noticiário 31 08 14

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Porto seco deve operar 13 mil toneladas de cargas Transporte aéreo de materiais é essencial à produção do petróleo Moradores apostam em projeto de urbanização do bairro e acesso a serviços básicos WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL Instalação de terminal e construção de nova pista concentrarão investimentos apontados como prioridades por ministro Moreira Franco Bairro erguido através de crescimento não ordenado, Novo Botafogo aguarda execução de projeto apresentado pelo governo Número reforça poten- cial de projeto que será discuti- do nesta segunda-feira (1) entre a indústria offshore, o governo municipal e a Secretaria de Avia- ção Civil em Macaé. PÁG. 3 N o local onde antes era ape- nas um grande manguezal, aos poucos foram surgindo resi- dências, até que em um determinado momento, as casas ocuparam todo o cenário do antigo mangue. Hoje, os moradores do Novo Botafogo, bairro construído através do crescimento de- sordenado da cidade, vive momentos de expectativas quanto a realização das obras que garantirão acesso ao sanea- mento básico, saúde e educação, além de serviços como limpeza pública e iluminação. PÁG. 9 SONHO POR DIAS MELHORES Ao desenvolver um modelo tributário focado no fortaleci- mento das receitas próprias, o governo municipal projeta um crescimento estimado de R$ 87 milhões para o orçamento do próximo ano. A previsão, regis- trada na Lei de Diretrizes Or- çamentárias (LDO) para gestão em 2015, aprovada nesta sema- na pela Câmara de Vereadores, representa também o potencial de outras fontes de recursos para a administração da cidade, onde as riquezas do petróleo possuem uma participação bas- tante especial. De acordo com a LDO apresentada pelo Executi- vo ao Legislativo, a estimativa do orçamento total do próximo ano chega a R$ 2.331 bilhões. PÁG. 3 O comando do 32º BPM (Batalhão de Polícia Militar), que abrange seis municípios, Macaé, Rio das Ostras, Casimi- ro de Abreu, Carapebus, Con- ceição de Macabu e Quissamã, anunciou esta semana, a cria- ção do Grupamento de Pronta Resposta. Cerca de 30 policiais militares, fardados e à paisa- na, reforçam a segurança em pontos estratégicos de Macaé, a pé, com apoio de viaturas e motocicletas. O objetivo do Grupamento de Pronta Res- posta, segundo o comandante do 32º BPM, tenente-coronel Jorge Pimenta, é acompanhar o deslocamento da "mancha criminal". PÁG. 5 ESPORTE GERAL AGÊNCIA PETROBRAS Petrobras aposta em ampliação da produção Macaé Oilers disputa Liga de Futebol Americano Poços do pré-sal são os mais produtivos Atletas macaenses enfrentarão o Giants United em competição Fluminense PÁG. 13 Dados da Petrobras ampliam expectativa de exploração no país PÁG. 12 LÍLIA VÍDEO Equipe do Oilers jogou neste ano dois amistosos e uma partida pela Liga da modalidade ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 32º C Mínima 15º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) ECONOMIA GERAL EDUCAÇÃO CADERNO DOIS Sobram empregos na Central do Trabalhador Audiência Pública gera metas para a Educação UFRJ comemora Dia do Nutricionista Banda Sinfônica se apresenta no Teatro Oportunidades exigem dos candidatos qualificação PÁG. 6 Propostas serão entregues ao governo municipal PÁG. 11 Evento acontece neste domingo (31) na Funemac PÁG. 8 Banda Sinfônica Campesina Friburguense em cena CAPA POLÍTICA POLÍCIA BAIRROS EM DEBATE - NOVO BOTAFOGO Previsão amplia em R$ 87 mi receitas em 2015 Comando do 32º BPM cria Grupo Tático O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2014 Ano XXXIX, Nº 8489 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 DIVULGAÇÃO KANÁ MANHÃES GRUPO DE TRABALHO REALIZA CURSO NO BOPE UFRJ REALIZA SEMINÁRIO SOBRE A PROMOÇÃO DA SAÚDE LEI GARANTE ANÁLISE DE 2,5 MIL PROCESSOS POLÍCIA, PÁG.5 EDUCAÇÃO, PÁG.8 GERAL, PÁG.12

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Page 1: Noticiário 31 08 14

Porto seco deve operar 13 mil toneladas de cargas Transporte aéreo de materiais é essencial à produção do petróleo

Moradores apostam em projeto de urbanização do bairro e acesso a serviços básicos

WANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

Instalação de terminal e construção de nova pista concentrarão investimentos apontados como prioridades por ministro Moreira Franco

Bairro erguido através de crescimento não ordenado, Novo Botafogo aguarda execução de projeto apresentado pelo governo

Número reforça poten-cial de projeto que será discuti-do nesta segunda-feira (1) entre

a indústria o�shore, o governo municipal e a Secretaria de Avia-ção Civil em Macaé. PÁG. 3

No local onde antes era ape-nas um grande manguezal, aos poucos foram surgindo resi-

dências, até que em um determinado momento, as casas ocuparam todo o cenário do antigo mangue. Hoje, os moradores do Novo Botafogo, bairro

construído através do crescimento de-sordenado da cidade, vive momentos de expectativas quanto a realização das obras que garantirão acesso ao sanea-mento básico, saúde e educação, além de serviços como limpeza pública e iluminação. PÁG. 9

SONHO POR DIAS MELHORES

Ao desenvolver um modelo tributário focado no fortaleci-mento das receitas próprias, o governo municipal projeta um crescimento estimado de R$ 87 milhões para o orçamento do próximo ano. A previsão, regis-trada na Lei de Diretrizes Or-çamentárias (LDO) para gestão em 2015, aprovada nesta sema-na pela Câmara de Vereadores, representa também o potencial de outras fontes de recursos para a administração da cidade, onde as riquezas do petróleo possuem uma participação bas-tante especial. De acordo com a LDO apresentada pelo Executi-vo ao Legislativo, a estimativa do orçamento total do próximo ano chega a R$ 2.331 bilhões. PÁG. 3

O comando do 32º BPM (Batalhão de Polícia Militar), que abrange seis municípios, Macaé, Rio das Ostras, Casimi-ro de Abreu, Carapebus, Con-ceição de Macabu e Quissamã, anunciou esta semana, a cria-ção do Grupamento de Pronta Resposta. Cerca de 30 policiais militares, fardados e à paisa-na, reforçam a segurança em pontos estratégicos de Macaé, a pé, com apoio de viaturas e motocicletas. O objetivo do Grupamento de Pronta Res-posta, segundo o comandante do 32º BPM, tenente-coronel Jorge Pimenta, é acompanhar o deslocamento da "mancha criminal". PÁG. 5

ESPORTE GERALAGÊNCIA PETROBRAS

Petrobras aposta em ampliação da produção

Macaé Oilers disputa Liga de Futebol Americano

Poços do pré-sal são os mais produtivos

Atletas macaenses enfrentarão o Giants United em competição Fluminense PÁG. 13

Dados da Petrobras ampliam expectativa de exploração no país PÁG. 12

LÍLIA VÍDEO

Equipe do Oilers jogou neste ano dois amistosos e uma partida pela Liga da modalidade

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 32º CMínima 15º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

ECONOMIA GERAL EDUCAÇÃO CADERNO DOIS

Sobram empregos na Central do Trabalhador

Audiência Pública gera metas para a Educação

UFRJ comemora Dia do Nutricionista

Banda Sinfônica se apresenta no Teatro

Oportunidades exigem dos candidatos qualificação PÁG. 6

Propostas serão entregues ao governo municipal PÁG. 11

Evento acontece neste domingo (31) na Funemac PÁG. 8

Banda Sinfônica Campesina Friburguense em cena CAPA

POLÍTICA POLÍCIABAIRROS EM DEBATE - NOVO BOTAFOGO

Previsão amplia em R$ 87 mi receitas em 2015

Comando do 32º BPM cria Grupo Tático

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 31 de agosto, e segunda-feira, 1 de setembro de 2014Ano XXXIX, Nº 8489Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

DIVULGAÇÃO KANÁ MANHÃES

GRUPO DE TRABALHO REALIZA CURSO NO BOPE

UFRJ REALIZA SEMINÁRIO SOBRE A PROMOÇÃO DA SAÚDE

LEI GARANTE ANÁLISE DE 2,5 MIL PROCESSOS

POLÍCIA, PÁG.5 EDUCAÇÃO, PÁG.8 GERAL, PÁG.12

Page 2: Noticiário 31 08 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014

CidadeEDIÇÃO: 238 PUBLICAÇÃO: 28 DE MARÇO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Incêndio consome materiais e provoca explosões em pátio de empresa offshore

PM efetua 53 prisões e apreende veículos e drogas em operaçõesnas três operações Rep 1, 2 e 3, realizadas ao longo das últimas três semanas pe-lo comando do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), 53 pessoas foram presas e 29 veículos roubados foram re-cuperados no município. Os números foram destacados ontem durante a nova edição do Café Comunitário, que re-úne membros da sociedade civil organizada, com obje-tivo de registrar demandas relativas a segurança pública.

Um incêndio de grandes propor-ções registrado a partir das 19h de ontem consumiu resíduos alocados no pátio da empresa Ferpan, situ-ada no Polo Offshore, na Granja dos Cavaleiros. Por ser altamente inflamável, o material provocou a propagação rápida das chamas que se alastraram na direção de bases operacionais de outras empresas, como a Halliburton, aumentando

ainda mais os perigos do incidente.As chamas provocaram explo-

sões que puderam ser ouvidas a quilômetros de distância do lo-cal do incêndio, alertando assim guarnições de vários setores, como o GAOP (Grupo de Apoio Opera-cional), que chegou a identificar o fogo através da extensa cortina de fumaça que cobriu parte do céu da cidade, na direção Sul de Macaé.

Buracos causam prejuízos na cidade

NOTA

Motorista no lugar de enfermeirofaz curativos no Posto do INAMPS

“O Posto de Urgência do INAMPS está com total falta de higiene, não tem nenhu-ma segurança, e até motorista banca o enfer-meiro fazendo curativos. Desde que o chefe daquela unidade deixou o cargo, o Porto de Urgência está sem administração e se foi nomeado outro, até agora não se sabe qual o motivo que o levou a não tomar posse. O estado das dependência do P.U. é lastimável e é necessário que o Ministro Jair Soares ouça a voz do povo e mande tomar providências para melhorar o atendimento dos segurados que estão em completo abandono, sem saber a quem apelar.”

Com essas palavras, o Vereador Waltair Fernandes Pinto criticou com veemência o péssimo estado em que se encontra o Pos-to de Urgência do P.U., tendo o Vereador Theodomiro Bittencourt Filho, em aparte, denunciado que uma funcionária da loja A Primavera, ao sentir-se mal, foi levada às pressas para o INAMPS e lá chegando foi colocada numa cama que tinha um colchão completamente podre, onde permaneceu sem assistência por mais de três horas.

Companhia de Distritos Industriais vai ter isenção de Cr$ 432 mil para realizar obras

Com projeto já aprovado pela Prefeitura e por solicitação do Presidente José Augusto Assumpção Brito, a Companhia de Distritos Industriais do Estado do Rio de Janeiro vai ficar isenta do pagamento de Cr$ 432.654,70 referente à Taxa de Execução de Obras, de-pois que a Câmara Municipal aprovar o Pro-jeto de Lei nº 001/81, enviado pelo Prefeito ao Poder Legislativo, através da mensagem 002, dia dia 24 passado.

Petrobras abre novas inscriçõesO Distrito de Produção do Sudeste da Pe-

trobras, em comunicados divulgados nesta edição, abre novas inscrições a partir do dia 30 de março até o dia 2 de abril, para os cargos de CONTRAMESTRE DE MOVI-MENTAÇÃO DE CARGAS e INSPETOR DE TRANSPORTES. As exigências para os candidatos estão nas páginas 2 e 6.

Partido Popular realiza convençãoCom a presença do Deputado Claudio

Moacyr de Azevedo, o Partido Popular inicia domingo, dia 29, às 9 horas, a sua Conven-ção Municipal para escolha dos membros do Diretório, suplentes e Delegado à Con-venção Regional. A reunião será presidida pelo Vereador Eduardo Zarour Pinheiro e irá até às 17 horas, quando os membros eleitos deverão escolher, dentre os 30 membros, a nova Comissão Executiva.

ao registrar uma das maio-res frotas de veículos domésticos do Norte Fluminense, quantita-tivo somado também ao tráfego gerado pela população flutu-ante, assim como as cerca de 700 carretas que promovem o transporte rodoviário de cargas para a indústria o°shore, Macaé apresenta em ruas e avenidas as marcas do progresso.

