noticiário - 14/04/2013

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POLÍTICA WWW.ODEBATEON.COM.BR MACAÉ (RJ), DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2013 ANO XXXVII Nº 8059 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO R$ 1,00 Parceria vai fomentar produção agrícola Vice-prefeito participou de encontro com membros do Conab para buscar apoio pág. 3 DIVULGAÇÃO/SECOM No período das chuvas, moradores ficam impedidos de sair de casas devido ao acúmulo de lama. Serviços de saneamento básico também são cobrados pág. 13 ATENDIMENTO BAIRROS EM DEBATE caracterizada como uma do- ença que afeta a comunicação, a sociabilidade e o comportamen- to do portador, o autismo ainda é desconhecido no país. Macaé registra, em média, através da re- de municipal de Saúde, por meio do Programa de Saúde Mental, o atendimento de cerca de 40 pes- soas. Ao defender os direitos desse grupo, a Apae mantém um traba- lho reconhecido na cidade. pág. 10 Excesso de receita já é de R$ 58 milhões UFRJ promove "Saúde, Mídia e Informação" Apae aponta situação de pessoas com autismo A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cam- pus Macaé Professor Aloísio Teixeira, por meio do Projeto Extensão Universitária “Cons- truindo Pontes entre a Evidên- cia Científica e a Gestão em Saúde - UFRJ Macaé" pror- rogou por mais uma semana o período de inscrição para o segundo encontro do "Saúde, Mídia e Informação”. pág. 10 Arrecadação diária de Macaé subiu R$ 17 milhões, entre janeiro e abril, de 2012 a 2013 pág. 3 Plano de US$ 236 bilhões vai estimular a economia Infraestrutura é precária em ruas do Jardim Esperança Ao confirmar nesta semana previsão de investimentos no setor offshore, Petrobras garante geração de negócios A grande novidade ge- rada pelo anúncio feito nesta semana pela Pe- trobras, referente ao Plano de Gestão e Negócios 2013/2017, é que aproximadamente 60% dos Investimentos direcionados à exploração do petróleo na camada pós-sal garantem oportunidades de negócios para empresas locais US$ 236 bilhões de investimen- tos anunciados pela estatal serão destinados à exploração e pro- dução de petróleo, o que benefi- cia diretamente Macaé, através da Bacia de Campos. pág. 8 WANDERLEY GIL Cenário antigo, falta de pavimentação da rua principal do bairro afeta diretamente a rotina dos moradores do bairro criado a partir de um loteamento WANDERLEY GIL Comércio se prepara para o Dia das Mães faltando menos de um mês para o Dia das Mães, chegou a hora de pensar co- mo presentear as mães. Esse também é o momento para elas pensarem em sugestões do que gostariam de ganhar. Assim, os lojistas já se prepa- ram para o período, garantin- do aos clientes variedade de preços e produtos para todos os gostos e bolsos. pág. 8 Festa dentro da quadra e nas arquibancadas do Ginásio do Tênis Clube, o "Juquinha"na noi- te de sexta-feira (12). Assim foi o jogo entre o Macaé Basquete e o Rio Claro. Na disputa entre Rio e São Paulo quem se deu melhor foram os donos da casa com um placar de 81x73. Já classificada, a equipe está a um passo de tra- zer para o município a semifinal da Copa Brasil Sudeste. Com a vaga garantida para avançar no campeonato, equipe segue fa- zendo história. pág. 11 Revanche do Macaé Basquete WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

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Noticiário - 14/04/2013

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Page 1: Noticiário - 14/04/2013

POLÍTICA

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2013 • ANO XXXVII • Nº 8059 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,00

Parceria vai fomentar produção agrícolaVice-prefeito participou de encontro com membros do Conab para buscar apoio pág. 3

DIVULGAÇÃO/SECOM

No período das chuvas, moradores ficam impedidos de sair de casas devido ao acúmulo de lama. Serviços de saneamento básico também são cobrados pág. 13

ATENDIMENTOBAIRROS EM DEBATE

caracterizada como uma do-ença que afeta a comunicação, a sociabilidade e o comportamen-to do portador, o autismo ainda é desconhecido no país. Macaé registra, em média, através da re-

de municipal de Saúde, por meio do Programa de Saúde Mental, o atendimento de cerca de 40 pes-soas. Ao defender os direitos desse grupo, a Apae mantém um traba-lho reconhecido na cidade. pág. 10

Excesso de receita já é de R$ 58 milhões

UFRJ promove "Saúde, Mídia e Informação"

Apae aponta situação de pessoas com autismo

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cam-pus Macaé Professor Aloísio Teixeira, por meio do Projeto Extensão Universitária “Cons-truindo Pontes entre a Evidên-

cia Científica e a Gestão em Saúde - UFRJ Macaé" pror-rogou por mais uma semana o período de inscrição para o segundo encontro do "Saúde, Mídia e Informação”. pág. 10

Arrecadação diária de Macaé subiu R$ 17 milhões, entre janeiro e abril, de 2012 a 2013 pág. 3

Plano de US$ 236 bilhões vai estimular a economia

Infraestrutura é precária em ruas do Jardim Esperança

Ao confirmar nesta semana previsão de investimentos no setor offshore, Petrobras garante geração de negócios

A grande novidade ge-rada pelo anúncio feito nesta semana pela Pe-

trobras, referente ao Plano de Gestão e Negócios 2013/2017, é que aproximadamente 60% dos

Investimentos direcionados à exploração do petróleo na camada pós-sal garantem oportunidades de negócios para empresas locais

US$ 236 bilhões de investimen-tos anunciados pela estatal serão destinados à exploração e pro-dução de petróleo, o que benefi-cia diretamente Macaé, através da Bacia de Campos. pág. 8

WANDERLEY GIL

Cenário antigo, falta de pavimentação da rua principal do bairro afeta diretamente a rotina dos moradores do bairro criado a partir de um loteamento

WANDERLEY GIL

Comércio se prepara para o Dia das Mãesfaltando menos de um mês para o Dia das Mães, chegou a hora de pensar co-mo presentear as mães. Esse também é o momento para elas pensarem em sugestões do que gostariam de ganhar. Assim, os lojistas já se prepa-ram para o período, garantin-do aos clientes variedade de preços e produtos para todos os gostos e bolsos. pág. 8

Festa dentro da quadra e nas arquibancadas do Ginásio do Tênis Clube, o "Juquinha"na noi-te de sexta-feira (12). Assim foi o jogo entre o Macaé Basquete e o Rio Claro. Na disputa entre Rio e São Paulo quem se deu melhor foram os donos da casa com um placar de 81x73. Já classificada, a equipe está a um passo de tra-zer para o município a semifinal da Copa Brasil Sudeste. Com a vaga garantida para avançar no campeonato, equipe segue fa-zendo história. pág. 11

Revanche do Macaé BasqueteWANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

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2 MACAÉ, DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2013

CidadeNOTA

Campanha de vacinação contra gripe começa na segunda-feira

SEMANA EM DEBATEPrefeito garante reforma do 32º BPMautoridades de Seguran-ça Pública e lideranças polí-ticas da região estiveram na manhã de ontem, no auditó-rio do 32º Batalhão de Polícia Militar, para discutir os pro-blemas relacionados à segu-rança em Macaé e outros seis municípios da área do coman-do. Ao participar do encontro, Dr. Aluízio Júnior (PV) garan-tiu que o governo municipal promoverá o apoio estrutural ao batalhão.

O DEBATE EM MEMÓRIA

A grande atração na abertura dos festejos do Município

Por ter fisgado as maiores arraias, com 23.700 e 18.200 kg cada uma, Rosemar César Osório, da equipe Salineira, conquis-tou os mais importantes troféus do Torneiro Macaense de Pesca, realizado no dia 20 de julho de 1980 na praia do Lagomar.

* * *Motorista de taxi levou dois tiros

Atendendo a um pedido de um passageiro, o motorista de praça Elinto José Klem, diri-giu-se até o Morro de Santa Mônica, onde Valmir Nascimento sacou uma arma para assaltá-lo. Ele reagiu e levou dois tiros, um na boca e o outro no ombro direito. Mesmo ferido, ele conseguiu fugir no próprio carro indo até a Clínica São Lucas, onde foi inter-nado em estado grave.

* * *Técnicos do Instituto Francês de Petróleo visitam Macaé

Dezoito pessoas entre geólogos e geofí-sicos do Instituto Francês de Petróleo, re-tornam ao Rio de Janeiro após passar dois dias em Macaé visitando as instalações da Petrobras no município.

* * *Festival do Chopp

O presidente do Lions Clube Macaé-Cen-tro, Sr. Joel Cabral informou que “já está tudo preparado para a realização do XIV Festival do Chopp, que tradicionalmente é realizado durante os festejos de julho, quando o mu-nicípio comemora aniversário”.

A seguir, as principais notícias veiculadas na edição extra de número 168 do jornal O DEBATE, que circulou entre os dias 23 a 26 de julho de 1980.

Pagamento de impostos sem correção monetária termina prazo dia 30

A Lei nº 708/80, de 25 de abril, publica-da no dia 30 daquele mês, suspendeu a co-brança da correção monetária instituída pelo município, durante o período de 90 dias, não terá mais efeito a partir do dia 31 de julho, quando encerra o prazo estabelecido para que os contribuintes efetuem o pagamento dos impostos atrasados.

Macaé na lista de cidades em epidemia de dengueMacaé passa a inte-

grar a lista das cinco cidades

do Norte Fluminense que engrossam a re-lação dos 44 municí-pios do estado do Rio de Janeiro que passam atualmente pelo estado de epidemia de dengue. A situação é comprovada através do relatório da se-mana epidemiológica, rea-lizado pela secretaria esta-dual de Saúde, liberado na última terça-feira (9). Mesmo com as campanhas de cons-cientização, e a força tarefa montada pelo governo mu-nicipal, focos de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, o transmissor da doença.

