O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

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Macaé (RJ), domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014Ano XXXIX, Nº 8471Fundador/Diretor: Oscar Pires

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R$ 1,50

Recursos do petróleo somam R$ 313 milhõesMacaé ultrapassa 50% da previsão orçamentária relativa aos royalties

KANÁ MANHÃES

Recursos do petróleo correspondem a cerca de 30% das receitas arrecadadas pelo município ao longo deste ano

Em sete meses, Macaé acu-mula a arrecadação total de R$ 313.310.213,90 apenas com os re-cursos gerados pela exploração e produção do petróleo na Bacia de Campos. Pagos pela Secretaria de Tesouro Nacional, ligada a presi-dência da República, os repasses mantêm a cidade no segundo pata-mar entre os municípios que mais lucram com o sistema de compen-sação dos impactos gerados pelas atividades offshore, assumindo posição de destaque no ranking nacional, entre os municípios com maior potencial de gerar receitas próprias. O total rende ao muni-

cípio uma média de pouco mais de R$ 44 milhões por mês, volu-me que supera o obtido ao longo dos primeiros sete meses de 2013. No comparativo entre as últimas parcelas recebidas pelo município também é possível identificar o crescimento das receitas. Em ju-lho, o município arrecadou R$ 38 milhões. Já neste mês a quantia foi de R$ 41 milhões. Em fevereiro, por mudança no sistema da Secretaria de Tesouro Nacional, a data de libe-ração de recursos passou, do dia 20, para o dia 2 do mês seguinte, não contabilizando assim o pagamento dos royalties no mês 2. PÁG. 3

ARRECADAÇÃO

O Jornal O DEBATE publi-ca nesta edição um suplemento especial que registra atuação da 15ª subseção da OAB em Macaé e na região. SUPLEMENTO

CADERNO

Especial Dia do Advogado

OBRAS CHEGAM AO BARRAMARESBAIRROS EM DEBATE

Projeto, que inclui a implantação de rede de esgoto e pavimentação, está com 90% das obras concluídas

Impulsionado pela economia do petróleo, a questão da moradia é um dos pontos que mais pesam no bolso na hora de escolher um lugar

para se viver em Macaé. Com o alto valor dos imó-veis, muita gente tem optado pelas áreas periféricas para morar. Uma delas é o Barramares, bairro fun-dado há 13 anos em uma região próxima ao Parque de Exposições e ao Centro de Convenções de Ma-caé. Mas assim como acontece em muitos lugares no município, o crescimento nos últimos anos veio acompanhado da falta de infraestrutura. Com is-so, é comum ouvir reclamações da população, que cobra das autoridades uma medida. No entanto, depois de muitas solicitações, o bairro passou a receber intervenções da prefeitura que somam investimento de mais de R$ 5 milhões. PÁG. 9

KANÁ MANHÃES

Projeto de urbanização do Barramares está orçado em cerca de R$ 5 milhões, de acordo com a prefeitura

ESPORTE POLÍCIAKANÁ MANHÃES

Evento no Paço Municipal marcou data

Lutador macaense vence no MMA

Denúncia é arma no combate à violência

Lincon de Sá ganhou de forma absoluta a luta na Amazônia PÁG. 13

Instituições se unem no atendimento às mulheres vítimas de violência PÁG. 5

DIVULGAÇÃO

Macaense foi campeão em luta realizada na Amazônia

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 26º CMínima 15º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

GERAL GERAL EDUCAÇÃO CADERNO DOIS

Prefeitura lançará Portal de Licenciamento

Libra inicia perfuração do primeiro poço

UFRJ Macaé recebe calouros nesta segunda

Coral Clave de Sol lança CD no Castelo

Programa é realizado pela equipe do Fumdec PÁG. 11

Operação é meta para expandir a exploração de petróleo PÁG. 11

Solenidade acontece a partir das 14h em auditório PÁG. 8

Projeto será apresentado no próximo dia 14 PÁG. 5

KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO

HABITAÇÃO INSCREVE FAMÍLIAS EM PROGRAMA

ARRECADAÇÃO CHEGA A R$ 1,4 BILHÃO NESTE MÊS

UFRJ E CATAN DIVULGAM DADOS DE PESQUISA

ECONOMIA, PÁG.6 POLÍCIA, PÁG.3 EDUCAÇÃO, PÁG.8

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014

CidadeEDIÇÃO: 235 PUBLICAÇÃO: 18 DE MARÇO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Bombeiros ampliam atendimento

Polícia investiga morte de comerciante no Centro

O 9º Grupamento de Bom-beiros Militar de Macaé rei-naugurou, recentemente, salas de atendimento ao pú-blico externo.

Segundo o comandante do 9º Grupamento de Bombei-ros Militar de Macaé, tenen-te-coronel Jorge Vincenzi, o público externo pode procu-rar o local para o pagamento da taxa de incêndio e para acompanhar o andamento de processos de autorização para o funcionamento de estabele-cimentos comerciais. As salas receberam o nome do Solda-do Gilson de Souza Rangel, que morreu em serviço.

Agentes da Polícia Civil e equipes da Polícia Militar deram início as investigações das cir-cunstâncias do crime registrado na tarde de ontem no Centro da cidade. O comerciante Otávio Zaratino, de 30 anos, morreu logo após ser baleado no rosto,

ainda a caminho para o hospital. A vítima estava acompanhada

pelo também comerciante Carlos Alberto Maia, que conduzia a cami-nhonete Ranger placa MSX-4790, de Guarapari, no Espírito Santo, quando foi atingido no rosto. Se-gundo relato de Alberto à polícia.

Promoção movimenta lojas

Para alavancar as vendas, reno-var o estoque e preparar as lojas para coleção da nova estação, o co-mércio macaense aposta em ações que visam atrair o olhar e desper-tar o interesse dos consumidores. Nesta semana, as lojas situadas na rua Silva Jardim promovem uma ação promocional que mistura preços baixos e a apresentação de produtos variados.

Obra do Distrito Industrialde Macaé vai custar CR$ 70 milhões

O desenvolvimento do Norte Fluminense sempre foi abandonado pela oligarquia do-minante no antigo Estado do Rio e, se nun-ca houve uma política de industrialização, hoje o enfoque divide-se em duas partes: a primeira tem como meta transformar a agri-cultura do Norte Fluminense em uma agri-cultura detentora em nível de produtividade compatível com as demais regiões do Brasil; e a segunda visa melhorar a infra-estrutura dos Distritos Industriais para atrair as indús-trias já instaladas em território fluminense e em outros pontos do Brasil, aproveitando a mão-de-obra existente e as vantagens lo-cacionais do Estado do Rio.

O Secretário de Indústria, Comércio e Tu-rismo, Carlos Alberto de Andrade Pinto, in-formou que no próximo mês terão início as obras de infra-estrutura do Distrito Industrial de Macaé, onde serão investidos recursos da ordem de CR$ 70 milhões.

Produção de petróleo teve média de 220 mil barris

A produção brasileira de petróleo e LGN apresentou no mês de fevereiro uma média diária de 220.980 mil barris, revelando um aumento de 18,35 PCT em relação a média di-ária obtida no mês de fevereiro do ano passado, 166.709 barris, apesar de ter tido vinte e oito dias e, no ano de 1990, ter sido bissexto.

O volume do petróleo extraído das ba-cias terrestres teve um aumento de 4,48 PCT, em fevereiro, confrontando-se com período idêntico do ano anterior. Deve-se registrar que a produção terrestre do Esta-do do Espírito Santo mostrou um elevado

percentual de aumento, 458 PCT.

Médico não concorda com sitema de atendimento do INAMPS

Em entrevista concedida a Rádio Macaé no programa Mesa Redonda, levado ao ar todos os sábados, a partir das 11h, o médico Cesar Augusto Sabino de Azevedo disse não concor-dar com sitema de atendimento do INAMPS no modo de atender os segurados. Ele foi claro na sua opinião não desejando criticar nenhum colega médico e sim a estrutura de INAMPS que por não fazer parte daquela instituição, sente-se à vontade para emitir conceitos co-mo qualquer outro cidadão.

NOTA

Agosto começa com trabalho da Mobilidade junto às empresas

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014 3

Política

MÊS ROYALTIES PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Janeiro R$ 40.038.888,41

Fevereiro R$ 13.590.046,61

Março R$ 43.556.201,10

Abril R$ 42.401.291,92

Maio R$ 39.985.083,02 R$ 12.592.669,11

Junho R$ 41.812.958,11

Julho R$ 38.274.843,02

Agosto R$ 41.058.232,60

Total R$ 313.310.213,90

ROYALTIES DO PETRÓLEO

Arrecadação de Macaé

ARTE/DAYNE CABRAL ZIEGLER

Arrecadação chega a R$ 1,4 bilhão e supera marca de 2013

RECEITAS

Nesta semana, Macaé bateu a arrecadação total de R$ 1.481.686.286,96, de acordo com o volume contabilizado pelo Impostômetro.

O v a l o r s u p e r a e m R $ 186.879.647,12 a quantia obtida pelo município nos primeiros sete meses de 2013.

Na análise dos valores já consolidados pelo governo municipal neste ano, a geração de receitas próprias, que tem como fontes o Imposto Sobre Serviço (ISS), entre outras ta-chas, é o principal responsável pelo crescimento constante da arrecadação macaense, que de-

Município eleva em R$ 186 milhões o volume de recursos gerados no mesmo período, no ano passado

ve superar os R$ 2,2 bilhões pre-vistos pelo governo, através da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014.

Segundo os dados divulga-dos pelo sistema operado pela Associação Comercial e Indus-trial de São Paulo, Macaé regis-tra uma arrecadação mensal de R$ 205.507.869,15. Neste mês, a cidade supera em R$ 25.919.952,42 a média alcança-da em 2013.

Por dia, Macaé é capaz de ge-rar R$ 6.765.691,17, que corres-ponde a R$ 853.331,77 a mais que o registrado pelo município ao longo dos primeiros sete me-ses do ano passado.

Por cada um dos 210 mil ha-bitantes, o município é capaz de gerar R$ 5.853,13 em recursos públicos, R$ 493,84 a mair que em 2013 (R$ 5.359,29).

WANDERLEY GIL

Receita da cidade é alavancada pela arrecadação de impostos

ROYALTIES

Recursos do petróleo somam R$ 313 milhõesEm sete meses, e com alteração de data de repasses, Macaé ultrapassa 50% da previsão orçamentária relativa aos royalties e a Participação EspecialMárcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

Em sete meses, Macaé acu-mula a arrecadação total de R$ 313.310.213,90 ape-

nas com os recursos gerados pe-la exploração e produção do pe-tróleo na Bacia de Campos. Pa-gos pela Secretaria de Tesouro Nacional, ligada a presidência da República, os repasses man-tém a cidade no segundo pata-mar entre os municípios que mais lucram com o sistema de compensação dos impactos ge-rados pelas atividades o�shore, assumindo posição de destaque no ranking nacional, entre os municípios com maior poten-cial de gerar receitas próprias.

O total rende ao município uma média de arrecadação de pouco mais de R$ 44 milhões por mês, volume que supera o obtido ao longo dos primeiros sete meses de 2013.

No comparativo entre as úl-timas parcelas recebidas pelo município também é possível identificar o crescimento das receitas. Em julho, o município arrecadou R$ 38 milhões. Já neste mês a quantia foi de R$ 41 milhões.

Em fevereiro, por mudança no sistema da Secretaria de Te-souro Nacional, a data de libe-ração de recursos passou, do dia 20, para o dia 2 do mês seguinte, não contabilizando assim o pa-gamento dos royalties no mês 2.

No entanto, a alteração não gerou impactos nas previsões de receitas apontadas pelo go-verno, estendendo apenas o prazo para a liquidação de pa-gamentos junto a fornecedores.

Levando em consideração as sete parcelas pagas pela Secretaria neste ano, Macaé alcança um acumulado de R$ 287.127.496,18.

Macaé obteve também cres-cimento no cálculo relativo às duas parcelas da Participação Especial (PE), pagas em feve-reiro e maio, pela Secretaria de Tesouro Nacional.

Em 2013, as duas parcelas renderam ao município R$ 26.158.242,26, já neste ano o total é de R$ 26.182.715,72, ou seja, um pouco mais de R$ 24 mil de diferença.

Dentro da programação de

pagamentos relativos aos re-cursos do petróleo, Macaé deve receber ainda nesta semana a terceira parcela da Participa-ção Especial. A previsão é que a quantia deve seguir o ritmo de crescimento alcançado pelos royalties nos últimos meses.

