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Notas ao Balanço e Conta de Ganhos e Perdas As Notas cuja numeração se encontra ausente não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 1. Informações gerais 1.1. Domicílio e forma jurídica da empresa de seguros, o seu país de registo e o endereço da sede registada (e o local principal dos negócios, se diferente da sede registada). A GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA, foi constituída em 1991, sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de desenvolver a actividade do ramo vida em Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal, tendo a sua sede na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa. 1.2. Descrição da natureza do negócio da empresa de seguros e do ambiente externo em que opera. A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para o ramo vida, para o qual obteve a devida autorização do Instituto de Seguros de Portugal, sendo a sua actividade exercida essencialmente em Portugal. O Mercado segurador: Em 2008, o mercado segurador apresentou uma evolução positiva de 11,5%, tendo ultrapassado os 15 mil milhões de euros de volume de prémios, com uma quota do ramo Vida de 72% e dos ramos Não Vida apenas de 28%. Este crescimento da actividade seguradora deve-se, exclusivamente, ao Ramo Vida sendo que os Ramos Não Vida decresceram, mantendo uma tendência de estagnação iniciada em 2006. Valor Variação Quota Vida 11.012 + 17,5% 72% Não Vida 4.324 - 1,3% 28% Total 15.336 + 11,5% 100% O forte desenvolvimento do Ramo Vida nos últimos anos justifica que, nesta área, a actividade seguradora portuguesa tenha uma taxa de penetração moderada sobre o PIB, acima do nível médio europeu, o que não acontece nos Ramos Não Vida onde ainda temos um índice de equipamento deste tipo de seguros relativamente baixo. Mercado Segurador Vida O valor total de prémios alcançado pelo mercado Vida em 2008 foi de 11 mil milhões de euros e apresentou um crescimento de 17,5%. A forte evolução do Ramo Vida confirma a tendência de crescimento por patamares a que vimos assistindo desde há anos; esta evolução irregular justifica-se, essencialmente, pelas flutuações dos mercados financeiros (evolução de taxa de juro e comportamento das Bolsas) o que provoca fortes evoluções nas atitudes dos Clientes face aos produtos de investimento, bem como alteração na política de distribuição dos grandes líderes de bancassurance do mercado. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 1 de 53

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Notas ao Balanço e Conta de Ganhos e Perdas As Notas cuja numeração se encontra ausente não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 1. Informações gerais 1.1. Domicílio e forma jurídica da empresa de seguros, o seu país de registo e o endereço da sede registada (e o local principal dos negócios, se diferente da sede registada). A GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, SA, foi constituída em 1991, sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objectivo de desenvolver a actividade do ramo vida em Portugal. A Companhia encontra-se registada em Portugal, tendo a sua sede na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa. 1.2. Descrição da natureza do negócio da empresa de seguros e do ambiente externo em que opera. A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguros para o ramo vida, para o qual obteve a devida autorização do Instituto de Seguros de Portugal, sendo a sua actividade exercida essencialmente em Portugal. O Mercado segurador: Em 2008, o mercado segurador apresentou uma evolução positiva de 11,5%, tendo ultrapassado os 15 mil milhões de euros de volume de prémios, com uma quota do ramo Vida de 72% e dos ramos Não Vida apenas de 28%. Este crescimento da actividade seguradora deve-se, exclusivamente, ao Ramo Vida sendo que os Ramos Não Vida decresceram, mantendo uma tendência de estagnação iniciada em 2006.

Valor Variação Quota Vida 11.012 + 17,5% 72% Não Vida 4.324 - 1,3% 28%

Total 15.336 + 11,5% 100% O forte desenvolvimento do Ramo Vida nos últimos anos justifica que, nesta área, a actividade seguradora portuguesa tenha uma taxa de penetração moderada sobre o PIB, acima do nível médio europeu, o que não acontece nos Ramos Não Vida onde ainda temos um índice de equipamento deste tipo de seguros relativamente baixo.

• Mercado Segurador Vida

O valor total de prémios alcançado pelo mercado Vida em 2008 foi de 11 mil milhões de euros e apresentou um crescimento de 17,5%. A forte evolução do Ramo Vida confirma a tendência de crescimento por patamares a que vimos assistindo desde há anos; esta evolução irregular justifica-se, essencialmente, pelas flutuações dos mercados financeiros (evolução de taxa de juro e comportamento das Bolsas) o que provoca fortes evoluções nas atitudes dos Clientes face aos produtos de investimento, bem como alteração na política de distribuição dos grandes líderes de bancassurance do mercado. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 1 de 53

Estes números escondem porém situações bastante heterogéneas pois, se retirarmos os quatro líderes do mercado (grupos de bancassurance que pesam 78% e que cresceram 28%) o restante mercado apresenta um decrescimento significativo (-10,3%), e num conjunto de 24 Companhias a operar no mercado, metade está a decrescer ou em estagnação. Esta evolução em 2008, com ritmos tão diferentes, revela a fortíssima concorrência existente no interior do mercado e sobretudo a forte concorrência com produtos bancários de curto prazo, que apresentaram, em 2008, taxas muito elevadas e permitiram aos Bancos captar fundos aos Clientes que deram preferência aos produtos de grande liquidez e de curto prazo. A subida registada nalgumas companhias justifica-se também pela preocupação de aforro das famílias, na procura de produtos financeiros das Companhias de Seguros que, em grande parte, oferecem o refúgio ideal no contexto difícil da situação económica e financeira actual. Do montante total de prémios, 56% refere-se a produtos de poupança e investimento, em grande parte prémios únicos, sujeitos à forte influência da actividade dos operadores de bancassurance que pesam mais de 80% do mercado Vida; este tipo de produtos teve em 2008 uma evolução muito significativa (+19%). A forte subida do sector Vida deve-se, também e em grande parte, ao aumento significativo dos PPR’s (+44%), o que está certamente ligado à cada vez maior preocupação dos portugueses pelo futuro das suas reformas, o que tem sido bem aproveitado pelo sector segurador que continua a ser o principal operador na oferta de PPR’s em todo o sector financeiro nacional. Os seguros ligados a fundos de investimento ressentiram-se das performances negativas das bolsas, tendo portanto o mercado sido dirigido, em parte, para produtos não ligados a fundos de investimentos, e portanto com garantia de capital e juros.

No seu conjunto, os produtos financeiros pesam 68% da actividade vida, o que revela o papel importantíssimo das Companhias Vida na recolha de poupanças, a médio e longo prazo, e consequente peso na gestão de activos financeiros na economia portuguesa. A confirmar essa importância das Companhias Vida como gestores financeiros, salienta-se que o volume de provisões matemáticas do ramo Vida, em Dezembro 2008 já atingiam, o montante de 40 mil milhões de euros, com uma evolução positiva (+0,3%) e ao contrário de outros sectores financeiros em crise houve no mercado segurador uma manutenção dos valores em gestão, o que é um sinal positivo de estabilidade e segurança do sector segurador. A carteira de seguros de Risco e Rendas cresceu também em 2008 a uma taxa interessante (+13%), muito superior à inflação. 2. Informação por segmentos 2.1. Indicação dos tipos de produtos e serviços incluídos em cada segmento de negócio relatado, referindo a composição de cada segmento geográfico relatado, quer principal quer secundário. Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio. Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 2 de 53

A Companhia considera como segmento principal o segmento de negócio. Relativamente a este segmento, efectuar-se-á o relato da informação por produto, dividindo entre produtos de poupança, previdência e reforma. Os produtos de poupança são produtos que preenchem as necessidades de investimento dos tomadores de seguro. Por outro lado, os produtos de previdência, protegem o tomador de seguro contra os riscos de morte, invalidez, doença grave e outros. Todos os contratos incluídos neste último segmento garantem benefícios ao tomador de seguro. Os produtos de reforma destinam-se aos clientes que pretendam assegurar um complemento de reforma individual. No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal pelo que existe apenas um segmento. 2.2. Relato por segmentos de negócio e por segmentos geográficos Segmento principal - segmento de negócio 31 de Dezembro de 2008

Poupança Previdência Reforma Total

Prémios brutos emitidos 21.761.735 10.144.586 31.206.788 63.113.109 Prémios de resseguro cedido 0 -3.602.163 0 -3.602.163 Proveitos e ganhos de investimentos 9.840.418 1.589.894 6.946.925 18.377.237 Outras receitas / (despesas) 267.799 43.268 189.055 500.122 Ganhos 31.869.952 8.175.585 38.342.768 78.388.305

Custos com sinistros liquidos resseguro 46.329.086 4.822.539 36.700.535 87.852.160 Provisão matemética -18.729.322 -1.887.541 -2.263.986 -22.880.849 Participação nos resultados liquida de resseguro 158.853 3.568.783 976.719 4.704.355 Perdas de investimentos 3.680.901 615.007 2.687.230 6.983.138 Custos de exploração liquidos 2.110.582 35.886 1.698.992 3.845.460 Perdas 33.550.100 7.154.674 39.799.490 80.504.264

Resultado antes de Impostos -1.680.148 1.020.911 -1.456.722 -2.115.959

Imposto 517.179

Resultado líquido do Exercício -1.598.780

Segmento principal - segmento de negócio 31 de Dezembro de 2007

Poupança Previdência Reforma Total

Prémios brutos emitidos 25.749.663 10.884.996 28.514.626 65.149.285 Prémios de resseguro cedido 0 -3.252.859 0 -3.252.859 Proveitos e ganhos de investimentos 9.435.959 1.753.408 6.151.044 17.340.411 Outras receitas / (despesas) 275.541 51.202 179.617 506.360 Ganhos 35.461.163 9.436.747 34.845.287 79.743.197

Custos com sinistros liquidos resseguro 31.316.668 5.198.884 30.789.330 67.304.882 Provisão matemética -1.582.334 -841.772 809.213 -1.614.893 Participação nos resultados liquida de resseguro 937.304 3.051.259 1.631.840 5.620.403 Perdas de investimentos 2.777.016 144.748 507.784 3.429.548 Custos de exploração liquidos 295.444 3.742.885 234.061 4.272.390 Perdas 33.744.098 11.296.004 33.972.228 79.012.330

Resultado antes de Impostos 1.717.065 -1.859.257 873.059 730.867

Imposto -125.289 Resultado líquido do Exercício 605.578

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Segmento secundário – segmento geográfico Tal como referido em 2.1 acima, todos os contratos são celebrados em Portugal pelo que existe apenas um segmento geográfico. 3. Base de preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas 3.1. Descrição da(s) base(s) de mensuração usada(s) na preparação das demonstrações financeiras e das políticas contabilísticas, aplicáveis aos diversos activos, passivos e rubricas de capital próprio, relevantes para uma compreensão das demonstrações financeiras. Até 31 de Dezembro de 2007, inclusive, as demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas com base nos livros e registos contabilísticos da Companhia, mantidos de acordo com os princípios definidos no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, publicado no Diário da República n.º 127/94, IIº Suplemento, 3ª Série, de 1 de Junho de 1994, e com base na Norma n.º 14/95-R e outras normas específicas emanadas pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP). No âmbito do disposto no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, com as alterações introduzidas pela Norma n.º 20/2007-R de 31 de Dezembro, a Companhia adoptou na preparação destas demonstrações financeiras as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC, ou IFRS), nos termos do Artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, com excepção da IFRS 4 em que apenas são adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. Transição para as IFRS Na preparação das demonstrações financeiras reportadas a 31 de Dezembro de 2008 e na determinação dos ajustamentos de transição, a Companhia decidiu adoptar as regras de transição estabelecidas no IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas de Relato Financeiro, nomeadamente no que se refere à preparação de informação comparativa e à aplicação retrospectiva dos IFRS. Assim, os valores comparativos apresentados para o ano de 2007 incluem os ajustamentos de transição de forma a reflectir as alterações introduzidas pela aplicação das IFRS, nomeadamente, a valorização de determinados investimentos ao justo valor e a amortização do prémio/desconto de aquisição dos títulos de rendimento fixo pelo método da taxa efectiva, tal como enunciado pelo IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Ver nota 35 com reconciliação do capital próprio decorrente dos ajustamentos de transição para o novo PCES, de base IFRS. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 4 de 53

Bases de mensuração:

• Demonstrações Financeiras expressas em Euros; • Demonstrações Financeiras preparadas de acordo com o principio do custo histórico, com

excepção dos activos e passivos registados ao justo valor, nomeadamente activos financeiros ao justo valor através de resultados e disponíveis para venda;

• A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas encontram-se analisadas na Nota 3.3.

Políticas contabilísticas: As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes: a) Princípio da especialização de exercícios Os custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Uma vez que os prémios de seguro directo são reconhecidos como proveitos na data do processamento ou renovação da respectiva apólice e os sinistros são registados aquando da participação, a Companhia realiza no final de cada exercício determinadas especializações contabilísticas de custos e proveitos, como segue:

(i) Provisão matemática As provisões matemáticas do Ramo Vida têm como objectivo registar o valor actual das responsabilidades futuras da Companhia, relativamente às apólices emitidas, e são calculadas mediante tabelas e fórmulas plenamente enquadradas no normativo do ISP. As provisões matemáticas são Zillmerizadas e o respectivo efeito é abatido às mesmas. Em 31 de Dezembro de 2008 o montante da Zillmerização ascendia a 396.894 euros (2007: 444.672 euros).

