novo isegnet - o risco de perda auditiva … mundo da saude... · web viewa partir de março de...

23
O RISCO DE DANOS AUDITIVOS INDUZIDO PELO RUÍDO AMBIENTAL, SUBSTÂNCIAS OTOTÓXICAS E O NEXO CAUSAL* REGAZZI, Rogério Dias 1 ; SERVILIERI, Kerly Maire 2 ; SARTORELLI, Elza Maria 3; LIMA, Leonardo Bernardes 4 ; FREITAS, Everton Quintino 5 ; BASTOS, Diogo, M. Kenupp 5 ; REGO, Ricardo Dias 5 1 Ms. em Metrologia e Qualidade Industrial, Eng. Mecânico e de Segurança do Trabalho, Gavea Sensors, PUC - Rio de Janeiro. 2 Farmacêutica, Docente do Curso de Farmácia Centro Universitário São Camilo, São Paulo. 3 Fonoaudióloga da Clínica Escola de Fonoaudiologia do Centro Universitário São Camilo. 4 Aluno do 5º. Semestre do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo. 5 Técnico da 3R Brasil Tecnologia Ambiental, Rio de Janeiro. * Pesquisa apresentada no IV Metrosul. Resumo: A deficiência auditiva pode ser conseqüência de exposições a ruídos e/ou agentes ototóxicos. O objetivo do trabalho é abordar os métodos, as normas e legislações pertinentes ao ruído ocupacional, além das diferenças históricas entre os limites de tolerância (LT). Discute-se a relação entre a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Ocupacional (PAIRO) e o nexo causal com a legislação trabalhista da época. São apresentados os resultados obtidos da exposição em nível de pressão sonora (NPS) elevados durante as atividades laborais. Utilizou-se como exemplo três trabalhos: medição da exposição a NPS em danceterias, em consultório odontológico e toque da campainha de um aparelho celular em diferentes posições. Neste trabalho foi relacionada uma possível perda auditiva devido ao aumento da susceptibilidade ao ruído de indivíduos expostos a substâncias ototóxicas; encontradas em poluentes e medicamentos. Palavras chave: Perda Auditiva, Ruído Ambiental, Nexo Causal, Substâncias Ototóxicas.

Upload: others

Post on 22-Apr-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

O RISCO DE DANOS AUDITIVOS INDUZIDO PELO RUÍDO AMBIENTAL, SUBSTÂNCIAS OTOTÓXICAS E O NEXO CAUSAL*

REGAZZI, Rogério Dias 1; SERVILIERI, Kerly Maire 2; SARTORELLI, Elza Maria 3; LIMA, Leonardo

Bernardes 4 ; FREITAS, Everton Quintino 5 ; BASTOS, Diogo, M. Kenupp5; REGO, Ricardo Dias5

1 Ms. em Metrologia e Qualidade Industrial, Eng. Mecânico e de Segurança do Trabalho,Gavea Sensors, PUC - Rio de Janeiro.

2 Farmacêutica, Docente do Curso de Farmácia Centro Universitário São Camilo, São Paulo.3 Fonoaudióloga da Clínica Escola de Fonoaudiologia do Centro Universitário São Camilo.

4 Aluno do 5º. Semestre do curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo.5Técnico da 3R Brasil Tecnologia Ambiental, Rio de Janeiro.

* Pesquisa apresentada no IV Metrosul.

Resumo: A deficiência auditiva pode ser conseqüência de exposições a ruídos e/ou agentes ototóxicos.

O objetivo do trabalho é abordar os métodos, as normas e legislações pertinentes ao ruído ocupacional,

além das diferenças históricas entre os limites de tolerância (LT). Discute-se a relação entre a Perda

Auditiva Induzida pelo Ruído Ocupacional (PAIRO) e o nexo causal com a legislação trabalhista da

época. São apresentados os resultados obtidos da exposição em nível de pressão sonora (NPS) elevados

durante as atividades laborais. Utilizou-se como exemplo três trabalhos: medição da exposição a NPS

em danceterias, em consultório odontológico e toque da campainha de um aparelho celular em diferentes

posições. Neste trabalho foi relacionada uma possível perda auditiva devido ao aumento da

susceptibilidade ao ruído de indivíduos expostos a substâncias ototóxicas; encontradas em poluentes e

medicamentos.

Palavras chave: Perda Auditiva, Ruído Ambiental, Nexo Causal, Substâncias Ototóxicas.

