração de patentes. O programa visa estimular, de forma disruptiva, a criatividade e inovação para novos produtos, processos, serviços e modelos de negócios para beneficiar através de geração de valor o mercado automotivo nos conceitos e tecnologias da indústria 4.0. Ainda pretende-se capacitar novos empreendedores para o desenvolvimento de soluções disruptivas e gestão de projetos de inovação. Além disso, pretende-se estimular a discussão sobre o papel da inovação, seus riscos e potenciais de criação em áreas de excelência e liderança tecnológica. Para isso, destaca-se os principais temas relacionados ao programa:

• Metodologias inovadoras de ensino, baseadas em projetos para

formação em manufatura automotiva 4.0; • Formação através de métodos, processos, ferramentas e padrões para

desenvolvimento de produtos automotivos em consonância com a indústria 4.0;

• Formação de pessoas inovadoras, criativas e com pensamento disruptivos para atendimento às novas necessidades de mercado;

• Desenvolvimento de pesquisa aplicada através de resultados palpáveis sobre Indústria 4.0 para fomentar tecnologias, métodos e inovação;

• Desenvolvimento de novos modelos de negócios. A fim de estabelecer uma prospecção a partir destes temas, para uma primeira fase de 5 (cinco) anos, será dada ênfase ao desenvolvimento de um laboratório de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 e quatro (04) polos estrategicamente localizados no Brasil. A Educação 4.0 e Pesquisa Aplicada 4.0 serão fomentados através de um laboratório central, chamado de Laboratório Modelo e quatro polos regionais, sugerindo-se que estejam ao divididos nas regiões sul, sudeste e nordeste do Brasil.

Essa divisão apresenta inúmeras vantagens: redução de custo, menor complexidade, e consequentemente, maior viabilidade de aplicação imediata no país. Além disso, permitirá no futuro, uma fácil migração para o desenvolvimento de pessoal qualificado em indústria 4.0, de acordo com as demandas do mercado, e das especificidades dos diversos cenários de aplicação nas montadoras e cadeias ou sistemistas do país.

Por se tratar de um programa estratégico, nesta primeira fase, há a preocupação de aplicação direta baseada em resultados em projetos. A partir deste contexto, a Figura 2 apresenta a Estratégia para o Programa Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 com as principais vertentes a serem desenvolvidas ao longo dos 5 anos do programa.

Figura 2: Estratégia para o Programa Educação e Pesquisa Aplicada 4.0

Nesse contexto, nas Figuras 3, 4 e 5 a seguir tem-se uma representação dos laboratórios de aprendizagem e pesquisa aplicada da Indústria 4.0.

.

Figura 3: Laboratório Modelo 4.0 - Cyber Physical Factory – Plataforma para capacitação

profissional, pesquisa e desenvolvimento em Indústria 4.0.

Figura 4: Laboratório de Aprendizagem e pesquisa aplicada para Indústria 4.0

Figura 5: Laboratório de Aprendizagem e pesquisa aplicada para Indústria 4.0

4. Estrutura do Programa Neste item será apresentada uma visão geral da Estrutura do Programa proposto. O Quadro 1 a seguir lista as principais informações do Programa Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0.

Quadro 1: Principais Informações da Estrutura do Programa Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0

Instituição Proponente (Coordenadora)

UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Equipe Proponente

Prof. Dr. Rui Tadashi Yoshino – Engenharia de Produção – UTFPR Profa. Dra. Joseane Pontes– Engenharia de Produção – UTFPR Prof. Dr. Max Mauro Dias Santos – Engenharia Elétrica – UTFPR Profa. Dra. Fernanda Tavares Treinta – Engenharia de Produção – UTFPR Prof. Dr. Augusto Foronda – Ciências da Computação – UTFPR Prof. Dr. Marcelo Vasconcelos de Carvalho – Engenharia Mecânica - UTFPR Prof. Dr. Evandro Leonardo S. Teixeira – Engenharia Automotiva - UnB Prof. Dr. Abel Guilhermino da Silva Filho– Centro de Informática - UFPE Prof. Dr. Armando Antônio Maria Laganá – Poli - USP