Rede municipal segue com programação do Dia Municipal da Mobilização Social pela Educação

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014 3

PolíticaPREVISÃO

Orçamento deve crescer R$ 87 milhões em 2015Projeção acompanha ritmo de crescimento da arrecadação da cidade que neste ano já registra superávit de cerca de R$ 53 milhões em sete mesesMárcio [email protected]

Ao desenvolver um modelo tributário focado no for-talecimento das receitas

próprias, o governo municipal projeta um crescimento estima-do de R$ 87 milhões para o orça-mento do próximo ano. A previ-são, registrada na Lei de Diretri-zes Orçamentárias (LDO) para gestão em 2015, aprovada nesta semana pela Câmara de Verea-dores, representa também o potencial de outras fontes de recursos para a administração da cidade, onde as riquezas do petróleo possuem uma partici-pação bastante especial.

De acordo com a LDO apre-sentada pelo Executivo ao Legislativo, a estimativa do or-çamento total do próximo ano chega a R$ 2.331 bilhões, recur-sos que se aproximam do mon-tante estimado pela administra-ção de Campos dos Goytacazes (R$ 2,5 bilhões), atualmente cidade que recebe a maior fatia das riquezas provenientes da exploração e produção de petró-leo na Bacia de Campos. Só nes-sa fonte a estimativa campista para 2015 é de R$ 1,4 bilhão.

Ao possuir um dos maiores parques industriais voltados ao segmento o�shore, concen-trando o maior polo mundial de companhias internacionais que fornecem produtos e servi-ços para a Petrobras, Macaé tem como base na sua arrecadação receitas geradas por taxas ad-ministradas pela secretaria

municipal de Fazenda, como o Imposto Sobre Serviços (ISS), fonte que registra aumento crescente, tanto pelo próprio comportamento do mercado do petróleo, quanto pelo trabalho tributário realizado pelo gover-

no, com ênfase na atuação dos fiscais de tributos.

A elevação das receitas pró-prias garante ao município maior capacidade de investi-mentos nos setores ditos como prioritários: a Saúde e a Educa-ção, que possuem percentual de investimentos resguardados pela Constituição Federal - 15% e 25%, respectivamente. Apesar da regra, o município projeta já na LDO a destinação de recur-sos adicionais a estes setores, conforme registra também a Controladoria Geral do Muni-cípio nas apresentações sobre a liquidação do orçamento em cada quadrimestre.

Além das prioridades, a eleva-ção da receita própria garante ao governo o controle do índice de prudência quanto aos gastos com a folha de pagamento, se-guindo assim a Lei de Respon-sabilidade Fiscal.

De janeiro a julho deste ano Macaé obteve um excesso de ar-recadação que supera os R$ 53 milhões, recursos que em parte já foram utilizados como refor-ço orçamentário pelo governo.

De acordo com o Impostô-metro, Macaé arrecadou até o fim deste mês mais de R$ 1,6 bilhão, alcançando uma arre-cadação mensal de mais de R$ 203 milhões.

KANÁ MANHÃES

Município eleva a arrecadação dos recursos próprios e reduz dependência pelos royalties

R$ 2,243 biOrçamento estimado pelo governo para este ano

R$ 87 milhõesProjeção de crescimento para o orçamento em 2015 segundo a LDO

NÚMEROS

Estimativa aponta operação de 13 mil toneladas de carga

SERVIÇO

Estimativas apontam que a indústria do petróleo macaen-se movimenta cerca de 13 mil toneladas de materiais, através do transporte áereo de cargas. O número, projetado a partir das operações registradas em ter-minais aéreos que prestam este tipo de serviço em logística no Estado, deve ser ainda mais ex-pressivo ao serem mensurados os procedimentos realizados pelo segmento o�shore para ga-rantir a agilidade necessária ao andamento das atividades que sustentam o alto índice de pro-dutividade da Bacia de Campos, que representa mais de 80% do óleo bruto e gás natural gerados nas reservas brasileiras.

Oficialmente, cerca de 9 mil toneladas de cargas foram mo-vimentadas em aeroportos ope-rados pela Infraero, em espe-cial o do Galeão, pela indústria o�shore, em 2013. Os materiais atendem a uma gama de ativida-des que envolvem diretamente o setor o�shore, além de áreas que pertencem a cadeia de apoio à produtividade do petróleo.

Esses números foram aponta-dos nesta semana pela Infraero, que já desenvolve um trabalho técnico junto ao governo mu-nicipal, e a própria indústria offshore, de consolidação da construção de um terminal de cargas no Aeroporto de Macaé.

Número é relativo a contratação de serviço de transporte aéreo por empresas offshore

No entanto, os dados da In-fraero não contabilizam a mo-vimentação de cargas destina-das ao setor o�shore macaense que são encaminhadas e des-baratadas pelo Aeroporto de Cabo Frio, cuja administração é privada. Apesar da logística relativa a base cabofriense ser considerada como de alto custo pelo segmento o�shore, estima-se que cerca de 30%, em relação ao quantitativo apontado pela Infraero, seja realizado no ter-minal mais próximo a Capital Nacional do Petróleo.

Além de tornar a operação mais barata para a indústria lo-cal, a instalação do terminal de cargas no Aeroporto de Macaé garantirá ainda a redução do tempo de chegada da carga ao terminal, a realização do proces-so alfandegário e sua liberação. Hoje, todo o procedimento pode durar cerca de 10 dias, em caso de cargas nacionais, e um tempo ainda maior dependendo do tipo do material vindo por transpor-te internacional.

Toda essa projeção tem como ponto de partida as definições quanto ao projeto de constru-ção da nova pista de pouso e decolagem, proposta que bene-ficiará o setor de voos comer-ciais, assim como o transporte aéreo de cargas, questões que serão levantadas na reunião que acontece nesta segunda-feira (1) entre o prefeito Dr. Aluízio Jú-nior (PV) e o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil, responsável pela gestão da Infraero.

DIVULGAÇÃO

Ministro Moreira Franco afirmou que Macaé é prioridade

CARGAS

Atividades que contratam serviço● EXTRAÇÃO do petróleo e

gás;● METAL mecânico;● TRANSPORTE aéreo;● PEÇA de veículos;

● TECNOLOGIA

(eletromecãnico);● AUTOMOTIVO;

● REFINARIA de combustíveis;● OUTROS serviços.

Prefeito Dr. Aluízio (PV)recebe nesta segunda-feira (1) o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil

NOTA

PONTODE VISTADesde a morte do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB), num acidente de avião ocorrido dia 13 de agosto em São Pau-lo, e seu sepultamento ocorrido no domingo seguinte (17).

A última vez que houve uma discussão ampla, reunindo au-toridades de toda a região e também representantes dos go-vernos estadual e federal.

Em decisão surpreendente, a presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto de lei complementar aprovado pelo Senado que abria caminho para a criação de pelo menos 200 novos municípios. Como as lideranças políticas estão contrariadas, pode haver uma nova crise política após o recesso branco. Agindo desta forma, ela evita desperdício de dinheiro público.

Como a Justiça Eleitoral não tem quadros suficientes para fiscalizar os abusos cometidos pelos candidatos nas eleições deste ano, e sabedores dessa deficiência, as enormes placas continuam espalhadas pelas calçadas da cidade num verdadeiro acinte. A quantidade registrada é uma mas, contadas, ultrapassam em demasia o anunciado. A grana vem de onde?

Até domingo

Fica difícil saber qual a ordem de valor para quem administra o poder público. Como as mudanças clamadas pelos eleitores na eleição passada não aconteceram, fica difícil até entender como um instituto pode receber R$ 348 mil para realizar uma feira. Vai ver, basta ser do contra, ficar contra tudo e contra todos. Não será, um estímulo à corrupção?

Efeito Marina, até quando?

Desafios constantes

A comoção tomou conta do país quando o jogo eleitoral aca-bou tornando a então candidata a vice Marina Silva (Rede Sus-tentabilidade), cabeça de chapa do PSB, já que ela não conseguiu registrar seu partido. A partir daquele momento, os institutos de pesquisas saíram em campo e, com amostragem diferente, Ma-rina que era considerada quase uma carta fora do baralho, pas-sou a figurar para o Datafolha e o Ibope, a preferida do eleitorado pesquisado. Em seguida, o deba-te na Band e a entrevista na Rede Globo, deram mais notoriedade à candidata que aproveitando o bom momento, foi clara ao se colocar como a terceira via para as mudanças reivindicadas nas manifestações espontâneas de junho em 2013, movimento ol-vidado pelos outros candidatos. Não resta a menor dúvida de que os números revelados nas pesquisas colocaram os can-didatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), em alerta e os coordenadores da campa-nha estão revendo a estratégia que, pelo visto, parece ser o de ataques a Marina tentando des-

classificar sua potencialidade e mostrar suas fraquezas, se é que elas existem. Até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou este mês um documento “Seu voto tem conse-quências: um novo mundo, uma nova sociedade”, para orientar os católicos nas próximas eleições. Textua: “As eleições deste ano de 2014 são importantes, não só porque presidente, deputados, senadores e governadores têm uma incidência muito grande na vida da população, mas porque está em jogo também o projeto político, social e econômico para o Brasil”. Muitos estão assusta-dos e nesta sexta-feira, em nova pesquisa, o instituto Datafolha mostra o empate entre Dilma e Marina, no primeiro turno, mas uma diferença de dez pontos (50 para Marina e 40 para Dilma) na disputa no segundo turno. Se a luz amarela incomodou os estra-tegistas, agora é a luz vermelha que está acesa. Tem até alguns expertises em política assustados e admitindo que a bola de neve pode crescer, Marina surpreen-der e ganhar no primeiro turno. Alguém aí duvida da onda?

Além do representante da Au-topista Fluminense, concessioná-ria do setor norte da BR-101 e com planos de duplicar a rodovia entre Rio Bonito até a divisa do estado do Espírito Santo, foi em 2011. As alternativas discutidas e prazos estabelecidos, demonstraram que havia planejamento da empresa para realizar as obras, mas de outro lado, a burocracia era a vilã do moroso processo por causa do licenciamento, principalmente, nos órgãos ambientais. De 2007 até 2011, foram construídas cinco praças de pedágio e o faturamen-to com o enorme movimento de veículos pela conhecida “rodovia da morte”, continua sendo desco-nhecido porque falta transparên-cia. Os políticos mais afoitos, ven-do na ação uma oportunidade de aparecer, começaram a anunciar uma série de medidas adotadas que, aos poucos, verdadeiras ou não, acabaram dando resultado com a imediata decisão da Au-topista Fluminense de duplicar o trecho Macaé-Campos. A dis-tância dos menos de 90 quilô-metros, ainda aguarda conclusão de muitos trechos e as rótulas nos entroncamentos, causadores de

acidentes com vítimas fatais, ga-nharam velocidade, como o tre-vo do Km 17, na rodovia Macaé-Glicério. Várias frentes de obras foram abertas e, como ainda não foram expedidas licenças para muitos trechos, a obra não estará concluída em menos de 10 anos, com muito otimismo. Qual a solu-ção encontrada de efeito imediato para Macaé abrir as portas para o mundo? A construção de uma no-va pista no Aeroporto de Macaé, para suportar pouso de aviões de grande porte, e a implantação do porto seco, para evitar o trânsito constante e diário de enormes carretas pela BR-101 e também pela RJ-106, quando a carga de-sembarca no aeroporto de Cabo Frio. A Comissão Municipal da Firjan e a Associação Comercial e Industrial de Macaé, com o apoio deste jornal, aceitaram o desafio e iniciaram a mobilização, agora encampada também pelo gover-no estadual e municipal. Nesta se-gunda-feira, o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil, desembarca em Macaé para selar o compromisso de realizar com a rapidez que o caso requer, a obra da nova pista.

PONTADA

Em recente entrevista, Morei-ra Franco garantiu que o maior investimento planejados pela Secretaria Nacional de Aviação Civil, para os aeroportos de in-

tegração regional, será feito em Macaé. A prioridade da base macaense para a SAC é relativa a necessidade de oferecer maior infraestrutura ao setor o�shore.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Mesmo com todas as potencialidades econômicas, ainda é preciso o apoio político para que Macaé possa contar com um novo pro-jeto que vise ampliar ainda mais o seu potencial de gerar riquezas através da indústria do petróleo.

Principal acesso à região central da cidade, interligando os setores Norte e Sul de Macaé, a Rodovia Amaral Peixoto (RJ 106) é, sem dúvidas, a principal artéria do tráfego de veículos no município. Mesmo com a realização de medidas paliativas, como a implantação de uma segunda faixa nos dois lados do trecho da via situado entre o Centro e a Barra de Macaé, a demanda crescente de veículos que transitam na cidade requer um planejamento de novos acessos, como a possibilidade da duplicação da Ponte Ivan Mundim, projeto que já está sendo estudado pela equipe da secretaria municipal de Mobilidade Urbana

De dois em dois anos, discute-se muito a participação e exercício da cidadania, restringindo-os ao comparecimento no dia da eleição para apertar uma tecla para tornar alguém prefeito, parlamentar e até presidente da República.

