noções essencias de direito

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direito do ser humano

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  • ffiiffi*ffi!!effiAIHANGUf,A

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  • NErsoN P

    NoESSENCDE DTREITO

    Edi$o Especial

    rffi.rurrl.saraivauni.com.br

  • rmrio

    PART 1lnuAo Ao ESTUDO DO DIRE|TO

    Captulo 1)DUAO AO ESTUDO DO D|RE|TOiloes preliminareslXstino entre moral e direitos diversos sos da palavra direitot diuiso do direito.4.1 Direito pblico

    1.4.1.1 Direito pblico externo1.4.1.2 Direito pblico interno

    .4,2 Direito privado

    Captrxlo 2IA GERAL DO ESTADO

    f.onstituio e EstadoEstado e Naolovo e territrioSoberaniaGdadania organizao do Estado:.6.1 Monarquia e repblica

    3

    4

    5

    6

    6

    7

    8

    11

    13

    14

    16

    16

    17

    18

    18

  • ?.6.:2.6.3

    Presidencialismo e parlamentarismoFederao

    Direitos e deveres individuais geraisDireitos e garantias de natureza penal

    eaptulo 3

    S.{. A organizao dos poderesS.2. O poder legislativo&.3. O poder exerutivo3.4.. O poder judicirio3"5. Direitos e garantias individuais

    3.3.1

    CIVIL

    f,!-[ilREITO CIVIL:*.S. Pessoas naturais e jurdicas

    4.1"1 Pessoa fsica4.1.? Pessoa jurdica

    ,s.?. Capacidade jurdica*&..3" Emancipao*&.,S. Domiclio*.S* As diferentes classes de bens4..S" Fatos, atos e negcios jurdicoss$.?" Os deeitos do negcio jurdico

    PARTE 2

    eaptuloPARTE GERAL

  • xxffie

    Captulo 5RErro or rRmLtA E DAs sucrssors$." Regime de bens entre os cnjuges e companheiros

    5,1.1 Comunho parcial5.1 .2 Comunho universal5.1.3 Regime de separao5,1"4 Regime da participao final dos aquestos5.1.5 Unio estvel

    $.1. Dissoluo da sociedade conjugal5,2.'f Dissoluo por morte de um dos cnjuges5.2.2 Anulao do casamento5.2,3 Nulidade do casamento5.?.4 Separao consensual ou litigiosa ou administrativa5^2.5 Divrcio

    S"3, Relaes de parentesco5"3,1 Filiao5.3.2 Poder familiar

    5.4. Direito das sucesses5.4. Testamento5.4.2 lnventrio

    Captulo 6PRIEDADE LITERRIA, CIENTFICR, ART5ilCA E

    INTE LECTUAL

    6.{. O direito autoralConceito

    Originalidade como requisito bsico da obra criadaldeia abstrata e corpo criadoObras protegidasLimitaes ao direito do autor

    50

    50

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    s6

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    6060

    6.1 "3

    r1Au. !-. :.3

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    64646465

    66

  • I!iIiiI

    r&w*&_

    Direitos patrimoniais e moraisDurao dos direitos patrimoniaisDireitos conexosSanes violao dos direitos autorais

    &.X" Direito sobe o pogama de computadorConceito legalA proteo aos direitos de autor e seu registroOs direitos do empregador e do empregado sobre acnaao

    6.2.4 As divulgaes autorizadas6.2.5 Atos que no constituem ofensa aos direitos do titularS,?.S Prazo de validade tcnica6.?.7 Garantia de funcionamento do programa{:."Ct Contrato de licena de uso{l.?"9 Contrato de transferncia de tecnologia

    ::::{: 6.?.10 Contrato de consultoria e manuteno de programa de::;::::;.-, computador

    .* 6":.':1 lnfraes e penalidades6.?.12 Transgresses na rea cvel

    *:$ 6.2.13 Questes legais do comrcio via tnternet

    ?1)?