(ii) Provisão para sinistros A provisão para sinistros corresponde ao valor previsível dos encargos com sinistros ainda não regularizados ou já regularizados mas ainda não liquidados no final do exercício. Esta provisão foi determinada como segue:

• a partir da análise dos sinistros pendentes no final do exercício e da consequente estimativa da responsabilidade existente nessa data; e

• pela provisão fundamentada em bases estatísticas sobre o valor dos custos com sinistros do exercício, exceptuando vencimentos e resgates, por forma a fazer face à responsabilidade com sinistros declarados após o fecho do exercício (IBNR).

(iii) Provisão para participação nos resultados

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Provisão para participação nos resultados a atribuir: Corresponde ao valor existente no Fundo para Dotações Futuras na data de transição, corrigido dos ajustamentos decorrentes da nova classificação dos investimentos e respectiva valorização (em conformidade com o definido no novo PCES). Provisão para participação nos resultados atribuída: Corresponde aos montantes atribuídos aos tomadores de seguro ou aos beneficiários dos contratos, a título de participação nos resultados, e que ainda não tenham sido distribuídos. (iv) Provisões técnicas de resseguro cedido As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos critérios acima descritos para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor. (v) Comissões de mediação As comissões de mediação são representadas pela remuneração contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de investimento. As comissões contratadas são registadas como custos no momento de emissão dos respectivos prémios ou renovação das respectivas apólices.

b) Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objectivo reduzir o montante dos prémios em cobrança ao seu valor estimado de realização. O cálculo destes ajustamentos é efectuado com base nos valores dos prémios por cobrar, aplicando os critérios definidos pelo ISP. Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos saldos a receber resultantes de operações de seguro directo, de resseguro ou outras, à excepção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculada em função da antiguidade dos referidos saldos, de acordo com o normativo definido pelo ISP. c) Instrumentos financeiros

(i) Classificação

A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias: � Activos financeiros detidos para negociação Aqueles adquiridos com o objectivo principal de gerarem valias no curto prazo. � Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas

Esta categoria inclui os derivados embutidos, designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com as variações subsequentes reconhecidas em resultados. � Activos financeiros disponíveis para venda

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Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que (i) a Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas. � Investimentos a deter até à maturidade

São os activos financeiros sobre os quais exista a intenção e a capacidade de detenção até à maturidade, apresentando uma maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis. Em caso de venda antecipada, a classe considera-se contaminada e todos os activos da classe têm de ser reclassificados para a classe, disponíveis para venda. (ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento Aquisições e alienações: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) activos financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são reconhecidos na data da negociação (“trade date”), ou seja, na data em que a Companhia se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros referidos acima são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transacção são directamente registados em resultados. Os activos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os activos. (iii) Mensuração subsequente Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas. Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao accionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais, registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em reservas (capital próprio) e posteriormente transferidas para a conta de participação nos resultados a atribuir. Ainda relativamente aos activos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efectiva, (ii) as variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por contrapartida de resultados e (iii) as variações no justo valor (excepto risco cambial) – conforme descrito acima. Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa efectiva, com as amortizações (juros, valores incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.

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O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”). Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções parametrizados de modo a reflectir as particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado. Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor e as acções não cotadas são registados ao custo de aquisição.

(iv) Imparidade

A Companhia avalia, regularmente, se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de ganhos e perdas. A Companhia considera que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, se encontra em imparidade, após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas pelo Grupo, sempre que: (i) para os títulos de rendimento variável cotados:

• A cotação em bolsa dos últimos 6 meses foi permanentemente inferior a 80% do valor de custo; ou

• se na data de fecho a cotação é inferior a 70% do preço de custo.

Estes rácios podem ser ajustados em função da volatilidade média dos mercados nos últimos 6 meses da forma seguinte:

Permanecem inalterados se a volatilidade for inferior a 15%; São respectivamente de 75% e 65% se a volatilidade estiver entre 15%

(inclusive) e 20% (exclusive); São respectivamente de 70% e 60% se a volatilidade estiver entre 20%

(inclusive) e 25% (exclusive); São respectivamente de 65% e 55% se a volatilidade estiver entre 25%

(inclusive) e 40% (exclusive); São respectivamente de 60% e 50% se a volatilidade for igual ou superior a

40%.

• Se cumprir ambas as condições, é registada uma imparidade igual à situação mais penalizadora.

(ii) para os títulos de rendimento fixo e para títulos não cotados:

• Existência de um evento (ou eventos) que tenha impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para a conta de ganhos e perdas.

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Relativamente aos títulos de rendimento variável, a imparidade terá que ser reforçada, sempre que a perda potencial em reservas aumente. No caso dos títulos de rendimento fixo, se num período subsequente o montante da perda potencial diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição, sempre que o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade.

d) Outros Instrumentos financeiros – derivados embutidos Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período. O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. e) Activos fixos tangíveis e intangíveis

(i) Activos fixos tangíveis Os activos tangíveis da Companhia estão contabilizados ao custo histórico de aquisição, sendo as amortizações calculadas segundo o método de quotas constantes, para aquisições até 31 de Dezembro de 2007, e por duodécimos para aquisições posteriores a essa data, de forma a que os bens estejam totalmente reintegrados no fim da vida útil estimada, tendo em conta as seguintes taxas anuais:

Equipamento administrativo 10% a 12,50% Máquinas e ferramentas 20% Equipamento informático - Computadores 25% Equipamento informático - Programas 33% Instalações interiores 10% Material de transporte 25%

Outro equipamento 10% a 12,5%

Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

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(ii) Activos intangíveis Estes bens intangíveis estão contabilizados ao respectivo custo histórico de aquisição e as suas amortizações são calculadas tendo por base o período em que se estima que tais bens vão produzir benefícios económicos para a Companhia, através da aplicação do método de quotas constantes, para aquisições até 31 de Dezembro de 2007, e por duodécimos para aquisições posteriores a essa data, com base nas seguinte taxas anuais que reflectem, de forma razoável, a vida útil estimadas dos bens: Taxa anual Despesas em edifícios arrendados 10%

Trespasses 20%

(iii) Imparidade de activos não financeiros

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, de acordo com a IAS 36, é estimado o seu valor recuperável, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na conta de ganhos e perdas para os activos registados ao custo.

f) Imposto sobre o rendimento Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com items que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, com excepção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no futuro. Os impostos diferidos activos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as referidas diferenças. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 10 de 53

g) Responsabilidades por férias e subsídios de férias Este passivo corresponde a cerca de dois meses de remunerações e respectivos encargos, baseados nos valores do exercício, e destinam-se a reconhecer as responsabilidades legais existentes no final de cada período perante os empregados, pelos serviços prestados até aquela data, a pagar posteriormente. h) Benefícios aos empregados Nos termos do estabelecido no Contrato Colectivo dos Trabalhadores de Seguros, a Companhia assumiu a responsabilidade de pagar aos seus empregados pensões de reforma por velhice e por invalidez, encontrando-se essa responsabilidade integralmente coberta e financiada, em 31 de Dezembro de 2008, pelo Fundo de Pensões. O plano de pensões existente na Companhia corresponde a um plano de benefícios definidos, uma vez que define os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição. A Companhia contabiliza os ganhos e perdas actuariais de acordo com o método do SORIE, ou seja, os ganhos e perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio. i) Provisões São reconhecidas provisões quando (i) a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. j) Reconhecimento de juros e dividendos Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando recebidos. k) Reporte por segmentos Ver nota 2. l) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de valor onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 11 de 53

m) Terrenos e edifícios Ver nota 9. n) Contratos de seguro e contratos de investimento – classificação A Companhia, em conformidade com o previsto na IFRS 4, tem os seus contratos classificados como:

(i) Contratos de seguro: Contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro incerto especificado o afectar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4 (seguros de vida puros); ii) Contratos de investimento: Contratos que envolvem exclusivamente risco financeiro. Estes contratos podem ainda ser diferenciados entre contratos puramente financeiros e aqueles que possuem uma característica de participação discricionária. Se os contratos de investimento forem puros cairão no âmbito da IAS 39 (é o caso dos produtos unit-linked comercializados pela Companhia), enquanto os contratos com a característica de participação discricionária se inserem na IFRS 4 (Produtos de capitalização com participação nos resultados).

o) Transacções em moeda estrangeira As conversões para euros das transacções em moeda estrangeira são efectuadas ao câmbio em vigor na data em que ocorrem. Os valores dos activos expressos em moeda de países não participantes na União Económica Europeia (UEM) são convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado pelo Banco de Portugal. As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data de balanço, são contabilizadas na conta de ganhos e perdas do exercício.

3.2. Descrição da natureza, impacto e justificação das alterações nas políticas contabilísticas. Não ocorreram alteração de políticas contabilísticas em 2008 face a 2007 (após conversão para novo plano de contas). Ver os principais impactos resultantes da transição em 3.4. 3.3. Descrição das principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na elaboração das demonstrações financeiras, com indicação dos principais pressupostos relativos aos exercícios seguintes, e outras principais fontes de incerteza das estimativas à data do balanço, que apresentem um risco significativo de provocar um ajustamento material nas quantias escrituradas de activos e passivos durante os próximos exercícios financeiros. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos, são analisadas como segue: Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 12 de 53

a) Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda A Companhia determina que existe imparidade nos seus activos disponíveis para venda quando existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a Companhia avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor. Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da Companhia. b) Pensões e outros benefícios a empregados A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados. c) Provisões técnicas e passivos financeiros relativos a contratos de seguro e de investimento, respectivamente. Ver Nota 4.1.b). 3.4. Alterações relevantes relativamente ao exercício anterior, designadamente na fase de transição para o novo regime contabilístico. Ver quadro com alterações no capital próprio da Companhia, introduzidas pela conversão para o novo plano de contas, na Nota 35. A Companhia efectuou a conversão para o novo plano de contas em 01 de Janeiro de 2007, de forma a ter valores comparativos, de base IFRS, em 2008, data da primeira apresentação obrigatória das contas em conformidade com o novo plano. Após a conversão para o novo plano de contas, não ocorreram quaisquer alterações da política contabilística. Abaixo, identificamos algumas áreas em que a adopção das IFRS, tal como adoptadas pelo ISP, assumiu um maior impacto:

• Mensuração das carteiras de investimento ao valor de mercado (no anterior plano de contas as obrigações eram valorizadas pelo método do custo amortizado linear);

• Tratamento do “Fundo para dotações futuras”; • Mensuração da imparidade; • Mensuração de terrenos e edifícios; • Mensuração da responsabilidade associada ao plano de pensões; • Contabilização de impostos diferidos; • Classificação de contratos (seguros versus investimento);

(Ver quadro com alterações no capital próprio da Companhia, introduzidas pela conversão para o novo plano de contas, na Nota 35).

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4. Natureza e extensão das rubricas e dos riscos resultantes de contratos de seguro e activos de resseguro 4.1. Prestação de informação que permita identificar e explicar as quantias indicadas nas demonstrações financeiras resultantes de contratos de seguro, incluindo, nomeadamente: a) Informação acerca das políticas contabilísticas adoptadas relativamente a contratos de seguro e a activos, passivos, rendimentos e custos ou gastos relacionados; Ver descrição no ponto 3.1 b) Processo usado para determinar os pressupostos que têm maior efeito na mensuração dessas quantias, incluindo um resumo das principais hipóteses consideradas no cálculo da provisão matemática relativa ao seguro de vida e ao seguro de acidentes de trabalho (quantificação de todos os pressupostos quando praticável);

PROVISÕES MATEMÁTICAS

- Provisões Matemáticas Aniversárias: As Provisões Matemáticas Aniversárias são calculadas contrato a contrato e de acordo com o método actuarial prospectivo, correspondendo este ao valor actual das responsabilidades da Companhia de Seguros deduzido do valor actual dos prémios futuros. Considerando o princípio da suficiência da provisão para encargos futuros, os encargos de gestão continuam a estar previstos nas Provisões Matemáticas calculadas a prémio de inventário. Provisões Matemáticas referentes a 31.12. n: Produtos Clássicos (Vida Inteira; Rendas; Temporários; Mistos; etc.) O cálculo é efectuado por interpolação linear das provisões matemáticas aniversárias, considerando que os contratos em média são efectuados a meio do ano, deduzidas do valor correspondente ao fraccionamento do prémio de inventário não recebido no exercício e dos custos de aquisição não amortizados, para as apólices emitidas a partir de 01.01.1984. Produtos de Capitalização, Reforma e Operações de Capitalização O cálculo é efectuado, considerando o tempo decorrido no exercício em relação a cada contrato (pro-rata temporis). Produtos Ligados a Fundos de Investimento O cálculo é efectuado, considerando o número e o valor da unidade de participação, à data do cálculo, por “Fundo” e por apólice. Coberturas Complementares O cálculo é efectuado considerando que os contratos em média são efectuados a meio do ano. A Provisão Matemática de Inventário dos contratos de produtos financeiros, corresponde à conta poupança adquirida à data de 31.12.n, calculada depois da incorporação da participação nos resultados e acrescida da provisão para encargos futuros de gestão.

