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NEIDE GARRIDO ESPECIAL: ÁGUA. ESPECIALISTA FALA SOBRE O NOSSO AQUíFERO GUARANI MARCELO BUAINAIN RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE, FOTÓGRAFO GANHA PRÊMIO DO SALÃO DE ARTES DE MS COM A SÉRIE “EBOLA”. UM EDITORIAL DE MODA FELIZ, REQUEBRANDO O ESQUELETO NA ‘PIXTA’ AS COMEMORAÇÕES DOS 40 ANOS DA ESCOLA QUE É O BERÇO DA DANÇA NA CIDADE EDIçãO 161 | NOVEMBRO | R$ 12,00

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NEIDE GARRIDO

EspEcIal: Água. EspEcIalIsta fala sobrE o Nosso aquífEro guaraNI

Marcelo Buainain reconhecido internacionalMente, fotógrafo ganha prêMio do Salão de arteS de MS coM a Série “eBola”.

um EDItorIal DE moDa fElIz, rEquEbraNDo o EsquElEto Na ‘pIxta’

aS coMeMoraçõeS doS 40 anoS da eScola que é o Berço da dança na cidade

EDIção 161 | NoVEmbro | r$ 12,00

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Nos últimos meses, a temperatura aumentou. E isso não apenas no que se refere ao calor da estação, mas, principalmente, a uma ebulição que vem da rua, das redes sociais, das pessoas: fim das eleições, a crise de água em São Paulo... O que queremos? Ou, onde queremos chegar? Por aqui, a ebulição também repercute. A Gente conversou com a engenheira civil, doutora em Desenvolvimento Sustentável, professora da UFMS, Synara Olendzki Broch, uma das maiores especialistas na área de recursos hídricos, que expli-cou tintim por tintim as questões pertinentes ao assunto no nosso Estado e afirmou que há água, mas temos que cuidar: “Afinal, quando é que vamos deixar de usar mangueira para varrer uma folhinha?”. No que diz respeito à mudança de cultura, não perca a reportagem com Marcelo Buainain, fotógrafo premiado que foi selecionado para o Salão de Arte de MS. Marcelo tem um trabalho forte e poético, em que trata a miséria humana e faz pensar: “Por um lado chegamos a um nível de desenvolvimento tecnológico que nos surpre-ende; por outro, em proporção muito desleal, avançamos muito pouco em direção ao bem-estar do planeta e da humanidade. O que mais pode se alastrar numa sociedade cada vez mais incubadora de doenças que molestam não apenas o corpo físico, mas também a mente, a alma...?”. O remédio? A Gente aposta no questionamento, na politização, na educação, na arte. Não por acaso Neide Garrido é a capa deste mês: mulher que despertou o Mato Grosso do Sul para a dança. São 40 anos de trajetória que se confunde com a história da dança em MS, de luta pela profissionalização dessa arte por aqui. E ainda: em homenagem à comemoração da Independência do Líbano, traçamos um pedacinho dele aqui, na nossa cidade; e a festa do esporte e da natureza em Corumbá, com o Pantanal Extremo. Pra você, uma boa leitura!

Equipe revista A Gente

DIrEtora ExEcutIVarosane maia DIrEtora comErcIalElaine atala

EDItora DE artE E proJEto grÁfIcomarisa de sena Nachif

EDItora DE tExto E coNtEÚDothais pompêo - Drt 0001030/ms

EDItor DE moDa E bElEzaluiz gugliatto rEDaçãothais pompêo Natália charbel

Julia de mirandaana laura azevedo

rEVIsãofernanda giglio

fotografIa E tratamENto DE ImagEmlucas possiede

EstagIÁrIostatyane cance (texto) flávio gutierrez (imagem)

assINatura E DIstrIbuIçãoJanaina correa

fINaNcEIrosonia croda

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atItuDE∆ lIfEstYlE 20 | casa 68 | pErfIl 100

laNçamENtos∆ sHoppINg 34

tENDÊNcIa∆ bElEza 52 | NÉcEssaIrE 54

comportamENto∆ artIgos 102, 103, 104 | mEmÓrIa 105

gENtE∆ EspEcIal 16 | acoNtEcEu 108

bEm-Estar∆ saÚDE 58 | NutrIção 60

Ela | NEIDE garrIDo∆ capa | 30

EDItorIal∆ moDa 42

cultura∆ fotografIa 92 | agENDa 96 | DIcas 24, 26, 28

DElícIas∆ gastroNomIa 66 | KIDs 74 | tEEN 76

prazEr∆ VIagEm 86

falE com a gENtEr. Doutor zerbine, 37cEp 79040-040chácara cachoeira 67 3322 [email protected]

[email protected] 3322 7400

[email protected]

baNcasaeroportoItanhangá parkletras du café - Jd. dos Estadospão e talshopping campo grandesanta fé (av. mato grosso- loja anita

fotografia | lucas possiede

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amei!!!manoela maymone contar, sobre o editorial de moda da edição de outubro, via facebook.

que produção hein! parabéns!Vanessa pereira, sobre o editorial de moda do mês passado, via instagram.

muito legal. muito ótimo. parabéns a todos!Jeferson antonio martinelli, sobre matéria do púrpura na edição de outubro, via facebook.

massa!!! to indo nas bancas pegar a minha amanhã cedinho! Daniela teófilo longo, sobre a edição de outubro, via facebook.

“Na edição de outubro da revista a gente tem uma matéria sobre o púrpura. obrigada, thais pompêo e equipe!”Erika Espíndola, integrante da banda púrpura, via facebook.

bom demais ver tanta gente da terrinha fazendo sucesso mundo afora. campo grande é massa!geraldo castro, via facebook.

sou fã da coluna a gente em casa. pego várias dicas para aplicar no meu próprio lar.suzane clara, via facebook

lEItor

colaboraDorEs

Wellington furtado

mestre em Estudos de linguagens pela ufms, ton, como é conhecido, é professor de graduação e pós-graduação em letras e dj nas horas vagas. o rapaz é daqueles que vai do erudito ao popular sem desa-finar. a partir deste mês, ele faz parte da equipe, assinando a coluna para ler da revista.

Winie lourenço

Winie é uma garota cosmopolita. Já morou em várias partes do glo-bo modelando - inclusive passou meses em um templo na tailândia, meditando. Extrovertida, a modelo carioca já trabalhou para marcas como maria filó, cantão e redley. a gente trouxe ela pra cg exclusiva-mente para estrelar no editorial dançante deste mês, clicado por alexis prappas.

lucas possiede

lucas possiede é prata da casa. começou n’a gente em 2009 e de lá pra cá tem mostrado a que veio. Ele, que sempre foi louco por moda, além de ser o fotógrafo oficial da revista, tem mostrado talento também nas produções dos editoriais de moda desde outubro, ao lado de luiz gugliatto.

@gENtE ON

AQUI

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+ DE VocÊ

participe da nossa revista e dê sua opinião. comente as reportagens e mande suas sugestões de [email protected]

A Gente errou: na edição de outubro, na Agenda de Cultura, a data certa da peça Meu Passado Não Me Condena era 25 de outubro (e não 21).

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INspIraDo Na tErcEIra margEm Do rIoa matriz sertaneja de guimarães rosa, no conto a terceira margem do rio, é o ponto de partida para a peça seu bonfim. Nele, o perso-nagem reflete a cultura nordestina e expõe aspectos políticos, éticos e filosóficos em um belíssimo monólogo. seu bomfim é uma peça que tem sido muito aplaudida por onde passa, dirigida e atuada pelo ator baiano fábio Vidal. É no Espaço teatral grupo de risco, na rua José antônio, 2170, nos dias 17 e 18 de novembro, às 20h.

Jazz E bluEs Em boNIto Vai ter segunda edição do bonito blues & Jazz festival em novembro. o evento, que ano passado atraiu muita gente de fora do Estado e movimentou a economia lo-cal, acontece este mês entre os dias 13 e 15, no espaço madeiral, no centro de bonito e conta com um line-up bem bacana: o americano greg Wilson que cantará jun-to com tiffany Harp e a banda de apoio blues de prima; o jazz da fronteira com o grupo Jazz trincado; a banda da terra big band blues, zé pretim além de muitos ou-tros. Vai ter também workshops e apresentação de do-cumentários que contam a origem do Jazz e do blues.

ÚltImo ms caNta Do puccINEllI Vai ser grande, e vai ser bom. a última edição do ms canta brasil do atual governo do Estado vai ter três bandas nacionais e ótimas: o tecnobrega de gaby amarantos (antes tarde do que nunca...), a banda paulistana Ira (um clássico) e Dani black (nossa capa da edição de maio, lembra?). pra abrir a noite, o autêntico blues do zé pretim trio. costurando os shows, DJ renato tulux. Imperdível, hein? o ms canta brasil é dia 23 de novembro, a partir das 16h, no parque das Nações Indígenas, com entrada franca.

EXtrasfotos | Divulgação

a DErraDEIra DE JulIo IglEsIaso espanhol mais romântico de todos prepara-se para se aposentar dos palcos e faz sua última turnê internacional, passando por campo grande. No show Der-radeira, Iglesias apresenta seus maiores sucessos, como crazy, to all the girls I've loved before e me olvidé de Vivir, em um show nostálgico. mas aqui vai uma ressalva: esse é um adeus às turnês, mas não um adeus à música, já que o cantor tem discos inéditos prontos para o lançamento. o show é dia 7 de novembro, às 22h, no Diamond Hall.

rEgIoNal ∆

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sp fasHIoN WEEK apesar da semana de moda do rio de Janeiro não aconte-cer neste segundo semestre, a de são paulo aguenta firme a tão falada crise da moda e apresenta, agora, em novembro, a clássica são paulo fashion Week. ano que vem o evento completa 20 anos e, em ritmo de comemoração, as próxi-mas três edições celebrarão o legado da principal semana de moda do Hemisfério sul. a programação começa com a pré-estreia do aguardado filme saint laurent; na passarela, pedro lourenço, alexandre Herchcovitch, uma raquel Davi-dowicz, osklen, Juliana Jabour, colcci e outras. De 3 a 7 de novembro, no parque cândido portinari, em são paulo.

morcHEEba E arctIc moNKEYsDuas bandas inglesas aportam no brasil este mês: morcheeba e arctic monkeys. o trio morcheeba volta ao brasil para divulgar seu mais novo álbum “Head up High”, no rio de Janeiro e em são paulo, dias 11 e 12 de novembro, respectivamente. arctic monkeys também se apresenta nas duas capitais brasileiras. Em são paulo os caras tocam no dia 14 de no-vembro na arena anhembi e no rio, no dia 15 de novembro, no Hsbc arena. anima?

traNsarquItEtôNIca a super comentada exposição/instalação transarquitetônica, do arquiteto Henrique oliveira, convida o visitante a entrar na obra. reconhecido inter-nacionalmente por seus trabalhos que despertam as mais distintas sensa-ções nos visitantes, ele propõe uma discussão poética sobre a história da arquitetura, do racionalismo das últimas décadas aos abrigos e cavernas do passado. Esta é sua ultima chance: a exposição termina dia 30 de novembro, no museu de arte contemporânea da usp. Entrada gratuita.

HIpEr-rEalIsmo Em spDepois do sucesso no mam-rio, a exposição do artista australiano ron mueck chega à pinacoteca de são paulo no dia 20 de novembro. a exposição traz nove obras de mueck e exibe o documentário "still life: ron mueck at Work" (2011-2013), que apre-senta o artista trabalhando em seu ateliê e mostra o trabalho que ele faz com as mãos, sem utilizar recursos de computadores. as esculturas impressionam por suas enormes proporções e também por seu hiper-realismo. segundo a curadora grazia quaroni, mueck apresenta suas esculturas como cenas do cotidiano, sem grandes dramas, apenas a vida como ela é.

NacIoNal ∆

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Afinal, quando é que vamos deixar de usar mangueira para varrer uma folhinha?

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EspEcIal ∆

teM Muita água aqui,

MaS é preciSo

cuidar

texto | theresa Hilcarfoto | lucas possiede

O País ficou chocado quando a água sumiu das torneiras da capital econômica do país, São Paulo, mês passado. Uma desgraça anunciada. Isso lem-bra o que há muito tempo alguém já disse: “No futuro as guerras não serão motivadas pelo petró-leo, mas pela água”. Este recurso ambiental, tão importante e vital quanto o ar que respiramos, e indispensável no desenvolvimento socioeconômi-co, no entanto, é pouco conhecido e nem sempre preservado. Para falar deste assunto, conversamos com a engenheira civil, doutora em Desenvolvi-mento Sustentável, professora da UFMS, Synara Olendzki Broch, uma das maiores especialistas na área de recursos hídricos. Nesta entrevista, ela explica o papel dos aquíferos, a importância do Guarani, o mais conhecido, cuja maior parte se encontra dentro da fronteira do nosso Estado, e fala da necessidade de planejamento dos nossos recursos hídricos.

a gente - para começar, vamos esclarecer o que é um aquífero.

synara olendzki broch - aquífero é toda formação geológica capaz de armazenar água, em espaços vazios ou poros das rochas, e que possua permeabilidade suficiente para permi-tir que esta se movimente. são rochas com características porosas e permeáveis que retêm a água das chuvas que se infiltram pelo solo e que por pressão hidrostática abastecem nascentes, rios, lagos, fontes, poços artesianos.

ag - qual a importância do aquífero guarani para mato grosso do sul?

sb - a água potável é um bem cada vez mais escasso e, ten-do em vista a crescente demanda por água e o constante aumento da exploração de águas subterrâneas para o abaste-cimento público, o aquífero guarani torna-se um reservatório estratégico de água doce, bem precioso, essencial à vida e que possibilita o desenvolvimento social e econômico. temos aqui oito unidades que são importantes fontes para o abas-tecimento humano: aquífero cenozóico; bauru; serra geral; guarani; aquidauana-ponta grossa; furnas; pré-cambriano calcários; pré-cambriano. o aquífero guarani é o mais co-nhecido por ser considerado o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, cujo volume acumula-do de água é estimado em 45.000 km3 e por ocupar uma área aproximada de 1,2 milhões de Km².

aquífero guarani

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ag - Estamos cuidando bem das nossas águas?sb - aproximadamente 85% da população sul-mato-grossen-se é abastecida por água subterrânea devido ao menor custo das obras de captação, comparado com o das obras de cap-tação das águas superficiais, e da qualidade adequada para o consumo humano. contudo, é preciso prevenir problemas resultantes da excessiva exploração e da contaminação das águas subterrâneas. Este é um grave problema que não tem recebido a devida atenção por parte do poder público, nem do setor privado e da sociedade. talvez seja por acontecer no subsolo e não ficar a olhos vistos, como diz o ditado: “o que os olhos não veem, o coração não sente”.

ag - o que é preciso fazer para evitar o desabastecimento no Estado?

sb - Justamente por determos farta disponibilidade hídrica, é preciso cuidar. o planejamento para o uso das águas, sejam estas subterrâneas ou superficiais, é fundamental, e melhor ainda quando realizado no tempo de abundância para evi-tar os tempos de escassez. a constituição federal brasileira aponta as águas subterrâneas como bens de domínio dos estados, mas isso não transforma o poder público estadual em “proprietário” da água, mas sim em gestor deste bem, em benefício e no interesse de todos, e sendo assim, as águas subterrâneas são bens que devem ser gerenciados pelos respectivos estados que os tenham sob o domínio dos seus respectivos territórios.

