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“Novos rumos para novas realidades: Uma Escola Aberta ao Futuro!” Candidatura a Presidente da ENIDH Jorge Manuel Gomes Antunes 21 de setembro de 2013

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“Novos rumos para novas realidades: Uma

Escola Aberta ao Futuro!”

Candidatura a Presidente da ENIDH

Jorge Manuel Gomes Antunes

21 de setembro de 2013

Candidatura à Presidência da ENIDH - Índice

Jorge Manuel Gomes Antunes Página 1 de 35

ÍNDICE

1. – Declaração de Honra .............................................................................................................. 3

2. – Curriculum Vitae ..................................................................................................................... 5

3. - Programa de ação: “Novos rumos para novas realidades: Uma Escola Aberta ao Futuro!” 17

3.1 - Nota introdutória ........................................................................................................ 17

3.2 - Linhas programáticas. ................................................................................................. 20

3.3 - Medidas imediatas: ..................................................................................................... 21

3.3.1 - Elevação da Escola a Universidade das Ciências e Tecnologias do Mar .............. 21

3.3.2 - Melhoria, estabilidade e progressão na carreira do corpo docente. ................... 24

3.3.3 - Internacionalização da Escola .............................................................................. 27

3.3.4- Criação/Nomeação de um grupo de Comunicação e Imagem corporativa. ......... 29

3.3.5 - Criação de um grupo de apoio à atividade de I&D. ............................................. 31

3.3.6 - Oferta de serviços à comunidade. ....................................................................... 33

3.3.7 – Reabilitação e manutenção das instalações ........................................................ 33

3.3.8 - Terrenos e infraestruturas para o Futuro ............................................................ 34

Candidatura à Presidência da ENIDH - Índice

Jorge Manuel Gomes Antunes Página 2 de 35

Candidatura à Presidência da ENIDH – Declaração de Honra

Jorge Manuel Gomes Antunes Página 3 de 35

1. – Declaraçao de Honra

Esta candidatura a Presidente da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (adiante denominada Escola) resulta de um olhar atento, dirigido para o desempenho da Escola e da indústria do Shipping.

Como antigo aluno da Escola e com base na visão alargada do mundo universitário internacional e da indústria do Shipping, receio que se perca de vez a oportunidade de relançamento da Escola. Assim sendo, a presente candidatura é caracterizada por um forte sentimento de serviço ao país e de participação ativa na reconstrução do papel preponderante que este já teve nas coisas do mar.

Esta candidatura a Presidente da Escola é caracterizada pela vontade de mudança, cada vez mais urgente, e que tem que envolver toda a Escola. Não esquecendo que a principal função da Escola é ensinar, há que ter em conta que deverão ser ensinadas as matérias adequadas às necessidades das várias indústrias do mar, de forma a manter os diplomados pela Escola com elevado índice de empregabilidade. A elevada empregabilidade resultará necessariamente do esforço de todos os que constituem a Escola, mas também da visibilidade e qualidade dos seus produtos, isto é, dos seus diplomados (e respetivo desempenho na indústria) e, também, da produção científica e tecnológica da Escola.

Penso que os “desafios” que a Lei do regime jurídico das instituições do ensino superior (RJIES) colocou no passado recente foram superados, tendo sido já adquirido o conhecimento necessário por parte da Escola, permitindo-lhe assim mais autonomia e mais responsabilidade na sua gestão, isto é, mais liberdade com mais responsabilidade. Em consequência, torna-se absolutamente necessária uma visão realista e conhecimento do mercado global, por forma a ser definida a estratégia de futuro a implementar de imediato, dando-se início a uma nova etapa da vida da Escola. É fundamental olhar para as oportunidades, mas é também fundamental que se olhe de forma crítica e construtiva para dentro da Escola: qualificação do pessoal docente, aspirações do pessoal discente, funcionários, curricula das Unidades Curriculares, utilização de meios e recursos, de forma a compreender-se o que tem que mudar rapidamente, para seguir o rumo certo no futuro.

O futuro passa necessariamente pela necessidade de tornar a Escola competitiva na indústria global, não negligenciando o seu papel fundamental para a estratégia nacional relativa ao mar.

Pretende-se também, com esta candidatura, trabalhar esforçadamente para elevar a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique a um outro nível: ao de Universidade das Ciências e Tecnologias do Mar; isto é, torná-la no centro estratégico do conhecimento marítimo, que conduza a uma escola nova e aberta à sociedade civil nacional e internacional, permitindo-lhe poder competir e renovar-se no mercado global.

Candidatura à Presidência da ENIDH – Declaração de Honra

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Trabalharei árdua e determinadamente para atingir os objetivos apresentados nas linhas programáticas, de forma apartidária, orientada única e exclusivamente para o sucesso da Escola num futuro que urge.

A equipa escolhida para a persecução do presente programa, conta com dois vice-presidentes, os quais conhecem particularmente bem a Escola, os seus problemas, a premência da mudança de atitude, e têm a vontade necessária.

Missão

Formar profissionais competentes e reconhecidos, através de professores motivados, e funcionários empenhados, utilizando as melhores ferramentas disponíveis e rentabilizando as magníficas infraestruturas existentes.

Visão

Tornar a Escola Náutica num Centro de Competências do Conhecimento Marítimo atualizado, reconhecida pela indústria do shipping e naval a nível internacional!

Valores

Prestígio, Tradição, Honradez, Excelência, Comportamento Ético, Responsabilidade Social e Ambiental

Em 21 de setembro de 2013.

Jorge Manuel Gomes Antunes

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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2. – Curriculum Vitae

CURRICULUM VITAE

Jorge Manuel Gomes Antunes

20 de agosto de 2013

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

Jorge Manuel Gomes Antunes Página 6 de 35

CURRICULUM VITAE

1 – Dados pessoais

1.1 - Nome: Jorge Manuel Gomes Antunes;

1.2 - Nacionalidade: Portuguesa;

1.3 – Data de nascimento: 18 de Julho 1961;

1.4 – Cidadão nº: 5558155 arquivo de identificação de Lisboa;

1.5- Número de descendentes: 3

1.6 - Morada: Moinho Velho 18,

Fonte Boa da Brincosa,

2665-101 Carvoeira,

Portugal;

1.7. – Tel.: (+351) 261819819, Fax: (+351) 261819820,

Móvel:(+351)919696968,

Email: [email protected].

2 - Deveres e responsabilidades correntes

Desde dezembro de 1994, tenho sido gerente da firma de Engenharia Naval

TecnoVeritas Lda., uma PME com 12 engenheiros, dedicada à consultoria e I&D em

engenharia naval, energia e ambiente.

Nesta posição tenho que lidar com todas as tarefas burocráticas e

administrativas, incluindo orçamentação de trabalhos de I&D, controlo de condição,

entre outros, mas também tenho que lidar com a gestão de pessoal, bancos,

financiamentos e, em particular, com patentes e as normas ISO 9001 desde 2006 e a

norma NP 4457 - Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação.

Desde 2010 que também sou gerente da firma TecnoVeritas Asia Pacific,

sedeada em Singapura.

Ainda no que diz respeito à atividade como gerente da TecnoVeritas, tenho forte

envolvimento nos projetos Europeus de I&D e projetos de internacionalização (QREN),

em que a firma está envolvida.