Com a previsão de alcançar a marca dos R$ 600 milhões até o fim do ano, os royalties e a Parti-cipação Especial correspondem a cerca de 30% do orçamento total do município, hoje gerado principalmente pelas chama-das receitas próprias, recursos

oriundos da cobrança de taxas como o Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto Predial Territo-rial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a Transferência de Bens Imóveis (ITBI), uma das princi-pais fontes de recursos públicos de Macaé.

KANÁ MANHÃES

Expectativa do governo é fechar o ano com uma arrecadação de R$ 600 milhões com o petróleo

De acordo com o secretário municipal de Fazenda, Ramirez Cândido, petróleo deve render R$ 600 milhões a Macaé neste ano

NOTA

PONTODE VISTAComo os candidatos à Presidência da República e para o Go-verno do Estado do Rio, estão em “banho Maria”, aguardando o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, quando pretendem colocar em imagens as promessas futuras que não serão cumpridas (alguém duvida?), grande parte dos eleitores também vem se manifestando de maneira um pouco mais reti-cente, considerando que as manifestações populares ocorridas em junho do ano passado, posteriormente invadidas por mi-litantes radicais praticando atos de vandalismo afastando os bons dos maus exemplos, começa a ficar na expectativa.

Quem trafega pela BR-101, velha conhecida como a “rodovia da morte”, sabe muito bem que as obras de duplicação no trecho entre Rio Bonito e Campos, vão demorar bem mais do que pos-sam imaginar os mais crédulos dos motoristas que arriscam a vida diariamente ao utilizar aquela via.

Enquanto o presidente da 15ª Subseção de Macaé da OAB, Francois Pimentel, tenta impedir a ação de bacharéis que estão atuando como advogados sem o registro, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou projeto que cria a figura jurídica do bacharel em Direito que poderá assessorar advogados. Como estamos em período de eleição, dá para mudar.

Estão falando por aí que Dr. Aluízio, prefeito de Macaé, está com avaliação de 80% de ótimo e bom, segundo um instituto de pesquisa não divulgado. Mesmo que não seja esse o número, a pesquisa poderia ser divulgada para a população entender o que está bom e o que está ruim. Se realmente foi realizada e paga com dinheiro público, não custa nada dar total transparência.

Até domingo

Há poucos dias, o candidato a governador Anthony Garotinho (PR), condenou a política de UPP (Unidades de Polícia Pacificadora), instaladas no Rio, e prometeu mudar a política adotada pelo Secretário Mariano Beltrame e apoiada pelos governadores Cabral e Pezão. Em 1998, quando candidato, ele sacou de uma cartilha e disse que acabaria com a criminalidade em 100 dias. Não acabou.

Olho na telinha

Macaé tem pressa

Muito simples. Como o Supremo Tribunal Federal está apreciando o processo que cuida das doações para campanhas por empresas privadas e já são seis os votos contra, todos es-tão com um pé atrás para não serem depois pegos de surpresa, embora a decisão possa não valer para este ano. Ainda tem deputados federais e esta-duais às voltas com a Justiça porque alguns declararam doações de em-presários que, intimados pela Receita Federal, negaram a participação em campanhas desautorizando a inicia-tiva. Se alguns não sabem, precisam saber que o Tribunal Superior Elei-toral tem convênios firmados com a Receita Federal e com a Polícia Fede-ral, para cruzar as informações. Co-mo no episódio do “mensalão”, ficou mais do que provado de que o famoso “caixa dois” era dinheiro lavado e não contribuição para a campanha polí-tica, alguns que se imaginavam inte-ligentes o bastante para inventar a roda, acabaram condenados e o STF continua atuando para acabar com a

roubalheira que se instalou em qua-se todos os escalões de governos em cascata, atingindo também pequenos municípios. Não resta outra alterna-tiva aos candidatos do que aguardar mais sete dias para aparecer na teli-nha no horário gratuito de televisão e rádio que de gratuito não tem nada pois as emissoras descontam todo o tempo no Imposto de Renda. Agora, só para ver como andam as coisas até a primeira prestação de contas dos candidatos. Dilma Rousseff arreca-dou R$ 10,1 milhões. Aécio Neves R$ 11 milhões, Eduardo Campos R$ 8,1 milhões. Por enquanto, Aécio é o que mais arrecadou. Para o governo do Estado do Rio, quem mais arreca-dou foi Pezão R$ 5,7 milhões, seguido de Anthony Garotinho R$ 3 milhões, Lindberg Farias R$ 637 mil e, por fim, Marcelo Crivella R$ R$ 212 mil. En-fim, com pouco dinheiro, pelo menos não haverá, por enquanto, aquele fes-tival de placas pelas ruas e calçadas, produtos e serviços que custam caros demais. Olho vivo.

A Autopista Fluminense, agora Arteris, concessionária daquela rodovia, tratou nos primeiros cinco anos de plantar as praças de pedá-gio e não se sabe por que uma delas não ficou no território macaense uma vez que gera Imposto Sobre Serviços. Quer dizer, ela não paga ao município mas utiliza o Hospital Público Municipal, tornado de re-ferência regional e que vem sendo ampliado com mais 100 novos lei-tos, transportando para Macaé os acidentados. As obras não estarão concluídas em menos de 10 anos, pelo que parece e pela vagareza, mesmo sem chuvas. São centenas de carretas que trafegam entre Macaé e Rio de Janeiro transpor-tando material para as plataformas e no trecho ainda não duplicado, causando transtornos aos demais veículos leves e ônibus. Qual a so-lução mais rápida, segundo o pre-sidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé, Cliton da Silva Santos, e a Comissão Municipal da Firjan, antes presidida pelo em-

presário Evandro Esteves hoje Se-cretário Municipal de Mobilidade Urbana e sucedido pelo empresário Marcelo Reid (Merrel), para abrir as portas de Macaé para o mundo? Só existe uma, que é a construção de uma nova pista de até 1.700 me-tros de extensão por 45 metros de largura para pouso e decolagem de aviões de grande porte e cargas. Quanto tempo poderia levar se re-almente o ministro Moreira Fran-co quiser e a Secretaria de Aviação Civil disponibilizar o dinheiro que existe? Talvez, dois anos ou pouco mais. Todos já sentaram à mesa, já trocaram informações, a área de mais de 2 milhões de metros qua-drados já foi doada para a Infraero que no início do ano que vem con-cluirá a construção da nova estação de passageiros, o prefeito já deu si-nal verde e Vandré Guimarães, da Secretaria de Indústria e Comér-cio está agilizando a burocracia. Só falta agora, se houver contratempo, fazer uma manifestação já que esta-mos no período eleitoral...

PONTADA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira 11 de agosto de 2014

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Nos últimos 10 anos, a bicentenária Macaé precisou se adaptar à chegada dos recursos que comprovaram o maior benefício gera-do pela existência das abundantes reservas de petróleo na Bacia de Campos: os royalties.

“Buscar e aprender na realidade, não são mais do recordar” - Platão

A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé, completa 40 anos. Como o tempo passa! Se não podemos detê-lo, podemos vivenciá-lo, registrando momentos significativos que transfor-mam as nossas vidas. Esse, o papel revolucionário, provocado pela FAFIMA na minha vida.

Efeitos da infraestrutura

FAFIMA 40 ANOS - Um projeto de amor e saber

No início da exploração do “ouro negro”, há 35 anos, a di-nâmica de uma atividade eco-nômica nova, ainda arcaica e experimental, não colocava em risco a paz e a tranquili-dade que reinava no cotidia-no da cidade reconhecida por suas belezas naturais.

Após a “descoberta” dos recursos gerados como forma de compensar todo o impacto social causado pela explosão da indústria do petróleo, o município se viu em um dile-ma que ainda levará anos pa-ra que o poder público possa contornar todas as falhas re-gistradas em nome da ganân-cia inflada pela distribuição dos royalties.

Além dos problemas co-muns, ocasionados pelo cres-cimento populacional, expan-são imobiliária desgovernada e o inchaço da cidade, a falta de infraestrutura torna-se ho-je o maior gargalo da Capital Nacional do Petróleo, situa-ção que compromete a roti-na, tanto de quem produz as riquezas, as empresas envol-vidas no mercado offshore, quanto de quem deveria ser beneficiado pelos recursos públicos abundantes, a po-pulação.

Ao anunciar um novo mo-delo de gestão voltado a ga-rantir o desenvolvimento da cidade, a necessidade de se investir em infraestrutura, principalmente na mobilida-de urbana, é essencial para a nova administração.

Diante do tamanho dos efeitos catastróficos ocasio-nados pela falta de investi-mento no setor, ao longo dos últimos anos, o planejamen-to para se garantir avanços na infraestrutura da cidade, mesmo que inicial, demanda uma expectativa de aplicação de recursos ainda mais abun-dantes, o que não esconde a necessidade de parcerias com os governos estadual e federal, para garantir o pagamento desta conta.

A Petrobras, que se tornou uma grande parceira da admi-nistração municipal nesta no-va gestão, já demonstrou in-teresse em acompanhar esse novo processo idealizado pela equipe de desenvolvimento e planejamento municipal.

As propostas existem, os projetos já estão no papel. Agora vale a pena esperar e conferir quando que o gran-dioso será concretizado em Macaé.

Esperança, acolhimento, determinação, talvez sejam os sentimentos que podem caracterizar aquele tempo de construção.

Claudio Moacyr, o seu ide-alizador e realizador, ao lado de macaenses que se uniram para proporcionar a Macaé e aos macaenses, a sua pri-meira faculdade: Pedagogia e Letras. Esses foram os dois cursos iniciais. Os alunos, a grande maioria professoras, mulheres que desejavam ca-minhar, ir em frente, estudar, saber mais.

As aulas foram iniciadas no Tênis Clube. O prédio da FAFIMA, construído mais tarde, num mutirão de so-lidariedade, contou com o prefeito da ocasião, Alcides Ramos. Cada um fazia a sua parte: Claudio Moacyr, en-tão deputado, na Assembleia Legislativa, com os seus infla-mados discursos em busca de apoio e recursos; Oscar Pires no O Debate (o jornal era se-manal), informando à popu-lação da importância daquela obra; seu Geraldinho orga-nizando documentos; pro-fessor José Carlos, símbolo maior dos diretores da FA-FIMA, acumulando volunta-riamente funções; professor e reverendo Samuel Brust; professora Elzinha; Beth e Marcinha, alunas líderes. E assim fomos caminhando...

A colação de grau da pri-meira turma, da qual fiz par-te e fui a oradora, foi marcada

pelo presença do então reitor da UNIVESIDADE FEDE-RAL DO RIO DE JANEIRO, o macaense Luiz Renato Caldas. Ele foi o paraninfo da turma de Pedagogia e foi um marco na história de Macaé.

Penso que três grandes questões marcaram a criação da FAFIMA, nos anos mais duros da ditadura militar:

• A participação dos alu-nos através do diretório aca-dêmico nos proporcionou a politização necessária para enfrentarmos o conflito da repressão militar.

• A criação do CEP - Cen-tro Estadual dos Professores (mais tarde o SEPE), sindica-to criado em plena ditadura militar, e no núcleo CEP-Macaé, interagíamos em fun-ções diferenciadas de alunas e sindicalistas.

• A abrangência regional da FAFIMA, atendendo a de-manda educacional de todos os municípios que compõem a Bacia de Campos.

Sugiro que a FAFIMA, através do curso de Histó-ria, crie um debate perma-nente sobre a criação da Instituição, em época tão importante para Macaé e o Brasil. Que os fatos e pessoas que marcaram de-finitivamente a sua criação, sejam registrados. Essa his-tória merece!

Marilena Garcia -Ex-aluna e ex-professora da FAFIMA e ora-dora da 1ª turma

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EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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InverdadeCircula pelas redes sociais um vídeo que registra a pane de um helicóptero parado em uma pista de pouso e decolagem. A imagem aparenta uma grande semelhança com a área do Aeroporto de Macaé, o que despertou uma série de boatos quanto a uma possível pane ocorrida na base macaense. No entanto, de acordo com a equipe de se-gurança operacional, na superintendência da base nenhum caso semelhante foi registrado no Aeroporto nesta semana. Fica o registro!

Adequações INesta semana, o governo adotou novas me-didas técnicas para adequação da gestão de um dos principais setores da rede municipal de Saúde. Dr. Márcio Soares Bittencourt, empossado há duas semanas, segue à fren-te da superintendência do Hospital Público Municipal. Já o Dr. Leandro Matos Soares foi designado para responder pela Fundação Municipal Hospitalar de Macaé (FMHM), que administra os recursos aplicados no HPM e também no Hospital da Serra.

