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NORMAS TÉCNICAS Conhecendo e aplicando na sua empres a Apoio

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Page 1: NORMAS TÉCNICAS

NORMAS TÉCNICASConhecendo e aplicando na sua empresa

Apoio

Page 2: NORMAS TÉCNICAS

NORMAS TÉCNICASConhecendo e aplicando na sua empresa

Brasília2000

Page 3: NORMAS TÉCNICAS

Regazzi Filho, Carlos LuizNormas técnicas : conhecendo e aplicando na sua empresa.

4.ed. revisada e atualizada / Carlos Luiz Regazzi Filho. -Brasília, D.F. : CNI, COMPI, 2000.

55p. : il.“Projeto Sensibilização e Capacitação da Indústria em

Normalização, Metrologia e Avaliação da Conformidade”,CNI / COMPI

I. Confederação Nacional da Indústria (Brasil). Unidade deCompetitividade Industrial

DESCRITORES: Normas técnicas / Sistema Brasileiro deNormalização / Normalização / Brasil

CDD 389.6

© 2000 Confederação Nacional da Indústria

É autorizada a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

CNIRua Mariz e Barros 678/2º andarCEP 20270-002 - Maracanã - Rio de JaneiroTel.: (21) 204-9500Fax: (21) 204-9600

Grupo Gestor

CNIConfederação Nacional da Indústria

SEBRAEServiço Brasileiro de Apoio à Pequenae Média Empresa

INMETROInstituto Nacional de Metrologia, Normalizaçãoe Qualidade Industrial

MCTMinistério da Ciência e Tecnologia

MDIC/SPIMinistério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior. Secretariade Política Industrial

ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas

http://www.cni.org.bre-mail: [email protected]

Page 4: NORMAS TÉCNICAS

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

1 – A NORMALIZAÇÃO 7

Introdução 9Objetivos da Normalização 11

Conceitos Básicos 11O que é Normalização? 11

Definição da Normalização 12

Quais são os benefícios da Normalização? 12

Níveis de Normalização 13Nível Internacional 14

Nível Regional 14

Nível Nacional 14

Nível Associação 14

Nível Empresa 15

O que significa? 15

Quais os objetivos da Normalização na empresa? 15

Quais são as condições para o êxito? 15

Onde é necessária? 16

A Normalização e o Código de Defesa do Consumidor 16

2 – SISTEMA BRASILEIRO DE NORMAS TÉCNICAS 19

Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial – SINMETRO 21Estrutura 21

São fundamentos básicos do Sistema 22

Estrutura e Atribuições do Sistema Brasileiro de Normalização 22

Processo de Elaboração das Normas Brasileiras 23

Page 5: NORMAS TÉCNICAS

APRESENTAÇÃO

A Confederação Nacional da Indústria – CNI, em parceria com o MCT, MDIC,

ABNT, INMETRO e SEBRAE, desenvolveu uma coletânea de três cartilhas –

Normalização; Metrologia; e Avaliação da Conformidade e a publicação Estudos

de Casos – em linguagem simples e direta, orientadas a servirem de informação

básica e como ferramenta de trabalho no âmbito das empresas brasileiras.

Todas as entidades parceiras deste projeto reiteram o seu caráter estratégico e,

neste sentido, esperam estar, com esta coletânea, efetivamente contribuindo

para a construção de um Brasil industrial mais competitivo.

A progressiva globalização da economia, conjugada a um ambiente tecnológico

crescentemente dinâmico e competitivo, demonstra, por si só, que a agenda

para a competitividade da indústria brasileira é árdua e merecedora de uma

intensa agenda de esforços dos diferentes agentes: Governo, Iniciativa Privada

e Organismos de Apoio.

Nesse sentido, o emprego de ferramentas como a Normalização, a Metrologia

e a Avaliação da Conformidade, como forma de agregar valor a produtos e

processos industriais, vem, cada vez mais, crescendo em importância, em

especial no acesso e manutenção de mercado. Conseqüentemente, o emprego

de tais ferramentas precisa ser intensificado em um ritmo acelerado.

A cartilha Normas Técnicas – Conhecendo e Aplicando na sua Empresa tem

como objetivo principal facilitar aos empresários, trabalhadores e consumidores

o acesso ao conhecimento sobre a importância e os benefícios da Normalização

para a sociedade.

Normalização é a base para Garantia da Qualidade. É o processo de estabelecer

e organizar as atividades pela criação e utilização de regras ou normas, visando

contribuir para o desenvolvimento econômico e social. A normalização proporciona

os meios necessários para a adequada troca de informações entre clientes e

fornecedores, e permite a eliminação de barreiras comerciais, dentre outros.

O crescimento expressivo da certificação pelas normas ISO 9000 e 14000, na

indústria, é uma resposta concreta da capacidade da indústria brasileira aos

desafios da inserção internacional.

Carlos Eduardo Moreira Ferreira

Presidente da CNI

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A NORMALIZAÇÃO

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INTRODUÇÃO

A Normalização não é uma invenção moderna. É um ato inerente à própria natureza,

existindo no mundo desde a sua formação.

Podemos associá-la à aplicação de regras às atividades do homem, desde tempos

remotos, com as quais a humanidade procurou regulamentar seus relacionamentos

dentro da comunidade.

Nossos hábitos sociais, bem como nosso comportamento, são exemplos perfeitos da

Normalização em nossa vida diária.

A natureza também possui, para seus elementos e suas espécies animais e vegetais,

regras próprias para geração, tanto na forma quanto na constituição.

O próprio ser humano é normalizado: temos um corpo padronizado com dois braços,

duas pernas, entre outras características. Biologicamente somos também muito

semelhantes.

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Por exemplo, a fala humana constitui-se num conjunto de manifestações sonoras

definidas que possui, para cada um de nós, a mesma significação, porque para o

desenvolvimento da linguagem natural do homem é necessário um determinado número

de normas sintáticas, morfológicas e semânticas.

A Normalização Técnica surgiu das necessidades humanas. As ferramentas utilizadas

apresentavam similaridade de material, peso e dimensões. As normas de medidas

tiveram origem com a necessidade do homem estimar dimensões e distâncias para

construir, produzir e colher sua alimentação.