ag - fala-se muito em poluição de águas subterrâneas, como isto acontece?

sb - a poluição das águas subterrâneas pode se dar por transporte de poluentes pelas águas de chuva, que se infil-trem até alcançar os níveis de águas subterrâneas, ou por poluentes que já atingiram o aquífero e se locomovem lateral-mente. acontecem principalmente por atividades domésticas, industriais, agrícolas e de extração mineral. os aquíferos são ameaçados em locais onde não há rede de esgoto, onde de-jetos são lançados em fossas ou latrinas de diversos tipos. também pelo lançamento de efluentes industriais que con-tenham metais pesados e compostos tóxicos, na infiltração de nutrientes utilizados em práticas agrícolas, de chorume dos lixões e de todo lançamento de líquidos tóxicos no solo que possam chegar até a água subterrânea. Na prática, um aquífero contaminado está condenado ao uso. até mesmo

os poços artesianos são possíveis pontos de contaminação quando construídos sem as devidas técnicas de localização e de proteção das águas subterrâneas.

ag - mato grosso do sul corre o risco de escassez?sb - corre, sim. costumo fazer a seguinte analogia: em geral, quem é financeiramente rico, sabe quanto tem e quanto pode usufruir em gastos e investimentos para que tenha a possibi-lidade de continuar e ser cada vez mais rico, pois ao gastar sem saber o que pode gastar, e/ou ao ser perdulário, corre o risco de ficar pobre e sem dinheiro. ao usarmos excessi-vamente a água que temos, sem saber de quanto podemos usufruir, de forma a garantir o acesso a todos hoje e sempre, estaremos rumo à escassez hídrica, tanto em quantidade, quanto em qualidade. faz-se necessário o planejamento e a gestão dos recursos hídricos, desenvolver ações para a con-servação e recuperação das micro bacias em ms e juntos, poder público, setor privado e sociedade, encararmos a água como um recurso estratégico ao desenvolvimento sustentável. Há muitos desafios a serem enfrentados, especialmente, no que se refere às águas subterrâneas.

ag - qual o papel do cidadão na preservação dos recursos hídricos?

sb - o cidadão tem papel importante nesse processo que nos conduz à mudança de alguns padrões culturais de utilização da água, que pode ser efetivada em diversas oportunidades do seu cotidiano, nas diferentes escolhas feitas em diferen-tes situações de compras, desde a marca do sabonete até a quantidade de água utilizada durante o banho, da opção entre os alimentos que ingere até a embalagem utilizada nos mes-mos, dentre outras. Vale lembrar que o coletivo é fruto do in-dividual. as instituições mudam se as pessoas mudam. cada ser humano que se transforma, transforma o mundo ao seu redor. É comum vermos caixas d´água eliminando o excesso de água por estarem com defeito na boia que controla o nível da água de sua entrada e saída, cujo descaso, não poucas vezes, é erroneamente justificado por ser água de poço e por isso não vai faltar. Isso é um engano. precisamos saber e co-nhecer mais sobre a água que se vê e a água que não se vê. ainda é preciso muita informação, educação e mobilização para a mudança de comportamento da prática cidadã no cui-dado com as águas. afinal, quando é que vamos deixar de usar mangueira para varrer uma folhinha? ∆

Vale lembrar que o coletivo é fruto do individual. As instituições mudam se as pessoas mudam. Cada ser humano que se transforma, transforma o mundo ao seu redor.

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camila tenuta

texto | tatyane cancefotos | lucas possiede e arquivo pessoal

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lIfEstYlE ∆prática e direta, camila tenuta é dona de uma personalidade e tanto. formada em moda pela universidade anhembi morumbi e consultora de imagem pelo senac de são paulo desde 1999, ela é do tipo de profissional de moda nada afetado. Na la Dame, por exemplo, loja que abriu em dezembro de 2009, camila aposta não somente em peças com cortes perfeitos, mas também em estilistas de peso, como pedro lourenço e ricardo almeida. “fui percebendo que campo grande precisava de algo diferente. meu público é mais seguro na hora de escolher uma roupa, não segue modismos”. Dessa forma, conseguiu conciliar suas duas especialidades: além da la Dame, também trabalha como consultora de imagem. “Normalmente as pessoas acham que a consultoria de imagem se limita a sair comprando roupas para uma pessoa, mas não é isso. o meu trabalho tem sempre em foco o objetivo que essa pessoa quer alcançar lá na frente como um todo”.

A rotina é agitada. Camila pula da cama às 5h30 e volta pra casa depois das 19h. Para relaxar? Ela prepara o jantar. A moda em casa é usar um avental de cozinha. “Depois que fecho a loja vou pra casa preparar um jantar e relaxar”. E quando questionada sobre seu passatempo preferido, ela surpreende: “cozinhar, cozinhar e cozinhar na companhia dos meus amigos”.

Profissão: Consultora de Imagem. Férias inesquecíveis: Londres/ Paris. Em alta: Ser você mesmo. O que está lendo: E-mail. Um filme: Dama de Ferro. Não vivo sem: Amigos e famíla. Projeto do momento: Ser feliz. Um sabor: Café. Esporte: Academia. Refúgio: Fazenda

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MarcelonatureZa

texto | tatyane cancefotos | lucas possiede

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lIfEstYlE ∆

Formado em Educação Física, ele trabalha como personal trainer na Via Olímpica e na Qualidade Física, mas é uma atividade que fazia como hobby que tem lhe dado mais trabalho: DJ. Hoje, possui a Enjoy, uma empresa de eventos de som, imagem e iluminação profissional. “Isso foi uma brincadeira que começou há sete anos e hoje a empresa possui toda uma estrutura e chega a fazer quatro festas por dia”, conta orgulhoso. Haja fôlego!

marcelo Natureza é na verdade marcelo goston e figueiredo. Nascido no Espírito santo, e criado a maior parte de sua vida no rio de Janeiro, brasília e manaus, aprendeu nesses lugares os esportes que hoje pratica: caça submarina, mergulho, natação, jiu-jitsu e triatletismo. “minha família sempre incentivou esportes. lá em casa todo mundo gosta”, conta ele, que vive em cg há 14 anos. Viajar e estar em contato com a natureza é definitivamente seu passa tempo favorito. Não é à toa que é conhecido como marcelo Natureza. “recentemente fiz uma viagem para bonito, eu e minha cachorra Noah, onde aluguei uma casinha no meio do mato, a 600 metros do rio. Eu realmente gosto disso”.

Profissão: Empresário, DJ e Personal Trainer. Férias inesquecíveis: Acampar em Ilha Grande, em Angra dos Reis. Em alta: Ser feliz. O que está lendo: Manual da Roda da Saúde, escrito pelo meu grande amigo que se formou comigo, Marcus Vinicius. Música que não sai do seu playlist: Mochileira, de Geraldo Roca cantada pelo Filho dos Livres. Um filme: Corrente do Bem, é antigo mas vale a pena. Não vivo sem: Esportes e mato. Projeto do momento: Atender da melhor forma possível meus clientes de personal e os clientes da minha empresa de eventos, a ENJOY. Um sabor: Suco de melancia com gengibre e limão. Esporte: Gosto de variar pra não enjoar, os preferidos: triathlon, jiu-jitsu, mergulho e escalada. Refúgio: Bonito, MS.

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para

ouv

irJúlia de miranda

lEoNarD coHEN – popular problEms (2014)que o leonard cohen é um excelente artista e possui uma voz absurdamente linda, todo mundo já sabe. agora a pergunta que não quer calar é a seguinte: com tanto tempo de carreira, inúmeros livros e discos lançados, esse senhor de 80 anos de idade nunca se apresentou no brasil. E agora? bom, talvez esse tão aguardado dia chegue em 2015, pois cohen está em turnê com seu mais novo trabalho “popular problems”. o 13o disco de estúdio chega carregado de poesia e melancolia. amor, ódio e tragédias são temas comuns em seu repertório, mas dessa vez o artista faz um bem-humorado ensaio sobre o tempo pelas 9 faixas do álbum. Judeu de nascimento e budista convertido, o músico celebra a vida, em um ritmo lento e irônico consigo próprio. Disco para ter na coleção. Destaque para a levada country de “Did I ever love you”, a soturna “street”, a pop “Nevermind” e a triste “samson in New orleans”. a voz de barítono inconfundível de cohen o torna único. um verdadeiro monstro da música e das palavras.

morrIsEY – WorlD pEacE Is NoNE of Your busINEss (2014)Há um mês morrisay anunciou sofrer de câncer: “se eu morrer, eu morri”, decla-rou à imprensa para a tristeza dos fãs. o cantor e frontman do genial e aclamado smiths lançou em julho deste ano seu décimo álbum solo “World peace is none of your business” e mais uma vez acertou a mão no trabalho e agradou muitos ouvidos. Dançante e ao mesmo tempo suave sem perder a intensidade, morri-sey vibra com sua voz que sobressai em todas as canções. um disco familiar e muito bom para quem já acompanha o trabalho do músico. morrisey mantém aqui a mesma fórmula de seus discos anteriores, mesmo assim surge com algumas novidades sonoras como o violão flamenco, apenas um tempero para um disco bem “morrisseyano”. temas políticos e sociais, amor, confusão, drama e resigna-ção estão presentes nas 12 faixas que registram mais uma vez o talento raro do homem. a versão de luxo do disco traz seis faixas extras. Destacamos: “Kiss me a lot”, "Earth is the loneliest planet", "Kick the bride Down the aisle" e "mountjoy" .

pINK floYD - tHE ENDlEss rIVEr (2014)mais uma grande estreia esquentou o mundo musical este ano. Eis que após 20 anos de um longo intervalo, o grupo inglês pink floyd (sim, eles mesmos) lança um disco de inéditas. o álbum sai este mês, 10 de novembro, e conta com a participação do cientista stephen Hawking, que doou sua voz artificial a uma das faixas do novo álbum (intitulada “talkin’ Hawkin”). praticamente todo instrumental, o álbum é baseado em gravações feitas em 1993 — que inspirariam o disco "the division bell". a banda anunciou que o trabalho é um tributo ao tecladista rick Wright, que faleceu em 2008. sem a participação do baixista roger Waters, "the Endless river" é o 15o álbum de estúdio do pink floyd e foi produzido por David gilmour. pela importância da banda, decidimos que não indicaríamos algumas faixas, e sim o disco inteiro para audição. como o próprio nome do disco já diz, "o rio interminável”.∆

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a contradição Humana, de afonso cruz, 2014, pela Editora peirópolis, r$ 40,00. o livro chama atenção pelas cores e ex-pressividade das ilustrações, mas vale a recomendação pela contradição que carrega além do título: apesar de ser um livro classificado para um público infantojuvenil, a leitura não seria mais acertada para um adulto. ao expor dados cotidianos, como o de um músico que só se sente feliz ao tocar músi-cas tristes, o autor explora pequenas oposições que fazem de nós tão humanos, detalhes mínimos que nascem de uma desarmonia mas que, em sua simplicidade, nos tornam seres complexos e, por vezes, até mesmo um pouco estranhos ao olhar do outro. com uma linguagem leve a partir da figura do narrador infantil que observa a vizinhança, o autor, também ilustrador, conseguiu escrever um texto breve e ao mesmo tempo profundo (contradição apenas aparente) que serve aos leitores mais jovens e também aos mais maduros e experien-tes ou, por que não, a uma leitura conjunta entre pais e filhos, tios e sobrinhos etc.

É duro ser cabra na Etiópia, organizado por maitê proença, 2013, e publicado pela Editora agir, r$ 39,90, não é bem um romance, não é bem um conto, não é bem um poema, mas é tudo isso ao mesmo tempo, pois congrega textos díspares em estilo e conteúdo. o projeto ambicioso de maitê consis-tiu em criar um site para receber textos de autores anônimos até então com apenas dois critérios prévios: terem no máximo 1.500 caracteres e algum tom de comicidade. o resultado é

uma belíssima edição em que a organizadora fez o trabalho de seleção num hall de mais de 1.600 colaborações que vão desde poemas e contos breves a ilustrações e confissões. a edição chama atenção pelo projeto arrojado, composta de cores neon, de um título nada convencional e de uma belís-sima capa com o desenho de um avestruz, também enviado por meio do site da iniciativa. como o livro é composto de inú-meras narrativas, serve de leitura leve e descompromissada, que pode ser interrompida e retomada aleatoriamente. mas não se engane com essa leveza, a contradição é só aparente, pois há muito conteúdo denso e fundamental disfarçado pelo riso e pela brevidade.

De repente, nas profundezas do bosque, de amós oz, 2007, editado pela companhia das letras, r$ 35,50, é daqueles li-vros fundamentais. repleto de passagens poéticas, o roman-ce narra uma fábula de um mundo onde já não existem mais animais e no qual tudo o que é diferente acaba sendo visto como estranho ou sem serventia. amós oz, que é israelense, parece traduzir nessa obra um desejo de sua literatura para o mundo: o desejo de paz. sem tocar diretamente em questões relacionadas ao conflito vivido nas terras de sua origem, o au-tor não está preocupado com a pacificação do mundo, impos-ta, regulada, que vem de fora para dentro, mas com aquela paz advinda das profundezas do bosque interno de cada um, centelha conciliadora da paz entre os homens. ∆

para ler Wel

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para ver mar

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Ida (Ida), de Pawel PawlikowskiEste maravilhoso filme em preto-e-branco de pawlikowski, que soa mais como um clássico restaurado e redescoberto do que um novo filme, tem algo da escola polonesa clássica do cinema, como os filmes de béla tarr. agata trzebuchowska está extremamente misteriosa no papel de anna, uma noviça de 17 anos que vive em um convento remoto onde sua impas-sibilidade juvenil será colocada em cheque; alguém a quem, literalmente, nada aconteceu em vida. E agora vamos vê-la reagir, ou tentar esconder sua reação, perante um ataque de acontecimentos. É 1962 e anna está prestes a perpetuar seus votos católicos no convento onde ela foi deixada como um bebê órfão em 1945. mas ela descobre que seu nome era ori-ginalmente Ida lebenstein. Ela é judia. segue-se uma viagem ao coração da Igreja e do Estado da polônia, em seu catolicis-mo e anti-semitismo. Ida é um filme incrivelmente envolvente. poderia ser obra-prima de pawlikowski, mas este diretor ainda tem mais a dizer, me parece.

Matar um Homem (To Kill a Man), de Alejandro Fernández Almendrasabrindo com uma paisagem florestal deliberadamente pertur-badora e adornado com uma pontuação igualmente intrigan-te, este, que é o terceiro longa do diretor chileno alejandro fernandez almendras, é um estudo de personagem feito em silêncio que medita sobre as ramificações da escolha de um homem ao defender os seus. constantemente assediado por bandidos, sem demonstrar qualquer intenção visível de reta-liar, Jorge (Daniel candia) é um homem trabalhador cuja única

prioridade é o bem-estar da família. mas há um limite na sua passividade. E ao escolher combater fogo com fogo, Jorge incorpora a fragilidade de um homem transformado tanto pela necessidade emocional de não ser humilhado como pela von-tade predominante de sobreviver. através de implicações não ditas, Jorge forma um improvável vínculo com seu opressor. "matar um homem" conclui-se com a dualidade perturbadora onde o assassino e sua vítima existem em estados intercam-biáveis . E mais, é uma história real.

