noticiário 14 04 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Presidente da Câmara denuncia secretário do governo por antecipar campanha eleitoral Detran sem luz em meio a impasse entre a prefeitura e governo do Estado Discurso de Dr. Eduardo Cardoso expôs pressão política que pode criar novo racha na estrutura do bloco de partidos que irão apoiar projeto de reeleição. Outros vereadores da situação dispararam contra secretários PÁG. 3 www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quinta-feira 14 de abril de 2016 Ano XL, Nº 8992 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon Ontem (13), o posto de atendi- mento do Detran na Aroeira ficou sem luz durante todo o expedien- te, acarretando na paralisação dos serviços de vistoria, entre outros. Segundo a Ampla, a interrupção de energia foi executada a pedido da própria prefeitura. Por outro lado, segundo a gestão municipal, a responsabilidade das contas do órgão passaram a ser do governo do Estado. De acordo com a Am- pla, técnicos realizaram o des- ligamento do relógio que mede o consumo de energia do posto. Segundo a concessionária, o equi- pamento ainda está em nome da prefeitura de Macaé. PÁG. 6 NOVO CAVALEIROS VIVE ROTINA DE CRIMES ELEIÇÃO DO SINDSERVI EM DEBATE NO LEGISLATIVO VEREADOR QUESTIONA PUBLICAÇÃO RETROATIVA Rede de energia do posto de vistoria da Aroeira foi cortada após o governo municipal comunicar ao estadual o fim do pagamento de contas. Sem definição sobre cobrança, concessionária desligou relógio R$ 1,00 POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3 ECONOMIA Obras paradas geram transtornos ÍNDICE TEMPO COTAÇÃO DO DÓLAR ESPORTE CIDADE Projeto paralisado pelo consórcio Vale Encantado é cobrado por moradores PÁG. 2 DIVULGAÇÃO KANÁ MANHÃES Ítalo Gomes, da equipe Malafaia Team/ Gordo, participou do evento Urbanização já deveria ter sido concluída no Novo Cavaleiros Atleta macaense conquista cinturão Vitória de lutadores da cidade coloca Macaé em evidência regional PÁG. 2 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 35º C Mínima 23º C Compra R$ 3,4775 Venda R$ 3,4795 Anuncie: (22) 2106-6060 (215) GERAL EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS TCE reduz R$ 1,5 mi em custos de editais Aeroporto de Macaé recebe estudantes Igor cobra discussão sobre rejuste salarial Macaense é vice- campeão de Calistenia Tribunal diminuiu despesas previstas pela prefeitura PÁG. 8 Encontro fez parte de programa de inclusão social PÁG. 7 Vereador levanta bandeira em prol de servidores PÁG. 3 Talles Barboza ganha título em competição nacional CAPA WANDERLEY GIL Funcionários do posto tentaram improvisar atendimentos que foram suspensos devido ao corte Ocupação de segunda escola expõe crise na rede pública de ensino “A busca por uma educa- ção de qualidade não só para nós, mas para toda a rede e futuras gerações”. É com esse objetivo que alunos da rede pública estadual seguem com a ocupação de colégios em todo estado do Rio de Ja- neiro. Em Macaé não tem si- do diferente, e pouco a pouco o movimento vai ganhando força. Dos colégios estaduais instalados no município, dois já estão ocupados por alu- nos: o Matias Neto, há uma semana, e o Luiz Reid, desde a noite de terça-feira (12). O movimento dos estudantes é uma forma de apoio à greve dos profissionais da rede que teve início no dia 2 de março. E quem tiver interesse pode ajudar os alunos com doações de colchonetes, alimentos e materiais de limpeza. As- sim como o Matias Neto, os alunos estão contando com apoio do Sindicato Estadual dos Profissionais de Edu- cação de Macaé (SEPE). Na manhã de ontem uma equipe do Conselho Tutelar esteve na unidade. PÁG. 7 ECONOMIA WANDERLEY GIL Estudantes garantem que a ocupação é por uma educação pública de qualidade

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Page 1: Noticiário 14 04 2016

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Presidente da Câmara denuncia secretário do governo por antecipar campanha eleitoral

Detran sem luz em meio a impasse entre a prefeitura e governo do Estado

Discurso de Dr. Eduardo Cardoso expôs pressão política que pode criar novo racha na estrutura do bloco de partidos que irão apoiar projeto de reeleição. Outros vereadores da situação dispararam contra secretários PÁG. 3

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), quinta-feira14 de abril de 2016Ano XL, Nº 8992Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Ontem (13), o posto de atendi-mento do Detran na Aroeira ficou sem luz durante todo o expedien-te, acarretando na paralisação dos serviços de vistoria, entre outros. Segundo a Ampla, a interrupção

de energia foi executada a pedido da própria prefeitura. Por outro lado, segundo a gestão municipal, a responsabilidade das contas do órgão passaram a ser do governo do Estado. De acordo com a Am-

pla, técnicos realizaram o des-ligamento do relógio que mede o consumo de energia do posto. Segundo a concessionária, o equi-pamento ainda está em nome da prefeitura de Macaé. PÁG. 6

NOVO CAVALEIROS VIVE ROTINA DE CRIMES

ELEIÇÃO DO SINDSERVI EM DEBATE NO LEGISLATIVO

VEREADOR QUESTIONA PUBLICAÇÃO RETROATIVA

Rede de energia do posto de vistoria da Aroeira foi cortada após o governo municipal comunicar ao estadual o fim do pagamento de contas. Sem definição sobre cobrança, concessionária desligou relógio

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3

ECONOMIA

Obras paradas geram transtornos

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

ESPORTE CIDADE

Projeto paralisado pelo consórcio Vale Encantado é cobrado por moradores PÁG. 2

DIVULGAÇÃO KANÁ MANHÃES

Ítalo Gomes, da equipe Malafaia Team/ Gordo, participou do evento Urbanização já deveria ter sido concluída no Novo Cavaleiros

Atleta macaense conquista cinturãoVitória de lutadores da cidade coloca Macaé em evidência regional PÁG. 2

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 35º CMínima 23º C

Compra R$ 3,4775Venda R$ 3,4795 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

GERAL EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS

TCE reduz R$ 1,5 mi em custos de editais

Aeroporto de Macaé recebe estudantes

Igor cobra discussão sobre rejuste salarial

Macaense é vice-campeão de Calistenia

Tribunal diminuiu despesas previstas pela prefeitura PÁG. 8

Encontro fez parte de programa de inclusão social PÁG. 7

Vereador levanta bandeira em prol de servidores PÁG. 3

Talles Barboza ganha título em competição nacional CAPA

WANDERLEY GIL

Funcionários do posto tentaram improvisar atendimentos que foram suspensos devido ao corte

Ocupação de segunda escola expõe crise na rede pública de ensino“A busca por uma educa-ção de qualidade não só para nós, mas para toda a rede e futuras gerações”. É com esse objetivo que alunos da rede pública estadual seguem com a ocupação de colégios em todo estado do Rio de Ja-neiro. Em Macaé não tem si-do diferente, e pouco a pouco o movimento vai ganhando

força. Dos colégios estaduais instalados no município, dois já estão ocupados por alu-nos: o Matias Neto, há uma semana, e o Luiz Reid, desde a noite de terça-feira (12). O movimento dos estudantes é uma forma de apoio à greve dos profissionais da rede que teve início no dia 2 de março. E quem tiver interesse pode

ajudar os alunos com doações de colchonetes, alimentos e materiais de limpeza. As-sim como o Matias Neto, os alunos estão contando com apoio do Sindicato Estadual dos Profissionais de Edu-cação de Macaé (SEPE). Na manhã de ontem uma equipe do Conselho Tutelar esteve na unidade. PÁG. 7

ECONOMIAWANDERLEY GIL

Estudantes garantem que a ocupação é por uma educação pública de qualidade

Page 2: Noticiário 14 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, quinta-feira, 14 de abril de 2016

Cidade NOTA

Dia das Mães mais tímido este ano. Após queda histórica de vendas na Páscoa, lojistas macaenses já preveem redução de contratações temporárias.