Realidade Econômica

Igualdade entre desiguais

A Capital Nacional do Petróleo é uma cidade que vive diariamente contrastes que variam desde a área social, passando pela econômica e ter-minando no bem-estar. Mesmo que os dados estatísticos mostrem que o município possui uma das maiores médias salariais do Estado, bem co-mo bons índices de desenvolvimento, uma fatia generosa desse bolo ainda precisa ser melhor distribuída.

Ao serem observadas as condi-ções sociais da população, perce-be-se que parte vive em áreas sem acesso a serviços básicos, como re-de de esgoto ou água encanada. Po-rém, esse esquecimento começa a ser deixado no passado. Com ações do governo municipal é possível perceber melhoras nesses locais.

Mas não é só isso. Além do bem-estar social, existe a questão econô-mica. O custo de vida na cidade é bastante elevado. Devido à alta mé-dia salarial proveniente da parcela que trabalha na cadeia de explora-ção de petróleo, os preços praticados no aluguel, alimentação, vestuário e combustíveis são muito elevados, dificultando a vida de milhares de munícipes. O melhor caminho para equacionar essa balança está na educação, na diversificação da economia e no desenvolvimento da indústria do petróleo.

Desde que Macaé assumiu o compromisso de lutar pela cons-trução de um novo porto com ob-

jetivo de atender à demanda apre-sentada pelo segmento offshore gerando empregos e riquezas, outros municípios da região, que buscam ampliar as suas participa-ções no processo produtivo do pe-tróleo, tentam colocar em prática projetos desenvolvidos com o pro-pósito de tirar da Capital Nacional do Petróleo as suas oportunidades geradas em função do seu ambien-te favorável de negócios.

Através da sua capacidade de atrair investimentos privados, principalmente de empresas in-ternacionais, que veem no municí-pio um novo potencial proporcio-nado através das especulações que envolvem a produção do petróleo na camada do pré-sal, Macaé hoje acaba tendo que lutar sozinha para assegurar a evolução de geração de recursos que garantam benefícios para toda a região.

O setor empresarial, que acom-panha o desenvolvimento do Es-tado, preocupa-se em dar transpa-rência aos investimentos futuros e proporcionar informações im-portantes que servem de base para estudos de planejamentos futuros.

Além do investimento na indústria, é preciso fortificar a educação básica, preparando o caminho para o ensino superior, pois com qualificação e emprego, Macaé vai se tornar um município menos desigual.

Nada é mais mentiroso do que essa pregação, feita proposital-mente pela maioria para manter cidadãos mansos, com o objetivo evidente de preservar a mamata das chamadas elites, visto que a distorção não fica nisso.

No próprio processo eleitoral aparecem outras disparidades. No horário eleitoral gratuito se respeita a proporcionalidade, em respeito à representatividade de cada partido junto às casas legislativas.

Nas demais formas de debater as ideias e os projetos a igualdade é absoluta entre um partido gran-de e os chamados nanicos, muitas vezes acusados de siglas de alu-guel, exatamente por se aliarem para favorecerem a outras agre-miações com seus segundos no horário eleitoral gratuito.

Quando uma emissora de tele-visão, de rádio, site, jornal faz uma entrevista com um candidato a posto executivo, o mesmo tempo e formato deve ser concedido de for-ma literal e igualitária a todos.

Ora, nada é mais evidente de que o interesse da sociedade nos candi-datos das grandes agremiações não corresponde aos das nanicas.

Pode-se alegar que as mídias são concessões públicas. Não é o bas-tante, pois se deveria discutir por que precisa ser concessão pública uma empresa que gera ou transmite imagens, sons e caracteres. Isso já é uma forma aberta, escancarada, de interferência do Poder Público so-bre os particulares.

Caso se considere ser a impor-tância da atividade, muito mais são a educação, segurança e saúde, e a parte funcional dessas três está na iniciativa privada.

Nada deveria ser mais igual do que a Justiça. Recentemente, até pa-

ra se tornar um pouco funcional, o Supremo Tribunal Federal passou a aceitar recursos se forem considera-dos de interesse geral da sociedade, de uma gama substancial de pessoas que, juridicamente, chamam-na de repercussão geral.

Outra disparidade nas interpre-tações exóticas da Justiça é que um candidato ao mesmo cargo pode continuar em pleno exercício de sua atividade. Se o presidente da República se candidatar a vereador é obrigado a se afastar seis meses antes da eleição, mas se for para concorrer à Presidência continua presidente e candidato. Na sua lei-ga opinião, como a minha, quem poderia influenciar mais?

Toda igualdade no ramo do di-reito só é considerada justa se res-peitar a proporcionalidade. Muitos juristas enchem a boca para pro-nunciar “a igualdade na proporção da desigualdade”. Exemplificando: especialmente entre adolescentes, mas em qualquer idade, toda vez que dois ou três brigam contra um é uma injustiça tremenda. Justo são dois contra dois, três contra três. Já se esse “um” fosse o Mike Tyson, não se teria ideia de quantos comuns seriam necessários para se alcançar uma igualdade.

Portanto, nada é mais desigual do que obrigar a mídia a conceder ho-rário, espaço e até entrevistar quem gera efetivo interesse nacional com alguns que todos desconhecem os reais motivos da participação. Por-que, definitivamente, concorren-tes não são. A responsabilidade de torná-los grandes não é da mídia. Só para fechar o ciclo de justificativas inconsistentes.

Pedro Cardoso da Costa Ba-charel em direito

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EXPEDIENTE

PAINEL

GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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MiraÉ inegável que os apoios declarados de lide-ranças políticas macaenses, a candidatos que disputam a sucessão dos governos do Estado e federal, miram o processo eleitoral de 2016. Ao longo dos últimos dois anos o perfil político de Macaé mudou, e será medido a partir dos votos que serão contabilizados no próximo dia 5 de outubro. Quem é bom de conta, e de panorama político, já articula espaços com objetivo de alçar novos voos nas próximas eleições municipais.

InvestigaçãoÉ válida a iniciativa da Polícia Federal em pro-mover investigação nos casos de assaltos a veículos em serviço do Correios. Em Macaé o crime é relatado como um dos problemas que atrapalham a entrega de objetos postais aos destinatários, entre tantos outros pro-blemas gerados pelo déficit de profissionais que atuam em nome da empresa pública no município. Para que os casos sejam escla-recidos, a investigação policial e até mesmo criminal precisa ser realizada.

EsgotoÉ séria a situação apontada nesta semana na Câmara de Vereadores. Segundo o presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Saneamento do Legislativo, Maxwell Vaz (SD) ainda há indícios de emissão de esgoto in natura nas águas da Lagoa de Imboassica, mesmo após a realização de obras previstas pela Parceria Pública Privada (PPP) do esgoto. A situação requer também o comprometimento dos moradores do Pecado em ligar o sistema doméstico à rede de captação.

Caixa pretaO Estado tem concentrado no Rio de Ja-neiro as decisões necessárias a soluções de problemas relativos a serviços prestados em Macaé. A ordem acaba dificultando o aces-so da população a informações importantes quanto a, por exemplo, medidas para ampliar o atendimento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) na cidade, assim como in-vestimentos na melhoria da infraestrutura da Rodoviária do município.

ServiçoDentro dessa nova fase de interlocução direta entre o governo municipal e depar-tamentos da esfera nacional, a cobrança pela prestação de serviços de qualidade na telefonia móvel deveria fazer parte das pau-tas levadas por representantes de Macaé à União. A atuação da Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) neste ponto é fundamental. Hoje, áreas rurais do Estado possuem uma melhor cobertura do serviço, do que a Capital Nacional do Petróleo.

ImpostosMais do que a apresentação de nomes que poderão assumir a gestão da pasta da Eco-nomia brasileira, a partir do próximo governo federal, os candidatos que brigam pelo co-mando do país a partir de 2015 devem apre-sentar medidas específicas para melhorar os investimentos do orçamento bilionário que detém a União. Essa preocupação deve ser seguida pelos estados e municípios, já que neste ano, a população brasileira já contribuiu com mais de R$ 1 trilhão em impostos.

AeroportoNesta segunda-feira (1) o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) recebe o ministro Moreira Franco, da Secretaria Nacional de Aviação Civil. O ob-jetivo do encontro é promover a demonstração da demanda da indústria offshore local pelas operações aéreas, a partir da expansão do Ae-roporto de Macaé. Em pauta estará a garantia de realização das obras de construção de uma nova pista de pousos e decolagens, que supor-te aviões cargueiros.

PosturaA liderança da bancada governista na Câmara de Vereadores tem sido incisiva nas críticas relativas à falta de ações relativas à ordem pú-blica na cidade. Julinho do Aeroporto (PPL) tem dito no plenário que a não realização de ações de fiscalização, diante de atos como a ocupação irregular de espaços públicos, gera insatisfação da população, e atrapalha até mesmo a imagem da administração municipal, que realiza projetos nos bairros afetados pelo problema, como o Parque Aeroporto.

IndústriaMembros da Comissão Municipal da Firjan voltam a se reunir nesta quarta-feira (3), através da agenda de encontros mensais que acontecem no Senai Macaé. O en-contro referente a setembro será marcado pela apresentação do projeto de expansão do Aeroporto de Macaé, já realizado pela Infraero na base macaense. Além disso, o andamento dos trâmites relativos à constru-ção da nova unidade do Senai, em Cabiúnas, também será apresentado.

NOTA

Amvisa abre inscrições para curso de capacitação em Farmácia

Page 5: Noticiário 31 08 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014 5

Polícia Bombeiros vão apurar se empresa que foi incendiada tinha autorização para funcionar

NOTA

POLÍCIA MILITAR

Comando do 32º Batalhão cria Grupamento de Pronta RespostaCerca de 30 policiais militares, fardados e à paisana, reforçam a segurança em pontos estratégicos da cidade daniela [email protected]

O comando do 32º BPM (Batalhão de Polícia Mi-litar), que abrange seis

municípios, Macaé, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Carapebus, Conceição de Ma-cabu e Quissamã, anunciou esta semana, a criação do Gru-pamento de Pronta Resposta.

Cerca de 30 policiais milita-res, fardados e à paisana, re-forçam a segurança em pontos estratégicos de Macaé, a pé, com apoio de viaturas e mo-tocicletas.

O objetivo do Grupamento de Pronta Resposta, segundo o comandante do 32º BPM, te-nente-coronel Jorge Pimenta, é acompanhar o deslocamen-to da "mancha criminal".

O Grupamento de Pronta Resposta é constituído por um trailer, que diariamente, fica alocado em pontos estratégi-cos, principalmente na região central do município.

Segundo o comando da uni-dade, os policiais militares à paisana que estão atuando no Grupamento de Pronta Res-posta, vieram do Rio de Ja-neiro. Por conta da Copa do Mundo, houve reposição no efetivo local. O Grupamen-to de Pronta Resposta conta também com atuação de po-liciais militares do Serviço Reservado (P2), lotados no 32º BPM.

Nessa última semana, quan-do o atual comando divulgou o balanço de apreensões efe-tuadas nas três recentes ope-rações, o comandante da PM de Macaé, tenente-coronel Pi-menta, explicou que as ações do Grupamento de Pronta Resposta estão voltadas para

diminuição aos roubos de rua ou a transeuntes. Na semana passada, o ISP (Instituto de Segurança Pública) do Estado do Rio de Janeiro divulgou as metas estabelecidas para os crimes de homicídio, roubos

WANDERLEY GIL

Trailer do Grupamento de Pronta Resposta instalado em frente à Praça Veríssimo de Melo, onde muitas pessoas circulam diariamente sentido Avenida Rui Barbosa

a transeuntes e de veículos. Segundo o ISP, quanto aos

roubos a transeuntes, a meta estipulada para agosto é de 127 ocorrências. Ainda segun-do o comando da PM, os rou-bos de rua têm sido as ocor-

rências avaliadas como mais "críticas". No início desse mês, os casos aconteceram com mais frequência nos bairros Visconde de Araújo e Riviera. O policiamento foi reforça-do nas localidades, o que, de

acordo com a Polícia Militar, provocou o deslocamento da mancha criminal ao Centro da cidade.

Para reforçar o policiamen-to ostensivo, houve remane-jamento na escala de policiais

militares, incluindo os que trabalham no setor adminis-trativo do batalhão e, devido ao período eleitoral, 20 poli-ciais militares e dois oficiais estão, até dezembro, à dispo-sição da Justiça Eleitoral.

Grupo de trabalho realiza capacitaçãoBOPE

A equipe que integra o grupo de trabalho da prefeitura e que atua

nos Módulos de Polícia Pacifi-cadora, instalados em maio nas comunidades Malvinas e Nova Holanda, nessa última semana, conheceram de perto a verda-deira realidade dos processos de pacificações em favelas do Rio de Janeiro e a situação atual das comunidades depois que foram pacificadas.