Ela Perdeu o Controle (She's Lost Control), de Anja Marquardto filme acompanha a degradação contínua de ronah (brooke bloom), uma estudante de psicologia que trabalha como substituta sexual. começa com uma descrição simples do seu processo de interação com vários clientes, o que dá às cenas iniciais do filme a aura de um documentário. Então ela conhece Johnny (marc menchaca), um médico alcoólatra cri-vado de ansiedade cujo comportamento comedido ecoa for-temente, e então as coisas ficam complicadas. pouco a pou-co, os problemas de ronah se somam: questões familiares, sua preocupação com o futuro e o cliente por quem ela pode estar desenvolvendo sentimentos. Essa atmosfera produz um olhar sedutor no cruzamento da intimidade física e psicológi-ca. certo é dizer que o estado de auto-confiança de ronah é um disfarce dela mesma, suas respostas ao tentar ajudar os outros a enfrentar suas inseguranças refletem um estado de negação sobre seus próprios problemas. Neste filme, a terapia sexual reside em "um lugar seguro", mas acaba por sugerir, com assombro, que esse santuário não existe. ∆

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capa ∆

texto | thais pompêofotos | lucas possiede e arquivo pessoal

a feSta doS

quarenta anoS

do Ballet iSadora duncan

uMa trajetória

que Se confunde

coM a hiStória da dança

na cidade.

Na sala de espera, no descompasso do calor selvagem de outubro, notas do piano da opus 64 de chopin trazem súbita harmonia à realidade. uma melodia que faz imaginar meninas de corpos lindos, se movimentando como se não existisse for-ça de gravidade. o ballet, a dança, o movimento têm sido, há exatas quatro décadas, o trabalho de Neide garrido – gaúcha por trás da tradicional escola ballet Isadora Duncan, o berço da dança na cidade.

Já são quatro gerações sob a batuta encantada de Neide. apesar da expressão firme, concentrada, ela tem a fala sua-ve, senta como uma bailarina, gesticula como uma bailarina. “Hoje em dia, sinto que eu estou com um olhar muito mais lapidado, enxergo o corpo mais rápido: o que cada um pode dentro das suas especificidades, das suas habilidades, ex-pressão e temperamento. uma leitura do exterior e do interior. Eu estou te olhando e sei onde eu poderia mexer no teu corpo pra você passar o seu melhor em movimento, em expressão, e isso através da dança”, diz a mestra, conquistando mais uma seguidora.

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se em 1975 tínhamos Humberto Espíndola na pintura, a mú-sica começava a dar seus primeiros acordes em direção ao que a gente conhece hoje como almir sater, paulinho simões, guilherme rondon. Nessa mesma época, a dançapratica-mente não existia no cerrado. foi nesse ano que Neide, gaú-cha de cruz alta, recém-casada, chegava à cidade. Ela tinha a energia dos 20 e poucos anos, e estava louca para manter o ritmo que tinha deixado para trás em porto alegre. queria dançar. procurou, procurou e não achou uma escola dedica-da ao ballet ou ao moderno. Já que a cena não existia, ela mesma resolveu criar a primeira turma de dança na macE. No ano seguinte, abriu uma portinha e colocou uma placa: ballet Isadora Duncan. mal sabia ela que estava inaugurando a cena da dança.

Em uma terra onde tudo estava na iminência de acontecer, em 1976, outras três escolas de dança surgiram ao mesmo tempo. “o que eu acho que aconteceu foi que com a minha chegada a coisa deu uma acordada, floresceu. aquilo (a concorrência) mexeu muito comigo, me desafiou. tudo foi tão intenso, fazí-amos apresentação no glauce rocha e era aquela rixa entre os bailarinos, um querendo ser melhor que o outro. pra mim foi bárbaro”, relembra Neide. Das quatro escolas, apenas o ballet Isadora Duncan resistiu ao tempo e permaneceu. “Esses dias eu encontrei a marilu (guimarães, dona de uma daquelas es-colas) e ela me disse: 'que persistência'. E eu respondi: 'Não é mérito nenhum, eu não sei fazer outra coisa'".

ano a ano as aulas dadas por Neide foram sendo aperfeiço-adas, se profissionalizando e conquistando seu lugar ao sol. sabe aquela história da pessoa certa, no lugar certo, na hora certa? foi mais ou menos isso que aconteceu – sem tirar o mérito da sua enorme seriedade e força de vontade. o come-ço da escola coincidiu com os tempos áureos da dança no país, na década de 80/90 – um período em que chegou a ter

600 alunos. “Eu abri a escola porque queria dançar. Eu dedi-cava metade do meu tempo às aulas e outra metade ao meu treino. mas chegou um momento em que eu tive que optar: ou a dança ou a pedagogia. E eu optei pela última”, relembra, frisando que aquela não foi uma escolha difícil.

o período de formação profissional de Neide no balé foi si-multâneo à consagração da escola – viajava muito, inclusive para fora do país, sempre em busca de conhecimento, de aperfeiçoamento. um trabalho tão dedicado e tão disciplina-do que semeou praticamente toda a próxima, e atual, safra de grandes bailarinos que brotou nesta terra: chico Neller (ginga cia de Dança), gisela Dória e flávia abreu (Escola de bal-let gisela Dória), selma azambuja (Espaço de Dança selma azambuja), maria Helena pettengill (cia de artes Embrujos de España) e tantos outros.

No final da década de 90, início dos anos 2000, o excepcional nível técnico das bailarinas formadas pela escola, juntamen-te com o patrocínio da brasil telecom, resultou em uma das primeiras companhias de dança profissional da cidade, a cia de Dança Isadora Duncan. “Nessa época a escola era nossa segunda casa. saíamos do colégio e ficávamos o dia todo lá, ensaiando e fazendo aula. todo mundo queria impressionar, agradar a Neide. Era sinônimo de status ser da companhia dela”, relembra fernanda giglio, bailarina que fez parte do grupo. “Eu gosto de me ver em todas essas fases porque vejo o quanto vou mudando também. Naquela época, tínhamos valores e padrões rigorosos, elas tinham que ter tal peso. se elas engordassem um quilo, fugiam dos meus olhos, e depois nos matávamos queimando calorias. quando chegavam os coreógrafos de fora para os laboratórios, ninguém acredita-va naqueles corpos. Eles elogiavam e nessa hora a gente se olhava – só eu e elas sabíamos o quanto tudo aquilo tinha custado”, conta Neide em tom de confidência.

“Falar de Neide Garrido é falar da história da dança em nosso Estado. Com seu pioneirismo contribuiu de forma significativa na formação da dança profissional de Mato Grosso do Sul, dis-seminando conhecimento técnico e artístico a seus bailarinos. Acredito que grande parte dos profis-sionais da dança que aqui vive já teve ligação com a história da escola Isadora Duncan ou com Neide Garrido, usufruindo do seu conhecimento e sabedoria. A Dança no Estado tem muito o que agradecer a ela.”

Chico Neller

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“Estou fechando ciclos, faz parte da evolução, um descortina o outro”, fala se referindo aos 40 anos de carreira que com-pleta em 2014. momento que será celebrado com um grande evento chamado “a dança no tempo além do tempo”, patroci-nado pelo fIc, fundo de Investimento em cultura do Estado de ms, e pelo ministério da cultura via lei rouanet. “Este ano estou especialmente emocionada e feliz, por mexer nessa his-tória e abrir os baús. No início, eu fiquei um pouco angustiada porque a minha vida pessoal está muito ligada à profissional: a cada ano, a cada coreografia ou aula que eu mexia vinha na memória um pedaço da minha vida: quando minha filha nasceu, quando eu me separei, casei de novo, quando meu pai faleceu... mas, depois de um tempo, vi que eu queria, que era uma coisa maior”.

serão três noites com participações especialíssimas. Nos dois primeiros dias (28 e 29 de novembro) serão apresentadas re-leituras de apresentações históricas da escola. No domingo (30) a noite será ilustre e promete saciar os carentes aprecia-dores da dança na cidade: ana botafogo se apresentará com carlinhos de Jesus e também com marcelo misailidis (baila-rino do teatro municipal do rio). misailidis fará duo, também, com ana lúcia El Daher, bailarina de Neide que chegou a dançar na alemanha e que hoje está de volta e dá aula no ballet Isadora Duncan. E ainda, raça cia de Dança de são paulo com a peça tangos sob Dois olhares de roseli rodri-gues. toda as três noites terão a rara presença de Neide no palco. a coreógrafa usará o movimento para narrar e fazer as conecções entre uma dança e outra.

“Posso dizer que me profissionalizei na dança ainda muito jovem, quando estudava no Balet Isadora Duncan. Para Neide tudo aquilo era muito sério, e para mim também. Respeitar os horários, fazer aulas, ensaiar, tudo nos foi trans-mitido por ela e por sua paixão pela dança, que me contaminou. Minha primeira mestra.”

Gisela Dória

Depois dessa longa história, quem acha que Neide pretende pendurar as sapatilhas, realmente não conhece essa gaúcha--sul-mato-grossense. “Eu preciso de momentos de pausas pra me abastecer, pra me renovar. quando um projeto não dá certo a minha frustração impulsiona a minha vontade de superação”, referindo-se ao fim da cia de Dança. quando a brasil telecom encerrou seu projeto de patrocínio, em 2005, Neide iniciou um processo de implementação do balé da ci-dade de campo grande. segundo a coreógrafa, de todos os estados do brasil que tem alguma representatividade na cultura, o mato grosso do sul é o único que não tem uma

companhia. “Eu tenho um sonho, um projeto que está enga-vetado: a criação da companhia municipal de Dança. E eu sempre digo que ele não tem nada a ver com o ballet Isadora Duncan, é projeto para a cidade que irá envolver todas as escolas de campo grande, pinçar seus melhores bailarinos. Infelizmente ele ainda não saiu do papel por desinteresse ‘das prefeituras’ da capital. É preocupante constatar que alguns projetos de segmentos da cultura perdem a continuidade por desinteresse e falta de vontade política. mas não desisti, ano que vem eu volto a batalhar esse projeto”, desabafa a incan-sável coreógrafa. ∆

“Neide Garrido é uma mulher especial e de mui-ta importância em minha vida. Foi com ela que aprendi a amar a dança e fazer dela minha pro-fissão. De grande professora se tornou uma par-ceira em muitos trabalhos que realizamos juntas. Desejo a ela sempre muito sucesso e grandes rea-lizações neste caminho que ela percorre há tantos anos, com tanta dedicação e amor!”

Selma Azambuja

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EscolHa Do mÊs ∆

a estampa artsy ou artsy print está entre as grandes apostas para o verão. a deliciosa tendência lembra o estilo abstrato visto em obras de arte onde uma profusão de rabiscos e pinceladas coloridas de tintas dão vida às telas. Esse tipo de estampa fresh é ideal para dar um up no look. por que não usar a arte não só como forma de expressão, mas como diversão também?

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regata piscina/farfetch r$ 213; saia msgm/farfetch r$ 2.250; saia msgm/farfetch r$ 2.810; bolsa marni/farfetch r$ 1.360; Vestido msgm/farfetch r$ 4.970; sapatilha masqué/farfetch r$ 790.

por | luiz gugliatto

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brincos Dolores Iguacel r$ 145; maiô Água de coco r$ 369; pulseira Dolores Iguacel r$ 349; brincos lool r$ 498; colar san sebastian r$ 270; saia Victor Dezenk - preço sob consulta

por | luiz gugliatto

o universo marítimo é a grande aposta para inovar no visual. pérolas, conchas, estrelas do mar e arraias estampam coleções que têm tudo a ver com os dias mais ensolarados. aposte nas texturas e cores. azul, toques de laranja e coral são elementos necessários para elaborar tais roupas que parecem ter saído da beira da praia.

marítImofo

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acHaDos DE moDa ∆

Óculos Diesel; blusa marques almeida; saia Dolce&gabbana; relógio Watch, calça Dolce&gabbana; bolsa chanel/portero; short Dimy; anabela Wedges shoes; sandália schutz - preços sob consulta.

por | luiz gugliatto

o jeans é e sempre será o tecido mais democrático da moda. para o verão 2015, o velho e bom denin promete vestir da cabeça aos pés. a novidade vem nas modelagens e lavagens específicas com a cara do jeanswear luxo! presente em calçados, acessórios e em peças de alfaiataria, deixa o look elegante e despretensioso. a aposta é tão cer-teira, que grifes como Dior e lilly sarti se renderam ao índigo desejo.

NoVo JEaNsfo

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LÁ VEM O SOL.

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trENDY ∆

conhecidas como alpargatas, as espadrilles são o novo hit da estação. muito usadas nas últimas temporadas, firmam-se como peça-chave do verão. Versáteis e atemporais, combinam com tudo: shorts, saias, macaquinhos e até com calças de alfaiataria. a fibra tipo juta usada no solado e o tecido de algodão conferem o frescor oportuno para os dias mais quentes.

coNforto

John John r$ 338; michael Kors $ 79; John John r$ 338; michael Kors $ 132; superdry preço sob consulta; cravo & canela r$ 139,99; Jimmy choo $ 396; arezzo r$ 189,90; ralph lauren $ 140.

por | luiz gugliatto

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publIEDItorIal ∆

a ansa Importados, uma empresa revendedora de produtos importados das melhores marcas, já está com os lançamen-tos de óculos de sol das marcas queridinhas. as novidades chegaram para conquistar muitos olhares, óculos das marcas rayban, prada, michael Kors, Dolce & gabanna, tom ford, chloé, Versace e roberto cavalli vão te encantar.a ansa Importados fez uma sessão de fotos com as novi-dades que deixam qualquer mulher curiosa para ver mais e desejar vários modelos. são diversos estilos, modelos e ta-manhos. Já dá pra notar que as cores e os florais vão ser a grande tendência das armações. mas, não falta estilo também em linhas mais clássicas, que vão do vintage ao moderno sem perder a elegância. E pra quem está se perguntando, sim, todos os produtos da ansa Importados são originais e você sempre encontra os últimos lançamentos.

a ansa Importados fica em pedro Juan caballero, mas isso não é problema, você pode reservar seus óculos e até ve-rificar quais modelos ainda estão disponíveis pelo telefone (67) 3431-1386 ou pelo whatsapp +595 986 401 139. E sem-pre que for fazer suas compras no paraguai, não se esqueça, a ansa Importados fica na Avenida Doutor Francia, 374 (em frente à receita federal). ∆

O verão está chegando, e com ele os óculos de sol são mais que um acessório de beleza, eles protegem os olhos dos raios ultravioletas. Já que a estação é propícia, abusar das armações

e estilos torna-se uma diversão e um prazer.

trEND alErt: as NoVas colEçÕEs DE Óculos ImportaDos

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fotografia e design | alexis prappasstyling | luiz gugliatto

Please don't stop the music

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Vestido usado como blusa osklen/sagasaia Vitor zerbinato/la Dame

scarpin forum bolsa arezzo

brincos e anel Denise carvalho/sagapulseiras acervo

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t-shirt Juliana Jabour e calça Herchcovictch alexandre/saga

brincos Vitor zerbinato/ la Damebracelete acervo

scarpin arezzo

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top e calça coven/la Damebrincos e braceletes acervo

scarpin arezzo

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Vestido forumbrincos acervo

bolsa e anel arezzo

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top cropped coven/la Damecalça forum

cinto la Damecolar e tênis arezzo

brincos acervo

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camisa forumsaia Herchcovictch alexandre/saga sandália arezzocolar osklen/sagabrincos acervo

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ficha técnicafotografia e design | alexis prappasstyling | luiz gugliattoprodução moda | lucas possiedebeleza | fernando filho modelo | Winie lourenço / ford modelsDireção de cena | melissa tamacirocoordenação | thais pompêo

Vestido carol arbex/ sagacasaqueto ricardo almeida/la Damebrincos, colar e bracelete acervotênis arezzo

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texto | Natália charbel

bElEza ∆

a técnica consiste em um preenchimento com o paciente examinado tridimensionalmente, ou seja, investiga-se o que precisa ser preenchido em mais de uma área para deixar a face mais harmônica como um todo. a intenção é repor o que o rosto perde – volume ósseo e gorduroso - em seis zonas es-tratégicas (e na mesma aplicação), dando ênfase ao contorno facial. Não é um preenchimento local, o objetivo é harmonizar as expressões.