1. INTRODUÇÃO

O ruído elevado é a principal causa de problemas auditivos em adultos. Afeta o bem estar físico e

mental. Diariamente as pessoas são expostas aos NPS em seus ambientes de trabalho e lazer sem ter o

conhecimento dos danos e das leis que regem o assunto. O objetivo do trabalho é abordar os métodos, as

normas e legislações pertinentes ao ruído ambiental, além das diferenças históricas entre os limites de

tolerância e do nexo causal da perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional somada a exposição a

NPS elevado durante as atividades de lazer, entre outras.

São apresentados três exemplos curiosos de exposição aos NPS elevados: a exposição em

danceterias, ruído em consultório odontológico e o toque da campainha de um aparelho celular a

diferentes distâncias e na altura da orelha, utilizou-se a técnica de medição com cabeça artificial.

Page 2: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

Os limites de tolerância utilizados na comparação com os resultados de medição foram os

estabelecidos na época de acordo com a legislação vigente. Considerou-se na análise o contato com

substâncias ototóxicas como o tolueno e o benzeno mencionados na ACGIH (American Conference of

Governamental Industrial Hygiene); norma Americana utilizada como referência no Brasil quando não

contemplados os limites de tolerância ou recomendações.

A NHO-01, por exemplo, faz parte da Série de Normas de Higiene Ocupacional (NHO’s)

elaborada por técnicos da Coordenação de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO, por meio do

Projeto Difusão de Informações em Higiene do Trabalho, 1997/1998. Os procedimentos de medição

empregados procuraram seguir tal norma. Os critérios aplicados foram os da NR15 anexo 1 (para ruído

contínuo ou intermitente) e 2 (para ruído de impacto) (conforme ref. a NHT 06, 07 e 09, substituída pela

NHO-01; norma da FUNDACENTRO - braço técnico do Ministério do Trabalho).

Concluí-se o trabalho relacionando as perdas auditivas induzidas pelo ruído e o nexo causal com

a atividade laboral, chamando a atenção para as diferenças entre as legislações trabalhistas e

previdenciárias, além de outros fatores externos apresentados neste trabalho.

2. BREVE REVISÃO LITERÁRIA

2.1 Ruído Ocupacional e Danos Auditivos

O ruído ocupacional é um agente nocivo observado nos ambientes de trabalho, merece uma

consideração especial, tanto pela legislação previdenciária, como pelos profissionais que executam

alguma atividade de saúde e segurança no trabalho. A presença do agente nocivo ruído ocupacional pode

proporcionar aos indivíduos expostos benefícios em termos de aposentadoria precoce, dita “especial”

(Art. 171 da Instrução Normativa 99 - 5/12/2003)

Um dos danos auditivos é a perda auditiva induzida por ruído, também conhecida como "Perda

Auditiva por Exposição a Ruído no Trabalho", "Perda Auditiva Ocupacional", "Surdez Profissional",

"Disacusia Ocupacional". A Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional constitui-se em doença

profissional de grande prevalência, tendo se difundido a numerosos ramos de atividades (PORTARIA

DO INSS, 1997).

A PAIRO, tem caráter neurossensorial e permanente. O acometimento da audição é insidioso e

leva em geral vários anos, a depender da susceptibilidade individual. Outra característica importante é

que a PAIRO é em geral bilateral atingindo inicialmente as freqüências agudas (4000 ou 6000 Hz). O

ruído também pode ser considerado um fator de estresse biológico, podendo vir a afetar todo o sistema

Page 3: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

fisiológico. O efeito neurotóxico do ruído pode ser intensificado quando o trabalhador está exposto

concomitantemente a agentes químicos tais como: solventes e fármacos ototóxicos. Ele atua da mesma

forma que outros fatores de estresse fazendo com que o organismo responda de uma forma que pode ser

prejudicial em longo prazo. Nas últimas décadas, uma série de estudos tem investigado os possíveis

efeitos do ruído ocupacional para a saúde humana. O efeito mais estudado é a hipoacusia, porém tem

crescido o número de trabalhos científicos focalizando a possível relação entre o ruído ocupacional e a

hipertensão arterial. O ruído é considerado o principal responsável pela perda auditiva no meio ambiente

de trabalho e também vem sendo acusado de ser um fator de risco para doenças do sistema

cardiovascular (hipertensão arterial e doença isquêmica do coração), endócrino, metabólico,

gastroduodenal e neurológico. O ruído é considerado um dos problemas mais freqüentes e um dos mais

difíceis de se eliminar no meio ambiente laboral. O ruído ambiental tem sido relacionado a numerosos

efeitos prejudiciais à qualidade da vida humana. Pode considerá-lo como o agente nocivo com maior

prevalência no meio laboral, sendo peculiar no ramo industrial (SOUZA et al, 2001).