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MACAÉ, DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2013 3

Política Welberth Rezende (PPS) defendeu melhorias para moradores da Malvinas e Ilha Leocádia

NOTA

PONTODE VISTA

Apesar de a temperatura estar amena com as chuvas que vêm caindo aos poucos nos últimos dias, esta semana o clima esquen-tou em Brasília, quando o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, recebeu em audiência representantes de três entidades - Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe), e da Associação Na-cional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). A pauta da audiência foi a criação de novos Tribunais Regionais Federais, apro-vada pelo Congresso Nacional, se-gundo o ministro Joaquim Barbosa, “de forma sorrateira” com o apoio das associações. Ele disse que os tribunais serão construídos perto de praias e que as entidades não representam a nação, mas seus interesses corporativos. Joaquim Barbosa criticou o fato de se tomar uma decisão de peso no país sem ouvir o CNJ e que os deputados e senadores foram induzidos a erro porque ninguém colocou nada no papel. Mesmo um dos juízes tendo afirmado que a Ajufe acompanhou a tramitação durante 13 anos o pre-sidente do Supremo não gostou nada e disse que: “A Constituição não dá poderes à Ajufe. Isso não faz parte das exigências constitucio-nais. Não confunda a legitimidade que o senhor tem enquanto repre-sentante sindical com a legitimida-de dos órgãos do Estado. Eu estou

dizendo é que órgãos importantes do Estado não se pronunciaram so-bre o projeto. Pelo que vejo vocês participaram de forma sorrateira na aprovação”, o que levou o vice-pre-sidente da Ajufe, Ivanir César Ireno, protestar: “Sorrateira não, ministro. Democrática e transparente”. Aí o clima esquentou mais ainda. E o ministro Joaquim Barbosa conti-nuou: “Como é que quase duplica o número de tribunais federais no Brasil dessa maneira? Os senhores não representam o Conselho Na-cional de Justiça, representam seus interesses corporativos legítimos. Mas isso não supre a vontade dos órgãos estatais. Os senhores são representantes de classe. Só isso”. As informações ligadas ao caso indicam que a criação desses tri-bunais vai ter o custo inicial de R$ 8 bilhões anuais. Sem falar nas estru-turas que deverão ser organizadas com a construção de prédios para sediar os órgãos, e do pessoal ad-ministrativo, dentre outras despe-sas que não vão ficar baratas. Mas, como quem paga a conta é o povo e estamos em período de campa-nha antecipada, só resta aguardar a finalização do processo de criação dos tribunais para ver que “bicho” vai dar. O clima fica mais quente, ainda, com a publicação do acór-dão do processo do mensalão que vai levar os advogados de defesa dos 25 condenados a apresentar recursos. Aí, será outra batalha e pode pegar fogo.

A maioria da população sabe que a prefeitura de Macaé, há muitos anos, presta assistencia-lismo. E este é um dever do poder público que utiliza dinheiro dos impostos arrecadados da popu-lação para prestar assistência à população, principalmente a mais carente. Não são poucas as entidades que mantêm con-vênio com a prefeitura para conseguir atingir os objetivos propostos e, mesmo existindo alguma dúvida com relação a alguma que não utiliza os recur-sos adequadamente, cabe ao poder fiscalizador do município corrigir possíveis desvios. Como na gestão anterior, a maioria das instituições filantrópicas ficou à míngua, sem receber as verbas conveniadas, os compromissos legais que deveriam ser pa-gos por cada uma delas, foram acumulando a ponto de tornar algumas inadimplentes. Existe caso de até 18 meses de atraso, como o Recanto dos Idosos, que os dirigentes estão recorrendo a bancos, fazendo dívidas, para sal-dar suas obrigações, mesmo re-cebendo doações da população. O caso da Associação Macaense de Deficientes Auditivos - Ama-da, também vem arcando com di-ficuldades para levar adiante seu projeto que tem merecido prê-mios de reconhecimento, ou da Liga Beneficente São João Batista - Casa do Idoso, para onde no iní-cio do atual governo, foi transferi-do para o Hospital Madre Teresa

de Calcutá o setor de emergência que funcionava na Casa de Cari-dade mas, os funcionários ainda têm de contribuir com cotas para abastecer com papel higiênico e outros materiais de higiene e lim-peza. A prefeitura desde julho do ano passado até dezembro, não pagou as mensalidades sequer do aluguel do espaço e como o dinheiro é para atender aos cerca de 80 idosos internados, dentre os quais alguns cadeirantes, a ta-refa torna-se mais difícil ainda. Se não fosse o apelo atendido pela população fazendo doações de fraldas geriátricas, material de limpeza dentre outros itens, o Asilo da Velhice Desamparada (assim era conhecido), poderia ter fechado as portas. Tudo bem que a prefeitura tenha cancelado durante 90 dias os pagamentos a fornecedores e empresas contra-tadas para obras para que todos os processos fossem auditados. Mas se teve dinheiro para bancar o Carnaval que não custou ba-rato, tem dinheiro para fazer a conservação dos estádios de fu-tebol (e olha que são quase R$ 3 milhões), e outras situações que não cabe aqui nominar, por que não pagar todas as subvenções atrasadas para que as entidades voltem a respirar e tenham es-tímulo para continuar na difícil tarefa de fazer o bem sem olhar a quem? Só tem uma pessoa que pode resolver isso. É Dr. Aluízio, o prefeito que prometeu mudar para melhor.

Vamos começar mais uma semana em que muitas pessoas começam a se programar para outro feriadão. Como o Dia de São Jorge (23), cai numa terça-feira, é feriado estadual e as repartições públicas também não funcionam, já começaram a decretar ponto facultativo no dia 22. No início de maio tem mais.

O vereador Maxwell Vaz (PT), requereu a realização de audiência pública para discutir com as operadores de telefonia móvel, os mo-tivos que levam a cidade de Macaé, Capital Nacional do Petróleo e onde vai se realizar a feira Brasil Offshore, a não contar com sinal para atender a população. Ele vai convidar a Anatel.

Com as medidas que vêm sendo tomadas pela Secretaria de Mobilidade Urbana o trânsito melhorou em muitas ruas e a fluidez já alcança média de 25 km/h. Mesmo andando mais rápido, dá para observar que alguns recantos da cidade começam a ser alvo de invasões e poderiam ser evitadas pelo poder público.

Se a arrecadação continuar aumentando como indica o Impostôme-tro, o município de Macaé em apenas quatro meses pode chegar a quase R$ 700 milhões. Este valor pode ser comparado ao orçamento de 2004. A estimativa da receita para 2013, de R$ 1,8 bilhão deve ultrapassar os R$ 2 bilhões com folga.

Até domingo.

PONTADAS

Clima quente

Como fazer?* * *

Arrecadação de Macaé sobe R$ 58 milhões

RECURSOS

Comparação do volume de receita registrado no mesmo período, entre 2012 e 2013, aponta crescimento de R$ 17 milhões por mês, no orçamento da cidade Márcio [email protected]

Ao completar nesta semana 100 dias de im-plantação de um novo

modelo de gestão, o governo municipal já registra uma pro-jeção mais que positiva em re-lação a geração de receitas pró-prias, repasses governamentais e benefícios garantidos aos co-fres públicos, que contribuem para que Macaé mantenha em crescimento a sua capacidade de arrecar recursos.

Através de um comparativo dos valores registrados entre os meses de janeiro e abril, nos anos de 2012 e 2013, já possível identificar um exces-so e arrecadação de exatos R$ 58.318.188,35, valor que deverá ser consolidado pelo governo nos próximos dias.

Dados apontados pelo Im-postômetro, sistema operado pela Associação Comercial de São Paulo, apontam que, de janeiro a abril de 2012, Macaé registrou a arrecadação de R$ 502.530.659,45. Já neste ano, o valor é de R$ 560.848.847,80.

Os números apontam tam-bém um expressivo cresci-mento na arrecadação men-sal do município. Em 2012, o volume registrado era de R$ 147.587.904,43. Em 2013, o valor é de R$ 164.955.562,19.

Comparados, os números

apontam um crescimento de R$ 17.367.657,76.

A arrecadação diária de Ma-caé com as receitas e repasses cresceu R$ 619.579,75 entre os dois anos. Em 2012, os recur-sos somavam R$ 4.878.938,99. Já em 2013, o valor chega a R$ 5.498.518,74.

Segundo o Impostômetro, Macaé é capaz de gerar por hora R$ 229.104,95 em receitas públicas. Em 2012, o valor batia 203.289,12, uma diferença de R$ 25.815,83.

Até mesmo a arrecadação de acordo com o número de ha-bitantes do município, 210 mil de acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), re-gistrou uma considerável ele-vação, passando de R$ 2.180,83 em 2012, para R$ 2.321,39, uma diferença de R$ 134,56.

Os números representam também uma redução conside-rável da dependência do muni-cípio em relação aos recursos gerados pela exploração e pro-

dução de petróleo na Bacia de Campos.

Ao registrar neste ano uma arrecadação de R$ 138 milhões, com três parcelas dos royalties e uma da Participação Especial, os recursos do ouro negro bra-sileiro representam pouco mais de 25% do total já arrecadado pelo município neste ano.

A expectativa é que até o fim de abril, Macaé alcance a marca dos R$ 700 milhões com arre-cadação, um dos maiores valo-res da história da cidade.

WANDERLEY GIL

Recursos do petróleo representam 25% da arrecadação atual registrada pelo município

Vice-prefeito busca apoio para desenvolver setor agrícola

PARCERIA

"precisamos contribuir com o desenvolvimento de to-dos os setores que integram a base da economia da cidade". Através dessa proposta, o vice-prefeito Danilo Funke (PT) de-fendeu o desenvolvimento do setor agrícola, e de toda cadeia relativa a agroeconomia da ci-dade, através do cumprimento de uma agenda oficial, no Rio de Janeiro.

Ao participar de um encontro com representantes da coorde-nação estadual da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na última quinta-feira (11), o vice-prefeito buscou in-formações para a consolidação de projetos que visam incenti-var a agricultura e a pecuária da cidade, além de garantir o escoamento da produção ge-rada principalmente por famí-lias que atuam nos distritos da

Para Danilo, fomentar produção rural da cidade beneficia famílias que vivem no campo

região serrana da cidade, bem como de outras áreas rurais, situadas próximo ao perímetro urbano de Macaé.

"Não devemos pensar apenas na indústria do petróleo, mas também em todos os outros se-tores envolvidos na dinâmica da economia da nossa cidade", afirmou Danilo.

DIVULGAÇÃO

Danilo buscou parceria junto ao Conab para incentivar produção em Macaé

O vice-prefeito salientou tam-bém a necessidade de desen-volvimento do setor rural, com objetivo de atender a demanda de crescimento populacional que deverá ser gerada em Ma-caé, e em outros municípios da região, em virtude da ampliação do processo de exploração do pré-sal.

"Vivemos em uma cadeia pro-dutiva onde Macaé é o municí-pio polo. Precisamos garantir incentivos para que os produ-tores rurais possam garantir o abastecimento para todas as pessoas, que vivem atualmente na cidade, e que também deve-rão chegar atraídas pelo pré-sal", apontou Danilo.

Desapropriação de área pode resolver impasse de famílias

SOCIAL

o vereador paulo Antunes (PMDB) pretende reiterar, nesta semana, o pedido enca-minhado ao governo municipal para garantir a desapropriação

Paulo Antunes voltou a defender a utilização de área para construção de casas populares

da Fazenda Piracema, com ob-jetivo de garantir um novo es-paço para as famílias que vivem hoje na Águas Maravilhosas em áreas de risco da Piracema.