A normalização metódica recebeu destaque especial a partir da Revolução Industrial,

quando a necessidade de produzir peças intercambiáveis se fez sentir de modo mais

intenso, em virtude da transformação da produção artesanal em fabricação de grandes

lotes em produção seriada.

Para ser eficaz, a Normalização deve se basear nos resultados alcançados pela

ciência, tecnologia e experiência, visto que ela determina não somente as bases

para o presente, mas também para o desenvolvimento futuro e, portanto, deve

acompanhar o progresso.

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Objetivos da normalização

Comunicação

Proporciona os meios necessários para a adequada troca de informações entre

clientes e fornecedores, com vistas a garantir a confiabilidade nas relações comerciais.

Simplificação

Permite a redução da variedade de procedimentos e tipos de produtos.

Proteção ao consumidor

Assegura a proteção do consumidor na medida em que contém requisitos que

permitem a possibilidade de aferir a qualidade dos produtos e serviços.

Segurança

A proteção da vida humana, da saúde e do meio ambiente é garantida pela verificação

da conformidade de produtos e serviços de acordo com os requisitos da norma.

Economia

Com a sistematização e ordenação das atividades produtivas é evidenciada a

necessidade da redução de custos de produtos e serviços, com a conseqüente

economia para clientes e fornecedores.

Eliminação das barreiras comerciais

Com a normalização procuramos evitar a diversidade de regulamentos, muitas vezes

conflitantes, elaborados para produtos e serviços, pelos diferentes países.

CONCEITOS BÁSICOS

O que é Normalização?

Normalização é a maneira de organizar as atividades pela criação e uti l ização

de regras ou normas, visando contr ibuir para o desenvolvimento econômico

e social.

Agora que sabemos o que é Normalização, podemos entender o seu conceito

teórico.

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Definição da Normalização

É o processo de estabelecer e aplicar regras a fim de abordar ordenadamente uma

atividade específica, para o benefício e com a participação de todos os interessados, e,

em particular, de promover a otimização da economia, levando em consideração as

condições funcionais e as exigências de segurança.

Quais são os benefícios da Normalização?

São muitos. Dentre eles podemos destacar:

Benefícios Qualitativos: são aqueles que mesmo sendo observados não podem ser

medidos ou são de difícil medição.

Exemplos:

Utilização adequada de recursos

Disciplina da produção

Uniformidade do trabalho

Registro do conhecimento tecnológico

Melhora do nível de capacitação do pessoal

Controle dos produtos e processos

Segurança do pessoal e dos equipamentos

Racionalização do uso do tempo

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Benefícios Quantitativos: são aqueles benefícios que podem ser medidos.

Exemplos:

Redução do consumo e do desperdício

Especificação e uniformização de matérias-primas

Padronização de componentes e equipamentos

Redução de variedades de produtos

Procedimentos para cálculos e projetos

Aumento da produtividade

Melhoria da qualidade de produtos e serviços

Forma de comunicação entre pessoas e empresas

NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO

A Normalização é executada em diferentes níveis de complexidade, começando no

individual e alcançando o nível internacional.

Dentro da importância de cada um destes níveis, existe a necessidade de atuação

harmônica e integrada, uma vez que os objetivos da normalização são comuns a todos

os níveis.

Pirâmide de Normalização

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Nível Internacional

Normas resultantes da cooperação e de acordos entre grande número de nações

independentes, com interesses comuns e visando ao emprego mundial.

Exemplos:

ISO 9000 e ISO 14000

A ISO (International Organization for Standardization), é uma entidade mundial, não-

governamental, composta pelos organismos de normalização nacionais dos países

membros. Atualmente participam da ISO 124 membros. A ISO é o foro mundial onde

se busca o consenso na elaboração de normas internacionais, por meio da conciliação

dos interesses de fornecedores, consumidores, governo, comunidade científica e

demais representantes da sociedade civil organizada.

Nível Regional

Normas que representam os interesses que beneficiam várias nações independentes,

de um mesmo continente ou por uma associação regional de normas.

Exemplos:

Normas do Comitê Europeu de Normalização – CEN

Normas da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas – COPANT

Normas do Comitê Mercosul de Normalização – CMN

Nível Nacional

Normas editadas por uma organização nacional de normas, reconhecida como autoridade

para torná-las públicas, após a verificação de consenso entre os interesses do governo,

das indústrias, dos consumidores e da comunidade científica de um país.

Exemplos:

Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

Normas da Associação Alemã de Normas Técnicas – DIN

Nível Associação

Normas publicadas por uma associação de entidades de um mesmo ramo, que fixam

parâmetros a serem atendidos por todos os associados.

Exemplos:

As Normas elaboradas por uma associação setorial de indústrias, no Brasil

As Normas da ASTM – American Society for Testing and Materials

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Nível Empresa

O que significa?

São normas preparadas e editadas por uma empresa ou grupo de empresas, com a

finalidade de orientar as compras, a fabricação, as vendas e outras operações.

Exemplos:

Normas Petrobras

Normas de fabricantes de geladeiras, automóveis, etc.

No Nível de Empresa é que se notam os esforços normalizadores permanentes, visto

que esta atividade irá mostrar as necessidades da empresa e apontar os caminhos mais

adequados para a satisfação dessas necessidades.

Procura, também, racionalizar e eliminar os problemas, pela ordenação das atividades

por meio do cumprimento de procedimentos e rotinas destinados a melhorar a qualidade

e a produtividade.

A tarefa de produzir normas necessárias para que os produtos ou serviços da empresa

possam satisfazer as necessidades de seus clientes é que irá garantir a fidelidade à sua

marca.

Quais os objetivos da Normalização na empresa?

Fixar o conhecimento técnico (memória tecnológica da empresa).

Uniformizar as operações repetitivas (reproduzindo de igual forma e da melhor

forma).

Propiciar economia e redução de custos (padronização e redução de variedades).

Produzir com qualidade, segurança e baixo custo (produto competitivo).

Permitir a implantação de sistemas de gestão da qualidade e sistemas de gestão

ambiental.

Permitir a verificação da conformidade de produtos e serviços.