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 14 de 53

c) Informação acerca das metodologias de cálculo das estimativas dos montantes a atribuir aos tomadores de seguros ou beneficiários e dos montantes efectivamente atribuídos como participação nos resultados (quantificação de todos os pressupostos quando praticável);

PROVISÃO PARA PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

Os critérios utilizados no cálculo da Participação nos Resultados das modalidades que a prevêem, assim como o método de atribuição e distribuição, estão de conformidade com o estabelecido no plano de participação nos resultados das respectivas modalidades em vigor na Companhia, não se tendo verificado alterações nem em relação ao aprovado pelo Instituto de Seguros de Portugal aquando da sua autorização ou comunicação, nem aos cálculos efectuados em 2007.

A Companhia continua a dar cumprimento ao previsto no seu Plano de Participação nos Resultados.

O montante da Provisão para Participação nos Resultados corresponde à soma das provisões para participação nos resultados, dos vários “Fundos Autónomos” constituídos à data de 31.12.2008. d) Efeito de alterações nos pressupostos usados para mensurar activos e passivos por contrato de seguro, mostrando separadamente o efeito de cada alteração que tenha um efeito material nas demonstrações financeiras; As taxas técnicas de juro utilizadas no cálculo das Provisões Matemáticas foram as que ao longo dos anos se adoptaram no cálculo dos respectivos prémios e foram fixadas de acordo com a regulamentação em vigor na época, com excepção das carteiras de rendas, em que se tem vindo, ao longo dos últimos anos, a recomendar uma atenção especial, quer à tábua de mortalidade quer à taxa técnica de juro garantida. A Companhia face a esta recomendação tem vindo a tomar algumas medidas, em relação aos riscos de mortalidade e de taxa técnica de juro elevada, da sua carteira de rendas. Assim, em 2008 a Companhia adoptou a taxa técnica de juro de 2,5% em 75% da sua carteira de rendas, tendo os restantes 25% sido calculados à taxa de 3% e tábuas de mortalidade mais prudentes. As Provisões Matemáticas destas carteiras, à data de 31.12.2008, foram calculadas com as tábuas de mortalidade TV 73/77 e TV 88/90. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 15 de 53

Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas:

INDIVIDUAL Em vigor em 31.12.2008

Utilizadas no cálculo das Provisões Matemáticas

Carteira < 01.01.1984 I AF 4% AF 4% II RF 4% RF 4% III RF 3,25% RF 3,25% IV PM 46/49 3,5% PM 46/49 3,5% V PM 60/64 3,5% PM 60/64 3,5%

Carteira > 01.01.1984 I PM 60/64 4% PM 60/64 4%

II PF 60/64 e TV

73/77 4% PF 60/64 e TV

73/77 4% III PF 60/64 6 e 4% TV 73/77 3% III TV 73/77 3,5% e 4% TV 73/77 3% III TV 73/77 3,5% TV 88/90 2,5% IV TD 88/90 4% TD 88/90 4% II TV 73/77 3% TV 73/77 3% II TV 73/77 0% TV 73/77 0% II TV 73/77 2,5% TV 73/77 2,5% III TPRV 2,5% TPRV 2,5% III TV 88/90 3% TV 88/90 3%

COLECTIVOS I PM 60/64 4% PM 60/64 4%

III PF 60/64 6 e 4% TV 88/90 2,5% III PF 60/64 6% TV 88/90 2,5% II TV 73/77 4% TV 73/77 4% II TV 73/77 3% TV 73/77 3%

III TV 73/77 3,5% TV 88/90 2,5%

OPER. CAPITALIZAÇÃO Taxa Técnica de Juro de 4,2% a 5,6% I – Seguros em caso de morte e mistos II – Seguros em caso de vida III – Seguros de rendas IV – Seguros em caso de morte V – Seguros mistos e) Reconciliações de alterações nos passivos resultantes de contratos de seguro, nos activos resultantes de contratos de resseguro e nos custos de aquisição diferidos relacionados, incluindo: i. Com relação à provisão para sinistros: explicitação dos reajustamentos (correcções

apresentados que se assumam relevantes (Anexo 2) e discriminação dos custos com sinistros (Anexo 3);

Ver Anexos 2 e 3.

ii. Descrição, com relação à provisão para participação nos resultados, dos movimentos efectuados:

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 16 de 53

Prov. Part.

Atribuida

Prov. Part. A

Atribuir Total P.R. Atribuida

Inc.Prov.

Matem.

Part. Res.

Atribuir sub-total Pagamentos P.R. (Anul.) Total Saidas 31.12.2008 atribuida a atribuir

SEGURO INDIVIDUAL

CARTEIRA ANTIGA 33.192 33.192 25 0 0 33.217 0 0 0 33.217 33.217 0

CARTEIRA NOVA 452.763 452.763 138.149 0 0 590.911 434.040 0 434.040 156.871 156.871 0

RENDA C/FUNDO AUT. 41.655 41.655 0 0 0 41.655 0 0 0 41.655 41.655 0

RECORD 492.446 58.238 550.684 0 0 -58.238 492.446 0 0 0 492.446 492.446 0

RECORD PPR 520.978 520.978 0 -70.997 0 449.981 0 0 0 449.981 449.981 0

GANCAPI PPR 657.402 657.402 0 0 0 657.402 0 0 0 657.402 657.402 0

GANCAPI 278.344 278.344 0 0 0 278.344 0 0 0 278.344 278.344 0

RVI / RTI / RR 98 34.559 34.559 0 0 0 34.559 0 0 0 34.559 34.559 0

RECORD XXI 258 258 9.374 -7.511 0 2.121 0 0 0 2.121 2.121 0

VIVACAPI XXI 0 0 131.830 -131.830 0 0 0 0 0 0 0 0

VIVAPPR/E XXI 0 0 696.263 -696.263 0 0 0 0 0 0 0 0

VIVAPPR/E SEGURO 0 0 168.905 -127.599 0 41.305 0 0 0 41.305 41.305 0

VIVAPOUPANÇA 42 42 17.650 -17.692 0 0 0 0 0 0 0 0

Sub-total 2.511.639 58.238 2.569.877 1.162.194 -1.051.891 -58.238 2.621.942 434.040 0 434.040 2.187.901 2.187.901 0

SEGURO GRUPO

T.A.R. 3.853.069 3.853.069 3.485.329 0 7.338.398 2.984.056 2.479 2.986.535 4.351.863 4.351.863 0

CARTEIRA NOVA 507.381 83.009 590.390 0 0 18.540 608.930 21.718 0 21.718 587.212 485.663 101.549

RECOGAN 679.207 679.207 0 0 0 679.207 0 0 0 679.207 679.207 0

RENDAGAN 257.418 257.418 0 0 0 257.418 0 0 0 257.418 257.418 0

RECOGAN XXI 0 0 111.551 -111.551 0 0 0 0 0 0 0 0

RVI / RTI C/FUNDO AUT. 53.386 53.386 0 0 0 53.386 0 0 0 53.386 53.386 0

Sub-total 5.350.460 83.009 5.433.470 3.596.881 -111.551 18.540 8.937.338 3.005.774 2.479 3.008.253 5.929.085 5.827.536 101.549

Total 7.862.099 141.248 8.003.347 4.759.074 -1.163.443 -39.699 11.559.280 3.439.814 2.479 3.442.293 8.116.987 8.015.438 101.549

saldo inicial SALDO FINAL

4.2. Prestação de informação que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos específicos de seguros, nomeadamente: a) Objectivos, políticas e processos de gestão dos riscos resultantes de contratos de seguro e os métodos usados para gerir esses riscos, incluindo uma descrição do processo de aceitação, avaliação, monitorização e controlo desses riscos; As empresas de seguros assumem riscos através dos contratos de seguros, os quais classificamos na categoria do Risco Específico de Seguros. Os riscos específicos de seguros são os riscos inerentes à comercialização de contratos de seguro, associados ao desenho de produtos e respectiva tarifação, ao processo de subscrição e de provisionamento das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do resseguro. São aplicáveis a todos os ramos de actividade e podem subdividir-se em diferentes sub-riscos: • Risco de Desenho dos Produtos: risco de a empresa de seguros assumir exposições de risco decorrentes de características dos produtos não antecipadas na fase de desenho e de definição do preço do contrato. • Risco de Prémios: relacionado com sinistros a ocorrer no futuro, em apólices actualmente em vigor, e cujos prémios já foram cobrados ou estão fixados. O risco é o de os prémios cobrados ou já fixados poderem vir a revelar-se insuficientes para a cobertura de todas as obrigações futuras resultantes desses contratos (subtarifação). • Risco de Subscrição: risco de exposição a perdas financeiras relacionadas com a selecção e aprovação dos riscos a segurar. • Risco de Provisionamento: é o risco de as provisões para sinistros constituídas se venham a revelar insuficientes para fazer face aos custos com sinistros já ocorridos. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 17 de 53

• Risco de Sinistralidade: é o risco de que possam ocorrer mais sinistros do que o esperado, ou de que alguns sinistros tenham custos muito superiores ao esperado, resultando em perdas inesperadas. • Risco de Retenção: é o risco de uma maior retenção de riscos (menor protecção de resseguro) poder gerar perdas devido à ocorrência de eventos catastróficos ou a uma sinistralidade mais elevada. O Risco Específico de Seguros tem origem na definição da estratégia da Empresa

A estratégia da empresa é revista cada 3 anos sob coordenação de um consultor externo, no qual participam as várias Direcções da Companhia. No capítulo da definição dos objectivos anuais para a Companhia, a Groupama orçamenta o volume de prémios, provisões de sinistros, gastos gerais, e outros por forma a obter o Resultado do Exercício. Para formalizar o Risco Específico de Seguros a abordagem adoptada pela Companhia, foi processual, no sentido, em que para avaliar qualitativamente a nossa exposição a este risco, foram mapeados os processos de negócio seguintes:

1. Processo de desenho de produtos e tarifação; 2. Processo revisão actuarial de produtos; 3. Processo de aceitação e avaliação do risco; 4. Processo de Gestão de Sinistros 5. Processo de cedência ao ressegurador.

1. Os produtos antes de serem lançados são discutidos entre a Administração e as várias

Direcções. Os preços são testados antes do lançamento de produtos financeiros através de profit tests. No que concerne aos novos produtos de risco, pela experiência obtida dos produtos já existentes e pela análise dos vários indicadores, tais como, a taxa de sinistralidade em relação aos prémios, a tarifa é idêntica aos antigos.

2. A revisão actuarial é efectuada anualmente e formalizada no relatório do actuário responsável o

qual certifica a adequacidade do cálculo das Provisões Técnicas e a metodologia utilizada; 3. Para mitigar o risco de subscrição seguimos à risca a selecção médica;

4. No que concerne ao provisionamento, calculamos a Provisão Matemática considerando uma

tábua de mortalidade e taxa técnica prudentes. É de referir que para as rendas, calculamos uma provisão matemática adicional (ver nota 4.1.d).

5. A Groupama transfere parte do risco para os resseguradores, por forma a limitar a exposição.

A Direcção Técnica é responsável por avaliar e gerir este risco, bem como partilhar com outras direcções a responsabilidade da avaliação e gestão do Risco ALM (Asset Liability Management).

Importa referir, que o risco de longevidade na Groupama não é considerado crítico, pois as Provisões Matemáticas das Rendas representam apenas 5% do total das Provisões. 4.3. Prestação de informação quantitativa e qualitativa acerca do risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e risco operacional. A informação qualitativa deve incluir, nomeadamente, a exposição ao risco e a origem dos riscos, objectivos, políticas e procedimentos de gestão de riscos e os métodos utilizados para mensurar os riscos, assim como, alterações face ao período anterior. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 18 de 53

Num sentido lato, todos os riscos a que a Companhia está exposta são financeiros, por se poderem traduzir em perdas económicas e numa deterioração nos níveis de solvência. No entanto, existe um conjunto de riscos directamente relacionados com a gestão financeira da Companhia, abrangendo as funções investimento, financiamento e a gestão integrada dos activos e passivos financeiros, e não directamente relacionados com a gestão dos contratos de seguro ou dos sinistros, e incluem, entre outros, os riscos de mercado, de crédito e de liquidez. O risco financeiro chave que uma Seguradora está exposta corresponde a potencial incapacidade desta não cumprir com as suas responsabilidades, ou seja, os rendimentos gerados pelos activos não conseguirem cobrir as obrigações decorrentes dos contratos de seguros. De forma a minimizar os riscos e optimizar a gestão Activo/Passivo, é realizado anualmente um estudo ALM (Asset Liability Management), em colaboração com as equipas da casa-mãe em Paris. Este estudo tem como objectivo mitigar vários riscos (risco de crédito, risco de taxa de juro) assim como assegurar as margens financeiras. No final de Dezembro de 2008, a repartição dos activos da Companhia, incluindo os juros decorridos, em milhares de euros, era a seguinte:

31/12/08 KEUR

Valor de mercado %

Activos AFS HFT/

Trading Outros Total AFS

HFT/ Trading

Outros Total

Taxa rendimento Fixa 280.080 19.920 0 300.000 89,2% 35,0% 0,0% 78,5%

Obrigações taxa fixa 261.007 16.374 0 277.381 83,1% 28,8% 0,0% 72,6%

Obrigações taxa variavel 19.073 3.546 0 22.619 6,1% 6,2% 0,0% 5,9%

Taxa rendimento Variavel 33.954 36.939 0 70.893 10,8% 65,0% 0,0% 18,5%

Up's obrigações 0 591 0 591 0,0% 1,0% 0,0% 0,2%

Acções 7.276 0 0 7.276 2,3% 0,0% 0,0% 1,9%

Up's Acções 21.217 6.870 0 28.087 6,8% 12,1% 0,0% 7,3%

Up's Imóveis 5.461 0 0 5.461 1,7% 0,0% 0,0% 1,4%

Up's Cash 0 30.127 0 30.127 0,0% 53,0% 0,0% 7,9%

Derivados 0 -649 0 -649 0,0% -1,1% 0,0% -0,2%

Imóveis 0 0 11.227 11.227 0,0% 0,0% 100,0% 3,0%

Total 314.034 56.859 11.227 382.120 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 19 de 53

A Companhia identifica como riscos financeiros os seguintes riscos:

• Risco de crédito O Risco de Crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do incumprimento do cliente ou contraparte relativamente às obrigações contratuais. O risco de crédito está essencialmente presente na carteira de investimentos (no entanto, as dívidas a receber resultantes de cobranças e resseguro também estão expostos a risco de crédito). É efectuada uma gestão permanente das carteiras de títulos e existe uma interacção grande entre a Direcção Financeira e os gestores dos activos financeiros. Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas tanto no plano das metodologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos, como ao nível dos procedimentos e circuitos de decisão. No final de Dezembro de 2008, a exposição ao mercado obrigacionista era de 300,5 milhões de euros (investimento directo e investimento em unidades de participação em fundos de obrigações). O investimento em obrigações de dívida pública representava 22,3% (66,9 milhões de euros). A repartição da componente obrigacionista por rating era a seguinte:

AAA; 22,5%

AA; 21,6%A; 39,4%

BBB; 14,4%

<BBB; 0,7%NR; 1,3%

Fonte: S&P, Moody’s e Fitch

Em 2008, no âmbito do projecto QIS 4 (projecto europeu Solvência II), foram realizadas simulações com o objectivo de determinar o risco de crédito da componente obrigacionista da carteira. Usando a fórmula do CEIOPS, no final de 2007, o risco de crédito representava 13,8% do total dos riscos. A taxa de cobertura (sem ter em conta o aumento de capital de 17,5 milhões de euros efectuado em 2008) era de 109%.

No final de 2008, foram alvo de resseguro 53,0% dos capitais seguros em caso de morte. Os resseguradores tinham um rating A.

• Risco de taxa de juro

As operações da Companhia encontram-se sujeitas ao risco de flutuações nas taxas de juro na medida em que os activos geradores de juros (incluindo os investimentos) e os passivos geradores de juros apresentam maturidades desfasadas no tempo ou de diferentes montantes. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 20 de 53

% VM

AAA 22,5% 67 525

AA 21,6% 65 060

A 39,4% 118 481

BBB 14,4% 43 398

<BBB 0,7% 2 079

NR 1,3% 4 048

Total 100,0% 300 591

O seu controlo é assegurado por uma monitorização permanente do Departamento Financeiro e Actuarial. No final de 2008, o montante investido em obrigações representava 76% do total dos activos da companhia ou seja 300,5 milhões de euros. A duração média (sensibilidade de McCaulay) era de 4,3 anos. De acordo com este indicador, um aumento das taxas de juro sem risco de 1% provocaria uma descida do valor de mercado dos produtos sensíveis à taxa de 12,5 milhões euros. Por outro lado, uma redução das taxas no mesmo montante teria um impacto positivo sobre o valor de mercado de 13,4 milhões. Usando a fórmula do CEIOPS para o QIS 4, no fim de 2007, o risco de taxa de juro representava 24,7% do total dos riscos.

• Risco Cambial Não Aplicável

• Risco de Liquidez O Risco de Liquidez advém da incapacidade potencial de financiar o activo satisfazendo as responsabilidades exigidas nas datas devidas e da existência de potenciais dificuldades de liquidação de posições em carteira sem incorrer em perdas exageradas. A gestão da liquidez tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para fazer face às suas necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo. As simulações realizadas com base nos valores de 30/09/08 (simulações a dez anos, tendo sido incluído o valor de produção nova) mostraram que o valor dos prémios futuros, adicionado dos cupões e reembolsos das obrigações é suficiente para pagar custos e prestações sem existir necessidade de vender activos.

• Risco de Mercado

O Risco de Mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa do valor de um instrumento financeiro como consequência da variação de taxas de juro, taxas de câmbio e preços de acções. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 21 de 53

No final de 2008, o montante investido em acções e unidades de participação em fundos de acções representava 9,0% do valor total dos activos. O montante investido em imóveis e unidades de participação em fundos imobiliários era de 4,0%. O portfolio de acções classificado como Disponível para Venda (Available for Sale) apresentava menos valias latentes de 9,4 milhões de euros (valor bruto de imparidade), o que teve um impacto na reserva de reavaliação de -6,4 milhões de euros (valor líquido da imparidade). Considerando uma linearidade entre o desempenho das acções e dos índices accionistas de referência, seria necessário um aumento de 22,5% do mercado de acções para anular o impacto na reserva. Usando a fórmula do CEIOPS para o QIS 4, no fim de 2007: - o risco accionista representava 26,4% do total dos riscos - o risco imobiliário representava 5,5% do total dos riscos.

• Risco Operacional O Risco Operacional, traduz-se genericamente, na eventualidade de perdas resultantes da inadequação ou falha nos procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Está associado a eventos como fraudes, falhas de sistemas, e ao não cumprimento de normas e regras estabelecidas. Inclui ainda, por exemplo, o risco resultante de falhas no governo da sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços em outsourcing e no plano de continuidade do negócio. A Groupama, por questões práticas decidiu abordar este risco por subriscos. Apresentamos de seguida os que para nós são mais relevantes:

Risco de Fraude Interna; Risco de Fraude Externa; Risco de Branqueamento de Capitais; Risco de não má conduta profissional perante o cliente; Risco de falha dos sistemas.

Quando os procedimentos falham, os riscos operacionais podem resultar em risco legal (não cumprimento das obrigações legais), risco financeiro, ou até mesmo risco de reputacão. Para gerir o Risco Operacional a Groupama definiu os processos operacionais significativos sugerindo melhorias, tais como a eliminação de actividades redundantes, segregação de funções, controlo de acessos, responsabilização e motivação dos colaboradores, entre outros, com o objectivo de tornar os processos mais eficazes através do aumento de confiança pelo sistema de controlo interno e consequente mitigação do risco operacional. Como actualmente não dispomos de meios apropriados para registar quantitativamente os eventos que resultam em perdas financeiras, a nossa quantificação para o risco operacional será o resultado obtido no QIS 4. Usando a fórmula do CEIOPS para o QIS 4, no final de 2007 o risco operacional representava 3,3 % do total dos riscos. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 22 de 53

4.5. Prestação de informação qualitativa relativamente à adequação dos prémios e à adequação das provisões.

• Adequação e suficiência dos prémios As tarifas comercializadas pela Companhia, quer nos Seguros de Vida ligados ou não ligados a Fundos de Investimento, são calculadas de acordo com os formulários apresentados nas respectivas “Notas Técnicas” e de acordo com as Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas de Juros, indicadas no Relatório da Actuária Responsável. O Projecto de Contabilidade Analítica, sendo um projecto em constante evolução, entrou em 2008 na sua fase de conclusão, não tendo sido ainda possível realizar a análise da adequação e suficiência dos encargos aos custos reais da Companhia.

• Adequação e suficiência das provisões técnicas Ver Nota 4.1. d) 4.6. Informação qualitativa e quantitativa acerca dos rácios de sinistralidade, rácios de despesas, rácios combinados de sinistros e despesas e rácio operacional (resultante da consideração dos rendimentos obtidos com investimentos afectos aos vários segmentos), calculados sem dedução do resseguro cedido. O rácio de sinistralidade é obtido dividindo os custos com sinistros pelos prémios brutos emitidos. O rácio de sinistralidade atingiu em 2008 o valor de 139% (2007: 104%), devido essencialmente ao peso dos resgates dos produtos financeiros, conforme se pode concluir pelo quadro abaixo: Sinistros por tipo / Total de sinistros: Valor %

Capitais por morte ou invalidez 6.750.557 7,60%

Vencimentos 2.781.068 3,13%

Resgates 76.746.206 86,39%

Rendas 2.558.850 2,88%

Total 88.836.681 100,00%

O rácio de sinistralidade do resseguro cedido é obtido dividindo os custos com sinistros de resseguro pelos prémios cedidos, tendo atingido em 2008 o valor de 27,33% (2007: 30,56%). 5. Passivos por contratos de investimento Indicação, por modalidade e tipo de contratos de seguro e operações classificados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento, de: Em 31 de Dezembro de 2008, a Companhia tinha registado no seu Passivo os seguintes montantes relativos a produtos de capitalização com taxa fixa garantida, os quais segundo a IFRS 4 são contabilizados como contratos de investimento: Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 23 de 53

a) Quantia escriturada no início e fim do período;

PRODUTO TAXA

GARANTIDA DATA DE EMISSÃO

DATA DE VENCIMENTO

MONTANTE

Inicio

período Fim de período

GANINVEST 2001 5,6% 01/08/2001 01/08/2009 3.771.515 3.953.073 GANINVEST 2002 4,85% 15/02/2002 15/02/2010 3.878.546 3.736.270 EUROFIX 1º SÉRIE - 8 ANOS 4,4% 01/11/2007 01/11/2015 921.654 5.942.140 EUROFIX 1º SÉRIE - 5 ANOS 4,20% 01/11/2007 01/11/2012 44.307 94.054 OUTROS VENCIDOS 90.797 80.344

TOTAL 8.706.819 13.805.881

b) Montantes pagos;

PRODUTO RESGATES VENCIMENTOS TOTAL

GANINVEST 2001 28.079 0 28.079 GANINVEST 2002 319.800 0 319.800 EUROFIX 1º SÉRIE - 8 ANOS 136.868 0 136.868 EUROFIX 1º SÉRIE - 5 ANOS 0 0 0 OUTROS VENCIDOS 0 10.453 10.453

TOTAL 484.747 10.453 495.200

c) Rendimentos e gastos incluídos na conta de ganhos e perdas;

PRODUTO Remuneração

mediação Taxa

garantida TOTAL

GANINVEST 2001 0 209.638 209.638 GANINVEST 2002 0 177.524 177.524 EUROFIX 1º SÉRIE - 8 ANOS 5.888 204.821 210.709 EUROFIX 1º SÉRIE - 5 ANOS 358 3.676 4.034 OUTROS VENCIDOS 0 0 0

TOTAL 6.246 595.659 601.905

6. Instrumentos financeiros (que não sejam contratos de investimento) Rubricas de balanço 6.1. Inventário de participações e instrumentos financeiros, de acordo com o modelo apresentado no Anexo 1. Ver Anexo 1. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 24 de 53

6.4. Prestação de informação acerca de reclassificações, incluindo o impacto e a razão da reclassificação. De acordo com o especificado na nota explicativa sobre as políticas contabilísticas seguidas pela Companhia, não procedemos à reclassificação dos instrumentos financeiros. Justo Valor 6.11. Descrição relativa ao apuramento do justo valor, designadamente: a) Dos métodos e, quando for usado um método de avaliação, dos pressupostos aplicados na determinação do justo valor de cada classe de activos financeiros e de passivos financeiros; Activos financeiros O justo valor é baseado em preços de cotação em mercado, quando disponíveis, e quando na ausência de cotação (inexistência de mercado activo) é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Para dois dos títulos cotados na carteira da Companhia (Deutsche Bank AG London e SG Acceptance 02/20), foi utilizado o Marked to Model como método de determinação do justo valor tal como abaixo descrito. A avaliação do título é efectuada a partir da curva OAT (taxas do Estado francês). O resultado é ponderado com a probabilidade de incumprimento da contraparte (por exemplo, no caso da Société Générale, o mercado dos CDS (Credit Default Swap ) antecipou uma probabilidade de incumprimento de 3% a um horizonte de 1,5 anos). A valorização do custo da cobertura é efectuada sobre a base de um CDS de maturidade e de nominal, idênticos à operação. Os pressupostos usados são as taxas de mercado e os spread de crédito do emissor obtidos na Bloomberg. O preço final é a soma dos dois elementos. O modelo usado foi um derivado de um modelo de CDS que foi validado pela AMF francesa (Autorité des Marchés Financiers). Para isso, testes comparativos foram realizados com base em diferentes origens (Bloomberg, Reech, contrapartes, Sophis, etc). Foi acrescentada unicamente a valorização do principal e do risco de contraparte, usando os dados do mercado (CDS). Passivos financeiros Os passivos financeiros que se encontram valorizados ao justo valor nas demonstrações financeiras da Companhia dizem respeito a investimentos cujo risco é suportado pelo tomador de seguro. O método de determinação do justo valor encontra-se já acima descrito (Activos Financeiros).