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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Tenho estado também fortemente ligado ao desenvolvimento de produtos da

firma, nomeadamente em controlo, desenho sólido e simulação e prototipagem.

Sou também responsável por alguns dos laboratórios da firma, nomeadamente

pelo de ambiente (emissões gasosas de sistemas de combustão) e metrologia.

Uma outra atividade dentro da TecnoVeritas à qual dedico bastante tempo é à

da investigação de avarias e engenharia forense.

Outros serviços que realizo e presentemente supervisiono, são:

Projeto de instalações de cogeração, de instalações propulsoras, auditorias

energéticas, análise de vibrações, extensometria industrial, e, também, cumprimento do

anexo VI do MARPOL e respetivas circulares, SEEMP etc.

Tenho ainda que representar a empresa em conferências e simpósios e outros eventos

técnico-navais, muitos deles resultantes da atividade científica da mesma.

Sou regularmente convidado a orientar alunos de mestrado e doutoramento, de escolas

nacionais e estrangeiras.

3 – Resumo da Carreira

3.1 – Gerente e fundador da empresa de engenharia naval, TecnoVeritas - Serviços de

Engenharia e Sistemas Tecnológicos, Lda. Desde 1994 até à data;

3.2 - Professor visitante da World Maritime University Sweden. Tenho como função

ministrar aulas, organizar exames, e rever conteúdos programáticos nos cursos de

Mestrado em Gestão da Performance de Navios. Desde junho 2013.

3.3 – Trabalho regular como investigador visitante - consultor da Wartsila (Two

Strokes), Winthertur, Suiça. Desde 2012 até à data.

3.4 – Membro da direção da AIN - Associação das Indústrias Navais de Portugal.

Desde 2012 até à data.

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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3.5 – Examinador externo de alunos de Doutoramento da Malaviya National Institute

of Technology, Jaipur, Índia. Desde 2011 até á data;

3.6 – Trabalho regular como consultor-investigador visitante – consultor do

Laboratório da TOTAL - R&D Solaise - Refinaria de Lyon – França (as atividades

levadas a cabo são sigilosas). Desde 2010 até à data.

3.7 - Orientador convidado da Escola Naval, curso de engenheiros Navais (ramo

Mecânica). Tenho tido como função orientar teses e respetivos trabalhos de

investigação de alunos finalistas. Desde 2010 até à data.

3. 8 - Júri de vários papers para conferências e jornais do“Marine Engineering and

Technology for IMarEST - The Institute of Marine Engineering, Science &

Technology UK. Desde 2008 até à data.

3.9 – Professor visitante da Newcastle upon Tyne University UK, Dubai e Singapura.

Tenho como função ministrar aulas, organizar exames, e rever conteúdos

programáticos nos cursos de Mestrado em Marine Technology. Tenho ministrado este

módulo em Inglaterra, Dubai e Singapura. Desde 2006 até à data.

3.10 – Assistente convidado Escola Náutica Infante D. Henrique, cadeira de

Propulsão e hidrodinâmica (incluindo também estabilidade do navio). 1999.

3.11 – Professor convidado do ISQ, curso de pós-graduação em manutenção nos

seguintes temas: Motores, Cogeração, Controlo de condição, Auditorias energéticas, e

Vida útil restante.1998, 1999, 2000, 2011.

3.12 – Assistente convidado do IST - Instituto Superior Técnico, lecionando as

seguintes cadeiras: Vibrações do navio, Máquinas e sistemas marítimos, e

Complementos de engenharia naval (cadeiras do 4º e 5º ano). De 1993 a 1995.

3.13 – Perito de máquinas exclusivo da sociedade classificadora Lloyd’s Register of

Shipping, Croydon (Londres) e Lisboa. De 1990 a 1992.

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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3.14 – Estagiário na RINAVE / LNETI, (após 6 meses o estágio transformou-se em

bolsa de estudo e prosseguiu na Universidade de Newcastle upon Tyne (UK) com a

realização da pós graduação em MSc in Marine Engineering). 1990/91;

3.15 – Embarque como 2º Oficial de Máquinas em diversas instalações Diesel com

potências MCR de 17 MWatt, 13.4 MWatt, 12 MWatt and 6.7 MWatt, 1989/90;

3.16 – Estagiário na Lisnave Margueira no departamento de lemes veios e hélices

1986;

4 – Qualificações

4.1 – Habilitações literárias

4.1.1 – Doutor (PhD Philosophy Doctor) área de investigação: “THE USE OF

HYDROGEN AS A FUEL FOR COMPRESSION IGNITION ENGINES”. Sir

Joseph Swan Institute for Renewable and Sustainable Energy Technology University of

Newcastle upon Tyne – England, 2003-Janeiro 2007;

4.1.2 – Mestre (MSc) em Marine Engineering - Dissertação: “DYNAMIC

SIMULATION OF PROPULSION SYSTEMS” University of Newcastle upon Tyne –

England 1991-1992;

4.1.3 - Bacharel (BSc) Marine Engineering (Off-shore Vehicle Design and Drilling

engineering) University of Newcastle upon Tyne – England 1990-1991;

4.1.4 - Licenciado Engenharia Naval pelo IST – Universidade Técnica de Lisboa (por

equivalência de cadeiras), 1992;

4.1.5 - Bacharel (BSc) Curso Geral de Máquinas Marítimas – Escola Náutica Infante

Dom Henrique 1988;

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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4.2 – Profissionais

4.2.1 – Programação de sistemas de controlo da WOOWARD Controls BV. Woodward

Controls Training session for specialised engine retroffiters Hoofddorp, Holanda 2008;

4.2.2 - Sistemas de controlo de turbinas a vapor e a gás WOODWARD Controls BV.

Training session for specialised engine retroffiters Hoofddorp Holanda 2008;

4.2.3 - Sistemas de controlo de motores a gás WOODWARD Controls BV. Training

session for specialised engine retroffiters, Hoofddorp Holanda 2008;

4.2.4 - MAN - ME (Motores Principais com Comando Eletrónico), Hidovre,

Dinamarca, julho, 2007;

4.2.5 – SolidWorks Curso de formação duração 100 horas, CENFIN Lisboa, maio e

junho, 2007;

4.2.6 – Regulamentos de projeto Baixa tensão , Universidade Técnica de Lisboa, maio,

2007;

4.2.7 – Especialização em Gestão de pequenas e medias empresas PME duração 200

horas, Associação das Empresas de Região de Lisboa AERLIS, 2005;

4.2.8 – Especialização em Projeto de sistemas de compressão de gás natural com

compressores recíprocos de ARIEL Compression Systems Technical School Ohio USA,

2003;

4.2.9 – “Sustainability assessment of hydrogen energy systems”, Euro Summer

School, Lisbon, 15-19 abril, 2002;

4.2.10 – Formação de formadores - Certificado CAP, IEFP, 1999;

4.2.11 – Especialização “The design of gas turbine engines”, IGTI International gas

turbine institute / ASME USA; 1999;

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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4.2.12 - Especialização “Basic gas turbine engine technology”, IGTI International gas

turbine institute / ASME USA; 1999;

4.2.13 - Especialização “Gas turbine applications and economics”, IGTI International

gas turbine institute / ASME, 1999;

4.2.14 - Especialização “API 579 Fitness for service” ASME Tampa, USA, 1999;

4.2.15 - Especialização “Data acquisition course for measurement” MIT, 1998;

4.2.16 - Especialização “Engineering mechatronics “ ASME, 1998;

4.2.17 - MAN B&W Training course K,L MC and MCE engines, Hidovre Dinamarca,

1995;

4.2.18 – Curso de testes não destructivos Lloyd’s Register of Shipping, London, 1992;

4.2.19 - Curso de seleção e utilização de materiais de engenharia Lloyd’s Register of

Shipping, London, 1992;

4.2.20 - Curso básico de análise de controlo de condição SPM / IST Lisbon, 1990;

4.2.21 – Curso de Refrigeração e Climatização, 100h Escola Náutica Infante D.