ABANDONO

Obras de urbanização seguem paralisadasMoradores de região contemplada pelo Consórcio Vale Encantado cobram respostas do poder público

Marianna [email protected]

Em busca de respostas, moradores da região que deveria ser contemplada

pelo Consórcio Vale Encan-tado vão se reunir na próxima semana para definir algumas medidas que serão tomadas ca-so a prefeitura não se pronuncie sobre o caso. O encontro será no dia 19, às 19h, em frente a Capela Nossa Senhora das Graças, situ-ada na Estrada Luís Carlos de Almeida, Granja dos Cavaleiros.

Na reunião serão definidos assuntos, como a data da ma-nifestação em frente à sede da prefeitura e a contratação de um advogado para abrir um processo no Ministério Público. “Convidamos todos os morado-res que tenham o interesse no assunto a participar dessa reu-nião. Também fazemos o convi-te ao prefeito, Dr. Aluízio, para que ele compareça acompanha-do de algum representante da secretaria de Obras para prestar esclarecimentos à população”, diz o presidente da AMOGRAN-JA, Dirant Ferraz, que também é membro da Comissão da obra.

Orçadas em mais de R$ 54 mi-lhões, as obras de urbanização do Novo Cavaleiros, Granja dos Cavaleiros e Vale Encantado seguem paradas há mais de um ano. Em março de 2015, a pre-feitura informou que o trabalho

tinha sido suspenso por conta de questões burocráticas envol-vendo o consórcio responsável. Ela também enfatizou que seria feito um novo processo licitató-rio para a troca da empresa.

O prazo dado para que isso fosse feito e as obras retomadas era de 45 dias, ou seja, expirou em maio. Mais uma promessa que não foi cumprida, o que tem gerado revolta nos moradores, que continuam à espera de res-postas do poder público.

“Nós estamos sendo com-preensíveis até então, mas tudo tem limite. Aceitamos, durante uma reunião no ano passado, a redução de 77 ruas para 13 devi-do a crise. O que não pode é ficar mais de um ano com as frentes de trabalho paradas e a gente sem saber se as obras vão ou não acontecer”, relata Dirant.

No dia 10 de fevereiro, um grupo se reuniu próximo à placa da obra, no trevo entre as ave-nidas Aluisio da Silva Gomes e Prefeito Aristeu Ferreira da Silva. Para chamar atenção do poder público, os manifestantes foram até o local vestidos com um 'nariz de palhaço'.

O QUE PREVIA O PROJETO INICIAL

As obras começaram no início de 2014 com a proposta de be-neficiar cerca de 20 mil pessoas. Só que quase dois anos depois, o

KANÁ MANHÃES

Obras no Novo Cavaleiros, Granja dos Cavaleiros e Vale Encantado estão paradas há mais de um ano

que deveria significar progresso virou uma grande incógnita pa-ra quem vive ali.

A obra de urbanização previa, inicialmente, um investimento

de mais de R$ 55 milhões em recursos para a pavimentação de ruas, e também na implan-tação da rede de esgoto, água e rede pluvial. No total são 77

ruas contempladas, entre os Trechos 1 (Novo Cavaleiros), 2 (Granja dos Cavaleiros) e 3 (Va-le Encantado). O projeto conta com 10 bacias. São 55 quilôme-

tros de pavimentação, 23 quilô-metros de rede de esgoto, 21,5 quilômetros de rede de água e 21 quilômetros de rede de águas pluviais.

GÁS

Morador alerta sobre riscos de vazamento

Preocupado com a sua se-gurança e dos demais cidadãos, um leitor procurou o jornal O DEBATE essa semana para alertar o poder público sobre os riscos da implantação de um ponto de ônibus na Rua Dr. Té-lio Barreto, no Centro. Segundo ele, o local onde foi feito o recuo para o coletivo parar é uma área onde passa uma tubulação de gás da Petrobras.

“Mudaram o ponto de lugar, pois o trecho anterior ficava próximo a uma garagem. Só que acredito que o local que escolheram não foi o mais ade-quado, pois ali existem placas da Petrobras informando que não pode passar nada por ali por conta disso. Fizeram essa baia, não sei se com autorização, e o peso dos ônibus está afundando o asfalto. Com o tempo, isso ten-

Segundo ele, ponto de ônibus na Télio Barreto foi feito em cima de área de tubulação

de a piorar. O meu maior receio é que isso chegue a danificar a tubulação e provocar o vaza-mento de gás”, relata o morador Osvaldo, ressaltando que já pro-curou os órgãos públicos para denunciar o problema. “Acionei a Defesa Civil, e ninguém veio. A gente fica preocupado, pois a todo momento assistimos casos de tragédias provocadas por is-so. Um exemplo foi a explosão no Rio de janeiro há alguns dias, onde morreram várias pessoas. Vão esperar acontecer algo para tomar providências?”, questio-na.

O gás natural, quando trans-portado e utilizado de maneira adequada, é considerado segu-ro. O perigo ocorre quando há danos gerados por prestadoras de serviço, falhas nos equipa-mentos, excesso de temperatu-ra, erro humano, incêndio, rup-turas de adutoras, entre outras situações.

Quando há vazamentos, o gás natural pode “penetrar no sistema de esgoto ou em dutos

KANÁ MANHÃES

Moradores acreditam que situação pode resultar em vazamentos

subterrâneos de energia elé-trica ou de comunicações e se locomove em longa distância, eventualmente penetrando em edificações distantes. Isto resul-ta em uma área de perigo maior do que imaginada”.

Segundo a Petrobras, em sua página oficinal na internet, existem quatro gasodutos que passam por Cabiúnas, no Norte Fluminense, totalizando mais de 1.000 km de tubulação. Um dos principais liga Macaé à Re-finaria de Duque de Caxias.

Procurada pela nossa equi-pe, a prefeitura explicou que o recuo para parada de ônibus na Rua Dr. Télio Barreto está loca-lizado na antiga área de estacio-namento do DER-RJ, ou seja, já havia trânsito de veículos no local. Além disso, a tubulação que passa no subsolo está pro-tegida por concreto. No entanto, os problemas relacionados ao calçamento no local já foram le-vantados e as devidas melhorias já estão sendo projetadas para execução o mais rápido possível.

MMA

Atleta macaense conquista cinturão

A popularidade do MMA (em inglês: Mixed Martial Arts) tem feito com que o esporte ganhe cada vez mais força no Brasil. E isso não poderia ser diferente em Macaé. Inclusive, a Capital do Petróleo tem se tor-nado berço de grandes atletas.

No último dia 9, o atleta Ítalo Gomes (Chipa), da equipe Ma-lafaia Team/Gordo Jiu-Jítsu Macaé, ganhou o cinturão de MMA durante o 3º IFTeam Amador, em Barra de São João (RJ). Emocionado com a con-quista, ele aproveitou para pres-tar alguns agradecimentos.

“Gostaria de agradecer, pri-meiramente, a Deus por tudo e também aos meus pais, que sempre me dão força, e à mi-

Ítalo Gomes, da equipe Malafaia Team/ Gordo, participou do IFTeam Amador

nha namorada, Rafaela, que está junto comigo e muitas ve-zes acredita mais em mim do que eu mesmo. Também quero agradecer meus amigos de trei-nos, meu professor de Jiu-jítsu e MMA, Luciano Malafaia, meu professor de Muay-Thai, Rafael Oliveira da RTT, meu professor de Taekwondo, Alexandro Bar-reto, meu preparador físico, Renato Gonai, meu empresá-rio Paulo Caetano e os patro-cinadores: Academia Malafaia Team, Academia Proquality, Restaurante Brasão, Lancho-nete Vita Burger, Médico Dr. Alessandro Mitraud, R.B.Rosa”, disse.

Quem comemorou também essa vitória foi o professor de Chipa, Luciano Malafaia. “Fi-quei muito feliz com o resul-tado, pois mostrou que o nosso trabalho é sério. Tenho certeza que estamos fazendo novos ta-lentos. Como exemplo temos o

Ítalo e o Pedro Athayde, que já tem luta marcada. Não posso es-quecer de citar o nome do gran-de professor Rafael Oliveira da RTT, que faz toda a parte técni-ca dos atletas. Além de treinar o Ítalo e o Pedro, ele é o treinador do atleta macaense Gabriel de Oliveira, que vem de grandes vitórias”, ressalta.

