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www.ufpr.br | Ano 11 | Número 54 | Março de 2012

A vida na universidadeReformas e expansões, currículos reformados, mais estudantes com auxílio moradia e alimentação: UFPR preparada para o centenário.

Nosso universo não tem limite

Há 100 anos a nossa universidade oferece à sociedade o que há de melhor: formação de profissionais e cidadãos altamente qualificados e que constroem no dia a dia o desenvolvimento do nosso Estado. Excelência na educação profissional, na graduação e na pós-graduação, pesquisa de ponta, extensão e assistência à comunidade aliam tradição, modernidade e inclusão social na construção de uma sociedade mais justa, humana e democrática.

Somos uma das cinco maiores universida-des federais do país, reconhecida nacional e internacionalmente. Mais de 40 mil pessoas e n t r e d o c e n t e s , s e r v i d o r e s t é c n i c o -administrativos e estudantes compõem a comunidade da UFPR e empenham-se em fazer da universidade um centro de formação, produção e socialização do conhecimento, buscando atingir a qualidade social no ensino, na pesquisa e na extensão. Importante é devolver para a sociedade que a criou e mantém os resultados de uma ação acadêmica compro-metida com o desenvolvimento humano e social.

Foi isso que construímos, como bem demonstram as ações desenvolvidas nos últimos três anos.

Na Universidade Federal do Paraná,

instituição plural, convivemos em um ambiente de construção da cidadania e de uma cultura da participação, já que Somos Todos UFPR, comprometidos com a formação e transforma-ção de gerações em agentes efetivos de mudanças na sociedade.

Neste ano do centenário, vamos viver momentos instigantes de reflexão, aprendiza-gem, buscas, descobertas e troca de experiênci-as proporcionadas pelo mundo acadêmico.

Comemoraremos com louvor a dedicação de todos os que passaram pela nossa universida-de, os que aqui estão e os que estão por vir. Que venham mais 100!

Zaki Akel Sobrinho

Gazeta do Povo, 06/03/2012 – Reportagem sobre a doação de um violino que o maestro Carlos Domingues entregou à pequena Vitória Bullessich, uma das cinquenta crianças participantes do projeto “Música para Todos”, da UFPR, que oferece formação cultural para que os pequenos se interessem pela música.Acesso em 13/03/2012, no endereço eletrônico:<http://www.gazetadopovo.com.br/vida-universidade/ufpr100anos/conteudo.phtml?tl=1&id=1230584&tit=Presente-de-Natal-fora-de-epoca>

Gazeta do Povo, 12/03/2012 – Jornalista do caderno “Vida Universitária” visitou os restaurantes universitários da UFPR e classificou o RU Centro Politécnico como “cinco estrelas”. O restaurante foi inteiramente reestruturado em 2008 e serve quase quatro mil refeições por dia.Acesso em 13/03/2012, no endereço eletrônico:<http://www.gazetadopovo.com.br/vida-universidade/nocampus/conteudo.phtml?tl=1&id=1231882&tit=Restaurantes-Universitarios-barriga-cheia-a-preco-baixo#centropoli>

Jornal Metro, 29/02/2012 – Reportagem sobre pesquisas desenvolvidas há trinta anos pela UFPR na estação brasileira na Antártica. A publicação traz ainda uma entrevista com o Reitor Zaki Akel Sobrinho na qual ele manifesta o apoio da universidade à reconstrução da base, destruída por um incêndio em fevereiroF

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O Jornal Notícias da UFPR é uma publicação da Assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná.Rua Dr. Faivre, 405 - CEP: 80060-140 | Telefones: 41 3360-5007 / 5008 / Fax: 41 3360-5087 | Email: [email protected]

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Responsável: Ana Paula Moraes - Reg. Prof.: 18844 - SP | Edição Geral: Félix Calderaro | Editores: Simone Meirelles (Ensino, Ciência e Tecnologia), Ana Paula Moraes (Gestão) e Sônia Loyola (Cultura e Extensão) | Textos: Celsina Favorito e Félix Calderaro | Projeto Gráfico e Diagramação: Leonardo Bettinelli |

Capa: Marina Parapinski | Revisão: Edison Saldanha | Impressão: Imprensa Universitária | Tiragem: 10 mil exemplares.

Pró-Reitoria de Graduação acompa-nhou o crescimento da universidade investindo em qualidade no ensino

O momento é de aumento no número de cursos, alunos e estrutura física. Segundo dados do Censo da Educação Superior (MEC/INEP), nos últimos 14 anos a UFPR aumentou em 346% o número de alunos ingressos, e o número de cursos mais que dobrou – um aumen-to de 181%.

Para a Prograd, os expressivos números só podem ser comemorados se acompanhados de qualidade acadêmica. Essa foi a principal preocupação da Pró-Reitoria nos últimos três anos, período no qual investiu em projetos pedagógi-cos atuais, no assessoramento didático-pedagógico aos cursos, em oficinas pedagógicas para os docentes, na elevação do coordenador à condição de articulador da proposta pedagógica do curso e na implantação do sistema de acompanhamento e tutoria do desempe-nho acadêmico dos estudantes. Foram onze encontros de coordenadores de curso da graduação e outro que envolveu também os coordenadores de cursos de pós-graduação. Os diálogos buscaram colocar a proposta pedagógica e o coordenador como os elementos funda-mentais da excelência acadêmica de cada curso. Essa é a posição que a pró-

reitora de Graduação Maria Amélia Sabbag Zainko faz questão de reforçar: “Os coordenadores são fundamentais, além de serem os principais responsáveis pela formação acadêmica dos alunos.” Para Eduardo Espinosa, do Fórum de Coordenadores da UFPR, o fato da construção ter sido feita coletivamente fortalece ainda mais o projeto consolida-do nos últimos anos. Em 2011, a Prograd contemplou 72 projetos da graduação de responsabilidade dos coordenadores de cursos no Programa de Melhoria da Qualidade Social na Graduação da UFPR. Eles contemplam itens como acervos biográficos dos cursos, custeio e reforma de laboratórios, equipamentos de labora-tórios e sala de aula, além da qualificação de docentes.

O professor Sávio Moreira, que fez parte da comissão do edital, afirmou que o grande diferencial desse projeto é que, além de discutir a qualidade de educação, tem a contrapartida de aporte financeiro. Ao todo, foram investidos quase R$3 milhões nesses projetos. Para Zaki Akel Sobrinho, reitor da UFPR, esse projeto representa uma transformação de qualida-de na graduação, pois os coordenadores engajados conseguem enxergar exata-mente as dificuldades de seus cursos. “Este edital foi o primeiro de uma série. Esperamos que se torne uma política

frequente na UFPR e, consequente-mente, com mais melhorias na gradua-ção.”

Facilitar o acesso, melhorar o ensinoA Pró-Reitoria participou ativamente

na criação e implantação dos currículos de 27 novos cursos, além de ter reformulado os currículos de 47 e ainda ajustado outros 68. A Prograd realizou por três vezes a Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe), maior evento voltado para a comunidade interna e que, somente na edição de 2011, teve mais de 1.700 trabalhos científicos apresentados. A Prograd teve participação efetiva na revisão do processo seletivo que passou a utilizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na composição da nota e na adoção do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) – atualmente 10% das vagas na universidade são destinadas ao sistema. Ainda foi criado o Prograd Itinerante, que leva serviços de assessoria pedagógica, de avaliação e análise de tendências educacionais aos setores e aos cursos .

Para acompanhar o crescimento com qualidade no ensino a Prograd criou o Sistema de Acompanhamento e Tutoria (SAT) que foi desenvolvido a partir da análise de indicadores de aprovação, reprovação e evasão que ajudaram a definir programas que vão melhorar o aproveitamento acadêmico dos estudan-tes, e ainda orientou as coordenações na utilização da plataforma e-mec, na realização do Enade, promoveu a avaliação das disciplinas na visão de alunos e de professores, realizou semi-nários para compartilhar as informa-ções, publicou dois cadernos do profes-sor e um caderno de educação inclusiva, um caderno de educação a distância e um caderno de avaliação institucional se encontram em fase de publicação. Desenvolveu e vem buscando consoli-dar um núcleo de estudos sobre a educação super io r denominado Observatório da Educação Superior. Ampliou e redirecionou o sentido das bolsas de monitoria, ampliou a oferta das bolsas do Licenciar e conduziu as discussões e elaboração dos projetos pedagógicos do Programa de Formação de Professores (Parfor) nas áreas de Química, Física, Matemática, Biologia e Artes, em parceria com o Governo

Foto: Leonardo Bettinelli

Estudantes e servidores lotaram o auditório para a terceira Siepe

Uma nova maneira de construir a qualidade na graduaçãoUma nova maneira de construir a qualidade na graduação

Federal e com a Secretaria de Educação do Estado. Várias também foram as

ofertas de cursos de diferentes níveis: graduação, extensão, aperfeiçoamento, especialização na modalidade EaD. Nas políticas inovadoras o destaque foi para os trabalhos de acessibilidade, de ofertas de cursos de atendimento aos afrodes-cendentes, aos indígenas e aos portado-res de necessidades especiais.