Nome da Linha Prioritária

Automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas

Programa Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0

Público Alvo Setor automotivo – montadoras, sistemistas

Prazo de Vigência 05 anos

Instituições Parceiras Nacionais

- Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Universidade de Brasília - Universidade Federal de Pernambuco

Representantes das Instituições Parceiras Nacionais

- Pólo 1 - - Pólo 2 - - Pólo 3 - - Pólo 4 -

Distribuídos entre as regiões sul, sudeste, centro-oeste e nordeste

Representantes das Instituições Parceiras Internacionais

- Alemanha - EUA - Canadá

a. Investimentos Investimentos 2019 2020 2021 2022 2023 2024 TOTAL

Laboratório Modelo R$18.700.000,00 6.600.000,00 6.600.000,00 6.600.000,00 6.600.000,00 3.300.000,00 R$48.400.000,00

Pólo 1 R$1.650.000,00 4.400.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 1.650.000,00 R$17.600.000,00

Pólo 2 R$1.650.000,00 4.400.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 1.650.000,00 R$17.600.000,00

Pólo 3 R$1.650.000,00 4.400.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 1.650.000,00 R$17.600.000,00

Pólo 4 R$1.650.000,00 4.400.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 3.300.000,00 1.650.000,00 R$17.600.000,00

Total R$25.300.000,00 R$24.200.000,00 R$19.800.000,00 R$19.800.000,00 R$19.800.000,00 R$9.900.000,00 R$118.800.000,00

`

A Coordenação do Programa será feita pelo Prof. Dr. Rui Tadashi Yoshino (UTFPR) pós-doutorado em Indústria 4.0 na Université de Sherbrooke (2015/2016) no Canadá. A seguir, tem-se as principais ações e iniciativas da UTFPR relacionadas à Indústria 4.0, incluindo formação profissional, capacitação, treinamentos, desenvolvimento de novos modelos de negócio e inovações.

• Edital 001/2018 – Testbed Educacional Digital – em vigência desde 2019 - R$ 299.850,00 da ABDI/Ministério da Economia - Capacitação e formação realizados de mão de obra em indústria 4.0 – nível técnico, empresarial, graduandos, mestrandos e doutorandos.

• 33 projetos (testbeds educacionais) de ensino/aplicação em indústria 4.0 já realizados ou em andamento com as empresas BRF, DAF caminhões, Continental, Heineken, Tetra Pak, Tigre Pincéis ate 2018/2.

• 10 projetos em andamento (2019/01) com as empresas BRF, DAF Caminhões, Continental, Heineken, Tetra Pak, Tigre Pincéis.

• Especialização In Company em Indústria 4.0 na Klabin (44 projetos em andamento)

• Convênio UTFPR / Université de Compiégne / DAF Caminhões Ponta Grossa-PR – Genie 3i – Indústria, Interculturalidade, Inovação para a formação de engenheiros 3i e Educação em Indústria 4.0.

• Convênio com Université de Sherbrooke – Canadá para o desenvolvimento de Indústria 4.0 no Brasil e Canadá

• Convênio com Instituto Politécnico de Bragança – Portugal. • Professores e pesquisadores nacionais e internacionais na equipe. • Professores da equipe da UTFPR, tem em seus currículos a pesquisa

por estratégias pedagógicas inovadoras, em diversas universidades brasileiras e internacionais.

5. Conjunto de Ações Estruturadas

A seguir, tem-se o conjunto de ações estruturadas do Programa Prioritário Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0, necessárias para alcançar os objetivos gerais e específicos do programa proposto.

a. Ação 1: Qualificação Indústria 4.0 com especialistas da

Alemanha, EUA e brasileiros Formar mão de obra qualificada para a disseminação das tecnologias ou habilitadoras da indústria 4.0, além da formação de 30 profissionais no primeiro ano e 30 no terceiro ano por especialistas alemães e de outros países.