6.12. Para as classes de activos financeiros e de passivos financeiros não valorizados a justo valor: a) Nos casos em que não podem ser mensurados com fiabilidade, indicação da sua não divulgação, referindo a causa; A Companhia tem na sua carteira de activos os títulos Salvor e Sociedade Franco-Portuguesa Comunicação, os quais se encontram valorizadas de acordo com a IAS 39 ao valor de aquisição (280.595 euros), atendendo a que os mesmos não se encontram cotados no mercado de capitais. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 25 de 53

b) Descrição dos instrumentos financeiros e das quantias escrituradas, bem como uma explicação da razão pela qual o seu justo valor não pôde ser mensurado com fiabilidade; Ver alínea a). c) Informação sobre o mercado existente para esses instrumentos e indicação sobre se e como a empresa de seguros pretende alienar os instrumentos financeiros; A Companhia não pretende alienar este título a curto prazo. Natureza e extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros 6.16. Prestação de informação qualitativa que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros, nomeadamente: a) Exposição ao risco e a origem dos riscos e quaisquer alterações referentes ao período; Ver Nota 4.3. b) Objectivos, políticas e procedimentos de gestão de risco, os métodos usados para gerir esses riscos e quaisquer alterações referentes ao período. Ver Nota 4.3. 6.17. Prestação de informação quantitativa que permita avaliar a natureza e a extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros por cada tipo de risco. Ver Nota 4.3. 8. Caixa e equivalentes e depósitos à ordem 8.1. Descrição dos componentes de caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem, e reconciliação das quantias incluídas na demonstração de fluxos de caixa com os itens equivalentes relatados no balanço. 2008 2007

Numerário 80.925 125.709 Depósitos bancários imediatos mobilizáveis 32.920.803 7.323.083 Equivalentes a caixa Outras disponibilidades (a) Disponibilidades constantes do balanço 33.001.728 7.448.792

9. Terrenos e edifícios 9.1. Identificação do modelo de valorização aplicado. O modelo de valorização utilizado para os terrenos e edifícios de uso próprio é o Modelo do Custo enquanto que para os terrenos e edifícios de rendimento é utilizado o Modelo do Justo Valor. 9.2. Descrição dos critérios utilizados para distinguir terrenos e edifícios de rendimento de terrenos e edifícios de uso próprio. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 26 de 53

Na distinção entre terrenos e edifícios de rendimento e terrenos e edifícios de uso próprio, a Companhia apela aos critérios de classificação que constam, respectivamente, nas IAS 16 e 40. Assim, para tal distinção entre uso próprio e rendimento no que diz respeito à classe de terrenos e edifícios, a Companhia adopta o princípio da recuperabilidade do activo. Deste modo, e para os imóveis cuja recuperabilidade seja por via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, a Companhia classifica-os como imóveis de rendimento, utilizando os critérios de mensuração da IAS 40. Por sua vez, para os imóveis cujo principal fim seja o seu uso continuado, a Companhia classifica-os como imóveis de uso próprio, aplicando nesse caso, os critérios de mensuração subsequente que constam da IAS 16. Modelo de justo valor 9.3. Indicar em que medida o justo valor do terreno e edifício de rendimento se baseia numa valorização de um avaliador independente que possua uma qualificação profissional reconhecida e relevante e que tenha experiência recente na localização e na categoria da propriedade que está a ser valorizada. O valor dos terrenos e edifícios de rendimento avaliados é, segundo o critério utilizado pelo perito independente, o “valor de transacção” ou o “valor venal”. A avaliação dos terrenos edifícios foi efectuada por um avaliador independente, formado em Engenharia Civil pelo IST, e devidamente credenciado, desde 1994, pelo Instituto de Seguros de Portugal para a avaliação do património imobiliário de Companhias de Seguros e Fundos de Pensões. Além disso, desenvolveu diversas acções na área de Investigação no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, tendo ainda leccionado 7 cadeiras no Instituto Superior Técnico. 9.4. Descrição dos métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do justo valor dos terrenos e edifícios, incluindo uma declaração sobre se a determinação do justo valor foi suportada por evidências do mercado ou foi essencialmente ponderada por outros factores por força da natureza da propriedade e da falta de dados de mercado comparáveis, indicando, nesse caso, esses mesmos factores. Método de Capitalização de Rendas – Imóveis de rendimento: Este método visa determinar o valor de um Imóvel (urbano ou rústico), em função da sua capacidade de produzir rendimentos. Relaciona o rendimento futuro (num pressuposto de optimização e em atenção ao tempo de vida económica), com o seu valor presente e de forma a obter-se o valor de mercado (numa óptica de continuidade da utilização). Este Método vocaciona-se para a determinação do valor presente de rendimentos futuros, segundo o valor e o estado actuais. Pela Capitalização de Rendas, os rendimentos presentes e futuros são capitalizados através de uma taxa de aplicação de capital no mercado imobiliário. O valor inclui o interesse no investimento, traduzido nos benefícios obtidos pela compra do bem imobiliário quando comparado com aplicações do capital em outro sector produtivo. As taxas de capitalização são determinadas em função da relação entre os valores de renda e venda verificados nos mercados imobiliários em que os imóveis se inserem. O valor final é determinado pelo valor presente, descontando o valor das obras considerado para beneficiação e reabilitação de forma a repor a qualidade física e ambiental das instalações. 9.5. Reconciliação entre as quantias escrituradas do terreno e edifício no início e no fim do período, evidenciando:

a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo;

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De rendimento Saldo inicial

Aquisições Benefi-ciações

(*)

Reavaliações e perdas por imparidade

Transferências Outras

alterações Saldo final

Terrenos Edifícios 11.136.915 11.136.915

Modelo do custo 9.6. Indicação dos critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta, dos métodos de depreciação utilizados e das vidas úteis ou das taxas de depreciação usadas. No reconhecimento inicial dos valores dos terrenos e edifícios de serviço próprio, a Companhia utilizou o custo de aquisição original, atribuindo aos terrenos 25% do valor, ficando o edifício com os restantes 75%. Adicionalmente, consideraram-se todas as benfeitorias efectuadas até à data de transição. Ao nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período. Os terrenos não são sujeitos a amortização. As beneficiações que vão ocorrendo, são adicionadas ao valor de custo do activo e amortizadas desde a data que foram efectuadas até ao final da vida útil estimada para o edifício. A vida útil de cada bem é revisto a cada data de relato financeiro. No que respeita ao método de depreciação, a Companhia utiliza o método linear, dado que é o que melhor reflecte o padrão esperado de consumo dos benefícios económicos do activo. Esse método é aplicado consistentemente, a toda a classe de activos. A Companhia realiza ainda, consistentemente, testes de imparidade para averiguar se o valor escriturado do activo excede o seu valor realizável líquido. No caso de a diferença entre o valor recuperável e o valor escriturado do activo ser negativa, é reconhecida uma perda por imparidade nesse montante. Na aplicação deste procedimento, a Companhia aplica a metodologia constante da IAS 36 em articulação com a IAS 16. 9.7. Indicação da quantia escriturada bruta e da depreciação acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período.

Saldo inicial Saldo Final

Valor bruto Depreciação acumulada

Perdas de Imparidade Acumuladas Valor líquido Valor bruto

Depreciação acumulada

Perdas de Imparidade Acumuladas Valor líquido

De serviço próprio 124.859 32.016 0 92.843 124.859 34.316 0 90.543

Terrenos 0 0 0 0

Edifícios 124.859 32.016 92.843 124.859 34.316 90.543

9.8. Reconciliação entre as quantias escrituradas do terreno e edifício no início e no fim do período, evidenciando:

a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo;

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Saldo inicial

Aquisições Benefi-ciações

Alienações Depreciaç

ões Perdas por imparidade

Transferências

Outras alterações

Saldo Final

De serviço próprio 124.859 0 0 0 34.316 0 0 0 90.543

Terrenos 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Edifícios 124.859 0 0 0 34.316 0 0 0 90.543

d) Depreciações; Ver alínea a). e) A quantia de perdas por imparidade reconhecida e a quantia de perdas por imparidade revertida durante o período de acordo com a IAS 36; Não foram registadas perdas por imparidade no exercício. g) Transferências; e Ver alínea a). h) Outras alterações. Ver alínea a).

9.9. Indicação do justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento, sem prejuízo dos casos específicos considerados na nota 9.19. Ver justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento na Nota 9.5 a) Modelo de revalorização Terrenos e edifícios de rendimento 9.17. Identificação das quantias reconhecidas em ganhos e perdas relativas a: a) Rendimentos de rendas de terrenos e edifícios de rendimento; b) Gastos operacionais directos (incluindo reparações e manutenção) separados por terrenos e edifícios de rendimento que geraram rendimentos de rendas durante o período e terrenos e edifícios de rendimento que não geraram rendimentos de rendas durante o período; A Groupama Vida obteve no exercício de 2008, um valor total de rendas de imóveis de rendimento de 441.459 euros (2007: 447.493 euros), tendo no entanto registado, em 2008 custos de conservação com estes mesmos imóveis, no valor de 25.466 euros (2007: 41.281 euros) 10. Outros activos fixos tangíveis (excepto terrenos e edifícios) Prestação da informação exigida nas notas 9.20 a 9.23 e a associada ao correspondente modelo de valorização utilizado. A informação constante nas notas 9.20 a 9.23 não é aplicável aos activos fixos tangíveis da Companhia. Os activos tangíveis da Companhia encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 29 de 53

Modelo do custo 10.1. Indicação dos critérios de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta, dos métodos de depreciação utilizados e das vidas úteis ou das taxas de depreciação usadas. No reconhecimento inicial dos valores dos outros activos tangíveis, a Companhia capitaliza o valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento correcto de um dado activo, de acordo com o disposto na IAS 16. Ao nível da mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o bem por esse período. A vida útil de cada bem é revisto a cada data de relato financeiro. Sempre que haja evidência objectiva que o valor escriturado dos activos tangíveis excede o seu valor de mercado, é reconhecida uma perda por imparidade pela diferença, de acordo com a metodologia proposta pela IAS 36 em articulação com a IAS 16. No que respeita ao método de depreciação, a Companhia utiliza o método linear, dado que é o que melhor reflecte o padrão esperado de consumo dos benefícios económicos do activo. Esse método é aplicado consistentemente, a toda a classe de activos. 10.2. Indicação da quantia escriturada bruta e da depreciação acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período.

Saldo inicial Aumentos

Depreciações + Imparidade

Saldo final

Valor Bruto

Depreciações +

Imparidade Valor

líquido Aquisições Reavalia

ções

Transferências e abates

Alienações Reforço

Regularizações Valor Bruto

Depreciações + Imparidade Valor líquido

Equipamento administrativo 593.111 552.725 40.386 31.028 9.928 624.139 562.653 61.486

Máquinas e ferramentas 78.137 60.706 17.431 844 7.633 78.981 68.339 10.642

Equipamento informático 7.028.562 6.318.185 710.377 547.370 560.772 7.575.932 6.878.957 696.975

Instalações interiores 0 0 0 0 0 0 0

Material de transporte 156.229 136.947 19.282 0 19.282 156.229 156.229 0

Equipamento hospitalar 0 0 0 0 0 0 0

Outras imobilizações corpóreas 305.678 174.184 131.494 2.287 25.585 307.965 199.769 108.196

Imobilizações em curso 0 0 0 228.900 228.900 0 228.900

Adiantamentos por conta 0 0 0 0 0 0 0

Total 8.161.717 7.242.747 918.970 810.429 623.200 8.972.146 7.865.947 1.106.199

10.3. Reconciliação entre as quantias escrituradas dos activos tangíveis no início e no fim do período, evidenciando: a) Adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido na quantia escriturada de um activo; Ver Nota 10.2. d) Depreciações; Ver Nota 10.2. e) A quantia de perdas por imparidade reconhecida e a quantia de perdas por imparidade revertida durante o período de acordo com a IAS 36; Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 30 de 53

Não foram registadas perdas por imparidade no exercício. g) Transferências; e Ver Nota 10.2. h) Outras alterações. Ver Nota 10.2. 10.4. Indicação do justo valor dos activos tangíveis, sem prejuízo dos casos específicos considerados na nota 9.19. Considera-se que o valor contabilístico relevado, não difere significativamente do valor de realização dos activos tangíveis detidos. 11. Afectação dos investimentos e outros activos Indicação dos investimentos e outros activos segundo a sua afectação, de acordo com o seguinte quadro: Em 31 de Dezembro de 2008, os activos apresentavam a seguinte composição de acordo com a respectiva afectação:

Seguros de vida

com

participação

nos resultados

Seguros de

vida sem

participação

nos resultados

Seguros de

vida e

operações

classificados

como contratos

de

investimento

Não afectos Total

Caixa e equivalentes 31.093.618 763.024 1.145.085 0 33.001.727

Terrenos e edificios 0 4.332.671 0 6.929.099 11.261.770

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0 0 0 0 0

Activos financeiros detidos para negociação 11.729.836 147.030 2.112.561 18.519.671 32.509.098

Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor através de ganhos e perdas 11.374.401 475.174 10.374.867 2.125.560 24.350.002

Derivados de cobertura 0 0 0 0 0

Activos financeiros disponíveis para venda 294.781.648 5.271.714 5.516.003 8.464.798 314.034.163

Empréstimos concedidos e contas a receber 100.000 0 0 800.000 900.000

Investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 0

Outros activos tangíveis 165.314 4.057 6.088 930.736 1.106.195

Outros activos 972.166 23.857 35.802 19.749.636 20.781.460

TOTAL 350.216.983 11.017.527 19.190.406 57.519.500 437.944.415 12. Activos intangíveis 12.1. Identificação do modelo de valorização aplicado. Os activos intangíveis da Companhia encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. 12.3. Prestação da seguinte informação, para cada classe de activo intangível, distinguindo entre os activos intangíveis gerados internamente e outros activos intangíveis: a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de amortização usadas; Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 31 de 53

Activos intangíveis

gerados internamente

Outros activos

intangíveis

Vida útil finita?

