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Norma Técnica Interna SABESP NTS 036 Qualificação de produtos e materiais para revestimento Procedimento São Paulo Outubro: 2014 Revisão 1

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Norma Técnica Interna SABESP NTS 036

Qualificação de produtos e materiais para revestimento Procedimento

São Paulo Outubro: 2014

Revisão 1

NTS 036: 2014 Norma Técnica Interna SABESP

31/10/2014

S U M Á R I O

1 OBJETIVO ..................................................................................................................... 1

2 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 1

3 DEFINIÇÕES ................................................................................................................. 1

4 CRITÉRIOS GERAIS ..................................................................................................... 2

5 PREPARAÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA ................................................................. 3 5.1 PRODUTO ANTICORROSIVO -TINTAS ............................................................................... 3 5.2 PRODUTO ANTICORROSIVO -FITAS ................................................................................. 3 5.3 PRODUTO PARA IDENTIFICAÇÃO CROMÁTICA .................................................................. 3

6 ENSAIOS ....................................................................................................................... 4 6.1 PRODUTO ANTICORROSIVO – TINTAS .............................................................................. 4 6.2 PRODUTO ANTICORROSIVO – FITAS ................................................................................ 6 6.3 PRODUTO PARA IDENTIFICAÇÃO CROMÁTICA .................................................................. 6

7 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO ........................................................................................ 7 7.1 REVESTIMENTOS ANTICORROSIVOS ................................................................................ 7 7.2 REVESTIMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CROMÁTICA .............................................................. 7

8 QUALIFICAÇÃO ............................................................................................................ 7

ANEXO I – PROCEDIMENTOS ...................................................................................... 11

ANEXO II - FIGURAS ..................................................................................................... 14

ANEXO III - CONDIÇÃO DE SERVIÇO .......................................................................... 18

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Qualificação de produtos e materiais para revestimento

1 OBJETIVO

Estabelecer a metodologia a ser adotada para a qualificação de produtos destinados a revestimentos anticorrosivos e de identificação cromática a serem utilizados pela Sabesp.

2 REFERÊNCIAS

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas)

NTS 039: Tintas Medição de espessura de película seca

ABNT NBR 6493: Emprego de cores para identificação de tubulações

ABNT NBR 8094: Método de ensaio para material metálico revestido e não revestido: corrosão por exposição à névoa salina

ABNT NBR 11003: Tintas – Determinação da aderência

ABNT 12170: Potabilidade da água aplicável em sistemas de impermeabilização

ASTM G 8: Standard test method for cathodic disbonding of pipeline coatings

ASTM G 53: Standard test method for operating light and water exposure apparatus (fluorescent UV condensation type) for exposure of nonmetallic materials

ASTM D 523: Standard test method for specular gloss

ASTM D 1729: Standard test method for practices for visual evoluation of collor differences of opaque materials

Portaria 2914: Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade

ASTM D 4541: Standard Test Method for pull-off Strength of Coatings Using Portable Adhesion Tester

ASTM D 1000: Standard Test Method for pressure - Sensitive adhesive coalted tapes Used for electrical and electronic applications

ISO 21809 - 1: Petroleum and natural gas industries -- External coatings for buried or submerged pipelines used in pipeline transportation systems -- Part 1: Polyolefin coatings (3-layer PE and 3-layer PP

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos dessa Norma, aplicam-se as definições citadas em 3.1 e 3.2

Produto anticorrosivo

Produto destinado à proteção contra corrosão das superfícies externa e interna de tubulações de aço destinadas à condução de água ou de esgoto.

Externamente tais tubulações podem estar expostas à atmosfera, ao solo, à água doce ou salgada (água do mar).

Produto para identificação cromática Produto destinado, exclusivamente, a indicar o tipo de fluido transportado pelo duto ou estocado no recipiente, cuja superfície já esteja protegida contra corrosão ou que não necessite de proteção anticorrosiva.

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Corpo de prova tipo I

chapas de aço carbono nas dimensões de 100 mm x 200 mm com espessura entre 4 mm e 5 mm, com um furo de diâmetro de 6 mm centralizado a 20 mm de uma das bordas menores, conforme figura 1, Anexo II desta norma.