Henrique, 1986;

4.2.22 - Curso de limitação de avarias, Lisboa, Alfeite da Armada, Marinha de Guerra

Portuguesa 1984;

5- Associações profissionais

Ordem dos Engenheiros Cédula profissional Eng.º Naval n.º: 38868

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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CMP Confrade da Confraria Marítima de Portugal desde 2012;

ASME (fellow): 5788864 (since1996) ;

COGEN (Associação Portuguesa de Cogeradores) desde 1994;

Auditor de Energia e Autor de Planos de Racionalização de Consumos

reconhecido pela DGEG desde, 1998;

Auditor de Centrais de Cogeração reconhecido pela DGEG desde, 1998;

Membro do IMarEST Institute of Marine Engineers & Science and Technology

desde, 1991;

6 – Outros dados relevantes, patentes, bolsas e prémios

• Vencedor do prémio Internacional SEA TRADE AWARDS for Clean Shipping

2012;

• European Patent nº2227670 “A system to detect two stroke engine liner

scuffing”2010;

• Institute of Marine Engineers melhor aluno de Marine Engineering Newcastle

upon Tyne (UK) University 1991 ;

• British Council Scholarship for foreign students 1989-1990;

• JNICT 1989, 1990, 1991;

• Erasmus 1989 (University Newcastle upon Tyne -Delft University Holanda);

7 – Trabalhos apresentados e publicados

Antunes J. (2013). “Ship Energy Performance Monitoring. From Theory to Real world.

Fathom Ship Monitoring Conference, London 10th of September 2013;

Antunes J. (2013). Energy Management On Board SEEMP, 4th Annual Asia Green

Shipping Conference, Singapore;

Antunes J.(2013). “Field experience on the use of Emulsified residual fuel as technique to control Diesel exhaust Emissions” Green Ship Technology Conference Janeiro, Hamburg Alemanha; Antunes J. (2013). “Hull Roughness and Power Increments”, Seminar Atenas Janeiro; Antunes J. (2013). “Cargo Pump Room Energy Performance ”, Seminar Atenas Janeiro;

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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AntunesJ. (2013). “The use of HFO Water Emulsions as a Way of Controlling Exhaust Emissions and Improve Energy Efficiency”, Seminario Atenas Janeiro; AntunesJ. (2013). “Gestão Avançada de Energia a Bordo de Navios” Ordem dos Engenheiros Colégio de Eng.ª Naval Janeiro Comemoração do dia do engenheiro; Antunes J.(2013). “The use of Real Time Energy and Emissions a tool for the Optimisation of ship fleet operation” Sea Asia Marine Conference 9-10 of Abril, Singapura; Antunes J.(2013). “Voyage analysis and in service performance monitoring and the propeller off design implications” Seminario Atenas Janeiro; Antunes J. (2012) “Real-time experience in data collection, analysis and optimised voyage performance” Green Ship Technology Conference, Setembro, Singapura Antunes J. (2012). “The Ship Energy Efficiency”, a course of Lloyd’s Maritime Academy 3rd and 4th Dezembro Londres; Antunes J. (2012). “Voyage analysis and in service performance monitoring”,

Seminário Setembro, Singapura.

Antunes J. (2012). “Hull Roughness and Power Increments”, Seminário Setembro Singapura; Antunes J. (2012). “Diesel Engines Performance monitoring”, Seminário Setembro Singapura; Antunes J. (2012). “Ship Benchmarking”, Seminário Setembro Singapura; Antunes J. (2011). “Conversion of Large Bore Diesel Engines for Heavy Fuel Oil operation and Natural Gas Dual Fuel Operation” The 2nd Gas Fuelled Ships Conference 26-27 Abril Rotterdam, Holanda. Antunes J. (2011). “Tools For The Control Of Ship Emissions And Energy And The New IMO Regulations” LCS2011 Low Carbon Shipping International Conference – 21st -22nd June University of Strathclyde, Escócia; Antunes J. and Roskilly A. R.Mikalsen, (2009). “The hydrogen-fuelled HCCI engine performance and operation”, Paper presented at the Conference HYPOTHESIS VIII Hydrogen Power Theoretical and Engineering Solutions - International Symposium Abril; Antunes J. and Roskilly A. R.Mikalsen (2009) “Conversion of large-bore diesel engines for heavy fuel oil and natural gas dual fuel operation”.CIMAC. Antunes J., Roskilly A.P., Mikalsen R. (2008). “An investigation of hydrogen fuelled HCCI engine performance and operation.” International Journal of Hydrogen Energy, Volume 33, Issue 20, October 2008, Pages 5823-5828.

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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Antunes J., Roskilly A.P., Mikalsen R. (2008). “An experimental study of a direct injection compression ignition hydrogen engine”. International Journal of Hydrogen Energy, Volume 34, Issue 15, August 2009, Pages 6516-6522. Antunes J. (2006) PhD Thesis. “The use of hydrogen as a fuel for compression ignition engines” – University of Newcastle upon Tyne UK, Listed on the British Library Antunes J. and Roskilly A.P. (2004). “The use of H2 on compression ignition Engines”. In: 3rd European Congress on economics and management of energy in industry, Lisbon. Antunes J. and Roskilly A.P. (2006). “Opportunities and advantages of the use of hydrogen on board ships – new concepts”. In: X International Naval engineering conference, Lisbon. Antunes J., Roskilly A.P. (2007). “Hydrogen onboard ships”. VI Jornadas de

Engenharia Naval (X Congress of Naval Engineering) IST, January Lisbon 2007;

Antunes J, Antunes N. (2005). “Techniques to reduce the effect of shipboard vibration.

A case study” VI Jornadas de Engenharia Naval (VI Congress of Naval Engineering)

IST, Janeiro Lisboa 2005;

Antunes J. (2004). “The use of H2 on compression ignition engines”, 3rd European

Congress on economics and management of energy in industry, Abril 2004; Estoril,

Portugal;

Antunes J.,(2004). “Optimization of an existing cogeneration plant in view of

maximizing the electric equivalent efficiency”, 3rd European Congress on economics

and management of energy in industry, Abril 2004 Estoril Portugal

Antunes J., (2001). “The use of non conventional fuels in cogenerations”, COGEN

Europe October 2001; Porto, Portugal;

Antunes J., (1998). “Condition based maintenance applied to the ship’s hull and

machinery” Portuguese Navy symposium on project, construction and maintenance,

1998;

Antunes J .,(1993).“An introduction to the Bond graph’s, Structured mathematical

modelling” O Propulsor nº2 1993;

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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Antunes J ., (1985). “Auto X ray applied to the study of corrosion and wear on Diesel

engines” O Propulsor nº3 1985;

8 – Formação

Para lá das aulas nas Universidades, durante os anos de atividade da firma tenho dado

formação nas seguintes áreas a nível mundial: Controlo de condição; Medição de

tensões; Manutenção preditiva e baseada na análise de risco; Performance de motores

diesel; Performance de turbinas a gás e a vapor; Qualidade e gestão de fuel óleo;

Gestão da performance energética de frotas de navios; Auditorias energéticas e ainda

análise de projetos navais.