Adequações IINos últimos dias foram registrados também a reorganização dos cargos relativos à admi-nistração da secretaria municipal de Saúde, cuja gestão foi assumida no mês passado pelo Dr. Pedro Reis. A proposta é garantir avanços na saúde pública, promovendo in-vestimentos relativos ao atendimento básico prestado em Postos e Unidades Básicas de Saúde (UBS), além do Programa Saúde da Família (PSF), que atuam na prevenção.

SaúdeAo participar nesta semana da abertura dos trabalhos da Câmara, no segundo período le-gislativo de 2014, o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) falou sobre casos de meningite registra-dos na região. Ao afastar a situação de surto, o prefeito que também é médico, explicou que a doença é sazonal, é mais comum entre crianças, mas podendo acometer também adultos. De acordo com ele, a rede municipal de Saúde acompanha de perto qualquer tipo de alteração desse quadro.

EncontroNa semana passada, o presidente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico, Vandré Guimarães, o presidente da Comis-são Municipal da Firjan, Marcelo Reid e o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Evandro Esteves, participaram de um encon-tro ocorrido entre o Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV). O encontro desencadeou uma série de ações positivas para Macaé.

ParceriasIniciada através da iniciativa da Asso-ciação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) junto a Comissão Municipal da Firjan, a defesa pela viabilização do projeto de construção de uma nova pis-ta de pouso e decolagem no Aeroporto de Macaé ganhou fôlego nesta semana. Projeto aguardado pela cidade há mais de 10 anos, hoje torna-se altamente vi-ável a partir dos investimentos previstos pela Secretaria de Aviação Civil.

BenefíciosCom a proposta de ampliação dos voos comerciais, permitindo a operação de aero-naves de maior porte, a construção da nova pista deverá atender também a uma outra expectativa de Macaé: a implantação do ser-viço de transporte aéreo de cargas. A ideia, fundamental à logística offshore do muni-cípio, é defendida pelo governo municipal, que se tornou um dos principais parceiros na consolidação das obras da nova pista de pouso e decolagem no Aeroporto de Macaé.

SucessoTermina neste domingo (10) o V Festival de Cultura e Gastronomia de Macaé. Reunindo 12 restaurantes situados nas orlas das Praias dos Cavaleiros e Campista, o evento contou com a participação de chefs renomados e apresentação de artistas que abrilhantaram um dos eventos mais aguardados na pro-gramação festiva do município. O resultado foi de sucesso para os participantes, assim como para os convidados que apreciaram os pratos.

DebatesCom o retorno das sessões ordinárias, a Câma-ra de Vereadores se prepara para abrir a nova série de Audiências Públicas que promovem debates importantes sobre temas relevantes para o município. Ao longo da atual legislatura, reuniões como essas contribuíram para deci-sões importantes, como o futuro das duas com-posições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a instalação do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) e avanços para a Educação.

A atuação de agentes de trânsito em pontos estratégicos do tráfego de veículos na cidade tem ajudado a reduzir os transtornos enfrentados diariamente pelos motoristas que circulam por Macaé. O desafio maior da cidade é reduzir os impactos gerados pela interação entre o tráfego pesado de carretas que atendem a logística rodoviária da indústria offshore e o trânsito doméstico, que registra o deslocamento da população. O planejamento futuro da mobilidade urbana já começa a ser traçado pela nova gestão do setor.

Equipe Rolando Toro conquista ouro em competição

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014 5

Polícia Bombeiros reinauguram sala de atendimento ao público externoi

NOTA

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Casos são de dois a três por dia, segundo polícia civilInformação foi divulgada na semana em que a Lei Maria da Penha completou oito anos em vigênciadaniela bairrosdanielabairros@odebateon.com.br

Desde 2006 em vigência, a Lei nº 11.340, conheci-da também como Maria

da Penha, pune, com prisões, agressões físicas, psicológicas, sexuais e patrimoniais contra mulheres. Nessa última se-mana, quando a Lei Maria da Penha completou oito anos de vigência, a Polícia Civil divulgou que os casos de violência contra a mulher, no âmbito doméstico e familiar, são de dois a três por dia, em uma média anual.

Segundo o Delegado Adjunto da 123ª Delegacia de Polícia de Macaé, Carmelo Santalúcia, entre os casos mais comuns de crimes contra a mulher, estão: ameaça, injúria (ofensa verbal) e lesão corporal (agressão físi-ca), o que para o delegado, in-felizmente, ainda é muito fre-quente. "Apesar dessa violência ainda acontecer, nós notamos uma tendência de queda nos registros. De maio a julho, os números registram queda e fi-cou bem abaixo da média, com pouco mais de uma ocorrência por dia registrada".

Carmelo Santalúcia atribui

à queda de ocorrências, ao conhecimento maior da Lei Maria da Penha. "Apresentei esses dados de um período bem recente, mas se puxarmos o histórico um pouco maior, o número de agressões, antes da vigência da lei, era alto. Temos um trabalho cada vez mais integrado com o município, conseguimos que muitas das questões sejam resolvidas, se-jam pelo Centro de Referência à Mulher e quando é o caso da polícia intervir, o agressor co-meça a perceber que realmen-te estamos dando uma atenção para aquele caso de violência, com até registros de prisões. Vejo, atualmente, que pessoas cometem crimes e não são pre-sas, mas garanto que dos cri-mes que mais efetivam prisões, estão vinculados à Lei Maria da Penha. O Poder Judiciário tem sido muito rigoroso quanto às punições", ressaltou.

Na semana em que um de-bate sobre o oitavo aniversá-rio da Lei Maria da Penha foi realizado, o delegado adjunto da 123ª DP explicou que, nas dependências internas da uni-dade, existe o NUAM (Núcleo de Atendimento à Mulher). O

KANÁ MANHÃES

Autoridades reunidas na semana em que a Lei Maria da Penha completou oito anos. No destaque, delegado adjunto da 123ª DP

setor, de acordo com Santalú-cia, é responsável em ofere-cer todo atendimento a uma mulher vítima de violência. Ainda segundo ele, o núcleo é composto por policiais civis mulheres. Carmelo Santalúcia

destacou ainda que o trabalho do Nuam é integrado ao Cen-tro de Referência à Mulher Pérola Bichara Benjamin, lo-calizado ao lado da Delegacia de Polícia. (Leia texto nessa página sobre o Centro de Re-

ferência à Mulher)."Procuramos, sempre, quan-

do a mulher chega, à procura de atendimento e, se consta-tarmos que não seja o caso de intervenção policial, é enca-minhada ao Centro de Refe-

rência, que também quando recebe alguma mulher vítima de violência e, após orientação e constatação de uma necessi-dade da polícia entrar no caso, é conduzida à unidade policial para registro da ocorrência".

Segundo o delegado ad-junto, denúncias podem ser feitas pelos telefones (22) 2791-4083 ou 2791-4019, bas-tando que a mulher procure uma policial civil que atue no Nuam. As agressões podem também ser informadas pes-soalmente no setor.

KANÁ MANHÃES

Carmelo SantaLúcia, delegado

Procura no Centro de Referência à Mulher aumentouA procura de mulher em busca de atendimentos no Centro de Re-ferência à Mulher "Pérola Bichara Benjamin" aumentou, segundo a Subsecretária de Políticas para Mu-lheres, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social, Jane Estanislau Roriz. Apesar disso, se-gundo ela, a violência contra a mu-lher não está aumentando, mesmo com os crimes de violência contra a mulher presentes no dia a dia. De acordo com ela, o Centro de Refe-rência à Mulher está integrado em diversos espaços.

Jane destacou alguns trabalhos realizados pelo órgão em defesa da mulher. "Fizemos um trabalho nas unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). É muito comum, depois desse primei-ro contato, mulheres procurarem nosso atendimento aqui no centro em busca de orientações".

A subsecretária de Políticas para Mulheres explicou que o Centro de Referência trabalha a prevenção, antes que o ato seja consumado. "Dentro das diretrizes do Plano Na-cional de Políticas para Mulheres, temos que atuar nas ações preventi-vas e no enfrentamento da violência contra a mulher".

Ações sociais direcionadas ao combate da violência contra a mu-lher também foram realizadas em escolas do município nas duas últi-mas semanas, por meio de uma par-ceria com a Secretaria Municipal de Educação. "Se o acesso à informa-ção sobre a Lei Maria da Penha, por

exemplo, ou a outros mecanismos que evitem a prática da violência contra mulher, conhecer de fato os direitos e onde procurar, evitamos, sem dúvida, o aumento da violência no futuro. Foram ações extrema-mente positivas".

Jane Estanislau enfatizou tam-bém que mulheres, vítimas das mais diferentes formas de violência, co-mo física, psicológica, moral e patri-monial, procuram atendimentos no Centro de Referência à Mulher. "A grande maioria dos casos está ligada à violência psicológica. O Centro re-aliza um acolhimento com atuação de uma equipe técnica, composta por advogados, psicólogas e assis-tentes sociais. Em conversa e nesse acolhimento, é que vamos identifi-car diversas formas de violência so-

KANÁ MANHÃES

Flávia Jorge Luz Amorim (psicóloga) e Jane Estanislau Roriz (Subsecretária) atuam no Centro

fridas pelas mulheres. Muitas vezes, algumas mulheres nem se dão conta de que estão sendo vítimas de várias formas de violência.

Além de mulheres que sofreram algum tipo de violência, há as que nos procuram apenas buscando orientações, por exemplo, de como podem evitar ser vítimas de uma agressão".

Segundo a psicóloga do Centro de Referência à Mulher, Flávia Jorge Luz Amorim, é importante que se caso uma mulher tenha sofrido al-gum tipo de agressão, que procure primeiramente o Centro e, poste-riormente, se for o caso, a polícia para o registro da ocorrência.

Jane destacou o avanço da Lei Maria da Penha ao longo dos oito anos de vigência, já que é reconhe-

Mulher relata agressões feitas pelo ex-maridoJovem, bonita e com 27 anos de idade. Mãe de um menino de um ano e meio. Na semana em que a Lei Maria da Penha completou oito anos, a reportagem de O DE-BATE foi buscar depoimento de mulheres agredidas e que conse-guiram enfrentar o problema.

Com receio de ser identificada, a entrevistada terá o nome fictício de Patrícia Maria de Almeida. Ela, que autorizou ser fotografada de costas (como mostra a foto), rela-tou que foi agredida pelo ex-com-

panheiro quando o casamento chegou a dois anos. Ao todo, fo-ram cinco anos de convivência. "Ele me agredia na frente do meu filho. Me batia, puxava meu cabelo e me jogava contra a parede".

Patrícia contou ainda que o ex-companheiro, portando uma faca, rasgava suas roupas, bem como a de cama.

Cansada das agressões, Patrí-cia resolveu dar um basta e pro-curou ajuda. "Ele não acreditava que eu faria alguma coisa. Um dia

ele simplesmente não conversou comigo. Então, procurei o Centro de Referência à Mulher, onde fui muito bem acolhida pela equipe de profissionais. Fui aconselhada a ir na delegacia, onde registrei a queixa. Depois, fiz o exame de cor-po de delito. E o caso está sendo apurado na delegacia de polícia. Pouco tempo depois, fui chama-da e ele intimado. Passado uma semana, ele foi preso depois que a polícia descobriu uma anotação criminal dele por roubo". Ainda

segundo ela, o ex-marido está preso em Bangu, no Rio de Janei-ro. A prisão foi há duas semanas. "Espero que ele pague pelo que fez comigo. Espero também que ele não saia tão cedo".

Patrícia contou ainda que agora busca recomeçar e conquistar a independência, com um empre-go que consiga dar o sustento ao filho. "Minha luta está apenas co-meçando. E não vou desistir en-quanto não conseguir ter minha vida de volta".

KANÁ MANHÃES

cida pela ONU (Organizaçõ das Nações Unidas) como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento da violência contra as mulheres. "Antes, quando uma mulher registrava uma ocorrência de agressão podia retirar a queixa. Agora, a denúncia pode ser retira-da apenas na frente do juiz. A lei avançou muito também na medida protetiva, no caso em que o agressor não pode nem sequer se aproximar da mulher vítima de uma violência. A medida protetiva é determinada pela Justiça e o agressor tem que cumprir, senão é rigorosamente punido, até mesmo preso."

Somente no primeiro semestre desse ano, o Centro registrou 385 atendimentos. No ano passado, fo-ram 4.354.

FLAGRANTE

Policiais da P2 prendem suspeitos por roubo

Policiais militares do Servi-ço Reservado (P2) prenderam em flagrante, na tarde da última sex-ta-feira (7), dois homens suspeitos de praticar roubos na cidade.