A equipe participou de uma visita técnica ao BOPE (Bata-lhão de Operações Especiais).

Um dos participantes da visita, o Secretário de Ordem Pública de Macaé, Edmilson Jório, enfatizou que a motiva-ção, o conhecimento absorvi-do e a capacitação servirão pa-ra que sejam multiplicadores. "Os demais que trabalham no processo nos Módulos de Po-lícia Pacificadora na Malvinas e Nova Holanda, vão viver, em Macaé, essa experiência. Os técnicos do Bope vão repetir a experiência aqui no município para as pessoas que trabalham junto às comunidades. A visita ao Rio de Janeiro serviu como carga motivacional importan-te e estreitou o relacionamen-to que temos com o Batalhão

Equipe da prefeitura conheceu de perto rotina de processos de pacificações

de Operações Especiais da Po-lícia Militar e com os técnicos que nos receberam", ressaltou Jório. O objetivo da visita foi conhecer as boas práticas nas etapas de trabalho do proces-so de pacificação, bem como a dinâmica de interlocução dos prestadores de serviços à

comunidade. A visita contou com a participação da secre-tária de Educação, Lúcia Tomaz, representantes da Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur), do subcomandante do 32º BPM, major Fabiano Santos de Souza, do Centro de Referência da As-sistência Social (CRAS) e Coor-

denadoria de Políticas sobre Dro-gas, unidades de ensino da Nova Holanda e Malvinas. A equipe da prefeitura que visitou o Bope assistiu palestras no comando do batalhão, sobre integração com a comunidade, além de ouvir rela-tos de experiência de segurança e educação. Logo em seguida, visi-

taram a comunidade Tavares Bas-tos. O ex-comandante do Bope e atual subcomandante do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, Wilman Rene Gonçalo Alon-so, destacou que sem a segurança os serviços básicos como saúde e educação não podem funcionar plenamente. “Era necessário criar

uma ferramenta que permanecesse lá nas comunidades, após a saída do Bope. A ideia ganhou força e surgiu o processo de pacif icação que tem diferentes etapas. Esse processo vem da constatação e aplicação de estudos de ou-tras experiências no exterior, como a Colômbia", explicou.

ANA CHAFFIN

Equipe de trabalho da prefeitura participou de visita técnica ao Batalhão de Operações Especiais, onde conheceram rotina de comunidades hoje pacificadas

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014

EconomiaEMPREGO

Sobram empregos na Secretaria de Trabalho e RendaSão 1.357 vagas disponíveis para vários setores de atuaçãoGuilherme Magalhã[email protected]

Toda semana a secretaria municipal de Trabalho e Renda oferece mais

de mil vagas de emprego para profissionais de ambos os sexos, que procuram por uma coloca-ção no mercado de trabalho da cidade. As oportunidades dis-poníveis são para vários setores de atuação, como o comércio, a construção civil e a indústria do petróleo.

Segundo a secretaria de Tra-balho e Renda, grande parte dessas vagas continua sem ser preenchida, algumas por falta de demanda profissional, e outras pela falta de conhe-cimento sobre as ofertas, por parte da própria mão de obra local. No entanto, os agentes da prefeitura que mediam o processo de admissão entre os interessados e o contra-tante são maleáveis, avaliam cada caso de forma singular e, levando em consideração, inclusive, a total falta de ex-periência profissional.

Diante disto, O DEBATE organizou uma lista com as 10 principais vagas de trabalho dis-poníveis atualmente no municí-pio, levando em consideração o valor do salário e a oferta.

É válido ressaltar que as me-lhores oportunidades podem ser encontradas no setor imo-biliário e o�shore, oferecendo cerca de 30 vagas para correto-res de imóveis com ou sem ex-periência, 40 vagas para bom-

beiros hidráulicos o�shore, com fundamental completo, além de experiência comprovada de um ano em instalações hidráulicas lançadas sobre plataformas.

Os interessados em fazer o ca-dastro na Central do Trabalha-

dor de Macaé (CTM) devem ir a Rua Doutor Télio Barreto, 28, no Centro. Sendo necessário levar os documentos originais de identidade, CPF e carteira de trabalho, além de um currículo atualizado.

O horário de atendimento é de segunda à sexta-feira, das 8h às 16h. Os telefones para contato são (22) 2796-1255 e 2796-1226.

Vale citar que, além da oferta de emprego, a Secretaria de Tra-balho e Renda oferece também a emissão da carteira de identi-dade, primeira e segunda vias.

Por fim, na última quinta-feira (28), a ministra do Planejamen-to, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, anunciou que o Proje-to de Lei Orçamentária elabora-do pelo governo para o ano que vem prevê salário mínimo de R$ 788,06 a partir de 1º de janeiro de 2015. Um reajuste de 8,8% em relação aos atuais R$ 724.

Para o jovem Lúcio Pinheiros da Silva, de 23 anos, a notícia só vem “agregar valor” ao novo emprego de auxiliar de serviços gerais, brinca o rapaz.

“É ralação, mas a gente tem que começar de algum lugar. É aquela velha história, para arrumar emprego é necessário ter experiência e, para ter ex-periência é necessário arrumar emprego. Além do mais, se re-almente vier este aumento do salário mínimo, tenho certeza que não vou ganhar, por exem-plo, tão menos que um jorna-lista, vai ser só agregar valor”, adivinha Lúcio.

WANDERLEY GIL

A Secretaria do Trabalho e Renda fica situada na Rua Doutor Télio Barreto, 28, Centro

SERVIÇO

VAGAS DE EMPREGO

● 500 vagas para Representantes de Atendimento

● 60 vagas para Carpinteiro offshore

● 60 vagas para Pedreiro offshore

● 50 vagas para Corretor de Imóveis

● 40 vagas para Vigilante● 40 vagas para Bombeiro

Hidráulico offshore● 27 vagas para Vendedor● 24 vagas para pessoas

com deficiência (Auxiliar administrativo, Recepcionista, Representante de atendimento, Porteiro).

● 12 vagas para Pintor Industrial

● 6 vagas para Padeiro e Confeiteiro offshore

O calendário para a verificação periódica dos taxímetros em Macaé seguirá a seguinte ordem: no dia 15 de setembro, serão verificados os taxímetros dos veículos com final de placa 1, 2, 3, 4 e 5

NOTA

QUESTÃODE JUSTIÇA

Preconceitos de raça e cor

Somos todos iguais

Crime de Racismo X Injúria Racial

Nesta última semana dois casos de preconceito racial tiveram destaque na mídia. No primeiro, uma jovem foi flagrada pela câmara que transmitia o jogo entre Grêmio e Santos pela Copa do Brasil ao vivo, chamando o goleiro Aranha de “macaco”.

O Ministério Público já forma-lizou um pedido de investigação e procura nas imagens a identificação de outros torcedores com o mesmo comportamento. E o Grêmio corre o risco de ser eliminado da Copa do Brasil se o caso for parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

No outro caso que teve destaque, uma jovem negra postou no seu perfil no facebook uma foto com seu namorado branco, e os comen-tários foram os mais grosseiros possíveis, desde uma proposta de compra da “escrava” até a acusação

de “roubo” do “branco” para a foto.Casos como estes são bens mais

comuns do que se imagina, e acon-tecem cotidianamente sem reper-cussão alguma, não só porque o preconceito é feito de uma forma velada e até mesmo inconsciente, mas também, porque a maioria das vítimas prefere não denunciar.

Um experimento feito por uma organização mexicana mostrou como o racismo pode se manifestar até mesmo na infância. Durante o teste onde eram feitas várias per-guntas sobre duas bonecas, sendo uma branca e a outra negra, a maio-ria das crianças atribui as caracte-rísticas de “feia” e “má” à boneca negra, o que demonstra que ape-sar de toda a evolução, a percepção das crianças ainda reflete a tensão racial de nossa sociedade.

O importante é tiramos uma lição desta evolução le-gislativa, e que trouxe refle-xos concretos a nossa socie-dade. A população está cada vez mais consciente dos seus direitos e atenta.

Ninguém nasce odiando uma pessoa por conta de

sua cor de pele, etnia, ori-gem ou religião, esse senti-mento é desencadeado na sua vivência. Da mesma forma, é possível desapren-der estes conceitos, pois a educação é a arma mais poderosa para se combater a discriminação.

A injúria racial se caracteriza por expressões ofensivas dirigi-das a uma ou mais pessoas de-terminadas, como foi o caso do jogador chamado de “macaco”. E diferente do que acontece no crime de racismo, a injúria racial permite a fiança, sendo sua pena máxima de três anos e multa (artigo 140, parágrafo terceiro, Código Penal).

Já no crime de racismo, ti-pificados nos artigos da Lei 7716/1989, as ofensas atingem

um número indeterminado de pessoas, cerceando-se um direito em razão de determi-nada raça, cor, etnia, religião ou origem. Podemos exem-plificar pela negativa geral de contratação de judeus por parte de uma empresa, ou im-pedir o acesso a um determi-nado local de índios. Sua pena máxima prevista no artigo 109, IV do Código Penal é de oito anos, sendo inafiançável e imprescritível.

ANDREA MEIRELLES [email protected]

O novo é a denúncia, não o crimeContudo, vale à pena obser-

var que não foram os casos de racismo que aumentaram, o que realmente aumentou foi a denúncia destes casos, que se-gundo a Secretaria de Políticas Públicas de Promoção e Igual-dade Racial (Seppir) dobrou nos últimos anos. Em 2011, foram 219 denúncias, em 2012, foram 413 e em 2013, o número chegou a 425 e continua crescendo.

Muito embora as denúncias tenham aumentado, o núme-ro de condenações continua bem reduzido, já que a grande maioria dos processos termina

por acordo entre as vítimas e os agressores.

Há pouco tempo um Procu-rador Federal que num fórum de discussão na rede social con-firmou ser skinhead e contrário a existência de negros, judeus e nordestino, foi condenado a dois anos de prisão por racismo.

Outro caso de condenação que teve repercussão foi de um médico que mandou uma fun-cionária de um cinema morar na África para poder cuidar de orangotangos, e foi condenado indenizá-la em 50 mil reais por dano moral.

Evolução legislativa de combate ao racismo

É um engano imaginar que a legislação de comba-te ao racismo é nova. A Lei Afonso Arinos foi criada em 1951. E a Lei Caó foi criada em 1989.

Mas o que realmente fez diferença foi a majoração da penalização por este tipo de crime, que desde a Constitui-ção Federal de 1988 tornou-se inafiançável e imprescri-tível (Artigo 5º, inciso XLII).

Com a Lei 9459 de 1997, inclui-se na legislação co-mo crime de racismo além dos de raça e cor, os decor-rentes de etnia, religião e

procedência nacional. As-sim como foi feita a altera-ção do artigo 140 do Código Penal, que passou a conter no seu parágrafo terceiro, a previsão do crime de injúria racial, quando a ofensa for baseada na utilização de elementos de raça, cor, et-nia, religião ou origem.

O Estatuto da Igualdade Racial criado em 2010, pe-la Lei 12.288/2010, também trouxe uma série de inova-ções, dentre elas, a inclusão como crime de racismo a discriminação no ambiente de trabalho.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014

GeralINTEGRAÇÃO

UFRJ vai sediar II Seminário Interdisciplinar para a Promoção da SaúdeIniciativa é um evento científico do Programa Interdisciplinar de Promoção da Saúde - PIPS (PROEXT) do campus UFRJ Macaé

Juliane Reis [email protected]

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Profes-

sor Aloísio Teixeira vai realizar esta semana o II Seminário In-terdisciplinar para a Promoção da Saúde. O evento acontece no dia 2, na Cidade Universitária e no próximo dia 11 no Auditório do Núcleo em Ecologia e Desen-volvimento Socioambiental de Macaé (Nupem), de 9h às 17h. Os interessados em participar das palestras devem se inscre-ver pelo e-mail [email protected]

Trata-se de um evento cien-tífico do Programa Interdisci-plinar de Promoção da Saúde - PIPS (PROEXT) do campus UFRJ Macaé, que tem como finalidade divulgar as ações, es-tudos e pesquisas desenvolvidas pelos projetos vinculados a esse programa através de conferên-cias, debate interdisciplinar e trabalhos de grupo.

De acordo com a equipe res-ponsável, o programa contem-pla 10 projetos e envolve alu-nos e professores dos cursos de graduação em Enfermagem, Nutrição, Medicina, Farmácia e Engenharia.