9 - Hobbies:

Estudo de matérias de engenharia;

Modelos de navios;

Instrutor de AIKIDO;

Caminhada;

Pesca à boia;

Jardinagem e agricultura;

Música.

Carvoeira, 20 de agosto de 2013

(Jorge Manuel Gomes Antunes) PhD MSc Marine Engineering

Candidatura à Presidência da ENIDH – Curriculum Vitae

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Candidatura à Presidência da ENIDH – Programa de Ação

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3. - Programa de açao: “Novos rumos para novas

realidades: Uma Escola Aberta ao Futuro!”

3.1 - Nota introdutória

A presente candidatura constitui um ato de intervenção cívica, com sentido de serviço à

sociedade, sendo levada a cabo com a consciência de que é necessário intervir para mudar.

Considerando ter tido uma vida profissional e académica de sucesso, passando pelo IST,

University of Newcastle upon Tyne e World Maritime University - Suécia, gerindo uma

empresa de engenharia naval e mecânica desde há 20 anos, granjeei prémios e

reconhecimento internacionais. Andando pelo mundo industrial e universitário estrangeiro,

adquiri uma visão global do mundo, o que me permite compreender hoje, melhor que nunca,

o que a Escola Náutica pode fazer pelo país.

Pretende-se, com esta candidatura, que a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique se torne

uma escola nova e aberta à sociedade civil nacional e internacional, e que possa competir no

mercado global.

Por diversas razões, a Escola tem vindo a “definhar”, tornando-se somente em mais uma

escola que se tem dissolvido no universo das escolas do sistema de ensino superior nacional.

Devido à falta prolongada (39 anos) de uma estratégia para o mar, a marinha mercante

nacional de longo curso foi praticamente extinta, refletindo-se tal facto na vida da Escola, em

termos da sua justificação e afirmação como única instituição de ensino náutico nacional.

Como muitas outras escolas congéneres de outros países têm feito, a solução está na

internacionalização.

O desvanecimento da honra do nome herdado e do testemunho dado por tantos ilustres ex-

alunos da Escola, que até ao dia de hoje são apreciados, constitui um desperdício que a

ninguém beneficia, assente sobretudo no desinteresse pelas coisas do mar.

Candidatura à Presidência da ENIDH – Programa de Ação

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A Escola distingue-se de todas as outras escolas do sistema de ensino nacional, não só pela

especificidade das matérias nela lecionadas, mas também pela sua potencial ação

dinamizadora da economia do mar, reserva de conhecimento estratégico para o país e,

finalmente, pela carga histórica e patrimonial que ela encerra.

Há 600 anos, foi a visão, a estratégia e a ação determinada de um homem, que lançou o país

numa das maiores epopeias da humanidade. O país teve sucesso, a nação deu origem a novas

nações, e deu a conhecer a sua capacidade náutica. A capacidade de construir naus

tecnologicamente avançadas para a época colocou-nos em vantagem sobre todas as outras

nações do mundo. Tal feito ainda hoje é reconhecido pelos povos do mundo, em particular

pelos asiáticos, pelos sul-americanos e pelos africanos.

A Escola, tal como no passado, tem por dever afirmar-se no mundo, tirando partido da sua

história de sucesso, feita à custa do sacrifício e empenhamento de muitos.

A Escola, portanto, não pode ser apenas mais uma escola dentro da “sopa” de escolas do

ensino superior português, como tantas outras “acabadas de criar”! Ao ser considerada como

todas as outras, está sujeita a que venham alguns iluminados, com a ligeireza esperta dos dias

de hoje, aplicar-lhe as mesmas receitas economicistas ou financeiras como a todas as outras,

ou podendo mesmo decidir-se pela sua extinção.

A Escola Superior Náutica Infante D. Henrique pode ser, e deve ser uma Escola de

competitividade e excelência! Não existe política correta para o mar sem que se considere

seriamente a ação dinamizadora, integradora e de projeção da nossa Escola Náutica.

É triste, e até revoltante, ver profissionais de outros países a sulcarem os nossos mares, a

explorar as nossas rotas comerciais, a continuarem a projetar os nossos navios e a

prepararem-se para controlar o nosso património marítimo-atlântico, como por exemplo o

transporte de passageiros inter-ilhas nos Açores, construção de navios, também para os

Açores, ou o transporte de combustíveis ao longo da costa continental portuguesa e para as

Ilhas.

Portugal só terá vantagem no mundo enquanto nação supostamente marítima. Deveria ser,

portanto, um desígnio do país levar a cabo uma estratégia de aproveitamento dessa herança,

através da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, abrindo assim a Escola ao mundo. A

sobrevivência saudável desta Escola obriga à concorrência direta com outras escolas e

Candidatura à Presidência da ENIDH – Programa de Ação

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institutos náuticos do mundo, afirmando quem somos, e relembrando que o somos há cerca

de 600 anos! Quanta gente tenho encontrado pelo mundo que recorda os navegadores

Portugueses e a bravura dos seus marinheiros; e mais: quantos gostariam de poder estudar na

nossa Escola Náutica! Incrivelmente, nem o sítio da Escola está escrito numa outra qualquer

língua estrangeira.

Tenho encontrado na nossa Escola desmotivação em geral. Sendo causas principais dessa

desmotivação o corpo docente não progredir na sua carreira docente, bem como a frustração

de pouco mais poderem fazer por falta de pessoal docente, devido às dificuldades impostas

pelo governo, na sua contratação.

Quanto aos alunos, a desmotivação prende-se com a dificuldade em embarcarem para

obterem os seus tirocínios básicos, obrigando-os a seguirem outros rumos que não o mar.

Uma outra causa de desmotivação, no caso dos alunos recém-formados, é o choque devido à

falta de conhecimento do que é a vida a bordo.

Quanto aos funcionários da Escola, o desânimo está associado às limitações salariais e também

à situação de não progredirem na sua carreira.

É igualmente notório que a desmotivação em geral está também muito associada à falta de

acreditar verdadeiramente na Escola, na sua imagem e no seu futuro enquanto organização.

Atualmente a Escola só possui uma via, a via ascendente! Não se trata porém de uma via fácil;

o rumo não será certamente fácil de manter, devido à “lei da inércia”. Mas tenho a certeza de

que conseguiremos, trabalhando em conjunto, a tão necessária “conversão” de mentalidades

para manter um novo rumo. No entanto nunca encontraremos ventos favoráveis quando não

soubermos para onde queremos ir!

O diálogo é a chave para a mudança que se deseja, a qual reside necessariamente na

implementação de ações de melhoria contínua, em que os envolvidos no processo

compreendam verdadeiramente os objetivos para poderem participar ativa e

empenhadamente nessa mudança.

Candidatura à Presidência da ENIDH – Programa de Ação

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3.2 - Linhas programáticas.