Possibilitar a certificação dos produtos e dos sistemas de gestão.

Quais são as condições para o êxito?

Vontade política da alta direção e compromisso dos demais níveis de gerência da

empresa.

Participação, em todos os níveis, das pessoas da organização.

Ampla difusão e explicação dos objetivos e benefícios do processo de normalização.

Investigação e análise sobre o uso e aplicação da tecnologia.

Estabelecimento de um sistema dinâmico e permanente para elaboração e revisão

das normas.

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Onde é necessária?

Na organização da empresa e em diversos assuntos que devem ser normalizados por

influir na qualidade e produtividade.

Exemplos:

Produtos final e semi-acabado

Matéria-Prima e Insumos

Processo

Operação de Equipamento

Controle da Qualidade

Manutenção

Segurança

Os Programas de Normalização de uma empresa devem ser totalmente apoiados pela

alta administração.

A implantação de Programas de Normalização em uma empresa é decisão da alta

administração.

A NORMALIZAÇÃO E O CÓDIGO DE DEFESADO CONSUMIDOR

O desejo do consumidor é a qualidade dos produtos e serviços que adquire.

O objetivo da Normalização é garantir a qualidade dos produtos e serviços.

Esta relação de causa e efeito entre o desejo do consumidor e as normas necessárias

e disponíveis é prevista no Código de Defesa do Consumidor.

O texto do código que interessa à Normalização é:

Seção IV – Das Práticas Abusivas

Artigo 39 – É vedado ao fornecedor de produtos e serviços:

Inciso VIII – Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em

A NORMALIZAÇÃO É

Uma ferramenta da Administração.

Uma função da Administração.

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desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se

normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas

ou outra Entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização

e Qualidade Industrial (CONMETRO).

O Código deixa bem claro: se existirem Normas Técnicas para qualquer produto

colocado no mercado de consumo, é obrigatória a conformidade destes produtos com

os requisitos da Norma, sob pena de responsabilidade para o fornecedor.

A Norma é, portanto, o melhor “departamento de defesa” dos interesses do consumidor.

Quando o consumidor compra um produto normalizado, significa que está adquirindo

principalmente proteção. Sabe que o produto foi fabricado por alguém realmente

capacitado, que utilizou na sua fabricação matérias-primas e processos controlados,

e, principalmente, que o produto está de acordo com seu desejo e necessidades.

Por outro lado, o Código do Consumidor, em parceria com as Normas, incentivará a

concorrência, uma vez que o comerciante passará a exigir que seu fornecedor mostre

se tem condições de garantir a qualidade dos produtos.

Exemplos:

Prazo de validade de produtos perecíveis.

Indicação da composição (ingredientes) dos produtos.

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SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃOE QUALIDADE INDUSTRIAL – SINMETRO

Estrutura

O processo de elaboração de Normas Técnicas no Brasil teve início em 1940, de forma

sistemática, com a criação da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Hoje o Brasil possui o SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial), integrando o setor governamental e a iniciativa privada, com a

finalidade de dotar o país de uma infra-estrutura de serviços tecnológicos para a

qualidade e produtividade.

Consiste, basicamente, em um sistema de geração de normas e regulamentos técnicos,

de implantação de redes de laboratórios de calibração e ensaios e de operacionalização

da certificação de conformidade.

O Sistema de Normalização tem por objetivo coordenar e expandir a infra-estrutura de

Normas Técnicas do país, com vistas ao desenvolvimento nacional.

Este Sistema deve instituir mecanismos para harmonizar os interesses dos setores

público, privado e do consumidor.

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São fundamentos básicos do Sistema

Descentralização

Representatividade e Parceria

Comprometimento

Credibilidade

ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES DO SISTEMABRASILEIRO DE NORMALIZAÇÃO

O Sistema Brasileiro de Normalização tem a seguinte composição:

Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO –

Órgão normativo do SINMETRO, ao qual compete formular, ordenar e supervisionar a

Política Nacional de Metrologia, Normalização Industrial e de Certificação da Qualidade

de Produtos Industriais.

Comitê Nacional de Normalização - CNN – Órgão criado pelo CONMETRO, com

composição paritária entre órgãos de governo e privados, com o objetivo de planejar e

avaliar a atividade de normalização técnica no Brasil.

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO –

Órgão executivo do SINMETRO, identificado como Secretaria Executiva do CONMETRO

e do CNN e foro de compatibilização dos interesses governamentais.

O INMETRO, com relação à Normalização, exerce ainda o papel de articulador, no setor

governamental, para a emissão de Regulamentos Técnicos e supervisiona o sistema de

normalização consensual, conduzido pela ABNT.

Na área internacional, o Brasil é representado:

Pelo INMETRO nos organismos internacionais de normalização de carater regulatório,

como a OMC – Organização Mundial de Comércio, o Codex Alimentarius, o SIM –

Sistema Internacional de Metrologia e o MERCOSUL.

Pela ABNT nos foros internacionais de normalização voluntária, como ISO, IEC e

Comitê Mercosul de Normalização.

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PROCESSO DE ELABORAÇÃO DASNORMAS BRASILEIRAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas – Entidade privada, sem fins

lucrativos, reconhecida como o Foro Nacional de Normalização do SINMETRO, a qual

compete coordenar, orientar e supervisionar o processo de elaboração de Normas

Brasileiras, bem como numerar e editar as referidas normas.

O Sistema Brasileiro prevê a elaboração de normas técnicas em dois foros distintos,

coordenados pela ABN:

CB - Comitê Brasileiro – Órgão da ABNT responsável pela coordenação e planejamento

das atividades de normalização em uma área ou setor específico. Dentro do seu campo

de atuação é responsável, ainda, pela integração da ABNT no sistema de normalização

internacional.

Normalização Consensual

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ONS - Organismo de Normalização Setorial – Organismo público, privado ou misto, sem

fins lucrativos, que tem atividade reconhecida no campo da normalização em um dado

domínio setorial. É credenciado pela ABNT, segundo critérios aprovados pelo

CONMETRO.