Dupla foi encontrada no Lagomar na tarde de sexta-feira

A prisão aconteceu quando a equipe da P2 efetuava patrulha-mento e se deparou com Alex Gomes Amado, de 29 anos, e Ro-drigo da Silva Souza, de 28 anos, na rua W1. Segundo a PM, eles ocupavam uma moto Honda/NXR 150 Bros, preta. Ao perce-berem a presença dos policiais, tentaram fugir.

Com eles, os policiais encontra-ram joias de ouro, todas roubadas, entre elas, seis cordões, uma alian-ça, brinco, pingente e R$ 130 em dinheiro.

A dupla foi conduzida à 123ª De-legacia de Polícia.

Segundo a polícia, os suspeitos foram reconhecidos por, pelo me-nos, quatro vítimas de assalto.

APREENSÃO

GAT apreende 1200 buchas de maconha

Policiais militares do GAT (Grupo de Ações Táticas) I e II, do 32º BPM, apreenderam na tarde da última sexta-feira (7), por volta das 17h, 1200

Droga foi encontrada no Botafogo enterrada em um terreno baldio

buchas de maconha. O en-torpecente foi encontrado em um terreno baldio entre o Botafogo e a Linha Azul, e estava enterrado dentro de um saco plástico. Ninguém foi preso.

A droga apreendida foi apresentada na 123ª DP, onde a ocorrência foi registrada.

DIVULGAÇÃO/POLÍCIA MILITAR

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Qual é o lugar da mulher?

E no trabalho...

E para Governador e Presidente?

Mais de 7,8 mil mulheres estão concorrendo a cargos públicos nas eleições de 2014, o que re-presenta um aumento de 46,8% em relação às eleições de 2010. Mas, mesmo assim, considerada a proporção entre os gêneros, as candidatas ainda são extrema-mente minoritárias.

Isso porque as mulheres repre-sentam 52% do eleitorado. Uma maioria numérica apertada que não se reflete nas candidaturas, pois apenas 30,6% dos candidatos são mulheres.

E, tristemente, 30,6% dos can-didatos são mulheres porque em

2009 a Lei 9.504/97, que estabe-lece regras eleitorais, foi modifi-cada, passando a exigir dos parti-dos políticos uma cota mínima de 30% de mulheres nas candidatu-ras para a Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, assembléias legislativas e câmaras municipais.

Não fosse essa necessária co-ta, o número de candidatas seria significativamente menor. Ne-cessária porque onde existe pre-conceito e discriminação, ações afirmativas, como essa, são im-prescindíveis para a construção de uma sociedade cada vez mais igualitária.

A realidade que esse número revela não deveria surpreender a ninguém. Quem acompanha os es-tudos, ou pelo menos notícias, sobre relações de trabalho no Brasil, tem plena ciência do quão machista ainda é nossa sociedade.

Dados de Outubro de 2013 in-dicam que o salário dos homens é, em média, 30% maior do que o das mulheres no Brasil. Segundo a Orga-

nização Internacional do Trabalho, o Brasil ocupa a vergonhosa 117ª posi-ção, dentre os países que mais prati-cam direitos iguais entre homens e mulheres no trabalho.

Se somarmos a isso os constantes elogios à capacidade de trabalho, or-ganização, dedicação e liderança, das mulheres, e a conclusão será uma só: somos muito mais exploradas pelo capitalismo do que os homens!

Nos cargos eletivos executivos não existem cotas, isso porque a eleição é majoritária. E embora exista a cota de gênero para a com-posição das candidaturas propor-cionais, não existe a cota para o seu ingresso, o que significa, que seja na candidatura majoritária, seja na candidatura proporcional, ganham sempre os mais votados.

A desproporção entre candida-tos homens e candidatas mulhe-

res na eleição aos cargos do execu-tivo é muitíssimo mais acentuada, revelando claramente o reflexo da repressão às mulheres ainda exis-tente em nossa sociedade. Entre os atuais 169 candidatos para os governos dos estados e do Distrito Federal, apenas 17 são mulheres.

Para a chefia do Poder Executi-vo do País, a Presidência da Repú-blica, temos 11 concorrentes, mas apenas duas candidatas.

ANDREA MEIRELLES colunaquestaodejustica@gmail.com

A participação é verdadeira?

O fato é que, historicamente excluídas dos pleitos eleitorais, as mulheres ainda hoje ocupam um espaço desproporcionalmen-te inferior à sua importância na sociedade, seja no ambiente po-lítico e institucional do País, seja nas posições mando, em geral.

E mais dados advindos das can-didaturas registradas para as elei-ções desse ano são reveladores. Nos candidatos homens as duas profissões que mais aparecem

são a de Empresário e Professor, enquanto que as duas principais ocupações das candidatas são, pela ordem, Professora e Dona de Casa.

A indagação que nos remete essa constatação é se temos can-didatas efetivamente ativas, com militância e participação polí-tica, dispostas a lutar pelo bem comum, ou se foram convocadas de última hora para atender à exi-gência da cota.

IMÓVEL

Inscrições para programa Minha Casa Minha Vida II começam nesta segundaBeneficiados vão pagar pelo imóvel prestação mensal que não ultrapasse 5% da renda familiar, entre R$ 25 e R$ 80Guilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

A partir de amanhã (11), até o dia 19 de agosto, estão abertas as inscrições para

o programa Minha Casa Minha Vida II. Serão distribuídas 2.208 unidades no Bosque Azul, área definida como “Zona Especial de Interesse Social” (ZEIS).

É válido lembrar que metade dos apartamentos será direcio-nado a famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 1.600, residentes em Macaé há pelo menos três anos, que não possu-am outro imóvel e que tenham vínculo formal de emprego no município. A outra metade está destinada a famílias removidas de algumas áreas de risco, já cadastradas pela Secretaria de Habitação.

Com o objetivo de diminuir o déficit habitacional em Macaé (quase 50%), os beneficiados pa-garão pelos imóveis prestações mensais que não ultrapassem 5% da renda familiar: entre R$ 25 e R$ 80. As obras serão con-cluídas em julho de 2015.

Como fazer o cadastro

A inscrição será feita no Cen-tro de Convivência do Idoso, na Rua do Caminho, Ajuda de Bai-xo, a partir das 9h. A Secretaria de Habitação distribuirá senhas, de segunda a sexta-feira, até 16h e no sábado, até às 11h.

Para a feitura do cadastro é obrigatório levar a carteira de identidade (ou qualquer outro do-cumento oficial de identificação com o número do RG), fotos e fi-liação do titular e do cônjuge, CPF,

certidão de nascimento, casamen-to, averbação da separação/divór-cio (ou certidão de óbito), certidão de nascimento (ou identidade dos filhos). Dependentes maiores de 14 anos também precisam apre-sentar o CPF.

E o melhor de tudo: Não há consultas ao SPC ou Serasa para verificação de impedimentos de crédito. No mais, ainda são neces-sários comprovantes de endereço atualizados e de renda dos mem-

bros da família com indicação da remuneração de cada um. A renda pode ser comprovada por carteira de trabalho, contrache-que, aviso prévio para trabalhador formal, declaração de renda (in-clusive, as digitadas ou de próprio punho para trabalhadores infor-mais), extrato do INSS (em caso de recebimento de benefício) e CadÚnico, caso possua.

Quando 40% das obras estive-rem concluídas, o Banco do Bra-sil, instituição financeira respon-sável, convocará os inscritos para verificação da documentação, seguindo ao sorteio das famílias. Observando que a Secretaria da Habitação fará um relatório so-cial através de visitas domicilia-res para verificação dos dados.

SOBRE OS APARTAMENTOSOs 347 apartamentos terão

40m2, dois quartos, sala, cozi-nha, banheiro e acessibilidades aos portadores de deficiências físicas. Eles estarão agrupados em quadras com infraestrutura de esgotamento sanitário e águas pluviais; asfaltamento; calçadas; iluminação pública; escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, além de uma Uni-dade Básica de Saúde; Centro de Referência Especializado de As-sistência Social (Creas); Centro de Atividades Esportivas, Biblio-teca, Praça, Parque e Academia para idosos (tudo construído nos entornos do condomínio).

A obra será executada com recursos do Ministério da Cida-de, através do Programa Minha Casa Minha Vida II, além do Mi-nistério dos Esportes e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

MAIS INFORMAÇÕESO edital do programa está no

Portal da Prefeitura, nele, são mencionados outros documen-tos que podem ser solicitados para pontuar o candidato, prio-rizando os que se enquadrem no maior número dos critérios definidos pelo governo federal, entre os quais: famílias residen-tes em área de risco ou insalubre ou que foram desabrigadas; fa-mílias com mulher responsável pela unidade familiar; famílias com pessoas com deficiência ou idosas; famílias que residem em áreas consideradas Zona de Especial Interesse Social (Zeis), Zona de Especial Interesse Am-biental (Zeia), Setor Especial de Requalificação Urbana Ambien-tal (SRU) e Setor de Preservação Ambiental (SPA); famílias com vulnerabilidade social assistidas pela Secretaria Municipal de De-senvolvimento Social, com indi-cação do gestor dessa secretaria, e famílias com vulnerabilidade social que sejam partes em pro-cessos judiciais em tramitação na Comarca de Macaé, indicadas por juízes da comarca.

WANDERLEY GIL

Os 347 apartamentos terão 40m², dois quartos, sala, cozinha, banheiro e acessibilidade aos portadores de deficiências físicas

NOTA

Guarda Ambiental: Pássaros apreendidos são devolvidos à natureza

Não esqueçamos da violênciaEm 2005 o Governo federal

criou o “Disque 180”, um serviço prestado pela Secretaria de Políti-cas para as Mulheres da Presidên-cia da República (SPM-PR), para receber e encaminhar denúncias. Esse serviço, apenas em 2013, recebeu mais de 500.000 (meio milhão) de ligações denunciando agressões contra mulheres.

Em 81% dos casos o agressor não é um “bandido”, ou um “estu-prador”, mas alguém com quem a

vítima tem, ou teve, vínculo afe-tivo, e que em determinado mo-mento se sentiu “dono” da mulher.

A violência contra a mulher tem que ser combatida em todos os níveis. Navegam de mãos da-das com os ex-companheiros que espancam ou matam ante o fim da relação, medidas como as do Estado de São Paulo, que subme-te mulheres que visitam presidiá-rios a revistas íntimas vexatórias na frente dos filhos.

Não vote em agressoresComo em qualquer outra rela-

ção de opressão, a emancipação da mulher, além de estar ligada à própria emancipação do ser hu-mano, somente por ser levada a efeito pela própria mulher.

É antes de tudo a mulher que deve zelar para não ter filhos que reproduzam agressões e que percebam nas companheiras meros objetos. É a mulher que deve, em seu dia a dia, afirmar valores igualitários, em lugar de

se deixar “coisificar” pela mídia e pelo olhar masculino.

Parece difícil, mas pode começar de forma bem fácil. Imaginem o que acontecerá, por exemplo, se nós, que somos maioria do eleitorado, resolver-mos não votar em candidatos que tenham histórico de agres-são a mulheres!

Façamos ao menos isso, em Outubro. Não vote em quem agride mulheres!

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014 7

FAFIMA

Emoção marca os 40 anos da Fa�ma Festa realizada na noite de sexta-feira reuniu alunos, ex-alunos, ex-professores, pessoas e profissionais que fazem parte da história da instituição Juliane Reis juliane@odebateon.com.br

Um evento marcado por emoções e reencontros. Assim foi a festa de co-

memoração dos 40 anos da Fa-culdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé (Fafima) rea-lizada na noite da última sexta-feira. “Foi uma festa que ficará não só na história da Fafima, mas na memória de todos que participaram. Foi um grande encontro e reencontro de alu-nos e ex-alunos, ex-professores, ex-diretores, de pessoas que são e fazem parte da história da Fa-culdade. Tivemos a presença de alunos de cada turma, entre eles as duas oradoras da primeira turma dos cursos de Letras e de Pedagogia, Tânia Jardim e Ma-rilena Garcia. Foram momen-tos de muitas emoções” , disse o atual diretor da instituição Luiz Gasparelli.

A mesa solene foi composta por Tânia Jardim, Marilena Garcia, o diretor da instituição Luiz Gasparelli, a diretora da Fundação Educacional Luiz Reid, Elizabeth Franco de Aze-vedo Ramos, Maria Eni que chegou a representar o MEC na ocasião, além do presidente do Diretório Acadêmico, Marcos.

Também participaram do evento representantes do po-der Legislativo, entre eles o ve-reador Marcel Silvano (PT) que fez a entrega de uma placa de homenagem à instituição. “Foi uma honraria dada pelo poder Legislativo em nome dos verea-dores Maxwell Vaz, Guto Garcia e Marcel Silvano, presentes ao evento. Como disse anterior-mente, a festa foi muito emo-cionante”, ressaltou Luiz.