Temos que ter em conta que o propósito da Escola de há 40 anos não existe mais!

Infelizmente, a Escola já quase não produz Oficiais para a Marinha Mercante Nacional; esta já

quase não existe, o que se torna um logro para todos aqueles recém-formados que

efetivamente desejam seguir a carreira no mar, como oficiais! Então, cabe também à Escola

arranjar soluções que não logrem as esperanças de quem nela investiu anos da sua vida.

O mundo mudou e a indústria do Shipping está constantemente em mudança, quer em termos

de interesses e de estratégias, quer em termos tecnológicos, para mencionar somente alguns.

Assim, a Escola tem absoluta necessidade de acompanhar tais mudanças, pois se não o fizer,

conforme tem acontecido, definhará e, por fim, morrerá, sendo que o país perderá a

capacidade estratégica de ter homens devidamente preparados para operar no seu mar, que

hoje já é imenso!

Para se decidir um rumo, há que assumir riscos, em conjunto com a tutela e restantes pares da

Escola, mas de modo prudente e ponderado. A promoção e benefício da Escola será sempre o

Norte para qualquer decisão.

Como se sabe, as organizações deveriam premiar aqueles que correm riscos, mesmo os que

falham e que ficam aquém, uma ou outra vez. As “promoções e a glória” devem ir para os

inovadores e pioneiros, e não para os passivos e acomodados, aqueles que receiam a

controvérsia e evitam as tentativas de melhoria. Na minha opinião, esta é a chave para manter

uma organização jovem, viva, e com sucesso. A estagnação conduz à morte de qualquer

organização.

As regras e procedimentos que fizeram sentido quando foram escritos podem agora estar

obsoletos. Se assim for, que se extingam de imediato. É evidente que a tentativa de inovar não

é fácil; não faltarão os “Velhos do Restelo”. Não existem quaisquer precedentes como

referência, ou como ajuda, mas tal facto pode ser até um fator positivo, quando aliado ao

conhecimento que tenho de outras instituições e Universidades estrageiras.

A economia do século XXI apresenta desafios aos que gerem, no sentido de transformarem os

colaboradores nos melhores colaboradores, com um tipo de motivação que os faça trabalhar

com paixão, energia e entusiasmo. Para tal, é necessário instituir procedimentos.

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Procedimento geral e contínuo para os 4 anos de presidência:

a) Diálogo e auscultação periódica da população da Escola, no sentido de identificar as

dificuldades e limitações da organização, bem como encontrar oportunidades de

melhoria;

b) Comunicação periódica à população escolar dos avanços e recuos na execução do

presente programa;

c) Estabelecimento de uma estratégia para a resolução das dificuldades e limitações da

organização, a qual se apoiará nas seguintes áreas: identificação das causas;

identificação dos meios necessários (humanos e materiais); estabelecimento de um

calendário objetivo (a ser divulgado) findo o qual serão identificados os resultados, as

causas dos insucessos, tendo em vista novos meios para a resolução das dificuldades

pendentes.

3.3 - Medidas imediatas:

O grande objetivo será a afirmação da Escola na rede de instituições de ensino superior nacional e europeu.

3.3.1 - Elevação da Escola a Universidade das Ciências e Tecnologias do Mar

a. Tal como referido na declaração de honra, e com vista a tornar a Escola num centro de

competência marítima nacional, entre os demais centros internacionais, é objetivo

deste programa, desenvolver a Escola em termos de organização, no sentido de poder

ascender ao estatuto de Universidade das Ciências e Tecnologias do Mar, tornando-a

num centro estratégico do conhecimento marítimo nacional e internacional, aberta ás

sociedades civis, o que lhe permitirá competir e renovar-se no mercado global.

Esta medida insere-se no quadro estratégico nacional para a economia do mar. Sem

profissionais qualificados, ao mais alto nível internacional, Portugal não poderá

exercer uma soberania plena sobre os seus recursos marítimos, tendo que se subjugar

a nações que desde há anos se preparam para tomar o nosso papel nas águas

nacionais.

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b. Deverá ser criado um grupo de trabalho para avaliar a metodologia conducente à

elevação da Escola a Universidade das ciências e das tecnologias do mar. Tal

metodologia deverá averiguar as lacunas a suprir, bem como estudar e propor como

poderá a Escola atingir tal desígnio, se sozinha, ou com base em algum acordo de

parceria com outra Universidade nacional ou estrangeira.

c. Compete ao Presidente da Escola antever a realidade futura e proporcionar ao país

aquilo que estiver ao seu alcance, de forma a dar resposta cabal a novos desafios.

Digamos que se trata de uma medida estratégica, quanto mais não seja, para a

colocação de profissionais formados pela Escola no mercado internacional, pagando-se

ao país pelo encaminhamento das suas receitas e pela dinâmica de conhecimento que

se gerará.

d. Existem desafios importantes, que advêm do rigor e da obrigatoriedade da produção

científica, principalmente ao nível da dinâmica que esta medida gerará dentro da

Escola, em particular no corpo docente. O caminho do acompanhamento do progresso

assim o dita, sobe pena da Escola continuar como até agora, sem futuro e,

eventualmente, vir a desaparecer.

e. No Mundo Global, os armadores não têm pátria; são investidores que entregam a

gestão dos seus navios a empresas mais ou menos especializadas em diversos tipos de

navio. Os navios, no entanto, são cada vez mais sofisticados sob todos os aspetos, e

controlados por normas cada vez mais estritas, encontrando-se a qualidade das

tripulações sob forte escrutínio. O mercado global necessita rapidamente de Oficiais

de Navegação, de Máquinas e de Eletrónica, essencialmente para navios de transporte

de gás natural e para navios de passageiros, de perfuração e, em breve, de mineração.

Há pois que apostar rapidamente na formação de Oficiais para aqueles mercados,

direcionando o ensino para matérias adequadas àqueles tipos de navios.

f. Simultaneamente, ao contrário do que se possa julgar, o potencial mercado marítimo

da Escola é bem mais amplo que o fornecimento de Oficiais da Marinha Mercante. O

Shipping, e todas as indústrias a ele ligadas, estão em constante mutação, quer pelos

novos desafios, em termos de avanços tecnológicos, quer por obrigações de controlo

da poluição e eficiência energética (MARPOL VI). Assim, o mercado necessita com

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urgência de gente para o projeto de instalações propulsoras avançadas, integração

energética de sistemas, sistemas de controlo descentralizado, operação de navios

especiais, navegação eletrónica e respetivos sistemas, operações offshore, isto é, de

um ensino e profissionais que tenham o potencial de produzir produtos de engenharia

que façam a diferença, com elevado valor acrescentado.

g. Tendo em conta a fraca apetência de outras escolas nacionais para providenciarem

estes especialistas, por estarem direcionadas essencialmente para estruturas e outras

matérias paralelas, é urgente que a Escola promova cursos ao mais alto nível

académico, necessitando para isso de ser elevada à qualidade de Universidade,

deixando para tal de ser um estabelecimento do ensino superior politécnico. Tal

estratégia permitirá que a Escola ofereça outros cursos que conferem o grau de

mestre e doutor, nomeadamente nas áreas das ciências náuticas e gestão,

concorrendo internacionalmente de igual para igual com outras congéneres

estrangeiras.

h. Também deverão poder ser oferecidos pela Escola cursos de especialização noutras

áreas técnico-marítimas. Como exemplo, indicam-se os cursos de: Navegação

Eletrónica; Simulação; Segurança da Navegação; Comunicações; Engenharia da

Perfuração; Tecnologias de Navios Offshore; Posicionamento Dinâmico; Operação de

navios de apoio ao Offshore, entre outros. Estes cursos vão fazer falta ao país a médio

prazo, mas que constituem necessidades futuras da indústria global. Um exemplo de

mercado que poderá absorver muitos dos futuros profissionais é o que está prestes a

iniciar-se: a perfuração e exploração de hidrocarbonetos nas águas nacionais.

i. Com base no acima exposto, preconizo a oferta conjunta dos cursos que levem à

formação de Oficiais da Marinha Mercante, com outros cursos de Mestre em Ciências

Náuticas e Engenharia Marítima e, ainda, a concessão do grau de Doutor.