"Acredito que essa é a princi-pal maneira para resolver esse impasse que coloca em risco a vida das pessoas que construi-ram casas em áreas de risco", afirmou o parlamentar.

WANDERLEY GIL

Paulo Antunes apontou proposta para atender famílias de áreas de risco

Page 4: Noticiário - 14/04/2013

4 MACAÉ, DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL 2013

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

No mês dedicado às comemorações relativos aos avanços econômicos gerados a partir da transformação da fase industrial do país, Macaé volta a ter um posicionamento de destaque nessa nova era para o setor, um dos prin-cipais responsáveis pelo processo de desenvolvimento alcançado pelo país, nos últimos anos.

Meu Deus! Como era bom ser petista 20 anos atrás... E como eu tenho pena dos simpatizantes de agora. Apesar dos meus artigos darem uma impressão dife-rente, até mesmo eu vejo pontos positivos no governo Dilma. Diversas críticas que fiz em meus artigos e que eram uma obviedade consensual a muitos críti-cos, a presidente tomou alguma medida.

O papel da indústria

Assalariados e reféns do governo

Assim como no cenário nacional, foi a indus-tria, na sua mais ampla

concepção, a principal res-ponsável por transformar as riquezas geradas pela explora-ção e produção de petróleo na Bacia de Campos, em oportu-nidades que possibilitaram ao município se transformar, de Princesinha do Atlântico, na Capital Nacional do Petróleo.

E pela indústria, Macaé se transforma nos próximos dois meses na Capital Mundial do Petróleo, reunindo as princi-pais empresas do mundo, que demonstram interesse em participar do mercado mais promissor atualmente entre as nações petrolíferas, diante das expectativas do pré-sal.

Porém, engana-se quem acredita que o papel deste setor é de apenas explorar as riquezas, sem qualquer tipo de compromisso com a cida-de. Foram os representantes desses setores, sem qualquer tipo de pretensão política, os responsáveis por garantir a re-alização de procedimentos em respeito a história da cidade, e ao cidadão macaense.

Principais geradores de oportunidades de trabalho, que atraem a atenção de pro-fissionais de vários países, a indústria nativa de Macaé hoje se coloca à disposição para resolver os complexos problemas do município, uma responsabilidade destinada aos homens e mulheres eleitos pelo povo, para atuar nos po-deres executivo e legislativo.

Bem mais que o interesse econômico, a responsabilida-de, que se funde ao conceito de sustentabilidade, hoje é seguida por grande parte dos representantes deste setor que contribui para escrever uma nova história em Macaé, focada no respeito ao cidadão, na transformação da cidade.

Conceitos semelhantes garantiram bons resultados em várias cidades do mundo. Porém, como é de costume, Macaé registra uma situação peculiar, onde a contribuição com o processo de desenvolvi-mento sustentável tem mais a ver com o reconhecimento da importância do povo da cida-de, do que a concretização da chamada “lei do retorno”.

Não deixo de ver pro-gresso na redução de impostos e taxas, como

no IPI (sobre produtos indus-trializados). É preciso ser um estadista para tomar medidas ainda mais abrangentes. Outra ação que foi impactante foi a redução dos juros, mas foi a utilização do Banco do Brasil e da Caixa Federal como instru-mento político e econômico. A taxa de juros do Brasil pode ser ainda a maior do mundo, mas a do cartão de crédito, dezenas de vezes maior, é um escândalo tão grave como as desventuras sexuais do presidente Lula. Aliás, ele já deu alguma expli-cação do uso do dinheiro pú-blico em suas aventuras?

Curiosamente, ao baixar os juros do cartão e cheque espe-cial do BB e Caixa, o governo aumentou a participação desses bancos no mercado. E com taxas de 85% ao ano, ainda dá para ser mais corajosa, “presidenta”!

Certamente, depois que a Dilma condenou apedreja-mentos de mulheres no Irã, viu-se que ela não seguiria Lula tão cegamente. Porém há muito a fazer. E o que o presi-dente não fez em 8 anos, talvez a “presidenta” faça, como o escandaloso imposto de ren-da que vitima a classe média, a verdadeira, não aquela dos números governamentais. Se não bastasse a espoliante taxa de 27,5%, a tabela de descontos do Imposto de Renda é corri-gido abaixo da inflação, além de ter “sequestrada” sua ren-da, o assalariado que não tem como sonegar, tem que pagar escola particular para os filhos

e plano de saúde para a famí-lia. Uma injustiça sem tama-nho, tanto que OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) en-trou com uma ação no Supre-mo Tribunal Federal contra o limite para gastos com educa-ção. Realmente, três mil reais não paga nenhuma escola.

Infelizmente, não dá para es-perar muito mais da presidente. Alguém acredita que ela teria co-ragem para taxar as grandes for-tunas? Basta observar o último es-cândalo do Lula para ver que não há esperança. O ex- presidente Lula tem viajado ao exterior para dar palestras, assim como o outro “ex”, o Fernando Henrique Cardo-so. Porém Lula tem uma enorme influência no governo Dilma.

Estima-se que Lula receba por cada palestra no exterior em torno de R$ 300 mil, mais cus-tas. O surpreendente é que dos 30 países que visitou, pelo me-nos 13 foram pagos por emprei-teiras, como Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa. A Folha de S. Paulo levantou os financiadores nos telegramas diplomáticos que obteve. Lula ajudou empresas brasileiras a vencer resistências locais ao emprestar sua imagem. As viagens foram privadas, mas o governo também teve gastos com funcionários, almoços e aluguéis de material para a comitiva.

As grandes fortunas têm em Lula seu advogado, o melhor pos-sível, restando à Dilma extorquir dos reféns habituais, os assalaria-dos que não tem como fugir.

Mario Eugenio Saturno Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

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NOTA

KANÁ MANHÃES

Dever de casaNa luta contra a dengue, o governo pode fazer valer a aplicação de leis criadas pela Câmara de Vereadores com objetivo de contribuir com o pro-cesso de controle da doença que se desenvolve a cada ano. Uma das normativas estabelece a permissão do acesso dos agentes de combate a endemia aos imóveis fechados, mas que apre-sentam indícios de focos de proliferação do mos-quito. A outra, aprovada neste ano, determina a venda separada de tampas de caixas d'água.

RiscoMais que os riscos à saúde gerados pela falta de tratamento de saneamento básico, do acesso à água encanada e alimentação, a dengue tornou-se, nesta semana, caso de saúde pública, diante do registro de situação de epidemia. Por si só, Macaé já registra comportamentos nocivos, como o descarte abundante e irregular de lixo nas ruas. A conscientização e as visitações roti-neiras aos imóveis situados em áreas de risco são fundamentais para garantir o controle da doença.

TécnicaAo ampliar, em 10%, o espaço para a apresen-tação dos estandes, um dos principais atrativos da feira, a organização da Brasil Offshore pre-tende aumentar o número de visitantes. Porém, para que o investimento dos expositores seja garantido, a expectativa é que, nesta edição, o público seja “mais técnico”, contando com a presença de representantes das empresas que atuam na indústria do petróleo. Para isso, o acesso ao Centro de Convenções precisa ser reorganizado.

PosseA comissão municipal do Partido Republicano Progressista (PRP) vai promover neste domingo (14) a posse do seu novo presidente, Patrick Ramos. A cerimônia acontece na sede da le-genda, situada no Jardim Franco, na Ajuda de Baixo. Estão sendo esperados representantes do diretório estadual, e da comissão nacional do partido. A proposta é garantir o fortalecimento do grupo, principalmente para as eleições es-taduais em outubro do próximo ano.

HinoA execução do Hino de Macaé nas escolas públicas e privadas da cidade deverá se tor-nar obrigatória. A sugestão foi aprovada nesta semana na Câmara de Vereadores, através de matéria apresentada pelo vereador Luciano Di-niz (PT). Porém, mesmo sem a exigência de lei, a apresentação do hino já é mantida em todos os atos públicos organizados, tanto pelo poder executivo, quanto pelo legislativo. O exemplo pode ser seguido.

MultasAssim como na cidade do Rio de Janeiro, Macaé também possui lei que proíbe e mul-ta o descarte de lixo nas ruas. A normativa municipal estabelece ainda a aplicação de punição para quem despeja materiais des-cartáveis em praças, calçadas e áreas públi-cas. Porém, mesmo com a vigência da lei, há mais de dois anos, a fiscalização ainda não é adequada. Se a moda pegar na Capital do Estado, o mesmo pode, e deve, acontecer na Capital do Petróleo.

EstacionamentoAlém de disputar o espaço com motocicletas, os carros que buscam vagas de estacionamento nos principais pontos da cidade perdem espaço agora para caminhões. Os veículos longos e pesa-dos são parados à margem de pistas de tráfego intenso, em áreas como o Novo Cavaleiros e até mesmo no centro. A situação complica ainda mais nos horários de rush, quando as rotas mais utilizadas pelo tráfego de veículos deveriam ser liberadas, para garantir a mobilidade urbana.

SubvençõesServiços realizados por instituições sérias, como a Casa do Idoso e o Recanto dos Ido-sos, deveriam ser vistos como prioridade pela administração municipal, garantindo assim a solução para o impasse que envolve o atraso na liberação das subvenções pagas pela Prefeitura. Decerto que escândalos envolvendo institui-ções que também recebiam recursos públicos foram registrados na gestão passada. Porém, o trabalho sério, não pode ser penalizado.

ApoioO Centro de Apoio ao Paciente Oncológico (Capo) apresentou nesta semana a nova presidência. A instituição, que realiza o trabalho fundamental para apoio a pes-soas que buscam atendimento em hospi-tais na região, passa a ser conduzida por Adriana Leclerc Ribeiro, filha de Erozita Leclerc, uma das fundadoras da institui-ção, que faleceu há três anos. A proposta é que os serviços oferecidos pela unidade sejam ampliados.

Nesta semana, novo trecho da Avenida Atlântica foi interditado para garantir a realização de novas intervenções para implantação da rede de captação de esgoto. O trabalho está sendo realizado pela Empresa Municipal de Saneamento (Esane), e se estende desde o ano passado. Crateras foram abertas em diversos pontos da via, com objetivo de garantir a colocação de manilhas e caixas coletoras.

Polos de Cultura começam a funcionar em abril

GUIA DO LEITORJORNAL O DEBATEtel/fax: (22) 2106-6060acesse: http://www.odebateon.com.br/e-mail: [email protected]: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215e-mail: [email protected]: E-mail: [email protected]

TELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2762-0820DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2759-1312DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2759-0698DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058

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PolíciaComandante Ramiro completa 46 anosAo invés de festa, o militar que está há um ano e meio a frente do 32ºBPM, irá distribuir donativos para pessoas carentes

Bertha Muniz [email protected]

O c o m a n d a n t e d o 32º Batalhão da Polí-cia Militar de Macaé,

tenente-coronel Ramiro Oli-veira Campos completa nesta segunda-feira (15) seus 46 anos de idade. A equipe de repor-tagem do Jornal O DEBATE conversou com o comandante para saber sobre o trabalho de-senvolvido neste período na ci-dade e quais são as expectativas para o futuro.