Vale ressaltar que a academia está de portas abertas para re-ceber novos alunos e inscrições de crianças a partir de 5 anos. As aulas de Jiu-jítsu ocorrem todos os dias nos seguintes horários: 12h às 14h e 20h30 às 22h40. Já o infantil é sempre às segun-das, quartas e sextas-feiras, das 19h30 às 20h30.

O MMA acontece todas às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h. Já o Muay-Thai é todos os dias, das 18h às 19h30. Para aqueles que têm o interesse devem entrar em contato pelo número: (22) 99977-5306.

DIVULGAÇÃO

Após enfrentar grandes adversários, atleta conquistou o cinturão

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 14 de abril de 2016 3

PolíticaWANDERLEY GIL

Dr. Eduardo Cardoso afirmou que o seu partido apoiará o prefeito, mas não a bancada do PMDB

CRISE

Presidente da Câmara denuncia secretário do governo por antecipar campanha eleitoralDiscurso de Dr. Eduardo Cardoso expôs pressão política que pode criar novo racha na estrutura do bloco de partidos que irão apoiar projeto de reeleição

Márcio [email protected]

"Secretário do governo decide que a banca-da só pode apoiar os

candidatos do PMDB. E passa a andar nas ruas da cidade fa-zendo propaganda extempo-rânea com a máquina muni-cipal. Posta fotos e vídeos nas redes sociais. Isso precisa ser denunciado". A afirmação fez parte do duro discurso regis-trado ontem pelo presidente

da Câmara de Vereadores, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), ao re-agir à pressão política exercida por membros da alta cúpula da administração municipal sobre lideranças que fazem parte da base aliada, e que pretendem defender o futuro projeto de reeleição. Em suas declarações, o líder do Legis-lativo deixou evidente que as relações institucionais com o Executivo municipal estão à beira de uma crise política.

Ao afirmar que seu partido, o PPS, ainda mantém a intenção de apoiar o prefeito na prová-vel disputa pela reeleição, Dr. Eduardo deixou explícito no plenário a sua insatisfação, e até mesmo indignação, com o papel exercido por membros do governo, hoje integrantes da base do PMDB, partido cuja comissão provisória de Macaé é presidida pelo próprio chefe do Executivo.

"O PPS, partido do qual faço parte há 16 anos, vai apoiar o prefeito no seu projeto. Mas eu não vou estar ao lado do PMDB. Eu nunca caminhei com esse partido em seu pe-ríodo bom. Agora mesmo, nes-se momento ruim, que eu não vou declarar apoio. Até por-que eles não querem", disse Dr. Eduardo.

Em suas declarações, o pre-sidente da Câmara afirmou que o "PMDB de Michel Te-mer, Eduardo Cunha, Pezão, Sérgio Cabral e do Roubando Legal (sic)" passou a assumir em Macaé uma posição que po-de abalar as estruturas da base aliada ao governo municipal, deixando claro a sua insatisfa-ção com o movimento criado, segundo ele, dentro da própria bancada do Legislativo.

"Parece que o secretário do governo estabeleceu o movi-mento a favor do PMDB, junto

a uma bancada que tem como membro um candidato que ainda não venceu as eleições. Mas, por que secretário só po-de apoiar candidato do PMDB? Por que ele só quer defender um candidato?", questionou o presidente do Legislativo em plenário.

Na sequência, Dr. Eduardo esclareceu um dos motivos do seu discurso em tom de insatisfação.

"Eu tenho, entre os meus mo-tivos de apoiar o prefeito, as fi-guras dos secretários Antônio Luiz e Flávio Isquierdo, este o que passou a ser proibido pelo movimento da bancada peeme-debista de apoiar quem não for do bloco do PMDB", disse.

Dr. Eduardo apontou, ainda, que essas decisões só causam atritos entre os integrantes de

um mesmo projeto político."Tem peemedebista que vai

para a rua e encara dificulda-de e rejeição. E outros que nem vão para a rua. Se a vontade do prefeito for a do PMDB, e se o partido não quiser aliado, eu vou buscar meu espaço em outro canto. Mas não vou ficar quieto", declarou Dr. Eduardo.

Em solidariedade ao discur-so do presidente da Casa, Igor Sardinha (PRB), líder do bloco de oposição ao governo na Câ-mara, afirmou que o seu grupo político oferece espaço ao PPS e a Dr. Eduardo para "partici-par de uma discussão de um conteúdo pragmático para as eleições e o futuro de Macaé".

Já o líder do bloco do PMDB na Câmara, Paulo Antunes, afir-mou que não há movimento do partido que engesse a partici-

pação de lideranças do governo nas eleições dos pré-candidatos a vereador neste ano.

"A reunião do PMDB que houve na Casa foi para definir nominatas, e nenhum outro movimento. Inclusive foi dis-cutida até a coligação com o PPS", esclareceu o vereador.

Paulo Antunes apontou tam-bém em plenário parte das dis-cussões internas que ocorrem no PMDB.

"O Flávio (Isquierdo) seria candidato (a vereador) pelo PMDB. Ele até foi exonerado (Coordenador de Assuntos Comunitários) por isso. Mas o prefeito decidiu que precisa dele no governo, até mesmo para ajudar nas eleições. Nós precisamos do PPS e não que-remos criar nenhum atrito", disse Paulo Antunes.

“Se a bancada não quiser o meu apoio eu vou procurar meu espaço em outro canto. Mas não vou ficar quieto”DR. EDUARDO, PPS

Bancada da situação dispara contra secretáriosCENÁRIO

A sessão ordinária de on-tem da Câmara foi marcada pela inversão dos papéis entre os ve-readores do bloco de oposição e da bancada de governo, durante as reflexões sobre a atuação de membros da alta cúpula da ges-tão no município.

Durante os trabalhos de on-tem do Legislativo foi a vez dos governistas dispararem críti-cas direcionadas a membros do secretariado municipal, um

Julinho do Aeroporto e Paulo Antunes criticaram posições de membros da alta cúpula do governo

conflito que mexe com a relação institucional entre os poderes.

Em seu discurso no grande expediente, o líder da banca-da do PMDB na Casa, Paulo Antunes, criticou a posição do comando da Guarda Munici-pal, coordenada pela secretaria municipal de Ordem Pública. O motivo está relacionado ao requerimento do parlamentar, aprovado na semana passada pela Câmara, que propôs ao go-verno a transferência da Guarda Ambiental para a estrutura da secretaria de Ambiente.

"O comando da Guarda disse ao chefe da Guarda Ambiental que ele iria perder o cargo de

coordenador só por ter vindo ao meu gabinete. Eu o convidei para me ajudar na elaboração do requerimento. Que mal há nisso? Essa foi uma atitude er-rada do comandante que pre-cisa respeitar mais esta Casa", disse Paulo Antunes.

Também no grande expedien-te, o líder do governo, Julinho do Aeroporto (PMDB), esco-lheu como alvo um dos mem-bros do alto escalão do Execu-tivo, ao repercutir o discurso do presidente da Câmara, Eduardo Cardoso (PPS).

"O presidente diz que gostaria de ter o Flávio Isquierdo ao seu lado nas eleições. Já eu não pos-

WANDERLEY GIL

Julinho do Aeroporto (PMDB)

WANDERLEY GIL

Paulo Antunes (PMDB)

so contar com ele ao meu lado, até porque ele tem me atrapa-lhado e muito. Ele cooptou vá-rias pessoas que trabalharam comigo nas eleições e também quis atrapalhar a eleição do meu grupo na Associação de Mora-dores do Parque Aeroporto", disse Julinho.

O discurso do líder do gover-no ajudou a esquentar ainda mais o cenário pré-eleitoral do município.

"Quem acha que tem voto de-ve ser candidato mesmo. Mas é preciso ter ética. Política se faz com político e com partidos, respeitando sempre o espaço do outro", declarou Julinho.