Os ONS têm o papel de elaborar Normas Brasileiras para os setores aos quais foram

credenciados, bem como de representar o País em entidades internacionais no seu

campo de atuação, mediante delegação da ABNT.

Após a identificação pela ABNT, uma organização ou empresa , junto ao mercado ou

entidades nacionais e internacionais da necessidade de uma norma para produtos ou

serviços que atenda aos interesses do País, é iniciado o processo de normalização.

As Comissões de Estudo dos CB e ONS analisam e debatem as propostas de projetos

de norma. Obtido o consenso, o projeto é submetido à votação nacional. Após a

avaliação dos votos, o texto pode passar à condição de Norma Brasileira.

Para garantir a representatividade, as Comissões de Estudos são compostas por

representantes voluntários dos produtores, consumidores, governo, órgãos de defesa

do consumidor, entidades de classe, entidades técnicas e científicas, entre outras.

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AS NORMAS TÉCNICAS

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CONCEITOS BÁSICOS

Documento Normativo

É o documento que estabelece regras, diretrizes ou características para atividades ou

seus resultados. Ele engloba documentos como Normas, Especificações Técnicas e

Regulamentos.

Além dos documentos técnicos, leis, portarias e regulamentos nacionais, estaduais ou

municipais compõem o conjunto de documentos normativos.

Norma

É o resultado de um processo de normalização realizado em um certo âmbito e aprovado

por autoridade reconhecida. Pode tomar a forma de um documento normativo, o qual

contém uma série de condições que devem ser cumpridas.

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Consenso

Consenso é o processo pelo qual um texto é submetido a apreciação, comentários e

aprovação de uma comunidade, técnica ou não, a fim de que se obtenha um texto o mais

próximo possível da realidade de aplicação. Tem o objetivo de atender aos interesses

e às necessidades da comunidade.

O consenso supõe a vontade de todos entrar em um acordo e cumpri-lo. Não é uma

votação apenas, mas um compromisso de interesse mútuo.

NORMA

Documento estabelecido por consenso e aprovado por

organismo reconhecido.

Norma Brasileira

Documento elaborado segundo procedimentos e conceitos definidos pelo Sistema

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – SINMETRO.

As Normas Brasileiras resultam de um processo de consenso nos diferentes foros do

sistema, cujo universo abrange o governo, o setor produtivo, o comércio e os

consumidores.

A norma é definida pelo CONMETRO como documento normativo de caráter

consensual aprovado no âmbito do Foro Nacional de Normalização – ABNT.

As Normas Brasileiras são identificadas pela ABNT com a sigla NBR.

Exemplos

NBR 6021 (antigo NB-62)

APRESENTAÇÃO DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Norma que fixa diretrizes de ordem e clareza na apresentação de publicações

periódicas.

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Regulamento Técnico

É definido pelo CONMETRO como ato normativo de caráter compulsório, emanado de

autoridade estatal com competência específica para editá-lo, que contém regras

legislativas, regulatórias ou administrativas e que estatui as características técnicas

para um produto ou serviço.

Em geral, os Regulamentos Técnicos visam às atividades de saúde, segurança e meio

ambiente.

Exemplos:

RTQ-009

PRESERVATIVO MASCULINO DE BORRACHA

Este regulamento especifica requisitos para preservativo masculino confeccionado

em látex de borracha natural.

Por ser um documento que contém regras de caráter obrigatório, o Regulamento

Técnico é restrito ao que é essencialmente papel do Estado ou do Poder Público

impor à sociedade.

CERTIFICADO DE CONFORMIDADE

Documento emitido de acordo com os procedimentos de

um sistema de certificação de terceira parte, que atesta

que um produto ou serviço obedece a normas específicas

ou outras especificações técnicas.

REGULAMENTO

Documento compulsório.

Emitido por autoridade estatal.

Certificação

Procedimento pelo qual um organismo certificador de terceira parte fornece garantia por

escrito (certificado) que um sistema, processo, produto ou serviço estão em conformidade

com os requisitos de uma norma específica.

Exemplo:

Uma empresa tem seu sistema de gestão da qualidade certificado de acordo com a

norma ISO 9002, quando após a realização de auditoria por um Organismo de

Certificação é aprovado o cumprimento de todos os requisitos exigidos pela norma

ISO 9002 para o processo de fabricação de seu produto.

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SASSUNTOS A NORMALIZAR

Fatores a considerar

Qual a aplicação prática das Normas Técnicas?

São muitas. A Norma Técnica se faz presente na fabricação de produtos, na transferência

de tecnologia, por meio de informações codificadas. É aplicável na melhoria da

qualidade de vida por meio, por exemplo, de normas relativas à saúde, à segurança e

à preservação do meio ambiente.

Além disso, a norma reduz a variabilidade dos produtos, facilitando com isso a relação

entre fornecedor e consumidor.

Pode criar ou eliminar barreiras tecnológicas no que se refere ao comércio internacional,

protegendo, desse modo, o mercado interno.

Quais as vantagens das Normas Técnicas?

O uso de normas oferece a devida segurança, tanto para o fabricante quanto para o

consumidor, bem como a melhoria do funcionamento do mercado por meio de linguagem

precisa e comum.

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Além disso, define a concepção do produto, fabricação e distribuição, administração de

estoques, emissão de pedidos e controle de recebimento.

A Norma para ser eficiente deve:

Atender a uma necessidade real

Apresentar uma solução aceitável

Gerar benefícios para a empresa

Ser usada

Para que isso aconteça devemos:

Selecionar os assuntos a normalizar

Verificar as prioridades com respeito à:

Economia

Qualidade

Segurança

Fatores a considerar:

Repetitividade

Volume

Problemas

Reclamações

Segurança

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Principais Atividades

Redução de variedades

Padronização de embalagens

Coordenação prática de projeto e produção

Manutenção da qualidade de produtos e semi-acabados

Serviços de manutenção

Segurança

Se não existissem Normas, estariam dificultados

O avanço da tecnologia

O comércio entre países

Alguns campos de atividade, como o de transporte

ESTRUTURA DAS NORMAS TÉCNICAS

Imagine o problema da interpretação de desenhos. Onde mostrar as dimensões? Como

representar os lados (arestas) visíveis e invisíveis? E os furos, além de inúmeros outros

detalhes inerentes ao desenho técnico? Isso somente no projeto.