“as características esteticamente agradáveis incluem simetria, contornos suaves, e até mesmo tom e textura homogênea da face. com o envelhecimento, as pessoas vão perdendo não só o colágeno da derme, o sulco do bigode chinês fica mais exacerbado, existe também a perda da gordura subcutânea, perda óssea. o preenchimento 3D tenta restaurar tanto esse colágeno que fica na derme, como substituir a gordura subcu-tânea e massa óssea decorrente do processo dinâmico que é o envelhecimento” explica Dra Elza gracia da silva, presiden-te da regional ms da sociedade brasileira de Dermatologia.

cuidados pré-procedimentos: É preciso que seja feito um bom histórico do paciente. alguns medicamentos como aspi-rina, anti-inflamatórios não hormonais, vitamina E, fitoterápicos como gingko biloba e arnica montana devem ser suspensos

7 dias antes do procedimento. É essencial também verificar o uso de anticoagulantes e se o mesmo não tem preenchimen-tos definitivos à base de polimetilmetacrilato.

orienta-se não ingerir bebida alcoólica nas vésperas da apli-cação. Deve-se contraindicar o processo caso o paciente es-teja com uma doença do colágeno ou reumatológica em ativi-dade, doenças infecciosas, ou estar com quadros alérgicos. a indicação geral é para pessoas acima dos 40 anos, quando já podemos notar perda de volume e contorno facial.

os melhores resultados, em geral, são em sulco nasogenia-no, lábio mentoniano (bigode chinês), sulco nasojulgal (go-teira lacrimal), malar (maçãs da face), temporal, contorno da face (mandíbulas). os resultados são imediatos, dependendo apenas do tipo de preenchedor usado: alguns precisam de mais tempo para o resultado final. mas a dermatologista faz questão de enfatizar: “tudo depende de fatores individuais”.

Depois... É aconselhável realizar compressas frias ou de gelo que reduzem o edema e a sensibilidade causadas pelas múl-tiplas injeções. “E o mais importante: não criar grandes ex-pectativas no paciente, uns vão ter resultados espetaculares, outros nem tanto”, finaliza Dra Elza. ∆

O mundo da beleza não para. Os avanços da medicina a cada dia nos oferecem técnicas mais moder-nas e resultados mais naturais. Os queridinhos preenchimentos faciais estão no hall dos procedimentos que não param de evoluir. Melhorando os contornos, eles garantem respostas incríveis, e o mais pro-curado do momento é o preenchimento 3D. Conhece?

preenchiMento 3d. a cIÊNcIa a faVor Da bElEza!

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Não que a gente deixe de lado outras partes do corpo, mas vamos confessar, são sempre para o rosto nossos cuidados mais especiais. Por isso, A Gente escolheu para vocês, produtinhos pre-ciosos que valem o investimento na luta contra o envelhecimento precoce!

texto | Natália charbel

1- Água de Limpeza Pureness Refreshing Cleansing Water, Shiseido: água de limpeza facial refrescante e não oleosa. Remove im-purezas, maquiagem e a oleosidade que obstrui os poros e pode causar imperfeições na pele. R$ 157

2- Anti-envelhecimento Benefiance, Shiseido: com uma revolucio-nária tecnologia, proporciona além da suavização das rugas já existentes, a prevenção de novos sinais. Indicado para peles secas e muito secas, possui extrato de tomilho selvagem, que também protege a pele da destruição do DNA causada pelos raios UV. R$ 407

3- Abeille Royale Sérum Jeunesse Lift Fermeté Correction Rides, Gueirlan: a partir das primeiras aplicações já é possível perce-ber melhoras. As rugas se preenchem e a pele recupera sua firmeza. Aplique o sérum antes do seu hidratante pela manhã e à noite com a pele limpa. R$ 545

4- Anti-envelhecimento Acyl-Glutathione, Perricone MD: a Gluta-tiona é o mais importante antioxidante que o corpo produz. Abundantemente encontrado em células jovens, diminui com o envelhecimento. Essa fórmula ajuda a reverter esses sinto-mas, é fabuloso! R$ 839

5- Sérum Liftactiv 10, Vichy: sua fórmula contém 10% de Rhamnose, que atua diretamente na estrutura da pele. Estimu-la a renovação cutânea, intensificando a produção de coláge-no e elastina. Possui também Ácido Hialurônico para atrair e reter água nas regiões com depressões, o que melhora visivel-mente a hidratação e o aspeto das rugas. R$ 210

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publIEDItorIal ∆

todas as mulheres gostam de adorno, das mais discretas às mais extravagantes. para cada uma delas, a maria bandeira faz uma curadoria cuidadosa para agradar os mais variados gostos. "Eu invisto na diversidade de estilo, entretanto mante-nho a exclusividade, pois a maioria das peças são únicas ou contam com apenas duas unidades", explica a empresária, que continua: “a semi-joia é uma peça mais democrática. É mais acessível e tem excelente qualidade e durabilidade. Não dá para dizer que não são joias, pois contam, na maioria das vezes, com pedras semi preciosas, pérolas cultivadas e com

banho em ouro 18 quilates”, explica a empresária. Esses são os principais motivos pelos quais a semi-joia tem conquista-do muitos adeptos. E não apenas como autopremiação, mas também quando a ideia é presentear o outro - ela torna mo-mentos comuns em ocasiões super especiais. toda a quali-dade também está presente na experiência da compra, com atendimento exclusivo e hora marcada. “Nós nos dedicamos a entender o que o cliente quer, ajudamos na escolha, damos dicas, nos envolvemos em cada atendimento para que a pes-soa saia daqui tendo vivido uma ótima experiência”. ∆

Já são 15 anos dedicando o olhar ao design de pequenas e encantadoras peças – as semi-joias. Na loja Maria Bandeira, a semi-joia é arte e é tratada como tal. “Mesmo antes de me dedicar inteiramente a esse ramo, sempre enxerguei a semi-joia como um objeto artístico. O design, as cores, o brilho... É a beleza materializada em pequenos objetos”, conta a empresária Maria Bandeira.

sEmI-JoIa marIa baNDEIra, o prEsENtE IDEal

atendimento personalizado (67) 9981-7198mariabandeirasemijoia@mariabandeirasemijoias

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quE mE quEIma por

DENtro....

DoENça Do rEfluxo

gastroEsofÁgIco - É sEu caso?

quem já acordou no meio da noite com a sensação de estar com o estômago em chamas? queimação, azia, mal estar... E quem foi ao médico depois disso? mascarar os sintomas com antiácidos, pastilhas ou um pouquinho de bicarbonato de sódio é a saída de quase todo mundo, e esta automedi-cação pode esconder uma doença que traz consequências bem chatas, o refluxo gastroesofágico.

basicamente, o refluxo acontece quando o ácido (Hcl) pro-duzido pelo estômago retorna pelo esôfago. Em condição de equilíbrio, esse ácido tem ação restrita e quando sai pelo fluxo normal é anulado pela secreção do pâncreas que contém bi-carbonato de sódio. porém, se existe uma fraqueza no esfínc-ter esofágico (a boca do estômago) ele reflui para o esôfago que não tem nenhuma defesa contra o ácido.

aquela queimação horrível, bem no meio peito que pode che-gar até a garganta é o sintoma mais comum. “outros sinto-mas são: dor no peito, náuseas, dor na garganta, tosse seca, frequente e de longa data, sensação de pigarro e mau hálito. No geral o paciente apresenta somente um ou dois destes sin-tomas e não todos juntos. crises de asma podem ser desen-cadeadas por aqueles que tenham as duas enfermidades”, explica o Dr. carlos marcelo Dotti.

Essa frouxidão no esfíncter do esôfago inferior, o músculo que fecha a entrada do estômago, acontece em situações como a hérnia de hiato ou é desencadeada por alguns alimentos, entre eles café, tereré, chimarrão, energético, refrigerante, be-bida alcoólica, frituras, hortelã, chocolate, além do cigarro. os

obesos são um grupo que, devido ao aumento da pressão intra-abdominal e aos hábitos alimentares, têm maior incidên-cia de refluxo, portanto é melhor ficar de olho no peso.

“o ideal é que assim que os sintomas comecem a causar desconforto o paciente procure um médico que fará o diag-nóstico baseado na queixa do paciente. Em alguns casos, a endoscopia digestiva consegue checar se existe algum grau de esofagite, hérnia de hiato, ou qualquer outa complicação do refluxo. Exames mais sofisticados, em situações pontuais, podem fazer parte do diagnóstico, e até mesmo o teste da ha-litose com um halímetro pode auxiliar a investigação”, orienta o médico.

o tratamento não é complicado, mas exige disciplina. o tripé medicamento, medidas comportamentais e dieta é a solução mais comum. É possível anular os sintomas se o o paciente mudar alguns hábitos. casos mais severos pedem interven-ção cirúrgica.

“o refluxo não tratado pode evoluir para inflamações no esôfa-go, que quando frequentes causam um fechamento parcial do esôfago dificultando a passagem da alimentação (estenose). outra complicação é a evolução do tecido do esôfago para uma alteração chamada esôfago de barrett, que tem um pe-queno potencial maligno”, alerta marcelo.

Então, é bom ficar de olho, mascarar os sintomas com remé-dios sem orientação médica é o pior que você faz pela sua saúde. ∆

A doença do refluxo em crianças e adultos é a mesma, porém tem origens e resultados diferentes. Na criança está relacionado ao esfíncter do esôfago que ainda não está amadurecido, com o passar do tempo o esfíncter começa a funcionar normalmente. No adulto a alteração do esfíncter é considerada permanente.

saÚDE ∆

texto | Natália charbel

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NutrologIaEsportIVa

a mEDIcINa fItNEss!

Você treina direitinho, não falta, cumpre suas séries, mas não está satisfeita com os resultados. E agora? Conversamos com Dra Samira Devecchi Daige, médica, endocrinologista e nutróloga esportiva, que explicou para A Gente como a nutrologia esportiva nos ajuda a melhorar a performance e garantir respostas surpreendentes.

texto | Natália charbel

NutrIção ∆

o que é nutrologia esportiva?É a especialidade médica que estuda e aplica a relação entre hormônios, alimentos e a utilização dos nutrientes na melhora do desempenho físico dos esportistas. o nutrólogo esportivo também cuida da composição corporal dos seus pacientes e irá auxiliar na melhora do padrão físico (ganho de massa muscular e/ou perda de gordura corporal) de acordo com o biotipo e a exigência para determinada modalidade esportiva.

apenas atletas devem procurar um nutrólogo esportista? Não, todos aqueles que praticam qualquer tipo de atividade física, por lazer ou a nível profissional, e que querem melho-rar sua performance corporal e esportiva, devem procurar a ajuda. o especialista estabelecerá estratégias alimentares, de suplementação ou até mesmo medicamentosa se necessário.

suplementação é um assunto que está em voga. alguns são contra, outros a favor. qual a sua opinião?

É um erro julgar o uso de suplementos sem conhecer o assun-to, pior ainda é fazer uso indiscriminado. sou a favor, desde que com orientação de um profissional. com um dia a dia corrido deixamos de ingerir quantidades ideais de vitaminas, minerais, aminoácidos; os suplementos servem para comple-tar essas deficiências.

Então qualquer pessoa pode fazer uso?quando orientado por um profissional, sim. um exemplo é o suplemento bcaa, que prescrevo até para idosos, a fim de evitar a perda de massa muscular típica da idade. Não estou fazendo apologia ao uso sem orientação, é necessária uma avaliação individual. como qualquer medicação, os suple-mentos exigem doses e horários de ingestão individualizados.

para quem precisa melhorar a composição corporal e o rendimento físico, existe uma regrinha de ouro?

acho que todos já sabem o básico: alimentação correta, muita água e exercícios físicos. além disso, vou dar uma dica pre-ciosa: sempre que pensarmos em emagrecimento ou melhora de desempenho, temos que lembrar que tudo só é possível com um bom condicionamento cardiovascular e melhora da quantidade de massa muscular. músculos são capazes de aumentar nosso gasto calórico diário. a regrinha de ouro é manter ou aumentar a massa muscular. Dietas muito restritivas ou longos períodos sem se alimentar prejudicam ou causam perda de massa magra, diminuindo o metabolismo basal e auxiliando o paciente a ganhar gordura corporal. os concei-tos atuais apontam que os músculos também são conside-rados órgãos endócrinos, capazes de produzir substâncias que auxiliam no emagrecimento e melhora da performance atlética. ∆

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QuIbE Cru CoM

MAnDIoCA

oS TrAçoS Do LíbAno nA CIDADE MorEnA

texto | Juliana comparincolaborou | Edson contarfotos | lucas possiede e divulgação

No mês em que se comemora a Independência do Líbano, a revista A Gente faz uma homenagem às raízes libanesas que correm pelas ruas de Cam-po Grande e resgata pessoas, lugares e memórias que mantêm viva a tradição árabe na cidade.

a família thomaz foi uma das pioneiras a desbravar o comér-cio de campo grande. Vindo do líbano em 1934 aos nove anos de idade, José thomaz é hoje o libanês mais antigo em atividade na capital. aos 89 anos, viu a cidade mudar. É ele o personagem carismático da logo do thomaz lanches, um senhor sorridente que ao invés de um coração tem uma esfirra no peito. se você for lá pela manhã encontrará seu thomaz no balcão fazendo as contas de cabeça, mesmo com os filhos e netos tendo assumido as atividades do negócio. “além de oferecer um produto bom, é preciso atender cada cliente com carinho, conversar. o atendimento é o fator número um do comércio!”, afirma com a experiência de quem tem muito do que se orgulhar.

thomaz lanches: José thomaz

foram os libaneses, em 1905, os primeiros árabes a chegar na capital. Empreendedores, eles logo mostraram seu dom para o comércio abrindo portas numa região ainda sem as-falto onde hoje é a movimentada 7 de setembro. o reduto libanês se expandiu pela cidade e hoje espalha tradição em vários pontos do mapa. para percorrer essa rota, que propõe ser um pedacinho do líbano em cg, fomos recebidos em cada parada com esfirras, famosos doces árabes e muita conversa – eles são bons de papo!

atualIDaDE ∆

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restaurante manura: munir saad

confeitaria Árabe: bibiane michel Ibrahim - Jean pierre michel (irmão)

armazém da sete: claude mouniergi chamoun (proprietária)roudaina mnayarji (esposa do outro proprietário - ammar mnayarji)

ariche: Katiuscy bortoleto (dançarina do ventre)

Na década de 80, existiam apenas dois restaurantes árabes na cidade: manura e tita. o último fechou suas portas há um bom tempo, já o manura está fixado na av. mato grosso há mais de 25 anos. o proprietário, munir saad, chegou em ter-ras brasileiras com seus pais e três dos seus quatro irmãos em 1952. queria encontrar familiares e “ter uma vida de mais conforto na américa, como queria minha mãe”, diz. chegou em cg em 1986 e, junto com sua esposa, abriu o restauran-te. com alguns meses de atividade, percebeu que poderia ser positivo adaptar o cardápio para o paladar do sul-mato--grossense: incluiu rodízio de carnes no buffet. resultado? um verdadeiro banquete, sem perder o genuíno sabor árabe. “No começo achávamos que misturar ‘quibe cru com mandio-ca’ e ‘tabule com farofa’ não seria uma boa combinação, mas com o tempo vimos que os fregueses queriam isso e hoje eles representam 60% da nossa clientela”, conta.