A programação conta com pa-lestras abertas ao público, cujos temas serão: Promoção da Saú-de na perspectiva da integrali-

dade (no dia 2), às 14h30, com a Profª Dra Roseni Pinheiro, pro-fessora adjunta do Instituto de Medicina Social da Universida-de do Estado do Rio de Janeiro e “Refletindo sobre a promoção da alimentação saudável em so-ciedades contemporâneas” (dia 11), às 9h30, com a professora Drª Shirley Donizete Prado, professora adjunta do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

As ações da UFRJ em Macaé começaram há mais de três dé-cadas e desde então a Capital Nacional do Petróleo iniciou uma nova era na educação supe-rior. A história da universida-de na cidade tem como marco a implantação do Núcleo em Eco-logia e Desenvolvimento Socio-ambiental (Nupem) com o cur-so de Licenciatura em Ciências Biológicas, mas aos poucos ela foi ganhando vida e atualmente oferece vários cursos de gradu-ação, contando com programas de pós-graduação e doutorado.

Prazo para adesão ao Mais Educação encerra neste domingo

ÚLTIMO DIA

De acordo com a Prefeitura, rede municipal já conta com 13 unidades cadastradas

Unidades de ensino de-vem ficar atentas ao prazo para adesão ao Programa Mais Edu-cação. Procedimento pode ser feito até este domingo, 31 pelo http://pdeinterativo.mec.gov.br Em Macaé, 13 escolas munici-pais e 7 estaduais contam com a iniciativa.

De acordo com a Prefeitura, a rede municipal de ensino é con-templada com o programa fede-ral Mais Educação, e oferece en-sino de jornada ampliada, com no mínimo sete horas diárias, e tem como objetivo aumentar a oferta educativa nas escolas públicas, por meio de ações pe-dagógicas optativas. Segundo o órgão, ao todo, 13 escolas muni-cipais fazem parte do programa federal, sendo que duas estão em processo de adesão.

Para a Secretária de Educa-ção, Lúcia Thomaz, o progra-ma contribui com o desenvol-vimento do processo ensino-aprendizagem e fortalecimento da educação em tempo integral. “A intenção do programa é a permanência dos alunos na es-cola no contraturno, para fazer parte de aulas extracurricula-res”, ressalta.

A iniciativa, ainda segundo informações da Prefeitura, é coordenada pela Secreta-ria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD-MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica e secretarias munici-pais e estaduais de Educação. A operacionalização do progra-

ma é feita por meio do Progra-ma Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). E no município, as es-colas participantes do Progra-ma Mais Educação desenvol-vem atividades diversas. Para a realização de cada atividade, o governo federal repassa recur-sos para ressarcimento de mo-nitores, materiais de consumo e de apoio às atividades.

Uma das unidades da rede que aderiu ao Programa recen-temente foi o Ciep Municipa-lizado Darcy Ribeiro, na Nova Holanda, que segundo a comu-nidade escolar, já apresenta re-sultados positivos.

No entanto, na página do Mi-nistério da Educação (MEC), na relação de secretarias e es-colas atendidas do município constam apenas unidades da rede estadual: Escola Estadual Primeiro de Maio, Colégio Es-tadual Dr. Télio Barreto, Colégio Estadual Álvaro Bastos, Colégio Estadual Mathias Neto, Escola

Estadual Rachel Reid Pereira de Souza, Colégio Estadual Profes-sora Vanilde Natalino Mattos e Ciep Brizolão Aroeira.

O Mais Educação foi institu-ído pela Portaria Interminis-terial nº 17/2007 e regulamen-tado pelo Decreto 7.083/10, e constitui-se como estratégia do Ministério da Educação pa-ra induzir a ampliação da jor-nada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral.

De acordo com informações institucionais, as escolas das redes públicas de ensino esta-duais, municipais e do Distri-to Federal fazem a adesão ao Programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver ativi-dades nos macrocampos de acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no cam-

po das ciências da natureza e educação econômica.

Ainda segundo informações, o programa conta com a parce-ria de 1.309 secretarias de Edu-cação, sendo 1.282 municipais e 26 estaduais, além da secre-taria de Educação do Distrito Federal. Em 2011, aderiram ao Programa 14.995 escolas com 3.067.644 estudantes a partir dos seguintes critérios: esco-las estaduais ou municipais de baixo IDEB que foram contem-pladas com o PDE/Escola 2009; escolas localizadas em territó-rios de vulnerabilidade social e escolas situadas em cidades com população igual ou supe-rior a 18.844 habitantes.

COMO FAZER A ADESÃO A Adesão ao Programa Mais

Educação é realizada pelo si-te do PDDE Interativo. Tanto as escolas que já aderiram em anos anteriores como as que desejam aderir pela primeira vez devem fazer a adesão para o ano de 2014.

WANDERLEY GIL

Uma das unidades em Macaé que aderiu ao Programa recentemente foi o Ciep Municipalizado Darcy Ribeiro

SAÚDE

Dia do Nutricionista será comemorado com atividades na UFRJ

Neste domingo, 31 de agos-to, comemora-se o Dia do Nutri-cionista, aquele profissional que tem entre as atribuições cuidar e instruir as pessoas a terem uma alimentação saudável. Em Macaé, as atividades em come-moração à data estão sendo or-ganizadas por profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira, por meio do curso de Nutrição e vai contar com o apoio da Coorde-nadoria da Área Técnica de Ali-mentação e Nutrição (Catan).

O evento com o tema "Por uma alimentação e peso saudáveis!" será aberto a toda comunidade escolar e sociedade de modo ge-ral. Programação vai acontecer das 9h às 16h, na Cidade Univer-sitária. Entres as ações previs-tas estão avaliação e orientação nutricional, aferição de peso, circunferência da altura, estado nutricional, divulgação de ações e programas da Catan.

O evento tem como tema "Por uma alimentação e peso saudáveis!" e será aberto a toda comunidade escolar e sociedade de modo geral

“Vamos ter três momentos: avaliação nutricional, orien-tação nutricional e divulgação das ações e programas da Catan, ou seja, além das ações da UFRJ os participantes terão ainda a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Catan na cidade”, explicou a professora Jane Capelli.

Na avaliação nutricional es-tão inclusos: aferição de peso, estatura, circunferência de cin-tura, dobra cutânea do tríceps, cálculo do IMC e risco de de-senvolvimento de doenças car-diovasculares. Já na orientação nutricional estão a alimentação saudável em diferentes fases da vida, prevenção da obesidade e doenças metabólicas e distri-buição de filipetas e folderes.

E na última etapa com rodas de conversas com profissionais de Catan, haverá esclarecimen-to das ações do órgão e seus pro-gramas.

Na última semana o municí-pio passou a contar com novas profissionais da área. É que a UFRJ realizou a solenidade de formatura de oito formandas, que são Aimée Gonçalves, Cari-ne Machado, Ellen Ribeiro, Lais Espírito Santo, Leticia Marinho, Lorena Gonçalves, Thaís Carmo e Thamara Carvalho.

KANÁ MANHÃES

Atividade será realizada nesta segunda-feira, 1º, durante todo o dia na Cidade Universitária

WANDERLEY GIL

Abertura do evento acontece na terça-feira, 2. Programação vai contar com palestras abertas ao público

Amvisa abre inscrições para curso de capacitação em Farmácia. Os interessados devem se cadastrar através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (22) 2762-0935

NOTA

SERVIÇO

Dias e locais do evento:

● 02/09 - Auditório do Campus Universitário

● 11/09 - Auditório do NUPEM

● HORÁRIO: 9 às 17h

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014 9

BAIRROS EM DEBATE Novo Botafogo

Em meio a tantos problemas, comunidade cobra investimentos em infraestruturaNovo Botafogo sofre com falta de saneamento, água, áreas de lazer e pavimentação das ruasMarianna [email protected]

O acesso à educação, saúde, alimentação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, segu-

rança, saneamento básico, en-tre outros, é um direito assegu-rado pela Constituição Federal de 1988. Além disso, esses itens são fundamentais para promo-ção de uma melhor qualidade de vida para a população.

Só que, quando se trata do Novo Botafogo isso está longe de ser uma realidade. Na ver-dade, a situação de quem vive ali é completamente oposta. Há cerca de dois anos, o Bair-ros em Debate esteve visitando a comunidade, que é conside-rada uma das mais carentes do município.

Essa semana, nossa equipe de reportagem voltou ao local para saber como está a vida das mais de 300 famílias que vivem ali. Desde a nossa última visita, muitas promessas foram feitas

WANDERLEY GIL

Comunidade foi criada há mais de 20 anos em área de manguezal

Projeto pretende urbanizar o bairroAlém dos moradores, a nossa equipe também conver-sou com os representantes da associação do bairro. Segundo eles, há cerca de duas semanas, o prefeito, Dr. Aluízio, esteve no local, onde apresentou um projeto de urbanização do No-vo Botafogo.

Segundo informações passa-das, esse projeto já estaria em fase de licitação e teria prazo pa-

e poucas coisas concretizadas.Entre os problemas vistos

logo de frente pela nossa equi-pe estão a falta de saneamento, ruas sem pavimentação, mui-ta sujeira e crianças brincando em locais inadequados devido a falta de um espaço público com segurança para elas.

No local onde antes era ape-nas um grande manguezal aos poucos foram surgindo resi-dências, até que em um de-terminado momento, as casas ocuparam todo o cenário do antigo mangue. Foi assim que surgiu o Novo Botafogo, criado a partir de um loteamento que acabou se transformando nu-ma comunidade sem nenhum tipo de infraestrutura.

ra ter início ainda no final desse ano, sem data definida ainda. O valor da obra estaria orçado em R$ 12 milhões e contemplaria a comunidade com rede de sa-neamento e água, macrodre-nagem, pavimentação e troca de toda iluminação pública, com a substituição dos postes atuais de madeira por novos de concreto e a troca das lâmpadas por outras mais fortes.

“Não precisaram a data exa-ta, mas isso deve ter início entre novembro desse ano e janeiro de 2015. Esperamos que isso seja feito de fato, pois a nossa comunidade está abandonada. Estamos confiantes de que o nosso prefeito vai solucionar esses problemas aqui dentro”, ressalta Je�erson Silva, presi-dente eleito da associação de moradores.

Projeto de urbanização irá contemplar o bairro com pavimentação e saneamento

NÚMERO

300 famíliasMais de 300 famílias vivem no Novo Botafogo

Crianças sofrem com falta de opções de lazer na comunidadeO lazer é um item fundamental para a saúde, pois controla os ní-veis de ansiedade e contribui com outros fatores psicológicos e tam-bém físicos. No caso de crianças e jovens, isso é fundamental para o seu desenvolvimento.

Em uma área de vulnerabilidade social, manter as crianças ocupa-das com atividades é essencial para que elas não sejam atraídas para a criminalidade. No Novo Botafogo, as únicas opções para as crianças e jovens é uma quadra, situada próxima ao Senai, e um campo de areia improvisado pela população na Rua do Canal.

Como a quadra fica distante das casas, os moradores ressaltam que o desejo da maioria seria que esse campo improvisado fosse transfor-mado em uma praça, com quadra, parquinho e bancos. “Nossas crian-

ças não têm nenhum local digno para brincar. Seria ótimo que esse espaço fosse transformado em uma área para toda comunidade”, diz a moradora Patrícia Gregório.

Áreas de lazer são entendidas como todo e qualquer espaço li-

vre de edificação, destinado prio-ritariamente ao lazer, isto é, uma área para prática de esporte, jogos e brincadeiras. Esses pontos são utilizados pela população para in-teração social e para distração em momentos livres.

Crianças improvisam campo de futebol em terreno baldio

Falta de saneamento compromete a saúde e o meio ambiente Situado às margens de um dos braços do Rio Macaé, o Novo Botafo-go sofre com a falta de saneamento. Além do esgoto transbordando no meio da rua, boa parte dos dejetos é despejado sem nenhum tipo de tra-tamento no córrego.

O que antes era um rio com águas limpas, hoje virou um depósito de tudo que é detrito. Além do esgoto, o local também sofre com o despejo de resíduos tóxicos, como óleo diesel. Inclusive, no início do ano passado, após denúncias feitas pelo jornal O DEBATE, uma empresa fechou, após ser comprovado que ela esta-va descartando diesel diretamente no recurso hídrico, cometendo um crime ambiental grave e também

colocando a saúde dos moradores do entorno em risco, uma vez que várias pessoas foram parar no Hos-pital Público de Macaé (HPM) com sintomas de dor de cabeça e vômitos gerados pelo cheiro forte.

“Boa parte da poluição é gerada por conta dessas empresas. Eu já

coletei duas amostras da água e levei para as autoridades para que o IMMT fizesse uma análise. Isso já tem uns três meses e até agora não tivemos uma resposta. Já de-nunciamos esses casos ao Inea e à secretaria de Ambiente”, conta Alessandro Silva.

Poluição de braço do Rio Macaé vem comprometendo toda fauna local

Animais criados às margens do rio A exclusão social faz parte do cotidiano das famílias que vivem aglomeradas às margens do rio. Além de todos os dejetos que são despejados a cada segundo no bra-ço do Rio Macaé, as margens, que deveriam ser compostas por mata ciliar, são utilizadas como depósito de lixo e criadouro de animais como porcos, galinhas e patos.