DISSÍDIO

Líder da oposição fala em 'silêncio' sobre as demandas dos servidores

Ao afirmar que há um 'si-lêncio ensurdecedor' do go-verno municipal e também de representantes da categoria, o líder do bloco de oposição na Câmara, Igor Sardinha (PRB) afirmou ontem que há um atra-so generalizado nas discussões referentes à campanha salarial dos servidores deste ano.

No grande expediente, Igor apontou que falta pouco mais de um mês para o encerra-mento do período de debates, apresentação e aprovação do reajuste salarial dos servido-res, uma pauta que, segundo ele, ainda não está sendo tra-

Igor Sardinha cobrou do governo posição sobre campanha salarial da categoria

tado com a devida celeridade."Há um silêncio ensurdece-

dor, de ambas as partes interes-sadas neste processo, nas dis-cussões referentes à campanha salarial da categoria neste ano. E isso coloca em discussão todas as outras questões que seguem pendentes entre o governo e os servidores", disse Igor.

Ao apontar a 'escala de atro-pelo', fazendo referência às medidas adotadas pelo Execu-tivo que impactam diretamen-te na rotina dos servidores, o líder da oposição afirmou que a Câmara deve acompanhar de perto as novas negociações relacionadas ao reajuste da ca-tegoria.

"Nós acompanhamos e in-tercedemos nas negociações do ano passado e, mesmo com o reajuste, o governo não pa-

gou o retroativo de maio e ju-nho. Agora estamos à beira do vencimento de mais um prazo e nada ainda foi discutido com esta Casa", afirmou Igor.

CONTROLE

Maxwell cobra explicação sobre publicação o�cial

"Há algo de muito estranho nisso aqui!". Ao defender o re-querimento 157/2016, aprova-do ontem por unanimidade pe-la Câmara, o vereador Maxwell Vaz (SDD) cobrou do governo justificativas que levaram à publicação de um decreto da-tado de 2014, nos atos oficiais do Executivo divulgados no último sábado, dia 5.

Ao afirmar desconhecer instrução ou norma legal que dê parâmetro ao que chamou de publicação retroativa, Ma-xwell, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, afirmou que a publi-cação por omissão feita pelo governo sugere alterações sé-rias em medidas administra-tivas realizadas há dois anos.

Vereador solicitou ao governo explicações sobre Decreto de 2014 publicado no sábado

"Quem vê as publicações entende que os atos oficiais do governo entraram em um verdadeiro túnel do tempo. Um decreto datado de março de 2014 foi publicado no últi-mo sábado. Ou seja, quase dois anos depois, o governo dá pu-blicidade a uma medida séria e que pode gerar consequên-cias à administração", apontou Maxwell.

O decreto, segundo o verea-dor, está relacionado a nomea-ções da equipe de coordenação do programa "Crack é possível vencer".

"Será que isso não anula medidas administrativas, co-mo contratos e convênios? Quais são as consequências disso? A prefeitura precisa esclarecer, e eu vou acompa-nhar isso", disse Maxwell.

WANDERLEY GL

Igor Sardinha (PRB)

WANDERLEY GIL

Vereador questionou publicação retroativa de decreto

Marcel Silvano (PT) fez ontem discurso contra o "golpe e a favor da democracia"

NOTA

Page 4: Noticiário 14 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, quinta-feira, 14 de abril de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Desde o vazamento das planilhas da Odebrecht, apreen-didas pela Polícia Federal em diligência da Operação La-va Jato, que cita o nome do prefeito de Macaé e de outros 200 políticos de mandato no país, a cidade passa a viver uma onda de denuncismo que coloca em xeque a imagem das lideranças que participam hoje do jogo do poder.

Foi divulgado no blog oficial do WhatsApp a informação de que todas as comunicações (texto, imagem, áudio, vídeo e ligação) por meio da aplicação (quer entre du-as pessoas, ou em grupos) estão integralmente cripto-grafadas - criptografia "ponta-a-ponta" ou "fim-a-fim". Com isso, ninguém (nem mesmo os funcionários da aplicação e o Poder Judiciário, por consequência) con-seguirão ter acesso a esse conteúdo.

Blindagem

Criptografia "ponta-a-ponta"

Mas, para que essa 'estraté-gia' cole, é preciso que a fonte de informação tenha mais credibilidade do que os alvos atacados.

Foco direto da oposição, que endureceu o discurso no atual ano legislativo, o governo pas-sa a ser 'humanizado' a partir da revelação de sangrias sujei-tas a qualquer administração pública, que acabam sendo po-tencializadas quando são com-paradas ao discurso da mudan-ça, pregado não só pelo chefe do Executivo, mas por todos que participaram da constru-ção do atual projeto de poder.

A partir da criação do Portal da Transparência, auditado pelo Ministério Público Fede-ral (MPF), o plano de governo executado em Macaé desde 2013 passa a ser exposto em um grau que nem mesmo a administração pública, na ten-tativa de lucrar politicamente com a ferramenta de controle social, foi capaz de mensurar.

Com as feridas expostas, a administração municipal pas-sa a ser alvo de comparação aos governos criminalizados

pelo discurso da campanha de 2012, cujos soldados da linha de frente passam a ser recru-tados pela gestão que passa a ter um alvo perigoso: a rejei-ção política e eleitoral.

Diante de todos os argu-mentos expostos, o plenário da Câmara de Vereadores tor-nou-se uma trincheira marca-da pela saraivada de balas que cruzam a bancada do governo e o bloco de oposição, um ce-nário bélico que serve como prévia do que está por vir nas eleições municipais deste ano.

Fora do Palácio Natálio Salva-dor Antunes, os soldados devi-damente beneficiados pelas be-nesses do projeto de poder usam de artimanhas antigas para ten-tar blindar o grupo político em queda no município, disparando festins na direção dos opositores que lucram politicamente com os erros e as incoerências da atu-al gestão municipal.

E, como diz o ditado, entre mortos e feridos, a população macaense já faz a sua avaliação, independente de blindagens ou tentativas frustradas de sal-var uma gestão em decadência.

Diante disso, a principal pergunta que surge é: Como serão cumpridas medidas ju-diciais determinando a inter-ceptação do fluxo das comu-nicações entre os usuários do WhatsApp? Resposta curta: não serão cumpridas, de for-ma alguma!

Esclarecendo um pouco melhor a dúvida torna-se importante questionar, pri-meiramente, se realmente existe lei obrigando que tal interceptação seja levada a efeito por provedores de aplicações de internet. Lem-bramos que, no Brasil, a Lei 9.296/1996 dispôs acerca da interceptação de comunica-ções telefônicas, de qualquer natureza, regulamentando a parte final do inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal do Brasil, estando a doutrina dividida acerca da efetiva aplicabilidade dessa norma à interceptação de co-municações realizadas, como no caso em referência.

Visto esse cenário de incer-tezas, independentemente da definição sobre o tema, será que não existiriam opções à aplicação para que, sem vio-lar a criptografia "fim-a-fim", consiga contemplar eventu-ais ordens judiciais emitidas de acordo com os ditames le-gais de cada nação, mitigando dúvidas sobre a legalidade no seu funcionamento? Nos pa-rece que sim.

Para ficar apenas em um exemplo, soa bastante razo-ável que a aplicação desen-

volva artifício tecnológico que possibilite a adição de usuários invisíveis às comu-nicações via aplicativo (neste caso alguém da polícia, após ordem judicial específica nes-te sentido), de tal forma que não haja óbice aos procedi-mentos investigativos. Des-se modo, é possível garantir a privacidade dos usuários com a criptografia das comunica-ções, contemplando a segu-rança, que é tão relevante e deve ser prestigiada.

Com essa declaração públi-ca do WhatsApp de que não mais será possível cumprir ordens de interceptação do fluxo das comunicações, não será novidade se, em breve, ti-vermos novas decisões deter-minando o bloqueio da aplica-ção em todo o território nacio-nal, e, em situações extremas, até mesmo a prisão de altos executivos da companhia.

Esperamos que a aplicação também venha a público, tal como o fez na situação em comento, e esclareça, entre outros, se realmente não há qualquer alternativa técnica que possa ser utilizada com o objetivo de, mantendo a criptografia, propicie a iden-tificação daqueles usuários que utilizem o WhatsApp como escudo para a prática de atos ilícitos, sempre, cla-ro, mediante ordem judicial específica, atendendo aos di-tames da lei.