Tais objetivos coletarão mais alunos para a Escola, dando-lhe mais saídas profissionais,

mas também maior visibilidade internacional.

j. Os cursos que são necessários criar, para a elevação da Escola a Universidade, deverão

ser objeto de um estudo cuidado das necessidades do mercado nacional e

internacional a médio prazo, por forma a terem sustentabilidade e empregabilidade.

No entanto, requerem um quadro importante de docentes Doutorados, que convém

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desde já começar a constituir, proporcionando a formação específica aos docentes

existentes, e procurando ativamente no mercado nacional e internacional doutorados

especializados.

k. Obtenção de um simulador de posicionamento dinâmico (possivelmente financiado),

com o objetivo da escola poder providenciar cursos avançados naquela matéria.

Necessariamente que tal investimento deverá ser conseguido por intermédio de

parcerias e será necessariamente acompanhado pela formação de Docentes nesta

área, porventura, por exemplo, na Universidade de Glasgow, ou por convite de um

docente daquela universidade a lecionar tal formação por um curtíssimo período de

tempo, de forma intensiva.

3.3.2 - Melhoria, estabilidade e progressão na carreira do corpo docente.

Estabilidade do corpo docente e de investigação

a. A fim de garantir a sua autonomia científica e pedagógica, as instituições de ensino

superior devem dispor de um quadro permanente de professores e investigadores,

beneficiários de um estatuto reforçado de estabilidade no emprego (tenure), com a

dimensão e nos termos estabelecidos nos estatutos das carreiras docentes e de

investigação científica.

b. De acordo com os artigos 48º e 49º do RJIES exige-se que, quer o corpo docente, quer

o não docente, disponham de qualificações adequadas.

c. Assim, torna-se essencial a abertura de concursos, de forma responsável, séria e

competente, para professores Coordenadores e Adjuntos mas exigindo daqueles o

grau de Doutor, de modo a satisfazer o rácio de um Doutorado por cada 30 alunos. A

contratação de novos docentes deverá ser orientada com vista à sua dedicação

exclusiva, quer em relação à docência quer à investigação, devendo ser o número de

docentes a tempo parcial e/ou sem dedicação exclusiva, uma situação a ser avaliada,

para que a Escola possa efetivamente desenvolver trabalho científico e poder

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participar e desenvolver as restantes ações do presente programa. Isto, não

esquecendo a fundamental função dos docentes, que é ensinar!

d. A Escola deverá ainda incentivar e proporcionar a obtenção do grau de Doutor a todos

os docentes que o não tenham obtido até agora, bem como a atualização profissional,

muito em particular no âmbito da pedagogia.

e. A mobilidade dos professores deverá ser também incentivada, sempre que se trate de

situações de troca de conhecimentos com instituições congéneres, da apresentação de

trabalho científico em conferências e publicação de “papers” científicos.

f. Só um corpo docente de qualidade reconhecida, estabilizado, confiante e satisfeito

poderá produzir trabalho de qualidade.

g. Será de primordial importância desbloquear, quanto antes, a progressão na carreira

docente.

h. Será avaliada a possibilidade de implementar na Escola as infraestruturas necessárias

ao ensino e investigação na área da simulação experimental, nomeadamente de um

tanque de testes para ensino, que permita a realização de ensaios de propulsão, de

estabilidade, e laboratório de máquinas de combustão interna. Tais infraestruturas

permitirão a realização de muito do trabalho de investigação nas diversas áreas de

engenharia marítima e naval.

i. A produção científica da Escola deverá ser monitorizada, trimestralmente, por

indicadores de qualidade a incluir numa próxima revisão do sistema de gestão da

qualidade da Escola, por forma a identificar dificuldades que lhe possam estar a pôr

entraves.

j. Já existe atualmente uma grelha extensa de indicadores de desempenho, relativos às

áreas: financeira, produção científica, qualidade do ensino e qualidade das instalações.

A periodicidade com que aqueles indicadores são monitorizados deverá ser otimizada,

de modo a permitir aprofundar a análise desses processos e a desencadear ações de

melhoria contínua, em tempo útil, e com eficácia. Estes indicadores permitirão medir o

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cumprimento dos objetivos ligados aos processos identificados no sistema da

qualidade.

k. A Escola deverá otimizar o seu corpo docente também em termos de custos, e

qualificações. Serão pois preferidos docentes a tempo inteiro, com as qualificações

máximas que forem possíveis, incentivando todos aqueles, sem o grau de Doutor a,

realizarem os seus estudos o mais depressa possível. Assim, deverá ser realizada a

otimização dos custos e habilitações com professores contratados a tempo parcial,

com o objetivo de poder vir a contratar docentes a tempo inteiro, com habilitações

adequadas aos interesses da escola.

l. Levantamento do trabalho científico em execução, intramuros e extramuros, incluindo

aquele que está a ser levado a cabo por docentes da Escola, a tempo inteiro e com

dedicação exclusiva, noutros estabelecimentos de ensino ou centros de investigação.

Esta medida visa a identificação das razões que levam tal facto a acontecer e tentar

proporcionar àqueles docentes as condições para realizarem aqueles trabalhos na

Escola e a favor da Escola.

Funcionários

a) No sentido de conseguir a participação ativa dos funcionários da Escola, serão

implementadas reuniões periódicas com os representantes dos funcionários, no

sentido de ouvir as suas sugestões quanto a melhorias dos serviços, bem como

determinar quais as suas necessidades para que tal ocorra.

b) Um outro objetivo a cumprir será a formação adequada a dar aos funcionários da

Escola, tanto nas áreas técnicas ou administrativas, como na sensibilização para a

qualidade, visando a excelência que se pretende atingir, e considerando a polivalência

a que uma Escola de reduzidas dimensões obriga.

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3.3.3 - Internacionalização da Escola

“A Escola valerá para o mundo, tanto quanto a notoriedade do seu trabalho!” - Jorge Antunes

A NOTORIEDADE da Escola é muitíssimo fraca; logo, não atrai atenções e, por consequência de

um ciclo vicioso, pouco produz de científico, e pouco requisitada é para projetos internacionais

de I&D. Estes permitirão ao corpo docente e discente um certo arejamento quanto às

necessidades das indústrias do mar, como sejam a naval e do Shipping de hoje.