ProvarO Programa de Ocupação de Vagas

Remanescentes foi criado para preen-cher as cadeiras deixadas pelos estudan-tes que cancelam o registro acadêmico. Foi apenas o primeiro passo para aproveitar as vagas ofertadas nos cursos de graduação e educação profissional na UFPR. O Programa foi suspenso durante o ano de 2009 para avaliação e aperfei-çoamento Desde a edição 2010/2011 o programa voltou reestruturado para dar mais autonomia às coordenações e reduzir o número de evasão entre os estudantes que aderem ao Provar. “A principal mudança ocorreu na modalida-de de Reopção de Curso (para alunos dentro da UFPR que desejam mudar de curso), no qual haverá maior liberdade para os colegiados definirem a forma de seleção de seus candidatos”, explicou Adriana Riechter, representante da Prograd na comissão responsável para definir as regras do processo. Com um processo mais rigoroso o novo Provar se enquadrou nas metas da Pró-Reitoria de ampliar o acesso com a manutenção da qualidade no ensino.

Três perguntas para pró-reitora Maria Amélia Sabbag Zainko:

A Prograd investiu muito em qualidade acadêmica. Como os resultados podem ser percebidos pela sociedade e comunidade acadêmica?R – Hoje dispomos de um banco de dados importante sobre a graduação na UFPR, mas principalmente dispomos de um diagnóstico de fatores institucionais e de fatores pessoais que interferem na aprendizagem do aluno. Estamos, com

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eonardo Bettinelli

Seminários sobre avaliação de desempenho ajudaram a reduzir a taxa de evasão

Alunos concentrados na aula do curso de Letras


O registro acadêmico dos calouros é uma das funções da Prograd

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eonardo Bettinelli

muito diálogo, construindo coletiva-mente uma nova visão do que é ser professor na universidade pública, nos dias de hoje e como devemos interagir com nossos alunos para que a aprendizagem efetiva-mente aconteça.Qual o caminho a seguir a partir de agora com o Sistema de Acompanhamento e Tutoria (SAT)?R – O objetivo do SAT é permitir que os alunos que ingressam na UFPR tenham o acompanhamento do seu processo de formação de tal sorte que ele se faça no tempo definido, garantindo que as vagas públicas duramente conquistadas sejam utilizadas apenas uma vez. Alunos que têm seu processo de formação muito estendido acabam ocupando mais do que uma vaga. Mais que um diagnóstico, o SAT indica situações problemáticas que merecem intervenção imediata.A Prograd participou da implantação no Setor de Educação Profissional e Técnica de alguns cursos. Quais as principais frentes de trabalho da Pró-Reitoria para a graduação e para o ensino profissionalizante?R – A interação entre os níveis de ensino, em especial a interação com a pós-


PRPPGA cada três anos, a Capes faz a sua

avaliação trienal das pós-graduações de todo o Brasil, tanto de instituições privadas quanto públicas. Na avaliação que computou o desempenho no período de 2004 a 2006, a UFPR tinha 26 mestra-dos com nota quatro e oito com nota cinco, bem como, 24 doutorados com nota quatro e sete com nota cinco. Na avaliação do período 2007 a 2009, 23 mestrados obtiveram nota quatro, mas o número de notas cinco subiu para 19. Já os doutorados tiveram 17 notas quatro e 19 notas cinco. Nesse crescimento, o apoio da PRPPG na Coleta de dados da Capes foi fundamental.

O crescimento, expressivo, se refletiu na média geral de notas da pós, que subiu de 3,93 para 4,13, elevando a UFPR da 14ª para a 11ª posição no ranking nacio-nal das universidades públicas. “Este desempenho só não foi melhor porque abrimos muitos cursos de mestrado e doutorado novos, que começam normal-mente iniciam com nota três”, explica o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Sérgio Scheer.

Efetivamente, o número de cursos também cresceu. Em 2008, a UFPR tinha 52 mestrados e 32 doutorados. Hoje, são 67 mestrados e 42 doutorados, um crescimento de 28% em três anos. Como consequência, o número de alunos de pós-graduação também cresceu. Em

2008, eram 3.889. Hoje, somam 4.715. Da mesma forma, sobretudo pelo aporte feito pelo Reuni, o número de bolsas mais que duplicou. Em 2008, sem contar as bolsas da Fundação Araucária, eram 1.096. Em 2011, tinham 2.420 bolsas d isponíveis pe lo CNPq, Capes e Reuni/MEC.

Cabe destacar ainda que ao final de 2011 a UFPR teve 291 pesquisadores com bolsa de produtividade do CNPq.

Pesquisa e Iniciação CientíficaSe a pós-graduação cresceu e melho-

rou, a pesquisa trilha o mesmo caminho. A produtividade da UFPR em 2008 era de 2.447 publicações em periódicos e 3.102 em anais de congressos. Em 2010, foram 2.473 publicações em periódicos e 3.482 em anais. Os dados foram extraídos do Coleta de dados da Capes e se referem somente à produção dos professores e alunos ligados às pós-graduações.

No último triênio (2009-2011) foram publicados por pesquisadores da UFPR 3.218 trabalhos indexados, um aumento de 35 % em relação ao quatriênio anterior (2006-2009, com 2.379 publicações). Todos trabalhos científicos publicados por pesquisadores da UFPR até 2011 foram citados 55.924 vezes, destas citações 26.377 ocorreram no último triênio, quando praticamente dobrou o número total de citações de trabalhos produzidos na UFPR.

A Iniciação Científica (IC) e a Iniciação

Tecnológica (IT) também cresceram. Os resumos apresentados na (Siepe) Iª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão em 2008 atingiram o total de 1.056 e 1.157 em 2009. Em 2010 e 2011 , saltaram para 1.257 e 1.353, respectiva-mente. Esses resultados refletem o maior envolvimento de alunos, com bolsas ou voluntários. Em 2008, 558 alunos foram bolsistas na Iniciação Científica ou Tecnológica e 376 foram voluntários. Em 2010, 765 foram bolsistas e 519 voluntá-rios. Em 2011, 786 bolsas foram ofereci-das e houve a participação de 549 voluntários nos Programas de IC e IT.

Além das bolsas, um aporte de recursos sem precedentes também colaborou com o crescimento da produ-ção científica. Os valores captados para infraestrutrura de pesquisa no CT-Infra em editais do Proinfra/Finep e outras fontes como o edital para novos cursos e o Pró-Equipamentos da Capes descreve-ram um curva crescente impressionante. Em 2008, um ano já excepcional de c a p t a ç ã o , o v a l o r a t i n g i u R$6.034.347,00. Em 2009, bateu em R$12.906.743,00; e, em 2010, chegou a R $ 11 . 7 5 7 . 5 5 5 , 0 0 , t o t a l i z a n d o R$24.664.298,00. Nos sete anos anterio-res, somados, inclusive 2008, os valores ficaram pouco abaixo de R$22 milhões. Essa injeção de recursos serviu para

O boom da pesquisa e da pós-graduaçãoPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação F

oto: Leonardo B

ettinelli

Vários projetos de pesquisa são patenteados e compartilhados com o setor produtivo

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eonardo Bettinelli

Equipe da PRPPG com o reitor Zaki Akel ao final da terceira Siepe

O boom da pesquisa e da pós-graduação

melhorar infraestruturas, sobretudo laboratórios.

Ressalte-se que em todos os editais do Pró-Equipamentos da Capes a UFPR alcançou recursos integrais nas três edições, com R$6.64 milhões para aquisição de equipamentos destinados a laboratórios multiusuários.Inovação e patentes

Consequência da maior produção de conhecimento, a Agência de Inovação trabalhou muito mais com registro de patentes e transferência de tecnologia. Em junho de 2010, a UFPR atingiu 113 patentes solicitadas. No ano de 2010, também foram assinados sete contratos de licenciamento de tecnologias e mais cinco assinados em 2011. Até dezembro de 2011 os pedidos de registro de paten-tes bateram em 148, foram registradas três proteções de tecnologia no exterior, 12 marcas, três cultivares protegidos, quatro empresas foram incubados, duas estão pré-incubadas e seis em prospec-ção. Além disso, foram ministrados cursos e oficinas de empreendedorismo. Um exemplo de patente registrada foi o óculos de proteção ajustável, não rígido para prevenção de exposição aos fluidos biológicos.