De volta à 7 de setembro, a sorridente e vaidosa libanesa bi-biane michel Ibrahim toca a confeitaria Árabe junto com seus irmãos zuhair e Jean pierre. uma vitrine de kaftas, coalhada e outras delícias árabes enchem os olhos de quem passa pela rua. lá tem até o chiclets adams sabor miski, com gostinho das arábias! o pai deles, que também foi comerciante de ou-tros setores na cidade, era uma figura afetiva na rua 7 de se-tembro por suas conversas e sonecas em frente à loja.

Na lista dos contemporâneos, dois restaurantes já têm reco-nhecimento do público: saj – com sua esfirra de zatar e quibe excepcionais – e ariche. No ariche, a celebração pela cultura árabe vai ainda mais longe! a batida marcada do derbake tocado ao vivo, os tapetes persa, os arguiles a todo vapor e dançarinas do ventre dão cor e energia ao ambiente, abrindo a programação que segue com um farto jantar.

É incrível pensar que as peculiaridades da cultura de um povo tão distante estejam tão intrinsicamente ligadas e, hoje, misturadas à cultura sul-mato-grossense. Vindos de longe, eles, assim como a maioria de nós – paulistas, gaúchos, pa-raguaios e muitos outros –, afirmam que já possuem corações libaneses-sul-mato-grossenses. Viva! ∆

Na mesma rua, próximo ao mercadão, mais um ponto chave no comércio de especiarias e condimentos árabes que atiça os sentidos: o armazém da sete. claude mouniergi chamoun, junto com seu primo ammar mnayarji, assumiu há poucos meses o estabelecimento e fala com charmoso sotaque. No armazém, além das castanhas, temperos e frutas secas ven-didas a granel, a parede de fotos do líbano e as estantes de arguile remetem ao colorido da cultura árabe. o arguile, aliás, virou tradição entre os jovens campo-grandenses, visto muitas vezes lado a lado com o tereré, inclusive nas rodas de amigos no parque.

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Listamos alguns endereços libaneses para você entrar no clima. Dá uma olhada!

ARmAZÉm DA sEtE Rua 7 de setembro, 116

CONFEItARIA ÁRABE Rua 7 de setembro, 458

EsFIRRA DA sEtE Rua 7 de setembro, 510

tHOmAZ LANCHEs Rua 7 de setembro, 744

mANURA Av. mato Grosso, 579

sAJ COmIDA ÁRABE Rua 25 de Dezembro, 494

ARICHE Av. Ceará, 1067

FRAIHA Rua Antonio m. Coelho, 2.148

HARE KEBABERIA Av. Arquiteto Rubens Gil de Camilo, 118

AL BARI’AH Rua marquês do Lavradio, 306

sANtA CEIA Rua Espirito santo, 429

sNOUBAR Rua Arthur Jorge, 1833 bl 14

CANtINHO ÁRABE Rua Barão Rio Branco, 1140

DIBABAH Rua Padre João Cripa, 893

sHAWARmA DA BRImA Rua Candido mariano, 2222 - Rua Bom Pastor, 546

ALBARIH COZINHA ÁRABE Rua marquês do Lavradio, 306

VARIEDADEs ÁRABEs Rua Calarge, 489 - Vila Glória

EmPÓRIO ORIENtE Rua Vitório Zeola, 524

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texto | tatyane cancefotos | lucas possiede

“DEsDE pEquENo Eu aJuDaVa mINHa aVÓ. foI alI quE aprENDI a cozINHar”.

hortelã e olIVa

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Joseph georges sleiman, carinhosa-mente conhecido como zuzão, traz consigo uma boa parte da história de campo grande. seu tio-avô foi o primeiro libanês a se estabelecer por aqui, na década de 50. Já ele, de-sembarcou em santos com os pais em 1964 e seguiu com a família para campo grande. foram eles os proprie-tários da clássica frutaria califórnia. zuzão formou-se em Direito, mas sem-pre continuou exercendo seu talento na cozinha. foi na infância, ajudando a avó em casa, que ele adquiriu a des-treza culinária. “Desde pequeno eu ajudava minha avó. foi ali que aprendi a cozinhar. foi de lavar uma louça, cor-tar uma cebola e vê-la cozinhando”, conta ele.Ele sabe preparar de tudo (e muito bem, diga-se de passagem), mas a comida árabe definitivamente é a pre-ferida de todos. Difícil achar na cidade alguém que faça um carneiro recheado melhor que zuzão, ou um quibe mais gostoso. “Eu aprendi o princípio com minha avó, mas depois que você pega gosto sua mente se abre e você passa a ter facilidade de entender e aprender mais sobre o assunto”, afirma ele, que brinca: “É igual àqueles bandeirantes que saem para sua primeira viagem, pegam gosto e nunca mais param”.

Para A Gente, Zuzão conta os segredos da sua famosa receita de Quibe Cru, prato típico da cultura das arábias.

Quibe Cru Libanês Do Zuzão

INgrEDIENtEs para o quIbE

1 kg de carne bovina (patinho) bem limpa e em tiras½ kg de trigo para kibe

1 cebola média cortada em 4 gomos1 colher (sopa) cheia de sal

1 colher (sobremesa) de pimenta síria½ litro de água bem gelada

50 ml de azeite de oliva para finalizarramos de hortelã para decorartempo de preparo: 40 minutos

rendimento: 10 porções

INgrEDIENtEs para o acompaNHamENto

4 cebolas médias cortadas em gomos e imersas em água com gelo

1 maço de hortelã fresca higienizadapão sírio

pão francêsazeite de oliva

moDo DE prEparo

lave bem o trigo em uma bacia pequena (cobrir com água fria e mexer para que a sujeira flutue – escorrer a água e repetir a operação por 3 ou 4 vezes até perceber que não há mais sujeira). cubra novamente o trigo com água e deixe de molho por 20 minutos.Esprema bem o trigo com as mãos para retirar a água e então, em uma máquina de moer, moa o trigo junto com a cebola. após, passe a carne e coloque por cima do trigo já processado com a cebola. tempere com o sal e a pimenta síria. misture bem com as mãos e passe essa mistura pela máquina de moer. após passar pela máquina de moer, acrescente a água gelada e misture bem com as mãos. finalize com o azeite e misture bem. Está pronto para servir.coloque em uma travessa de porcelana e enfeite com gomos de cebola. segredinho: coloque a cebola em água com gelo antes de servir para ficar crocante e não ficar tão forte. para dar melhor acabamento, molhe as mãos em água fria e alise o kibe na travessa. sirva com hortelã fresca, pão sírio, pão francês e azeite.

Bom apetite.Obs.: Receita de comida é igual letra de música. Cada um canta de um jeito a mesma letra, nunca um canta ou interpreta igual ao outro. A receita também é assim, cada um que faz a receita tem um resultado diferente do outro. O impor-tante mesmo é cada um fazer do seu jeito e curtir aquele momento de prazer na elaboração de um prato e não ficar comparando com o do outro. No final, todos são bons à sua maneira.

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a gENtE Em casa ∆

texto | tatyane cancefotos | lucas possiede

Vício eM decorarMariana Nogueira nasceu e cresceu na casa que, hoje, divide com o marido, Rodrigo Scardini. Foi quase um ano de reforma para deixar o lugar com a cara deles. Na fachada a alteração foi apenas no jardim, assinado por Leila Derzi. A arquitetura é de Mariana Scardini e a decoração, da própria dona. “A casa tem que parecer com quem mora nela. Pra mim, quando ela é decorada somente por um profissional não fica uma casa com personalidade própria”, conta Mariana.

por isso mesmo, nesta casa, tudo, cada detalhe, é a cara da dona. o lugar encanta com tantas peças exclusivas, como a poltrona laranja que fica na sala de entrada, e o sofá assinado por guilherme torres. “o sofá sempre foi meu sonho de consumo. Eu gosto de móveis de designers, móveis diferentes”, explica. aliás, a mistura do clássico com o contemporâneo é notória. peças de família, como a mesa palito da bisavó de mariana, os tapetes persas e as peças de cristais fazem toda a diferença. “para decorar a casa é preciso ter paciência. a gente nunca encontra tudo de uma vez só, por isso sempre que viajo trago um ‘presente’ para compor o ambiente”.

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a arquitetura é toda integrada, desde a sala de estar até o espaço gourmet. Nas paredes, inúmeros quadros e fotografias. Nas mesinhas, as famosas caveiras mexicanas (aquelas coloridas). uma delas é peça de decoração na sala de tV, trazida de los cabos.

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pra lá de antenada e com uma personalidade bem marcante, mariana, que é proprietária de duas lojas, uma de moda e a outra de artigos para festa, conta que decorar a própria casa vira vício, passatempo. “após um ano de casa nova, ainda não me cansei de pesquisar sobre o assunto em livros, re-vistas e na internet, ainda mais agora que esperamos nosso primeiro filho”, e continua: “Nunca buscamos um ponto final na decoração. Estamos em eterna mutação”. ∆

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receBer eM dia de calorpor | priscilla marquesfoto | lucas possiede

para momentos na piscina ou ao ar livre nada melhor do que uma água refrescante e frutas. uma pequena arrumação com toques de cor e de rusticidade são a cara dos dias de sol. para eles, uma mesa ou aparador são o apoio ideal para montar um cantinho ao ar livre.

santa graça - copo bolinha r$ 124 (jogo com 6 unidades); suqueira r$ 146; balde de gelo bambu R$ 377,79; bandeja bambu para frutas R$ 155 • Madre Santa - pratos sobremesa R$ 219 (conjunto com 6); bowl R$ 77 (unidade) • fornari - orquídeas artificiais - preço sob consulta; bandeja de palha usada como apoio da suqueira - preço sob consulta • Matiz Enxoval ([email protected]); guardanapos de coquetel - preço sob consulta vasos de lata - preço sob consulta

Priscilla Marques é especialista na arte de receber, decorações de festas e autora do blog Anfitriã: www.anfitria.com.br

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pais, mães e educadores sempre procuram proteger e orien-tar as crianças rumo à vida adulta, guiando por caminhos que consideram corretos. o apoio a quem cria alguém está em tudo. um objeto, um gesto, uma palavra… qualquer coisa simples pode solucionar os problemas, ou dilemas, que en-frentamos diariamente com as crianças. Este mês diquinhas quentes pra pensar e inspirar todos os envolvidos.

boas IDEIasWokamonbichinho virtual é um negócio que não sai de moda. Dos ta-magochis ao pow, as crianças se rendem ao charme deles. a proposta do Wokamon vai além do pet que chora por co-mida de hora em hora. para manter a saúde do bichinho em dia a criança precisa fazer caminhadas. um app saudável. (apenas para iphone)

top-toyÉ uma cadeia de lojas de brinquedo europeia que está ino-vando ao fazer um catálogo neutro de brinquedos. sim, chega de sexismo. Nada de brinquedo para menino ou para menina. o importante é que a criança escolha com o que ela quer brincar. um ótimo exemplo.

tEcNologIafilipque tal saber onde seu filho está e poder se comunicar com ele sem precisar dar um smartphone pra uma criança? o reló-gio inteligente filip promete ajudar os papais mais preocupa-dos. colorido, divertido e super útil, o reloginho permite que os adultos liguem para a criança, além emitir um alerta quan-do o pequeno estiver fora da zona de conforto. Interessante.www.myfilip.com

sproutlingmonitorar as atividades do bebê sempre foi o fantasma de todas as mamães. Não é novidade que as pulseirinhas fitness versão baby têm ajudado. mas em breve será a vez do sprou-tling, que promete monitorar dados de saúde e segurança para confortar os pais com informações seguras sobre o esta-do do pequeno. torcemos pela chegada.www.sproutling.com

alImENtaçãoa gelatina é uma vilã preferida. favorita para o menu das crianças desde os anos 80, na verdade tem quilos de açú-cares disfarçados… até o chocolate tem mais nutrientes que ela. mas pra salvar o mundo das mamães saudosistas - e das sobremesas lindamente coloridas - a Dr oetker desenvolveu uma linha chamada minha gelatina, que quer mudar o pano-rama. com polpas mistas, corantes naturais e açúcar orgâni-co, podemos dar mais uma chance pra gelatina?

para as mamães que não têm tempo de fazer papinhas sem-pre e queiram evitar os potinhos fast food, a dica é procurar os produtos da marca Jasmine. a linha beaba tem menos variedades que a concorrência, mas todos os produtos são orgânicos e integrais.

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Kids

texto | ana laura azevedo

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texto | ana laura azevedo

oNDa VErDE, lEt’s Vamos.

modinha - Nada discretos, porém colecionáveis. os sapatos da louloux têm personalidade e podem trazer para o seu look o it que faltava! além de hype os sapatos são ecológicos, uma vez que são manufaturados apenas com excedente de couro. sustentabilidade e combinações únicas são parte do que acredita a marca gaúcha. www.louloux.com.brfique de olho - freitag! por enquanto não significa nada pra você, mas pode ser sua mochila favorita daqui a muito pouco tempo. a marca suiça faz bolsas de lona há mais de dez anos. mas ultimamente tem sido alvo de fashionistas e famosos pelo simples motivo de serem “verdes” (além de impermeáveis e descoladas, claro): toda lona é reutilizada. www.freitag.chpegadas - os tênis Vert são modernos, ecológicos e nacionalistas. os designers são franceses, mas os produtos e processos são todos criados no brasil. pisante com direito a algodão orgânico, couro não poluente e situações de trabalho que respeitam os direitos humanos. E tudo brazuca pra gente morrer de orgulho! www.vert-shoes.com.br

todos queremos saber a última da última moda, afinal, até mesmo a rebeldia tem seu estilo. mas nos dias de hoje não dá pra simplesmente procurar qualquer hit do verão. Existe uma consciência de que o que é bom pra nós precisa ser bom pro nosso planeta. seguem algumas marcas que estão bombando sem desrespeitar a natureza:

moda. porque "falem bem, falem mal, mas falem de mim" é um conceito #oldbutgold. Este mês produtinhos pra você ficar por dentro das tendências sem desgastar o planeta. meninas e meninos, vamos consumir com consciência!

pé com pé - melissa one é uma iniciativa da marca de sapatos plásticos (que já são recicláveis e podemos amar) para que as meninas possam ter mais opções de pares com menos pés. oi? Isso mesmo. cada calçado cabe nos dois lados dos nossos pés e forma vários pares. são nove modelos que possibilitam 81 combinações. tudo em preto e “branco” pra garantir a classe do look. tendência - a timberland, marca conhecida por levantar a bandeira da responsabilidade socioambiental (além de promover atividades relacionadas à aventura e natureza), está bombando nas redes sociais em perfis de queridinhos com suas novas boots, o modelo tradicional de botinha repaginado para esta estação.