Em um dos trechos, a nossa equipe encontrou mais de 10 ani-mais dividindo espaço com entu-lhos e restos de móveis. Devido a sujeira, parte do recurso hídrico está ficando assoreado. Quando questionados sobre a situação, os moradores preferem não comen-tar sobre o caso.

Tal situação só tem contribuí-do cada vez mais com o aumento da concentração de insetos, ratos, levando doenças a todos da comu-nidade. “Nós temos tido uma infes-tação de roedores e de mosquitos aqui. Recentemente, a equipe da

Dengue esteve aqui, mas já solicitei ao CCZ que eles compareçam para dar um jeito nesse problema de zo-onoses. Já fiz o pedido há mais de 30 dias e estamos aguardando uma visita do órgão na comunidade”, ex-plica Alessandro.

Flagrantes mostram animais sendo criados às margens do córrego

O que diz a prefeitura:Procurada, a secretaria de Obras

informou que a obra de urbanização no bairro Novo Botafogo está em fase de orçamento e o valor esti-mado gira em torno de R$ 12 mi-lhões. O serviço contemplará obras de saneamento, macrodrenagem, iluminação pública e pavimentação.

Quanto ao saneamento, a Em-presa Pública de Saneamento (Esane) ressaltou que tem encami-nhado ao bairro frequentemente o serviço de caminhão limpa fossa. O bairro Novo Botafogo perten-ce ao subsistema Centro onde as obras serão iniciadas no final deste ano, com prazo para conclusão em 2016. Qualquer dúvida ou solicita-ção de serviço, a população pode-rá entrar em contato pelo telefone: 2762-8077 ou 2759-5404.

Já o Centro de Controle de Zo-onoses solicitou ao morador para

entrar em contato pelo telefone: 0800-022-6461, ou se preferir falar com a Ouvidoria da Prefeitu-ra, pode fazê-lo por meio do núme-ro: 0800-022-02-37 e informar o endereço correto onde existe a infestação de roedores.

Já em relação ao problema de poluição no Rio Macaé, o setor de fiscalização da secretaria de Am-biente identificou que a empresa, que o jornal flagrou jogando óleo diesel no ano passado, não está mais operando. Igualmente, as ocu-pações irregulares no entorno do Rio têm provocado o despejo irregular de resíduos. A prefeitura tem como meta da Parceria Público Privada do Saneamento instalar rede de capta-ção, coordenada com a ordenação do uso e ocupação do solo.

Diversos pontos de assoreamen-to ao longo do Rio Macaé foram

identificados por vários estudos, incluindo o Plano de Bacias da Re-gião Hidrográfica VIII, finalizado em 2013. Tal plano apresenta diagnós-tico de toda a região, inclusive ce-nários para os próximos 30 anos e ainda os programas e projetos para dirimir os problemas ambientais re-ferentes à recuperação dos corpos hídricos. Cabe ressaltar que no pe-ríodo de estiagem, o leito do rio fica reduzido, gerando reduções nas taxas de oxigênio comprometendo a qualidade de vida para a fauna que habita esta região.

Por fim, a fiscalização da Semma funciona diariamente e sob regime de plantões para atender denúncias como nos casos de criação de ani-mais às margens do rio, descarte irregular de lixo e demais deman-das da população no que tange a fiscalização ambiental.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014

MEIO AMBIENTE

Nas maiores cidades do país, perda de água tratada chega a quase 40%O estudo considerou a perda no faturamento, ou seja, a diferença entre a água produzida e a efetivamente cobrada dos clientes

Martinho Santafé

Os números do Ranking do Saneamento divul-gados esta semana pelo

Instituto Trata Brasil, com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamen-to de 2012, são alarmantes: a cada 10 litros de água tratada nas 100 maiores cidades bra-sileiras, 3,9 litros (39,4%) se perdem em vazamentos, li-gações clandestinas e outras irregularidades.

O estudo considerou a per-da no faturamento, ou seja, a diferença entre a água produ-zida e a efetivamente cobrada dos clientes. De acordo com o instituto, o indicador de re-ferência para a perda de água por faturamento é 15%. Dos 100 municípios da lista, quatro possuem nível de perda menor ou igual ao patamar. Em 11 de-les, as perdas superam 60% da água produzida.

De acordo com o presidente executivo do Instituto Trata

DIVULGAÇÃO

Só 10% reduziram as perdasApenas 10% dos municípios analisados na pesquisa regis-traram melhoria de mais de 10% na redução de perdas de água. Em média, de acordo com o levantamento, a melho-ra nas perdas dos municípios foi de apenas 0,05% na com-paração entre 2011 e 2012.

As soluções, segundo Car-los, variam de acordo com o tamanho e as características de cada município. Em ci-dades com índices de perda muito elevados, por exemplo, a instalação de equipamentos como controladores de vazão e pressão tem reflexos rápi-dos na perda por vazamentos.

Em relação ao saneamen-to, o ranking mostra que, nos 100 maiores municípios do país, 92,2% da população têm acesso à água tratada. Em 22 das cidades, o atendimento chega a 100%, atingindo a universalização do serviço.

No entanto, os dados de co-leta e tratamento de esgoto são bem inferiores. A média

de população atendida por coleta de esgoto nas cidades avaliadas é 62,46%. Os núme-ros do tratamento são ainda menores: em média, 41,32% do esgoto do grupo de maio-res cidades do país é tratado. Entre as 10 cidades com pio-res índices no quesito, três são capitais: Belém, Cuiabá e Porto Velho, sendo que as du-as últimas têm tratamento de esgoto nulo.

Considerando acesso à água, coleta e tratamento de esgoto e o índice de perdas, o estudo fez um ranking com os 20 municípios com melhores e os 20 com piores resultados em saneamento. Além disso, o instituto traçou uma pers-pectiva de universalização dos serviços nos próximos 20 anos, como quer o governo federal, com base na evolução dos indicadores entre 2008 e 2012.

Entre as 20 cidades com melhores resultados, todas atingiram ou atingirão a me-

ta nos próximos anos. No entanto, nos 20 municípios com piores notas, entre eles seis capitais, apenas um deve atingir a universalização se o ritmo de melhoria se manti-ver. “É um dado preocupante, na medida em que a gente tem uma meta clara para duas dé-cadas”, avalou Édison Carlos.

De acordo com o presidente do Trata Brasil, a situação só será revertida se as políticas de saneamento entrarem na agenda de prioridades dos gestores públicos e a popula-ção pressionar por avanços no setor. “Tem que ser prio-ridade, principalmente dos prefeitos, mesmo as cidades em que os serviços são opera-dos por empresas estaduais. Isso não tira a responsabili-dade dos prefeitos, que têm que brigar por metas mais rápidas e mais amplas. É pre-ciso foco”, avaliou. “O eleitor, o cidadão, tem que cobrar. É investimento, não é milagre”, comparou.

ONS admite não haver previsãopara recuperar os reservatóriosO diretor-geral do Ope-rador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chi-pp, disse esta semana que o órgão não pretende alterar a decisão de preservar os reser-vatórios nas cabeceiras dos rios até chegar a estação de chuvas no país. Segundo ele, apesar da escassez, a medida tem dado resultado, mesmo com os conflitos de interesse. Chipp também informou que não é possível avaliar quando começará a recuperação hí-drica dos reservatórios.

Ele informou que estudos de meteorologia apontam que há possibilidade razoável da estação úmida acontecer den-tro da normalidade, ou seja, em meados de setembro pode começar a transição para a es-tação chuvosa e a tendência é atingir a normalidade em ou-tubro. “Certeza disso a gente nunca tem, de 15 em 15 dias a gente tem reunião, às vezes de semana em semana. A pró-xima reunião vai ser no pró-ximo dia 2, porque tem uma reunião do Comitê de Moni-toramento do Setor Elétrico e eu sempre apresento o qua-dro mais recente”, explicou.

O diretor disse que não é possível avaliar quando se dará a recuperação dos reser-

vatórios após o início do pe-ríodo de chuvas. “A gente não pode dizer se vai chover com a mesma intensidade ou com a intensidade que a gente pre-cisa em todas as bacias. Então a gente não tem a certeza do que vai acontecer. Tem que esperar mais um pouco até esta previsão se configurar”, disse.

Chipp participou da aber-tura do 5º Brazil Windpo-wer, promovido anualmente pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEóli-ca), pelo Conselho Global de Energia Eólica (Gwec) e pelo Grupo CanalEnergia. O en-contro reúne representantes das principais empresas da cadeia produtiva da indústria de energia eólica.

Também na abertura, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, dis-se que, apesar de 2014 ser um ano de hidrologia ruim, os reservatórios estão atual-mente 8 pontos percentuais acima do registrado em 2001, quando houve a crise de ener-gia no país.

Para Tolmasquim, a dife-rença entre os dois períodos explica-se por dois motivos: o crescimento da capacidade

instalada atualmente é maior do que o aumento do consu-mo e a diversificação da ma-triz energética.

“Se pegarmos entre 2005 e 2014, as térmicas a combus-tível fóssil, que agora estão ajudando a evitar o raciona-mento, cresceram ao ritmo de 13 % ao ano. A demanda cres-ceu 5% ao ano. Se pegarmos as térmicas a bagaço de cana, e agora é justamente o período da safra, elas cresceram seis vezes desde 2005. Hoje temos 11 mil megawatts de térmicas que funcionam a biomassa. É uma Belo Monte de térmicas a biomassa”, explicou.

Na energia eólica, o setor está prevendo terminar o ano com 7,2 gigawatts (GW) ins-talados. Segundo a presiden-ta da ABEEólica, Elbia Melo, o número é baseado no que foi vendido nos leilões e que é agregado a cada ano.

Para o futuro, a perspectiva é crescer ainda mais .”Nós va-mos chegar no final de 2018, com tudo que já vendemos até agora, com 14,2 GW instala-dos. Isso é mais ou menos 8% da matriz energética brasilei-ra”, informou, acrescentando que o atuais 5GW de capaci-dade instalada representam 4% da matriz.

Apesar dos registros, os municípios fazem pouco para reduzir as perdas de água por faturamento

Brasil, Édison Carlos, as per-das se refletem diretamente na capacidade de investimen-to das empresas e podem com-prometer a expansão e quali-dade dos serviços. “A perda é um reflexo da gestão da empre-sa. Qualquer autoridade que pensa em saneamento como um negócio, teria que atacar as perdas. Quando a empresa tem perdas muito altas, não conse-gue nem custear o próprio ser-viço. Qualquer litro de água re-cuperado é um litro a mais que ele vai receber”, avaliou.

Apesar dos registros, os municípios fazem pouco para reduzir as perdas de água por faturamento, de acordo com o estudo. Entre 2011 e 2012, mais da metade das cidades pesquisadas (51) não reduziu em nada as perdas ou até pio-rou os resultados no período. Segundo o Trata Brasil, os nú-meros sugerem que “diminuir perdas de água não vem sendo uma prioridade entre os muni-cípios brasileiros”.

Propostas objetivam melhorada gestão dos recursos hídricosA inclusão da água entre os direitos sociais está em análi-se na Câmara dos Deputados. Duas propostas (PECs 39/07 e 213/12) que tramitam juntas sobre este tema já foram apro-vadas na Comissão de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e serão analisadas por uma comissão especial.

As duas PECs alteram a Cons-tituição para incluir o acesso à água entre os demais direitos sociais: educação, saúde, ali-mentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos de-samparados.

A proposta mais recente (PEC 213/12) é da deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP). Além de

ampliar direitos, Pietá quer con-tribuir para o Brasil assegurar água potável ao maior número possível de pessoas, conforme previsto em uma das Metas do Milênio da Organização das Na-ções Unidas (ONU).

“Nós queremos a conscienti-zação de que a água é um direito, de que existe escassez de água no mundo, de que nós precisa-mos preservá-la e, muito mais, de que todo gestor político deve saber gerenciar esse bem finito para que toda a população seja beneficiada por ela, porque água é sinônimo de vida”, diz a depu-tada.

A outra proposta (PEC 39/07) é do deputado Raimundo Go-mes de Matos (PSDB-CE). Pa-ra ele, a medida vai estimular

ações integradas de preservação dos mananciais. “A nossa pro-posta não visa só a obrigatorie-dade do gestor de dar acesso à água potável: é para fazer pro-gramas de conscientização, de revitalização do meio ambiente e de garantia de que possamos ter investimentos paralelos na questão dos resíduos sólidos - que, muitas vezes, poluem essas águas - e do saneamento. São coisas interligadas.”

As duas propostas refletem a atual preocupação do País com a escassez de água. O Bra-sil possui cerca de 12% da água doce do mundo, mas, mesmo assim, convive com dramas de desabastecimento crônico no Nordeste e, agora, também no Sudeste.