A relação com o setor produtivo, para efeitos de transferência de tecnologia, foi feito em eventos públicos como a Feira da Indústria Agro Alimentar e Match Making, a Feira do Empreendedor do Sebrae, o Encontro Nacional de Gestão de Resíduos (Enager), Mostras de Pesquisa e Inovação, Encontro de Empreendedorismo e Inovação e cafés da manhã com rodadas de negócios. Esses encontros permitiram colocar em contato os parceiros externos, como a Federação da Indústrias do Estado do Paraná (Fiep),

r e s p o s t a m u i t o i m p o r t a n t e d a s instituições públicas de Educação Superior, como a UFPR. O incremento de cursos auxilia no c u m p r i m e n t o d e d o i s p a p é i s fundamentais da Universidade, o da formação de profissionais capacitados e o da produção de conhecimento. Houve significativos avanços na formação de mestres, doutores e grupos de pesquisa credenciados. O número de bolsas de estudos para mestrado e doutorado mais do que dobrou no último triênio (“Bolsa para todos” na Capes e de apoio da pós-graduação na graduação no Reuni) e a infraestrutura para pesquisa e pós-graduação tem sido incrementada de forma clara e concreta refletindo no aumento de produção científica e tecnológica com busca real de excelência acadêmica. A UFPR está ocupando seu e s p a ç o n o c e n á r i o n a c i o n a l e internacional.2) A pesquisa e a pós-graduação vão continuar crescendo?R – Com o aumento do número de docentes com doutorado, a UFPR pode continuar seu crescimento a partir da participação de um número maior de docentes nos programas de pós-graduação. De um total de mais de 1.600 doutores, hoje cerca de dois terços atuam na pós-graduação, havendo possibilidade real de crescimento a partir do envolvi-mento de um maior contingente de docentes. Vale lembrar que a atividade de pesquisa é condição natural de participa-ção em programas de pós-graduação. Além disso, é necessária a atuação docente que implica em, além de estar ativo na graduação, dar aulas na pós-graduação, realizar pesquisas orientan-do alunos e publicando em bons veículos de disseminação científica de acordo com as áreas de conhecimento. 3) Quais as diretrizes que a PRPPG pretende implementar nos próximos dois anos?R – A PRPPG tem buscado o foco na excelência acadêmica, com programas de apoio como o “mais um” e a internacionalização, visando a melhoria de conceitos dos programas de pós-graduação e o incremento do número de alunos e pesquisadores estrangeiros. Outro ponto focal é no atendimento a estratégias de maximização de recursos c o m o n o c o m p a r t i l h a m e n t o d e infraestrutura e de equipamentos em l a b o r a t ó r i o s e c o n d o m í n i o s multiusuários. A partir de editais internos e de apoio à confecção de proposta de projetos de pesquisa buscará prosseguir

Sebrae, Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), e os parceiros

internos, como o Departamento de Ciência e Gestão da Informação (Decigi), Departamento de Design (DDesign), o PPG em Bioinformática, entre outros, explica o professor Emerson Camargo, responsável pela transferência de tecnolo-gia na Agência de Inovação UFPR.

SiepeAs diversas modalidades de bolsas da

UFPR sempre foram gerenciadas por unidades distintas, conforme a natureza da bolsa. E cada unidade fazia seu próprio evento para apresentar resultados. Assim, eram realizados o Encontro de Extensão e Cultura (Enec), o Encontro de Atividades Formativas (Enaf), o Encontro de Iniciação Científica (Evinci) e o Encontro de Iniciação Tecnológica (Einti). A partir de 2009, o trabalho para integrar os eventos na Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) teve seu início. As datas de realização são marcadas em conjunto, mas a integração ainda foi pequena. Em 2010, acorreu um evento geral mais integrado, mas ainda com organizações e cronogramas com certo grau de autonomia. Em 2011, desde o início a III Siepe foi planejada de forma totalmente integrada. “Não fazia sentido defender a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e manter eventos separados”, defende Scheer.

Três perguntas para o pró-reitor Sérgio Scheer:1) Qual o significado do crescimento da pós-graduação nos últimos três anos para a UFPR?R – O crescimento registrado é fruto de ações de governo e tem recebido uma

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odrigo Juste DuarteAgência de inovação: primeira patente e primeira empresa júnior incubada

PROECO Teatro da Reitoria está lotado. É dia 2 de dezembro de 2009. Cem alunos do

Curso de Dança Moderna (CDM) entram no palco para fazer a primeira apresentação da temporada de final de ano. Suzana Leite de Oliveira, de 17 anos, aluna do Acadêmico II, é uma das alunas que teve a vida transformada pela dança. “A dança ensina e contagia as pessoas”, diz.

Os alunos do CDM têm aulas todos os dias: uma hora no básico I e II e 1,5 hora nas demais turmas. O curso dura oito meses. Toda estrutura física é fornecida pela UFPR,

teórica e prática com a equipe do Téssera, grupo de dança moderna da

UFPR.Dentro na mesma linha, a Proec

também oferece o curso de musicaliza-ção para crianças. Música para todos, ministrado pela equipe do grupo de MPB da UFPR, que teve 25 participan-tes em 2008 e 50 em 2010.

Os dois cursos são um exemplo de como a junção entre cultura e extensão tem o poder de transformar as pessoas. Crianças carentes passam a ter acesso a um mundo da arte que seria inacessível sem os cursos. “A UFPR oferece cultura e formação artística gratuita. Cumpre um papel fundamental de inclusão, voltado sobretudo para os segmentos menos favorecidos”, explica a pró-reitora de Extensão e Cultura, Elenice Novak.

Mais espaços Nos últimos dois anos, a cultura e a

extensão da UFPR ganharam novos espaços, que deram mais fôlego para a

área. O restauro do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), em

Paranaguá, a inauguração da Sala Didático-Expositiva e Adequação da Reserva Técnica do MAE, a reabertura da livraria no Politécnico, a reforma no teatro da Reitoria e dos espaços da própria Proec e as obras de tratamento acústico na sala da Orquestra garantiram melhores condições físicas de realização das atividades de cultura e extensão.

A melhoria do espaço físico permitiu um conjunto de novas ações. O MAE realizou em 2010 a exposição “Séries do Porto”, em parceria com a Fundação Teatro Guaíra e o Museu Oscar Niemeyer. Em 2011, apresentou seu acervo nas exposições “Amazônia Viva”, obras do artista indígena Tyryetê Kaxinawá e “No Ritmo do Fandango”. Desde 2010, o museu também passou a fazer parte da agenda oficial de turismo do Paraná, criou a agenda cultural “Sábados no Museu”, incluindo atividades artísticas com a comunidade local, implantou o Curso “O MAE vai à Escola”, criou o kit lúdico-

O poder transformador da extensão e da cultura

pedagógico “Caixinhas do MAE”, que recebeu o Prêmio Darcy Ribeiro do

MINC/IBRAM em 2010 , patenteou a customização da Coleção Didática Inédita de Bonecas Indígenas e inaugu-rou o “Cine Clube MAE”, em sua sede histórica – monumento jesuíta, em Paranaguá. Além disso, o projeto e a curadoria da Exposição de Longa Duração do MAE Paranaguá foram autorizados na íntegra pelo Programa Nacional de Cultura (Pronac), prevendo a captação de quase R$1.3 milhão em recursos incentivados pela Lei Rouanet.

O trabalho do MAE se reverte em números expressivos. O Museu atendeu, associando suas unidades expositivas – em Paranaguá e Curitiba – desde 2008, 527 escolas, 20.593 alunos de ensino médio e fundamental e recebeu 95.068 visitantes. Para isso, teve quarenta e três bolsas alocadas e dezoito alunos volun-tários. O MAE desenvolveu, nesse período, oito projetos de pesquisa e extensão, sete deles mantidos pela

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odrigo Juste Duarte

Espetáculo em que a Téssera Companhia de Dança completou 30 anos

Pró-Reitoria de Extensão e Culturabem como os recursos humanos. Para

os alunos, o custo é apenas com trans-porte e, eventualmente, com alimenta-ção. Ao longo de 20 anos de existência, o CDM já teve mais de mil alunos. Alguns deles foram aproveitados pela Téssera. Muitos fizeram o ciclo completo, permaneceram oito anos estudando dança.