E na produção? Como seria?

Com os diversos tipos de máquinas, com acionamentos, painel de comando, controle,

dispositivos de segurança completamente variados.

E se quiséssemos reparar um equipamento eletrônico, por exemplo, sem conhecermos

as características dos componentes, sem possuirmos o esquema de montagem?

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Talvez conseguíssemos solucionar o problema após a leitura de uma pilha de livros,

manuais e outras publicações.

A Norma Técnica é elaborada justamente para ajudar a resolver estes problemas.

A estrutura proposta neste manual tem como objetivo mostrar a necessidade do uso das

normas e facilitar a elaboração de normas técnicas nas empresas.

Tipos de Normas Técnicas

Classificação

Especificação

Método de Ensaio

Procedimento

Padronização

Simbologia

Terminologia

Norma de Classificação

Tipo de Norma que se destina a ordenar, designar, distribuir e/ou subdividir conceitos,

materiais ou objetos, segundo uma determinada sistemática.

Exemplos:

NBR 5980 (antigo CB-51)

CAIXA DE PAPELÃO ONDULADO

Estabelece um critério para designação dos diferentes estilos de caixas de papelão

ondulado.

NBR 11702

TINTA PARA EDIFICAÇÕES NÃO-INDUSTRIAIS

Classifica os tipos de produtos empregados nas pinturas de edificações não-

industriais.

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Norma de Especificação

Uma das definições da qualidade é a conformidade com as especificações.

Significa dizer que os produtos devem possuir, comprovadamente, as características

que estão descritas nos projetos, catálogos e normas de especificação.

A Norma de Especificação é, portanto, o tipo de Norma Técnica que se destina a fixar

as características de materiais, processos, componentes, equipamentos e elementos

de construção, bem como as condições para aceitação e/ou rejeição.

Exemplos:

NBR 5850 (antigo EB-569)

BEBEDOUROS COM REFRIGERAÇÃO MECÂNICA INCORPORADA

Fixa requisitos mínimos para bebedouros com refrigeração incorporada e estabelece

seus padrões de qualidade e capacidade.

NBR 10137 (antigo EB-624)

TORNEIRA DE BÓIA PARA RESERVATÓRIOS PREDIAIS

Fixa condições exigíveis de torneiras de bóia destinadas ao emprego em reservatórios

prediais de água fria.

Norma de Método de Ensaio

Tipo de Norma Técnica que se destina a prescrever a maneira de verificar ou determinar

características, condições ou requisitos exigidos de materiais, produtos ou equipamentos

de acordo com a respectiva especificação.

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Exemplos:

NBR 6918 (antigo MB-21)

MINÉRIO DE MANGANÊS

Fixa normas para análise química de minérios de manganês, tendo em vista o

controle da exportação.

NBR 5160 (antigo MB-449)

LÂMPADAS FLUORESCENTES PARA ILUMINAÇÃO GERAL

Fixa o modo pelo qual devem ser ensaiadas lâmpadas fluorescentes.

Norma de Procedimento

Tipo de Norma Técnica que se destina a fixar rotinas e/ou condições para:

Operação, Manutenção e Inspeção de Equipamentos

Inspeção de Matérias-Primas e Produtos

Execução de Cálculos, Projetos, Obras, Serviços e Instalações

Elaboração de Documentos

Uso de Materiais e Produtos

Trabalho com Segurança

Exemplos :

NBR ISO 9000 (Série)

É a classificação da ABNT para as normas ISO Série 9000.

Um conjunto de cinco normas que serve para a implantação do programa de gestão

da qualidade.

Essas normas estabelecem os requisitos mínimos de gestão da qualidade que

permitem às empresas mostrar que possuem condições de garantir a qualidade de

produtos e serviços.

Page 31: NORMAS TÉCNICAS

36

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São Normas de Procedimento, porque contêm um conjunto de regras escritas para

organizar a execução das atividades da empresa, com a finalidade de obter e manter

a qualidade de seus produtos e serviços.

Vejamos, como exemplo, o requisito 4.5 da NBR ISO 9001:

4.5 – CONTROLE DE DOCUMENTOS E DE DADOS

Objetivo

O fornecedor deve dispor de documentos válidos, como garantia do Sistema da

Qualidade.

Significa que o fornecedor deve possuir um procedimento para assegurar que as

pessoas que necessitam recorrer a documentos, para realizarem seu trabalho,

tenham acesso, somente, a versões corretas e atualizadas.

Portanto, deve prever para os documentos controlados:

Análise

Liberação

Distribuição

Documentos apropriados nos locais certos

Retirar documentos obsoletos

Alterações

Análise e liberação como para primeira emissão

Documentar as alterações

Outras Normas de Procedimento destinadas a ordenar as atividades de garantia da

Qualidade Ambiental são as da Série ISO 14000, como, por exemplo:

NBR ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental - SGA – Especificação para

implantação e Guia

NBR ISO 14004 – Sistemas de Gestão Ambiental - SGA – Diretrizes Gerais

Page 32: NORMAS TÉCNICAS

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NBR 9077 (antigo NB-208)

SAÍDA DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS

Fixa condições exigíveis a que devem obedecer os edifícios, a fim de que sua

população possa abandoná-los, em caso de incêndio, completamente protegida em

sua integridade física.

Norma de Padronização

Tipo de Norma Técnica que se destina a restringir a variedade, com o objetivo de

uniformizar as características construtivas, funcionais ou outras de materiais, elementos

de construção, aparelhos, produtos industriais, desenhos e projetos.

Exemplos:

NBR 6413 (antigo PB-3)

ENXADAS E ENXADÕES

Padroniza as dimensões, o peso e a dureza exigíveis no recebimento de enxadas e

enxadões.

NBR 6017 (antigo PB-474)

DIMENSÕES DE VÁLVULAS PARA PNEUS E CÂMARAS-DE-AR

Padroniza as dimensões das válvulas usadas para inflar e desinflar pneus com ou

sem câmara-de-ar, para veículos rodoviários automotores, seus rebocados e

combinados.