ANIVERSÁRIO WANDERLEY GIL

Todos os donativos arrecadados pelo tenente-coronel serão entregues à população nesta segunda-feira (15) Com orgulho e ciente do belo serviço prestado à cidade, o co-mandante Ramiro disse que pre-tende fazer uma comemoração diferente neste ano. “Do mesmo

jeito que sempre me fizeram fe-liz ao longo desses 46 anos, desta vez desejo fazer a felicidade dos outros, por isso tive a iniciativa de pedir a todos os amigos, empresá-rios, poder público e a imprensa que me ajudassem arrecadando roupas e brinquedos para serem doados a pessoas carentes”, con-tou o comandante.

A iniciativa em questão será executada da seguinte forma: todos os donativos arrecada-dos pelo tenente-coronel serão entregues à população nesta segunda-feira (15), data de seu aniversário. Cerca de 300 quilos de roupa foram arrecadados. Ao todo serão distribuídas 50 se-nhas para as primeiras famílias que chegarem ao quartel do 32º BPM. A distribuição das senhas inicia às 09h30min.

Como todo aniversário tem que ter bolo, o comandante irá assoprar as velinhas junto com a comunidade. Duas tortas es-tão sendo preparadas e serão distribuídas para todos os pre-sentes. “Eu tenho tudo o que um homem realizado precisa: uma família maravilhosa, um traba-lho que me dá muito prazer e que eu desejo ficar até o último dia da minha vida, além de uma população que me apoia desde a minha entrada no batalhão. Por isso dispenso qualquer home-nagem para homenagear e aju-dar a essas pessoas, que sempre ajudaram a polícia a solucionar vários casos, ou seja, acreditan-do no meu trabalho", declarou.

Há um ano e meio à frente do quartel, Ramiro Campos chegou à Macaé combatendo o

jogo de bicho e crimes de con-travenção, com a apreensão de muitas máquinas caça-níqueis, depois realizou diversas ope-rações no trânsito para coibir roubos de veículos e combater outras irregularidades.

Mas o que mais marcou este período do comandante foram as pacificações feitas nas co-munidades Malvinas e Nova Holanda, que hoje agradecem o trabalho do tenente-coronel Ramiro Campos.

“Sempre me fizeram feliz

e neste ano que ver a felicidade dos outros”RAMIRO CAMPOS, comandante do 32º Batalhão da Polícia Militar

“As doações só sairão do

quartel para quem for buscar, pois a pessoa tem que experimentar”RAMIRO CAMPOS, comandante do 32º Batalhão da Polícia Militar

Pacificação na Nova Holanda

Comunidade Malvinas

sendo a primeira comunida-de pacificada pela Polícia Mili-tar, a Nova Holanda vive hoje um novo momento após o tra-balho de intensificação feito sob o comando do tenente-coronel Ramiro Campos.

Em novembro de 2011, a PM instalou um trailer na comuni-dade, com a presença de vários policiais, que a partir daquele momento, ficariam 24 horas

em menos de dois meses sob o comando do comandante, foi a vez da comunidade Malvinas receber a ocupação policial. O reduto, antes considerado ina-tingível pelas autoridades, por concentrar grande movimen-tação do crime organizado do município, também foi pacifi-cado pelo comandante Ramiro Oliveira Campos, que através de planejamento, estudos e disci-plina, conseguiu juntamente com a tropa, organizar a melhor forma de entrar na comunidade sem que moradores pudessem

por dia na comunidade, garan-tindo a segurança dos morado-res e coibindo o tráfico de dro-gas através de incursões.

O container instalado no local será reformado em breve pela prefeitura, dando as condições necessárias de trabalho para os policiais, que ficam 24 horas por dia no local. Cerca de 10 homens trabalham diariamen-te no local.

ser feridos em possíveis con-frontos com elementos do trá-fico de entorpecentes.

A pacificação na comunidade aconteceu em janeiro, com a instalação do container, assim como foi feito na Nova Holanda.

Esta foi mais uma vitória im-portante do comandante Ra-miro Campos, que conseguiu ocupar duas comunidades, an-tes deixadas de lado devido à in-segurança e a atuação constante do tráfico de drogas. Até hoje, a comunidade sente os reflexos da pacificação.

Comandante distribui donativos nesta segunda (15)

RESPONSABILIDADE SOCIAL

“solidariedade: fazer o bem sem olhar a quem”. É com esse sentimento que o comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar, Ramiro Campos resolveu fazer do-ações de roupas, calçados, bolsas e assessórios, a quem mais precisa.

Durante semanas, o coman-dante arrecadou, de amigos, parentes e parceiros, inúme-ras peças de roupas que serão distribuídas, numa espécie de bazar livre, na sede do BPM, a partir das 09h.

Neste sábado (13), amigos se reuniram para separar as roupas por tamanho e sexo. Dentre eles estava a assisten-te social e educadora, Antô-nia Crispim, de Niterói. An-tônia, que já faz um trabalho social importante em Niterói resolveu ajudar o comandan-te nessa campanha.

“Em Niterói, faço um tra-

Iniciativa beneficiará 50 famílias carentes. Distribuição de senhas começa às 9:30 horas

balho que diminuiu a evasão, nos Colégios. Achei formi-dável a ideia de Ramiro, pois além de fazer o bem, a socie-dade quebra aquele concei-to de “polícia versos comu-nidade”. A verdade é que a repressão só existe contra o crime, não contra as pesso-as”, disse a assistente.

De acordo com Ramiro, as primeiras 50 famílias que chegarem vão receber as se-nhas. “As doações só sairão do quartel para quem for buscar. Não adianta o pai querer levar para o filho, pois o mesmo terá que experi-mentar, pois o que não serve para uma pessoa serve para outra”, concluiu.

BERTHA MUNIZ

Neste sábado (13), amigos se reuniram para separar as roupas por tamanho e sexo

LAGOMAR

Menor é apreendido com drogas

na tarde de sexta-feira (12), um menor foi apreen-dido em flagrante pelos po-liciais do 32º Batalhão de Po-lícia Militar na rua W 24, no bairro Lagomar, em Macaé.

De acordo com informa-ções do Serviço Reservado da PM (P2), a guarnição estava em patrulhamento quando avistou o jovem cor-rendo, após avistar a polícia.

O menor não conseguiu fugir e foi abordado pelos militares, que após efetua-rem revista encontraram 32

Foram encontrados 32 papelotes de cocaína e R$ 40 na bermuda do suspeito

papelotes de cocaína e R$ 40 dentro da bermuda do rapaz.

O menor foi conduzido para a 123ª Delegacia Po-licial de Macaé (DP), onde ficou apreendido por trá-fico de entorpecente, onde aguardará transferência para o CRIAM, instituição que cuida de menores infra-tores, em Macaé.

A violência e o tráfico de drogas na comunidade no Lagomar têm se tornado crescente. A Polícia Militar vem realizando um traba-lho intenso no local, a fim de coibir a prática de ações criminosas. As operações têm resultado na captura de acusados e no desmanche de quadrilhas especializadas.

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EconomiaPlano de Gestão da Petrobras deve estimular economia

PETRÓLEO

Segundo Francisco Navega, da Firjan, 60% dos investimentos serão para área de exploração e produçãoPatricia [email protected]

Alguns dias depois de a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural

e Biocombustíveis (ANP) ter anunciado uma queda de 8,5% na produção de petróleo em fe-vereiro, a Petrobras anunciou o seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, com investimentos na ordem de US$ 236,7 bilhões em atividades do setor. Apesar de a notícia ser positiva para a Capital Nacional do Petróleo, há ainda alguns alertas que podem prejudicar o desenvolvimento da cidade.

Segundo Francisco Navega, membro da Comissão Muni-cipal da Firjan, a boa notícia é que aproximadamente 60% dos investimentos anunciados pela estatal serão destinados à exploração e produção de pe-tróleo, o que beneficia direta-mente Macaé. “Até 2017, eles pretendem dobrar a produção. Essa nova ordem da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, potencializa a explora-ção e produção e isso é ótimo para o município.”

Para este ano, a Petrobras anunciou que a previsão é de que a produção fique em tor-no de 2,022 milhões de barris por dia, com uma oscilação de

2% para cima ou para baixo. Além disso, a partir do segun-do semestre, é esperado que sete novos sistemas entrem em produção, fazendo com que, em 2017, a produção atinja 2,75 milhões de barris por dia. No entanto, Navega alerta para o atraso do crono-grama das plataformas, o que coloca em dúvida as metas de produção da companhia. “Al-gumas novas plataformas já

deveriam estar prontas. Isso prejudica a produção e, con-sequentemente, o setor como um todo. Esse é um momen-to sensível para a Petrobras e qualquer queda na produção afeta o caixa da empresa.”

No total, serão 53 novos po-ços, sendo 15 destinados ao pré-sal e o restante ao pós-sal. De acordo com Navega, isso significa que a expectativa para Macaé continua muito positiva.

E a previsão é que, até 2020, a produção na cidade seja de 2 milhões de barris por dia.

No entanto, um alerta acende a luz vermelha para esse cenário otimista: a apro-ximação da OGX com a Pe-trobras. “Essa relação pode fazer com que muitas opera-ções sejam transferidas pa-ra Campos dos Goytacazes, o que seria prejudicial para Macaé”, avalia Navega.

KANÁ MANHÃES

Atraso no cronograma das plataformas pode prejudicar metas de produção da Petrobras

DIA DAS MÃES

Comércio já se prepara para o dia

faltando menos de um mês para o Dia das Mães, chegou a hora de pensar como presen-tear as mães. Esse também é o momento para elas pen-sarem em sugestões do que gostariam de ganhar. Assim, os lojistas já se preparam pa-ra o período, garantindo aos clientes variedade de preços e produtos. Isso porque, se-gundo os comerciantes, essa é a segunda melhor data para vendas, ficando atrás apenas do Natal.

Para atrair o olhar dos con-sumidores macaenses, as lojas já pensam em campanhas e promoções para aumentar as vendas. “Na próxima semana já vamos entrar com a campa-nha do Dia das Mães. Vamos colocar coleções com foco nas mulheres que são mães e preços para atrair os filhos”, conta Maria Inês, gerente da Hering. De acordo com ela, a expectativa para esse período é enorme e o movimento se compara com o Natal - melhor época para o comércio.