O CDM é um dos cursos de inclusão pela cultura da Proec. Gratuito, teve 120 participantes em 2008. Em 2010, o número já cresceu para 150. Os alunos, de 9 a 13 anos, recebem formação

O poder transformador da extensão e da cultura

UFPR e outro pelo CNPq.A Editora UFPR também vem

apresentando desenvolvimento signifi-cativo. A quantidade de títulos publica-dos, entre livros e periódicos, chegou a quarenta, o que a coloca num bom patamar de produtividade para os padrões das editoras universitárias brasileiras. A procura por nossa Editora também tem se ampliado de forma significativa por autores e tradutores, o que mostra a confiança adquirida por ela nos últimos anos: em 2009 foram 29 projetos editoriais em avaliação, em 2010 foram 30 e em 2011 os projetos propostos e avaliados passaram de 40. A Editora UFPR também vem se destacan-do entre as editoras universitárias brasileiras pela melhoria da qualidade editorial dos seus livros e a sua política de incremento e publicação de tradu-ções. Com a finalidade de disponibilizar para o leitor acadêmico brasileiro obras importantes utilizadas em cursos de graduação e pós-graduação, entre 2008 e 2011, foram aprovados 25 projetos de tradução e a maioria dos livros já foi editado. A Editora também consolidou sua presença em grandes eventos e feiras de livros como as Bienais de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de promover duas feiras de livro no espaço da UFPR. Esses eventos, somados às vendas de duas livrarias e outras feitas pela internet e contratos de consignação, têm aumen-tado o número de exemplares comercia-lizados.

Aperfeiçoamento e divulgação da extensão

Por outro lado, o trabalho se voltou para o aperfeiçoamento, a divulgação e simplificação dos processos que envolvem a extensão. A definição de critérios para avaliação de propostas e relatórios no Comitê Assessor de Extensão (Caex) ganhou atenção especial. Em seguida, a partir da consul-ta aberta à comunidade, foram elabora-das novas resoluções para a cultura e a

Foto: Rodrigo Juste Duarte

Caixinha do MAE – exemplo de difusão de arte e cultura

Exposição do MAE


Feira do livro já divulgou milhares de produções da universidade


Projeto de musicalização infantil: número de crianças dobrou em dois anos

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onaldo Duarte

Em Antonina o 21º Festival de Inverno da UFPR - 2011

extensão: Resolução 24/11 – Cepe: Bolsa-Cultura e Resolução 25/11

– Cepe: Bolsa-Extensão e Resolução 75/11 – Cepe: Atividades de Extensão. Como resultado, o número de alunos integrados a atividades de extensão saltou de 614 em 2008, para 1.729 em 2011. O número de bolsas também cresceu. Eram 344 em 2008. Em 2010 foram 516. Foi iniciado em 2011, em parceria com o Centro de Computação Eletrônica da UFPR, o desenvolvimento do Sistema Integrado de Gerenciamento da Extensão Universitária (Sigeu), sistema que em breve permitirá que todos os formulários e informações sobre atividades da Extensão na UFPR estejam on line.

Além disso, a Coordenadoria de Extensão criou um boletim on line com informações sobre as atividades desen-volvidas na UFPR e sobre editais e eventos. O mesmo procedimento passou a ser realizado pela Editora UFPR, com a divulgação on line de todos os lançamen-tos. Em articulação com a UFPRTV, as atividades culturais da UFPR também passaram a ter veiculação constante no programa Caldo de Cultura. “A extensão e a cultura estão voltadas para o fortaleci-mento do diálogo entre a comunidade universitária e demais segmentos da sociedade”, finaliza Elenice.

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eonardo Bettinelli

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eonardo Bettinelli

PRA A UFPR vai crescer ainda mais

A maior expansão da história

Com mais recursos a UFPR construiu 178 mil m² nos últimos três anos.

Serviços também foram ampliadosOs grandes momentos históricos

normalmente não são percebidos na sua dimensão plena quando estão sendo realizados. Hoje, a expansão dos espaços físicos da Universidade Federal do Paraná é um desses momentos vivido mais que percebido, porque ainda não se encerrou. Em 2008, foram 54 mil m² construídos; em 2009, 64 mil; e em 2010, 60 mil. No total, são 178 mil m², equivalentes a 25 campos de futebol.

Esta expansão tem explicações claras. Primeiro, foi potencializada pelo Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que possibilitou a abertura de mais de 30 novos cursos, a maioria noturnos, de graduação e ampliou também as vagas na pós-graduação. O Governo Federal alocou R$ 247.946.234,28 até 2012, contando salários de docentes e servidores, bolsas, professo-res visitantes, custeio, equipamentos e obras. Além do Reuni, o Governo Federal retomou os investimentos nas universidades federais, sucateadas durante os anos anteriores. Isso injetou novos recursos, utilizados para reformas e adaptações. Por fim, as ações da administração central, nos últimos dois anos, para obter emendas parlamentares aumentaram a capacidade de investimento da universidade e viabiliza-ram diversas obras ou financiaram parcialmente construções que possuíam recursos de outras fontes também, como é o caso da unidade de cirurgia de animais de

grande porte do Hospital Veterinário.O desafio de executar tantos recursos com

uma equipe cuja expansão não era proporcio-nal ao aumento dos recursos a serem executa-dos foi vencido com a melhor organização dos processos internos da administração pública. Isso melhorou o atendimento pelas unidades e assessorias da PRA e proporcio-nou mais agilidade na solução dos proble-mas. “O volume de recursos para obras cresceu e as equipes para o gerenciamento dessas obras não acompanhava a necessidade para tantos desafios. Uma reorganização na forma de atendimento e um melhor desempe-nho dos técnicos e profissionais da área de engenharia e arquitetura fazem com que se consiga, na medida do possível, alcançar as metas previstas¨, explica Paulo Krüger, pró-reitor de Administração.

A alta demanda de diversas atividades e quantidade reduzida de pessoal foi compen-sada com a melhoria na elaboração dos projetos e editais além da capacitação e desenvolvimento dos técnicos. Além disso, a unificação dos editais, por produtos ou por serviços, evitou a realização de diversas licitações com o mesmo objeto. A unificação fez com que a Universidade realizasse menos licitações, mas executasse mais recursos. Em 2008, foram feitas cerca de cem licitações para executar pouco mais de R$50 milhões de Orçamento para Capital e Custeio. Em 2010, foram 160 licitações para executar cerca de R$90 milhões. A tendência de unificações de processos licitatórios deve continuar.

A melhor qualidade da equipe e dos processos também permitiu um suporte de melhor qualidade às análises econômicas, apoio administrativo a questões relativas ao Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União, mandados de segurança, ações trabalhistas e outras.

Mais serviçosSe a área de licitações melhorou, os

serviços oferecidos pela PRA foram todos ampliados. Na Central de Transportes da

UFPR (Centran), a aquisição de mais 50 unidades novas, entre veículos leves,

vans, ônibus urbanos e para viagens, permitiram a ampliação e melhora na qualidade dos serviços de transportes.

Com o apoio do Centro de Computação Eletrônica (CCE), também unidade da PRA, as solicitações de veículos foram totalmente informatizadas e agora são feitas on line, através do Sistemas Integrado para Controle de Frota (Sincof), acessado pelo endereço, logando-se e acessando o Sincof.

A Imprensa Universitária foi moderniza-da e reformulou todo o seu parque gráfico com a novas aquisições de plotter, impres-sora digital, impressora colorida A3, impressora de provas contratuais, sistema de pré-impressão e gravação de chapas, duas Heidelberg Off set bicolor, Off set bicolor com reversão para frente e verso, impressora para formulários Off set. O parque gráfico de impressão utiliza somente equipamentos modernos, tendo sido substituídos os antigos. “Com isso, aumen-tamos nossa produção exponencialmente. Em 2008, por exemplo, foram impressos 150 mil folders; em 2010, foram quase 400 mil. As publicações também saltaram de 25 mil em 2008 para mais de 150 mil em 2011”, relata Álvaro Pereira, diretor de Imprensa. Com a utilização das chapas thermal direct a Imprensa contribui com a conservação ambiental. Até que fosse adquirido o equipamento computer to plate, CTP, que grava as chapas para impressão, os efluentes gerados no processo de pré-impressão causavam impactos ambientais significati-vos. Agora, as imagens as serem impressas são geradas a partir do computador para a chapa. A camada de resíduos gerada mistura-se à tinta e não é dispensada, tornando limpo o processo. Além disso, a Imprensa passa a contar com uma alceadei-ra, utilizada para intercalar as publicações, grampeá-las e efetuar refile frontal. Esse equipamento contribui para o incremento da produtividade eliminando o trabalho que era totalmente manual melhorando as condições de trabalho dos servidores.