Corpo de prova tipo II

tubo de aço carbono com diâmetro entre 50,8 e 101,6 mm e 200 mm de comprimento, conforme figura 2, Anexo II desta norma.

Corpo de prova tipo III

chapas de aço carbono nas dimensões de 300 mm x 300 mm com espessura entre 4mm e 5 mm, conforme figura 3, Anexo II desta norma.

Corpo de prova tipo IV

chapas de aço carbono nas dimensões de 100 mm x 200 mm com espessura entre 4 mm e 5 mm, conforme figura 1, Anexo II desta norma, entretanto sem o furo para suspensão do corpo de prova.

Corpo de prova tipo V

corpo-de-prova na forma de chapa que deve ser do mesmo material a ser revestido na prática, com dimensões de 300 mm x 300 mm e espessura entre 4 mm e 5 mm, conforme ver figura 3, Anexo II desta norma.

Corpo de prova tipo VI

Corpo de prova caracterizado pela norma ISO 21809 - 1

Rigidez dielétrica

É a relação entre a tensão de ruptura e a espessura do isolante, a saber:

)/( mmkVe

TK

Onde:

K = constante de rigidez dielétrica

T = tensão aplicada até a ruptura em kV

e = espessura do revestimento em mm

Quanto maior a rigidez, tanto melhor será o comportamento como isolante.

4 Critérios Gerais

Para o processo de qualificação devem ser atendidos os seguintes critérios:

- Utilizar a relação de cores de identificação da Norma NBR - 6493.

- A preparação dos corpos de prova para os ensaios necessários para a qualificação do produto e os custos destes ensaios devem ser da responsabilidade do Interessado.

- O Interessado deve fornecer a Sabesp um “Procedimento de aplicação”. Este Procedimento deve apresentar a descrição minuciosa da técnica correta de uso do produto. (definir padrão de preparação do substrato, controle de temperatura e umidade, etc)

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- A critério da Sabesp, outros ensaios, além dos apresentados nesta Qualificação, poderão ser exigidos, com a finalidade de melhor caracterizar o produto.

5 PREPARAÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA

5.1 Produto anticorrosivo-Tintas

5.1.1 Tipo e quantidade de corpos-de-prova

O tipo e a quantidade dos corpos de prova são os apresentados na tabela 1.

Tabela 1 - Tipo e quantidade de corpos de prova - Produto anticorrosivo

Corpo de prova Tipo Quantidade de corpos de prova

I 7

II 3

III 1

VI* 1

*ISO 21809 - 1

5.1.2 Aplicação do produto anticorrosivo

A aplicação do produto anticorrosivo deve ser realizada pelo Interessado, na presença de inspetores da Sabesp.

O tratamento da superfície antes da aplicação do produto anticorrosivo deverá seguir rigorosamente o “Procedimento de aplicação”.

A espessura da camada de revestimento deverá atender a especificada no “Procedimento de aplicação”.

A aplicação do produto anticorrosivo deve ser realizada de maneira diferenciada para cada tipo de corpo-de-prova, a saber:

TIPO I: TIPO I: aplicar o produto em ambos os lados das chapas, sendo obrigatório que em 3 chapas a aplicação seja efetuada com a chapa na posição horizontal e nas demais (4 chapas) na posição vertical. Deve-se identificar a posição de aplicação em cada uma das chapas. Para aplicações especiais, por exemplo, revestimento a pó por leito fluidizado o critério acima não se aplica.

TIPO II: aplicar o produto na superfície externa do tubo;

TIPO III: aplicar o produto em apenas um dos lados da chapa. A aplicação deve ser efetuada com a chapa na posição horizontal.

Nota: Nos corpos de prova retangulares (I e III), as bordas devem ser adequadamente protegidas, para não atrapalhar a interpretação dos ensaios.

Tipo VI: aplicar o produto na superfície externa do tubo;

5.2 Produto anticorrosivo - Fitas

5.2.1 Tipo e quantidade de corpos-de-prova

O tipo e a quantidade dos corpos de prova são os apresentados na tabela 1.