As principais tecnologias relacionadas são:

• Manufacturing Execution Systems (MES); • Virtualização; • Smart Factories; • Smart Maintenance;

• Secure Networking; • Cyber Physical Systems • Augmented Reality • IoT • Big Data • Business Intelligence • Cloud Computing

b. Ação 2: Requalificação de profissionais da indústria automotiva

através de cursos Essa linha de atuação objetiva atingir os profissionais de nível técnico, engenheiros, profissionais das áreas tecnológicas e administrativas, além de prever a capacitação em Indústria 4.0 de profissionais do setor automotivo. A seguir, apresenta-se as principais capacitações a serem feitas pelos agentes multiplicadores ao longo do programa.

• Train the Trainer – Formação de multiplicadores excelentes no setor automobilístico;

• Leadership 4.0; • Industry 4.0 – Strategic Competency Management; • Players 4.0 – Awareness training for Industry 4.0; • Industry 4.0 Assessment – Preparing your company for Digitalization and

Industry 4.0.

Posteriormente, estes agentes multiplicadores serão responsáveis por replicar o conhecimento adquirido para a formação de profissionais qualificados em diversas áreas e níveis (técnico, superior e pós-graduação), incluindo:

• Eletrônica • Mecatrônica • Mecânica • Mecânica Industrial • Produção • Elétrica • Automação e Controle • Tecnologia da Informação • Computação • Mecatrônica • Economia • Administração

c. Ação 3: Desenvolvimento de pesquisa aplicada para o setor

automobilístico através do Laboratório Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 e Pólos de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0

Essa linha de ação prevê o desenvolvimento de sistemas tecnológicos de acordo com a competência do Laboratório Modelo e dos Pólos nas instituições selecionadas. Entende-se por desenvolvimento de sistemas tecnológicos que todas as etapas envolvidas no processo de escolha de novas tecnologias

poderão ser analisadas, diagnosticadas, gerenciadas, validadas e implementadas, tanto individualmente quanto de forma conjunta.

Apenas como exemplo prático, empresas parceiras poderão fazer validação de testbeds utilizando a infraestrutura do Laboratório Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0, onde a equipe envolvida (professores, alunos e funcionários) poderão verificar compatibilidade entre diferentes tecnologias e comparar a eficiência entre diferentes configurações possíveis.

O objetivo principal será o de executar experimentos controlados, nos quais soluções de Indústria 4.0 serão desenvolvidas e testadas em um ambiente que simula condições do mundo real. Estes experimentos deverão explorar o uso de tecnologias e serão utilizados para comprovar de forma prática a viabilidade técnica e econômica de produtos e serviços inovadores, potencialmente disruptivos.

d. Ação 4: Formação adequada de alunos de graduação para o

setor automotivo nas universidades – Laboratório Modelo e Pólos

Esta ação tem como objetivo formar adequadamente os alunos de graduação, especialização, mestrado e doutorado em indústria 4.0 tanto da UTFPR, quanto as entidades parceiras e em seguida disseminar o modelo nas demais entidades, através do laboratório Modelo de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 e Pólos de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0.

Nesse sentido o objetivo é a continuidade da formação nas novas tecnologias digitais e novos modelos de negócios baseadas em criatividade e inovação nas universidades.

Um modelo similar a esta ação está sendo aplicado na UTFPR, campus Ponta Grossa-PR, desde 2017 em algumas empresas. O modelo, está sendo implementado com orçamento do edital 001/2018 da ABDI/Ministério da Economia e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

No entanto, o modelo ainda carece de maiores investimentos e formação adequada para os professores e técnicos envolvidos nesta ação. Para isso, são necessários maiores investimentos em laboratórios e qualificação de professores.

e. Ação 5: Desenvolvimento de Novos Modelos de Negócios Esta ação tem como intuito promover um ecossistema propício para o desenvolvimento de novos modelos de negócio de base tecnológica que atendam às demandas estratégicas da indústria automotiva. A partir da criação de plataformas tecnológicas que solucionem os principais desafios e problemáticas do setor automotivo, torna-se possível a implementação de tecnologias inovadoras e, consequentemente, a geração de novas oportunidades de negócio neste setor.