A rede de restaurantes universitários que somam seis no total, RU Central, RU Centro Politécnico, RU Agrárias, RU Centro de Estudos do Mar, RU Palotina e RU Matinhos atingiram 1,3 milhões de refei-ções, servindo agora refeições nos três turnos além de finais de semana, um apoio substancial da Administração Central para a permanência do aluno na UFPR.

Impressionante também são os números do inventário de patrimônio, que não era feito há mais de dez anos. Em 2010, todos os bens foram inventariados, chegando a um total de 200.747 itens, o que representa um montante financeiro de mais de R$120 milhões – valor que deve ser ainda maior já

A UFPR vai crescer ainda maisPró-Reitoria de Administração

Projeção do Campus Rebouças

que alguns setores não puderam ser inventariados nesse primeiro momento.Além da regularização do patrimônio da

UFPR, a PRA também licitou em 2009, uma empresa para a regularização dos registros de todos os imóveis da Universidade. Mais de 50% dos terrenos estavam irregulares e foram regularizados. Assim, a UFPR está preparada para crescer, incorporando ao seu patrimônio terrenos e imóveis adquiridos ou recebidos em doação, como o Edifício Teixeira Soares, na João Negrão, doado pelo Governo Federal para expansão do ensino e o terreno no Juvevê, onde se localiza o curso de Comunicação Social, comprado por R$ 8,1 milhões da Previdência Social.

Objetivando o aprimoramento da gestão, o CCE, desenvolveu e continua desenvolvendo novos sistemas objetivando a melhoria contínua e fornecendo apoio informatizado às ações da Administração Central. Nesta esteira foram desenvolvidos os sistemas Sistema Integrado de Gestão de Pessoas (Sigep) para a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe), Sistema Integrado para Controle Orçamentário e Financeiro (Sigecof) para atender as unidades orçamentárias da UFPR, o Sistema de Contratos (Sicon) para o Departamento de Serviços Gerais (DSG), o Sistema Integrado para Controle de Frota (Siconf) para a Central de Transportes (Centran), Sistema Integrado de Gestão da Extensão Universitária (Sigeu) para a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Sistema de Gestão de Acordos (em desen-volvimento) para a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan), tudo integrado na IntranetUFPR, um portal agregador de sistemas e soluções desenvolvido em ambiente web, que permite o acesso de qualquer ponto da UFPR ou mesmo fora dela.

Novos sites também foram desenvolvi-dos, incluindo o novo portal da UFPR www.ufpr.br em parceira com a ACS.

Melhorias no SIE também foram implementadas, com investimentos em uma

nova infraestrutura de servidores e softwares, juntamente com a contratação de

suporte técnico da empresa autorizada, permitiram a estabilização do sistema, praticamente eliminando-se os travamentos. Um novo portal do aluno e novo portal do professor serão novidades que ocorrerão em breve e trarão novas facilidades para o principal público usuário do sistema.

A RedeUFPR foi alvo de investimentos e modernização, além de mais de 2000 pontos de rede novos, o CCE substituiu quase 400 switches de borda, melhorando a qualidade do acesso e ampliando as possibilidades de comunicação interna e acesso à internet. Nas melhorias na área de redes foram contempla-das a ampliação da velocidade de acesso à RedeUFPR para o campus Palotina que passou de 4 mb/s para 10 mb/s e do Centro de Estudos do Mar que passou de 4 mb/s para 6 mb/s.

Há ainda a previsão de ligação do Centro de Aquicultura em Pontal do Paraná à

RedeUFPR ainda para o primeiro semestre de 2012 com velocidade de 4 mb/s e ampliação da velocidade de acesso de 4 mb/s para 20 Mb/s para o Setor Litoral em Matinhos e de 64 kbp/s para 4 mb/s no Museu de Arqueologia e Etnologia em Paranaguá que foram licitados via RNP, desonerando custos para a UFPR, além de estar em processo de licitação a ampliação de 6 mb/s para 20 mb/s a ligação do Centro de Estudos do Mar.

Novas aquisições para o Datacenter da UFPR modernizaram a infraestrutura e permitiram uma melhor gestão dos mais de 600 subdomínios hospedados no CCE, flexibilizando as ações de mudanças e diminuição do downtime.

Está em fase de implantação mais de 600 novas impressoras laser, incluindo multifun-cionais, fruto de contrato liderado pelo CCE juntamente com a PRA para padronização do parque de impressão da UFPR, com as melhorias do serviço prestado e barateamen-to dos custos envolvidos com impressão de escritório.

Com integração e sinergia, envolvendo-se com todas as pró-reitorias e setores permiti-

ram uma aproximação maior do CCE com a comunidade universitária.A UFPR está preparada para expandir

ainda mais até 2020.

Entrevista com o pró-reitor Paulo Krüger:Deu muito trabalho estar à frente da PRA no momento em que a UFPR fez uma das maiores expansões de espaço físico da história?R – Sim, desde o início propusemos uma nova forma de conduzir as questões referentes aos processos, perante a disponi-bilidade dos recursos, levando em conta a velocidade com que as demandas precisa-ram e ainda precisam ser atendidas e equipe reduzida, porém com potencial para realizar este desafio. O caminho é árduo, mas traz muita satisfação.Como a melhoria dos processos adminis-

trativos colaborou para superar estes desafios?R – Primeiramente foi necessário efetuar o mapeamento dos processos, ou seja, como um processo de compra, de serviço, de obras ou de uma reforma se conduz interna e externamente à UFPR e procurar identificar e eliminar os gargalos, nos quais podem ocorrer demoras ou indefinição de ações a tomar. Após, fizemos o entendimento com a equipe de que, mesmo com dificuldades, devemos entender e facilitar a resolução para a comunidade da UFPR. Também dialogamos com os órgãos de análise interna para agilizarmos os processos, dentro da lei. Todos entenderam que as demandas são legítimas. Esse entendimento permitiu que nossos objetivos fossem alcançados.Nos próximos anos, a UFPR vai continu-ar crescendo?R – Com certeza. A comunidade apresenta características sempre crescentes da ampliação da qualidade no ensino, na pesquisa e na extensão. Não há como ser diferente, em vista do diferencial que a UFPR apresenta em suas atividades e o respeito que a sociedade tem pela nossa



Novos ônibus da Centran que transportam alunos e servidores a eventos

Com novo maquinário a Imprensa reduziu a emissão de poluentes

Nova construção no Setor de Educação Profissional e Tecnológica - SEPT

Foto: Rodrigo Juste DuarteFoto: Rodrigo Juste Duarte

11 Notícias da UFPR | Março de 2012

PROGEPEConquistas na área de Gestão de

Pessoas tornaram-se uma realidade na UFPR ao longo dos três últimos anos. Entre os destaques está o auxílio saúde, também conhecido como per capita. Este beneficio financeiro, implantado em folha de pagamento para subsidiar as despesas com saúde atende atualmente cerca de 11 mil vidas (servidores e dependentes).

Esta foi apenas uma das muitas ações desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, que tem entre suas inúmeras funções, contribuir para que os quase seis mil docentes e técnicos administrativos da UFPR tenham saúde e uma melhor qualidade de vida.

Saúde do ServidorTambém mereceu destaque, na área da

saúde do servidor, a implantação dos exames periódicos, agora com recursos financeiros específicos para este fim, graças à portaria expedida pelo Ministério do Planejamento. Esta é, de acordo com a pró-reitora Laryssa Martins Born, “mais que uma necessidade institucional, um direito do servidor”.

Paralelamente aos exames, a UFPR tem estimulado que os próprios servidores invistam na sua saúde, buscando uma melhor qualidade de vida. Como contribuição, promoveu quatro ciclos de palestras, o “Conversando sobre Saúde”, que reuniu não apenas servidores, mas também estudantes. Os encontros foram itinerantes e realizados na Reitoria, HC, Botânico e Politécnico. Para o público prestes a se aposentar a Progepe também dedicou atenção especial, ofertando cursos e palestras, sempre visando contribuir para um enfrentamento saudável da nova fase da vida.