Uma loja de eletrodomés-ticos no Centro começará a expor seus produtos acom-panhados de promoções nas próximas semanas. “Por en-quanto, estamos na fase de preparação. Mas logo as mães já poderão escolher seus pre-sentes”, disse a gerente Ana

Lojas buscam atrair clientes com campanhas e promoções

Maria Pereira. Para este ano, ela disse que o volume de ven-das deve ultrapassar os 30%.

Se neste ano a tendência for a mesma do ano passa-do, os presentes que devem receber destaque são as rou-pas, celulares e eletroeletrô-nicos, conforme explicou a vendedora de uma loja de roupas, Flávia Lopes.

Conhecida e bastante pro-curada pelos seus kits de be-leza, a loja O Boticário pro-mete conquistar as mães de Macaé. “No próximo dia 22 já vamos entrar com os kits e promoções para a data. As vendas nessa época aumen-tam muito e neste ano não deve ser diferente”, diz Már-cia, gerente da loja.

Na Mercatto, loja de roupas femininas no Centro da cida-de, a expectativa é a melhor possível. “Investimos muito em promoções e campanhas que atraiam nossas clientes. No Dia das Mães sempre preparamos kits ou algo fo-cado nessas mulheres. Nossa campanha deve começar nas próximas semanas e espera-mos vender bastante”, conta a gerente Jaqueline Lustosa.

Enquanto as promoções não chegam, muitas pessoas aproveitam para pesquisar. A enfermeira Cláudia Gomes já está atenta ao que as lojas oferecem. “Ainda não pensei no presente que quero ganhar. Mas estou olhando as vitrines para ter alguma ideia e dar uma boa sugestão aos meus filhos”, contou.

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GeralRede municipal atende em média 40 pessoas com autismo

MACAÉ

Em entrevista à equipe de reportagem do Jornal O Debate, profissionais da APAE falam sobre a doença, e seus principais sintomas Patricia [email protected]

Caracterizada como uma doença que afeta a comunicação, a socia-

bilidade e o comportamento do portador, o autismo atinge em média, uma em cada 88 crian-ças nos Estados Unidos. Já no Brasil não há estatísticas a res-peito. Na cidade, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, também não há um número preciso. Contudo, os atendidos pela rede municipal de Saúde por meio do Programa de Saúde Mental somam cerca de 40 pessoas.

Questionado sobre qual tipo de trabalho é feito com essas pessoas, o órgão informou que o atendimento é feito em rede. “Ou seja, no CAPS Infanto-Juvenil, em ambulatórios da rede municipal de Saúde, no Cemeaes, no Núcleo de Saúde Mental e no Centro de Reabi-litação. Os maiores de 18 anos são encaminhados ao CAPS Betinho. Entretanto, no mo-mento, nenhuma pessoa au-tista está sendo acompanhada nesse Centro. Já o acompa-nhamento de pessoas de zero a dezoito anos é feito no CAPS Infanto-Juvenil. Ele acontece individualmente ou em grupo por psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais e também ambulatorial na rede munici-

pal de Saúde”, explicou. Quando o assunto é merca-

do de trabalho e preparação dessas pessoas para inserção nele, a Prefeitura disse que ainda não existem projetos com essa finalidade.

Em entrevista à equipe de reportagem do Jornal O De-bate profissionais da Asso-ciação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ma-caé falaram sobre a doença, e seus principais sintomas. A entrevista foi concedida pe-la coordenadora pedagógica Vilma Maria Lima Silva, a te-rapeuta ocupacional Danielle de Proença, a professora Ro-

sanea Marinho e a psicóloga Ana Paula Sá.

“Não se percebe que uma criança é autista logo nos pri-meiros dias de vida. Os sinto-mas vão aparecendo à medida que a criança cresce e começa a fazer seus primeiros movi-mentos. Normalmente elas não fixam o olhar, não interage, para ela não existe o brincar com a mãe. São bebês que não gostam muito do contato físico”, expli-cou as profissionais.

Elas relatam ainda que o que mais faz os pais a procu-rarem tratamento é quando a criança chega aos dois, três anos - quando começa a fase

da comunicação e que a prin-cípio ela (criança) não enten-de os que os pais dizem e com isso eles pensam que se trata de um problema de audição.

Outro sinal apontado pe-las especialistas é o fato da criança autista, por exemplo, ter fixação por um objeto, por exemplo gostar de ver o ventilador girar, fixação pela terceira pessoa, pegar na mão da terceira pessoa e levar até o objeto que ela deseja.

Na cidade os pais de crian-ças excepcionais podem pro-curar a Apae que fará o en-caminhamento das crianças para as instituições devidas.

WANDERLEY GIL

Profissionais falam dos principais sintomas da doença e ressaltam a importância do atendimento

ÚLTIMO DIA DE INSCRIÇÃO

“Saúde, Mídia e Informação”

a universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé Professor Aloísio Teixei-ra, por meio do Projeto Exten-são Universitária “Construin-do Pontes entre a Evidência Científica e a Gestão em Saúde - UFRJ Macaé" prorrogou por maio uma semana o período de inscrição para o segundo encon-tro do "Saúde, Mídia e Informa-ção”. Esta é a última chamada para os interessados em subme-ter trabalhos ou se inscrever. O parzo segue até o dia 20 e os melhores trabalhos receberão menção honrosa.

As inscrições são gratui-tas e os interessados pode-rão se inscrever pelo <http://updatesaude.wordpress.com/2013/03/25/saude-mi-dia-e-informacao-2013.

O encontro será realizado nos dias 7 e 8 de maio na Cidade Universitária.

O evento com a temática a "Divulgação Científica e For-mação Profissional: caminhos e conexões” tem como objeti-vo aproximar o conhecimento científico em saúde, produzido nas universidades, dos profis-sionais que atuam na assistência e gestão em saúde, aumentando a qualidade dos serviços presta-dos no Sistema Único de Saúde.

De acordo com a professo-ra e coordenadora das ativi-dades, Uliana Pontes o evento

As inscrições são gratuitas e os interessados poderão se inscrever pelo site

vai congregar profissionais e estudantes das áreas de saú-de, comunicação e educação para o debate das oportuni-dades e desafios de formar profissionais multiplicadores de conhecimento científico acessível a todos. “Serão acei-tas submissões de relatos de experiências ou de artigos científicos sobre os temas correlatos, como: Formação Profissional e Divulgação Científica; Popularização da Ciência; Informação e Gestão em Saúde; Sistemas de Infor-mação em Saúde; Jornalismo, Saúde e Ciência, dentre ou-tros”, pontuou.

Ainda segundo a docente, a programação do dia 07 de maio, terça-feira, prevê duas mesas redondas: “Informação e Conhecimento em Saúde nas práticas profissionais” e “Formando profissionais que compartilham conhecimentos científicos”. Já na quarta-feira, dia 08, serão realizadas as ses-sões de apresentação oral dos trabalhos selecionados, além da entrega da menção honrosa aos melhores, no encerramento do evento. Palestras, minicursos e oficinas culturais completam a programação.

As atividades têm apoio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Outras informações referen-tes às atividades podem ser ob-tidas das 08 às 17 horas na Cida-de Universitária - UFRJ campus Macaé e pelo email [email protected] .

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MACAÉ, DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2013 Geral 11

QUESTÃO DE JUSTIÇA

A criação de novos Tribunais Federais, e a defesa da extinção dos Tribunais Militares, foi destaque nas últimas semanas. Mas quase não se fala da Pri-meira Instância, onde a população chega, e nasce a maioria dos processos. E, menos ainda se comenta, onde a população sofre com a falta de qualidade na prestação desse serviço essencial.

A justiça que temos e a justiça que queremos...

Somente quem tem um processo sabe das agru-ras enfrentadas até seu

fim. Faltam informações, estrutura física, trabalhado-res do Judiciário, e sobram a demora e muitas vezes a in-sensibilidade social da apli-cação de um Direito frio e deformado.

No final de 2012, após ampla mobilização da OAB Macaé, conseguimos preencher as seis vagas de juízes estaduais, em aberto há anos na nossa cidade. Foi preciso protocolar um Pedido de Providências nosso, em conjunto com a OAB/RJ, no Conselho Nacio-nal de Justiça, denunciando a omissão do Tribunal de Justi-ça, para que a coisa andasse.

Mesmo assim, ainda faltam juízes! Em países como a Ale-manha - que têm bem menos processos, proporcionalmente - existem 24 juízes para cada 100.000 habitantes. Porém, no nosso Brasil a proporção é de 6,2. No Rio de Janeiro é ainda menor: 4,5 juízes para cada 100.000 habitantes.

Em Macaé, com uma popu-lação estimada (2012) de mais de 217 mil habitantes, mais a população flutuante estimada em cerca de 70 mil pessoas, te-mos apenas 10 juízes: média de 3,5 para cada 100.000 ha-bitantes, ainda menor do que a do Estado do Rio de Janeiro.

E a carência de servidores em nada foi minimizada, em um verdadeiro retrato da falta de investimentos e de plane-jamento futuro. A população cresce - na região, de forma dramática, e em Macaé mais ainda - sem que os administra-dores dos tribunais se prepa-rem para isso.

Enquanto isso, na segunda instância, onde os processos chegam em grau de recurso,

ocorre exatamente o con-trário. O valor do contrato de construção do prédio de-nominado Lâmina Central do Tribunal Justiça do Rio de Janeiro, cujo relatório do Conselho Nacional de Justiça apontou irregularidades na contratação da empresa Delta Construções S/A, custou mais de 178 milhões.

O que sobra disso tudo para a 1ª instância? Investimentos baixos e fila enorme! O espa-ço para atendimento, o bal-cão dos cartórios, tem pou-cos metros quadrados onde população e advogados em atendimento se espremem, e os por atender aguardam de pé. Isso quando o atendimento não é realizado por um único serventuário, também de pé. Alguns cartórios chegam a “fe-char para o almoço”, por pos-suírem somente um servidor.

As estatísticas criadas para medir a eficiência da Justiça não avaliam isso. Computam a “produção”, na reprodução acrítica da lógica empresarial: “visão”, “missão”, “clientes” e número de processos senten-ciados, ainda que recorrendo ao conhecido “Ctrl-C Ctrl-V”.

Acontece que o Judiciário não tem “visão” e “missão”, mas DEVER CONSTITU-CIONAL. Dever não para com “clientes”, mas para com JU-RISDICIONADOS, que nele buscam proteção!

O que realmente importa para a população. Números, prédios e discursos vazios? Ou um grande investimento na primeira instância de um Judiciário que realmente lhe proteja?

Parece que o símbolo da Justiça - a divindade romana de olhos vendados - bem re-trata a forma como os anseios da população são vistos.