Taxa de amortização

Despesas de constituição e instalação N S S 20%

Despesas em edifícios arrendados N S S 10%

Trespasses N S S 20%

b) Os métodos de amortização usados para activos intangíveis com vidas úteis finitas; As amortizações são calculadas tendo por base o período em que se estima que tais bens vão produzir benefícios económicos para a Companhia, através da aplicação do método de quotas constantes, para aquisições até 31 de Dezembro de 2007, e por duodécimos para aquisições posteriores a essa data, com base nas seguinte taxas anuais que reflectem, de forma razoável, a vida útil estimadas dos bens: c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por imparidade acumuladas) no início e no fim do período;

Saldo inicial Aumentos Diminuições

Amortizações + Imparidade

Saldo final

Valor Bruto

Amortizações + Imparidade Aquisições

Beneficiações Abates Alienações Reforço

Regularizações

Valor Bruto

Amortizações + Imparidade

Valor líquido

Despesas constituição e instalação 41.151 41.151 41.151 41.151 0 Despesas em edifícios arrendados 800.672 578.564 32.986 32.122 833.658 610.686 222.972

Trespasses 232.196 232.196 232.196 232.196 0

TOTAL 1.074.019 851.911 32.986 0 0 0 32.122 0 1.107.005 884.033 222.972

d) Os itens de cada linha da conta de ganhos e perdas em que qualquer amortização de activos intangíveis esteja incluída; As amortizações dos activos intangíveis (despesas em edifícios arrendados) estão contabilizadas na rubrica 6830 – Amortização de activos intangíveis, no montante de 32.122 euros, o qual foi imputado na totalidade a Custos de Aquisição. e) A quantia escriturada e o período de amortização restante de qualquer activo intangível individual que seja material. Ver comentário na Nota 12.5. f) Informação exigida nas notas 9.7, 9.8 (excepto alínea g)), 9.11, 9.13, 9.14 e 9.15. Ver quadro da nota 12.3. c) 12.5. Indicação da quantia escriturada e do período de amortização restante de qualquer activo intangível individual que seja material para as demonstrações financeiras da empresa de seguros. Ver quadro da nota 12.3. c) Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 32 de 53

13. Outras provisões e ajustamentos de contas do activo 13.1. Desdobramento das contas de ajustamentos e outras provisões pelas respectivas subcontas, conforme quadro seguinte:

Saldo inicial Aumento Redução Saldo final

490 - Ajustamentos de recibos por cobrar 6.045 69.562 75.607

491 - Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa 176.165 38.327 214.492

492 - Outras provisões 80.414 9.223 71.191

13.2. Descrição da natureza da obrigação e do momento de ocorrência esperado de quaisquer exfluxos de benefícios económicos resultantes dos ajustamentos e provisões constituídos e indicação da incerteza acerca da quantia e/ou do momento de ocorrência desses exfluxos, assim como, a quantia de qualquer reembolso esperado com referência a qualquer activo que tenha sido reconhecido no âmbito desse reembolso. Ver Nota 3.1.b). a) Valor dos recibos por cobrar; b) Valor dos reembolsos exigidos dos tomadores de seguro relativamente às prestações efectuadas a quaisquer pessoas seguras ou terceiros, em consequência de sinistros ocorridos durante o período de suspensão de garantias e ainda não recebidos; c) Valor da parte desses reembolsos que prudentemente se espera recuperar e que, como tal, foram contabilizados a deduzir na conta "60 - Custos com sinistros". 14. Prémios de contratos de seguro 14.1. Indicação dos prémios reconhecidos resultantes de contratos de seguro. Em 31 de Dezembro de 2008 a Companhia reconheceu, no Ganhos e Perdas, prémios resultantes de contratos de seguro, no montante de 63.113 mil euros (2007: 65.149 euros), excluindo operações de capitalização. 14.2. Indicação de alguns valores relativos ao seguro de vida, de acordo com o seguinte quadro: Prémios brutos emitidos de seguro directo 63.113.109

Relativos a contratos individuais 32.020.130

Relativos a contratos de grupo 31.092.979 63.113.109

Periódicos 14.062.818

Não periódicos 49.050.291 63.113.109

De contratos sem participação nos resultados 820.210

De contratos com participação nos resultados 62.292.899 63.113.109

Prémios brutos emitidos de resseguro aceite 0

Saldo de resseguro (423.004)

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 33 de 53

16. Rendimentos / réditos de investimentos 16.1. Descrição das políticas contabilísticas adoptadas para o reconhecimento dos réditos. Ver Nota 3.1 i) 16.2. Indicação, por categoria de investimento, da quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o proveniente, nomeadamente, de juros, royalties e dividendos.

2008 2007

Terrenos e Edificios

Serviço Prórpio - -

Rendimento 441 459 447 493

Activos financeiros detidos para negociação

Dividendos - -

Juros 17 416 1 769

Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas

Dividendos 6 496 5 567

Juros 410 264 1 129 944

Amortização à taxa efectiva 902 381 34 770

Activos financeiros disponíveis para venda

Dividendos 465.304 444.181

Juros 15.007.947 14.087.188

Amortização à taxa efectiva 868.396 ( 343.265)

Empréstimos e contas a receber

Juros 10.297 6

Caixa e equivalentes e depósitos à ordem

Juros 247.277 118.636

18.377.237 15.926.289

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 34 de 53

17. Ganhos e perdas realizados em investimentos Indicação, por categoria de investimento, da quantia dos ganhos e perdas realizados por via da respectiva alienação.

2008 2007

Investimentos afectos a provisões técncias

Activos financeiros detidos para negociação

Acções e outros títulos de rendimento variável 144.768 230.951

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e

perdas

Acções e outros títulos de rendimento variável ( 186.297) 196.202

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo ( 35.645) 66.598

Activos financeiros disponíveis para venda

Acções e outros títulos de rendimento variável ( 757.948) 277.430

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 464.431 ( 140.300)

Investimentos não afectos a provisões técncias

Activos financeiros detidos para negociação

Acções e outros títulos de rendimento variável 43.744 58.264

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas

Acções e outros títulos de rendimento variável 137.850

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

Activos financeiros disponíveis para venda

Acções e outros títulos de rendimento variável 10.651 1.379.685

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 9.681

( 168.765) 2.068.830

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 35 de 53

18. Ganhos e perdas provenientes de ajustamentos de justo valor em investimentos Indicação, por categoria de investimento, da quantia dos ganhos e perdas provenientes de ajustamentos de justo valor.

2008 2007

Investimentos afectos a provisões técncias

Activos financeiros detidos para negociação

Acções e outros títulos de rendimento variável ( 421,019) ( 39,107)

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo ( 519,991)

Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas

Acções e outros títulos de rendimento variável ( 482,364) 263,886

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo ( 491,047) ( 1,062,536)

Investimentos não afectos a provisões técncias

Activos financeiros detidos para negociação

Acções e outros títulos de rendimento variável ( 538,584) 73,617

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas

Acções e outros títulos de rendimento variável ( 1,251,903)

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

( 3,704,908) ( 764,140)

19. Ganhos e perdas em diferenças de câmbio Indicação da quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados excepto as que resultem de instrumentos financeiros valorizados pelo justo valor através dos resultados. Em 31 de Dezembro de 2008, a Companhia não tinha qualquer saldo expresso em moeda estrangeira. 20. Custos de financiamento Indicação, por categoria de veículo de financiamento, da quantia de juros e/ou dividendos. Durante o exercício a Companhia contraiu os seguintes empréstimos subordinados, com prazo indeterminado, concedidos pela Groupama, SA:

Data do empréstimo Data de reembolso Montante Taxa de Juro Juros

31/03/2008 11/09/2008 5.000.000 6,50% 148.056

14/11/2008 - 5.500.000 6,50% 47.667

30/12/2008 - 11.000.000 6,50% 3.972

199.695 Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 36 de 53

Estes empréstimos podem ser reembolsados por iniciativa da Companhia, mediante acordo prévio do Instituto de Seguros de Portugal. 21. Gastos diversos por função e natureza 21.1. Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua função, nomeadamente, para aquisição de contratos de seguro e investimento (aquisição e administrativos), custos com sinistros e custos com investimentos.

2008 2007

Conta técnica Conta não técnica Total Total

Custos de aquisição 2.487.908 2.487.908 2.824.292

Custos administrativos 2.492.164 2.492.164 2.313.771

Custos com sinistros 531.507 531.507 636.072

Custos de gestão investimentos 1.083.530 365.162 1.448.692 1.219.369

Total 6.595.109 365.162 6.960.271 6.993.504

21.2. Análise dos gastos usando uma classificação baseada na sua natureza (e.g. depreciações, imparidade, benefícios de empregados,..). 2008 2007

Custos com o pessoal (Nota 22) 3.109.646 3.447.940

Fornecimentos e serviços externos: Trabalhos especializados 877.780 865.666 Rendas e alugueres 578.421 533.853 Comunicações 315.058 282.441 Conservação e reparação 280.146 177.132 Publicidade e propaganda 371.394 268.541 Deslocações, estadas e despesas de representação 96.811 91.429 Artigos para oferta 424 - Impressos, livros e documentação técnica 15.936 9.485 Material de escritório 10.555 38.814 Quotizações 4.527 7.919 Custos com cobrança de prémios 63.973 60.552 Seguros 48.026 58.168 Custos com trabalho independente 44.455 61.199 Contencioso e notariado 13.149 26.207 Electricidade 44.825 40.419 Água 7.751 7.108 Combustíveis 40.724 45.636 Limpeza, higiene e conforto 40.846 37.713 Vigilância e segurança 1.182 557 Outros 10.642 7.415 2.866.625 2.620.254

Impostos e taxas 56.058 46.217

Amortizações do exercício: Imobilizações incorpóreas (Nota 12) 32.122 43.946 Imóveis de serviço próprio (Nota 9) 2.299 2.299 Imobilizações corpóreas (Nota 10) 623.202 775.863 657.623 822.108

Provisões 0 0 Juros suportados 231.557 16.081

Comissões 38.762 40.905

6.960.271 6.993.505 Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 37 de 53

22. Gastos com pessoal 22.1. Indicação do número médio de trabalhadores ao serviço no exercício, ventilado por categorias profissionais. Durante o exercício de 2008 a Companhia teve, em média, 69 trabalhadores ao seu serviço, distribuídos pelas seguintes categorias profissionais:

Categoria Profissional 2008

Administrador 1

Director de Serviços 5

Coordenador Geral Serviços Comerciais 3

Chefe de Serviços 4

Chefe de Análise 1

Chefe de Centro 1

Chefe de Secção 2

Técnico Grau II 5

Coordenador de Zona 3

Programador 3

Técnico Grau I 5

Operador (+ 3 anos) 2

Subchefe de Secção 7

Assistente Comercial 4

Secretário 1

Caixa 1

Técnico Comercial 0

Técnico de Reprografia 1

Escriturário 14

Fiel de Economato 1

Cobrador 1

Empregado Serviços Gerais 2

Inspector Estagiário 0

Escriturário Estagiário 0

Empregado Limpeza 2

Total 69

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 38 de 53

22.2. Indicação do montante das despesas com o pessoal referentes ao exercício, assim discriminadas: 2008 2007

Remunerações - dos órgãos sociais 25.500 33.280 - do pessoal 2.389.262 2.585.026

Encargos sobre remunerações 556.604 578.053 Benefícios pós-emprego

- Planos de contribuição definida - Planos de benefícios definidos 19.000 53.419

Outros benefícios a longo prazo dos empregados -6.550 -3.860 Benefícios de cessação de emprego Seguros obrigatórios 71.916 73.460 Gastos de acção pessoal 21.295 21.284 Outros gastos com pessoal 32.619 27.170

TOTAL 3.109.646 3.447.940 23. Obrigações com benefícios dos empregados 23.2. Para cada plano de benefício definido, prestação de informação considerada relevante para a compreensão quer do plano, quer da evolução das quantias registadas nas contas face a exercícios anteriores, nomeadamente: a) A política contabilística da entidade para reconhecer ganhos e perdas actuariais, bem como o custo corrigido de serviços passados; Para efeito de aplicação da IAS 19 – Benefícios aos empregados, o custo associado a planos de benefícios atribuídos aos empregados deve ser reconhecido quando o respectivo benefício é auferido, isto é, à medida que o empregado vai prestando serviços, sendo que o diferencial entre o valor das responsabilidades assumidas e os activos adquiridos para cobrir essa responsabilidade deverá estar relevado no balanço da Companhia. Note-se que o custo, para efeito da IAS 19, não corresponde necessariamente ao valor que a Companhia entrega anualmente ao Fundo, é antes dado pelo somatório do custo dos serviços correntes, com o custo dos juros e com o resultado esperado dos activos. Para reconhecer os ganhos/perdas actuariais a Companhia optou pelo método do “SORIE”, em que os ganhos e perdas actuariais de cada ano são reconhecidos em rubrica específica do capital próprio. b) Uma descrição geral do plano, com indicação dos benefícios assegurados, do prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos e do grupo de pessoas abrangidas; Nos termos do estabelecido no Contrato Colectivo dos Trabalhadores de Seguros, a Companhia assumiu a responsabilidade de pagar aos seus empregados pensões de reforma por velhice e por invalidez, encontrando-se essa responsabilidade integralmente coberta e financiada, em 31 de Dezembro de 2008, pelo Fundo de Pensões. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 39 de 53