A coordenação do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) foi outro marco da UFPR ao longo dos três últimos anos. A Instituição assumiu a responsabilidade pela viabilização do módulo de perícia em saúde não apenas de seu quadro de pessoal, mas também de outras instituições federais de ensino superior do Paraná (UTFPR e IFPR).

É significativo o investimento feito na área de reabilitação funcional. As ações desenvolvidas vêm permitindo que o servidor seja reintegrado às atividades compatíveis com seu estado de saúde. A Progepe tem ainda, em parceria com a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apuf-Pr) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro

Grau Público de Curitiba (Sinditest), Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná, participado das discussões geradas no Grupo de Trabalho da Saúde formado em 2011. Entre as discussões que vêm sendo realizadas estão as avaliações necessárias para identificação de doenças laborais.

Capacitação e QualificaçãoNa área de Desenvolvimento de Pessoas, a

Progepe investiu, entre 2009 e 2011, R$1.686.362,88 em cursos que vão desde o de tecnólogo em Gestão Pública, à Graduação em Administração Pública, passando pela Especialização também em Gestão Pública e pelo Mestrado Profissional em Enfermagem.

Significativo é também o número de servidores da UFPR/Funpar que participaram – nada menos que 10.948 – dos cursos de qualificação e capacitação sugeridos durante a avaliação de desempenho nos últimos três anos. As formações foram ofertadas através dos programas de línguas, informática, atualização profissional e educação continua-da, bem como durante a semana do servidor, realizada anualmente no mês de outubro.

Ainda merece destaque, comenta a pró-reitora da Progepe, Laryssa Born, a Resolução 65/09, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), de estabelecer que 5% das vagas ofertadas nos cursos stricto sensu (mestrado e doutorado) fossem destinadas aos servidores da Instituição. Com isso, ressalta a dirigente, mais profissionais poderão se qualificar e contribuir de forma mais efetiva no ambiente de trabalho. Além disso, conquis-tarão benefícios financeiros e realização pessoal.

Ainda no âmbito do desenvolvimento de pessoas também há registro significativo quando se trata do número de técnicos administrativos que, em 2011, participaram da avaliação de desempenho um total de 3.115 profissionais. Agora, em 2012, será iniciado o processo de sensibilização da comunidade universitária para definição de metas setoriais a serem alcançadas nos resultados institucio-nais.

Reconhecimento NacionalNa área de Planejamento de Pessoal, a Pró-

Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) vem recebendo reconhecimento nacional quando o assunto é dimensionamento. O MEC indicou que o sistema adotado na UFPR servisse de base para todas as instituições federais de ensino do Brasil.

À Coordenadoria de Planejamento de Pessoal cabe também coordenar o recruta

mento, movimentação e acompanhamen-to de servidores, bem como, promover concursos e testes seletivos. Além de não perder nenhuma vaga das que precisavam de autorização do Governo Federal (Reuni), admitiu 632 técnicos administrativos, 115 técnicos temporários, 527 docentes, 311 substitutos e 24 visitantes. Também atendeu 308 servidores, que passaram pelo processo de movimentação, o qual é levado em consideração o perfil e anseio do servidor e as demandas institucionais apontadas pelo dimensionamento.

Transparência e ModernizaçãoNo eixo da Administração de Pessoal o

grande êxito se deu na clareza e tramitação dos processos e na redução das “não confor-midades”, apontadas pelas auditorias dos órgãos de controle externo. Também investiu na transparência com a publicidade de portarias do Gabinete do Reitor e da própria Progepe.

A manutenção da folha de pagamento, bem como as concessões dos benefícios de aposentadoria, atualização cadastral dos servidores ativos, aposentados e pensionis-tas são permanentemente realizadas pela Pró-Reitoria. Outra atividade que também se refletiu no dia a dia dos servidores, gerando maior agilidade, foi a revisão/modernização de formulários de concessão e rotinas de trabalho.

Para a pró-reitora Laryssa Martins Born e equipe de profissionais da Progepe, “garantir os direitos das pessoas é uma maneira de cuidar delas. Por isso, a equipe da Progepe tem se empenhado no sentido de ofertar, sempre, as melhores oportunidades de crescimento pessoal e profissional aos servidores da Instituição”, finaliza.

Um olhar sobre as pessoas

Oficina de pintura durante a semana do servidor 2011

Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas

A Pró- Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) investiu muito na saúde do servidor

Recepção de novos servidores

Fotos: L

eonardo Bettinelli

Fotos: L

eonardo Bettinelli

Um olhar sobre as pessoas

PROPLANOrçamento cresce muito em três anos.

Recursos para custeio e capital saltam de R$53,9 para R$ 149,1 milhões.

São oito horas da noite. Uma das janelas do primeiro andar do prédio da Reitoria ainda está acesa. Acostumada a estender sua jornada de trabalho até o anoitecer, a pró-reitora de planejamento, Lúcia Montanhini, analisa processos e escreve pareceres e despachos. Ela gerencia o terceiro maior orçamento do Paraná, atrás apenas do orçamento do Estado e da Prefeitura de Curitiba. Orçamento que em 2012 supera a cifra de R$900 milhões, dos quais naturalmente, a maior parte está

comprometida com a folha de pagamento e encargos de pessoal, Porém, não menos significativa é a parcela destinada a custeio e investimentos integrante do Orçamento de Capital e Custeio (OCC), fontes do Tesouro N a c i o n a l , q u e c o r r e s p o n d e a R $ 149.112.535,00 para o exercício de 2012, aproximadamente 50% destinada a suprir as despesas centralizadas decorrentes de atividades acadêmicas ou com o pagamento de contratos de segurança, manutenção e conservação da infraestrutura física. Enfim, todos os recursos consignados no orçamento da UFPR, executados de forma descentraliza-da ou não, tem sua autorização final centrali-zada, controlada e contabilizada pela Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan).

Nesses três anos, a Proplan caminhou firmemente para a transparência e a institucio-nalização das atividades, respeitando a legislação que regula a área e foi incansável na busca por mais recursos ao orçamento da UFPR. “Buscamos tornar nossos serviços mais acessíveis e, ao mesmo tempo, procura-mos fontes alternativas de recursos para alavancar novos projetos e dar respostas às expectativas e anseios explícitos ou latentes da comunidade universitária”, explica Montanhini.

Efetivamente, o orçamento da UFPR cresceu nos últimos três anos. Em 2008, era de R$613,2 milhões. Ou seja, hoje é 48 % maior. Os recursos de custeio e capital cresceram

mais ainda. Em 2008, a universidade recebia R$53,9 milhões para custeio de suas atividades e fazer frente a investimentos. Ou seja, o crescimento foi de 176 % em três anos e este valor não leva em conta as emendas parlamentares, sujeito sempre à liberação pelo Executivo.

O aumento de recursos está relacionado, naturalmente, com as políticas do Governo Federal nos últimos anos. No entanto, a matriz da Associação Nacional dos Dirigentes de Ifes (Andifes) de distribuição de recursos, que antes era apenas informal, virou lei a partir de

publicação do Decreto Presidencial 7.233, de 2010. Assim, as universidades hoje dispu-tam recursos com base em critérios claros e auditáveis.

A variável mais significativa no conjunto de indicadores que definem a matriz de distribui-ção de recursos para as Universidades Federais é o número de alunos-equivalentes, com peso de 80%, e que representa uma unidade de medida criada pelo governo para traduzir o contingente de estudantes em cada uma das instituições federais de ensino superior. Esse indicador tem por base os alunos matriculados nos cursos de graduação, de pós-graduação e de residências. Além do contingente de alunos matriculados, o cálculo do número de alunos equivalentes contempla, através de parâmetros nacionais definidos pelo MEC, as especificida-des das diferentes áreas de conhecimento e dos locais e turnos em que ocorrem as ofertas dos cursos, assim como a qualidade dos cursos ofertados mediante indicadores de desempe-nho correspondentes a eles (taxa de conclusão, avaliação da Capes, p. ex.). Integram a matriz de rateio orçamentário outros indicadores, na proporção de 20%, que medem as atividades de pesquisa, extensão e de inovação tecnológica das Universidades.

Ou seja, o orçamento da UFPR que está colocado entre os cinco maiores orçamentos no ranking das universidades federais brasileiras é reflexo do excelente desempenho da nossa universidade nas suas ações de ensino,

pesquisa, extensão e inovação tecnologia. Outro trabalho que é coordenado pela

Proplan e que merece ser destacado é a busca por recursos adicionais mediante emendas no orçamento da UFPR que são consignadas por parlamentares da bancada paranaense. Tais recursos, prioritariamente voltados a investimentos, têm contribuído de forma significativa para a melhoria do espaço físico, dos serviços e dos equipamentos que permitem que a universidade cumpra seu papel e garanta o seu padrão de excelência. No orçamento 2012 estão indicados quase R$16 milhões em emendas parlamentares e que se forem liberados beneficiarão o nosso Hospital de Clinicas, Maternidade Victor Ferreira do Amaral e tantos outros importan-tes projetos da UFPR.