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5.2.2 Aplicação do produto anticorrosivo - fitas

A aplicação do produto anticorrosivo - fitas deve ser realizada pelo Interessado, na presença de inspetores da Sabesp.

O fabricante deve elaborar um “Procedimento de aplicação”, detalhando os cuidados com a preparação de superfície, substratos adequados, quantidade de camadas (quando aplicável), modo e tempo de cura, etc

5.3 Produto de identificação cromática

5.3.1 Tipo e quantidade de corpos-de-prova

O tipo e a quantidade dos corpos de prova são os apresentados na tabela 2.

Tabela 2 - Tipo e quantidade de corpos de prova - Produto de identificação cromática

Corpo de prova Tipo Quantidade de corpos de prova

IV 2

V 1

5.3.2 Aplicação do produto de identificação cromática

A aplicação do produto de identificação cromática deve ser realizada pelo Interessado, na presença de inspetores da Sabesp.

O fabricante deve elaborar um “Procedimento de aplicação”, detalhando os cuidados com a preparação de superfície, substratos adequados, espessura máxima e mínima por camada, modo e tempo de cura, etc

6 ENSAIOS

6.1 Produto anticorrosivo – Tintas

Todos os ensaios devem ser executados depois de decorrido o tempo de cura especificado no “Procedimento de aplicação”.

6.1.1 Verificação de escorrimento

Os corpos-de-prova, sobre os quais o revestimento foi aplicado na posição vertical (4 corpos-de-prova do TIPO I) devem ser observados visualmente para verificação da existência de marcas de escorrimento.

6.1.2 Espessura de camada

Medir a espessura da camada de revestimento de todos os corpos-de-prova preparados. Realizar no mínimo 9 medições em cada corpo-de-prova.

Nos corpos-de-prova TIPO I e TIPO II, as medições devem ser realizadas em locais pré-fixados, visto que as medidas serão feitas antes e após a exposição dos corpos-de-prova em meios agressivos. Para facilitar, pode-se confeccionar uma máscara de borracha flexível, nas mesmas dimensões dos corpos-de-prova, conforme ilustrado nas Figuras 4 e 5, no Anexo II.

No corpo-de-prova TIPO III, não é necessário pré-fixar os locais de medição.

A medição deve ser efetuada conforme NTS 039

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6.1.3 Ensaio para a determinação da rigidez dielétrica

A rigidez dielétrica do revestimento deverá ser determinada no corpo-de-prova TIPO III, segundo o “Procedimento de ensaio para determinação da rigidez dielétrica de revestimentos anticorrosivos” apresentado no Anexo I.

6.1.4 Verificação da presença de falhas

A presença de eventuais falhas deve ser verificada em todos os corpos-de-prova, mediante o uso de detector de falhas (Holiday Detector). O valor da diferença de potencial aplicado deve constar na especificação do produto. Na falta de especificação, deve-se adotar 70% do menor valor obtido no ensaio do item 6.1.3.

6.1.5 Verificação da aderência

A aderência do revestimento deve ser verificada em um dos lados dos quatro corpos-de-prova TIPO I, com aplicação do revestimento na posição vertical.

Alternativamente, o ensaio poderá ser feito conforme ASTM D 4541 teste tipo IV

6.1.6 Resistência ao Impacto

Os revestimentos destinados a superfícies externas, com risco de sofrer impacto mecânico, devem ser submetidas às condições estabelecidas na norma ISO 21809 - 1, utilizando o corpo de prova Tipo II (Anexo II desta norma)

6.1.7 Descolamento Catódico

Os revestimentos de estruturas e superfícies sujeitas a proteção catódica, devem ser realizados conforme ASTM G 8, utilizando o corpo de prova Tipo I (Anexo II desta norma).

6.1.8 Determinação da massa dos corpos-de-prova

A massa dos três corpos-de-prova TIPO I, com aplicação do revestimento na posição horizontal, deve-se ser determinada, com precisão de 0,01 g.