A instituição completou em julho deste ano quarenta anos, formando e encaminhando profissionais para o mercado de trabalho, em especial no setor da Educação. Mas as comemo-rações em prol da data come-çaram em junho e seguem até o final deste semestre.

De acordo com dados institu-cionais, a Fafima é caracterizada como uma instituição mantida pela Fundação Educacional Luiz Reid, e que começou a funcionar em 1974. Assim é a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé (Fafima) que foi reconhecida pelo Decreto Federal nº 81.904, de 10 de ju-lho de 1978 (publicado no D.O.U. de 11/07/1978) com a missão de produzir e transmitir conhe-cimentos, atuando no campo educacional e científico, em to-dos os seus níveis, tornando-os acessíveis à comunidade, e con-tribuindo principalmente para o desenvolvimento da região.

Ela é conhecida ainda como uma instituição que exerce suas atividades de Ensino Superior, Pesquisa e Extensão na cidade, e que ao longo dessas quatro décadas vem se firmando como uma das principais responsáveis pela preparação de educadores, professores e demais profissio-nais atuantes em diversas áreas, principalmente nos primeiros cursos oferecidos pela institui-ção, o de Letras e Pedagogia, ou

seja cursos voltados para a for-mação de docentes. Neste sen-tido, seus objetivos estão direta-mente vinculados às temáticas educacionais, entendendo-se a educação como um processo libertador do homem voltado para o diálogo, contrapondo-se à educação bancária.

Ao usarem da palavra, Maria Eni, Tania Jardim, Marilena Garcia, Marcos, Luiz Gasparelli e, no final, Elizabeth de Azeve-do Ramos, ressaltaram a abne-gação das pessoas e o respeito à instituição. O líder político,

FOTOS WANDERLEY GIL

Evento reuniu diversas pessoas, profissionais que já passaram pela instituição e ajudaram a construir sua história

ex-prefeito e depois deputado estadual Claudio Moacyr, como presidente da Fundação Edu-cacional Luiz Reid, foi exaltado por ter durante quase toda sua vida dedicado integral atenção especial. A cada discurso, a emo-ção, o reencontro, os abraços, as lembranças de um passado que não existe, como frisou o Diretor Luiz Gasparelli.

Após o ato solene, e apre-sentação de bandas musicais, os convidados presentes par-ticiparam do coquetel de con-fraternização.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Geral NOTA

Rede municipal realiza projeto Feira de Ciências a partir desta segunda

ALIMENTAÇÃO INFANTIL

UFRJ e Catan divulgam dados de pesquisa realizada em Macaé Estudos tiveram como base a situação do aleitamento materno em lactantes assistidos na atenção básica de saúde da cidade Juliane Reis Juliane@odebateon.com.br

No mês em que diversas instituições, município e estado trabalham a

importância do Aleitamento Materno, a Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloí-sio Teixeira e a Coordenadoria da Área Técnica de Alimentação e Nutrição (Catan) divulgam dados de pesquisas realizadas por nutricionistas da Catan em parceria com grupo de exten-são e pesquisa em aleitamento materno da universidade na cidade.

A pesquisa denominada “Aná-lise da tendência da prática de aleitamento materno exclusi-vo em lactantes menores de 4 meses assistidos na Atenção Básica de Macaé” foi realizada pela nutricionista Michelle Es-cobar, nutricionista da Catan/Semusa Macaé, sanitarista, especializada em nutrição ma-terno infantil (Uerj) e mestre em planejamento e gestão de serviços e sistemas de saúde (Ensp/ Fiocruz), em parceria com as nutricionistas Carine Santos Tavares de Lima e Ca-rolina da Costa Pires, da Coor-denadoria da Área Técnica de Alimentação e Nutrição - Catan, e o grupo de pesquisa em aleita-mento materno e alimentação complementar, coordenado pelas professoras Jane Capelli e Camilla Medeiros, do curso de Nutrição da UFRJ - Macaé Professor Aloísio Teixeira.

A iniciativa teve como objeti-vo analisar a tendência da práti-ca de aleitamento materno ex-

clusivo em menores de 4 meses assistidos em 30 Unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e 1 unidade do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), entre janeiro de 2007 e dezembro de 2013.

“Os dados foram coletados no sistema de informação DA-TASUS/SIA. O estudo revelou que a média de aleitamento materno em 2007 foi de 72%; 70%, em 2008; 73%, em 2009; 72%, em 2010; 69%, em 2011; 72%, em 2012; 77%, em 2013. Os dados revelaram uma ten-dência ascendente da prática do aleitamento materno exclusivo, o que é muito positivo”, pontua Jane Capelli.

“O esforços da Catan no in-centivo e promoção da prática do aleitamento materno estão favorecendo, dando certo, diz Michelle Escobar. Contudo, a profissional reforça, que é im-portante dar continuidade às políticas públicas e programas voltados ao incentivo à prática do aleitamento materno, visan-do proporcionar um crescimen-to e desenvolvimento adequa-do aos recém-nascidos, o que irá, por conseguinte, favorecer à saúde deles ao longo da vida. O ideal é que o município em curto a médio prazo alcance a meta de 100% desta prática na população.

Outra pesquisa, fruto da par-ceria é a “Prevalência de aleita-mento materno exclusivo e mis-to na Atenção Básica de Macaé, em 2013”, que foi realizada pela bolsista de extensão do Progra-ma Institucional de Extensão da UFRJ (PIBEX - UFRJ), Karine Sarti Pires, graduanda do 9º

período do curso de Nutrição do Campus UFRJ Macaé, sob a orientação das professoras Jane Capelli e Camilla Medeiros, em parceria com a nutricionista e gestora Carine Lima, e as nu-tricionistas Michelle Escobar e Carolina da Costa Pires da Catan/Semusa Macaé. E teve como finalidade descrever a prevalência de aleitamento ma-terno exclusivo (AME) e aleita-mento materno misto (AMM) em crianças (<4 meses) assisti-das nas Estratégias de Saúde da Família do município de Macaé - Rio de Janeiro, no período en-tre janeiro e dezembro de 2013, utilizando a base de dados do DATASUS/SIAB.

A Professora Camilla Medei-ros explica que o AME é quan-do a criança recebe apenas o leite materno como alimento, sem água, nem chás e AMM é quando, além do leite materno, a criança também recebe outros líquidos - água, chás e outros leites, que podem ser fórmulas infantis especiais ou leite de

vaca fluido ou em pó. “O ideal é sempre o AME”, enfatizou a docente.

A estudante Karine Sarti ana-lisou os dados de 3.752 crianças < 4 meses. De acordo com a fi-gura 1, pode-se observar que no mês de janeiro (n=295), as prevalências de AME e AMM foram de 73,9% e 24,4%, res-pectivamente. Em feverei-ro (n=282), de 72% e 24,8%, respectivamente. Em março (n=279), de 73,5% e 26,5%, res-pectivamente. Em abril (n=291), de 73,2% e 24,7%, respectiva-mente. Em maio (n=334), de 77,2% e 22,5%, respectivamen-te. Em junho (n=358), de 77,1% e 20,4%, respectivamente. Em ju-lho (n=363), de 76,3% e 22,6%, respectivamente. Em agosto (n=333), de 72,7% e 26,4%, respectivamente. Em setem-bro (n=285), de 73,0% e 26,3%, respectivamente. Em outubro (n=309), de 76,1% e 23%, res-pectivamente. Em novembro (n=276), de 88,6% e 9,8%, res-pectivamente. Em dezembro

(n=275), as prevalências de AME e AMM foram de 87% e 10,7%, respectivamente.

De acordo com a estudante/ bolsista Karine Sarti, a práti-ca do AME ao longo do ano de 2013, apresentou um aumento de 16,6 pontos percentuais en-tre os meses de menor adesão (fevereiro/2013 - 72,0%) e o mês de maior adesão (novem-bro/2013 - 88,6%), alcançando índices em torno de 70%, con-tudo a meta desejada é de 100%.

“Vale ressaltar que o municí-pio de Macaé tem incentivado a prática do aleitamento materno exclusivo, como por exemplo, a Semana Nacional do Aleita-mento Materno, que anualmen-te acontece na cidade para levar à população esclarecimentos e conhecimentos sobre o tema. Por isso, é fundamental dar continuidade ao incentivo do aleitamento materno exclusivo para que os indicadores alcan-cem patamares elevados”, disse a nutricionista Carine Lima. Ela ainda ressalta que a pesquisa da

bolsista Karine Sarti mostra a importância desta ação no mu-nicípio, já que a prevalência da AME aumentou visivelmente em 2013 nos meses que se se-guiram às atividades da Sema-na Nacional do Aleitamento Materno, chegando à quase 89% em novembro de 2013.

Com base nos dados, os auto-res concluem que a prática do AME ao longo do ano de 2013 alcançou índices muito favorá-veis, mas da mesma forma que a primeira pesquisa, é de funda-mental importância que se con-tinue incentivando a prática do aleitamento materno na popu-lação, para que os indicadores alcancem patamares desejáveis pelo Ministério da Saúde.

“O aleitamento materno está relacionado com a redução da mortalidade infantil e doenças comuns na infância, ajuda na prevenção da obesidade, entre outras doenças, em todas as ida-des além de fortalecer o vínculo mãe e filho”, comenta a profes-sora Jane Capelli

Nesta segunda comemora-se o Dia do Estudante

DATA

A cidade, além de ser conhecida como a Capital do Petróleo tem como meta se tornar também a Capital do Ensino

o dia do Estudante é conside-rado um dia ideal para a reflexão sobre a importância da educação gratuita e de qualidade desde a primeira fase - infantil aos níveis superiores, pois os estudantes de hoje serão os profissionais do futuro. A data é comemorada nesta segunda-feira, 11 de agos-to. Em Macaé, de acordo com a Prefeitura, a rede municipal con-ta com 36.396 alunos matricula-dos distribuídos em 103 unida-des de ensino. Na rede estadual são 8.083 alunos em 11 unidades.

E a Cidade Universitária que comporta a Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Alo-ísio Teixeira, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Faculdade Municipal Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FEmass) conta com quatro mil alunos matriculados.

O município tem ainda ou-tras instituições públicas como Instituto Federal Fluminense (IFF) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e unidades particulares como Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé (Fafima), Fa-culdade Salesiana Maria Auxi-liadora (FSMA), Estácio de Sá, Unigranrio, entre outras. Dados que mostram a expansão do en-

sino superior na cidade, levan-do em consideração que há 40 anos o município ganhava sua primeira IES e hoje quem busca a inserção na educação superior no município conta com várias opções de cursos que vão desde a área de ciências humanas à área de exatas.

Para o presidente da Funda-ção Educacional de Macaé (Fu-nemac), Gleison Guimarães, o conhecimento avança no seu significado quando existe contri-buição na formação de pessoas. “É primordial que essa prática educativa-crítica se reformule na cooperação, na pedagogia da autonomia, na educação dialógi-ca, democrática e comprometida com a vida do outro. E com uma grande proposição: promover justiça social , qualidade de vida e desenvolvimento sustentável para todos nós", declarou Glei-

son, referindo-se a missão da instituição no processo de ensi-no superior do município.

E com relação a educação bá-sica na cidade, questionado so-bre como ele vê a educação em Macaé e o que acha que precisa melhorar, o parlamentar Guto Garcia, que já foi secretário de Educação fala da necessidade de construir novas unidades. “Temos que construir várias es-colas padronizadas, tipo CIEP. Todos os professores têm que ter o modelo que é feito nas uni-versidades. Todos os professores são 40 horas e terão o tempo de pesquisa, aula, tirar dúvidas do aluno. Atender a comunidade. Ou seja, são dois pontos impor-tantes: parte física com a cons-trução de escolas padronizadas e a parte lógica que é o professor 40 horas de Dedicação Exclusi-va (DE). Só vão podendo dar aula

em Macaé. Mas vão ter os salá-rios multiplicados. Terá um bom aumento”, ressalta o vereador.

Já a secretária de Educação, Lúcia Thomaz, destacou que a formação continuada é uma das prioridades da rede municipal. “Com a participação em cursos de qualificação a qualidade do ensino fica reforçada”, analisou.

De acordo com dados histó-ricos, na mesma data em que se comemora o Dia do Estudante (11 de agosto), foram instituídos os dois primeiros cursos de ciên-cias jurídicas e sociais do Brasil, por Dom Pedro I, no século XIX. A data foi indicada para ser co-memorada como o Dia do Estu-dante, em 1927, por Celso Gand Ley, 100 anos após a criação dos cursos mencionados acima. Vá-rios presidentes do país, artistas e escritores se formaram nesses cursos.