Planejamento e e�ciênciaEspecializado em recur-sos hídricos, o professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Antônio Venturi cita o ciclo hidrológico natural para rebater as previsões pessi-mistas quanto ao esgotamento da água no mundo.

Venturi concorda, no en-tanto, que falta gestão correta desses recursos. “A água exis-te e deve ser gerida de forma planejada e eficiente. Há pa-

íses com muito menos água do que o Brasil em que não há racionamento nem outro tipo de problema. São as medidas de gestão que vão assegurar ou não o abastecimento. Mesmo em áreas semiáridas, como no Nordeste, é possível garantir água para todo mundo”, afirma.

Interligação dos sistemas de captação de água, inten-sificação do uso de cisternas, transposição de rios e comba-te mais efetivo aos vazamentos,

às ligações clandestinas e a ou-tras formas de desperdício são alguns dos mecanismos que, segundo o especialista, preci-sam de melhor planejamento e gestão.

Se aprovadas em comissão especial, as propostas que in-cluem o acesso à agua entre os direitos sociais passarão, em seguida, por dois turnos de vo-tação no Plenário da Câmara, antes de seguirem para a aná-lise do Senado.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014 11

1. Férias iguais para todos os profissio-nais da educação (deixar as escolas fechadas nas férias exceto no perío-do de matrículas)

2. Analisar a quantidade de ASG nas escolas (considerar o tamanho da escola, quantidade de alunos, nú-mero de turnos e ver a quantidade de ASG ideal para cada escola)

3. Estender 30% para todos os ASE (inspetores de corredor e secre-taria). Concurso para inspetor de turno, aumentar número dos ASE nas escolas.

4. Passar ASE (1207) de 30 h para 25 h. 5 horas por dia.

5. Aumentar em 30% gratificação dos diretores (200) e coordenadores de turno (18). Diretor com duas matrícu-las ganha menos sendo diretor do que professor por causa dos 30% de regência.

6. 1/3 de planejamento também para supervisor (95), OE (64) e OP (164).

7. Comissão para revisão do PCCV , unificar o PCCV dos profissionais da educação (incluir porteiros e ASG no PCCV). Enquadramento uma vez por ano.

8. 1/3 planejamento para professor C não é hora relógio. Na prática são menos 20 minutos por semana. Professor A (3100) trabalha 15 h por semana.

9. Professor A e C (1300) mudar para 40 h, quem quiser. Aula prepara-ção de matemática e português para Prova Brasil, aumentar IDEB. Aula de reforço todas as disciplinas, diminuir a reprovação. Aumentar IDEB. Professor reserva na escola para substituir falta de professores.

10. Os kombistas receberem por mês ou kilometragem.

11. Os agentes de esportes (FESPOR-TUR) ter um PCCV como da edu-cação, em forma de matriz e com o mesmo objetivo do professor A e C ,

DEBATE

Audiência Pública gera pacote de ações para a EducaçãoMetas foram avaliadas entre o Legislativo municipal e a Comissão de Educação da Câmara Federal

Um pacote com 28 pro-postas de melhorias para Educação de Macaé foi o

resultado da Audiência Pública da Educação realizada na últi-ma quinta-feira (28), no Palá-cio Natálio Salvador Antunes, sede da Câmara de Vereadores de Macaé.

Representantes dos pro-fissionais que atuam na rede municipal de ensino, e em pro-gramas de apoio à formação es-colar, debateram junto com o vereador Guto Garcia (PT) e o deputado federal, presidente da Comissão de Educação na Câmara Federal, Glauber Bra-ga (PSB) as metas previstas pa-

ra expandir o atendimento da rede. Nesta semana, Guto vai entregar o pacote de ações da Educação ao prefeito Dr. Aluí-zio Júnior (PV).

Representando as meren-deiras das escolas públicas, Marlene Silveira destacou a importância da conquista da redução da carga horária para a categoria e solicitou inspe-tores e porteiros nas unidades de ensino, relatando ainda as dificuldades que a falta desses profissionais implicam nas es-colas.

Mariane Jerônimo falou em nome dos professores A e Le-tice Barreto dos professores C.

A Auxiliar de Serviços Escola-res, Nazaré Futema, relatou o dia a dia da função, bem como a Auxiliar de Serviços Gerais, Simone Fernandes.

Alessandra Magno, orienta-dora educacional reivindicou o cumprimento da Lei 11.734 que destina 1/3 de planejamen-to nas unidades de ensino. A supervisora Gelda Tavares enfatizou a importância da participação de todas as cate-gorias nos fóruns de discus-são. Os Agentes de Programa, Esporte e Lazer, estavam re-presentados por Gime Lessa. Todos foram unânimes sobre a melhoraria da estrutura nas

unidades de ensino e o ajuste da equiparação salarial.

O deputado federal, Glauber Braga, parabenizou a demo-cratização da Educação em Macaé com a eleição direta para os diretores de escola e que seja referência para outros municípios. “A Educação tem que ser prioridade. Isso todos nós sabemos. Temos que fazer a diferença com a capacidade de ouvir e coragem para im-plementar”. Para Guto Garcia a Audiência Pública da Educa-ção foi um importante Fórum para que as categorias pudes-sem elaborar o documento que será entregue ao prefeito.

PACOTE

Educaçãorelativo aos agentes e técnicos.

12. Incorporação de gratificação de in-centivo à regência de classe.

13. Aumentar o número de merendeiras da terceirizada.

14. 5 empresas para fazer manutenção nas escolas.

15. Dobrar o valor de pequenas des-pesas das diretoras (30 reais por trimestre por aluno).

16. Duas kombis com equipe de eletri-cista, bombeiro, pedreiro, pintor etc... ligado diretamente a ouvidoria.

17. Abrir licitação para 5 empresas para fazer reforma em 15 escolas.

18. Retirar entulhos nas escolas.19. Concurso entre os arquitetos para

construção de escola padrão. (840 alunos ou 560 alunos). Logística oti-mizada. (12 salas de aula ou 8 salas de aula)

20. Não mudar as regras para eleição direta para diretores. Prova, eleição e curso pós graduação.

21. Prova Macaé (preparação para Prova Brasil (IDEB)). Aulas extra de matemática e português para alunos do quinto e nono ano.

22. Retorno de todos lab de informática. Ter um local de manu-tenção dos computadores.

23. Entrega de material para os alunos. Lápis, borracha, estojo, kit limpeza etc...

24. Colocar 2 ou 3 câmeras de vídeo na entrada das escolas do Ensino Fundamental 2 (19).

25. Guarda municipal fixo nas 19 escolas do Ensino Fundamental 2.

26. Retorno dos jogos estu-dantis. Torneio entre todas escolas públicas e particulares.

27. Metas pré definidas. Bonifi-cação no final do ano, se a escola aumentar o IDEB.

28. Centro de treinamento de formação continuada para professor na Funemac.

DIVULGAÇÃO

Encontro foi presidido por Guto Garcia e contou com a participação de Glauber Braga

Revista Cientí�ca da FSMA: prazo para envio de artigos termina hoje

PESQUISA

a revista sistemas de In-formação, da Faculdade Sale-siana de Macaé (FSMA), con-tinua recebendo artigos para as próximas edições. O veículo está disponível para professo-res, estudantes e profissionais interessados em submeter um artigo para publicação. A revista aceita artigos em pro-cesso de submissão contínua, mas os prazos médios indicam que aqueles que desejam que seus artigos sejam publicados na edição de dezembro devem enviá-los até o dia 31 de agosto. Após essa data, os trabalhos se-rão considerados para a edição de junho/2015.

O processo de seleção é aberto a pesquisadores, professores, es-tudantes e profissionais da área.

Para a Vice-Diretora Acadê-mica da instituição, Ana Cristi-na Lousada, a revista é um avan-ço da instituição na dissemina-ção do conhecimento científico. "É mais uma marca de qualida-de do nosso trabalho e mostra o nosso comprometimento com a disseminação do conhecimento científico", afirma.

A revista já foi acessada mais de 30 mil vezes por cientistas de mais de 100 países, com des-taque especial para os Estados Unidos, Portugal, Índia, Canadá e França - os cinco países com o maior número de acessos após o Brasil. Mas há ainda um núme-ro expressivo de acessos oriun-dos de outras nações, tais como Alemanha, Espanha, Peru, Grã-bretanha, México, Argentina,

O processo de seleção é aberto a pesquisadores, professores, estudantes e profissionais da área.

Itália, China e países árabes.Para o editor chefe da revista

científica, Prof. D SC. Ricardo Linden, esse crescimento in-ternacional mostra a qualidade e a relevância do trabalho que vem sendo realizado. Mesmo se tratando de uma instituição relativamente nova e em uma cidade do interior, o processo de submissão de trabalhos cien-tíficos para a revista é bastante rigoroso. “Nossa intenção é ter uma revista científica no nível das melhores do mundo, por isso prezamos tanto pela quali-dade e pela isenção”, esclareceu.

Os vários parâmetros de qualidade utilizados pela co-munidade científica têm sido atingidos pela revista. O veícu-lo foi classificado como sendo B5 dentro do sistema QUALIS, utilizado pela Coordenação de Pós-Graduação (CAPES) do Ministério da Educação, o que indica que os programas de pós-graduação do Brasil consideram que a Revista Sistemas de Infor-mação da FSMA é um veículo científico de qualidade e digno de suas publicações. Além dis-so, a revista já está indexada em vários bancos de dados interna-cionais, como eRevistas, Open Journal Database, LatIndex e outros.

SUBMISSÃO DE ARTIGOSSeguindo os padrões de qua-

lidade reconhecidos na área de computação, os revisores dos artigos são todos doutores, al-guns de renome internacional. O comitê e conselho editorial são compostos por pesquisado-res de instituições como UFRJ, UFRGS, Unicamp, UFMS e IME, entre outros.

O editor chefe da revista res-

DIVULGAÇÃO

Prof. D SC. Ricardo Linden, editor chefe da revista científica

salta que o processo de sub-missão é contínuo, ou seja, são recebidos trabalhos durante todo o ano. “A data do dia 31 de agosto foi estabelecida apenas para o fechamento da próxima edição”, esclareceu.

Ainda segundo o Prof. Ricar-do Linden, cerca de 30% dos artigos submetidos são aceitos. Mas para ele, até a recusa é um processo educativo. “Se o tra-balho for recusado, os revisores explicam detalhadamente os motivos, de forma que em uma próxima oportunidade sejam aceitos”. Assim, o veículo cien-

tífico cumpre o propósito de promover o conhecimento na área de informática e serve co-mo referência para o desenvol-vimento acadêmico e industrial de todo o país.

O processo transparente e colaborativo para com a ciência nacional tem sido reconhecido pelos autores, que costumam submeter novos trabalhos pa-ra a revista, o que demonstra a qualidade do serviço que lhes é oferecido.

Disponível no site http://www.salesiana.edu.br/si/sis-temas.html.

OCORRÊNCIAS

Motos e carros apreendidos em operação

em continuidade às ações desencadeadas pelo Comando do 32º BPM, foram apreendi-das na última sexta-feira, 18 motos e três carros na cidade. As operações foram realizadas na Comunidade das Malvinas e no Aeroporto. A ação tem como objetivo coibir delitos em toda a área de policiamento.

Também na sexta-feira, se-gundo boletim de ocorrência, foi registrado a recuperação de um veículo. De acordo com as informações da P2, uma Guar-nição procedeu até a Estrada Vicinal de Barro no Imburo - Macaé, onde fez contato com o solicitante, que informou que seu veiculo havia sido furtado na madrugada de sexta-feira (29), não sabendo precisar o

Ação realizada pelo 32º Batalhão de Policia Militar tem como objetivo coibir delitos em toda área de policiamento

horário, só tomando conheci-mento que havia um veiculo com as características do seu, abandonado no Imburo.

Com as informações, a Guar-nição juntamente com o pro-prietário foi até o local informa-do onde encontrou o referido veiculo, produto de furto. A Guarnição conduziu o veiculo e o seu proprietário até a 123ª DP onde foi feito o registro de recu-peração de veículo que se encon-trava parcialmente depenado.

E ainda na sexta-feira, uma guarnição em patrulhamento na Favela da Linha, observou uma pessoa em atitude suspei-ta, que empreendeu fuga ao ver a guarnição. E após uma breve perseguição, a equipe abordou o acusado. E após revista pessoal foi encontrado no seu bolso um pequeno pedaço de maconha enrolado em um guardanapo, onde o acusado alegou ser usuá-rio e que havia comprado a dro-ga na Favela da Linha. Diante do fato, a guarnição procedeu com o acusado à 123ª DP, onde o caso foi registrado.

DIVULGAÇÃO P2

Veículo recuperado (parcialmente depenado) em Macaé Carros e motos apreendidos

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014

SIT e a Mobilidade Urbana, uma questão técnica ou ideológica?