6.1.9 Ensaio em câmara de névoa salina

Um corpo-de-prova TIPO I, com aplicação do revestimento na posição vertical, deve ser ensaiado em câmara de névoa salina, segundo NBR 8094. A superfície exposta à névoa deve ser à correspondente ao lado em que não se executou o ensaio de verificação da aderência. O furo deve ser posicionado na parte inferior.

O tempo de ensaio deverá ser aquele indicado na especificação do produto. Na falta de especificação, o tempo do ensaio deve ser de 2160 horas contínuas.

Após a exposição, o corpo-de-prova deve ser retirado da câmara de ensaio e submetido aos seguintes ensaios e exames:

Exame visual: a superfície ensaiada deve ser examinada para verificação de ocorrência de pontos de corrosão;

Verificação de percolação de fluido: a superfície não exposta à névoa (lado em que foi verificada a aderência) não deve apresentar percolação de fluido sob o revestimento. Para verificar este fato, deve-se fazer uma limpeza desta região com pano seco e aplicar novamente a fita adesiva e tentar arrancar;

Determinação da espessura: a espessura do revestimento da superfície ensaiada deve ser determinada segundo 6.1.2 nos mesmos locais em que foram determinadas antes da exposição à névoa;

Verificação da presença de falhas: a presença de eventuais falhas deve ser verificada na superfície ensaiada segundo 6.1.4;

Verificação da aderência: deve ser verificada a aderência do revestimento na superfície ensaiada (lado que não foi submetido ao ensaio de verificação da aderência antes da exposição à névoa) segundo 6.1.5.

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6.1.10 Ensaio em câmara de exsudação

Seis corpos-de-prova TIPO I e três corpos-de-prova TIPO II devem ser ensaiados segundo o “Procedimento de ensaio em câmara de exsudação” apresentado no Anexo I. A duração do ensaio deverá ser de no mínimo 90 dias. Os fluidos de ensaio devem ser especificados de forma a simular a condição de uso.

Em cada câmara de exsudação devem ser ensaiados:

um corpo-de-prova TIPO I cujo revestimento foi aplicado com a chapa de aço na posição horizontal, de massa conhecida;

um corpo-de-prova TIPO I cujo revestimento foi aplicado com a chapa de aço na posição vertical, de aderência verificada;

um corpo-de-prova TIPO II.

Após a exposição, os corpos-de-prova devem ser retirados das câmaras de exsudação e submetidos aos seguintes ensaios e exames:

Exame visual: as superfícies ensaiadas, exceto as regiões nas quais foi verificada a aderência antes da exposição às câmaras de exsudação, devem ser examinadas para verificação de ocorrência de pontos de corrosão;

Verificação de percolação de fluido: a superfície do lado em que foi verificada a aderência não deve apresentar percolação de fluido sob o revestimento. Para verificar este fato, deve-se fazer uma limpeza desta região com pano seco e aplicar novamente a fita adesiva e tentar arrancar;

Determinação da espessura: a espessura do revestimento dos corpos-de-prova deve ser determinada segundo 6.1.2 nos mesmos locais em que foram determinadas antes da exposição à câmara de exsudação;

Verificação da presença de falhas: a presença de eventuais falhas deve ser verificada na superfície em que não foi verificada a aderência, antes da exposição, 6.1.4;

Verificação da aderência: nos três corpos-de-prova TIPO I, com aplicação do revestimento na posição vertical, verificar a aderência do revestimento na superfície que não foi submetida ao ensaio de verificação da aderência antes da exposição, segundo 6.1.5;

Determinação da massa: determinar a massa dos três corpos-de-prova TIPO I, com aplicação do revestimento na posição horizontal, segundo 6.1.6.

Ensaio de descolamento catódico: submeter os três corpos-de-prova TIPO I, com aplicação do revestimento na posição horizontal, ao ensaio de descolamento catódico segundo a norma ASTM G-8.

6.2 – Produto anti corrosivo – Fitas

6.2.1 Usos de fitas

As fitas podem ser utilizadas para revestimento de elementos tubulares, juntas soldadas no campo ou reparos em revestimentos existentes.

6.2.2 Tipos

As fitas podem ser do tipo termo contrátil ou aplicadas a frio.