O plano de pensões existente na Companhia corresponde a um plano de benefícios definidos, uma vez que define os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição. Descrição geral do plano e grupo de pessoas abrangidas: O Fundo de Pensões é suportado por um Plano de Benefício Definido abrangido pelo Contrato Colectivo de Trabalho da Actividade Seguradora em vigor, relativo a todos os trabalhadores que compõem o quadro de pessoal permanente da Companhia, bem como todos os trabalhadores pré-reformados que se encontrem a receber uma pensão de pré-reforma. Indicação dos benefícios assegurados: A Companhia assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias para o complemento de reformas atribuídas pela Segurança Social. Estes benefícios assumem a forma de: - Pensão de velhice - Pensão de invalidez - Pensão de pré-reforma Prazo esperado de liquidação dos compromissos assumidos: A Companhia espera liquidar os compromissos assumidos quando os trabalhadores atingirem a idade normal da reforma, ou seja, aos 65 anos. Considerando que a idade média dos participantes do Fundo é de 48 anos, as responsabilidades em causa virão a ser liquidadas, em média, dentro de 17 anos. c) O veículo de financiamento utilizado; As responsabilidades da Companhia estão totalmente financiadas por um Fundo de Pensões. d) O valor e a taxa de rendibilidade efectiva dos activos do plano;

2008 2007

Valor dos activos do Plano 1.962.090 2.000.203 Taxa de rendibilidade efectiva dos activos do Plano -6,35% 3,13% e) A responsabilidade passada com benefícios pós-emprego, separadamente entre o valor actual da responsabilidade por serviços passados e o valor actual dos benefícios já em pagamento;

2008 2007

Valor actual da responsabilidade por serviços passados 960.529 983.062 Valor actual dos benefícios em pagamento 953.895 987.054 Responsabilidade com benefícios pós-emprego 1.914.424 1.970.116

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 40 de 53

f) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios definidos mostrando separadamente, se aplicável, os efeitos durante o período:

31.12.2008

Responsabilidades em 1 de Janeiro 1.970.116

Custo do serviço corrente 38.623 Custo dos juros 71.911 (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades (104.131) Benefícios pagos pela Companhia 62.096 Custo corrigido dos serviços passados Cortes e liquidações Responsabilidades em 31 de Dezembro 1.914.424

g) Análise da obrigação de benefícios definidos em quantias resultantes de planos que não têm qualquer financiamento e em quantias resultantes de planos que estão total ou parcialmente financiados. A obrigação de benefícios definidos, a qual em 31 de Dezembro de 2008 ascende a 1.914.424 euros, encontra-se financiada por um Fundo de Pensões no montante de 1.962.089 euros, o que representa um nível de financiamento de 102%. A Companhia não tem planos por financiar. h) Reconciliação dos saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano e dos saldos de abertura e de fecho de qualquer direito de reembolso reconhecido como activo, mostrando separadamente, se aplicável, os efeitos durante o período:

31.12.2008

Saldo do Fundo em 1 de Janeiro 2.000.203

Retorno esperado dos activos do plano 92.009 Ganhos e (perdas) actuariais (227.239) Contribuições do empregador 159.212 Contribuições de participantes no plano Benefícios pagos pela Companhia (62.096) Cortes e liquidações Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 1.962.090

i) Reconciliação do valor presente da obrigação de benefícios definidos da alínea f) e do justo valor dos activos do plano da alínea h) com os activos e passivos reconhecidos no balanço. A Companhia reconheceu um ganho actuarial de 283.000 euros (bruto de Imposto diferido) j) Indicação do gasto total reconhecido na Conta de Ganhos e Perdas do exercício corrente.

31.12.2008

Custo de serviços correntes 38.623 Custo corrigido de serviços passados Custo de juros 71.911 Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direitos de reembolso (92.009) Ganhos e perdas actuariais Ganhos ou perdas decorrentes de cortes ou liquidações do plano Efeito do limite estabelecido na IAS 19 Total de impactos no Ganhos e Perdas 18.525 Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 41 de 53

k) As quantias reconhecidas no exercício corrente, na Conta de Ganhos e Perdas ou em rubrica específica de capital próprio, relativamente aos ganhos ou perdas actuariais e do limite estabelecido na IAS 19; Relativamente aos ganhos e perdas actuariais do ano, reconheceu-se, em 2008, em rubrica específica do capital próprio, uma perda actuarial de 122.000 euros (bruto de imposto diferido). l) A quantia cumulativa de ganhos e perdas actuariais reconhecidos em rubrica específica de capital próprio no caso de adoptada esta opção; Em 31 de Dezembro de 2008, a Companhia tinha reconhecido, em rubrica específica de capital próprio, um ganho actuarial acumulado de 384.000 euros (bruto de imposto diferido). m) A percentagem e quantia de cada categoria principal dos investimentos do plano e outros activos, que constituem o justo valor do total dos activos do plano; A carteira de activos do Fundo Pensões da (nome da Companhia) é composta da seguinte forma (por classe de activos):

31.12.2008 31.12.2007

Valor % Valor %

Títulos rendimento variável 208.234 10,7 254.214 12,7 Títulos rendimento fixo 1.454.549 74 1.583.896 79,2 Outros 299.307 15,3 162.093 8,1 Total dos activos do Fundo 1.962.090 100 2.000.203 100

n) As quantias incluídas no justo valor dos activos do plano relativas a instrumentos financeiros da entidade e qualquer terreno e edifício ocupado, ou outros activos utilizados, pela empresa de seguros; A Companhia não utiliza activos do Fundo de Pensões. O Fundo não detém títulos emitidos por entidades do grupo. o) Descrição da base usada para determinar a taxa esperada global de retorno dos activos, incluindo o efeito das principais categorias de activos do plano; Tendo por base a politica de investimentos decorrente do Fundo de Pensões, foi determinada a taxa esperada global de retorno dos activos tendo por base os ganhos expectáveis dos activos contratados. As taxas yields relativas aos juros dos títulos de rendimento fixo foram determinadas através do reembolso bruto das taxas yields à data de fecho do balanço. No futuro, são esperados ganhos em acções e investimentos imobiliários reflectindo taxas de retorno de longo prazo bastante atractivas nos mercados respectivos. p) Indicação do retorno real dos activos do plano, bem como o retorno real sobre qualquer direito de reembolso reconhecido como um activo; O retorno real dos activos do plano foi negativo em 135.230 euros. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 42 de 53

q) Descrição dos principais pressupostos actuariais (em termos absolutos) usados:

Pressupostos actuariais

Tábua de mortalidade TV 88/90 Tábua de invalidez Suisse Re Taxa de desconto 4,60% Taxa de rendimento do fundo 4,60% Taxa de crescimento salarial 3% Taxa de crescimento das pensões 1% Percentagem esperada de pré-reformas 0

t) Indicação das quantias do período anual corrente e dos quatro períodos anuais anteriores quando aplicável de: i. Valor presente da obrigação de benefícios definidos, o justo valor dos activos do plano e o excedente ou défice do plano; e ii. Os ajustamentos de experiência resultantes dos passivos do plano expressos quer como uma quantia, quer como uma percentagem dos passivos do plano à data do balanço, e os activos do plano expressos quer como uma quantia, quer como uma percentagem dos activos do plano à data do balanço.

2008 2007 2006

Valor presente da obrigação de benefícios definidos 1.914.424 1.970.116 1.881.130 Justo valor dos activos do plano 1.962.090 2.000.203 1.930.056 Défice / (excedente) do plano -47.666 -30.087 -48.926

Ajustamentos de experiência resultantes dos passivos do plano – ganho/(perda) 104.131 -34.910 -78.614 Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano – ganho/(perda) -227.239 -39.933 -6.493

v) Descrição da melhor estimativa da empresa de seguros, assim que possa ser razoavelmente determinada, das contribuições que se espera que sejam efectuadas durante o período anual que começa após a data de balanço. A contribuição prevista para 2009 é de 120.000 euros. 24. Imposto sobre o rendimento 24.1. Os principais componentes de gasto (rendimento) de impostos devem ser divulgados separadamente, devendo incluir nomeadamente: a) Gasto (rendimento) por impostos correntes; Em 31 de Dezembro de 2008 a carga de imposto corrente é nula, atendendo a que foi apurado um prejuízo fiscal. b) Quaisquer ajustamentos reconhecidos no período de impostos correntes de períodos anteriores; No exercício de 2008, não foram efectuados quaisquer ajustamentos a estimativas de imposto corrente de períodos anteriores. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 43 de 53

2008

Estimativa de Imposto 2007 10.242

Imposto apurado efectivo 21.479

Excesso / (insuficiência) de estimativa (11.237)

Não são esperados ajustamentos significativos às declarações de rendimentos respeitantes ao exercício, com excepção do imposto corrente sobre tributações autónomas (� 17.529), o qual não foi provisionado. c) Quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com a origem e reversão de diferenças temporárias;

No exercício de 2008 foi reconhecido um rendimento líquido por impostos diferidos de 517.176 euros, relacionados com a origem e reversão de diferenças temporárias, registados na conta 871- Imposto sobre o rendimento do exercício (Impostos diferidos), conforme quadro abaixo:

euros

Amortização imóveis serviço próprio 104

Anulação imposto diferido s/ prejuízos fiscais 2002 22.468

Contribuição fundo de pensões 32.191

Sub-total gastos 54.763

Imparidade investimentos financeiros (304.624)

Imposto diferido s/ prejuízos fiscais do exercício (267.315)

Sub-total rendimentos (571.939)

Total (517.176) g) Gasto por impostos diferidos provenientes de uma redução, ou reversão de uma diminuição de um activo por impostos diferidos; Em 31 de Dezembro de 2008, procedeu-se à anulação do montante de 22.468 euros na rubrica Activos por impostos diferidos, relacionados com prejuízos fiscais do exercício de 2002, os quais não são recuperáveis (ver Nota 24.1.c). 24.2. Indicação separada do imposto diferido e corrente agregado relacionado com itens que sejam debitados ou creditados ao capital próprio. O imposto relacionado com itens do capital próprio (14.410.741 euros) respeita aos Ganhos líquidos por ajustamento ao justo valor de investimentos financeiros disponíveis para venda, como segue:

Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 44 de 53

24.7. Indicação para cada tipo de diferença temporária e com respeito a cada tipo de perdas por impostos não usadas e créditos por impostos não usados da:

a) Quantia de activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período apresentado;

2008

Impostos Diferidos Activos

Imóveis 1.200.000

Reforço Provisões Matemáticas de Rendas 490.863

Fundo de Pensões - Sorie Option 127.000

Gratificações ao Pessoal 55.816

Amortizações Imóveis de serviço próprio 8.484

Reservas de Reavaliação - ajustamento de justo valor 14.410.741

Imparidade investimentos financeiros 778.643

Ajustamento de Participação Resultados 3.362

Juros Cupão Zero 60.374

Imposto diferido s/ prejuízos fiscais 369.850

Total de Impostos diferidos Activos em 31 Dezembro 2008 17.505.133

Impostos Diferidos Passivos

Fundo de Pensões - Sorie Option (120.191)

Amortizações Imóveis (104)

Ajustamento Justo Valor Swap (7.000)

Ajustamento Justo Valor - Investimentos (220.321)

Total de Impostos diferidos Passivos em 31 Dezembro 2008 (347.616)

Imposto Diferido Líquido 17.157.517 b) Quantia de rendimentos ou gastos por impostos diferidos reconhecidos na conta de ganhos e perdas. Ver Nota 24.1.c) 25. Capital 25.1. Indicação dos objectivos, políticas da gestão do capital da empresa de seguros, descrevendo os respectivos processos implementados. O ano 2008 foi um ano particularmente difícil devido ao contexto internacional que derivou numa grave crise financeira, sem paralelo nos últimos decénios. Apesar dos fortes impactos financeiros que se fizeram sentir no sector segurador, sobretudo no Balanço e Ganhos e Perdas das Companhias Vida, a actividade seguradora em geral conseguiu resistir bem à crise, dando um sinal da capacidade financeira e gestão prudente, o que é neste contexto uma forte mais-valia para o sector e, para todos aqueles que com ele se relacionam. No que respeita à Groupama, o facto de pertencermos a um grande Grupo internacional, detentor de uma forte robustez financeira, permitiu-nos facilmente aceder aos capitais necessários para fazer face às consequências da crise financeira, a fim de cumprir os rácios de solvabilidade e dotar a Companhia Vida dos meios financeiros exigíveis pela regulamentação nacional. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 45 de 53

Assim, aumentámos o capital social, da Companhia Vida no decorrer de 2008 em 17,5 milhões de euros, terminando o exercício com uma margem de solvência de 106%. Se considerarmos que a Companhia Não Vida tem uma margem de solvência de 541%, podemos, globalmente, concluir que à data de 31/12/2008, a Groupama Portugal apresenta uma margem de solvência total de 178% o que mostra a sua capacidade financeira no mercado português. O total de capitais próprios das duas Companhias, nesta data, incluindo os empréstimos subordinados de Vida, elevam-se a 33 milhões de euros e o volume de reservas técnicas é de 398 milhões de euros, excluindo operações de capitalização, sendo o total dos activos de 474 milhões de euros.