TransparênciaMais recursos, melhores perspectivas,

mais responsabilidades e mais transparência. A Proplan investiu muito tempo e trabalho para que as informações sobre a aplicação dos recursos públ icos e os a tos da Administração fossem facilmente acessadas pela comunidade interna e externa de tal forma a propiciar o efetivo controle social. Hoje, o site da Pró-Reitoria tem todos os Relatórios de Gestão, a publicação UFPR em Números, o registro das ações o Sistema Integrado de Monitoramento do MEC (Simec) a execução orçamentária por Unidade Gestora de Recursos (UGR), os relatórios de atividade e até os pareceres da CGU.

Além de permitir o acompanhamento das ações desenvolvidas na UFPR, as informa-ções disponibilizadas no site da Proplan permitem avaliar a evolução e os resultados alcançados por essas ações na UFPR.

Exemplo dessa transparência são as informações divulgadas e relativas ao Fundo de Desenvolvimento Acadêmico (FDA). Na página da Proplan são publicados sistematica-mente todos os atos do Comitê Gestor (Editais, Atas etc). Com os dados divulgados é possível verificar o quão expressivo tem sido o aumento dos recursos alocados no FDA e como são aplicados tais recursos. Em 2008, os recursos disputados através de editais por diversos projetos da UFPR foram de

Planejamento ganha mais transparência e institucionalizaçãoPró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças

Transparência: através do site da Proplan divulga o orçamento da universidade: www.proplan.ufpr.br

Foto: L

eonardo Bettinelli

Encontros periódicos com parlamentares garantiram investimentos na UFPR

Planejamento ganha mais transparência e institucionalização

R$945.726,97. Em 2009, há um pequeno salto: R$1.153.619,26. Mas foram nos anos seguintes que o valor cresceu com mais vigor: R$1.657.986,27, em 2010, R$1.952.925,67, em 2011 e atingindo o montante de R$1.626.503,49. Isto representou um incremento na arrecadação para o FDA, superior a 110 % no período 2008-2012 ou o equivalente a uma evolução média de 25% ao ano .

A distribuição dos recursos do FDA, como demonstram as estatísticas divulgadas no site da Proplan, não só ganhou em transparência, mas também ganhou em abrangência e no alcance desses recursos para a nossa comuni-dade acadêmica. Em 2011, todos os setores de ensino tiveram projetos financiados com recursos do FDA, destacaram-se, consideran-do os recursos aportados, o campus Palotina, o Setor de Ciências Agrárias e o Setor de Humanas, Letras e Artes que respectivamente receberam R$332.301,18, R$217.034,61 e R$173.466,53.

Relações institucionaisA área de relações institucionais da

Proplan cuida de todos os instrumentos jurídicos que estabelecem vinculação de parceria ou convênios da UFPR com outros entes visando o desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa, extensão, inovação e de desenvolvimento institucional .

O desafio da Proplan na área de Relações Institucionais tornou-se ainda maior com a edição do Acórdão 2.731, de 2008 e subse-quentes dispositivos legais que demandaram a adoção de um número crescente de novas medidas, rotinas e procedimentos na UFPR para dar conta dos projetos realizados em parceria com as fundações de apoio.

Segundo afirmou a pró-rei tora, a implantação dessas mudanças de procedi-mentos, por imposições externas à UFPR, tem sido possível graças ao esforço da equipe da Proplan, a compreensão da comunidade universitária, o forte investimento em capacitação com cursos in company (realiza-dos dentro da instituição) e a promoção de seminários temáticos, além de muito trabalho de orientações a instrução de processos.

Assessorar as unidades acadêmicas para adequada instrução dos processos administra-tivos com vistas a estabelecer relações institucionais é um trabalho que vem sendo fortemente aprimorado e priorizado pela

Coordenação de Relações Institucionais da Proplan. Esse assessoramento previne intercor-rências que costumam alongar os prazos de tramitação dos processos, assim como as que possam vir a afetar a adequada execução dos projetos desenvolvidos. “Buscamos errar menos e dar agilidade à tramitação de forma a não comprometer as ações acadêmicas envolvidas”, explica Montanhini.

Fórum PDIPor fim, mas não menos relevante, coube à

Proplan encabeçar a discussão do novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPR que tem vigência no quadriênio 2012-2016. As atividades começaram em junho de 2010. Em agosto, foi feita a primeira apresenta-ção no Conselho Universitário (Coun). De setembro de 2010 a maio de 2011, foram agendadas as sessões presenciais com a ampla participação da comunidade acadêmica. Essas sessões também contaram, mediante o uso da ferramenta de teleconferência, com a participa-ção das comunidades de Palotina, do Centro de Estudos do Mar e do Setor Litoral. Agora o PDI está em processo de redação final quando então será encaminhado para apreciação e aprovação do Conselho Universitário passando a constitu-ir-se no documento que deve nortear a universi-dade nos próximos quatro anos.

Mais recursos para atingir excelência acadêmicaEntrevista com a pró-reitora Lúcia Montanhini:Foi mais fácil administrar uma universidade com mais recursos?R – A Administração de recursos públicos é uma responsabilidade que não varia proporcio-nalmente ao montante envolvido, ela está sempre presente e é sempre muito intensa qual seja o volume de recurso gerenciado. O maior aporte de recursos torna mais fácil a realização de projetos previstos e o atingimento de metas. Mas o maior aporte de recursos não significa que possamos negligenciar do planejamento orçamentário, pois só temos uma execução verdadeiramente eficiente e resultados duradouros quando os recursos são aplicados nas reais prioridades institucionais.Como conseguimos mais orçamento nesses anos e quais as perspectivas para os próxi-mos?R – As universidades federais, durante o governo Lula, tiveram aumento significativo dos recursos para custeio e investimentos

permitindo oferecer aos professores, servido-res e alunos dessas universidades melhores condições para atendimento aos cursos existentes e as novas ofertas decorrentes do Programa Reuni. A presidente Dilma, além de preservar a política de investimentos desenca-deadas no governo Lula, vem anunciando novos programas, como exemplo – o Programa Ciência sem Fronteiras, que é uma parceria entre MCT e MEC e que beneficia fortemente a pesquisa em nosso pais.O impacto positivo deste fluxo crescente de recursos para as universidades federais pode ser medido na UFPR, através do número cada vez mais crescente de novas vagas para a contratação de servidores, de novas obras e de programas de incentivo a permanência de nossos estudantes.Este momento propício às universidades brasileiras têm sido sabiamente usufruído pela UFPR que mantém uma carteira de bons projetos o que é sempre um fator diferencial para a captação de recursos. O excelente diálogo que a Universidade tem mantido com as autoridades do Governo Federal, em especial do MEC, com as lideranças parana-enses no Congresso Nacional e com o setor produtivo tem sido também outro importante catalisador para a captação de recursos para a UFPR nesses últimos três anos.Quais diretrizes devem nortear a Proplan nos próximos anos?R – A busca pela transparência e instituciona-lização são diretrizes irreversíveis. Para além de constituirem-se em exigência legal, são demandas constantes da comunidade interna e externa e que continuarão a ser perseguidas pela equipe da Proplan . A grande novidade neste ano de 2012’, nesta linha de transparência e institucionalização, s e r á a i m p l a n t a ç ã o d o S i s t e m a d e Gerenciamento de Projetos. Este Sistema foi concebido com um ferramental para cadastro, gerenciamento e divulgação dos projetos executados na UFPR, e que terá como diferencial a possibilidade de integração de dados do SIE e Siafi. A prospecção e o trabalho visando fontes de recursos adicionais ao orçamento é uma diretriz que está mantida e que sempre será fortalecida pela Proplan pois uma universida-de pública que almeja a excelência acadêmica tem sempre necessidades renovadas que requerem novos investimentos.