Pontos a implementar para a internacionalização da Escola:

a) Deverá proceder-se à internacionalização do sítio da Escola, sendo o mesmo escrito

pelo menos em língua Inglesa;

b) Oferta de cursos em língua Inglesa, sempre que o número de alunos estrageiros e/ou

exigência de armadores assim o ditar;

c) O financiamento da Escola passa pela promoção ativa dos cursos internacionais e de

especialização que a Escola venha a oferecer junto dos principais armadores

internacionais, tentando prever o contingente de Oficiais a formar no futuro. Os

alunos Europeus deverão pagar uma propina igual à dos alunos nacionais (e União

Europeia), sendo que, a propina para alunos oriundos de outras partes do mundo (de

países sem protocolo com Portugal), como da Ásia, deverão pagar propinas na ordem

dos 15000€/ano a 25000€/ano (valores algo abaixo dos praticados internacionalmente

por outros estabelecimentos de ensino na Europa) e que paguem os reais custos,

criando receitas próprias que são imprescindíveis à sobrevivência e prestígio. Ressalve-

se aqui os alunos oriundos de Goa, Damão e Diu que contribuem fortemente para os

contingentes de alunos de outras escolas náuticas estrangeiras, e ainda aqueles

oriundos de Timor. Lembremo-nos que se trata de uma Escola especial no sistema de

ensino Português, e que, possivelmente, a lei terá que ter em conta essa

especificidade;

d) Proceder a uma análise crítica dos programas e curricula das diversas unidades

curriculares (UC) dos diversos cursos, e adaptá-los às necessidades do mercado, isto é,

do Shipping, STCW, etc;

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e) Protocolização de acordos com: Escuela de Engenieros Navales do Prado - Madrid,

NTUA - National Technical University of Athens, University of Newcastle upon Tyne,

(Inglaterra e Singapura), Escola Náutica de Singapura, University of Glasgow e World

Maritime University (todas elas instituições com as quais tenho particular

relacionamento), entre outras, para permuta de alunos e acesso aos laboratórios ou

tanques de provas, em troca do que a Escola possa oferecer, como por exemplo, a

utilização do simulador de máquinas para teses de alunos estrageiros;

f) Resultante dos protocolos com outros estabelecimentos de ensino estrangeiros, mas,

também, se possível, nacionais, deverá procurar-se criar consórcios entre diferentes

Universidades, no sentido de oferecer internacionalmente pós-graduações ao nível de

Mestrados e Doutoramentos, com módulos ministrados nos respetivos

estabelecimentos, área de que tenho vasta experiência;

g) Na sequência do mencionado na alínea anterior decorrerá inevitavelmente uma

produção científica internacional que possibilitará, não só o financiamento parcial da

Escola, como a sua entrada no mercado Internacional do Shipping e do I+D, permitindo

uma empregabilidade excecional dos nossos alunos, mas também um refrescamento

dos corpos docentes através de troca de experiências;

h) Publicação de “papers” em jornais científicos de reconhecida importância e relevância

para a indústria naval e do Shipping;

Participação em congressos e seminários, consoante a disponibilidade orçamental;

Participação em projetos Europeus (subsidiados), entre outros a nível internacional;

Participação em trabalhos de I+D com escolas dos países de língua oficial portuguesa,

mas também da India, Malásia e Singapura;

i) Estudo da possibilidade de oferta de outros cursos, ao nível da licenciatura e

mestrado, simples especialização ou pós-graduações, ligados com a atividade marítima

e, em particular, de formação de técnicos ligados à indústria da exploração dos

recursos do mar. Tem que se ter em conta a dimensão da ZEE nacional e do tipo de

técnicos que irão ser necessários para a explorar, nomeadamente (e por exemplo),

Operação de equipamentos offshore para a indústria do petróleo (em colaboração

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com algumas instituições de ensino estrangeiras), Energia renovável no mar, Produção

animal no mar (por exemplo com o INIP, IH), Bio produção de algas no mar, etc;

j) Organização anual ou bianual de Conferências Internacionais temáticas sobre assuntos

pertinentes para a indústria naval e do Shipping, dentro das áreas de competência

técnica e científica da Escola;

k) Quanto aos protocolos e acordos, existentes e futuros, levar-se-á a cabo um

aprofundamento e uma análise crítica dos benefícios e vantagens para a Escola de

cada um deles.

Dentro deste ponto, será prestada particular atenção ao aprofundamento do

relacionamento com os países da CPLP e, em particular, com o Brasil, com o objetivo

da transferência de conhecimento no âmbito da indústria de extração de

hidrocarbonetos no mar em particular a elevada profundidade;

l) Aprofundamento dos protocolos da Escola com a Escola Naval, o Instituto hidrográfico

e outros organismos do Estado ligados ao mar, para partilha de meios,

nomeadamente: bibliotecas, simuladores, treinamento específico, como sejam cursos

de limitação de avarias e projetos de I+D conjuntos com o CINAV. Estes protocolos

poderão contribuir de forma muito positiva para a Investigação e realização de

Mestrados e Doutoramentos e partilha otimizada de meios.

3.3.4- Criação/Nomeação de um grupo de Comunicação e Imagem

corporativa.

Este grupo, que estará inserido no Serviço de Relações Públicas, já existente na Escola, cuidará

da sua imagem e coordenará a comunicação, quer nacional quer internacionalmente. Cuidará

da comunicação institucional, tratando de passar a imagem de Escola Náutica de superior

qualidade, e da sua ligação ao pioneirismo português no mar. Todas as comunicações serão

em língua portuguesa e inglesa.

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Imagem da Escola

a. Identificação e levantamento do património da Escola e elaboração de um plano de

rentabilização do mesmo, nomeadamente equipamentos de ensino, demonstradores

laboratoriais, simuladores, equipamentos oficinais, etc.. Tal ação possibilitará

identificar custos, resultados e otimização daqueles equipamentos, mas também

identificar necessidades de novos equipamentos, reposição de outros por

obsolescência, e, ainda, criar oportunidades de oferta de formação de elevada

qualidade;

b. Tal como na vastíssima maioria das escolas e institutos náuticos mundiais e, por forma

a construir uma forte imagem corporativa da Escola para todos aqueles que quiserem

seguir a carreira de Oficiais da Marinha Mercante, bem como um sentimento de união

de classe e igualdade, vejo com muito bons olhos o uso facultativo de uniforme

escolar, conforme estabelecido no Decreto-lei Decreto nº 41 607 de 3 de maio de

1958, adaptado à condição de aluno. Tal medida contribuirá fortemente para o

aprumo internacional que um Oficial da Marinha Mercante deverá ter, mesmo quando

em trabalho para um armador estrangeiro;

c. Pretende-se um diálogo aprofundado com a AAENIDH - Associação de Alunos da Escola

Superior Náutica Infante D. Henrique, no sentido de perceber os seus problemas, bem

como receber apoio para o presente projeto de mudança, e também contribuir para a

disseminação da nova imagem da Escola;

d. Pretende-se ainda que a Associação apoie a Escola na organização de eventos náuticos

e que congregue e envolva os antigos alunos da Escola em ações, como

comemorações já instituídas (como seja o dia do Mar), ou a instituir (como sejam:

início e final do ano letivo e o Dia da Escola, coincidente com o nascimento do Infante

D. Henrique – dia 4 de março, este assunto deverá ser mais amplamente debatido com

a população da Escola, sem prejuízo da comemoração do dia do Mar);

e. Será ainda instituído um prémio anual de excelência, a ser concedido pela Escola, para

os melhores alunos finalistas de cada curso. Em relação aos alunos com dificuldades

financeiras provadas, a Escola tudo fará, no que estiver ao seu alcance para, através do

SAS, os auxiliar, no sentido da conclusão dos seus estudos.