SISNANDO, 2002, confirma que a PAIRO é uma perda auditiva neurossensorial bilateral

irreversível que advém do acúmulo de exposições a ruídos contínuos ou intermitentes que são repetidos

constantemente, por um período de muitos anos e, em sua maioria, depende da susceptibilidade

individual, características físicas do ruído e do tempo de exposição do indivíduo.

Em estudo realizado por TAIRA e FERRAZ, 1997, em ambiente odontológico encontrou

indivíduos que apresentam como sintomatologia, efeitos auditivos (zumbido, plenitude auricular, otalgia,

coceira e pressão na orelha) e efeitos extras auditivos (irritação, cefaléia, alteração do sono, problemas

circulatórios, falta de atenção e interferência na comunicação), que podem ser sinais indicativos da perda

auditiva induzida por ruído resistentes, avaliaram o grau de conscientização do cirurgião odontólogo

em relação a PAIRO.

2.2 Medicamentos Ototóxicos

Os efeitos ototóxicos provocados por medicamentos envolvem lesões progressivas e destruição

das células sensoriais da cóclea e órgão vestibular da orelha, alterando duas funções importantes do

organismo: a audição e o equilíbrio (PAGE et al, 2000).

Os antibióticos aminoglicosídeos são os mais estudados, sua ação é diretamente nos receptores

polifosfoinositídeos, localizados na membrana das células ciliadas do órgão de Corti, da mácula sacular

e utricular e das cristas do sistema vestibular. Estes receptores são lipídeos componentes da membrana

celular que formam complexos com os aminoglicosídeos produzindo modificações na permeabilidade da

membrana, podendo causar a falência celular, causando o aparecimento rápido ou insidioso de perda

Page 4: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

auditiva (SURDO, 2004; SCHACHT, et al 1977). A ototoxicidade pode surgir durante o uso de

medicamentos ou após meses da interrupção do mesmo, podendo progredir para um grau mais severo,

ou após esta interrupção recuperar os limiares normais, processo reversível. Ao ocorrer lesão coclear,

destruição das células ciliadas do órgão de Corti, a perda auditiva é irreversível (OLIVEIRA,

SCHUKNECHT, 1990).

É importante conhecer os diferentes tipos de fármacos que podem provocar ototoxicidade, para

medidas preventivas. O aparecimento da perda auditiva mediante medicamentos ototóxicos pode ser

rápido ou insidioso, podendo ocorrer durante a exposição ou meses depois do uso do medicamento ter

sido interrompido. A perda pode ser precedida ou acompanhada por um tinitus agudo. Se o sistema

vestibular for danificado, o paciente pode apresentar tontura e ataxia. O grau inicial da perda pode ser

instável. O quadro clínico é de uma labirintopatia periférica e o paciente pode apresentar sinais e

sintomas relacionados com lesão coclear, como hipoacusia, zumbidos de alta freqüência e plenitude

auditiva ou relacionados com a função vestibular, especialmente vertigens, desequilíbrios, nistagmo

(movimentos oculares anormais), e manifestações neurovegetativas. A alteração auditiva, bem como a

disfunção vestibular, pode ser unilateral ou bilateral (Oliveira, 1990).

Diferentes grupos de medicamentos podem provocar ototoxicidade. Dentre estes os antibióticos

aminoglicosídeos: estreptomicina, diidroestreptomicina, neomicina, canamicina A e B, paramomicina,

aminosidina, gentamicina, amicacina, tobramicina, e netilmicina. Outros antibióticos citados como

ototóxicos são: a eritromicina, com efeitos reversíveis; o cloranfenicol, principalmente por ação tópica; a

ampicilina; a minocilina, derivados da tetraciclina com ação vestibulotóxica; a cefalosporina, a

viomicina; a capreomicina, com maior toxicidade vestibular; a polimixina B e E. Existem alguns grupos

de drogas ototóxicas que não são antibióticos. São estes: a) Diuréticos, como o ácido etacrínico, a

furosemida, a bumetanida, a piretamida e a indapamida; b) Antiinflamatórios, como ácido acetil

salicílico, quinino; c) Antineoplásicos, como a cisplatina, a mostarda nitrogenada e a vincristina

(JOHNSON, 1992; BUSZMAN, WRZESNIOK, 2003; SURDO, 2004).

As alterações cocleares subclínicas causadas pela exposição a substâncias ototóxicas, como

alguns diuréticos, salicilatos, antibióticos aminoglicosídeos, podem ser diagnosticadas precocemente,

ainda em fase reversível, através dos registros das emissões otoacústicas (GARRUBA et al., 1990).