Page 33: NORMAS TÉCNICAS

38

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Norma de Simbologia

Tipo de Norma que se destina a estabelecer condições gráficas e/ou literais para

conceitos, grandezas, sistemas ou partes de sistemas.

\São normas em que devem ser relacionados os símbolos e seus significados

correspondentes.

Exemplos:

NBR 10696 (antigo SB-73)

SÍMBOLOS GRÁFICOS DOS DIAGRAMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

Estabelece símbolos gráficos a serem usados nos diagramas de acidentes e nos

boletins de ocorrência em estudos e levantamentos de acidentes de trânsito.

NBR 5444 (antigo SB-2)

SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

Estabelece símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais.

Norma de Terminologia

Tipo de Norma que se destina a definir, relacionar e/ou dar equivalência, em diversas

línguas, aos termos técnicos empregados em um determinado setor de atividade,

visando ao estabelecimento de uma linguagem uniforme.

São normas nas quais estão relacionados, em ordem alfabética, os termos técnicos com

suas respectivas definições.

Exemplos:

NBR 7209 (antigo TB-63)

ARMÁRIOS E GABINETES DE COZINHA

Define os termos a serem utilizados na padronização e especificação de armários e

gabinetes de cozinha.

Page 34: NORMAS TÉCNICAS

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NBR 7039 (antigo TB-170)

PILHAS E ACUMULADORES ELÉTRICOS

Define os termos relacionados com conversores eletroquímicos de energia.

ELABORAÇÃO DE NORMAS PARA A EMPRESA

A ABNT adotou como procedimento para a elaboração, redação e apresentação de

normas brasileiras a Parte 3 das Diretivas ISO/IEC:1989 – referente à Redação e

Apresentação de Normas Internacionais – com a finalidade de facilitar a comunicação

em nível internacional.

No entanto, para facilitar as empresas na elaboração, revisão, implantação e em

auditorias de suas normas, é sugerido como procedimento a elaboração de normas

básicas.

As normas básicas nada mais são do que procedimentos elaborados pelas empresas

com a finalidade de uniformizar a redação, a forma e compatibilizar os textos das normas

técnicas. Podem ser elaboradas, também, normas básicas para revisão, implantação e

auditorias das normas técnicas.

Como guia para a estruturação das normas básicas podemos utilizar as normas NBR

6024, NBR 6027 e NBR 6028 e a ABNT ISO/IEC Diretiva – Parte 3:1995.

A seguir são apresentados exemplos de Normas que devem ser elaboradas pela

empresa para ordenar suas atividades.

Page 35: NORMAS TÉCNICAS

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Exemplos:

Norma Básica NN-1 – Diretrizes para o Preparo e Apresentação de Normas

Técnicas

Objetivo

Esta norma disciplina e uniformiza a “forma” de apresentação de uma Norma Técnica

com respeito a:

Identificação

Estrutura

Princípios de Redação

Referências a outros documentos normativos

Em outras palavras, trata da forma (jeito) da Norma.

Norma Básica NN-2 – Elaboração e Revisão de Normas Técnicas

Objetivo

Estabelece o procedimento para elaboração e revisão de Normas Técnicas com

respeito a:

Conteúdo técnico do texto normativo

Consenso

Aprovação/Homologação

Atualização Definitiva

Reprografia e Distribuição

Page 36: NORMAS TÉCNICAS

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Norma Básica NN-3 – Implantação de Normas Técnicas

Objetivo

Estabelece o procedimento a ser observado para a implantação de Normas Técnicas.

O que é Implantação de Norma?

É a adoção de medidas técnico-administrativas com o objetivo de fazer com que a

norma seja aplicada por seus usuários.

Norma Básica NN-4 – Auditorias de Normas Técnicas

Objetivo

Esta norma estabelece o procedimento para auditoria de Normas Técnicas com

respeito a:

Programa de Auditoria

Equipe de Auditoria

Execução de Auditoria

Elaboração de Relatório de Auditoria

Tomadas de ação, diante das não-conformidades encontradas

Page 37: NORMAS TÉCNICAS

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O que é uma Auditoria de Normas Técnicas?

É a verificação efetuada, in loco, pela equipe de auditoria para constatar a aplicação

da Norma Técnica.

A Auditoria do Acervo Normativo de uma Empresa:

Permite ter a segurança de que as Normas estão sendo cumpridas.

Permite implantar com êxito na empresa o Sistema de Garantia da Qualidade.

AUDITORIA É UMA OPORTUNIDADEDE MELHORIA, APROVEITE

Page 38: NORMAS TÉCNICAS

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CASO PRÁTICO

Normalização em uma Pequena Empresa de Reciclagem

Vamos supor a fabricação de latas de alumínio.Vamos mostrar, em cada uma das fases

do processo – desde a coleta das latas vazias até a venda ao consumidor –, as normas

técnicas necessárias para garantir a qualidade do produto.

Suponhamos, ainda, que a produção se resuma nas seguintes operações: coleta,

prensagem e refusão das latas em lingotes de alumínio e a venda do produto ao

consumidor.

Coleta da lata vazia

Nesta etapa devemos ter, pelo menos, uma norma que descreva as características

necessárias para garantir que as latas coletadas sejam de alumínio e que tenham

dimensões compatíveis com o processo de prensagem que será utilizado pela empresa.

Esta norma é a NORMA DE ESPECIFICAÇÃO.

Prensagem das latas

A prensa é uma máquina. Portanto, é necessário que saibamos operá-la, para que seja

possível produzir de acordo com o que foi planejado para o controle do processo, sem

prejuízo em termos de retrabalho, desperdícios, quebra da prensa e, mais importante,

para que possamos evitar a ocorrência de acidentes.

Page 39: NORMAS TÉCNICAS

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Nessa etapa podem ser utilizadas as seguintes normas:

para a seleção da prensa: NORMA DE ESPECIFICAÇÃO

para operação da prensa: NORMA DE PROCEDIMENTO

para a segurança do operário durante o funcionamento da prensa: NORMA DE

PROCEDIMENTO

Refusão em lingotes

Nessa fase, as latas serão fundidas e colocadas em fôrmas para serem transformadas

em lingotes de alumínio. Esta operação é feita num forno, onde os valores da

temperatura de funcionamento são muito importantes.