WANDERLEY GIL

Há 40 anos Macaé contava com apenas uma IES e atualmente os acadêmicos contam com um leque de opções

SEGUNDO SEMESTRE

UFRJ Macaé dá boas-vindas aos calouros nesta segunda

a universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira vai dar as boas- vindas aos calou-ros do segundo semestre. A sole-nidade está marcada para as 14h, no Auditório Cláudio Ulpiano, na Cidade Universitária. A recepção contará com a presença da Dire-tora do Campus UFRJ-Macaé, Prof. Arlene Gaspar.

Na ocasião, os futuros acadê-micos e demais membros do corpo social da Universidade terão a oportunidade de ouvir palestras e apresentações so-bre a estrutura e organização do Campus, além de temas im-portantes na vida acadêmica,

Evento está marcado para as 14h no Auditório Cláudio Ulpiano, na Cidade Universitária

como a assisitência estudantil, a ouvidoria, entre outros.

De acordo com a programa-ção, às 14h haverá a Recepção aos Calouros pelo Corpo Dire-tivo do Campus UFRJ-Macaé, em seguida, às 14h30 terá a pa-lestra da Ouvidoria da UFRJ, às 15h a palestra da Superinten-dência Estudantil da UFRJ, às 15h30 será a vez da Secretaria Acadêmica do Campus UFRJ-Macaé e para encerrar, às 16h, o tema SIGA: Dicas, O que é? Para que serve?

A UFRJ é uma faculdade pú-blica federal, sediada na Cidade Universitária, na Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Gran-ja dos Cavaleiros. E tem como missão alicerçar no norte flumi-nense o ensino, a pesquisa e a ex-tensão, considerados pilares que sustentam a universidade, favo-recendo, na região, uma forma-ção universitária de qualidade.

KANÁ MANHÃES

A recepção contará com a presença da Diretora do Campus UFRJ-Macaé, Prof. Arlene Gaspar

DIVULGAÇÃO

As professoras coordenadoras da pesquisa Jane Capelli e Camilla Medeiros, e aluna bolsista Karine Sarti

DIVULGAÇÃO

A nutricionista da Catan Michelle Escobar

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014 9

BAIRROS EM DEBATE BarramaresObras de infraestrutura pretendem melhorar a vida dos moradores do BarramaresSegundo a prefeitura, as ações, que incluem rede de esgoto e pavimentação, estão 90% concluídasMarianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

Impulsionado pela econo-mia do petróleo, a questão da moradia é um dos pon-

tos que mais pesam no bolso na hora de escolher um lu-gar para se viver em Macaé. Com o alto valor dos imóveis, muita gente tem optado pelas áreas periféricas para morar. Uma delas é o Barramares, bairro fundado há 13 anos em uma região próxima ao Parque de Exposições e ao Centro de Convenções de Macaé.

Mas assim como acontece em muitos lugares no muni-cípio, o crescimento nos últi-mos anos veio acompanhado da falta de infraestrutura. Com isso, é comum ouvir re-clamações da população, que cobra das autoridades uma medida.

Assim vem sendo com o Barramares ao longo de uma

KANÁ MANHÃES

A obra de urbanização do Barramares está orçada em R$ 5.310,922,22

Obras melhoram problemas de alagamentos As obras de urbanização no bairro vão contemplar as ru-as com rede de esgoto e águas pluviais e também com a pa-vimentação. Dessa maneira, a população espera que uma das reclamações que lideram a lista, que são os alagamentos, acabe com as melhorias que estão sen-do feitas.

De acordo com Cidinha, en-quanto o asfalto não chega, al-gumas medidas emergenciais têm ajudado a amenizar os impactos causados pela chuva. “As ruas estão melhorando, pois a prefeitura tem colocado solo brita, o que tem reduzido os bu-racos. Na Rua Raul Seixas, por exemplo, eles já fizeram a rede de saneamento, agora falta as-faltar. Ela antes alagava e agora está melhor. A única reclama-ção é na Rua Elis Regina, que

Sem praça, crianças brincam pelas ruas do bairroDas cercas de duas mil pes-soas que moram no Barrama-res, metade delas são crianças. É comum encontrá-las brin-cando pelas ruas do bairro, já que área de lazer não existe ali.

A praça do bairro continua sendo um sonho não realizado. Sem um local adequado para a

CCZ pede que moradores entrem em contato para solicitar atendimento

ainda não foi contemplada com os serviços”, frisa.

A obra de urbanização do Barramares está orçada em R$ 5.310,922,22 e é de responsabi-

Prefeitura diz que Rua Elis Regina será contemplada em breve com a pavimentação

Mosquitos e ratos geram reclamaçõesAssim como tem sido pre-senciado em toda cidade, os ratos e os mosquitos também não estão deixando os mora-dores do Barramares em paz. Segundo eles, a zoonose é ainda um dos problemas que não foram resolvidos.

Essa região sofre com uma grande incidência da espécie de mosquito culex (Culex quinquefasciatus). Esse tipo de inseto aparece com mais frequência em áreas onde há água, já que seu criadou-ro preferencial é compos-to de depósitos artificiais, principalmente locais onde

existem água com matéria orgânica em decomposição e detritos, apresentando as-pecto sujo e mau cheiro, sem-pre próximo às habitações humanas.

O surgimento do mosqui-to também pode ser atribuí-do aos matos e entulhos que tomam os terrenos baldios. É por isso que a colaboração da população também é fun-damental. É dever dela evitar o descarte irregular, já que o lixo e os entulhos podem conter objetos que acumu-lam água, virando criadou-ros. Além do Culex, também

existe a preocupação com a dengue, uma vez que se tor-nam ambientes favoráveis para o Aedes aegypti.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informou que o morador deverá entrar em contato para fornecer o endereço correto onde existe a presença de roedores, bem como dos mosquitos, pelo te-lefone (22) 99858-0726 (pro-visório) ou se preferir poderá comparecer à sede do CCZ, que está localizada na Rua Augusto de Carvalho, 101, Imbetiba, próximo ao Forte Marechal Hermes.

a prefeitura, isso foi decor-rente das chuvas que atin-giram o município no final de 2013.

“Os serviços estão sendo feitos, só que em passo de tartaruga. Tem dias que vo-cê anda pelas ruas do bairro e vê dois caras trabalhando enquanto os outros ficam sentados só olhando. De acordo com o prazo dado, já era para terem terminado tudo. Um ano se passou e eles não acabam isso. Dá até tristeza. Mas pelo menos as obras estão acontecendo. Esperamos que sejam con-cluídas o quanto antes”, frisa a vice-presidente da Associação de Moradores, Conceição Aparecida Fraga, também conhecida como Cidinha.

Segundo a prefeitura, as obras de urbanização do bairro estão 90% concluídas e atualmente estão na fase de pavimentação das ruas.

década. Somente em um perí-odo de um ano, a nossa equi-pe esteve visitando o bairro diversas vezes. A última delas aconteceu em janeiro.

Essa semana, o Bairros em Debate volta ao local que, depois de anos cobrando melhorias, está finalmente recebendo uma atenção do poder público. Dessa vez, a nossa equipe foi ver de perto o andamento das obras de in-fraestrutura do bairro e saber o que precisa ainda ser feito.

Conversando com alguns moradores, eles ressaltaram que aprovam as obras no bairro, porém questionam o andamento delas. A placa na entrada do bairro diz que a previsão de conclusão é de seis meses, porém não infor-ma a data de início e nem de término.

Elas começaram no iní-cio do segundo semestre do ano passado, sendo que so-freram um atraso. Segundo

prática de atividades de lazer, no Barramares as crianças e jovens improvisam as brinca-deiras no meio da rua.

O que deixa a população in-dignada é que o espaço para isso já existe, assim como o projeto, porém até hoje ele não saiu do papel. Atualmen-

te o terreno conta apenas com um campo de futebol improvisado.

Segundo a prefeitura, estão programadas para a localida-de, depois que as obras de in-fraestrutura forem concluídas, áreas de lazer, praças, parques infantis e quadras esportivas.

lidade da secretaria de Obras Públicas. Em abril, a prefeitura informou em sua página oficial na internet que mais de 80% das ações de drenagem de águas

pluviais já estavam concluídas. Ela também frisou na época que seguia com a instalação das re-des de esgoto, que estavam com mais de 30% já instaladas. As

manilhas da rede pluvial va-riam de 800 a 600 milímetros e na rede de esgoto estão sendo instalados canos de PVC de 150 milímetros.

Procurada para saber em re-lação a Rua Elis Regina, a pre-feitura informou que a via está dentro do cronograma e deverá ser contemplada em breve.

Única opção de lazer do bairro é um campo situado em um terreno

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014

HOMENAGEM

FLIM 2014 homenageia Ferreira GullarO poeta e escritor maranhense fará palestra na Festa Literária de Santa Maria Madalena, de 22 a 24 de agosto

Martinho Santafé

A programação da Festa Literária de Santa Maria Madalena - FLIM 2014 -

terá mais de 70 atrações artís-ticas e culturais no belo centro histórico da cidade serrana flu-minense. O evento acontecerá nos dias 22, 23 e 24 de agosto e as atrações são todas gratuitas, incluindo shows de música, circo, palestras, exposições e lançamentos de livros para pú-blicos de todas as idades.

Iniciativa da sociedade orga-nizada madalenense, que con-tou desde o início com o apoio do poder público, a FLIM já en-trou no mapa da cultura do esta-do do Rio de Janeiro e tornou-se referência nas regiões Serrana e dos Lagos, atraindo a cada ano mais visitantes e produtores de arte e cultura de todo o estado. Além disso, está ampliando as opções para o turismo no mu-nicípio, gerando empregos e renda. Os turists podem des-frutar a tranqüilidade, o clima ameno e a arquitetura do cen-tro histórico de Santa Maria Madalena e hospedar-se em aconchegantes pousadas nas imediações do centro históri-co ou mais distantes.

Ferreira Gullar, o escritor homenageado da FLIM 2014,

KANÁ MANHÃES

Gullar trabalhado nas escolasAs 19 escolas de Santa Maria Madalena estão trabalhando a obra de Ferreira Gullar em sa-la de aula, para apresentar na FLIM. Tem criança na creche ensaiando uma dramatização de "O trenzinho caipira", parte da Bachiana # 2 de Villa-Lobos, para a qual Gullar criou letra. Em outras escolas, a molecada está mergulhando nos poemas e colagens de Gullar dedicados aos animais. É o caso das esco-

las Yolanda Marques Barreto, de Vila Sampaio; Inah Jacy, de Dr. Loretti; Mendo Sampaio, de Triunfo; e Agulha dos Leais, de Santo Antonio do Imbé, todas na zona rural.

Já a Escola Barão de Santa Maria Madalena, a única do ensino médio na cidade, vai ex-plorar o lado artista e crítico de arte de Gullar. Está estudando a obra do nosso homenageado para estabelecer um diálogo

com o trabalho do nosso artista local Willian Reigoto, o Mano. Uma coisa com certeza Gullar e Mano têm em comum: a multi-plicidade de interesses e a sen-sibilidade!

O Ciep vai mostrar, entre muitas outras coisas, o boi bum-bá da terra natal do homenagea-do da FLIM. O Maranhão tam-bém inspira coreografias que os alunos da Escola Geraldo Lima Garcia vão apresentar.

Magia do circo e naturezaO Circo de LaCosta é o pri-meiro circo ambiental do Bra-sil. Alia o encanto das artes circenses à conscientização ambiental de crianças e adultos. O grupo da cidade de Itaboraí, que foi um dos ganhadores do Prêmio de Cultura do Gover-no do Estado do Rio de Janeiro no período 2013/14, vai trazer para a Festa Literária de Santa Maria Madalena o espetáculo La Buska. Acrobacias, dança e muita palhaçada aguardam o

público no dia 23 de agosto, às 14h, na Grande Tenda da Praça Frouthé.

O universo da obra-prima de Guimarães Rosa, Grande Ser-tão: Veredas, é o tema da confe-rência-espetáculo que Wander Lourenço e Amarildo Silva vão apresentar na FLIM 2014. Pro-fessor de Literatura em cursos de graduação e pós-graduação, Wander fez seu doutorado jus-tamente com uma tese sobre a obra roseana, na qual esmiuça a

história guerreira de Diadorim e Riobaldo e seu amor impossível.