Caio César Carvalho Lima ad-vogado

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DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

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CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Candidatos ao Enem já podem começar a estudar. Plataforma "Hora do Enem" é a nova ferramenta para quem busca bons resultados na prova. O primeiro simulado será aplicado no dia 30 deste mês.

Turbulência IA sessão de ontem da Tribuna Cidadã, pro-movida pela Câmara de Vereadores, teve início tumultuado em virtude da divergên-cia interna do próprio Legislativo. Mais de 15 minutos foram necessários para que os parlamentares pudessem definir a ordem dos discursos registrados pela atual presi-dência do Sindicato dos Servidores Públi-cos Municipais de Macaé (Sindservi) e por representantes de chapas impugnadas na eleição promovida pela instituição há 15 dias.

Turbulência IIE o tema da Tribuna Cidadã foi baseado no termo 'golpe'. De um lado, Rose Mary Gomes, presidente reeleita do Sindservi, defendeu a legalidade do pleito deste ano. Do outro, representantes de duas chapas impugnadas na disputaa afirmaram que o estatuto do Sindicato foi manipulado para garantir a eleição em 'chapa única'. A verda-de é que o embate sindical acabou virando disputa política, ao ser abraçado por parla-mentares do Legislativo.

PortoEmpresários de Macaé participaram, na última terça-feira (12), da reunião pro-movida pela Representação Regional Norte Fluminense da Firjan, em Campos dos Goytacazes, com técnicos da Edson Chouest, empresa americana que venceu a concorrência realizada pela Petrobras e irá realizar, no Porto do Açu, operações marítimas de apoio à logística offshore, nas atividades previstas para as Bacias de Campos e do Espírito Santo.

Batalha Para quem não se lembra, em novembro de 2014, a prefeitura moveu ação na justiça con-tra a Petrobras, visando questionar os critérios de definição da concorrência vencida pela Ed-son Chouest, que encareceu a operação para as empresas que optassem por escolher Ma-caé como ponto de partida para a prestação do serviço. Passado mais de um ano e seis meses do caso, até hoje a cidade ainda não obteve a licença prévia do Terminal Portuário (Tepor), concorrente a assumir o contrato.

Privilégios Ontem, 44 pessoas foram nomeadas em cargos de assessoria para exercer funções gratificadas na prefeitura. No mesmo dia, 21 profissionais foram demitidos de atividades em comissão pelo governo. E dos 600 car-gos que seriam cortados pelo governo, em virtude dos efeitos da crise e queda na arre-cadação do município, cerca de 200 foram efetivamente exonerados pelo prefeito. Ao que tudo indica, o custeio da folha de paga-mento está 'favorável'.

Economia Após análise e revisão, que garantiram cor-tes nos custos iniciais, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) autorizou a prefeitura dar andamento em dois editais de licitação: um para a aquisição de água mineral e a compra de software. Somadas, as reduções de des-pesas promovidas pela atuação dos conse-lheiros do órgão chegaram a R$ 1,5 milhões. Para adquirir o software, a prefeitura vai gas-tar mais de R$ 4,6 milhões. Para a compra de água, o valor passa a ser de R$ 617 mil.

Ocupação Em Macaé, duas escolas estaduais foram ocupadas por estudantes: o Matias Neto e o Luiz Reid. O movimento está ligado ao ato de greve dos professores da rede es-tadual, que enfrentam problemas com atra-sos salariais e também na estrutura para o ensino público. O ato é de enfrentamento ao governo do Estado que atravessa grave situação administrativa em função da queda vertiginosa da arrecadação com os royalties do petróleo.

Pagamento E falando no Estado, o governo garantiu ontem que irá depositar nesta quinta-feira (14) o valor integral do pagamento dos ser-vidores referente ao mês de março. Nesta leva serão incluídos os profissionais da ativa, assim como os aposentados e pensionistas que ganham até R$ 2 mil. Quem ganha além disso só receberá em 12 de maio. Para qui-tar a obrigação patronal, a administração estadual vai desembolsar mais de R$ 819 milhões.

Comércio E as vendas ainda estão tímidas no comér-cio da cidade em relação ao Dia das Mães. Seguindo a mesma tendência das outras da-tas comemorativas, já ocorridas neste ano, o setor enfrenta um novo desafio para tentar atrair a atenção do consumidor, mais conti-do em função da crise econômica nacional. Para buscar o lucro, lojas já entraram em li-quidação de roupas e acessórios relativos ao inverno. Até porque o sol e o tempo quente ainda predominam na cidade.

Enquanto a Odebrecht Ambiental realiza obras de saneamento na parte Sul da cidade, conforme planejamento previsto pela Parceria Pública Privada (PPP) do Esgoto, bairros da área Norte da cidade ainda apresentam tristes cenários em relação ao esgoto, tendo o Canal Macaé-Campos como exemplo do déficit do serviço, em especial na Vila Badejo.

Page 5: Noticiário 14 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 14 de abril de 2016 5

Economia NOTA

Seguro popular pode ser alternativa para motoristas. Novo modelo pode tornar o serviço até 30% mais barato.

Detran sem luz em meio a impasse entre a prefeitura e o EstadoSERVIÇO

Rede de energia do posto de vistoria da Aroeira foi cortada após o governo municipal comunicar ao estadual o fi m do pagamento de contas

Ontem (13), o posto de aten-dimento do Detran na Aroeira ficou sem luz durante todo o expediente, acarretando na paralisação dos serviços de vis-toria, entre outros. Segundo a Ampla, a interrupção de energia foi executada a pedido da pró-pria prefeitura. Por outro lado,

segundo a gestão municipal, a responsabilidade das contas do órgão passará a ser do governo do Estado.

Após receber diversas recla-mações sobre a falta de energia no local, uma equipe de repor-tagem de O DEBATE foi à uni-dade da Aroeira e constatou que o posto realmente estava sem energia. No local, também já circulavam boatos de que o serviço teria sido cortado a pe-dido da própria prefeitura.

De acordo com a Ampla, técnicos realizaram o desliga-

mento do relógio que mede o consumo de energia do posto. Segundo a concessionária, o equipamento ainda está em nome da prefeitura de Macaé.

“A Ampla esclarece que o me-didor que atende o Detran es-tava em nome da Prefeitura de Macaé. A distribuidora acres-centa que somente efetuou o desligamento a pedido da pre-feitura (titular da conta)”, re-sumiu em nota a distribuidora.

Já a prefeitura informou, através da secretaria de Comu-nicação, que enviou no último

dia 29 de março um ofício, diri-gido à diretoria do Detran, soli-citando providências imediatas sobre o processo de transfe-rência do registro do relógio de consumo de energia do posto de vistoria, conforme aviso en-caminhado pela subsecretaria municipal de Iluminação Pú-blica.

Em nota, o governo municipal explicou que "a responsabilida-de das contas do Detran junto à Ampla é de responsabilidade do próprio órgão estadual desde abril deste ano. A prefeitura ar-

cava com esse custo, porém, re-alizou em 29 de março comuni-cado ao órgão informando que, diante do cenário econômico por que passa não só a cidade, como todo o país, esta despesa não poderia mais ser assumida pelo governo municipal. Logo, não podemos responder pela falta de energia elétrica hoje no posto de atendimento".

Em meio ao impasse, ainda não há confi rmação sobre a re-gularização do fornecimento de energia do posto, que segue com as atividades suspensas.

GUERRA SINDICAL

Eleições do Sindservi voltam a ganhar repercussãoOntem (13), membros da chapa de situação e oposição, que se enfrentaram em pleito no mês passado, voltaram a debater na Câmara

Guilherme Magalhã[email protected]

Em mais um desdobra-mento da batalha pela di-reção do Sindservi (Sin-

dicato dos Servidores Públicos de Macaé), ontem, membros da chapa de oposição e situação, que literalmente se enfrenta-ram em processo eleitoral no fi nal do mês passado, voltaram a debater na Câmara Municipal sobre a votação que garantiu o quarto mandato consecutivo à atual presidente, Rose Mary Gomes. O resultado foram tro-cas de acusações e polêmicas de ambos os lados.