Não devemos esquecer, ainda, que a operação de lingotamento pode proporcionar

riscos para o empregado se não tivermos uma rotina aprovada para o trabalho.

Algumas normas são, então, necessárias:

para a operação do forno de acordo com a temperatura especificada para a fusão do

alumínio: NORMA DE PROCEDIMENTO;

para definir o modelo das fôrmas de lingotamento: NORMA DE PADRONIZAÇÃO;

para garantir a segurança na operação do forno e no lingotamento: NORMA DE

PROCEDIMENTO;

para realizar o controle da qualidade do produto de acordo com suas especificações,

são necessárias, pelo menos, três normas: NORMA DE ESPECIFICAÇÃO, NORMA

DE PROCEDIMENTO e NORMA DE MÉTODO DE ENSAIO.

Page 40: NORMAS TÉCNICAS

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Venda ao Consumidor

Para que o consumidor possa adquirir o produto de acordo com suas expectativas, as

características do produto final devem ser especificadas e garantidas pela empresa.

A norma utilizada é uma NORMA DE ESPECIFICAÇÃO.

Page 41: NORMAS TÉCNICAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

Page 42: NORMAS TÉCNICAS

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REFE

RÊN

CIAS

BIB

LIO

GRÁ

FICA

S

NO

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AS

CN

ICA

S

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABNT / ISO. Guia 2: termos gerais e suas definições relativas à normalização e

atividades correlatas.

2. ABNT / ISO / IEC. Diretiva. Parte 3. Rio de Janeiro : ABNT, 1995.

3. COLETÂNEA de normas de sistemas da qualidade. Rio de Janeiro : ABNT, 1995.

4. MARANHÃO, Mauriti. ISO série 9000: manual de implementação. Rio de Janeiro :

CNI ; Qualitymark, 1994. 144p. : il., graf., tab. Bibliografia.

5. O MOMENTO de pensar a qualidade. Revista ABNT, Rio de Janeiro, out.1990. 20p. :

il. Edição Especial.

6. OBJETIVOS e princípios da normalização. Rio de Janeiro : ABNT, 1984. 135p. : il.,

graf., tab. Bibliografia.

7. REGAZZI FILHO, Carlos Luiz. Normalização e confiabilidade. Rio de Janeiro :

CEFET, 1988/1994. Notas de aula.

8. SOUTO, Franklin Claudio. Uma visão da normalização. Rio de Janeiro : Qualitymark,

1991. 134p. : il., graf., tab. Bibliografia.

9. PROGRAMA DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA EM NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE

INDUSTRIAL. Treinamento básico em gestão da qualidade. Rio de Janeiro :

INMETRO, 1994. 181p. : il., graf., tab.

10. AS VANTAGENS da normalização. Rio de Janeiro : ABNT, 1976. 114p. : il., graf.,

tab. Bibliografia.

Page 43: NORMAS TÉCNICAS

51

ANEX

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S

ANEXOS

ONDE CONSEGUIR INFORMAÇÕESSOBRE NORMAS TÉCNICAS

INMETRO

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

Distrito Federal

SAS Q2, L1A

CEP: 70300 – Brasília – DF

Tel.: (0xx61) 225-0832

Fax: (0xx61) 223-4283

Telex: 611834

Rio de Janeiro

Rua Santa Alexandrina, 416

CEP: 20261-232 – Rio Comprido – RJ

Tel.: (0xx21) 273-9002

Fax: (0xx21) 293-0954

Av. N. S. das Graças, 50

CEP: 25250-020 – Xerém – Duque de Caxias - RJ

Tel.: (0xx21) 779-1311 pabx

Fax: (0xx21) 779-1635

Telex: 2130672

ABNT

Associação Brasileira de Normas Técnicas

Rio de Janeiro

Av. Treze de Maio, 13 – 27º andar

CEP: 20031-900 - Rio de Janeiro - RJ

Tel.: (0xx21) 210-3122

Fax: (0xx21) 532-2143

Telex: 2137839

http://www.abn.org.br

e-mail: [email protected]

Page 44: NORMAS TÉCNICAS

52

ANEX

OS

NO

RM

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Regional Leste

Sede/Escritório do Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13/28º andar

20003-900 – Rio de Janeiro – RJ

Telefone: PABX (0xx21) 210-3122

Fax.: (0xx21) 240-8249

Escritório da Bahia: Av. Sete de Setembro, 608, sala 401

Edifício Barão de Cotegipe – 40060-001 – Salvador – BA

Telefax: (0xx71) 329-4799

Região Sudeste

Sede/Escritório de São Paulo: Rua Marquês de Itu, 88 – 7º andar

01223-000 – São Paulo – SP

Telefone: (0xx11) 222-0966

Fax: (0xx11) 222-4 433 – Fax/venda de normas (011) 222-0541

Regional Sul

Sede/Escritório do Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1.184 –

conj. 905/906 – 90010-001 – Porto Alegre – RS

Telefone: (0xx51) 226-2537/224-2601 – Fax: (051) 226-2537

Representação no Paraná: NT & C – Normalização Técnica Ltda.

Rua Lamenha Curitiba – PR

Telefone: (0xx41) 323-5286 – Fax: (041) 322-8355

Representação em Santa Catarina: Inspetoria do CREA - SC –

Rua Marinheiro Max Scharnn, 267

88095-001 – Estreito – Florianópolis - SC – Telefax: (0xx48) 248-6163

Regional Centro-Oeste

Sede/Escritório de Minas Gerais: Rua da Bahia, 1.148, grupo 1015

30160-906 – Belo Horizonte – MG – Tefefone: (0xx31) 273-4344

Escritório do Distrito Federal: SCS

Edifício Central, sala 401 – 70304-900 – Brasília – DF

Telefone: (0xx61) 223-5590 – Fax: (0xx61) 223-5310

Regional Norte-Nordeste

Representação em Pernambuco: Rua Francisco da Cunha, 995, conj. 101 –

Boa Viagem – 51020-040 – Recife – PE

Telefax: (0xx81) 465-7259

Page 45: NORMAS TÉCNICAS

53

ANEX

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ASSOCIAÇÕES INTERNACIONAIS DE NORMALIZAÇÃO

ISO – International Organization for Standardization

1, Rue de Varembé, 1211

Géneve 20, Switzerland

IEC – International Eletrotechnical Commission

1, Rue de Varembé, 1211

Géneve 20, Switzerland

CEN – European Committee for Standardization

Rue Brederode 2, Bte 5, 1000

Bruxelles, Belgium

CENELEC – European Committee for Electrotechnical Standardization

Rue Brederode 2, Bte 5, 1000

Bruxelles, Belgium

COPANT – Pan American Standards Commission

Lima 711, Piso 5º , (1073)