O músico Amarildo Silva, um dos criadores do grupo Camba-da Mineira, há 10 anos pesquisa a literatura do escritor mineiro, num trabalho que já rendeu vá-rios shows e o CD "Virgem ser-tão roseano". A apresentação de Wander e Amarildo na FLIM, na noite de sábado 23, prome-te estabelecer um diálogo entre o conhecimento acadêmico e o fazer artístico.

é um homem múltiplo. Pas-seia por diferentes formatos e linguagens com desenvoltura. Celebrado como um dos prin-cipais poetas brasileiros vivos, também é autor de livros in-fantojuvenis, roteirista de TV, colunista de jornal, dramatur-go, tradutor, ensaísta, contista e crítico de artes plásticas.

Sua obra se espalha por mais de 40 livros publicados. O mais festejado pela crítica talvez seja o Poema Sujo, longo poema es-crito em 1976, numa linguagem que às vezes comove pelo liris-mo, às vezes choca pela crueza quase obscena - mas é sempre emocionante e reveladora pela força de sua humanidade.

Nascido em São Luiz do Ma-ranhão em 10/09/1930, José Ribamar Ferreira (o Gullar foi adotado aos 18 anos e é forma aportuguesada de Goulart, so-brenome materno) é um mestre das palavras. Usa-as para falar da beleza e das dores humanas, para criticar as injustiças da vi-da social, para discutir a função da arte, para entreter, fazer rir e fazer pensar.

Os homenageados das edições anteriores foram os seguintes: 2010 - Escritores locais; 2011 - Maria Clara Machado; 2012 - Clarice Lispector; 2013 - Mário Quintana.Ferreira Gullar, o escritor homenageado da FLIM 2014, é um homem múltiplo

FOGUETE

PROGRAMAÇÃO DA FLIM 2014Sexta-feira 22 de agosto

● 19H (1) Abertura - Homenagem a Ferreira Gullar, com apresentação do Coral Madalenense e apresentação de poemas do homenageado, por alunos do Ciep 273 - Casa da Cultura ● 21H (2) Sarau - Pizzaria Varanda da Serra

Sábado - 23 de agosto ● 9H às 9h30 (3) O trenzinho caipira - Musical: adaptação da obra de Heitor Villa-Lobos e Ferreira Gullar pelos alunos da Creche Luiz Antonio Rocha de Carvalho ● CASA da Criança 10h às 11h (4) Lançamento de livros - “2112... É o fim!”, “A outra face das fotos” e "Rio Só de Amores", de Guina Ramos ● STUDIO Corpo e Forma ● 10H às 12h (5) Recorte e Cole - Oficina de colagens com educadores do PED/Inea ● JARDIM da Colônia de Férias; (6) Natureza em aquarela - Oficina de pintura em aquarela com educadores do Horto Santos Lima - Telecentro Comunitário ● (7) Imaginação de criança - Exibição de trabalhos da escola municipal Coronel Mendo Sampaio, do distrito de Doutor Loretti, sobre a obra de Ferreira Gullar - Praça Frouthé ● (8) Os animais na poesia de Gullar - Exibição de trabalhos da escola municipal Yolanda Marques Barreto, da localidade de Vila Sampaio - ● PRAÇA Frouthé 10h às 13h (9) As formas do lixo - Trabalhos da creche municipal Inah Jacy de Paula Peixoto (distrito de Triunfo), inspirados em “Bichos do Lixo”, de Ferreira Gullar - Praça Frouthé ● 10H às 14h (10) Contação de histórias e coreografia - Apresentação de trabalhos da escola municipal Prof. Geraldo Lima Garcia - Sede da Euterpe Madalenense ● (11) Reciclar com Gullar - Exibição de trabalhos dos alunos da escola municipal Agulha dos Leais, do distrito de Santo Antonio do Imbé - Praça Frouthé ● 10H às 15h (12) O artista local - Oficinas e exposição de artes e artesanato; exibição de artes cênicas - Praça Coronel Braz ● 10H às 16h (13) A arte do encontro: Willian Reigoto e Ferreira Gullar - Exposição de obras do artista plástico Willian Reigoto e de estudantes da Escola Estadual Barão de Madalena - Varandão do Barão ● (14) Arte na Madeira - Oficina de artes em madeira com alunos e professores da Escola de Marcenaria Otto Schwey - Praça Coronel Braz ● 10H às 17h (15) O poeta na escola - Vida e obra de Ferreira Gullar em exposição, dramatizações e danças do Maranhão, por alunos do Ciep 273 - Casarão da Rua Barão, 70 ● 10H às 18h (16) Projeto Livro Livre - Distribuição gratuita de livros novos e usados para todas as idades - Praça Frouthé - Tenda da Biblioteca Juvenil do Dezessete ● (17) Tenda dos Autores - Espaço livre para venda direta de livros e interação com os autores - Praça Frouthé ● (18) Sabor e Saber - Livraria - Praça Frouthé ● (19) Largo das Letras - Livraria - Praça Frouthé ● (20) NitPress - Editora especializada em cultura fluminense - Praça Frouthé ● (21) Poeme-se - Camisetas literárias e objetos com design inspirado em poemas e poetas - Praça Frouthé ● (22) Pássaros e a Vila dos Sonhos - com João Batista de Freitas. Exposição de arte e venda do livro “Campo de São Bento - Refúgio de Pássaros Livres”, em benefício da Apae - Salão da Colônia de Férias ● (23) Educando com artes sustentáveis - Exposição, oficinas e minicursos com educadores ambientais do Inea - Jardim da Colônia de Férias

● (24) Figuras, figurinhas, figuraças, figurões - Exposição interativa: famosos do século XX retratados pelo fotojornalista Guina Ramos - Studio Corpo e Forma ● (25) Liberati e os escritores - Exposição de caricaturas do cartunista e ilustrador Bruno Liberati - Casa Verde ● (26) Zoologia Bizarra - Exposição de colagens de Ferreira Gullar - Casa Verde ● 11H às 12h (27) Lançamento de livro - “O Cisne e o Aviador”, de Heliete Vaitsman, e bate-papo com a autora sobre Ficção e História - Studio Corpo e Forma ● 11H às 23h (28) A arte do cordel - Exposição de capas de folhetos de cordel - Restaurante Massa di Casa ● 13H às 14h (29) Maravilhas da Cultura Negra - Palestra ilustrada com histórias da literatura africana, por Angela Ramos - Casa Verde ● 13H às 18h (30) Contando e dramatizando histórias - Recreação em torno de livros infantis, com Neuza Feijó. - Praça Frouthé ● 14H às 15h (31) Circo - Apresentação do Circo de La Costa, com o espetáculo La Buska - Praça Frouthé ● 14H às 16h (32) Poucas Linhas - Como fazer microcontos por SMS, Twitter e outras mídias sociais. Oficina com Rick Azevedo da Cunha. Os participantes devem trazer seus celulares. - Telecentro Comunitário ● 15H às 16h (33) Eletropoesia - Mostra de vídeos com leitura de poemas, por Marcus Veras e Elias Fajardo - Casa Verde ● 15H às 16h30 (34) Maravilhas da Cultura Negra - Jongo de Quissamã - Rua Barão de Madalena ● 16H às 17h (35) Lançamento de livro - "Bolsa de Mulher", com palestra da autora, a psicanalista Keli Arruda, sobre saúde emocional feminina e qualidade de vida - Senhor Café ● (36) Lançamento de livro - "Qualquer maneira de amar", de Marcus Veras, e “Belo como um abismo”, de Elias Fajardo. Bate-papo e venda de outros livros dos dois autores - Casa Verde ● 17H às 19h (37) Ferreira Gullar - Palestra do homenageado da FLIM, seguida de comentários de Eurídice Hespanhol e Wander Lourenço e bate-papo com a plateia. Salão da Câmara Municipal ● A partir de 19h (38) Exposição - Telas de Martinho Santafé - Pizzaria Varanda da Serra ● 20H (39) Grande Sertão Gerais - Conferência-espetáculo sobre "Grande Sertão Veredas", de Guimarães Rosa, com o prof. Wander Lourenço e o músico Amarildo Silva - Salão da Câmara Municipal ● 21H (40) Música - Grupo Tocando em Frente: MPB instrumental com oito violões - Pizzaria Varanda da Serra ● 23H (41) Céu na Terra: Brasileirando - Grande show popular, com forró, frevo, samba, maracatu e muito carnaval - Palco na Praça Frouthé

Domingo - 24 de agosto ● 10H às 11h (42) De Paraty para a FLIM - Bate-papo com Ovídio Poli Junior, autor de "O cavalo probo" e "A rebelião dos peixes", curador da Off Flip das Letras e editor do Selo Off Flip, de Paraty - Casa Verde ● 10H às 11h30 (43) Oficina ecoliterária - "Tia Cotia e o pomar de mirtáceas", de Fabiana Figueira Corrêa. Contação, com fantoches e jogos, da história do desaparecimento de frutíferas nativas como araçá, uvaia e cabeludinha - Jardim da Colônia de Férias ● 10H às 14h (44) Poeme-se - Camisetas e objetos com design inspirado em poemas e poetas - Praça Frouthé ● 10H às 15h (45) O artista local - Oficinas e exposição de artes e artesanato; exibição de artes cênicas - Praça Coronel Braz ● 10H às 16h (46) Contação de histórias e coreografia - Apresentação de trabalhos da escola municipal Prof. Geraldo Lima Garcia - Sede da Euterpe Madalenense ● (47) A arte do encontro: Willian Reigoto e Ferreira Gullar - Exposição de obras do artista plástico Willian Reigoto e de estudantes da Escola Estadual Barão de

Madalena - Varandão do Barão ● (48) Arte na Madeira - Oficina de artes em madeira com alunos e professores da Escola de Marcenaria Otto Schwey - Praça Coronel Braz ● (49) Figuras, figurinhas, figuraças, figurões - Exposição interativa: famosos do século XX retratados pelo fotojornalista Guina Ramos - Studio Corpo e Forma ● (50) Educando com artes sustentáveis - Exposição, oficinas e minicursos com educadores ambientais do Inea - Jardim da Colônia de Férias ● (51) O poeta na escola - Vida e obra de Ferreira Gullar em exposição, dramatizações e danças do Maranhão, por alunos do Ciep 273 - Casarão da Rua Barão, 70 ● 10H às 17h (52) Projeto Livro Livre - Distribuição gratuita de livros novos e usados para todas as idades - Praça Frouthé - Tenda da Biblioteca Juvenil do Dezessete ● 10H às 18h (53) Tenda dos Autores - Espaço livre para venda direta de livros e interação com os autores - Praça Frouthé ● (54) Sabor e Saber - Livraria - Praça Frouthé ● (55) Largo das Letras - Livraria - Praça Frouthé ● (56) NitPress - Editora especializada em cultura fluminense - Praça Frouthé ● (57) Pássaros e a Vila dos Sonhos - com João Batista de Freitas. Exposição de arte e venda do livro “Campo de São Bento - Refúgio de Pássaros Livres”, em benefício da Apae - Salão da Colônia de Férias ● (58) Liberati e os escritores - Exposição de caricaturas do cartunista e ilustrador Bruno Liberati - Casa Verde ● (59) Zoologia Bizarra - Exposição de colagens de Ferreira Gullar - Casa Verde ● 11H às 12h (60) Lançamento de livro - "As aventuras da Bruxinha Lelé", de Wander Lourenço - Casa Verde ●

● (61) Bate-papo com o autor - Roda de leitura e conversa com o poeta e contista Wanderlino Teixeira Leite Netto - Salão da Colônia de Férias ● 11H às 23h (62) A arte do cordel - Exposição de capas de folhetos de cordel ● RESTAURANTE Massa di Casa ● 12H às 13h (63) Jovem talento - Apresentação do livro “Seraf e os Artefatos Místicos - Controlador de Mentes” e bate-papo com o autor, Gabriel Edgar, de 17 anos - Telecentro Comunitário ● 13H às 14h (64) Lançamento de livro - “Emanuel e seu chapéu”, infantil de Cecília Pinheiro Ribeiro - Salão da Colônia de Férias ● 14H às 14h40 (65) E lá vem história... - Contação com o Grupo HistoriArte de Macaé ● CASA Verde 15h às 16h (66) Lançamento de livro - “Minha reza infame”, poemas de Mariucha Correa da Silva, com leitura pela autora - Senhor Café ● (67) 1, 2, 3 Conte outra vez... Histórias do folclore brasileiro, com bandinha e ciranda, comandadas pelas contadoras Neli Rigó Geraldes, Lucia Helena da Silva e a tecladista Maria Inez Telhado - Sede da Euterpe Madalenense ● 15H às 17h (68) Vídeo - Exibição de “Poema Sujo”, a obra-prima de Ferreira Gullar, lida pelo autor - Telecentro Comunitário ● 16H às 17h (69) Lançamento de livro - “Lacunas”, poemas de Ana Paula Souza-Filgueira, com leitura pela autora - Restaurante Nova Venda da Zezé ● 18H30 (70) Encerramento - Descerramento da placa da FLIM 2014; divulgação do resultado da exposição interativa “Figuras, figurinhas, figuraças, figurões”; e apresentação da banda Projeto X, com clássicos do rock nacional e internacional - Casa da Cultura ● EM homenagem a Ferreira Gullar, os restaurantes participantes da FLIM 2014 vão elaborar pratos da culinária maranhense.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014 11

AGÊNCIA PETROBRAS

Companhia mantém investimentos voltados à expansão da produção do petróleo

PETRÓLEO

Consórcio de Libra inicia perfuração do primeiro poçoOperação é relativa a meta da Petrobras em expandir a exploração do petróleo no país

A Petrobras iniciou na última quarta-feira (6/8) a perfu-ração do primeiro poço ex-

ploratório na área do Campo de Libra, na Bacia de Santos. A região concentra uma das maiores reser-vas do pré-sal e possui importância estratégica para a companhia, den-tro da meta de dobrar a produção de petróleo no país até 2020.