Com a presença da própria presidente reeleita represen-tando o Sindservi, além de ou-tros três membros das chapas que tiveram suas candidaturas impugnadas, e um membro da comissão que acompanhou to-do o processo eleitoral, o espaço aberto no programa “Tribuna Cidadã” deu voz a cada um dos envolvidos.

Primeira a falar, Rose Mary garantiu que todo o processo eleitoral foi legítimo.

“O que me incomoda é dizer que aplicamos um golpe quan-do, na verdade, a tentativa de golpe foi deles, que deixaram

para inscrever suas respecti-vas chapas a menos de uma hora para o fechamento do período de inscrição. A ideia era tentar desmoralizar nossa diretoria para saírem como ví-timas, mas não conseguiram, e a votação teve quórum. To-dos os representantes das três chapas envolvidas conheciam o processo de inscrição. Sendo assim, não existe justificativa para as irregularidades encon-tradas na documentação deles, o que acabou acarretando na impugnação pela Junta Eleito-ral designada para o processo. Também fi zeram um panfl eto malicioso dizendo que tenho 'rabo preso' com o prefeito, quando, na verdade, só conti-nuo à frente do sindicato por conta de uma liminar judicial que proíbe a prefeitura de me afastar”, declarou Rose.

Segundo a explanar seu pon-to de vista sobre a situação, Marquinhos da Saúde, repre-sentante de uma das três cha-pas de oposição impugnadas, considerou a atual diretoria do Sindservi arbitrária.

“No edital consta que tería-mos do dia 1º ao dia 11 de março para registrar nossas chapas, e só então no dia 18 haveria a análise das possíveis impug-

nações de chapas irregulares. Mas o que aconteceu foi bem diferente e, no próprio dia 11, quando chegamos para a ins-crição, fomos impugnados pela Junta Eleitoral. Ou seja, nega-ram o direito constitucional de participarmos do processo de-mocrático”, disse Marquinhos ressaltando ainda que, segundo o estatuto sindical, funcioná-rios da prefeitura só poderiam estar à frente do órgão por, no máximo, dois mandatos.

Por sua vez, o também líder de oposição à atual diretoria sindical, Marcelo Puertas, acu-sou o processo eleitoral de irre-gularidades.

“A verdade é que a atual dire-toria do Sindservi está apegada à máquina sindical. Fomos ata-cados como massa de manobra. Além disso, a comissão selecio-nada para o processo eleitoral não pode ser considerada inde-pendente, visto que o resultado foi apurado em uma sala fecha-da, sendo que, pela nossa con-tagem, o número de votos teria sido bem inferior ao divulgado ofi cialmente”, disse Puertas.

Mais contundente nas pala-vras, Miriam Amaral, última representante de uma das cha-pas impugnadas, afi rmou que a votação não teria obtido o quó-

rum exigido.“Estive presente durante todo

o período de votação e só con-tabilizamos 263 votos caindo naquela urna, enquanto a cha-pa única que tentava se reeleger precisava de, pelo menos, 350. No fi nal, a junta eleitoral com-posta se trancou numa sala para contabilizar os votos, quando o acordo era que um representan-te da oposição acompanhasse o processo”, declarou.

Por fi m, Eduardo Chamarelli,

representante da Fesep (Fede-ração dos Servidores Públicos Municipais no Estado do Rio de Janeiro), e que representa cerca de 70 sindicatos em todo território estadual, garantiu a legitimidade do processo.

“Durante o período de inscri-ção para concorrer ao proces-so eleitoral, ficamos dez dias dentro do próprio Sindservi esperando a inscrição de cha-pas, e ninguém foi sequer fazer uma pergunta. Já no último dia,

por volta das 15 horas, a chapa reeleita se inscreveu. Então às 16h40 chegaram as outras três chapas, totalmente irregulares em documentação e sem a assi-natura de alguns membros. Aí já não havia mais tempo para nada”, pontuou Chamarelli confirmando que dos 1.675 servidores públicos municipais aptos a votar, 351 o fi zeram, re-sultando em 335 votos em prol da chapa única; 7 nulos e 4 em branco.

WANDERLEY GIL

Diretoria reeleita toma posse do quarto mandato consecutivo em maio

Page 6: Noticiário 14 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, quinta-feira, 14 de abril de 2016

Polícia NOTAPopulação denuncia casos de furtos próximos à escola. Região Central está entre as principais reclamações dos macaenses quanto à insegurança.

Ludmila [email protected]

Pagando um dos IPTUs mais caros do município, a região do bairro Novo

Cavaleiros, Granja dos Cava-leiros e Glória seguem com problemas de segurança.

A população do local já ten-tou solucionar o transtorno em contato com o próprio comando do 32º Batalhão de Polícia Mi-litar. Contudo, ainda aguardam por uma solução. O pedido no reforço de policiamento nos bairros sempre esbarra na mes-ma dificuldade: a falta de efetivo policial e de viaturas.

O relato dos moradores da região é o mesmo de vários ci-dadãos de Macaé, quando ele-mentos armados, geralmente em motocicletas, buscam a fa-cilidade de roubo a transeuntes e pessoas em pontos de ônibus.

Nesta semana, mais alguns casos já foram relatados à equi-pe do Jornal O DEBATE. Um deles aconteceu por volta das

Polícia realiza operações em repressão ao “jogo do bicho”

CONTRAVENÇÃO

A Polícia Militar (PM) realizou uma operação si-multânea - em Macaé e em Rio das Ostras - visando o combate ao “jogo do bicho” e bingos clandestinos.

De acordo com a polícia, em Macaé a operação ocor-reu nos bairros Centro e Parque Aeroporto. Já em Rio das Ostras, os bairros que receberam a operação não foram divulgados.

No total, foram encontra-dos cinco pontos de jogos, apreendidos 92 talões, apro-ximadamente R$ 900,00 em espécie, além de 15 máqui-nas caça-níqueis. A operação

Máquinas caça-níqueis também foram alvos das operações em Macaé e Rio das Ostras

DIVULGAÇÃO PM

Operação resultou na apreensão de talões, dinheiro e máquinas caça-níqueis

policial encaminhou 12 pessoas para a Delegacia.

LEGISLAÇÃODe acordo com a Lei das

Contravenções Penais, Lei nº 3.688/1941, artigo 50, é ilegal: “Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele. A pena pode variar de três meses a um ano de prisão e mul-ta, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do local.”

Já a Lei de Crimes contra a Economia Popular, Lei nº 1521/51, art. 2º, inciso IX, diz que: “obter ou tentar obter ga-nhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indetermi-nado de pessoas mediante espe-culações ou processos fraudu-lentos, pode gerar detenção, de seis meses a dois anos, e multa.”

ASSALTOS

Moradores do Novo Cavaleiros seguem com problemas na segurançaRoubos e furtos frequentes têm gerado pedidos de parcerias entre as prefeituras dos municípios que abrangem o 320 BPM

Seseg abre vagas para instrutores da Polícia MilitarVAGAS

A Academia de Polícia Mi-litar Dom João VI, no Rio de Janeiro, está com 589 vagas de professor/instrutor e 85 oportunidades para monito-res. A Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (Seseg) realizará processo se-

O objetivo é atrair professores de instituições de ensino superior do Estado do Rio e profissionais atuantes no mercado de trabalho em diversas áreas

letivo de prova de títulos, dis-tribuídas por 80 disciplinas no Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Academia.

Os interessados devem se cadastrar no Banco de Talen-tos, programa criado em 2011, pela Subsecretaria de Educa-ção, Valorização e Prevenção. O procedimento é feito pela internet na página: https://bancodetalentos.seseg.rj.gov.br/. A remuneração dos sele-cionados varia de R$ 19,50 a R$ 84,50 a hora-aula.