    ** eap$tuXo 7

    #nnro Do coNsuMtDoRAs partes nas relaes de consumoConceito de consumidorDireitos bsicos do consumidor

    3.*. Responsahilidade pelo fato do produto e do sewilo?.$. Responsabilidade por vcio do produto e do seryio7.S" Prticas comerciais abusiyasY"3. Banco de dados e cadastro de consumidoresP.&. Proteo eontratual?.S" lnfraes administrativas e penais

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  • I***S1q*x&

    PARTE 3

    REITO DO TRABALHO

    Captuxlo I

    81

    REITO DO TRABALHO

    &." ldentificao profissional&.1

    " 1 Carteira de Trabalho

    8.1.: Registro de empregados&.X. Durao do trabalho

    8.1,X Jornada, durao e trabalho noturno&.S. Remunerao

    S.3.1 Salrio -

    Fixao, reduo, benefcios e participao nos lucrosS"3.? Salrio-maternidade, gratificao e 13e salrio

    8.4. FriasS.4" Concesso e perodo de durao8"{..2 Remunerao e abono

    {}"S" Suspenso, interrupo e resciso do contrato de trabalhoS"5.1 Despedida por justa causa e sem justa causaS,S,: Aviso prvio, FGTS, 13q salrio e frias13"5.3 Desligamento do empregado e pagamento das verbas

    rescisrias

    &.6. Reclannao trabalhista

    848484

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    92

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    - -,i]

    lntroduoao Estudodo Direito

  • Ca,pt{

    TNTRODUAO AO ESTUDO DO D|RE|TO'.1

    . Noes preliminares1.2. Distino entre moral e direito1.3. Os diversos usos da palavra direito

    l 3 . *Xo&es Fre[XmtmaresO Direito um fenmeno da rotina quotidiana, que encontramos a

    todo momento e a toda parte. Esramos mergulhados no Direito tal comona atmosfera.

    O Direito resguarda, defende, ampara, protege e serve o indivduocm todos os momentos. Agimos ou absremo-rro, e agir de alguma ma-neira no que diz respeito ao Direito. Ele regula as relaes dos indiv-duos em sociedade, se apossa do sujeito e o mantm sob proteo, maso considera parte da sociedade, at porque Direito e sociedade se pressu-pem. Onde existe sociedade, existe o Direito.

    Imagine um homem s no mundo, vivendo isolado em uma ilha. Ele mhor de suas atitudes e de seu comportamento. Ningum interfere em suas&ises quanto a se alojar aqui ou arnl, sobre derrubar esta rvore ou aque-lq sobre pescar ou no pescr, se apoderar destes ou daqueles bens, de torn-hs teis ou inteis etc.

    O Direito parece no interferir na vida desse cidado, pois estabelece umadstinSo entre as atitudes possveis, separando as justas das injustas e ningum,e rigo pode nelas interferir, julgando-as justas ou no, certas ou erradas, pos-sveis ou descabidas.

    Segundo Kelsen, onde no h conflito de interesses, no h necessi-.lrde de justia.

    1.4. A diviso do direito1.4.1 Direito pblico

    1 .4.1 .1 Direito pblico externo1.4.1 .2 Direito pblico interno

    1.4.2 Direito privado

  • Esse ncia is

    Ao contrrio, se de um momento para outro desembarca-rem naquela ilha quarenra pessoas que venham a se organizarem pequenos grupos ou, at mesmo, isoladamente, teremos ao estabelecimento de uma sociedade circunscrita a um mesmoterritrio.

    Mesmo que cada qual cuide ds sras necessidades e inreresses,a qualquer momento poder haver interferncia da atitude de umem relao ao interesse de outrem e, esse momento, poder pre-valecer o direito do mais forte, originando um confli, ou insra_lar-se um esrado de direi\o.o- t gi", estabelecidas de acordo comos interesses dessa sociedade, pois 'ubi societas ibi jus": ondeh sociedade, existe Direito.

    X.X. Distino entre oral e DireitoMas ser que s onde existe sociedade, exisre Direito? No

    caso do -homem que vive isolado, seria cerro dizer que I no

    existe Direito?Essa questo implica o exame das relaes e da distino entre

    moral e_ Direito, problema de que r. o..rp" a Filosofia do bireito.o homem solitrio na ilha convive com sua conscincia, com

    seus pensamentos, com sua religio. Nesse aspecto necessrio es-tabelecer um limite enrre a esfira da atividade do Estado e umaesfera prpria da liberdade individual. o Direito no suficientee apropriado para assuntos de pensamenro, conscincia e religio.Portanro, no sero as regras do Direito que regero as atidesdesse homem, mas as suas atitudes sero regidas i.1", ,.gr"s dita-das-por sua conscincia; tomar esta ou aq-uera itit,rd.,"r.gundomelhor lhe aprouver e de acordo com seus pensamentos e deci-ses. Assim, no marar um animal que lhe til (pois dele d.e-pender sua subsistncia e mat-lo poer ser-lhe p...1.rdi.i"l, o,.,mesmo por uma questo de conscincia

    -

    atributo pelo qual ohomem toma' em relao ao mundo e em vista de sus estadosinteriores e subjetivos,,aquela distncia em que se cria a possibi-lidade de nveis mais altoi de integrao, ou seja, a faculade deestabelecer julgamentos morais dos atos realizaos).