Esta semana surgiu nova-mente o debate a respei-to da quebra do mono-

pólio da empresa SIT (Sistema Integrado de Transporte), que detém todos os serviços de transporte público em Macaé . O assunto da quebra deste monopólio é tratado por alguns como a solução definitiva para o problema do transporte de pessoas na cidade. Mas será que a quebra do monopólio vai resolver esta questão? Tendo a SIT e outras empresas atuando nunca mais teremos proble-mas de superlotações e trânsito engarrafado ?

O debate a respeito do mono-pólio da SIT tem como pano de fundo questões políticas e ide-ológicas e é lamentável vermos alguns representantes eletivos tratando deste assunto tão sé-rio dentro deste formato. Mo-bilidade Urbana é um assunto técnico e é sobre alguns deta-lhes logísticos neste respeito que iremos falar um pouco.

Em países desenvolvidos, a Mobilidade Urbana faz par-te do Plano Diretor de seus municípios, e os trabalhos e estudos a respeito para que a eficiência do sistema seja sa-tisfatório não acabam nunca. A Mobilidade Urbana está intimamente ligada à história e à evolução urbana de cada bairro, região e cidade. Para atender às necessidades deste processo de constante meta-morfose urbana, os gestores públicos têm como rotina a observação das mudanças de comportamento social, seja no aumento ou na diminuição da demanda de transporte. São fundamentais a capacidade de readequação a estas demandas que surgem, ou seja: é um tra-balho constante de observação, coleta de dados, planejamento, readequação.

Outra característica funda-mental são as obras de infra-estrutura necessárias para que todo fluxo de veículos trafegue conforme o planejado. Não adianta veículos se não temos estradas adequadas. E confor-me foi dito estas obras não aca-bam nunca. Nova York é um exemplo de cidade que sempre está em obras: já construíram estradas debaixo do Rio Hud-son e já desativaram ferrovias e estações, tudo em função da demanda e da funcionalidade sustentável da mobilidade ur-bana em uma cidade. Se um modal deixa de ser utilizado por uma população eles simples-mente desativam. A questão é a funcionalidade técnica e eco-nômica de um sistema e isto é conhecido internacionalmente como Sustentabilidade Urbana.

Este processo de estudo, pla-nejamento e obras é visto com bons olhos por toda sociedade moderna e civilizada, pois ge-ra serviços para as empresas, arrecadação de impostos para os governos, pesquisa técnica e científica, mão de obra e por fim uma melhor qualidade de

vida para a população até que surja uma nova demanda e assim novas ações sejam to-madas.

Vamos a um simples levan-tamento de dados:

- Quantas pessoas utilizam ônibus a partir das 06h no Bair-ro Lagomar?

- Quais os destinos?- Quantos ônibus seriam ne-

cessários para transportar es-tas pessoas simultaneamente?

- Quantas pessoas utilizam carros neste horário?

- Qual o fluxo de veículos na Amaral Peixoto e Ponte da Bar-ra neste horário?

- Quais os horários de retor-no desta população?

- São necessárias obras ? Duplicação de pistas? Pontes? Viadutos?

- Estas obras são viáveis eco-nomicamente?

- Mudança de Modal, tipo o ferroviário?

Estas seriam perguntas bási-cas para o levantamento inicial de estudos relativos a um único fluxo de Mobilidade urbana. E um estudo mais completo re-velaria a interligação de um fluxo com outros de partes diferentes da cidade. A partir destes números muitas ações podem ser tomadas, umas sim-ples e outras mais complexas, sejam elas mais ônibus em um determinado horário ou du-plicação de uma pista respec-tivamente. Nada pode ser feito aleatoriamente e sem estudos. É de fundamental importân-cia o reconhecimento destes levantamentos pelos gestores públicos.

Vejo com profunda tristeza o tratamento da questão da Mobilidade Urbana por alguns dentro de uma ótica politica e ideológica. Esta visão não tem comprometimento com a solu-ção de problemas, mas apenas com uma marcação de territó-rio político, com um discurso simplista muito distante de quem trabalha sério com os compromissos públicos.

Antes de qualquer ação em relação ao contrato da SIT um estudo deve ser realizado e apresentado publicamente. Todos devem ter a correta per-cepção dos problemas envolvi-dos em cada bairro e região de nossa cidade. O que deve ser oferecido à população são as melhores soluções possíveis e não apenas a posição ideoló-gica e política de quem odeia empresas e empresários.

Tenho acompanhado de per-to o trabalho desenvolvido pelo novo secretário de Mobilidade Urbana Evandro Esteves, e é uma questão de bom senso ouvir os estudos relativos e as demandas necessárias. O que a Mobilidade Urbana tem pa-ra apresentar para a sociedade macaense é resultado de estu-do, planejamento e trabalho e estes são valores exponencial-mente superiores a qualquer ideia pronta e engessada em conceito de ódio a empresas.

QUESTÃO DELOGÍSTICATecnólogo em Logística Gernandes Mota

PROJETO

Lei do Executivo atenderá demandas de atividades econômicas de baseProjeto aprovado pelo Legislativo na última terça-feira (26) contemplará cerca de 2,5 mil processos na FazendaMárcio [email protected]

A aprovação, nesta sema-na, na Câmara de Ve-readores, do projeto de

lei complementar 004/2014, apresentado pelo Executivo, permitirá à secretaria munici-pal de Fazenda dar andamento à análise de 2,5 mil processos de licenciamento, relativos a atividades econômicas cuja re-gulamentação se enquadra em caráter excepcional e por tempo determinado.

Em meio a um debate entre os vereadores, que teve como propósito aprimorar a norma-tiva, através da apresentação de emenda ao projeto, incluindo na redação da lei o acesso aos tem-plos religiosos, a proposta, assi-nada pelo prefeito Dr. Aluízio Jú-nior (PV), atende principalmen-te atividades consideradas como base da economia macaense.

“A nova lei garantirá uma no-va política para a regularização de estabelecimentos a partir de ações que visam desburocrati-zar o licenciamento”, destacou o secretário municipal de Fa-zenda, Ramirez Candido.

Atualmente, a legislação em vi-gor cria alguns impasses que dei-xam a administração municipal apenas a possibilidade de inter-dição dos estabelecimentos que não cumprem todos os requisitos

necessários ao licenciamento. Com esse projeto, a Fazenda

tenta solucionar um contin-gente entre 2 mil e 2,5 mil pro-cessos de licenciamento, cuja tramitação encontra-se parada

por falta de uma maior flexibi-lidade da legislação até então existente.

De acordo com Ramirez, a proposta integra o conjunto de ações voltadas para o aperfeiço-

amento contínuo da qualidade de atendimento da Fazenda Municipal ao contribuinte ma-caense, o qual atingirá seu ápice com a aprovação do novo Códi-go Tributário Municipal.

WANDERLEY GIL

Ramirez destacou a importância da nova regulamentação para desburocratizar processos

Tecnologia impulsiona produção a petrobras ganhou um aliado de peso para acelerar e aumentar a produção no pré-sal. Trata-se das Boias de Sustentação de Risers (BSRs) ou boias flutuantes, tecnologia que permite instalar de forma segura os dutos que transpor-tam o petróleo do poço, no lei-to marinho, até as plataformas, na superfície da água. A boia tem dez metros de altura, 40 metros de largura e 52 metros de comprimento, o que equiva-le a aproximadamente metade de um campo de futebol.

Com as boias, o sistema de transporte de petróleo fica

mais protegido das ondas e das fortes correntes marítimas, co-mum na Bacia de Santos, área do pré-sal. Isso porque as boias trazem uma maior estabilida-de para o sistema de produção e permitem que a Petrobras comece a instalar os equipa-mentos submarinos antes mesmo da chegada da plata-forma ao local de produção. O conceito da BSR começou a ser desenvolvido na década de 90 com o objetivo de minimizar a transferência dos movimentos das plataformas para os risers de produção.

Quatro boias já foram insta-

ladas na Bacia de Santos, sendo duas no FPSO (plataforma que produz, armazena e transfere petróleo, na sigla em inglês) Cidade de São Paulo, instala-do no campo de Sapinhoá, e as outras duas no FPSO Cidade de Paraty, na área nordeste do campo de Lula. Três novos poços produtores no FPSO Cidade de São Paulo já foram interligados após a conclusão da instalação das BSRs e atu-almente a produção total da plataforma é de 120 mil barris diários de petróleo (capacida-de máxima da plataforma) com quatro poços produtores.

No FPSO Cidade de Para-ty, já foram interligados dois novos poços produtores, após a conclusão da instalação das boias de sustentação e atu-almente a produção total da plataforma é de 95 mil barris diários de petróleo, com três poços produtores. Nas próxi-mas semanas, será interligado mais um poço produtor, o que permitirá alcançar a capaci-dade máxima de produção da plataforma, de 120 mil barris diários. A produção no pré-sal já atingiu o recorde de 546 mil barris de petróleo por dia em 13 de julho deste ano.

Petrobras garante que pré-sal tem os poços mais produtivos

PRODUÇÃO

os poços de petróleo mais pro-dutivos do Brasil estão no pré-sal, de acordo com a Petrobras. Loca-lizado no campo de Sapinhoá, na Bacia de Santos, o melhor poço do país produz em média 34 mil barris por dia.

O poço é um dos quatro in-terligados ao FPSO Cidade de São Paulo, que atingiu sua ca-pacidade máxima de produção - 120 mil barris por dia - em ju-lho, com apenas quatro poços. FPSO (Floating Production Storage Offloading Unit) é a sigla em inglês que identifica uma plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo.

A superação das previsões iniciais da Petrobras também aconteceu com a plataforma Cidade de Angra dos Reis, no campo de Lula. Inicialmente, a previsão era de que ela atingis-se sua capacidade, de 100 mil barris por dia, por meio de seis poços. Mas foram necessários apenas quatro, cada um produ-zindo cerca de 24 mil barris por dia, para chegar à marca.

Na comparação com a produti-

Companhia aposta em novas tecnologias para ampliar a produção de petróleo em reservas de águas profundas

vidade de outras áreas similares no mundo, o pré-sal da Bacia de Santos, com média de 25 mil bpd, assume a liderança. No Mar do Norte, a média é 15 mil barris de petróleo por poço/dia e, no Gol-fo do México, são 10 mil barris de petróleo por poço/dia.

Até o mês de julho de 2014, as áreas de pré-sal da Bacia de Santos contavam com 28 poços

produtores, sendo 13 da Bacia de Santos e 15 da Bacia de Campos. Os bons resultados dos poços do pré-sal fizeram com que a região atingisse o recorde diário de 546 mil barris produzidos no dia 13 de julho. O número ultrapassou em 5% o recorde anterior de 24 de junho, quando a produção foi de 520 mil barris.

As perspectivas para o pré-sal

são de produção ainda maior nos próximos quatro anos. Até o final de 2018, devem ser instaladas 20 novas plataformas na região, sen-do 19 na Bacia de Santos. Isso ele-vará a contribuição do pré-sal pa-ra 52% da produção total da com-panhia. Das reservas provadas da Petrobras no Brasil (16 bilhões de barris de óleo equivalente), 27% estão no pré-sal.

AGÊNCIA PETROBRAS

Produção de petróleo no pré-sal continua sendo a maior aposta da Petrobras

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 31 de agosto e segunda-feira, 1 de setembro de 2014 13

FUTEBOL AMERICANO

Macaé Oilers disputa Liga Fluminense de Futebol Americano A equipe que representa a cidade, disputará a segunda partida contra o Giants United pela competição Fluminense

Maira [email protected]

Neste ano passou a exis-tir o time Macaé Oilers, uma equipe de Futebol

Americano que representa a cidade. Através de uma orga-nização por parte do grupo e da vinda do atual técnico, os Oilers passaram a participar de uma competição oficial, a LIFFA (Liga Fluminense de Futebol Americano).

Segundo o jogador da equi-

pe Fernando Cerveira, a ideia do time existia há alguns anos, começaram com “peladas” na praia campista em frente ao Clube Cidade do Sol, sempre entre amigos. Foi a alguns anos que tudo se organizou e toma-ram proporções mais sérias, quando viram que existia a possibilidade de participar da LIFFA e também quando apa-receu o atual técnico, o texano Patrick Ribeiro.

Para entrar na competição fluminense, a equipe macaen-

se jogou dois amistosos de pré-temporada. O primeiro ocorreu em abril, contra o Yetis, fora de casa. Em julho, aconteceu o se-gundo amistoso, em casa, diante do Federals. No domingo (17), o Macaé Oilers jogou a primeira partida da Liga Fluminense de Futebol Americano encarando novamente os Yetis, perdendo o jogo por 31 a 27. Agora, o pró-ximo confronto será neste do-mingo (31) perante o Itaperuna Giants United, em Itaperuna, pela conferência Norte.

LÍLIA VÍDEO

A equipe do Oilers jogou neste ano dois amistosos e uma partida pela Liga da modalidade

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