3. RESPALDO LEGAL DO AGENTE ETIOLÓGICO

3.1 Ruído Ocupacional

Page 5: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

As alterações com relação às exigências jurídicas e técnicas, principalmente a respeito das

avaliações do ruído ocupacional, vem sofrendo mudanças constantes nos últimos anos no Brasil.

Novas Leis, instruções normativas e ordens de serviços referentes ao assunto vêm aproximando

os dois Ministérios que regulamentam a matéria: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério

da Previdência e Assistência Social (MPAS-INSS).

As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho - NR, relativas à segurança e medicina

do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos

da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que

possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (Lei 6.514 regulamentada

pela portaria 3.214).

A Previdência Social é responsabilidade do MPAS. É o seguro social para a pessoa que contribui,

tendo como objetivo: reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela

Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a

capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário,

ou mesmo a maternidade e a reclusão.

De acordo com o Art. 202, inciso II da Constituição Federal de 1988 o benefício por tempo de

serviço em atividade especial deveria ser concedido ao trabalhador que “exercia” atividade perigosa,

penosa ou insalubre. A partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei

8.213/91, foi instituído um novo conceito para aposentadoria especial corrigindo algumas interpretações

inadequadas do texto constitucional. O enquadramento como atividade especial, a partir 1995, passou a

reger apenas as atividades ou operações que expõem os colaboradores a agentes insalubres, aumentando

a presença da fiscalização nas empresas para comprovação dos fatos e dados fornecidos ao INSS.

As atividades ou operações insalubres passaram a ser definida de acordo com os LT ou a

presença no ambiente de trabalho de determinados agentes físicos, químicos ou biológicos. Portanto,

para se concluir que determinada atividade é insalubre ou não, deve-se em primeiro momento

estabelecer o que está se querendo atender: aos requisitos do MTE ou ao do MPAS, pois o que é

insalubre para o MTE não é, necessariamente, considerado insalubre para o MPAS e, vice-versa.

O INSS através do MPAS, com relação ao agente ruído, alterou nos dez últimos anos três vezes

os limites considerados insalubres para a jornada diária de trabalho: de 80 dB(A) até 1997, passando

para 90 dB(A) e, atualmente, baixou para 85 dB(A), através da Instrução Normativa 99 do INSS de

início de 2004.

Page 6: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

A partir de 1999 do Decreto 3.048/99, o INSS além de arrecadar ao SAT (Seguro de Acidente de

Trabalho) a alíquota de 1%, 2% a 3% de acordo com o grau de risco da empresa, passou a arrecadar

através do documento chamado GFIP, a alíquota aplicada entre 6%, 9% e 12%, tendo como base de

cálculo o salário dos empregados expostos a agentes insalubres.

A partir destas últimas modificações o agente ruído passou a ser o foco de atenção do INSS,

ressaltando-se os procedimentos e os parâmetros que devem ser empregados nas medições, indicando a

metodologia necessária à análise da exposição do trabalhador e as medidas de controle empregadas.

3.1.1 Limite de Tolerância do Ruído Ocupacional

Os equipamentos de medição atuais determinam automaticamente a tabela da dose medida e

projetada.

Tabela 1. NR15 anexo 1.

NPS em dB(A) Tempo Diário

Permitido

Dose %

85 8 horas 100

90 4 horas 100

95 2 horas 100

100 1 hora 100

... ... 100

Entende-se que o LT depende das informações de parâmetros das normas configuradas no

equipamento de medição. A cada acréscimo de 5 dB no NPS o tempo deve cair pela metade para que o

limite não seja superado, para que a dose não ultrapasse os 100% permitido diariamente. Deve-se

entender também que o equipamento despreza os valores abaixo de 80 dB(A); contabilizando os tempos.

Equações do NPS médio ponderado:

Tq dt

Potp

TqTWA

0

2log20

))((1log2log (1)

Page 7: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

80)(%)6,9log(609,16

T

DoseTWA(2)

Deve-se salientar que as equações apresentadas seguem os critérios estabelecidos na NR15.

Embora, seja de conhecimento que os critérios que definem os LT para ruído contínuo ou intermitente

da NHO-01 da FUNDACENTRO estão baseados em conceitos e parâmetros técnico-científicos

modernos, seguindo tendências internacionais atuais, critério legal. Desta forma, os resultados obtidos e

sua interpretação quando da aplicação desta Norma podem diferir daqueles obtidos na caracterização da

insalubridade pela aplicação do disposto na NR15, anexo 1, da Portaria 3214 de 1978.

No anexo 2 da NR15 é fornecido os limites para níveis impulsivos, 120 dBC e 130 dBC quando

usada detecção rápida e 130 dBC e 140 dBC para circuitos impulsivos. Na NHO-01 da

FUNDACENTRO os limites para ruído de impacto são em função do número de ocorrência diário do

pico de ruído em dB(lin).