Andrea Meirelles

DE JUSTIÇAMacaé derrota o Rio Claro em jogo eletrizante

BASQUETE

Em clima de revanche, donos da casa fazem bonito diante de dois mil torcedores

Letícia [email protected]

Festa dentro da quadra e nas arquibancadas do Ginásio do Tênis Clube,

o "Juquinha"na noite de sexta-feira (12). Assim foi o jogo entre o Macaé Basquete e o Rio Claro. Na disputa entre Rio e São Pau-lo quem se deu melhor foram os donos da casa com um placar de 81x73. Já classificada, a equipe está a um passo de trazer para o município a semifinal da Copa Brasil Sudeste.

Com a vaga garantida para avançar no campeonato, as du-as equipes protagonizaram um verdadeiro espetáculo com o objetivo de conquistar a vitó-ria e somar pontos para ficar entre as primeiras posições na classificação geral. Os quatro grupos classificados disputam a primeira e a segunda colocação para ter vantagem no mando de quadra nos playoffs.

Os jogadores suavam dentro da quadra e a torcida enlou-quecia nas arquibancadas. As quase duas mil pessoas que compareceram no Juquinha, assistiram uma partida equi-librada com parciais de 19 x 19 no primeiro quadro e 36 x 36 na segunda etapa.

Já no terceiro tempo, o Rio

Claro fechou com uma pe-quena vantagem de 57x55. Nos dez minutos finais, o os donos da casa fizeram o dever de casa e viraram a partida com o placar final de 81 x 73. Os cestinhas da disputa foram dois americanos. Do lado do Macaé, Jamaal Smith encai-xou 30 pontos. Pelo Rio Claro, Brandon Brown marcou 29.

Os três primeiros colocados

da Copa Brasil Sudeste se clas-sificam para a Super Copa Bra-sil, que terá oito equipes.

A Supercopa, que será re-alizada de 1 a 5 de maio de 2013, em local ainda a ser de-finido, contará com oito equi-pes das cinco regiões classi-ficadas em suas respectivas regionais: Sudeste (3), Sul (2), Norte (1), Nordeste (1) e Centro-Oeste (1).

O campeão e o vice-cam-peão da Supercopa Brasil ga-rantem vaga no quadrangular que reunirá os dois últimos colocados do NBB 2012/13. Os dois primeiros lugares do quadrangular se creden-ciam para disputar a próxima temporada do NBB 2013/14, desde que atendam todos os requisitos exigidos pela Liga Nacional de Basquete (LNB).

WANDERLEY GIL

No duelo entre Rio e São Paulo quem se deu melhor foram os donos da casa com um placar de 81x73

Ultra Desafio tem data alteradaSANA

a associação dos Corredores de Rua de Macaé (Ascom) está com inscrições abertas para a terceira edição do Ultra Desafio de 80 km. O evento que terá iní-cio no sexto distrito de Macaé, o Sana, será realizado no dia 15 de junho. Interessados devem se cadastrar no blog da Ascom. As vagas são limitadas.

Nesta edição, Ultra Desafio organizado pela Ascom será re-alizado no mês de junho e não mais em dezembro como nos

Inscrições permanecem abertas para evento com 80 km de percurso na região serrana de Macaé

eventos anteriores. De acordo com os organizadores do even-to, a data foi alterada para faci-litar a conclusão do percurso e proteger a integridade física dos atletas. “Dezembro é verão. O tempo quente deixa a prova mais difícil. Já em junho (in-verno), o clima é mais fresco. O atleta terá maiores condições de realizar o percurso sem correr o risco de desidratação”, explica a ultramaratonista e secretária da Ascom, Vera Mota.

Além da data, o percurso da prova também sofrerá al-teração para contribuir com o bem-estar dos participantes. “Na edição do ano passado, os organizadores decidiram

encerrar a prova no quilôme-tro 61, pois vários corredo-res sofreram bastante com a desidratação. São muitas su-bidas íngremes e passagens por trilhas fechadas. Como no inverno o tempo escurece mais cedo, não podemos ex-por os atletas a qualquer tipo de perigo. Então estamos re-formulando o percurso para que todos possam concluí-lo”, acrescenta a ultramaratonista que completa que o evento te-rá uma ambulância que pres-tará apoio aos participantes, caso haja necessidade.

Apesar das alterações, a ter-ceira edição da ultramaratona não vai perder suas caracte-

rísticas. Os atletas vão enfren-tar um percurso com subidas, no asfalto, no meio da mata, próximos as cachoeiras, lagos e tudo o que há de mais bonito e exuberante que a região do Sana pode oferecer. De acor-do com a organização, além da difusão desta modalidade esportiva, o evento também tem como objetivo a valori-zação das belezas naturais da Região Serrana de Macaé.

Os interessados em partici-par devem preencher a ficha de inscrição no blog da associação: www.ultramacae.blogspot.com. Mais informações sobre o even-to também estão disponíveis na página eletrônica.

Macaenses buscam peso ideal após a PáscoaEXERCÍCIOS

a páscoa terminou há 15 dias, mas as consequências ocasionadas pelo exagero no consumo de chocolates con-tinua a perturbar homens e mulheres que decretaram guerra contra a balança. Em busca de chegar ao peso ideal, centenas de pessoas praticam exercícios físicos nas praias e praças de Macaé.

Os feriados são datas peri-gosas para quem não quer bri-gar com a balança, especial-mente a Páscoa, que oferece em abundancia as tentações irresistíveis protagonizadas pelo chocolate. Dessa forma, fica quase impossível man-ter o peso ideal e ficar com a consciência limpa por sair da rigorosa dieta.

Muitas pessoas acabaram não resistindo às delícias do feriado e agora, correm atrás do prejuízo para se livrar dos quilinhos ganhos e das gordu-ras acumuladas.

Se engana quem pesa que apenas as mulheres se pre-ocupam em manter a boa forma. “A gente compra um chocolate para a mulher, os ovos de Páscoa para os filhos e acaba que fica difícil de não “beliscar” um pedacinho. Nesse pedacinho acaba indo outro, outro e outro. Depois,

Na briga contra a balança, homens e mulheres pagam pelo consumo exagerado de chocolate

só pegando pesado na ca-minhada ou na “pelada” do fim de semana para perder a barriguinha”, comenta o co-merciante Antonio Carlos de Carvalho.

Já a estudante Bethania Alencar, buscou na caminha-da uma forma de se exercitar sem nenhum tipo de custo. “Sempre tive o hábito de ca-minhar. Foi uma forma al-

ternativa de emagrecer sem precisar frequentar uma aca-demia. Juntei com algumas amigas e caminhamos duas vezes por semana. Os resul-tados tem sido positivos”,

WANDERLEY GIL

A orla da Praia dos Cavaleiros é um dos destinos mais procurados pelos macaenses para praticar exercícios físicos

destaca a estudante.Independente da atividade

física a ser praticada, é reco-mendável a realização de exa-mes médicos. O procedimento serve para detectar problemas

que possam limitar, ou mes-mo contraindicar a realização de determinados exercícios. Além de ajuda a selecionar o tipo de esporte que melhor se adapta às suas necessidades.

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12 Geral MACAÉ, DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2013

“Não se pode separar ecologia da economia”

MEIO AMBIENTE

Mestre em Economia da Indústria e da Tecnologia pela UFRJ, Carlos Eduardo Young estará na VI Feira de RSE para falar sobre “A Economia Verde e os Custos da Degradação Ambiental”

Para Young, o aquecimento global é profundamente injusto porque irá gerar consequências perversas e mal distribuídas

Martinho Santafé

Na avaliação do econo-mista Carlos Eduardo Young, o aquecimento

global não irá gerar uma escas-sez global de alimentos, mas sim crises localizadas devido à má distribuição de recursos, que poderá se agravar no futu-ro. Não acredito que o problema do aquecimento global vá gerar uma escassez global de alimen-tos, até porque haverá perda de áreas agrícolas, mas, nos países onde a produtividade agrícola é maior, é possível que a área de plantação inclusive aumente”, argumenta.

Ele acredita que os atingidos “serão países mais pobres que têm maior carência de recur-sos” e os efeitos do aquecimen-to global serão mais graves “pa-ra os países onde são cobradas menos responsabilidades, ou seja, os tropicais”. Para ele, as consequências mais graves do aquecimento global serão sen-tidas no acúmulo de injustiças e problemas sociais.

Young, graduado em Ciên-cias Econômicas pela UFRJ, especialista em Políticas Públi-cas pelo Ilpes/Cepal e doutor em Economia pela University of London, estará em Macaé no dia 15 de maio para participar, às 16h15m, do Painel “A Economia Verde e os Custos da Degrada-ção Ambiental”, ao lado do se-cretário de Ambiente de Macaé Guilherme Sardenberg, e do am-bientalista e ex-coordenador de

“A vulnerabilidade será localizada”De acordo com Carlos Eduardo Young, o aquecimento global é pro-fundamente injusto porque irá ge-rar consequências perversas e mal distribuídas que se concentrarão nos países que menos contribuí-ram para causar o problema. “Isso quer dizer que determinadas partes do mundo serão mais afetadas com escassez de grão, por exemplo. Os atingidos serão os países mais po-bres que têm maior carência de recursos, e que também têm condi-ções climáticas mais adversas, como temperatura mais elevada e maior aridez. Hoje, ainda sem considerar os efeitos das mudanças climáticas que virão, mesmo com muitas pes-soas passando fome, temos esto-ques de grãos acumulados. É esse o tipo de problema que deverá se agravar no futuro”.

“Haverá, prossegue o economis-ta, um problema de instabilidade climática nos países desenvolvidos, mas não é certo que irá diminuir a área agrícola. Estudos brasileiros mostram que é possível um retor-

no da agricultura para o sul, ou seja, uma perda de agricultura do centro-oeste. Além disso, não há condições de prever a evolução da produtividade agrícola nos próxi-mos 50 anos. O mundo não irá aca-bar, mas se tornará pior para as po-pulações menos favorecidas - o que não é nenhuma novidade na histó-ria da humanidade. Irão aumentar as injustiças e os problemas sociais. Por outro lado, penso que a huma-nidade nunca esteve tão sensível às crises ambientais e aos problemas sociais que acarretarão”.

A capacidade de adaptação do se humano é enfatizada por Young, diante de um cenário futuro de in-certezas climáticas: “Se observar-mos as espécies de distribuição da população humana, percebemos que ela se estende dos esquimós da Groelândia aos berberes do Deserto do Saara, dos povos do altiplano an-dino aos pigmeus da África Equato-rial. Então, o ser humano consegue se adaptar; ele não irá desaparecer. Em relação às mudanças climáticas,

algumas pessoas se aproveitam de argumentos científicos para colocar slogans que não são necessariamen-te prováveis, mas que alimentam a militância ambiental. Além disso, há limites na capacidade de se ela-borar cenários. Como economista, sou sempre obrigado a desconfiar de projeções - minha profissão especializou-se na arte de errar o futuro. Por isso, há pouco que po-demos afirmar com certeza”.