6.2.3 Avaliação

As fitas devem ser testadas de forma conforme 6.1.3, 6.1.4, 6.1.6, 6.1.7, 6.1.9 e 6.1.10.

O ensaio de aderência deve ser feito conforme ASTM D 1000

6.3 Produto para identificação cromática

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6.3.1 Espessura de camada

Medir a espessura da camada de revestimento de dois corpos-de-prova TIPO IV. Realizar no mínimo 9 medições em cada corpo-de-prova.

A medição deve ser efetuada por método não destrutivo, como método magnético ou de correntes dispersas. A incerteza do método de medição não deve ultrapassar 10%.

6.3.2 Ensaio para a determinação da rigidez dielétrica

A rigidez dielétrica do revestimento deverá ser determinada no corpo-de-prova TIPO V, segundo o “Procedimento de ensaio para determinação da rigidez dielétrica de revestimentos anticorrosivos” apresentado no Anexo I.

6.3.3 Verificação da presença de falhas

A presença de eventuais falhas nos corpos-de-prova TIPO IV deve ser verificada, mediante o uso de detector de falhas (Holiday Detector).

O valor da diferença de potencial aplicado deve constar na especificação do produto. Na falta de especificação, deve-se adotar o menor valor obtido no ensaio do item 6.2.2.

6.3.4 Verificação da aderência

A aderência do revestimento deve ser verificada em um dos lados dos dois corpos-de-prova TIPO IV. Quando aplicável, poderá ser adotada a norma NBR 11003.

6.3.5. Ensaio de envelhecimento

Um dos corpos-de-prova TIPO IV deve ser envolto em papel opaco e guardado em um local isento de umidade, insolação, calor ou frio excessivo.

O outro corpo-de-prova TIPO IV deve ser submetido ao ensaio de envelhecimento artificial conforme ASTM G53. O tempo de ensaio deverá ser aquele indicado na especificação do produto. Na falta de especificação, o tempo do ensaio deve ser de 300 horas.

Após decorrido o tempo de ensaio, deve-se determinar a cor e o brilho de ambos os corpos-de-prova (o envolto em papel e o exposto ao ensaio de envelhecimento), conforme as normas ASTM D1729 e ASTM D523, respectivamente.

6.4 Ensaio de potabilidade

Caso o produto anti corrosivo ou de identificação cromática tenha contato com água de abastecimento humano, deve atender ao prescrito na Portaria 2914.

7 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Revestimentos anticorrosivos

O revestimento anticorrosivo deve atender aos requisitos apresentados na Tabela 3.

7.2 Revestimento de identificação cromática

O revestimento de identificação cromática deve atender aos requisitos apresentados na Tabela 4.

8 QUALIFICAÇÃO

Quando determinado produto ou material de revestimento atender ao prescrito no item 7 desta norma, o Departamento de Qualificação e Inspeção da Sabesp emitirá um relatório de qualificação. A qualificação de um produto não implica que produtos similares do

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mesmo fabricante sejam considerados qualificados. Produtos disponíveis em várias cores, não requerem qualificação em separado.

Apenas produtos ou materiais qualificados devem ser utilizados nas unidades da Sabesp.

TABELA 3 – Requisitos para aceitação - Revestimentos anticorrosivos Ensaio ou exame Critério de aceitação

Escorrimento Os corpos-de-prova TIPO I, sobre os quais o revestimento foi aplicado na posição vertical, não devem apresentar marcas de escorrimento.

Espessura da camada

Os valores de espessura obtidos devem estar na faixa de –10% a +30% do valor especificado.

Presença de falhas Não são admitidas falhas no revestimento.