3.2 Poluentes Ototóxicos

Alguns solventes orgânicos têm mostrado afetar o sistema auditivo, entre eles: Benzeno,

Tolueno, Xileno, Tricloroetileno, Dissulfeto de Carbono e Estireno. Estudos sugerem que a exposição a

estes solventes tem efeito ototóxico, e também afetam o Sistema Nervoso Central. A exposição diária

aos agentes físicos e químicos no ambiente de trabalho tornam-se riscos à saúde e comprometem o bem-

estar dos indivíduos expostos (BASELT e CRAVEY, 1990; JOHNSON, 1992).

Os LT aos agentes químicos insalubres são encontrados na NR15 anexo 11 que relaciona agente

químico cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho. O

anexo 13 da mesma norma, apresenta a relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos

considerados insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho, sem a necessidade de

um LT. Não há menção as substâncias ototóxicas que estão presentes nas tabelas dessas normas.

O efeito combinado de dois agentes insalubres como químico e físico não são relacionados nas

NR(s) do MTE. Apenas na ACGIH, menciona o agente físico ruído, ao Benzeno e ao Tolueno como

agentes ototóxicos.

3.2.1 Limite de Tolerância dos Poluentes Ototóxicos

Os LT abaixo relacionados são válidos para absorção pela via respiratória em até 48 h/semana:

Page 8: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

Tabela 2. NR15 anexo 11.

AGENTES

QUÍMICOS

ppm Mg/m³

Dissulfeto de

Carbono

16 47

Estireno 78 328

Tolueno 78 290

Tricloroetileno 78 420

Xileno 78 340

ppm – partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar.

mg/m³ - miligramas por metro cúbico de ar

4. MEDIÇÃO DE RUÍDO EM DANCETERIAS

Estes ambientes são procurados por pessoas para diversão e alívio das tensões do dia a dia. Para a

análise dos resultados, considerou-se a norma do Ministério do Trabalho NR15 anexo 1 e 2 e os

procedimentos de medição da FUNDACENTRO NHO-01; conforme item 3 deste documento. Foram

realizadas projeções das doses de exposição em funcionários. Os procedimentos e resultados

encontrados são apresentados a seguir.

4.1. Procedimentos da Avaliação em Danceterias

Inicialmente, procurou-se avaliar o nível de ruído a que um freqüentador habitual de danceterias

é submetido. Os casos foram estudados, em danceterias do Rio de Janeiro, na qual um funcionário de

cada danceteria portava um dosímetro. Analisaram-se separadamente os NPS das pistas de dança e áreas

adjacentes (bar, circulação, banheiro, etc) e a dose de ruído, segundo parâmetros da Norma (item 3),

recebida pelos funcionários.

A ocorrência de níveis de ruído extremamente elevados gerou uma preocupação, com a qualidade

auditiva dos funcionários destes estabelecimentos.

Page 9: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

4.2. Premissas da Avaliação do Ruído em Danceterias

Considerou-se em média o tempo de permanência do cliente no interior das danceterias de 4h e

dos funcionários 6h. As projeções das doses foram realizadas utilizando-se o programa Gerente SST

nestes períodos.

As medições foram realizadas em três danceterias situadas no Município do Rio de Janeiro. A

descrição como pode ser vista a seguir é sucinta devido ao sigilo:

Danceteria “A” situada no Centro da Cidade e muito freqüentada por pessoas mais velhas.

Danceteria “B” situada na Barra da Tijuca e muito freqüentada por jovens.

Danceteria “C” situada também na Barra da Tijuca, freqüentada por pessoas de todas as idades.

4.3. Resultados das Medições de Ruído nas Danceterias

Danceteria “A”: alternância entre música ao vivo e discoteca:

– dois ambientes sem separação;

– medidor preso no garçom;

- período de medição de 3 horas (21:00 às 24:00).

Danceteria “B”: som apenas de discoteca:

– três ambientes sem separação;

– medidor preso no garçom;

– período de medição de 3 horas (01:00 às 04:00).

Danceteria “C”: música ao vivo e discoteca em ambientes separados:

– vários ambientes com separações;

– medidor preso no garçom;

– período de medição de 4 horas (23:00 às 03:00).

Tabela 3. Resultados Encontrados nas Danceterias.