Podem participar civis e os policiais da ativa, inativos e aposentados da Polícia Mili-tar e da Polícia Civil e profis-

KANÁ MANHÃES

As inscrições seguem abertas para instrutores

da Polícia Militar na página Banco de Talentos

sionais da área de segurança pública do Corpo de Bom-beiros, Defesa Civil, Forças Armadas, Guarda Municipal e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e das unidades de Inteligên-cia. O objetivo é que o corpo de professores de instituições de ensino superior e profis-sionais atuantes no mercado de trabalho em diversas áreas como Direito, por exemplo, também participem.

O Curso de Formação de Oficiais representa a perspec-tiva de ascensão até o posto de capitão. Quem for seleciona-do lecionará apenas durante

8h10 da manhã, quando cida-dãos trabalhadores aguardavam o transporte público, na divisa entre o Alto da Glória e Novo Cavaleiros. Nesta ocorrência, cerca de quatro pessoas teriam sido assaltadas por dois melian-tes que estavam em uma moto-cicleta vermelha.

A situação se repete em dife-rentes pontos da cidade, região central, zona sul e zona nor-tem, além dos distritos serra-nos. A Polícia Militar (PM) tem se mostrado sempre aberta ao diálogo com a população e re-ceptiva quanto a solucionar as questões. Porém, o problema, na opinião dos macaenses, vem se agravando.

Apesar disso, na última edição do Café Comunitário, ocorrido no início deste mês, comentou-se que os índices de criminalida-de registrados na 123ª DP estão diminuindo, mesmo que lenta-mente. Na reunião, o subcoman-dante do 32º BPM, Major Scher-rer, afirmou que estão sendo registrados bons indicadores de

melhorias, apesar de não terem alcançado um número ideal nos índices de criminalidade, e que já há uma diminuição de tais dados nos últimos meses. Ele ressaltou que comparados aos índices do Estado do Rio de Janeiro, prin-cipalmente aqueles das cidades do interior, Macaé está bem e demonstra claros sinais de recu-peração.

A falta de policiais e viaturas é o foco das discussões atuais sobre segurança pública no município. Com uma vasta área de atuação pertencente ao 32º BPM, a população indaga sobre a falta de policiais para este co-mando. Os moradores pedem para que sejam feitas mais par-cerias entre as prefeituras e o Batalhão, unindo esforços pa-ra melhorar o patrulhamento dos seis municípios, pois o 32º BPM, além de ser responsável pela segurança de Macaé, tam-bém engloba os municípios vizi-nhos de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Maca-bu, Carapebus e Quissamã.

o período do curso e na dis-ciplina para a qual se candi-datar, conforme estabelece o decreto 45172 de março de 2015 e a resolução 871/201 da Secretaria de Segurança, que regulamentam a ação do Ban-co de Talentos. O resultado da seleção será divulgado no dia 29 de junho de 2016.

KANÁ MANHÃES

Denúncia de mais um assalto em um ponto de ônibus na divisa dos bairros Alto da Glória e Novo Cavaleiros

Page 7: Noticiário 14 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 14 de abril de 2016 7

Geral NOTA

Marinha oferece vagas para concurso. No total são 36 vagas e as inscrições podem ser feitas até o dia 20 de maio pelo www.ingressonamarinha.marl.mil.br.

OCUPAÇÃO

A geração que busca mudanças para a educação públicaDesde a noite de terça-feira (12) estudantes ocuparam o Colégio Estadual Luiz Reid. O Matias Neto foi ocupado na última semana

Juliane Reis [email protected]

“A busca por uma e d u c a ç ã o d e qualidade não só

para nós, mas para toda rede e futuras gerações”. É com es-se objetivo que alunos da rede pública estadual seguem com a ocupação de colégios em todo estado do Rio de Janeiro. Em Macaé não tem sido diferente e pouco a pouco o movimento vai ganhando força. Dos colégios estaduais instalados no muni-cípio, dois já estão ocupados por alunos: o Matias Neto, há uma semana e o Luiz Reid, desde a noite de terça-feira (12).

O movimento dos estudantes é uma forma de apoio à greve dos profissionais da rede que teve início no dia 2 de março.

Uma iniciativa que de acordo com os discentes está distante de ser um ato de vandalismo. “O que a gente busca é melhorias para toda rede. Nosso Colégio está em estado de abandono, precário. O serviço de capina não tem sido feito, faltam pro-fessores. Queremos uma edu-cação de qualidade não só para nós, mas também para as futu-ras gerações”, disse Brendenson da Silva, um dos organizadores do movimento do colégio.

“Os alunos estão dando uma verdadeira aula de cidadania e

por isso vim aqui pessoalmente parabenizá-los pela iniciativa. Apesar de muitas pessoas não entenderem o movimento e apenas criticar, os alunos es-tão dando uma verdadeira au-la de história. E digo mais: não é porque vocês (estudantes) são alunos da rede pública que devem viver eternamente na miséria e costumo dizer que a única e principal mudança que devemos buscar é a educação e vocês têm que ter essa visão: a educação é a base”, disse Anto-nio Juvino, professor de mate-mática da rede.

O estudante e representante do Grêmio Estudantil da unida-de, Ageu Adriano também falou da importância do movimento. “Quem não se movimenta não sente a corrente que os pren-de. Nosso colégio está precário. Quando abrimos a despensa, nos deparamos com sangue de carne pelo chão. O cheiro es-tava insuportável, parecia que tudo estava estragado. Será que ficaria assim por quanto tempo? Com o movimento estamos lim-pando toda escola, temos equi-pes divididas para diferentes funções. Nossa ideia não é fazer vandalismo. Estamos apenas reivindicando nossos direitos, direitos esses que o governo não está prestando”, disse.

Os alunos estão realizando um mutirão para limpar o pá-

KANÁ MANHÃES

Estudantes garantem que a ocupação é por uma educação pública de qualidade. Eles estão lavando, cozinhando e limpando o espaço que parece estar abandonado pelo governo

tio do colégio que segue tomado por matos, materiais inservíveis abandonados, proliferação de ra-tos, baratas e até mesmo focos do mosquito Aedes aegypti. Ainda segundo os relatos, diversas sa-las de aula estão com infiltração, a unidade não conta com portei-ros, o que facilitava a entrada de pessoas que não eram estudan-tes no local, inclusive para fazer o uso de entorpecentes. “Além de alguns entrarem pelo portão, ou-tros pulavam o muro da escola”, disseram os alunos.

Além do apoio de alguns professores, os estudantes es-tão contando também com apoio de ex-alunos e de alunos de outras unidades, inclusive, da rede pública municipal. “Eu vim apoiar porque hoje eu sou aluno da rede municipal, mas amanhã posso estar estudando aqui e quero uma educação de qualidade”, disse um estudante.

Os participantes têm entre 17 e 20 anos e pedem apoio da po-pulação. “A gente entende que o Colégio não é nosso e sim que se trata de um espaço público, então a gente pede aos pais, fa-miliares que desejarem, que nos apoiem, e também se desejarem que venham nos visitar, ou até mesmo a passar o dia ou a noi-te conosco e ver de perto o que realmente estamos fazendo”, relataram.

E quem tiver interesse pode

ajudar os alunos com doações de colchonetes, alimentos e ma-teriais de limpeza. Assim como o Matias Neto, os alunos estão contando com apoio do Sindica-to Estadual dos Profissionais de Educação de Macaé (SEPE). E

na manhã de ontem uma equi-pe do Conselho Tutelar esteve na unidade. “Recebemos os profissionais do Conselho Tu-telar que vieram nos orientar, e passar informações de como devemos agir”, ressaltaram os

estudantes. Na manhã de quarta-feira

(13), a Escola Liceu de Huma-nidades, considerado o maior colégio estadual de Campos dos Goytacazes, também foi ocupa-da por alunos.

PALESTRA

Município recebe a visita de representantes do Consulado Americano

nesta quinta-feira (14) a cidade vai receber a visita de dois representantes do Con-sulado Americano do Rio de Janeiro. Na oportunidade, os visitantes irão apresentar o programa 'Meet U. S.' e fa-lar sobre vistos de estudan-tes para os interessados. Os interessados em conhecer o programa podem se inscre-ver gratuitamente pelos te-lefones 2773-3475 ou 9.8115-9429 até às 15h. As vagas são limitadas e a atividade será realizada na Avenida Nossa Senhora da Glória, 236, Praia Campista, Macaé, às 18h30.