Verificação da aderência

O revestimento deve apresentar grau X1 Y1, conforme NBR 11003. Para testes conforme ASTM D 4541 o valor mínimo aceitável será de 9 MPA. Para testes conforme ASTM D 1000 o valor mínimo aceitável será de 2,0 N/mm2

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TABELA 3: Requisitos para aceitação - Revestimentos anticorrosivos (Continuação)

Ensaio ou exame Critério de aceitação

Após ensaio em câmara de névoa

salina

exame visual: a superfície ensaiada (lado que não foi submetido ao ensaio de verificação da aderência) não deve apresentar pontos de corrosão;

verificação de percolação do fluido: a fita aplicada sobre a superfície não-ensaiada (região em que foi verificada a aderência antes da exposição do corpo-de-prova à névoa), ao ser destacada, não deve arrancar o revestimento;

determinação da espessura: a variação entre os valores de espessura determinados antes e depois da exposição à névoa deverá estar dentro das tolerâncias normais da medida de espessura (-10% e +30% do valor especificado);

verificação da presença de falhas: o revestimento não deve apresentar falhas após a exposição na câmara de névoa salina;

verificação da aderência: o revestimento da superfície, na qual não foi verificada a aderência antes da exposição à câmara de névoa salina, deve apresentar o grau X1 Y1, conforme NBR 11003; Para testes conforme ASTM D 4541 o valor mínimo aceitável será de 9 MPA. Para testes conforme ASTM D 1000 o valor mínimo aceitável será de 2,0 N/mm2

Ensaio em câmara de exudação

exame visual: a superfície do lado que não foi submetido ao ensaio de verificação da aderência, antes do ensaio em câmara de exsudação, não deve apresentar pontos de corrosão;

verificação de percolação do fluido: a fita aplicada sobre a superfície em que foi verificada a aderência antes da exposição do corpo-de-prova às câmaras de exsudação, ao ser destacada, não deve arrancar o revestimento;

determinação da espessura: a variação entre os valores de espessura determinados antes e depois da exposição à névoa deverá estar dentro das tolerâncias normais da medida de espessura (-10% e +30% do valor especificado);

verificação da presença de falhas: o revestimento não deve apresentar falhas após a exposição às câmaras de exsudação;

verificação da aderência: o revestimento da superfície, na qual não foi verificada a aderência antes da exposição às câmaras de exsudação, deve apresentar grau X1 Y1, conforme NBR 11003; Para testes conforme ASTM D 4541, valor ≥ 9 MPA. Para testes conforme ASTM D 1000, valor ≥ 9 MPA

determinação da massa: não pode haver perda ou incremento de massa superior a 1,5% da massa original de cada corpo-de-prova;

ensaio de descolamento catódico: o revestimento deve ser classificado dentro dos Grupos A ou B , segundo ASTM G 8.

ensaio de impacto: O revestimento deve resistir ao impacto de 15 joules de uma esfera de aço de 20 mm de diâmetro

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TABELA 4 – Requisitos para aceitação de revestimentos de identificação cromática

Ensaio ou exame Critério de aceitação

Espessura da camada

Os valores de espessura obtidos devem estar na faixa de –10% a +30% do valor especificado.

Presença de falhas Não são admitidas falhas no revestimento.

Verificação da aderência

O revestimento deve apresentar grau X1 Y1, conforme NBR 11003; Para testes conforme ASTM D 4541 o valor mínimo aceitável será de 9 MPA. Para testes conforme ASTM D 1000 o valor mínimo aceitável será de 2,0 N/mm2

Ensaio de envelhecimento

O revestimento submetido ao ensaio de envelhecimento não deve apresentar empolamento e alterações de cor e brilho quando comparado ao revestimento não ensaiado.

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ANEXO I – PROCEDIMENTOS

A - Procedimento de ensaio para a determinação da rigidez dielétrica

1 OBJETIVO

Este procedimento prescreve o método para a execução do ensaio para a determinação do valor da rigidez dielétrica (K) do revestimento anticorrosivo ou de identificação cromática.

2 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

2.1 Um aparelho para a realização do ensaio de rigidez dielétrica dotado de um voltímetro com memória e capacidade mínima de 30 kV.

2.2 Um corpo-de-prova TIPO III ou um corpo-de-prova TIPO V conforme descritos no item 5.1.1 e no item 5.2.1 da “Qualificação de produtos e materiais para revestimento”.

2.3 Marcador industrial.

3 PROCEDIMENTO

3.1 Fixar os eletrodos nos pontos de medição dos corpo de prova em ensaio. Os pontos de medição deverão ser aqueles indicados pelos círculos na Figura 8, Anexo II.