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rua Pernambuco, 137, - Centro - 67 30276881

segundo alice Ishioka, franqueada da unidade Dom bosco, cada vez mais pais têm procurado o Kumon, não porque seus filhos têm apresentado dificuldade de aprendizagem, mas sim porque querem estimular o raciocínio rápido e lógico.

para cristina Katayama de souza, mãe de regis, 5 anos, e de laís, 9, o Kumon foi um grande aprendizado na vida dos filhos. “o regis entrou com quatro anos e a laís com cinco. a aprendizagem do método acabou sendo valiosíssima para eles, haja vista, o Kumon não é apenas um auxílio para a es-cola, serve como um aprendizado para a vida”, comenta.

Vilane mastroyannis é mãe de uma das alunas mais jovens a entrar no Kumon, na américa latina. Hoje, serena tem sete anos e na visão da mãe, ter colocado a filha tão cedo no Kumon trouxe inúmeros benefícios: ela se tornou uma menina independente, livre e confiante, sem deixar de ser criança. “a serena entrou com 1 ano e 10 meses e com 3 anos já lia

e escrevia. Eu tinha um receio que ela perdesse o interesse nas matérias da escola por ela ser adiantada, mas muito pelo contrário, ela gosta ainda mais pela facilidade que tem”.

Vilane faz questão de ressaltar que com o Kumon a filha tem mais tempo para ser criança, já que não precisa se preocupar tanto com a escola, estuda com autonomia e é tão indepen-dente que arruma a mochila sozinha. “tenho certeza de que a serena só alcançou todos esses resultados porque a alice e equipe se dedicam para acompanhar os alunos. são profis-sionais comprometidos”, finaliza.

o Kumon Dom bosco atua na área desde 1989 e é referência na américa do sul. recebeu prêmios de Excelência brasil e Excelência américa do sul, além de participar em todas as gestões do seleto grupo “clube ouro” pelos índices qualita-tivos e quantitativos estipulados, sendo a única unidade da américa do sul a conseguir tal feito. ∆

Engana-se quem pensa que o Kumon é um mé-todo utilizado apenas para crianças que têm dificuldades na escola. Longe disso. O método é, antes de mais nada, indicado para estimular o raciocínio.

KumoN Dom bosco: proNto para maIs 25 aNos

DE rEsultaDos

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Rua 13 de Maio, 4059 • 67 3026 2336 • Campo Grande - MS

a geração das crianças que nasceram de 1980 para cá care-ce de itens de formação pessoal tais como responsabilidade, honestidade, iniciativa, consistência, obediência e empenho, grande parte em consequência da ausência dos pais em casa, do nível financeiro melhor hoje em dia e do modo parla-mentar de educar.

a criança nasce com uma arma poderosa que é o choro, e por instinto já usa isso para dominar os pais, fazendo um cabo de guerra. mas a educação tem que começar no berço: quando o bebê chora para mamar ou ter a presença da mãe, esta não precisa atendê-lo com pressa e sim no seu tempo, mostrando quem controla. a hierarquia é o início da educação.

E o pequeno passo em casa é fazer essa criança tornar-se independente o quanto antes. fazê-lo comer sozinho, fazer as necessidades fisiológicas sozinho, escovar os dentes, vestir

as roupas, usar sapatos, tomar banho, dormir e acordar na hora certa e, na idade escolar, ter uma rotina para estudar em casa. Etapa importantíssima é quando colocamos as obriga-ções de casa, isso muda as crianças .

É lógico que eles não devem se sentir como escravos. os filhos devem arrumar a sua cama, o seu guarda roupa e o seu quarto. para ajudar em casa eles podem lavar a louça, varrer a casa, varrer o quintal, cuidar do cachorro, dar a ração e levar o lixo para fora.

fazer eles cumprirem essa rotina é um pequeno passo mas tenha certeza que o efeito é mágico, por que um dia eles vão romper a barreira da preguiça e caminhar para serem homens trabalhadores, responsáveis e de caráter, e essa mudança é o grande salto do seu filho para ganhar o mundo. ∆

Os jovens de hoje estão maduros sexualmente e imaturos no lado mental, psicológico e espiritual, pela disponibilidade de ócio em suas vidas.

um pEquENo passo Em casa,

um graNDE salto para o muNDo

Joel Jogi miyasato, diretor administrativo

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com apoio dos amigos, roque tomou gosto pela academia. o que antes era sinônimo de perda de tempo virou vício – dos mais saudáveis, por sinal. Hoje, ele sua a camisa diariamen-te, inclusive nos fins de semana, quando deixa o ambiente fechado e sai para pedalar. como boa aliada dos exercícios físicos, a alimentação controlada também não escapou de en-trar para os hábitos da sua nova versão fitness.

para se transformar nesse atleta disciplinado, além de muita força de vontade roque contou com uma mãozinha da sua companheira de sempre, a tecnologia. Nos aplicativos para smartphone ele topou com treinos, dietas e motivação para

manter o foco. Nas redes sociais, encontrou outros atletas para servir de inspiração. longe da tela do celular, desco-briu roupas de compressão, acessórios e outras invenções feitas especialmente para fanáticos por esporte para otimizar resultados.

com um olho no mundo digital e outro nos ganhos do seu es-forço, roque tem gabarito de sobra para falar das tecnologias que mais motivam a prática de esportes e, por isso, ele é o nosso editor convidado desta edição para sugerir algumas de suas preferidas. quem sabe ele até instigue você a entrar para a turma dos atletas high-tech?

EDItor coNVIDaDo ∆

texto | Juliana comparinfotos | acervo pessoal e divulgação

O publicitário e empresário Roque Storion Domingos fala com propriedade quando o assunto é tecnologia. Desde pequeno foi ligado em eletrônicos e vive envolvido nesse universo, que nunca deixou de fazer parte da sua rotina. Há pouco mais de um ano despertou para um novo interesse, o esporte, e desde então passou a combinar o melhor dos seus dois mundos em busca de um novo estilo de vida.

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aplicativos para smartphoneos apps são uma ótima maneira de começar a se envolver com tecnologia para esporte. o swarm (nova versão para check-in do foursquare) cria um ranking entre você e seus amigos e premia quem frequenta mais a academia, por exem-plo. rola uma competição bem legal! outro aplicativo que gosto muito é o bodybuilding, que ensina a tirar medidas e fornece séries de exercícios, entre outras funções.

músicapara mim música é essencial para fazer esporte! Ela não dei-xa você ficar parado e ainda ajuda a dar ritmo a exercícios de cardio, como corrida ou bike. para a academia prefiro levar um reprodutor de áudio, como ipod, ao invés do celular por causa do tamanho. bons fones de ouvido, como os da bose, também fazem a diferença!

balança de análise corporalEssa balança digital mede peso, porcentagem de gordura, massa magra e outros dados da sua forma física. quando conectada ao aplicativo iHealth num smartphone ou tablet, envia gráficos para que você acompanhe a sua evolução. Essa tecnologia permite ver se o trabalho está tendo rendi-mento ou não.

roupa inteligentea polo tech é uma camiseta da ralph lauren que deve ser lançada nos Estados unidos no primeiro semestre de 2015. Ela vai ter sensores digitais costurados junto aos fios do teci-do que vão ler dados do corpo, como batimentos cardíacos, respiração, nível de estresse e produção de energia. as in-formações ficam gravadas num aparelho embutido à cami-seta e podem ser lidas num aplicativo. Essa eu vou querer com certeza.

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paNtaNal ∆

PANtANAL ExtREMO

Atletas da terra, da água e do ar já estão em ritmo de pre-paração total para a segunda edição do Pantanal Extremo. O evento rola entre os dias 13 e 16 de novembro com cerca de 900 atletas profissionais e amadores para competições que na verdade são uma grande celebração do esporte de aven-tura. Uma newsletter da Confederação Brasileira de Stand Up Paddle (ABSUP) falava do Pantanal Extremo como o evento mais aguardado do ano.

Sete modalidades darão cor e movimento às paisagens da cidade branca: além do SUP, canoagem, maratona aquática, vôo livre, mountain bike, corrida de orientação e corrida de trilha – esta última entrando como novidade na programação deste ano como forma de incentivar a participação do públi-co não profissional no evento, especialmente a comunidade corumbaense. Esportistas de elite brasileiros e estrangeiros disputarão os melhores tempos e performances em busca de troféus e prêmios em dinheiro.

Independente da colocação, todos sairão ganhando no quesi-to contemplação. “Corumbá tem o privilégio de contar com as belezas naturais do Pantanal no quintal de casa”. É com essa ideia em mente que Rodrigo terra, idealizador e organizador do evento, defende que a cidade tem tudo para entrar na rota dos destinos de aventura do país.

“Os morros, o Rio Paraguai e a mata fechada formam um ce-nário propício para a prática de esportes radicais e, melhor, num só lugar”, explica Rodrigo. “O Pantanal ninguém mais tem e cabe a nós saber aproveitá-lo”. ∆

texto | Juliana comparinfotos | Divulgação

mais do que um evento esportivo,o Pantanal Extremo promove uma nova forma

de fazer turismo na região.

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A capital do Uruguai é a maior cidade do país e está cada dia mais charmosa, limpa e orga-nizada, com suas construções em estilo art déco e neoclássico, às margens do Rio de La Plata.

a cidade, que antes era apenas considerada como ponto de chegada ao uruguai para os que iam visitar as famosas punta del Este e colonia del sacramento, é ótima dica para um final de semana romântico; há uma grande variedade de horários de voos saindo de campo grande, com rápidas conexões em guarulhos.

texto e fotos | regina almeidinha

a lista de bons hotéis é vasta, principalmente agora, após a reinauguração do imponente sofitel montevideo casino car-rasco & spa, que conservou todo o glamour de sua bela cons-trução de 1921 e que chama a atenção de todos que passam pelo bairro de carrasco, um dos mais tradicionais da cidade.

o hotel é lindo, não só o seu exterior, mas o que me encantou realmente foram os detalhes: seus lustres, os vitrais originais no teto da recepção, as flores lindas e frescas enfeitando o elegante salão do restaurante 1921, onde era servido o deli-cioso café da manhã ao som de música clássica, o conforto das suítes com vista para o rio de la plata, enfim, um local diferenciado pelo seu conforto e atendimento.

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para dar um toque cultural à sua estadia pela cidade, acres-cente uma visita aos museus blanes e torres garcia; confira também a programação de concertos e espetáculos agen-dados a serem apresentados no teatro solis (um dos ícones arquitetônicos do uruguai) ou mesmo no auditório Nacional del sodre, ambos sempre com excelentes opções, além de toda a beleza e conforto da arquitetura interior, o que torna o programa ainda mais agradável.

para compras, montevidéu não é realmente uma referência, não há lojas de grifes famosas, mas você encontrará as me-lhores lojas da cidade no punta carretas shopping, conside-rado o mais completo. tem ainda o tradicional montevideo shopping e o tres cruces, mais popular.

para finalizar, não poderia deixar de mencionar as cami-nhadas ao pôr-do-sol nas amplas calçadas que contornam a praia do rio de la plata, em toda a extensão da cidade, conhecidas como “ramblas”, onde todos se encontram para apreciar a beleza desta orla, que faz com que montevidéu fique ainda mais encantadora. uma viagem muito agradável em qualquer época do ano! ∆

outra dica que vale a pena é a visita com almoço e degus-tação de vinhos da bodega bouza, muito próxima à cidade. o tour inicia-se às 11h e encerra-se 14h30. Destaque para um motorista que o busca e o leva de volta ao seu hotel para que se possa desfrutar plenamente dos maravilhosos vinhos produzidos pela bouza, em local agradável, com atendimento muito atencioso e culinária bem elaborada.

E falando em culinária, o que não falta em montevidéu são bons restaurantes, como o umI (fusão da culinária japonesa/ francesa e latino-americana), la perdiz (espanhol), francis (um dos mais conhecidos da cidade, agora com o novo fran-cis carrasco - cardápio mediterrâneo, porém com opções da cozinha japonesa) e o meu preferido, o sensacional tandory, com cardápio indiano, com ingredientes orgânicos, uma pro-fusão de sabores, aromas e texturas que encantam da entra-da à sobremesa. me dá água na boca lembrar de tudo o que experimentei por lá...

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zÉ prEtIm ∆

A BANDA DO ZE PREtIM CHEGOU

zé Pretim sobe ao palco vestido de camisa, paletó e chapéu. na nova formação, está acompanhado dos ótimos músicos rodrigo Teixeira (baixo) e ju Souc (bateria). Canta de olhos fechados, a voz forte, rouca, autêntica. um canto que rever-bera a essência do blues. Emociona vê-lo cantar Trem do Pantanal em versão ‘blueseira’. Essa é uma das principais características que fazem o som de zé ser tão especial: ele transforma músicas populares, como Asa branca e juazeiro, em blues. Foi justamente por essa pegada que foi convidado do jô Soares para uma entrevista em 2005.

Autodidata, zé Pretim começou cedo em Minas. Em Cg, to-cou no rádio Clube; no Surian com a banda zutrique; e de-pois pela cidade com bosco, na banda Euphoria. “Depois dis-so comecei a tocar sozinho pelo brasil afora. Se encontrava

um parceiro tocava junto, se não, tocava sozinho. o negócio da música é encontrar um parceiro que seja leal”, conta. no repertório releituras de clássicos da música regional, reper-tório de blues, standarts, MPb, soul que vêm da tradição dos bailes, que ele fez muito.

Desde 2004 tem se dedicado fielmente ao blues, e nesse es-tilo, virou mestre. “Sempre vivi da música. É muito difícil, só que eu sou teimoso”, fala fazendo graça. Este mês, a banda zé Pretim Trio abre dois grandes eventos: o Festival de jazz e blues de bonito (14) e o último e grandioso MS Canta brasil (dia 23). “Vou fazer um puta show pra abertura do Ira”, confes-sa, com uma energia e animação de menino. um ícone, uma lenda da nossa música. ∆

texto | thais pompêofoto | Divulgação

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A segunda edição do Fest Cine Vídeo América do Sul rola entre os dias 30 de novembro e 7 de dezembro. Após algum tempo abandonado, fato interligado ao fim do Cine Cultura, o festival de cinema renasce na Capital, ganha ibope e traz novo fôlego para os cineastas do Estado. A pre-sença ilustre do diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, na abertura do evento denota a proporção que o festival vem tomando. Este ano serão exibidos longas produzidos no Paraguai, na Argentina e no Chile - valorizando a cultura do Mato Grosso do Sul, o intercâmbio com a Amé-rica Latina e crescendo no cenário dos festivais audiovisuais. fEstIVal

DE cINEma moVImENta

cENa

texto | ana laura azevedofotos | maurício copetti e divulgação

“um festival local é de suma importância porque se não existe um evento desses, o diretor não tem onde exibir. a cadeia se completa a partir do momento em que você tem espaço na sua própria terra. É um espelho pra quem é daqui, ver o filme da terra, um termômetro pra saber o que o público está achando. algo que me inspirou muito foi saber que o filme passaria aqui”, conta maurício copetti, diretor do filme que abre a mostra, planuras.

o filme, que demorou cinco anos para ser produzido, retra-ta peculiaridades do pantanal sob um olhar questionador que afasta os espectadores dos estereótipos regionalistas. um documentário “auto-retrato” que traz à tona o homem do pantanal, seus aspectos míticos e sua paisagem líquida. até o fechamento desta edição a programação estava sendo definida.