O evento é uma realização do Instituto Brasil Estados Unidos de Macaé (IBEU Campos Macaé), um Centro Binacional que tem o reco-nhecimento da Embaixada Americana. “De tempo em tempo recebemos visitas de representantes do consulado e em algumas ocasiões abri-mos as portas para palestras a interessados”, explicou Douglas Jay Moraes, Diretor Presidente do IBEU Macaé.

Douglas ressalta que o mu-nicípio já recebeu visitas de vários representantes, tanto do consulado como da embai-xada, até mesmo do próprio cônsul. Mas que essa será a primeira visita da Vice Con-sul Ashley White.

A atividade acontece nesta quinta-feira a partir das 18h30. Interessados podem se inscrever por telefone

Aeroporto de Macaé recebe visita de estudantes PROGRAMA

recentemente o Aero-porto de Macaé recebeu a visita de estudantes do Colégio Estadual Luiz Reid, unidade de ensino que hoje está ocu-pada pelos alunos que buscam por uma educação digna e de qualidade. Na oportunidade os discentes puderam passar pelo canal de inspeção, testar o pór-tico de segurança e conhecer a sala de embarque e conhecer também o terminal de passagei-ros o°shore, aprendendo sobre a infraestrutura aeroportuária.

De acordo com informa-ções do setor de comunicação do Aeroporto, do terminal, os estudantes seguiram para a

A atividade fez parte do Programa “Meio Ambiente, Segurança, Saúde e Vocação vão à escola”

empresa BHS, onde foram re-cepcionados pela técnica de Segurança do Trabalho, Ana Paula Lopes, e pelo gerente César Itaborahy, que mostrou o universo empresarial no seg-mento da aviação o°shore, fez uma breve apresentação sobre as conquistas, sucesso e posição da BHS no mundo empresarial, além de falar sobre sua experi-ência profissional e orientar os jovens sobre o que é preciso para ingressar numa carreira promissora e sólida.

A atividade fez parte do Pro-grama “Meio Ambiente, Segu-rança, Saúde e Vocação vão à escola”, sob a coordenação da funcionária da Infraero, Maria Angélica Francisco de Azevedo. A iniciativa surgiu em 2015, e já atingiu a marca de 6.000 parti-cipantes, com visitas ao Aero-porto de Macaé e palestras edu-cativas sobre Prevenção contra

o uso de drogas e demonstração com cães, promovidas pela Po-lícia Federal, Vocacional, minis-trada pelo Exército Brasileiro, Acessibilidade, ministrada por profissional da área de saúde, Gravidez na Adolescência, pe-las profissionais do CRA, da Prefeitura Municipal de Macaé, Prevenção contra o uso de fogos de artifícios, rojões e uso da pól-vora, Bombeiro Militar.

“Este ano vamos contar com as palestras vocacionais que serão ministradas pela Mari-nha do Brasil, e os trabalhos realizados visam o desenvolvi-mento de jovens estudantes e a orientação de como ingressar numa carreira sólida e de suces-so, mostrando a perspectiva de um futuro melhor para os ado-lescentes das escolas de Macaé, cidades adjacentes e de diversos segmentos da sociedade maca-ense”, disse Angélica.

Últimos dias de inscrição para mestrado do IFF ENGENHARIA AMBIENTAL

Na próxima semana ter-mina o prazo para inscrição do processo seletivo para o Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental (PPEA) do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Macaé. Os interessados em concorrer a uma das 22 va-gas oferecidas podem se ins-

Para concorrer às vagas, o candidato deve ter diploma de graduação de cursos reconhecidos pelo MEC

crever pelo www.inscricoes.i°.edu.br A taxa de inscrição é de R$ 60,00.

De acordo com o edital, o pa-gamento da taxa de inscrição poderá ser feito até o dia 25 de abril, nas agências do Banco do Brasil, dentro do horário de atendimento bancário. Já a divulgação da relação dos can-didatos inscritos será realizada no dia 3 de maio.

No ato da inscrição os can-didatos poderão escolher uma das duas linhas de pesquisa do curso. São elas: avaliação, ges-tão e conservação ambiental e desenvolvimento, sustentabi-lidade e inovação.

Para concorrer às vagas, o candidato deve ter diploma de graduação de cursos reco-nhecidos pelo MEC, além de ter interesse em incorporar e/ou aprofundar a dimensão am-biental em sua formação, com vistas à aplicação de tais co-nhecimentos na solução prá-tica de problemas ambientais.

O processo seletivo será realizado em duas etapas, sendo a primeira, uma prova de múltipla escolha e prova discursiva, a ser aplicada no dia 15 de maio. Na segunda etapa serão feitas análise de currículo lattes e entrevista. As aulas terão início no dia 4

de agosto. A prova de conhecimentos

específicos será composta por quinze questões de múltipla escolha, sendo dez questões relacionadas à Engenharia Ambiental, Desenvolvimen-to e Sustentabilidade; cinco questões relacionadas à Ma-temática Aplicada, além de duas questões discursivas

A linha de pesquisa “Avalia-ção e Gestão Ambiental” leva o participante à busca de so-luções para conflitos e proble-mas ambientais já colocados, com a participação dos auto-res sociais no levantamento das questões, na construção

de alternativas e na formula-ção de soluções.

Já a linha “Desenvolvimen-to e Sustentabilidade”, tem como objetivo a proposição de alternativas tecnológicas com vistas a soluções prag-máticas e formas futuras de apropriação e uso dos recur-sos naturais, compatíveis com a sustentabilidade re-gional. Suas áreas temáticas são estratégias locais para o desenvolvimento regional: diagnósticos e proposições, fontes renováveis, conserva-ção e uso eficiente de energia e, por último, meio ambiente e materiais.

DIVULGAÇÃO

Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer um espaço que no futuro poderá ser seu ambiente de trabalho

Page 8: Noticiário 14 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Geral Macaé, quinta-feira, 14 de abril de 2016

CONTROLE

Tribunal de Contas reduz R$ 1,5 milhão em custos de licitações da prefeituraApós análise de conselheiros, editais para compra de garrafas de água e software de gestão foram autorizados para lançamento

Cerca de R$ 1,5 milhão deixarão de ser gastos pelos cofres públicos

municipais, com editais ela-borados pela prefeitura, gra-ças a análise do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

A quantia representa a re-dução de despesas previstas em dois editais de concor-rência pública autorizados pelo TCE para serem lança-dos pela prefeitura. As licita-ções são referentes a compra de garrafas de água mineral e de um software de gestão que irão custar aos cofres públicos um total de R$ 5,2 milhões.

Porém, antes da análise dos conselheiros do Tribunal de Contas, as despesas previstas inicialmente pela prefeitura

era de mais de R$ 7,1 milhões. O maior gastos era estimado para o licenciamento do uso de software da Microsoft. Pelas contas do governo, essa aquisição custaria mais de R$ 6,1 milhões. Mas, na análise do Tribunal, o custo não pas-sa de R$ 4,7 milhões.

Já na compra das garra-fas de água mineral, o custo estimado inicialmente pela prefeitura era de R$ 658.413. Após a análise do TCE, a des-pesa caiu para R$ 617.525,40, quase 24,4% a menos (R$ 40 mil).

No processo licitatório pa-ra a contratação do software para a Secretaria Municipal de Gestão Pública, de acordo com o voto do conselheiro-relator Marco Antônio Alen-car, a realização do processo

licitatório foi autorizada somente depois que o poder Executivo municipal incluiu novas empresas na pesquisa de preço. A prefeitura com-provou a ampliação da pes-quisa de preço que culminou na redução do custo.

Em relação ao fornecimen-to de água mineral sem gás (galões de 20 litros e garrafas de 500 ml) à secretaria Mu-nicipal de Educação de Ma-caé, o conselheiro-relator Jo-sé Maurício Nolasco também só autorizou a realização do certame após a ampliação da pesquisa de mercado.

As autorizações para o lan-çamento dos editais foram anunciadas na última terça-feira (12), após votação dos conselheiros do TCE.