Gráfi

co: Leonardo B

ettinelli

PRAEEm 2008, R$4,8 milhões foram investidos nas políticas de apoio aos estudan-

tes; em 2012, o valor chega a R$14,8 milhões.Regiane Zeckowski acorda todo dia bem cedo e às 7 horas já está esperando o

Intercampi. O ônibus oferecido gratuitamente pela UFPR pára na esquina da Casa da Estudante Universitária de Curitiba (Ceuc), onde ela mora, e leva Regiane e vários outros alunos da Universidade até o campus Agrárias. Depois da aula, ela se alimenta no Restaurante Universitário (RU), gratuitamente, também com subsídio da UFPR. À tarde cumpre três dias por semana uma rotina de atividades na Incubadora Técnica de Cooperativas Populares e recebe por isso uma bolsa de R$315,00 mensais, 12 meses por ano. “Se eu não tivesse a assistência eu teria que me virar, trabalhando ou sei lá”, conta.

Nossa personagem utiliza quase todos os benefícios disponibilizados pela Universidade como assistência estudantil, mas está bem longe de ser a única a se beneficiar desta política.

Somando o apoio à formação, com os bolsistas instrutores, o Programa de Incentivo à Prática de Esporte e Lazer, o apoio a eventos e o Programa de Apoio Psicossocial (PAPS), mais da metade dos alunos da UFPR utilizam a assistência estudantil, direcionada, sobretudo, nos mais carentes. “Para a universidade se tornar acessível a todos, se universalizar efetivamente, ela tem que oferecer qualidade de ensino combinada com condições materiais para que os alunos estudem, aprendam e se formem no menor tempo possível, diminuindo a evasão”, explica a pró-reitora de Assistência Estudantil Rita de Cássia Lopes.

A partir de 2009, os recursos aportados na assistência estudantil triplicaram. Em 2008, eram R$4,8 milhões. Em 2011, R$12,2 milhões e em 2012 serão R$ 14,8 milhões. Com isso, todas as modalidades de bolsas e auxílios cresceram. As bolsas permanência, por exemplo, eram 329 em 2007. Em 2011, são 1.660. O auxílio moradia mudou e cresceu. Em 2007 e 2008, a Universidade pagava 100 vagas em

casas de estudantes do centro da cidade. Em 2009, além das vagas o benefício passou a ser pago diretamen-te ao aluno, que escolhe em qual casa quer morar ou até se prefere organizar uma república. Além disso, o benefício foi expandido, de imediato, para 152 alunos. Em 2011, 600 auxílios estão disponibilizados. Da mesma forma, o auxílio refeição, que isenta o aluno de pagar qualquer centavo no RU foi criado em 2009, com 570 beneficiados. Hoje, este número chegou a 1.064.

To d o s e s t e s b e n e f í c i o s s ã o vinculados à condição socioeconômica do aluno. Ou seja, só podem desfrutar deles os alunos que efetivamente precisam. Mas há um conjunto de ações que não têm critério socio-e c o n ô m i c o e a t i n g e m t o d a a comunidade. O RU é o exemplo mais efetivo desse tipo de ação. Com preço subsidiado (R$1,30 por refeição hoje), serviu R$1,3 milhões de refeições em 2010. E em 2012, além de passar a oferecer café a R$0,50, almoço e jantar pelos mesmos R$ 1,30 , sete dias por semana , contará com mais uma unidade – RU Botânico. Melhorias também para o Intercampi, que transporta qualquer aluno da UFPR.

Em 2008, o sistema tinha capacida-de para transporte 800 alunos por dia. Em 2010, esta capacidade tinha sido multiplicada por 3,5, com capacidade para 2.800 passageiros/mês. Em 2012, dobrará sua capacidade com a disponi-bilização de dois ônibus em Curitiba.

Apoio à formaçãoSe, por um lado, a assistência

estudantil combate as causas materiais que causam a evasão, por outro há ações de apoio à melhoria na qualidade de formação. A Universidade criou em 2009 a bolsa-instrutor. Com ela, estruturou cursos nas áreas de Informática e Línguas e organizou um conjunto de atividades esportivas. Começou com 60 bolsistas. Em 2012, serão 170 que darão suporte às ações, inclusive na área da saúde do estudan-te.

Na área de Línguas e Informática, a ação já ofereceu cursos para 486 alunos em dois anos.

Já as atividades esportivas, em parceria com o Centro de Educação

Recursos triplicam e assistência estudantil chega à maioria dos alunosPró-Reitoria de Assuntos Estudantis

Regiane Zeckowski é aluna da Agronomia e beneficiada por todas as políticas de assistência estudantil


Recursos triplicam e assistência estudantil chega à maioria dos alunos

Física e Desportos (CED), a reforma da sala de musculação e fornecimento de material esportivo, atingiram 17.472 estudantes em dois anos. Da mesma fo rma , pa ra a á rea de Informática foram adquiridos 290 novos computadores.

Há outro aspecto fundamental na formação dos alunos. A participação em eventos acadêmicos, culturais e científicos bem como a apresentação de trabalhos em congressos faz parte da graduação. O transporte de estudantes para eventos nacionais atingiu 1.050 passageiros em 2008. Em 2010, esse número chegou a 3.423, seja com a frota própria, aumentada nos últimos dois anos com um micro-ônibus e três ônibus rodoviários, seja com auxílio a passagens para os estudantes. Com isso, as apresentações de trabalhos de estudantes em congresso com apoio da Prae subiram de 168 em 2008, para 307 em 2012.

Por fim, o apoio psicológico, com vistas a diminuir as dificuldades pessoais na realização do curso, cresceu substancialmente. A Unidade de Apoio Psicossocial (Uaps) teve uma ampliação de quadro para 17 servido-res: cinco psicólogas, três assistentes sociais, duas pedagogas e um assistente administrativo em Curitiba; uma psicóloga, um assistente social e uma pedagoga no litoral; e uma psicóloga, um assistente social e uma pedagoga em Palotina. Parceria entre Prae e o Centro de Atendimento Psicológico, do Departamento de Psicologia, tem contribuído para a melhoria do atendi-mento.

PNAESA estruturação de uma política

efetiva de assistência estudantil teve obviamente a contribuição clara do aporte de recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil, do Govenro Federal. Os valores aportados pelo governo em 2008 foram R$4,8 milhões. Em 2012, são R$14,8 milhões. Um apoio considerável.

Mas o papel da Prae, no processo, é inegável. Por um lado, a UFPR investiu recursos complementares, enxergando na assistência estudantil um suporte imprescindível para o seu funcionamen-to. Por outro lado, a estruturação da política, como a alocação de recursos, compras de materiais, soluções de gestão foram todas engendradas local-mente. “De fato, o compromisso institu-cional com a sua comunidade discente propiciou a criação e manutenção de programas voltados aos estudantes de forma mais abrangente”, ressalta Rita de Cássia.

Três perguntas para pró-reitora Rita de Cássia Lopes:Como a Prae estruturou, desde 2008, a política de apoio aos estudantes mais carentes?R – Concentrando suas atividades no desenvolvimento e acompanhamento de programas de apoio e ações que contem-plem uma abordagem integral, na qual a assistência não fique restrita à manuten-ção e sobrevivência do estudante na instituição, mas que contribua efetiva-mente para a sua formação individual e profissional.

O Pnaes foi fundamental. Qual foi o papel da UFPR?R – Cabe à UFPR a elaboração do Plano de Aplicação da Verba Anual do Pnaes de acordo com as demandas estudantis existentes, as diretrizes do programa e a política estudantil institucional.Nos próximos dois anos tem como melhorar ainda mais?R – Sim, haveremos de consolidar nossos programas e ações, com ênfase no apoio psicossocial e na ampliação de parcerias com os setores.

Em 2011 uma novidade nos Ru’s foi o café da manhã com pão, leite, café e fruta


Restaurante Universitário – três refeições diárias a preço acessível


Novo ônibus intercampi dobra a capacidade de transporte de estudantes Foto: Rodrigo Juste DuarteFoto: Rodrigo Juste Duarte

Em setembro, foram adquiridos pela Prae 150 computadores que equiparam vários setores da UFPR


Diversos benefícios da assistência estudantil são oferecidos para todos os alunos.

Restaurante Universitário – Centro Politécnico

Foto: Leonardo BettinelliFoto: Leonardo Bettinelli


Show de fogos no Prédio Histórico na Praça Santos Andrade


Contagem regressiva para os 100 anosda UFPR no painel digital

Assessoria de C

omunicação S

ocial e Marketing da U

FP

R


Comemoração dos 99 anos da UFPR

Solenidade dos 99 anos


Equipe da ACS premiada com o Notícias da UFPR de nº 51

Participantes do evento

Foto: Rodrigo Juste Duarte Foto: Rodrigo Juste Duarte

Foto: Rodrigo Juste Duarte Foto: Rodrigo Juste Duarte

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