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A Escola pelos Alunos

f. Trabalhar no sentido de criar condições para que os navios com o pavilhão da Madeira

tenham que embarcar oficiais de nacionalidade Portuguesa e facultem os tirocínios

mínimos para a obtenção das cartas de oficial chefe de quarto;

g. Dada a premência e a suprema necessidade de colocação dos recém-formados pela

Escola no mundo do trabalho e a boa relação existente com a Marinha de Guerra

Portuguesa, averiguar-se-á da possibilidade dos recém-formados, que queiram seguir

a carreira de Oficiais da Marinha Mercante, poderem realizar as horas de embarque

necessárias para a carta de Oficial chefe de quarto a bordo de navios não combatentes

da Marinha de Guerra, logo permitindo que tão depressa tenham as horas necessárias

feitas, tão depressa possam, caso queiram, concorrer ao mercado do Shipping

internacional;

h. Serão iniciados contactos com o IEFP no sentido daquele instituto poder financiar o

embarque até um ano, a bordo de navios nacionais ou estrangeiros ou mesmo com a

Marinha de Guerra;

i. Criação da Revista eletrónica da Escola Náutica em colaboração estreita coma

Associação de Alunos, e Oficiais no ativo ou mesmo outros, uma revista que divulgue

os projetos em curso, com artigos de carácter científico ou naval, mas também de fácil

distribuição e baixíssimo custo, mas que simultaneamente sirva de veículo de

comunicação e aglutinação;

j. Revisão dos estatutos da Escola, para que exista uma representatividade equilibrada

do colégio eleitoral.

3.3.5 - Criação de um grupo de apoio à atividade de I&D.

Será um grupo criado com o objetivo de elaborar propostas e promover a participação em projetos de I&D para a Comissão Europeia ou outros organismos relevantes e ainda de estimular a atividade de I&D.

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a) O trabalho de investigação e desenvolvimento tem fundamental importância para a

imagem da Escola no Mercado Global! Digamos que se trata de um dos dois produtos

(sendo o outro os seus diplomados) que valorizará a Escola no exterior, sem o qual

poucas ou nenhumas organizações de I+D quererão colaborar com a Escola;

b) A investigação e desenvolvimento na Escola têm tido uma produção científica

diminuta, o que obriga a forte correção num futuro próximo, por poder colocar a

Escola em posição delicada, de acordo com o definido no RJIES, bem como poder

comprometer todo o programa de internacionalização da Escola;

c) Este grupo terá como principal função a identificação de projetos onde a Escola se

possa inserir, a elaboração das respetivas candidaturas e o acompanhamento

administrativo e de execução financeira dos mesmos. Deverá ainda imprimir dinâmica

ao Centro de Investigação e Desenvolvimento, quanto mais não seja, pela articulação

das pós-graduações com investigação em áreas estratégicas para a Escola;

d) Implementação de um Sistema de Gestão IDI A implementação de um Sistema de Gestão IDI de acordo com a Norma NP4457

permite às organizações de I&D:

• Sistematizar as suas atividades de IDI para aproveitar o “saber fazer” interno;

• Estabelecer objetivos e metas que contribuam para o controlo de recursos associados às atividades;

• Planear, organizar e monitorizar as unidades de IDI;

• Melhorar a sua imagem organizacional e competitividade perante outras organizações do sector no âmbito nacional e internacional;

• Acompanhar o desenvolvimento tecnológico de forma a antecipar o mercado e identificar oportunidades de melhoria;

• Integrar a gestão de IDI com outros sistemas de gestão implementados na Escola;

• Estabelecer a interação da IDI com outros departamentos e divisões da organização da Escola;

• Obter tecnologia patenteada que permita a sua posterior incorporação em trabalhos de investigação e ou produtos;

• Demonstrar à administração pública e a todos os organismos que avaliam projetos de IDI para possível financiamento, a transparência desta atividade na organização;

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• Monitorizar, identificar oportunidades de melhoria e implementar ações corretivas, de acordo com os resultados obtidos nas suas atividades de investigação, desenvolvimento e inovação.

3.3.6 - Oferta de serviços à comunidade.

a) A Escola deverá oferecer somente à comunidade os serviços de consultoria, ou outros,

quando não houver no mercado nacional empresas que os possam providenciar.

Pretende-se com esta medida evitar a concorrência da Escola com as empresas que

pagam os seus impostos e, ao mesmo tempo, dignificar a aplicação do conhecimento e

dos meios da Escola;

b) A Escola deverá também dar respostas eficazes às necessidades dos Oficiais no ativo,

nomeadamente no que diz respeito às certificações necessárias para o exercício da

profissão;

c) Através do Centro de Estudos e Formação Especializada, a Escola deverá promover

ações de sensibilização para os assuntos do mar, promovendo colóquios técnicos e

debates com a comunidade.

3.3.7 – Reabilitação e manutenção das instalações

a) Quanto às instalações da Escola, far-se-ão esforços para as tornar sóbrias, limpas e

caracterizadas com simbologia náutica, para que quem nela entre, se aperceba da

história da mesma. Assim, envidarei esforços para que se mostrem edifícios e

interiores cuidados, para que possamos sentir que estamos dentro de um

estabelecimento de ensino náutico de qualidade superior;

b) A manutenção da escola será supervisionada por um docente Engenheiro Oficial da

Marinha Mercante, dado estes terem o conhecimento para tal;

c) Dada a idade dos edifícios, são visíveis os efeitos do tempo, quer no interior quer no

exterior, bem assim como das instalações de água e luz, que serão objeto de um

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levantamento de situações, sendo criado e implementado um plano de manutenção

das infraestruturas, compatível com a urgência das situações e verbas disponíveis;

d) Outras ações no âmbito das instalações prendem-se com a necessidade de

implementar medidas de eficiência energética, que terão também que ser

implementadas consoante a disponibilidade de verbas.

3.3.8 - Terrenos e infraestruturas para o Futuro

A Escola dispõe de amplos logradouros. Antevendo a sua passagem a Universidade e à

necessária investigação científica de excelência a realizar num futuro próximo, será estudada a

potencial utilização dos terrenos envolventes da Escola para:

a) Instalação de um laboratório de hidrodinâmica e propulsão, nomeadamente um

tanque de provas e um túnel de cavitação, com dimensões generosas, que permitam a

realização de tais estudos e ensaios, bem como uma franca contribuição para a

qualidade do ensino de cadeiras como estabilidade, estabilidade em avaria e

propulsão. Tal equipamento será único no nosso país, sendo por isso altamente

solicitado, em particular pela Universidade Técnica de Lisboa, curso de Eng.ª Naval,

entre outras;

b) Instalação de um laboratório de máquinas e sistemas propulsores, que poderá incluir

um motor propulsor a quatro tempos e, se possível, um motor a dois tempos, entre

outros;

c) Construção de um espaço desportivo multiusos, eventualmente ladeado por uma

pista, que permita a prática de diversos desportos pela população escolar.