Buenos Aires, Argentina

MERCOSUL – Mercado Comum do Cone Sul

Comitê Mercosul de Normalização

Memorial América Latina

Anexo Mário de Andrade, 664

CEP: 01154-060 - São Paulo - SP

Tel.: (011) 823-9846

Fax: (011) 823-9689

SIGLAS UTILIZADAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASTM – Associação Americana de Ensaios e Materiais

CEN – Comitê Europeu de Normalização

CENELEC – Comitê Europeu de Normalização Eletrotécnica

CMN – Comitê Mercosul de Normalização

Page 46: NORMAS TÉCNICAS

54

ANEX

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CNN – Comitê Nacional de Normalização

CONMETRO – Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial

COPANT – Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas

IEC – Comissão Eletrotécnica Internacional

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

ISO – Organização Internacional de Normalização

MCE – Mercado Comum Europeu

MERCOSUL – Mercado Comum do Cone Sul

NBR – Norma Brasileira

OMC – Organização Mundial de Comércio

SINMETRO – Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

COMITÊS BRASILEIROS DE NORMALIZAÇÃO

A ANBT possui, atualmente, 38 Comitês Brasileiros e dois Organismos de

Normalização Setorial nas seguintes áreas:

Comitês brasileiros

ABNT/CB-01 – mineração e metalúrgica

ABNT/CB-02 – construção civil

ABNT/CB-03 – eletricidade

ABNT/CB-04 – máquinas e equipamentos mecânicos

ABNT/CB-05 – automóveis, caminhões, tratores, veículos similares

e autopeças

ABNT/CB-06 – metrô-ferroviário

ABNT/CB-07 – navios, embarcações e tecnologia marítima

ABNT/CB-08 – aeronáutica e espaço

ABNT/CB-09 – combustíveis (exclusive nucleares)

ABNT/CB-10 – química, petroquímica e farmácia

ABNT/CB-11 – couro e calçados

Page 47: NORMAS TÉCNICAS

55

ANEX

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ABNT/CB-12 – agricultura e pecuária

ABNT/CB-13 – bebidas

ABNT/CB-14 – finanças, bancos, seguros, com. E documentação

ABNT/CB-15 – mobiliário

ABNT/CB-16 – transportes e tráfico

ABNT/CB-17 – têxteis

ABNT/CB-18 – cimento, concreto e agregados

ABNT/CB-19 – refratários

ABNT/CB-20 – energia nuclear

ABNT/CB-21 – computadores e processamento de dados

ABNT/CB-22 – isolação térmica e impermeabilização

ABNT/CB-23 – embalagem e acondicionamento

ABNT/CB-24 – segurança contra incêndio

ABNT/CB-25 – qualidade

ABNT/CB-26 – odonto-médico-hospitalar

ABNT/CB-28 – siderurgia

ABNT/CB-29 – celulose e papel

ABNT/CB-30 – tecnologia alimentar

ABNT/CB-31 – madeiras

ABNT/CB-32 – equipamentos de proteção individual

ABNT/CB-33 – joalheria, gemas, metais preciosos e bijuteria

ABNT/CB-35 – alumínio

ABNT/CB-36 – análises clínicas e diagnóstico in citro

ABNT/CB-37 – vidros planos

ABNT/CB-38 – meio ambiente

Organismo de normalização setorial

ANBT/ONS-27 – tecnologia gráfica

ABNT/ONS-34 – petróleo

Page 48: NORMAS TÉCNICAS

GRUPO GESTOR

CNI/COMPI-UNIDADE DE COMPETITIVIDADE INDUSTRIALCoordenação : Susana KakutaRua Mariz e Barros 678/3º andar20270-002 - Maracanã - RJTel.: (21) 204-9617 Fax: (21) 204-9619 e-mail: [email protected]

SEBRAESEPN - Quadra 515 Lj. 32, Bloco C70770-530 - Brasília - DFTel.: (61) 348-7100 Fax: (61) 347-4120 e-mail: [email protected]

INMETRORua Santa Alexandrina, 416 - 10º andar20261-232 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 293-0616 Fax: (21) 502-0415 e-mail: [email protected]

MCTEsplanada dos Ministérios, Bloco E70067-900 - Brasília - DFTel.: (61) 317-7800 Fax: (61) 225-6039 e-mail: [email protected]

MDIC/SPIEsplanada dos Ministérios, Bloco J - 5º andar70056-900 - Brasília - DFTel.: (61) 329-77851 Fax: (61)329-7179 e-mail: [email protected]

ABNTAv.Treze de Maio, 13 - 28º andar20031-900 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21)210-3122 Fax: (21) 210-3122 e-mail: [email protected]

Confederação Nacional da Indústria - CNICoordenação EditorialASCOM/Assessoria de Comunicação Social

Normalização BibliográficaECON/Gerência de Documentação

Supervisão GráficaADM/Área de Produção Gráfica

SAC - Serviço de Atendimento ao ClienteRM/Área de Produção Gráfica

Rua Mariz e Barros 678/2º andar CEP 20270-002 - Maracanã - RJTel.: (21)204-9513/9514 Fax: (21) 204-9522e-mail: [email protected] home page: http://www.cni.org.br

Projeto Gráfico • Grevy • Conti

Revisão • Roberto Azul

Ilustrações • Tibúrcio

Fotolito • Multitype

Impressão • Borrelli

Page 49: NORMAS TÉCNICAS