“Entre essas coisas, o que sabe-mos é que grupos sociais frágeis serão fortemente atingidos, entre esses, as populações em regiões tropicais áridas, como o Sahel, na África e, provavelmente, o sertão nordestino e boa parte do cerra-do brasileiro. Por outro lado, as economias desenvolvidas terão maior capacidade de investir para se adaptar às mudanças climáticas. Além disso, sendo países mais frios, tenderão a sofrer menos com os impactos, apesar de terem sido os maiores responsáveis pela geração do problema”.

A crise econômica e o meio ambienteDe alguma maneira, a crise mu-dou o modo de pensar também as questões ambientais? Na avaliação de Carlos Eduardo Young, crise econômica não é boa para o meio ambiente. “Discordo daqueles que acreditam que crescimento econômico é um entrave para o meio ambiente. O problema não é o crescimento econômico, e sim a forma deste crescimento. Pobreza

gera mais problemas ambientais. Não vi nenhuma vantagem am-biental nos 25 anos de estagnação econômica que o Brasil viveu en-tre 1980 e 2005. Nesse período, a situação ambiental se deteriorou, e os problemas sociais tampouco foram sanados”.

“Assim, a questão não é a quanti-dade de crescimento, mas a forma do crescimento econômico. Um

crescimento espúrio, baseado em extração de recursos naturais e uso predatório do ambiente também será danoso ao meio ambiente. Precisamos buscar um crescimen-to econômico que seja favorável às questões ecológicas. Sem cresci-mento econômico, não há solução para problema ambiental. Os que advogam esta tese carecem de com-provação empírica e teórica”.

“Os indivíduos sabem que vão morar numa área insalubre, mas não têm outra opção”Para Young, crescimento eco-nômico baseado em cultura, conhe-cimento e tecnologia pode favorecer muito a questão ambiental e econô-mica. Por outro lado, empobreci-mento encurta o horizonte tempo-ral, ou seja, reduz o horizonte da tomada de decisão. “Algumas pesso-as, porque têm menos recursos, são obrigadas a tomar decisões que só

levam em consideração o horizonte mais próximo. Mesmo sabendo que essas decisões podem trazer conse-quências negativas a longo prazo, elas são obrigadas a aceitá-las por falta de opção econômica”.

“Um problema típico são as fa-velas. Os indivíduos sabem que vão morar numa área insalubre, com problemas de natureza so-

cial e ambiental, inclusive para as suas crianças. Mas não têm outra opção. Enquanto não se resolver o problema das favelas, não vejo co-mo solucionar problemas urbanos relacionados ao meio ambiente. Se alguém conseguir me provar que o problema das favelas será resolvido sem crescimento econômico, mudo meu argumento”.

“Crise não traz benefícios ambientais”Por isso, o economista discor-

da da ideia de que a crise eco-nômica tenha trazido benefícios ambientais. “Grande parte das organizações não governamen-tais que trabalham com meio ambiente tiveram grandes de-missões, porque tiveram perdas financeiras consideráveis, foram obrigadas a desfazer uma série de projetos. Qual é a vantagem ambiental disso? Os países que produzem de forma espúria con-tinuam produzindo, mas a crise econômica trouxe problemas sérios para as economias que estavam investindo em susten-tabilidade. A crise econômica re-tira recursos para investimento, logo, é possível que tenha ocor-rido uma forte retração da loca-ção de recursos para projetos de sustentabilidade”.

Young defende um modelo de crescimento que considere

o próprio gasto ambiental co-mo um elemento dinamizador da economia. “Exemplo: a des-poluição da Baía de Guanabara demanda obras de construção civil, atividades econômicas e, portanto, gera crescimento eco-nômico. Isso é diferente de fazer uma obra no mesmo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que aumente o desmata-mento da Amazônia através do asfaltamento, por exemplo, entre Manaus e Porto Velho”.

“Por outro lado, a crise mudou a forma de pensar dos tomado-res de decisão econômica, o que é excelente. A crise trouxe uma mudança na condução da política econômica com o questionamen-to do modelo liberal e um retorno da valorização do papel do Esta-do como organizador do processo econômico. Quando se chamou novamente o Estado para liderar

o processo econômico nos países desenvolvidos, ele trouxe o condi-cionante de não apoiar qualquer tipo de investimento e crescimen-to, e sim um crescimento baseado em projetos e programas que in-corporem princípios de sustenta-bilidade. A retomada da liderança do Estado traz a possibilidade de induzir os investimentos limpos para reaquecer a economia”.

“Mas essa combinação virtu-osa de políticas de crescimento com princípios de sustentabili-dade não acontece naturalmen-te, ela precisa ser fomentada por uma visão coerente que privilegie o longo prazo. Senão, voltamos ao crescimento espú-rio. Por exemplo, no Brasil, onde também se teve a necessidade do Estado intervir, ao invés de ado-tar critérios de sustentabilidade na seleção de áreas a serem fo-mentadas, se fez o contrário”.

Young critica o governo por ter reativado a indústria com medidas como a redução do Im-posto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) do automóvel, “o que simplesmente aumentou a frota, mesmo sabendo que gran-de parte desses automóveis irá rodar em São Paulo, onde a pró-pria política pública impede ve-ículos de rodar pelo excesso de carros, e outras regiões metropo-litanas com enormes problemas de tráfego. Então, ao invés de introduzir um condicionan-te ambiental para solucionar questões de longo prazo, a in-tervenção do Estado Brasileiro seguiu o modelo convencional de pensar apenas no imediato curto prazo - e certamente na próxima eleição”.

Meio Ambiente da Prefeitura de Cabo Frio, Júlio César Calvo Rodriguez. A VI Feira de RSE tem o patrocínio das prefeitu-ras de Macaé e Rio das Ostras e da UENF e o apoio de O Debate.

Para o economista, não se pode mais separar a economia da ecologia porque a sociedade passou a incorporar de forma mais efetiva a questão ambien-tal no processo de tomada de decisão e o debate ecológico foi incorporado às decisões sociais, incluindo as econômicas. “É por isso que não podemos mais se-parar ecologia da economia, porque as decisões econômicas refletem o ambiente social que contextualiza o processo decisó-rio, no qual as questões ambien-tais têm papel crescente”.

Um estudo recente alerta pa-ra a escassez de alimentos em 2050 e projeta aumentos de alimentos básicos. De que ma-

neira as mudanças climáticas tendem a afetar a economia e aumentar a fome no planeta? Para Young, é equivocada a vi-são das Ciências Econômicas pelo fato de elas estudarem recursos escassos, como se a escassez fosse sempre o proble-ma. “Quando se faz uma análi-se mais fria e examinamos, por exemplo, os conflitos em torno dos acordos de livre comércio, incluindo as negociações de Doha, percebemos que grande parte dos problemas se dá não pela falta, mas sim pelo exces-so de produtos. O problema é a má distribuição desse recurso. A própria Organização das Na-ções Unidas para a Agricultura e Alimentos (FAO) reconhece que temos os meios econômi-cos e técnicos para fazer a fome desaparecer, mas o que falta é a vontade política mais forte para erradicar a fome”.

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MACAÉ, DOMINGO, 14 E SEGUNDA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2013 Geral 13

BAIRROS EM DEBATE Jardim Esperança

Jardim Esperança carece de serviços básicos de infraestruturaEntre as prioridades da comunidade estão o saneamento básico e a pavimentação das ruasMarianna [email protected]

“A miséria também é uma herança.” Em plena Capital Na-

cional do Petróleo, a desigual-dade ainda é uma triste rea-lidade que vem se arrastando durante anos de abandono da parte das autoridades. Es-sa semana o Bairros em De-bate retorna a uma área que há anos espera por serviços básicos, essenciais para que qualquer cidadão viva com dignidade.

O que podemos ver é que crescimento urbano nem sempre significa desenvolvi-mento humano. Isso ocorre, especialmente, pela ausência do planejamento territorial das áreas a serem ocupadas. É o caso da comunidade Jar-dim Esperança. Localizada atrás da Infraero, ao lado do bairro Parque Aeroporto, o local enfrenta sérios proble-mas pela falta de urbanização e saneamento básico.

Moradores procuraram a equipe de reportagem essa se-mana para falar da triste reali-dade que eles vêm enfrentando ao longo de mais de uma dé-

cada de descaso. Esgoto a céu aberto, ruas intrafegáveis e au-sência de limpeza na área são os problemas principais ques-tionados pela população. Essas reivindicações são as mesmas apontadas pelo último Bairros em Debate, que esteve no local em 2011. O que podemos ver é que de lá para cá nada mudou, e a população espera da atual gestão uma solução.

Atualmente vivem cerca de 1.500 pessoas no local, fa-mílias que convivem com o esgoto a céu aberto na porta de suas casas. Isso é um grave problema, pois o esgoto bru-to correndo a céu aberto ser-ve de criadouro para insetos, como mosquitos. Entre algu-mas doenças que podem ser contraídas através do contato com o esgoto, estão a desinte-ria, leptospirose, dengue, varí-ola, amebíase, bouba, tétano, difteria, ascaridíase, dentre outras.

O esgoto também pode tran-sitar pelo solo, comprome-tendo lençóis freáticos. Esse destino acontece geralmente em locais não servidos por re-des coletoras de esgoto, como zona rural, região de praia e periferias da cidade.

FOTOS WANDERLEY GIL

Sem sanemaneto, moradores convivem com o esgoto a céu aberto na porta de suas casas

Ruas sem pavimentação geram transtornosPara piorar a situação de quem vive ali, além desse pro-blema, a falta de pavimentação das ruas só agrava ainda mais os transtornos na comunidade. Trafegar pelas ruas do bairro pa-rece mais uma prática de rally. Buracos tornam o acesso mais dificultoso.

Com um pouco mais de dez anos de criação, o bairro Jardim Esperança contabiliza em seu breve currículo tristes histórias de alagamento. Ao menor sinal de chuva, causa motivo de preo-cupação. Bastam alguns minutos chovendo para o bairro mudar de paisagem. Como não há cal-çamento nas ruas, nem bueiros de drenagem, a água acumulada invade as casas, acompanhada de

muita lama e sujeira. “Os problemas são muitos, mas

as prioridades do bairro nesse momento são as questões do sa-neamento básico e da pavimen-tação das ruas. Sem isso não tem como o bairro se desenvolver. Não culpamos o prefeito atual pela nossa situação porque isso não é um problema que surgiu hoje. Esperamos que ele tome um posicionamento em relação a isso. Sempre que chove alaga tudo, com o esgoto a céu aberto a nossa saúde fica comprometida. Por conta dessa situação o bairro sofre com proliferação de ratos, barata e mosquito”, conta o mo-rador Luiz Paulo.