 

Danceteria “A” Danceteria “B” Danceteria “C”

Música ao

vivo

108,2dB(A) - 95,0dB(A)

Page 10: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

Discoteca 101,0dB(A) 104,5dB(A) 98,5dB(A)

Áreas

adjacentes

95,0dB(A) 91,0dB(A) 84,0dB(A)

Na danceteria “A”, o tempo de exposição máximo admissível diariamente para o NPS de

103,2dB(A) é de 39 minutos e na danceteria “B”, é de 60 minutos. Ao considerar que o tempo de

permanência de clientes no local varia de 180 minutos (3 horas) a 240 minutos (4 horas) admite-se que

poderá haver um forte comprometimento a saúde auditiva dos indivíduos que freqüentam estes locais

uma vez por semana.

Os funcionários destas danceterias podem adquirir um problema de saúde auditiva ainda mais

sério, devido a maior permanência no ambiente. As medições na danceteria “C” considerada a de melhor

condicionamento acústico, dentre as três estudadas, atinge-se um NPS para a jornada de trabalho de 95,9

dB(A), que corresponde a uma exposição máxima de 104 minutos/dia. Sendo o tempo de exposição

diário estimado dos garçons de 360 minutos (item 4.2), chega-se a uma dose de 340%. Em apenas dois

dias o garçom fica exposto a 680% de dose, isto é, mais que os 500% (5x100%) permitidos na semana.

5. AVALIAÇÃO DO RUÍDO EM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

Uma questão curiosa que sempre pairou sobre as pessoas é o “barulho do motorzinho do

dentista” e por conseqüência a exposição do dentista a NPS elevados que possam prejudicar a saúde.

Desse assunto também surge à preocupação com a voz. Na maioria dos consultórios o dentista

constantemente conversa com o paciente distraindo-o ao máximo para realizar seu trabalho. Quanto

maior o ruído de fundo do ambiente mais o profissional tem que elevar a voz para ser entendido.

No caso analisado na sala de cirurgia há seis cadeiras de dentista posicionadas no ambiente sem

barreira física.

5.1. Procedimento da Avaliação do Ruído em Consultório Odontológico

As medições de ruído ocorreram em consultório odontológico onde são realizados cursos de pós-

graduação em tratamento de canal para dentistas. Foi escolhido um dentista que acabara de receber um

Page 11: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

paciente para tratamento de canal. Posicionou-se o audio-dosímetro 706 da Larson Davis na cintura do

cirurgião-dentista e o microfone na altura da gola a cerca de 15 cm da orelha direita.

Também foi utilizado um analisador de freqüência modelo 2800 da Larson Davis para o

mapeamento das principais fontes existentes no consultório.

5.2. Resultado das Medições de ruído no Consultório Odontológico

Com o auxilio de um audio-dosímetro obteve-se o histórico do NPS em intervalos de cinco

segundos durante uma hora e oito minutos de medição o que permitiu uma análise confiável dos ruídos

envolvidos com a atividade. Verificou-se em algumas operações com a ferramenta de alta rotação um

NPS superior a 94,9 dBA, embora o nível equivalente contínuo (Leq) durante todo o tempo de medição

tenha ficado em 76,0 dB(A). Na sala também são realizadas outras atividades.

Com o auxílio de um analisador de freqüência de ruído rastrearam-se as diferentes fontes

envolvidas no histórico de medição:

Tabela 4. Mapeamento das Fontes do Consultório.

Fonte de Ruído Atividade NPS

Alta Rotação Mínima Tratamento de Canal 74,0 dB(A)

Alta Rotação Média Tratamento de Canal 86,1 dB(A)

Alta Rotação Máxima Tratamento de Canal 94,9 dB(A)

Bomba a Vácuo (1m) ------------ 75,4 dB(A)

Sugador Dentista Tratamento de Canal 82,0 dB(A)

Trabalho Manual com Bomba

Operando

Tratamento de Canal 68,0 dB(A)

Trabalho Manual com a Bomba

Inoperante

Tratamento de Canal 63,5 dB(A)

Bomba a Vácuo Operando a 2m ------------ 71,3 dB(A)

Page 12: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

Comparando os resultados encontrados com os limites das normas podemos constatar que

embora os NPS em certas operações sejam muito elevados, em média, a atividade realizada neste local

apresenta valores abaixo de 80,0 dBA.

Pode-se concluir que a atividade analisada não é considerada insalubre, pois não atinge o limite

de ação estabelecido na NR9.

Por outro lado, o valor do Leq de 76,0 dB(A) ultrapassou os 65,0 dB(A), recomendado para

conforto acústico em ambiente de trabalho segundo a NR17 (Ergonomia). Tal ruído causa um

desconforto e conseqüentemente um estresse no profissional. O nível de inteligibilidade desses

ambientes também devem ser avaliados para minimizar problemas com a voz. Normalmente é utilizado

o índice NIC – Nível de Interferência na Comunicação ou o Speech Interference Level – SIL.