"os festivais são uma chance única de assistir a filmes que não entram na programação normal dos cinemas. abrem o horizonte, fazem você perceber que cinema não precisa ser só um super-herói salvando o mundo de um vilão megalo-maníaco. ao ver na tela filmes latino-americanos, brasileiros, sul-mato-grossenses, com temas do cotidiano, que se rela-cionam com a vida de quem assiste, o cinema deixa de ser um espetáculo distante para se tornar um sonho possível", diz Essi rafael, diretor que leva a sigla ms para vários festivais fora do Estado e está inscrito no festcine com o curta "a tV está ligada".

Este ano, o festcine rola no ucI do shopping bosque dos Ipês. até o fechamento dessa edição a programação nacional não havia sido fechada. ∆

atualIDaDE ∆

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cultura ∆

rEcoNHEcIDo E prEmIaDo INtErNacIoNalmENtE,

o fotÓgrafo E DocumENtarIsta marcElo buaINaIN gaNHa prÊmIo

Do salão DE artEs DE ms com a sÉrIE “Ebola”.

texto | theresa Hilcarfotos | marcelo buainain

aSSiM na arte

coMo na Vida

o fotógrafo marcelo buainain costuma arrebatar olhares emo-cionados dos espectadores, que reconhecem na sua arte muito mais que uma narrativa visual, mas a própria poesia do mundo traduzida em imagens inspiradoras e inquietantes. ganhador de diversos prêmios, no brasil e exterior, e com quatro livros de fotografias editados, o fotógrafo que deixou a medicina para retratar a humanidade faz da sua obra uma espécie de retrato social da nossa época e de várias culturas. Nas fotos em preto e branco, temas como a morte, o sexo, a promiscuidade, a insegurança, a perversão, o egoísmo, o sa-crifício, o abandono, enfim, a degradação humana, são para ele uma oportunidade de reflexão sobre um assunto ao qual estamos todos vulneráveis. Depois de ter passado 10 anos na Europa, e há 12 morando no rio grande do Norte, marcelo diz que ser reconhecido na própria terra é sinal de que “santo de casa também faz milagres”. mas o trabalho deste artista sensível e ser humano excepcional não é apenas um milagre, mas a síntese de um documentarista capaz de revelar a alma do universo e transformá-la em uma forma de poesia.

a gente - como foi seu primeiro contato com a fotografia? o momento em que você decidiu deixar a medicina para foto-grafar a humanidade?

marcelo buainain - meu primeiro contato com a fotografia é provável que tenha sido através das publicações da geográ-fica universal. posteriormente, por intermédio do meu irmão mais velho, Nelson, recebi as primeiras orientações técnicas, inclusive herdando o seu laboratório que funcionava em uma pequena despensa de um apartamento no rio de Janeiro. Deixei a medicina porque entendi que não tinha vocação para o exercício desta nobre profissão. a vida deve prevalecer! por outro lado a humanidade deve ser documentada. optei por este último, considero uma escolha sensata.

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ag - muitas pessoas descrevem seu trabalho como sendo “pura poesia traduzida em imagens inspiradoras e inquietan-tes”. com você percebe estes comentários?

mb - É natural que diferentes pessoas e grupos sociais te-nham percepções distintas sobre a vida no que diz respeito à ética, à política, à religião, à arte, entre tantos outros. Na re-alidade quando fotografo não intenciono inspirar e tampouco inquietar os diferentes públicos. o meu papel é documentar o que vejo, ou às vezes reconstituir momentos que observei mas por alguma razão não consegui captar. acredito que seja mesmo o olhar individual que permita cada pessoa captar di-ferentes emoções. Esta leitura do público sobre o meu traba-lho recebo honrado, sobretudo porque está em sintonia com os valores que acredito e defendo.

ag - sua fotografia tem sempre um aspecto social. Isto é uma escolha deliberada ou subjetiva?

mb - mesmo optando por temas de cunho social, normalmente procuro realizá-los por meio de uma abordagem mais huma-nista, com um olhar que valorize o ser humano e não oprima-o ainda mais. por vezes, no ato de fotografar, escapa-me esta auto censura, porém na fase de edição - que se traduz na se-leção do que será apresentado ao público - evito revelar o que considero dramático ou imagens de cunho sensacionalista. o trabalho sobre a índia é um bom exemplo deste aspecto, uma vez que ele foge do estereótipo da miséria, buscando essen-cialmente enfatizar a beleza espiritual de uma cultura milenar que tem os ensinamentos religiosos como prática filosófica.

ag - Você disse que a série premiada no salão de artes de ms – Ebola – tem uma carga dramática, digamos assim, que normalmente não existe na sua obra. por que você escolheu esse tema?

mb - a série Ebola Iconográfico é uma narrativa subjetiva, dramática, realizada ao longo dos dois últimos anos e agora alinhavada como uma espécie de auto catarse. ano passado, num espaço de dois meses, em diferentes cidades e situa-ções, fui vítima de dois assaltos à mão armada, sendo que o segundo ocorreu em salvador dentro de um hotel boutique precisamente no dia da abertura de uma exposição escolhi-da para inaugurar a galeria de arte alma. uma experiência horrível, fui agredido com uma coronhada que implicou em alguns pontos na boca, e sem alternativas acabei abrindo a mostra com a cara inchada e os lábios costurados. Esse atual quadro de violência que se agravou nos últimos anos não é novidade. Há décadas o conteúdo das principais manchetes dos noticiários do mundo nos causa indigestão, tristeza, revol-ta e falta de esperança. por um lado chegamos a um nível de desenvolvimento tecnológico que nos surpreende; por outro, em proporção muito desleal, avançamos muito pouco em di-reção ao bem-estar do planeta e da humanidade. o que mais pode se alastrar numa sociedade cada vez mais incubadora de doenças que molestam não apenas o corpo físico, mas também a mente, a alma...?

"Por um lado chegamos a um nível de desenvolvi-mento tecnológico que nos surpreende; por outro, em proporção muito desleal, avançamos muito pouco em direção ao bem-estar do planeta e da humanidade. O que mais pode se alastrar numa sociedade cada vez mais incubadora de doenças que molestam não apenas o corpo físico, mas também a mente, a alma...?"

bahia - série Ebola, premiada no salão de arte do ms.

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ag - a opção por morar num local mais isolado, no rio gran-de do Norte, tem algo a ver com seu trabalho? Você precisa de sossego para desenvolver seus projetos?

mb - a opção de viver numa chácara foi determinada por uma necessidade de mudança de estilo de vida, diretamente in-fluenciada pelas cinco viagens realizadas à índia. após dez anos fora do brasil, já cansado do padrão de vida ocidental, do meu entorno profissional e de tudo que pudesse aprisionar o meu ego, precisava buscar um retiro para comungar com as nossas naturezas, a externa e a interna que está dentro de cada um de nós. Entre o barulho e o sossego não há dúvida de que prefiro o silêncio para a minha produção. aliás, não suporto barulho, nem mesmo de televisão, restaurante e gran-des aglomerados.

ag - como você recebeu a premiação no salão de artes de ms? tem sabor especial o reconhecimento de sua obra na própria terra?

mb - recebo com alegria os resultados positivos de um con-curso, embora eles sejam uma espécie de armadilha para o ego. Já os resultados negativos são mais indigestos, em especial quando abortam as possibilidades de se continuar um projeto quando o prêmio envolve verbas. ser reconhecido na própria terra é bom, afinal “santo de casa” também pode fazer milagre.

ag - aliás, por que você se inscreveu no salão, mesmo sendo um artista tão premiado e reconhecido internacionalmente?

mb - Estou fora do mato grosso do sul há quase 25 anos. a maior parte da minha família vive no Estado. Nos últimos anos com a doença e morte do meu pai tenho procurado es-treitar os laços com a minha família. participar deste salão, assim como realizar a exposição mi amas Vin, no marco em 2012, foram subterfúgios para estar mais próximo da família e dos amigos.

ag - o que lhe chama mais atenção na hora de fotografar: a bondade do ser humano ou a sua degradação? a alegria ou o sofrimento?

mb - por uma questão ideológica tenho inclinação para o olhar sobre a degradação e o sofrimento humano. Documentar as condições da nossa espécie é uma forma de me posicionar na sociedade como autor. a fotografia, entre tantas funções na sociedade, é um instrumento de informação, denúncia e principalmente capaz de materializar a nossa história. ∆

O Salão de Arte de MS rola de 4 de novembro a 20 de fevereiro no Museu de Arte Contemporânea

de Mato Grosso do Sul (MARCO).

acre - série mI amas VIN, menção Honrosa "melhor livro de 2012"

no concurso internacional poY latIN

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ArTES PLÁSTICAS04 de novembro a 20 de fevereiro Salão de Arte o Salão de Arte de MS é a mostra de artes plásticas mais disputada do Estado. na edição 2014 destaque para os premiados Priscilla Pessoa (veja nossa última pagina) e Marcelo buainain (nossa reportagem na edi-toria de cultura). É no MArCo, até dia 20 de fevereiro.

CInEMA01 de novembro a 03 de dezembro Clássicos do Cinema – Cinemark o Cinermak traz de volta às telonas neste mês, grandes clássicos dos cinemas. já é a quarta temporada de filmes antigos e marcantes que a rede apresenta. Desta vez, estarão em cartaz: Footlose – ritmo Louco; bonnie e Clyde: uma rajada de ba-las; uma História de Amor; Scarfa-ce; e uma Linda Mulher. A progra-mação completa você confere no site do Cinemark.

04, 11, 18 e 25 de novembroMostra Max ophuls Max ophuls já dirigiu cerca de 30 fil-mes e é considerado um importante estilista e mestre do cinema. nesta mostra serão exibidos os quatros fil-mes tidos como os mais importantes da carreira do diretor. Carta de uma Desconhecida, na Teia do Destino, Desejos Proibidos e Lola Montes. na sala Audiovisual do Sesc Horto, às 19h30.

10 a 14 de novembroCineMis – Mostra de Cinema Italiano o CineMis deste mês apresenta a mostra de cinema italiano. Se-rão cinco filmes exibidos durante toda a semana. baaria - A Porta do Vento, Cidade das Mulheres, Caros F... Amigos, Que Horas São?

e A Comilança, respectivamente. De segunda a sexta, sempre às 19h.

SHoWS15 de novembro uma noite em Las Vegas – Cover Elvis Presley o Hangar Live Music juntamente com a Augusta Life Store apresen-tam um show com um dos melhores covers do Elvis Presley do mundo. o evento ainda conta com a parti-cipação de joaquim Seabra e a or-questra Maravilhosa. Além de ofe-recer premiações para as melhores fantasias dos anos 60. É sábado, no Hangar Live Music, às 23h.

16 de novembroAlmir Sater o artista volta às origens e sobe ao palco de Cg neste mês de novem-bro. Com mais de 30 anos de car-reira e 10 discos solo lançados, o cantor e compositor é considerado um dos maiores instrumentistas do país. Domingo, no Palácio Popular da Cultura.

TEATro08 de novembroFalando a Veras o show do humorista Marcos Veras (Encontro com Fátima bernardes e Porta dos Fundos) é um stand-up comedy no qual o comediante faz graça com simples acontecimentos do nosso cotidiano, com direito a números de dança. Com supervisão de Fábio Porchat (Porta dos Fun-dos), a peça chega na cidade para uma única apresentação. Sábado às 21h30, no Teatro glauce e rocha.

14, 15 e 16 de novembro Improváveis A peça comandada pelo grupo te-atral barbixas de Humor volta a Campo grande para mais três apre-

sentações. A peça, que é feita no improviso total e é interativa com o público, já atraiu mais de milhões aos teatros de todo o país. É sexta às 20h, sábado às 19h e domingo às 18h, no teatro glauce e rocha.

17 e 18 de novembro Seu bomfim Monólogo baseado livremente na obra A Terceira Margem do rio, de guimarães rosa. Mais informações no Extra regional

29 de novembroEduardo Sterblitch – Poderoso Castiga o comediante que faz parte do elen-co do Pânico da band, Eduardo Sterblich, apresenta a peça Podero-so Castiga. no enredo, o ator encar-na um carismático pastor que tem o objetivo de exorcizar o mau-humor do mundo. É sábado às 22h30, no Diamond Hall.

MoDA12 a 15 de novembroFeira bocaiúva Moda Criativa e Design Artesanal o evento irá reunir marcas e coleti-vos de criadores, artistas, estilistas e profissionais ligados à arte e cria-tividade, e o mais legal: tudo produ-zido por artistas e estilistas do cer-rado. roupas, acessórios, objetos e móveis serão disponibilizados na feira, que conta com a participação de lojas como Touché Pop, Malo-ca Querida, brechó gaveta e mais. É de quarta a domingo, no Comple-xo Cultural da Estação Ferroviária – Esplanada nob.

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campo grandeagENDa ∆

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ZOOm

os outdoors fazem parte da estratégia da nossa empresa por ser uma mídia im-pactante e muito abrangente; com pontos estratégicos conseguimos atingir nosso objetivo e nos comunicar com nossos clientes."

CNs Calçados Depoimento: Renata Facioli

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utilizamos o outdoor por ser uma mídia de forte impacto visual. Na zoom sempre encontramos bons pontos e assim conseguimos mostrar para nossos clientes que estamos com promoções e novidades.

Cliente : terno & Cia Depoimento: Valério Encina

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para comemorar a chegada da recco lingerie no shopping campo grande, utilizamos várias ações de marketing. Dentre elas, a veiculação de outdoors em pontos estratégicos na cidade para alcançar nosso público alvo. E nesse aspecto, optamos pela zoom que correspondeu perfeitamente aos nosso objetivos. além disso, o atendimento é impecável e a forma de pagamento flexível. tudo sem burocracia para atender de forma satisfatória e dinâmica os empresários da capital.

Cliente : Recco LingerieDepoimento: Juliana Pierin.

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o outdoor é uma peça chave para qualquer campanha em campo grande. optamos por essa mídia para divulgar a campanha da la Dame e todas as marcas que ela representa com exclusividade pois sabemos que trata-se de uma mídia eficiente e que tem impacto imediato junto ao público alvo. atrelado ao outdoor utilizamos também a revista a gente, porque o seu público leitor é formado por consumidores altamente qualificados e que se tornam propagadores da marca la Dame. a zoom é parceira em todos os projetos desen-volvidos pela agência, pois possui ótimos produtos a serem oferecidos para os clientes e também conta com um atendimento excelente.

Agência: Bmix - Cliente: La Dame Depoimento: maria Braga

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pErfIl ∆

texto | ana laura azevedofoto | lucas possiede

famílIa ENgElsouzaMuito antes da onda de vida saudável surgir, já existiam pessoas interessadas em alternativas equili-bradas de alimentação. Em Campo Grande, uma das primeiras opções foi o restaurante Viva a Vida, com um cardápio ovo-lacto-vegetariano. Conheça um pouco da história dessa família.