Denominado 3-RJS-731, o poço está sendo perfurado pela sonda NS-36 (Schahin Cerrado). Esse é o primeiro de dois poços previstos na primeira fase do Programa Ex-ploratório Mínimo (PEM), firmado com a Agência Nacional de Petró-leo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O poço 3-RJS-731 atingirá a pro-fundidade final (profundidade de água e sedimentos) de 5.850 metros e está a cerca de 170 km da costa do estado do Rio de Janeiro e a apro-ximadamente 5 km a Sudoeste do poço descobridor, 2-ANP-2A-RJS.

Durante a perfuração do poço se-rão realizados testes para adquirir informações necessárias ao desen-volvimento da produção de Libra.

Além da perfuração desses dois poços, o PEM inclui também a re-alização de um levantamento sís-mico 3D PSDM de toda a área do bloco, já concluído, e a realização de um Teste de Longa Duração, que será iniciado em dezembro de 2016. Todo o Programa Explora-tório Mínimo será concluído até o final de 2017.

O consórcio de Libra é formado pela Petrobras (operadora, com 40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), juntamente com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

Nesta semana, a companhia anunciou novas ações que visam contribuir com a expansão da pro-dução do petróleo no país, como a operação, até 2028, de 74 embarca-ções que fazem parte do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam).

Segundo a companhia, as em-barcações visam atender, em bases competitivas, à demanda crescente por embarcações de apoio maríti-mo. Desde o lançamento do progra-ma, em 2008, a Petrobras já contra-tou 110 embarcações dos tipos PSV (Platform Supply Vessel), próprias para suprimento de cargas líquidas e sólidas, OSRV (Oil Spill Response Vessel), especializadas no recolhi-mento de óleo em alto mar, e AHTS (Anchor Handling Tug Supply), pa-ra manuseio de âncoras, reboque e suprimento.

A companhia apontou ainda que essas embarcações dão suporte à operação das plataformas de ex-ploração e produção de petróleo e gás natural. Os contratos da sétima e última rodada do programa serão assinados em outubro. O conteúdo local mínimo de construção é de 60% para PSVs e OSRVs e de 50% para AHTSs. Na operação, o conte-údo local mínimo é de 70%.

Petrobras conclui poço em tempo recorde no pré-salA Petrobras alcançou, no mês passado, mais um recorde em suas atividades no pré-sal. A empresa perfurou e completou o poço 8-LL-38D-RJS, na área de Lula/Iracema Sul, no pré-sal, em 92 dias. Inicial-mente estavam programados 121 dias para se concluir essa operação. Com o ganho de 29 dias, a compa-nhia teve uma economia de US$ 25 milhões. Trata-se de um poço

injetor que tem por objetivo ajudar na recuperação do petróleo através da injeção de gás no reservatório e, assim, otimizar a produção.

O poço entrará em operação no final deste ano com potencial de in-jeção superior a 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, interligado ao sistema de compressão da Unidade de Produção Cidade de Mangarati-

ba, em profundidade d´água de 2.214 metros. A profundidade do poço do nível do mar até o reservatório é de 5.450 metros.

Devido à tecnologia desenvolvi-da pela Petrobras no pré-sal, atu-almente a empresa já produz cerca de 500 mil barris de petróleo por dia nessa província, um patamar atingi-do apenas oito anos após a primeira

descoberta. Na porção americana do Golfo do México, por exemplo, foram necessários 20 anos, a partir da primeira descoberta, para se pro-duzir 500 mil barris diários. No Mar do Norte, o patamar foi atingido em dez anos.

A produtividade média por po-ço em operação comercial no Po-lo Pré-sal da Bacia de Santos tem

sido da ordem de 25 mil barris de petróleo por dia, maior que a regis-trada no Mar do Norte (15 mil bar-ris de petróleo por poço/dia) e no Golfo do México (10 mil barris de petróleo por poço/dia). Em 2020, a Petrobras deverá produzir 4,2 mi-lhões de barris de petróleo por dia e o pré-sal será responsável por cerca de 50% desta produção.

Receita Federal apresenta nova lei tributária na FIRJANCom o objetivo de esclarecer dúvidas de empresários e profissio-nais fluminenses sobre os impactos da nova lei tributária 12.973/2014, o Sistema FIRJAN promoveu na última terça-feira, dia 5 de agosto, palestras gratuitas com a participa-ção da coordenadora geral de Tri-butação da Receita Federal, Cláudia Lúcia Pimentel Martins da Silva. O evento, aberto pelo vice-presidente da FIRJAN Carlos Fernando Gross, aconteceu na Sede da Federação, com transmissão ao vivo e intera-tividade para todas as regiões do estado, e contou com a participação de mais de 500 pessoas.

A norma altera a legislação tri-butária federal referente ao paga-mento dos impostos IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. Além disso, revoga o Regime Tributário de Transição (RTT), instituído em 2009, e dispõe sobre a tributação de pessoas jurí-dicas domiciliadas no Brasil com relação ao acréscimo patrimonial decorrente de participação em lucros auferidos no exterior por empresas controladas e coligadas. Aprovada em maio deste ano, a lei substitui a medida provisória 627/13 e ainda se encontra em fase de regulamentação.“Este encon-tro é uma grande oportunidade para discutir essa lei que já é um marco. O processo de regulamen-tação ainda vai dar muito trabalho. Este debate será útil para que pos-samos fazer uma regulamentação ainda melhor”, afirmou a coorde-nadora da Receita Federal Claudia Lúcia Pimentel. Ela ressalta que a principal alteração promovida pela nova norma é a regulação dos critérios contábeis trazidos pelas leis 11.638 e 11.941. “Revogamos o RTT e demos tratamento tributá-rio específico para esses critérios”, acrescentou.

Para a gerente Jurídica Tribu-tária e Fiscal do Sistema FIRJAN, Cheryl Berno, os debates pro-movidos pelo seminário podem trazer melhorias à lei. “A norma trouxe grandes alterações na con-tabilidade do Brasil e para toda a tributação. O objetivo deste evento é informar os empresários em pri-meira mão sobre essas mudanças e discutir com a própria Receita Fe-deral os impactos e preocupações para que possa, na regulamentação, aproveitar essas dúvidas e prevê-las nas normas que ainda sairão”, des-tacou Cheryl.

Durante o seminário, também foram debatidas mudanças re-ferentes à tributação dos lucros auferidos no exterior por pessoas jurídicas e físicas, além do novo tratamento tributário sobre o ágio. “Acredito que a lei tenta estimular a competitividade industrial das empresas brasileiras, mas ainda há muito espaço para melhorias”, disse o representante da Procura-doria da Fazenda Nacional, Moisés de Sousa Carvalho Pereira.

De acordo com o especialista em Direito Tributário da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Quiro-ga Mosquera, ainda há falhas, mas a norma traz benefícios à legislação tributária. “Os temas mais litigiosos entre contribuintes e a Receita são os lucros no exterior e o ágio. Por is-so, esses temas são extremamente relevantes. A nova lei tentou resol-ver parte do caos, mas não conse-guiu fechar todos os lados. Ainda são necessários muitos debates sobre o tema”, constatou.

Todas as questões levantadas durante o evento serão reunidas em documento oficial, que será utilizado pela Receita Federal du-rante o processo de regulamenta-ção da lei. As palestras contaram também com a participação de representantes das instituições parceiras do encontro, Maurício Faro, presidente da CEAT-OAB/RJ; Gilberto Fraga, vice-presidente da CEAT-OAB/RJ; e Jean Cleuter Simões Mendonça, presidente da CDT/CFOAB - além de Paulo Hen-rique Pêgas, contador do BNDES e professor de Contabilidade Tribu-tária do IPEC/RJ, IBMEC e da Fi-pecafi-SP; Carlos Pelá, conselheiro do CARF e diretor da FEBRABAN; Gustavo Henrique Vasconcelos Ventura, vice-presidente da CDT/CFOAB; procurador Paulo Riscado, da Procuradoria da Fazenda Nacio-nal; Eduardo da Rocha Schmidt, ex-conselheiro do CARF e membro da CEAT-OAB/RJ.

Prefeitura lançará Portal de Licenciamento

SERVIÇO

Programa foi criado pelo Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec)

Para garantir maior transparência às normas e le-gislação, o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econô-mico e Social (Fumdec) irá lançar, nesta terça-feira (12), às 10h, o Portal de Licencia-mento da Prefeitura. A ferra-menta proporcionará acesso à informação para o contribuin-te, que encontrará formulários padrão e listagem com docu-mentos necessários para pro-tocolo de requerimentos.

De acordo com informações do Fumdec, o Portal de Licen-ciamento também democra-tizará a informação, além de proporcionar celeridade ao pro-cesso. As formas de acesso po-dem ser pelo link ou banner na

página principal da Prefeitura e menu de opções no endereço eletrônico do Fumdec.

Os interessados podem en-contrar instruções de Licen-ciamento Ambiental, Funcio-

namento, Obras e Vigilância Sanitária. A legislação que compõe o conteúdo está sujei-ta às atualizações. Além disso, o contribuinte deve estar atento às mudanças em âmbito estadu-

al e federal.O evento acontecerá na sede

do Fumdec, localizada na Aveni-da Agenor Caldas, 261, Imbeti-ba, Macaé. Outras informações pelo telefone (22) 2772-1779.

CRÉDITO

O evento acontecerá na sede do Fumdec, localizada na Avenida Agenor Caldas, 261, Imbetiba

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014 13

MMA

Lutador macaense vence em competição de MMAO atleta conquistou a luta por decisão unânime e disputará em outubro a final do Mr cageMaira Abreumairaabreu@odebateon.com.br

Aconteceu no último do-mingo (3) o Mr cage, evento de MMA feito

todos os anos e conceituado no Brasil, realizado na Amazônia, contando com a participação de quatro atletas, sendo dois re-presentantes do Rio de Janeiro e outros dois da Amazônia. Um dos lutadores do Sudeste foi o macaense Lincon de Sá que venceu sua luta e disputará no mês de outubro a grande final, valendo o cinturão.

Além de praticar e ter títulos no MMA, o lutador também é

faixa preta no Jiu-Jítsu. Treina em uma equipe renomada, a Nova União do Rio de Janeiro que tem os atletas José Aldo, Junior Cigano e muitos outros grandes nomes na modalidade.

A competição reuniu cerca de 2.500 pessoas que foram assis-tir, com lutas dos quatro melho-res atletas de MMA que estão se destacando no momento. Foi feita uma luta para cada dupla e todas no mesmo dia. Em sua luta, Lincon ganhou por deci-são unânime, tendo a votação de todos os juízes ao seu favor, vencendo de forma absoluta.

"Hoje garanto que tenho um dos melhores treinos do mun-

do. Estou confiante e tranquilo para disputar o cinturão”, de-clarou o lutador Lincon de Sá.

Agora o atleta terá uma se-mana de descanso, para já na semana que vem retomar os treinamentos. Fará também um Camp preparativo para chegar em boa forma na Ama-zônia e ir em busca de mais um cinturão para sua carreira.

O macaense Lincon de Sá agradece seus apoiadores: Pre-feitura Municipal de Macaé, Fesportur, Trans Magno, West Group, Barreto e Costa, Smile Center, Autoescola Tradição, Winner, Boate Ópera, Áureo Center e Estree Som.

DIVULGAÇÃO

O representante de Macaé, Lincon de Sá ganhou de forma absoluta a luta na Amazônia

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ14 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de agosto de 2014