6. AVALIAÇÃO DO RUÍDO DO APARELHO CELULAR

Page 13: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

Outra questão peculiar que paira é o ruído emitido pelo aparelho celular quanto ao toque da

campainha, uma vez que este aparelho tornou-se peça necessária à rotina de alguns trabalhadores, os

executivos, por exemplo. Há casos de pessoas que alegam terem ficado surdas com o toque do aparelho

celular quando o mesmo estava próximo a orelha.

Deve-se avaliar a susceptibilidade individual sem abandonar os critérios e limites apresentados

pelas Normas, obtendo o respaldo necessário ao relacionar a atividade ou operação executada. Desta

forma pode ser estabelecido o nexo causal. A verificação do histórico de saúde do indivíduo através dos

exames audiométricos de referência e seqüenciais descritos na NR7 também muito importante nesses

casos.

6.1. Avaliação do Ruído do Toque do Aparelho Celular

Posicionou-se um aparelho celular específico com o volume no máximo em várias distâncias

simulando a localização.

As medições foram realizadas com um audio-dosímetro e uma cabeça artificial da Neumann

devidamente verificada e corrigida para medições na altura do ombro (critério das normas).

Avaliou-se o NPS emitido pelo celular quando encostado na orelha com um toque específico.

Posições do Aparelho Celular na Cabeça Artificial

Fig 1. Posição correta encostado. Fig 2. Alto-falante de chamada encostado.

6.2. Níveis Globais com Analisador de Freqüência

o Toque Badinerie Alto-Falante a 1,5 cm: NPS/LEQ = 103,5 dB(A); Lmax = 105,2 dB(A);

IMPULSE: 109,2 dB(A).

Page 14: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

o Toque Badinerie Alto-Falante a 4,5 cm: NPS/LEQ = 92,8 dB(A); Lmax = 94,4 dB(A);

IMPULSE: 99,1 dB(A).

o Toque Badinerie Alto-Falante a 15 cm: NPS/LEQ = 80,7 dB(A); Lmax = 84,3 dB(A); IMPULSE:

91,5dB(A)

o Toque Badinerie Alto-Falante a 35 cm: NPS/LEQ = 68,3 dB(A); Lmax = 68,9 dB(A); IMPULSE:

72,9dB(A)

6.3. Medições com Dosímetro e Cabeça Artificial:

São apresentados a seguir na detecção “slow” na escala “A” o NPS médio e máximo (Lmax) obtido

durante as medições:

o Posição correta encostado (fig.1): NPS/LEQ = 94,7 dB(A); Lmax = 97,6 dB(A)

o Alto-falante de chamada encostado (fig.2): NPS/ LEQ = 109,9 dB(A); Lmax = 113,5 dB(A)

Comparando os resultados de medição com os LT das normas apresentados no item 3 pode-se

considerar que os NPS emitidos pelo aparelho celular avaliado estão abaixo dos considerados

prejudiciais ou de risco iminente devido ao tempo de exposição. A probabilidade de ocorrência de algum

dano na audição nas condições avaliadas pode ser considerada pequena para a maioria dos indivíduos

saudáveis.

Os valores apresentados foram os mais altos encontrados nas posições do celular em relação ao

microfone de campo livre do analisador e do microfone de pressão da cabeça artificial acoplada ao

dosímetro.

7. CONCLUSÕES

Não foi intenção do legislador perpetuar o pagamento do adicional de insalubridade ou o

benefício da aposentadoria especial. Se este fosse o caso, estaria incentivando o descaso e

desestimulando a adoção de medidas preventivas. Os casos apresentados neste trabalho permitem uma

reflexão sobre os LT empregados e a responsabilidade do empregador no que diz respeito aos danos

auditivos.

Os resultados obtidos nas danceterias podem ser considerados alarmantes, visto que envolve

risco de danos à saúde considerando os passivos trabalhistas, isto é, os pesados ônus devido a aplicação

de multas pelo legislador além das ações trabalhistas e indenizatórias.

Page 15: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

Com relação ao consultório odontológico, embora não tenha atingido os NPS considerados

prejudiciais, os valores encontrados incomodam devido a presença de altas freqüências sonoras, os quais

ultrapassaram os limites de conforto acústico.

Nas avaliações realizadas com aparelho celular verificou-se a presença de NPS elevados embora

as operações simuladas são pouco habituais aos usuários e de difícil ocorrência.