3.2 Demarcar a posição dos eletrodos com marcador industrial, riscar ao redor do eletrodo.

3.3 Ligar o aparelho de rigidez dielétrica conforme as instruções do fabricante.

3.4 Aumentar gradativamente a tensão até que haja a ruptura do revestimento.

3.5 Ler no voltímetro o valor da tensão aplicada.

3.6 Desligar o aparelho.

3.7 Medir a espessura do revestimento no local demarcado. Fazer as medições conforme o item 6.1.2 da “Qualificação de produtos e materiais para revestimento”. Tomar no mínimo três medidas.

3.8 Anotar o valor da menor espessura encontrada.

3.9 Calcular o valor da rigidez dielétrica conforme a equação apresentada em 2.1.

3.10 Executar o ensaio conforme item 4.1 a 4.9, pelo menos em mais nove locais da superfície do corpo-de-prova (ver indicação dos locais na figura 8, anexo II).

3.11 Anotar o menor valor obtido.

4 APLICAÇÃO

O menor valor da rigidez dielétrica obtido poderá ser utilizado para a seleção da escala de tensão para o ensaio de detecção de falhas.

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ANEXO I – PROCEDIMENTOS (Continuação)

B - Procedimento de ensaio em câmara de exudação

1 OBJETIVO

Este procedimento prescreve o método para a execução de ensaios de imersão, em fluidos agressivos, de revestimentos anti corrivos aplicados em corpos-de-prova de aço carbono.

2 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

2.1 Um medidor de pH.

2.2 Três caixas com dimensões aproximadas de 50 cm x 30 cm x 35 cm (comprimento x largura x altura) com tampas (ver figura 6, anexo II).

2.3 Dispositivos para a fixação dos corpos-de-prova.

2.4 Fios de náilon.

2.5 Fluidos de ensaio: a escolha do fluido de ensaio deverá ser feita com base nas condições de serviço (ver Anexo III), a saber:

Condição de serviço 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

Câmara 1 - água potável

Câmara 2 – água potável acidificada com ácido sulfúrico até pH 4

Câmara 3 – água potável alcalinizada com hidróxido de sódio até pH 12

Condição de serviço 4 e 7

Câmara 1: água do mar

Câmara 2: água do mar acidificada com ácido sulfúrico até pH 4

Câmara 3: água do mar alcalinizada com hidróxido de sódio até pH 12

Condição de serviço 10 e 11

Câmara 1: esgoto in natura

Câmara 2: esgoto acidificado com ácido sulfúrico até pH 4

Câmara 3: esgoto alcalinizado com hidróxido de sódio até pH 13

2.6 Corpos-de-prova revestidos: seis corpos-de-prova TIPO I e três corpos-de-prova TIPO II, conforme descrito no item 5.1 - Produto anticorrosivo - Tintas

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ANEXO I – PROCEDIMENTOS (Continuação)

B - Procedimento de ensaio em câmara de exudação

3 CONDIÇÃO DE EXPOSIÇÃO DAS CÂMARAS

As câmaras devem ser instaladas em locais ao relento, com insolação direta na maior parte do tempo possível.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Encher cada câmara de ensaio com o fluido de ensaio selecionado até alcançar o nível de 250 mm.

4.2 Instalar dois corpos-de-prova TIPO I (um com o revestimento aplicado na posição horizontal e outro na posição vertical) em cada câmara de exsudação. Os corpos-de-prova devem estar completamente imersos e distanciados entre si de 100 mm (ver Figura 7, Anexo II). Utilizar um fio de náilon para pendurar os corpos-de-prova.

4.3 Instalar um corpo-de-prova do TIPO II em cada câmara de exsudação. Os corpos-de-prova devem estar posicionados na posição horizontal, distanciado de 20 mm acima do nível do fluido (distância entre a superfície do fluido e a geratriz inferior do tubo (ver Figura

7, Anexo II)).

4.4 Tampar as câmaras de exsudação.

4.5 Os corpos-de-prova devem permanecer nas câmaras de exsudação durante 90 dias. Os fluidos de ensaio devem ser trocados a cada 15 dias.