Na esquina a casa de tijolinho com janelas verdes já é um ponto tradicional. Desde o parque dos poderes até a barão de melgaço são trinta anos de história e dedicação. “E trinta anos, não são trinta dias”, frisa alfredo com um sorriso pláci-do no rosto. À frente do restaurante Viva a Vida, uma família. Não basta dizer que as sócias mariana e tatiana assumiram o negócio do pai e fundador, alfredo. aqui cada um tem em seu papel uma presença marcante e uma função a desempenhar. sempre em família.

alfredo é formado em comunicação pela usp, trabalhava na universidade federal do mato grosso do sul, quando surgiu uma oportunidade de abrir um restaurante para atender a aca-demia de polícia, no clube dos servidores. alfredo e um sócio resolveram encarar o desafio. ao optar por um restaurante de orientação vegetariana, foram até mesmo questionados. “Na terra da carne?”, lembra ele. a escolha que surpreendeu no início, se deu por filosofia de vida. a receita funcionou por muitos anos, mas hoje quem almoça lá encontra carne. “abrimos o cardápio para poder atender aos casais. porque notamos que havia esta necessidade e deu muito certo”, explica alfredo.

as filhas mariana, nutricionista, e tatiana, arquiteta, são as atuais responsáveis pelo restaurante, mas, mesmo aposenta-do, o pai não para. “Nossos clientes tem uma história conosco

e quem vem aqui quer vê-lo. E se ele não vem todo mundo pergunta”, conta mariana, que desde a infância interage com o restaurante. Desde a recepção até a cozinha, ela sempre teve paixão por penetrar nesse universo. acabou escolhendo uma formação que possibilitasse um retorno às suas origens.

a organização deles é como um relógio, sempre com dois de-les em rodízios funcionais. os empregados são prata da casa e normalmente se aposentam por lá. a prioridade pelo padrão de qualidade é notável em cada detalhe. tudo isso explica o marketing boca a boca que há anos vem sendo o carro chefe da casa. familiar sim, caseiro não. E a experiência tem peso: “Já tive outros estabelecimentos concomitantes, trabalhamos freneticamente e ganhamos dinheiro. Hoje, queremos a tran-quilidade de ser dono do próprio negócio, sem perder nossa qualidade de vida”, diz alfredo.

além do restaurante, que só fecha aos sábados, existem as opções de marmita e kits alimentares baseados em calorias, serviços com mais de dez anos de funcionamento. algumas tradições são valorosas. campo grande ganha quando famí-lias se unem para enriquecer a prestação de serviços da ci-dade. quem entra pela porta do Viva a Vida sempre pode ter a certeza de que além do alimento de excelência, a tradicional balinha de banana de brinde estará lá, como tem sido desde o primeiro dia nos últimos trinta anos. ∆

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Eco

No

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o êxito em qualquer desafio ou problema depende, primor-dialmente, do nosso estado de espírito. Este, por sua vez, é alimentado pelas decisões que escolhemos, em razão do livre-arbítrio que confere liberdade para fazermos as nossas escolhas.

No mundo dos investimentos financeiros, risco é a chance de você não ganhar, no futuro, aquilo que esperava no momento em que decidiu fazer sua aplicação. o risco é avaliado por cinco perspectivas diferentes: mercado, crédito, liquidez, operacional e legal.

o risco de mercado é medido pela oscilação dos preços dos ativos e é chamado de volatilidade. quanto maior a volatilida-de, mais risco tem a aplicação. De uma forma geral, títulos de renda variável são mais arriscados do que títulos de renda fixa. como o prazo da aplicação também é um fator de incer-teza, quanto mais longo for o vencimento de um título, maior o seu risco de mercado.

o risco de crédito é a possibilidade de você não receber de volta sua aplicação porque o emissor do título ou a contra-parte da sua aplicação não teve como pagar. Esse tipo de risco é difícil de ser estimado e envolve uma série de fatores subjetivos. por exemplo, as agências de classificação de risco moody’s, fitch, standard and poor’s geram uma classificação que mede o grau de risco do país ou empresa saldar sua dívi-da: o aaa é o de menor risco e ccc é de maior risco retorno.

o risco de liquidez é a chance de você ter que se desfazer de seus investimentos em um mau momento. considere, por exemplo, um imóvel. como as transações são raras, demora-

das e dispendiosas, se você precisar vender rapidamente um imóvel você pode ser obrigado a aceitar um grande desconto ou valor abaixo do mercado.

o risco operacional está relacionado com os erros de exe-cução das suas ordens de investimento. por exemplo, você pode dar uma ordem de compra de uma determinada ação para sua corretora a um determinado preço e constatar, mais tarde, que ela não foi executada por algum problema ou na liberação de um pagamento. E, finamente, existe o risco legal que decorre da falta da formalização correta dos seus investi-mentos ou mesmo o descumprimento contratual.

assumir o risco significa aceitar as consequências dos seus investimentos sem desconforto emocional ou medo. Isso significa que você deve aprender como pensar sobre o seu investimento, e como se relaciona com os mercados de tal modo que a possibilidade de estar errado, de perder, de dei-xar passar uma oportunidade não acione os mecanismos de defesa mental que tirem seu equilíbrio.

Não lhe fará nenhum bem investir com medo das consequên-cias porque seus medos irão influenciar na sua percepção das informações, e em seu comportamento, de forma a levá--lo a criar a experiência que você mais teme, aquela que você está tentando evitar. a perda. ∆

texto | marcelo Karmoucheadministrador e consultor de Investimentos

mItIgar rIscos

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artIgo ∆texto | Elenara baís, personal e professional coach pela sociedade brasileira de coaching, psicóloga, consultora de recursos Humanos do Instituto Vitória Humana

o privilégio de ser avó, a mim generosamente concedido pela existência, me comove a cada dia de convívio com netos e ne-tas. pela condição de mulher, a relação com as netas se torna especial entre perguntas e respostas, roupinhas de boneca e encantos de olhares e palavras que dimensionam instâncias novas e mais bonitas de meu espírito que com elas tanto se alegra. também me remete a antigas memórias e renovadas riquezas da relação com minha avó, quando eu também tinha por volta de cinco anos.

Ela fazia crochê e eu sentava ao seu lado, pelo simples prazer de sua companhia. E ela me oferecia a incrível e desafiadora tarefa de desenlear, com a ajuda de uma agulha de crochê e a sua supervisão, emaranhados enormes de linhas colori-das. ali, ao seu lado, o tempo passava sem que eu notasse enquanto procurava identificar as diferentes texturas, cores e as inúmeras voltas de cada fio que entrava e saía na relação maluca com os demais fios que lhe envolviam, alem dos nós a serem desfeitos com paciência e cuidado para entregar-lhe meadas organizadas em pequenos novelos que ela me ensi-nava a fazer entre os dedos.

Hoje, em diferentes momentos da vida pessoal e profissio-nal, me deparo com a necessidade de encontrar em mim os mesmos recursos que a partir daqueles momentos passei a buscar e treinar e, porque são úteis, continuo ainda buscan-do e treinando. um propósito claro e definido, foco, alguma habilidade e vontade de desenvolvê-la, alguém próximo para pedir ajuda e perguntar quando preciso, paciência, constân-cia e perseverança, que são os elementos constitutivos da

disciplina, somados à disposição e vontade de conseguir para comemorar o desafio superado.

Há um tempo próximo de duas décadas trabalhando com de-senvolvimento humano e organizacional, percebo no escopo deste trabalho que é tanto interior quanto formal e externo a mim, a constante necessidade de des...envolver o que está envolto, de alguma forma por fios às vezes quase imperceptí-veis num primeiro olhar.

acho mesmo que minha avó, ao entregar-me os emaranhados de fios de fato me presenteou com algo de uma disposição empreendedora que vem me fortalecendo numa caminhada de buscas e descobertas, e nestas, a renovação do encanto ao que possa ser de fato, empreender, desde as pequenas ações até as mais ousadas realizações.

um proposto bem definido, identificação dos recursos neces-sários, a busca e reunião de informações úteis a este propósi-to, o foco e a disciplina que juntos transformam os inicialmente abstratos propósitos em concretos resultados ao final de cada etapa. E, na gestão dos recursos humanos... Novamente o emaranhado de fios coloridos a ser desenleado com algum conhecimento, selecionados recursos tecnológicos e indis-pensável amor, porque sem este elemento não há como se obter o movimento necessário ao longo do tempo.

por mais incríveis que possam ser os resultados, talvez o mais encantador e divertido seja o fato de que desta forma, inde-pendente da idade que tivermos, desenvolvemo-nos. ∆

Nos DEs...ENVolVENDo.

mulHErEs EmprEENDENDo.

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artIgo ∆

texto | ariadne de fátima cantu da silva, procuradora de Justiça e escritora.

o tÁxI É um DIVã(uma HIstÓrIa com a cara Do brasIl)

taxista é um tipo sempre curioso. se quer ouvir a voz do povo de um lugar, escute um deles. um falante, claro, pois taxista conheço apenas dois tipos: os que não falam, e os que falam.treinados pela escuta atenta da voz da rua, conhecem e en-tendem um pouco de tudo, e são o termômetro para muitos assuntos.

aliás, acho que o INmEtro deveria sempre consultá-los para o controle de qualidade das coisas. qualquer coisa, pois pela convicção e fluência verbal dos tipos falantes, tenho a sensa-ção de que sabem mesmo de tudo.

com os olhos à deriva do trânsito, formam -se na universidade da vida, e parecem enxergar o que ninguém mais vê. como nunca ouvi nenhuma criança dizer que vai ser taxista quando crescer, acho que se tornam taxistas por uma conflu-ência de fatores e ausência de outros.Isso parece ser uma regra mundial. para os colecionadores de histórias, são sempre um prato cheio.

Em Nova York, por exemplo, em meia dúzia de táxis, pode-se encontrar mais histórias do que no livro das mil e uma noites.sua casa é a rua, e os clientes sua família extensa.

os mais carentes vão conversando mesmo sem se importar se estamos ou não interessados na conversa. E em verdade, nunca estamos.

para estes, a corrida é praticamente uma sessão de terapia.sem ver o rosto do interlocutor, o falante sente-se como se es-tivesse no divã, e sem constrangimento, confidencia traumas e desejos.

outro dia peguei um táxi de manhã cedinho, e no trajeto dos 15 km entre minha casa e o aeroporto, o taxista me contou sua vida inteira, o que foi providencial, pois me fez despertar do estado quase catatônico que me acomete na meia hora seguinte ao acordar.

um pedaço da vida nos Estados unidos, um filho americano, uma filha brasileira formada em biologia com mestrado na In-glaterra desempregada, e um desejo frustrado por nunca ter chamado alguém de pai.

Indignado com o governo como todos, falou mal de gregos e troianos, queixou-se que a filha estudada não tem lugar neste país, e finalizou afirmando que perdeu tudo na américa quan-do foi deportado, mas espera ansioso o filho completar 18 anos para ter direito à cidadania americana e voltar.– aqui não somos tratados com respeito.– fui adotado e depois abandonado. minha mãe me trocou na maternidade por um pacote de cigarros. – quero poder dar a meus filhos o que eu não tive: respeito.

Não ressente-se da vida, acha mesmo que quando chegar na américa com 63 anos, “meio gasto” como disse, estará vivendo um presente, e emendou:– somos um milagre da biologia. minha filha me explicou: uma luta de tantos espermatozoides! – Vencemos e estamos aqui. sou grato por isso, mesmo que eu morra sem poder chamar alguém de pai.

a sessão de terapia dele acabou na chegada ao aeroporto, e ainda fui eu quem pagou a conta. mas não saí de mãos va-zias. ganhei a história, e não precisei comprar revista. ∆

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texto | Eddson c. contarJornalista/pesquisador/escritor

rastros seculares de dominação grega, romana, bizantina, turca...

país que tanto sofreu com a passagem dos sumérios, assí-rios, caldeus e mais recentemente os franceses. ao completar 70 anos de sua declaração de independência, ainda pena em mãos estranhas, ocupado ou invadido por vizinhos, ma-nipulado por nações que fomentam a desunião entre irmãos, buscando nas diferenças religiosas os motivos para confron-tos fraternos, com objetivos que vão desde os interesses de suas indústrias bélicas à conquista do seu solo sagrado, além do radicalismo sionista e fundamentalista que tantas feridas causam em seu solo e que constantemente ameaçam sua se-gurança. E, também, a interferência política de seus vizinhos e irmãos árabes, cujas desavenças acabam por envolver o pequeno e lindo país dos cedros.

acolheu sírios, armênios, mardins, palestinos, e muitos outros povos que vinham sendo massacrados por inimigos, cujas lembranças ainda guarda em seu solo.

E sempre, o espírito fenício tem sido mais forte e persistente. E a cada agressão, destruição e sofrimento, reage como uma fênix, fazendo ressurgir sua beleza, reconstituindo sua fé e redobrando sua vontade de manter-se como uma ilha de paz em meio às desavenças vizinhas.

No entanto, atravessando um momento delicado em sua his-tória, urge que governo e oposição dialoguem sem pré-condi-ções para formação de um governo de união nacional, elabo-rando uma política de defesa que abrigue uma só bandeira, cujas cores envolvam, acima de tudo, o bem-estar sócio eco-nômico do país e a verdadeira independência do seu povo.

E assim, na imagem do seu cedro milenar, ele fincará raízes cada vez mais fortes, buscando sua liberdade e a felicidade do seu povo, e será sempre a joia do oriente médio, pronta a acolher os que nele buscarem o ombro amigo, o teto e a mesa farta que abrigue, alimente e reanime suas almas, desde que venham em paz!

que Deus abençoe sua gente e ajude que o líbano possa realmente festejar sua liberdade e paz em seu solo sagrado!

INsHala!!!! alHmDulIlÁH!!!! ∆

líbaNo

umaINDEpENDÊNcIa quE NuNca sE coNsolIDou

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1- casal Juliana e Júlio pierin; 2- Equipe recco lingerie: sueli, Juliana, Denise, ruth, Vivian e cristiane; 3- Vera e Nádia Eidt; 4- ana ruas e alexandra cami-lo; 5- mariana Vechiato e carol lúcio; 6- Isabela e caroline cavalli; 7- patrícia albuquerque.

para comemorar a chegada da recco lingerie, a marca do amor, no shopping campo grande, o casal Juliana e Júlio pierin receberam os amigos e convidados para um coquetel de lançamento no dia 18 de outubro. a marca, que está no mercado há 35 anos, é uma referência no segmento e está em plena expansão pelo país, chegando ao Esta-do para oferecer um mix de produtos diferenciados e com qualidade a toda família. a loja está localizada no térreo do shopping campo grande.

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fotos | gabriela bernardes

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pelo terceiro ano consecutivo, priscilla pessoa foi premiada pelo salão de arte de ms – o mais disputado da região. a obra acima, João, faz parte da série Ikon, selecionada pelo salão. cenas do cotidiano feitas com a tradicional técnica óleo sobre tela salpicadas de iconografia cristã. No marco.

priscilla pessoawww.atelieppp.blogspot.com

Sua foto ou ilustração pode estar aqui! Envie para [email protected]

crédito da foto: ado biagi

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