Segundo o relato do mora-dor Fábio Luis, há cerca de três

anos foi feito um pedido no Mi-nistério Público solicitando me-lhorias no bairro, porém até o momento nada foi feito. “Entra-mos com um inquérito civil, nº 059/2010/MA/MCE, em que foi falado da intenção de melhorias no bairro, mas que até o momen-to nada foi feito. O principal pro-blema do bairro é o esgoto a céu aberto, pois como temos muitos moradores e usamos fossa, o solo já está saturado e com as chuvas constantes o esgoto dessas fos-sas estão indo para a rua por não conseguir absorver. As ruas são esburacadas, de chão de terra e quando chegam as chuvas é um Deus nos acuda. As pessoas têm que passar na lama para ir traba-lhar ou ir para a escola”, relata.

Falta de pavimentação gera muitos transtornos, principalmente em dias de chuva, quando as ruas alagam

Comunidade precisa se deslocar para ter acesso a serviçosSe em alguns lugares os ser-viços de infraestrutura deixam a desejar, no Jardim Esperan-ça eles nem existem. O bairro não conta com creches, escolas e nem com posto de saúde. To-da vez que a população precisa desses serviços, eles são obri-gados a se deslocarem para bairros próximos.

Áreas de lazer também é outra coisa que não existe na comunidade. Sem nenhuma praça, as crianças e jovens do bairro contam apenas com

dois campos, construídos pe-la comunidade em terrenos baldios.

“Não existem praças para divertimento. Toda vez que a gente quer se divertir, precisa-mos ir para os bairros vizinhos, como, por exemplo, Parque Aeroporto. Seria ideal ter uma praça aqui com quadras, par-quinho para que as crianças não precisem ficar pelas ruas, correndo risco de serem atro-peladas”, destaca Fábio.

Segundo o Estatuto da Crian-

ça e do Adolescente (ECA), todo menor de idade tem o di-reito a ter acesso ao lazer, coi-sa que na prática não acontece como prevê a lei. O déficit de espaços públicos de cultura e lazer tem influência direta nos índices de violência urbana. Geralmente são nos bairros periféricos, que carecem de infraestrutura, onde predomi-nam as características como elevado índice de desemprego, menor renda e baixas taxas de escolaridade.

Bairro precisa de serviço de limpezaUm dos problemas que vem sendo relatado em vá-rios bairros da cidade, seja de classe média ou comuni-dades, a falta de limpeza pú-blica é uma das maiores re-clamações. A região é repleta de terrenos baldios e o mato

cresce rapidamente. “Precisamos de um mutirão

de limpeza com capina desses terrenos, que estão sujos. Al-guns terrenos também sofrem com os entulhos. Acho que é um serviço simples que po-de ser feito de imediato para

aliviar a nossa situação, que é bastante crítica. Tem dado muito mosquito aqui. Acredi-to que com a capina irá ame-nizar, mas acredito que só vai sanar realmente quando tiver resolvido o problema do sane-amento”, ressalta Luiz.

Áreas de lazer do bairro são improvisadas pela população em terrenos baldios

Transporte público é precárioSem asfalto, os ônibus não entram no bairro. Com isso, os moradores contam que precisam andar longas distân-cias até o ponto mais próxi-mo, que fica na Avenida Hil-

debrando Alves Barbosa. “Os ônibus não entram no bair-ro, com isso trabalhadores e crianças precisam se deslo-car por alguns quilômetros para pegar o transporte para

o trabalho ou para a escola. Para piorar não há ponto de ônibus, ou seja, a população tem que ficar debaixo de sol e chuva aguardando o ônibus”, conta Fábio.

Resposta da PrefeituraProcurada, a Prefeitura informou que já cadastrou no Ministério da Saúde a solicitação de implantação de uma Unidade de Saúde da Família para o bairro e aguarda agora um retorno para viabilizar a oferta des-te serviço.

Com relação à limpeza pública, já está programada uma ação na próxima sema-na com diversas atividades. Além disso, as obras pavi-mentação, lazer, escolas e

creches serão analisadas pe-lo governo que, atualmente, realiza um levantamento em todo o município para a de-finição de prioridades.

Já a questão do saneamen-to, o Jardim Esperança faz parte do subsistema Aero-porto, um dos quatro subsis-temas que compõem a área de concessão dos serviços de saneamento básico. Já estão sendo executadas obras para universalizar a coleta e tra-tamento de esgotos na cida-

de, proporcionando saúde e preservação ambiental. Haverá investimentos na implantação de redes de coleta de esgoto no bairro, seguindo o cronograma de obras, o qual prevê também a construção da Estação de Tratamento Aeroporto, que receberá a esgoto coletado no Jardim Esperança e na região, a previsão é de que até 2016 todo o município conte com o esgoto tratado adequadamente.

Entulhos e matagal tomam conta de terrenos abandonados

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AMBIENTE ESCOLAR DINÂMICO E DESAFIADOR

Interdisciplinaridade, xadrez e laboratórios no Aprovado

EDUCAÇÃO

A contextualização permite ao aluno sentir que o saber não é apenas um acúmulo de conhecimentos técnico-científicos

Para deixarmos de la-do a educação baseada na formação de mode-

los, memorizações, e frag-mentação do conhecimento, o Colégio Aprovado desen-volve os conteúdos, utilizan-do a interdisciplinaridade e a contextualização, superando o modelo das disciplinas es-tanques e promovendo inte-gração e articulação.

O aluno utiliza conheci-mentos de várias disciplinas para a compreensão de uma questão. É uma integração de saberes. A fragmentação, a distância entre os conteúdos gera desinteresse, enquanto o aluno ativo em relação ao seu aprendizado percebe o signi-ficado do aprendizado. A con-textualização do conteúdo traz importância ao cotidiano do aluno, mostra que aquilo que se aprende , em sala de aula, tem aplicação prática em nossas vidas. A contex-tualização permite ao aluno sentir que o saber não é ape-nas um acúmulo de conheci-mentos técnico-científicos, mas sim uma ferramenta que os prepara para prestar con-tas de seus conhecimentos, utilizá-los nas situações prá-ticas da vida, vencer desafios e desbravar ampliadamente os horizontes profissionais.

Isso é possível através das aulas interdisciplinares (com 2 ou 3 professores atuando si-multaneamente na mesma sala de aula), integrando assuntos abordados em diferentes dis-ciplinas sob diferentes olhares como por exemplo : biologia, química e geografia atuando juntas no assunto efeito estufa e aquecimento global.

Também os laboratórios de física e química recentemen-te inaugurados na escola e já em pleno funcionamento, fa-zem com que o aprendizado vá além do papel e da caneta e ganhe forma concreta. Os laboratórios são ferramentas primordiais para aumentar o

desempenho. Bem equipa-dos eles podem demonstrar todo o conteúdo até o Ensino Médio. Estavam presentes à inauguração dos laboratórios George Gamow de física e Er-nest Rutherford de química representantes da Guarda Municipal, a Sra. Diana – Diretora de RH da empre-

INFORME PUBLICITÁRIO | CRÉDITO FOTOS: KANÁ MANHÃES

Professores atuando simultaneamente na mesma sala de aula, integrando assuntos abordados em diferentes disciplinas

sa Varco, toda a equipe de física e química da escola e alguns pais.

Os conhecimentos adquiri-dos em laboratórios alavan-cam interesses e aprendiza-do nas áreas de mecânica, elétrica, hidráulica, química e fomentam aprofundamen-tos em ensino superior nes-

sa área contribuindo com os inúmeros benefícios do inves-timento em educação na vida dos alunos, na nossa socieda-de, na nossa cidade e no nosso país.

Fazendo um link das au-las interdisciplinares com o Projeto UERJ do Colégio Aprovado podemos dizer que

estas favorecem bastante aos pré-vestibulandos que têm a UERJ (Universidade Estadu-al do Rio de Janeiro) como al-vo em seus vestibulares, por causa da conduta de interdis-ciplinaridade dessa universi-dade nas questões propostas nos seus vestibulares, assim como na maioria dos exames

que visam uma vaga nas me-lhores universidades do país.

O mundo globalizado exi-giu mudanças na educação, consequentemente exige que o professor seja atualizado, criativo, orientador e facilita-dor da aprendizagem. Nossa equipe está alinhada com essa visão e prática.

AMBIENTE ESCOLAR DINÂMICO E DESAFIADOR

“O xadrez é considerado

um excelente suporte pedagógico visto que se relaciona com diversas disciplinas”

a interdisciplinaridade promove integração entre alunos, professores, sociedade, conhecimentos fazendo com que o ambiente escolar seja di-nâmico, desafiador, baseado na reciprocidade, na reflexão mú-tua e na atitude diferenciada perante os obstáculos.

A interdisciplinaridade exige abertura, responsabilidade e diálogo e reafirma importância das diferenças, das potenciali-dades e dos processos criativos e o respeito às relatividades en-tre elas, difunde a autonomia a a cooperação. A lógica formal foi substituída pelo pensamento não linear, dialético, relacional, adquirido pela pesquisa.

O professor estabelece ques-tões junto com os alunos e junto eles pesquisam uma argumen-tação e reconstroem os conhe-cimentos a partir da relação teoria e prática.

De forma lúdica o pensa-mento dialético e a constru-ção de vários caminhos que levem ao saber são trabalha-dos. na oficina de xadrez, de-senvolvendo habilidades co-mo: memória, concentração, raciocínio dedutivo, planeja-mento, tomadas de decisões e capacidade intelectual

O xadrez é considerado um excelente suporte pedagógico visto que se relaciona com di-versas disciplinas .

A proposta pedagógica de in-serir o jogo de xadrez no pro-cesso de ensino-aprendizagem visa preparar o aluno para que seja capaz de tomar decisões em situações que exigem o ra-ciocínio rápido, e em busca de formar cidadãos íntegros atra-vés de uma atividade lúdica.

Na Rússia, Alemanha e Ar-gentina desde o início do sé-culo XX houve o experimento

com o xadrez nas escolas. Re-centemente, o experimento com o jogo de xadrez nas es-colas foi abraçado também em Cuba e na Venezuela e na dé-cada de 80 no Brasil. Atenção, raciocínio lógico, capacidade de resolver problemas, análi-se sistemática dos problemas, conclusões e soluções, apren-der a planejar, aumentar a au-tonomia e controlar a impul-

sividade favorecem a atuação escolar daqueles que exerci-tam o xadrez.

O xadrez possui quatorze séculos, ainda assim, muito está para ser feito no campo do procedimento de ensino-aprendizagem , através dessa nova alternativa educacional, que se caracteriza como exce-lente meio de recreação e de formação do caráter dos jovens

O mundo globalizado exige educação criativa

Os conhecimentos adquiridos em laboratórios alavancam interesses e aprendizado

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