Neste sentido, esta ação contribui no estímulo à cultura da criatividade, inovação e geração de valor a partir de conceitos tecnológicos e digitais, além de fornecer o suporte necessário para que tecnologias disruptivas e modelos de negócio inovadores possam ser testados e adaptados rapidamente às necessidades e demandas do mercado automotivo. A partir disso, novos produtos, processos, serviços e modelos de negócio de impacto são criados para beneficiar o mercado automobilístico brasileiro. Inicialmente a ação ocorrerá no Laboratório Modelo e em seguida nos Pólos.

6. Impactos gerais esperados do Programa

Os impactos esperados a partir dos resultados da implementação da proposta do programa são mensuráveis tanto em nível de indústria quanto a universidade e sociedade. A seguir tem-se os possíveis impactos esperados e a seguir, o detalhamento destes impactos ao longo dos 05 anos de consolidação do programa.

• Para a universidade, os ganhos são mensuráveis através do estímulo

ao ensino com maior proximidade ao mercado de trabalho e às novas tecnologias, propiciando uma formação profissional adequada à realidade do setor automotivo voltado a Indústria 4.0.

• Para o setor automotivo, espera-se a redução de custos, aumento de desempenho, melhorias inovadoras oportunizando novos negócios e melhorias contínuas do ponto de vista técnico tanto em produtos, processos e serviços.

• Para a sociedade, há um ganho mensurável através do envio de profissionais mais qualificados para o mercado, além de estimular a aproximação de futuros profissionais com o mercado de trabalho, aumentando significativamente a empregabilidade dos mesmos.

7. Metas e indicadores de acompanhamento

O quadro a seguir apresenta as metas e os indicadores de acompanhamento dos projetos

Indicadores Metas/ano Papel Definição unidade 2019 2020 2021 2022 2023 2024

Inovador 1. Numero de Grupos de Trabalho de prospecção

2. Número de protótipos e serviços Experimentais

3. Número de Propriedades Intelectuais

4. Numero de patentes

Capacidade 5. Quantidade de pessoas atendidas

6. Quantidade de pesquisa aplicada

7. Quantidade de pessoas formadas nas universidades/ICT em Industria 4.0

8. Quantidade de pessoas treinadas no programa do setor automobilístico

Qualidade 9. Quantidade de projetos implementados %

10. índice de satisfação %

11. Índice de qualidade %

Empreendedor 12. Quantidade de novos modelos de negócios gerados

13. Percentual e organizações atendidas do setor

14.

Indicador de produtividade

15. Projetos desenvolvidos

16. Número de empresas atendidas

17. Numero de horas capacitadas/treinadas por pessoa

18. Número de projetos colaborativos

O Controle sistemático do Programa de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0, os projetos, as ações, os treinamentos, capacitações, indicadores de desempenho e outros índices deverão ser através de uma plataforma digital.

8. Visão de futuro do Programa Educação e Pesquisa Aplicada

4.0 As possibilidades criadas com o aporte de recursos oriundos do Rota 2030, permitirão que se consiga altos resultados e os principais visões ao longo dos cinco (05) anos serão:

• Laboratório Modelo de referência em Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 • Mínimo 04 pólos em entidades (nas regiões sul, sudeste, nordeste e centro-

oeste) e referência em Educação e Pesquisa Aplicada 4.0 • 60 professores altamente qualificados, os quais serão os multiplicadores no

setor automobilístico • Laboratório Modelo e 04 Pólos de Pesquisa onde são providos de professores

qualificados e estão equipadas com equipamentos de laboratórios para ensinar Indústria 4.0