4.6 Após decorrido o tempo de ensaio estabelecido, os corpos-de-prova devem ser retirados das câmaras de exsudação, lavados com água corrente, secados e submetidos aos ensaios requeridos.

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ANEXO II - FIGURAS

FIGURA 1 – Ilustração esquemática do corpo de prova TIPO I e TIPO IV

FIGURA 2 – Ilustração esquemática do corpo de prova TIPO II

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ANEXO II - FIGURAS (Continuação)

FIGURA 3 – Ilustração esquemática do corpo de prova TIPO III e TIPO V

FIGURA 4 – Máscara de medição de espessura do revestimento dos corpos de prova TIPO I

4 a 5 mm

NTS 036: 2014 Norma Técnica Interna SABESP

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ANEXO II - FIGURAS (Continuação)

FIGURA 5 – Máscara de medição de espessura do revestimento dos corpos de prova TIPO II. A máscara, sendo de borracha flexível, pode ser ajustada sobre a superfície do corpo de prova tubular.

FIGURA 6 – Ilustração esquemática da câmara de exsudação.

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ANEXO II - FIGURAS (Continuação)

FIGURA 7 – Ilustração esquemática da câmara de exudação com os corpos de prova instalados.

FIGURA 8 – Ilustração esquemática dos locais onde deverão ser determinados os valores da rigidez dielétrica do revestimento aplicado sobre os corpos de prova TIPO III e Tipo V.

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ANEXO III - CONDIÇÃO DE SERVIÇO

Condição de serviço 1 – Revestimento externo

Enterrada em solo natural, de argila, areia ou outros meios, isentos de rochas ou qualquer tipo de elementos perfurantes, com ou nenhuma presença de água no subsolo.

Condição de serviço 2 – Revestimento externo

Enterrada em solo rochoso, com grandes riscos de perfuração por impacto; encerrados ou embutidos em concreto ou argamassa vibrada.

Condição de serviço 3 – Revestimento externo

Aérea, em ambiente industrial, regiões urbanas e rurais com insolação direta ou indireta.

Nota: não se aplica a atmosfera marítima, locais com vapores de cloro ou situações onde ocorram abrasão, erosão, impacto direto etc. (por exemplo: tráfego de pedestres ou de veículos sobre a superfície revestida).

Condição de serviço 4 – Revestimento externo

Aérea em ambientes sujeitos à maresia e/ou vapores de cloro, com insolação direta e indireta.

Nota: não se aplica a situações nas quais ocorrem abrasão, erosão, impacto direto etc.

Condição de serviço 5 – Revestimento externo

Abrigada em caixas, túneis e demais condições não sujeitas a insolação ou intempéries.

Nota: não se aplica a situações nas quais ocorrem abrasão, erosão, impacto direto etc.

Condição de serviço 6 – Revestimento externo

Submersa em água doce.

Condição de serviço 7 – Revestimento externo

Submersa em água salgada.

Condição de serviço 8 - Revestimento interno para água

Enterrada, abrigada ou submersa em geral.

Condição de serviço 9 - Revestimento interno para água

Aérea.

Condição de serviço 10 - Revestimento interno para esgoto

Enterrada, abrigada ou submersa em geral.

Condição de serviço 11 - Revestimento interno para esgoto

aérea.

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Qualificação de produtos e materiais para revestimento

Considerações finais:

1.Esta norma técnica é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo e Normalização Técnica, no endereço: [email protected], com as devidas justificativas de alteração. 2. Este instrumento técnico corporativo segue os critérios do Procedimento Empresarial PEPD - 0006 versão 1 3. Tomaram parte nesta revisão de norma:

DIRETORIA UNIDADE NOME

C CSQ Adilson Menegatte Mello Campos

R REQ Robion Bergamasso da Silva

M MME Felipe Augusto Eiras de Resende

T TXA Marco Aurélio Lima Barbosa

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31/10/2014

Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente - T

Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - TX

Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900

São Paulo - SP - Brasil

FAX: (011) 33888695

- Palavras Chave: qualificação, revestimento, anticorrosivo, tinta.

- 18 páginas