Deve-se salientar que os LT devem ser interpretados como NPS ao qual uma população pode

estar exposta num determinado tempo para que ao longo da vida, não resulte efeito adverso na sua

habilidade de ouvir e entender uma conversa normal. Portanto, deve-se entendê-lo como referência para

avaliação e não interpretá-lo como um limiar que separa o ruído perigoso do aceitável.

Com relação às substâncias ototóxicas, estas podem promover destruição das células ciliadas do

órgão de Corti causando perda auditiva. Associando a este fato, há a fadiga causada pelo ruído elevado

que pode aumentar estes efeitos. O sinergismo destes fatores pode aumentar a sensibilidade das células

ciliadas ao ruído. Estudos biomoleculares sugerem que além dos mecanismos físicos e químicos, sejam

considerados os efeitos apoptóticos destas células nas investigações de ototoxicidade.

AGRADECIMENTOS

A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro aos Técnicos da 3R Brasil - Tecnologia Ambiental, ao Inmetro e a Thais C. Morata.([email protected]) NIOSH - The National Institute for Occupational Safety and Health.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

– BASELT, R.C; CRAVEY, R.H. Disposition of toxic drugs and chemicals in man. 3 ed. Chicago: Yeav Book Medical,pp 875, 1990.

– BEGO, V; BUTORAC,J; ILIĆ, D. Realization of the Kilogram by measuring at 100 kV with the Voltage Balance ETF. IEEE Trans. Instrum. Meas., vol. 48, no. 2, pp. 212-215, 1999.

– BRAUN, E; WARNECKE, P; LEONTIEW, H. Reproduction of the Ohm using the quantum Hall effect. Metrologia, vol. 22, pp. 226-228, 1986.

– BUSZMAN, E; WRZESNIOK, D; MATUSINSKI, B. Ototoxic drugs. I. Aminoglycoside antibiotics. Wiad Lek. vol.56(5-6), pp.254-9, 2003.

– FUNDACENTRO – Ministério do Trabalho e Emprego. [on line] http://www.fundacentro.gov.br, 30/08/2004.

– GARRUBA, V.; GRANDONI, F.; LAMORETTI, M. P.; ANTONELLI, A. - Evoked Otoacoustic Emission in Sensorineural Hearing Loss: A Clinical contribution. Adv. Audiol., Basel, Karger, 7: 149-155, 1990.

– JOHNSON, A.C. Auditory sensitivity in rats exposed to toluene and/or acetyl salicylic acid.Neuroreport. 3(12):1141-4, 1992.

– OLIVEIRA, C. A; SCHUKNECHT,H. F; GLYNN,R.J. In search of cochlear orphologic correlates for tinnitus”, Arch Otolaryngol Head Neck Surg, vol.116(8), pp 937-9, 1990.

Page 16: Novo Isegnet - O RISCO DE PERDA AUDITIVA … Mundo da saude... · Web viewA partir de março de 1995, através da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi instituído

– PAGE, C.P.; CURT, M.J. Farmacologia Integrada. Barueri: Manole, 1999.   

– PORTARIA DO INSS COM RESPEITO À PERDA AUDITIVA POR RUÍDO OCUPACIONAL. Diário Oficial nº 131, sexta-feira, 11 de Julho de 1997, seção 3 páginas 14244 à 14249.EDITAL Nº 3, DE 9 DE JULHO DE 1997.

– REGAZZI, R. D.; de ARAUJO, G. M. Perícia e Avaliação de Ruído e Calor: Passo a Passo. 2.ed. Rio de Janeiro: s/e. pp. 1-448, 2002.

– SCHACHT, J; LODHI, S; WEINER, N. D. Effects of neomycin on polyphosphoinositides in inner ear tissues and monomolecular films”, Adv Exp Med Biol. vol. 84, pp.191-208, 1977.

– SISNANDO, M.S.M. Perfil auditivo em Disc Jockeys. Revista Fono Atual, s/l: Pancast ano 5, n 19, 1º trimestre de 2002

– SOUZA, N. S. S.; CARVALHO, M. F. ; FERNANDES, R. C. P. Hipertensão arterial entre trabalhadores de petróleo expostos a ruído. Caderno de Saúde Pública, v.17, n.6, p.1481-1488, 2001.

– SURDO "Drogas Ototóxicas", s/l, [on line] http://www.surdo.org.br, 15/08/2004.

– TAIRA, A. S. P., FERRAZ, N.M. Fonoaudiologia e o ambiente odontológico: percepção dos ruídos resistentes e o grau de conscientização do cirurgião dentista em relação a PAIR. São Paulo: Cadernos-Centro Universitário São Camilo, v3, n 2, p102-112, jul/dez. 1997.

– TAYLOR, J.R. An introduction to error analysis. University Science Books, Sausalito, CA, 1997.