• Desenvolver pesquisas aplicadas nas tecnologias na indústria 4.0 – IoT, Cyber Physical Systems, Big Data, Cyber Security, Cloud, Business Intelligence, Realidade Aumentada, Inteligência Artificial, Digital Twin entre outros

• Desenvolvimento de metodologias de ensino inovadoras visando melhorar a qualidade de ensino técnico, graduação, pós graduação além da formação e capacitação dos técnicos, engenheiros, administradores do setor de automotivo

• Alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado nas vocações abordadas ganham conhecimento relacionado à Indústria 4.0 e competências durante o ensino profissional exigido pela indústria e melhorar a sua empregabilidade

• Contribuição econômica substancial para desenvolver o setor automotivo no país e contribui, portanto, para aumentar a renda nacional

• Cursos EAD e presenciais • Requalificação de mão de obra do setor automobilístico - de Nível técnico,

superior e pós-graduação em indústria 4.0 baseados em projetos de acordo com a necessidade de cada empresa;

• Uso de metodologias de ensino inovadoras para formação em manufatura automotiva 4.0;

• Formação de alunos nas universidades com capacitações em indústria 4.0– nos Laboratório Modelo e Pólos

• Formação através de métodos, processos, ferramentas e padrões para desenvolvimento de produtos automotivos em consonância com a indústria 4.0;

• Curso para a formação de pessoas inovadoras, criativas e de pensamento disruptivas para atendimento às novas necessidades de mercado

• Geração de propriedade intelectual • Geração de patentes • Formação de pessoas inovadoras, criativas e de pensamento disruptivas para

atendimento às novas necessidades de mercado • Novos Modelos de Negócios • Startups

9. Diretrizes orçamentárias para o programa

- O Conselho Gestor ao formular a Chamada Pública para projetos deve

conceber um formato que ao mesmo tempo crie uma competição sadia, garanta a execução conjunta conforme apresentado no programa. A chamada deve focar nas linhas de atuação propostas para que não haja dispersão dos objetivos e da metodologia, o que aumentaria o risco de insucesso do programa,

- Os projetos deverão destinar pelo menos 25% do total de recursos total dos mesmos em bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, com valores maiores que os praticados pelos programas convencionais, estabelecidos como padrão no âmbito de todo o Programa Rota 2030,

- Os dispêndios com investimentos em equipamentos, nos projetos relativos as plataformas, não deverão ultrapassar 20%. do total de recursos do projeto Não inclui compra de componentes e ferramentas computacionais para projeto. Casos excepcionais serão decididos pelo Conselho Gestor,

- Os dispêndios com reformas e adequações de prédios, não deverão ultrapassar 5% do total de recursos do projeto, nos três primeiros anos.

10. Governança

1º Será constituído no âmbito do programa de Educação e Pesquisa Aplicada 4.0, um Conselho de Acompanhamento que terá as seguintes atribuições:

- Sugerir diretrizes técnicas complementares para os projetos a serem

executados no âmbito do programa, - Fixar critérios para acompanhamento e avaliação dos resultados e

relatórios técnicos dos projetos executados no âmbito do programa; - Avaliar a execução e resultados obtidos por cada projeto.

2º O Conselho de Acompanhamento será composto de mínimo 16 participantes.

3º A indicação dos participantes seguirá o seguinte critério:

- A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), que indicará 20% do total dos membros;

- Sindicato Nacional de Indústria de Componentes para Veículos Automotores (SINDIPECAS), que indicará 20% do total de membros;

- Associação de Engenharia Automotiva (AEA), que indicará 20% do total de membros;

- As entidades coordenadoras indicarão 20% do total de membros - Entidade executoras dos projetos indicarão 20% do total de membros.

4º O Conselho de Acompanhamento escolherá entre os seus membros, um Presidente e um Secretário, que terão entre outras funções:

- Convocar reuniões; - Fazer a gestão dos processos de avaliação.