25.2. Indicação para cada classe de capital em acções: a) Quantidade de acções autorizadas; Em 31 de Dezembro de 2008 a totalidade do capital da Companhia está representado por 5.000.000 de acções nominativas de valor nominal de 5 Euros. b) Quantidade de acções emitidas e inteiramente pagas, e emitidas mas não inteiramente pagas; Como descrito em a) acima, o capital social da Companhia era, em 31 de Dezembro de 2008, 25.000.000 Euros, integralmente realizado e representado por 5.000.000 de acções nominativas com o valor nominal de 5 Euros cada. Todas as acções emitidas estão inteiramente pagas. c) Valor ao par por acção, ou que as acções não têm valor ao par; Em 31 de Dezembro de 2008, o valor nominal de cada acção é de 5 Euros. d) Reconciliação da quantidade de acções em circulação no início e no fim do período;

2008

Nº acções em 1 de Janeiro 1.500.000

Aumento de capital efectuado em 2008 3.500.000

Nº acções em 31 de Dezembro 5.000.000 25.3. Identificação das quantias transaccionadas com os detentores de capital próprio, com divulgação separada das distribuições a esses detentores de capital próprio. Conforme o referido na nota 25.2, procedeu-se a um aumento de capital, efectuado pelo accionista único, Groupama SA, no montante 17.500.000 euros. Foram também contraídos três empréstimos subordinados, conforme referido na nota 20. 26. Reservas 26.1. Descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do capital próprio. Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 46 de 53

Reservas de reavaliação As reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de activos financeiros representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda, líquidas da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores. Reservas por impostos diferidos Os impostos diferidos, calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios, nesta rubrica. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem. Adicionalmente, esta rubrica engloba ainda os impostos correntes resultantes do reconhecimento de 20% do imposto calculado, à data da transição para o novo plano de contas, sobre as valias não realizadas das carteiras afectas com participação nos resultados, bem como o imposto sobre a variação do ano das referidas valias das mesmas carteiras. Outras Reservas Incluída na rubrica “Outras Reservas” temos a Reserva Legal que só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com a legislação Portuguesa, a reserva legal deve ser anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital emitido. Finalmente temos a Reserva SORIE onde estão contabilizados os ganhos e perdas actuariais relativos ao Plano de Pensões da Companhia, em conformidade com a IAS 19. 26.2. Descrição dos movimentos de cada reserva dentro do capital próprio de acordo com o modelo de Demonstração de variações no capital próprio. Ver mapa de demonstração de variações no capital próprio. 27. Resultados por acção 27.1. Indicação das quantias usadas como numeradores no cálculo dos resultados por acção básicos e diluídos e uma reconciliação dessas quantias com o lucro ou perda atribuível à entidade-mãe para o período em questão. O resultado por acção em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 foi o seguinte:

2008 2007

Resultado líquido do exercício (em euros) -1.598.781 605.578 Número médio ponderado de acções ordinárias em circulação (nota 25.2.d) 5.000.000 1.500.000 Resultado por acção básico (valores em euros) -0.32 0,40 O Resultado líquido do exercício de 2007 está determinado de acordo com o antigo Plano de Contas (PCES/94). Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 47 de 53

Pelo facto de não existirem situações que originam diluição, o resultado líquido por acção diluído é igual ao resultado líquido por acção básico. 27.2. Indicação do número médio ponderado de acções ordinárias usado como denominador no cálculo dos resultados por acção básicos e diluídos e uma reconciliação destes denominadores. Ver nota 27.1. 28. Dividendos por acção 28.1. Indicação da quantia de dividendos reconhecida como distribuições aos detentores de capital próprio durante período, e a quantia relacionada por acção. Não se procedeu ao pagamento de dividendos no exercício de 2008. 28.2. Indicação da quantia de dividendos proposta ou declarada antes de as demonstrações financeiras serem aprovadas mas não reconhecida como distribuição aos detentores de capital próprio durante o período, a quantia relacionada por acção, e a quantia de qualquer dividendo preferencial cumulativo não reconhecido. Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, e atendendo ao resultado líquido negativo, o Conselho de Administração propôs à Assembleia-Geral, a afectação desse montante à rubrica Resultados Transitados. 29. Transacções entre partes relacionadas 29.1. Indicação do nome da empresa-mãe e da empresa-mãe do topo da Companhia A empresa mãe do topo da Companhia é a Groupama, SA., com sede em França, a qual detém 100% do capital social da Companhia. 29.3. Indicação da remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direcção e controlo, de forma directa ou indirecta, incluindo qualquer administrador (executivo ou outro), no total e para cada uma das categorias de benefícios de empregados de curto prazo, benefícios pós-emprego, outros benefícios de longo prazo, benefícios de cessação de emprego e pagamento com base em acções. Euros

2008 2007

Benefícios aos empregados de curto prazo 682.583 706.259 Benefícios pós-emprego 313.447 321.964 Outros benefícios de longo prazo

Benefícios de cessação de emprego

Pagamentos baseados em acções Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 48 de 53

29.4. Indicação, no caso de ter havido transacções entre partes relacionadas, da natureza do relacionamento existente, assim como, relativamente às transacções e saldos pendentes, a informação necessária para a compreensão do respectivo efeito potencial nas demonstrações financeiras, incluindo no mínimo: As operações intra-grupo desenvolvidas durante o exercício de 2008, foram-no com a Groupama, SA, a Groupama Seguros, SA e o Groupama Asset Management. Com a Groupama SA temos as operações referidas na Nota 20 (Empréstimos subordinados), com a Groupama Seguros, SA as operações internas relacionadas com a utilização comum de espaço, de meios humanos e materiais, nomeadamente rendas dos imóveis ocupados pela Companhia. Por outro lado a gestão de investimentos é feita em França, numa empresa do grupo, a Groupama Asset Management. i. Quantia dos saldos pendentes;

Groupama SA Groupama Asset

Management Groupama Seguros

Empréstimos Subordinados (16.500.000)

Gestão de Investimentos (986.021) Empréstimos tesouraria 481.947

30. Demonstração de fluxos de caixa

Montante

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

+/- Resultado líquido do exercício -1.598.781 AJUSTAMENTOS:

+ Amortizações 657.623 +/- Provisões -18.165.903 De seguro directo -525.982 De resseguro 18.114 Outras -17.658.036 +/- Resultados financeiros operacionais (juros e proveitos similares) 3.758.689 Juros de Empréstimos subordinados 0 Juros 465.084 Custo amortizado -1.770.777 Imparidade 1.190.712 Valias potenciais e realizadas 3.873.671 Impacto de impostos diferidos no resultado líquido do exercício -517.179 Participação nos resultados paga em dinheiro -3.439.814 Variação nos passivos dos contratos de investimento 4.252.218 - Aumento das dívidas de terceiros -972.455 De seguro directo -583.824 De resseguro Operações contratos de investimento

Pessoal / Fornecedores -297.971 Estados e Outros -90.660 Impostos e taxas -90.660 IRC Outras + Diminuição das dívidas de terceiros 41.204 De seguro directo De resseguro 41.204 Operações contratos de investimento Pessoal / Fornecedores Estados e Outros 0 Impostos e taxas IRC Outras + Aumento das dívidas a terceiros 1.890.324 De seguro directo 1.548.498 De resseguro 271.213 Operações contratos de investimento Pessoal / Fornecedores 0 Estados e Outros 38.825 Impostos e taxas 38.825 IRC Benefícios pós-emprego 31.788 Outras - Diminuição das dívidas a terceiros -42.659 De seguro directo 0 De resseguro 0 Operações contratos de investimento 0 Pessoal / Fornecedores -42.659 Estados e Outros 0 Impostos e taxas 0 IRC 0 Outras 0 - Diminuição dos proveitos diferidos -35.325 - Diminuição dos acréscimos de custos -60.160 - Aumento dos acréscimos de proveitos 0 - Aumento dos custos diferidos -7.110 + Diminuição dos custos diferidos 0 + Diminuição dos acréscimos de proveitos 0 + Aumento dos acréscimos de custos 0 + Aumento dos proveitos diferidos 0 - Ganhos na alienação de imobilizações corpóreas e incorpóreas 0 + Perdas na alienação de imobilizações corpóreas e incorpóreas 0 +/- Outros -358 Fluxo das actividades operacionais (1) -14.239.686 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:

Investimentos financeiros 277.071.293 Rendimentos 0

Dividendos Rendimentos de UP's Juros e proveitos similares Alienações 277.071.293 Terrenos e edifícios Subsídios de investimento 0 Alienação de imobilizações corpóreas e incorpóreas 0 277.071.293 PAGAMENTOS RESPEITANTES A:

Investimentos financeiros 269.359.586 Juros de swap's 0 Compras 269.359.586 Terrenos e edificios 0 Aquisição de imobilizações corpóreas e incorpóreas 614.515 Imobilizações em curso 228.900 Despesas gerais 270.203.001 Fluxo das actividades de investimento (2) 6.868.293 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:

Empréstimos subordinados 16.500.000 Outros empréstimos 0 Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão 17.500.000 Subsídios e doações 0 Vendas de acções (quotas) próprias 0 Cobertura de prejuízos 0 34.000.000 PAGAMENTOS RESPEITANTES A:

Empréstimos obtidos 0 Amortizações de contratos de locação financeira 0 Juros e custos similares Dividendos 175.671 Reduções de capital e prestações suplementares 0 Aquisições de acções (quotas) próprias 0 175.671 Fluxo das actividades de financiamento (3) 33.824.329 Variacções de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] 26.452.935 +/- Efeito das diferenças de câmbio -82 Caixa e seus equivalentes no início do período 7.448.792 Caixa e seus equivalentes no fim do período 33.901.728 Variações de caixa e seus equivalentes (Saldo final-Saldo inicial) 26.452.935 Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 51 de 53

31. Compromissos 31.2. Descrição geral dos acordos de locação significativos do locatário incluindo: Viaturas: Em 31 de Dezembro de 2008 estavam em vigor oito contratos de locação operacional de viaturas, tendo total de rendas pagas ascendido a 54.943 euros (2007: 45.044 euros). Equipamento informático: No exercício de 2008 estavam em vigor dois contratos de locação operacional para fornecimento de equipamento informático, com e sem assistência técnica, tendo o total de rendas pagas em 2008 sido de 105.182 euros (2007: 110.052 euros). No exercício de 2008 estava ainda em vigor um contrato de prestação de serviços de cópia destinado a equipar a Sede e as agências de impressoras a laser, sendo o montante total das rendas de 35.199 euros (2007: 38.254 euros). a) A existência e termos de renovação ou de opções de compra e cláusulas de escalonamento; Não existem cláusulas de renovação ou opções de compra. 34. Elementos extra-patrimoniais 34.3. Valor dos activos dos fundos de pensões geridos pela empresa de seguros explicitando os relativos aos fundos em que se garante um rendimento mínimo.

Fundos de Pensões geridos pela Companhia Valor dos activos do Fundo

Rendimento mínimo

Groupama Seguros de Vida 1.962.090 N AON Portugal 1.457.725 N E.C.M. – Empresa de Cervejas da Madeira 1.339.201 N

TOTAL 4.759.016 N

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35. Ajustamentos de transição para o novo regime contabilístico e respectivos impactos A data de transição considerada pela Companhia foi 01 de Janeiro de 2008. Os principais impactos à data de transição encontram-se resumidos no quadro abaixo:

IAS Capital Próprio Capital Social

Reserva de

reavaliação de justo valor

Reserva de

reavaliação legal

Reserva por

impostos diferidos

Outras

reservas

Resultados

Transitados

Saldo antes de transição 24.236.487 7.500.000 8.056.976 1.567.824 91.402 - 7.020.285

Diferença entre o alisamento linear e

actuarial das obrigações39

( 19.079) ( 19.079)

Cálculo de prémios ao pessoal 19( 154.811) ( 154.811)

Sorie 19 - ( 193.000) 193.000

Valorização dos Terrenos e edificios 40( 50.040) ( 7.442.411) 7.392.371

Amortizações de imóveis 16 ( 23.533) ( 23.533)

Valorização dos investimentos classificados como disponiveis para venda

39

( 11.429.839) ( 13.167.728) 1.737.889

Valorização dos investimentos HFT / TRAD 39( 261.986) ( 261.986)

Imparidade 39 ( 0) 1.788.751 ( 474.019) ( 1.314.732)

Imposto diferido sobre valor da Reserva de reavaliação

123.139.064 3.139.064

Imposto diferido sobre coeficiente de

correcção dos imóveis12

1.200.000 1.200.000

Reforço da Prov Matemática( 1.361.446) ( 1.361.446)

Saldo após transição 15.274.817 7.500.000 ( 10.764.412) 1.567.824 2.756.447 ( 193.000) 14.407.958 Notas ao balanço e conta de ganhos e perdas em 31/12/2008 | Página 53 de 53