    o juzo moral pressupe um ponto de vista voltado para ointerior. A Moral impe ao sujeito ma escolha enrre as as quepode praticar, mas diz respeito apenas ao prprio sujeito.

    l

    1

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  • No caso do indivduo que vive em sociedade, o Direito leva aconfronto vrios atos diversos de vrios sujeitos. A Moral unila-teral e o Direito bilateral. A Moral indica um dever, mas no imperegras, no h imperatividade de uma ordem superior, que lhe im-pe represso. A sano pelo descumprimento da regra moral apenasde conscincia. O remorso e a inquietao so interiores e subjeti-vos. O descumprimento da regra de direito implica san$o e repressoexfterna e objetiva. Para o Direito, no campo por ele regido, o com-portamento do sujeito sempre levado em consideno tendo emvista o comportamento de outrem. De um lado, impe-se uma obri-gdLc, de outro, atribui-se uma faculdade ou pretenso. A coercibilidadeimposta pela norma, isto , a possibilidade de constranger alguma cumprir a egta,, uma caracterstica privativa do Direito. As re-gras da moral vivem principalmente na conscincia individual, demaneira difusa, enquanto as regres de Direito so formuladas emcodigos e leis.

    .X. Os Diversos Usos da Palawa DireitoA palavra direito apresenta, pelo menos, quatro sentidos di-

    ferentes: i) como norrnd. (por exemplo, "o Direito brasileiro acolheo divrcio"); ii) como faculdade ("Temos o direito de recla-mar do prefeito"); iii) na acepo do justo ('A moa se com-portou direito"); e iv) como cincia ("Estudamos Direito nafaculdade").

    O Direito como norma, formulado por cdigos e leis, o DireitoPositivo, isto , um sistema de normas jurdicas que em determi-nado momento histrico regula as relaes de um povo.

    Tais relaes envolvem tanto o Estado ou a Nao (poder p-blico) com outros Estados e Naes, como os indivduos entre si eentre estes e o poder pblico. o Direito Positivo que ser objetode estudo neste trabalho.

    Primeiro, necessrio examinarmos como se d a diviso doDireito.

    DireitoPositivo um sistema denormas jurdicasque emdeterminadomomentohistrico regulaas relaes deum povo.

  • .,1 Noes Essenciais de Direito

    &.&. A Dluiso do Direito

    )ireitsfblico

    aquele desti-nado a discipli.

    nar os interessesgerais da coleti-

    vidade.0ireito

    Frivado aquele que serefere aos inte-resses dos indi-

    vduos.

    t[,,-..1,,.i:

    X,&.S Direio PblicoPelo critrio romano da diviso do Direito, conforme as

    "Institutas" de Justiniano, imperador romano que viveu nos anos500 d.C, duas so as posies: pblico e privado. Direito Pblico aquele destinado a disciplinar os interesses gerais da coletividade("publicum jus est quod ad staturn rei romanae spectat")t e Direi-to Privado aquele que diz respeito aos interesses dos indivduos("quod ad singolorum utilitatem pertinet'). O Digesto de Ulpianoainda acrescentava: "sunt enim quaedam publice utilia, quaedamprivatum": em verdade, certas coisas so teis publicamente, ou-tras privadamente.

    O critrio romano o da utilidade, e, como o que til oque interessa, tambm se diz ser ele o do interesse. Onde a utilida-

    I Digesto, Liv. lo,Tt. lo, Frag. lo,S 2o.

  • lntroduo ao Estudo do Direito I

    de ou o interesse da norma for de catte pblico, temos DireitoPblico. Onde a utilidade ou o interesse da norma for de caterprivado, temos Direito Privado.

    Esse critrio romano de diviso do Direito sofreu, todavia, muitascrticas no decorrer do tempo. Tal critrio no permite discemir quais nonnasso de Direito Pblico e quais so de Direito Privado.

    Na verdade, sempre que o Direito protege um interesse individual,essa proteo constitui um interesse coletivo. Por exemplo, no que dizrespeito ao direito de autor, a ki ne 9.610, de fevereiro de 1998, normade Direito Privado, que outorga ao autor de obra intelectual o direito deexplorJa, no visa apenas proteger o interesse do indivduo

    -

    autor -mas tambm o interesse coletivo, por meio do incentivo cultura. Da

    mesma forma, e sobre o mesmo tema, o Cdigo Penal, em seu artigo 184,norma de Direito Pblico que penaliza aqueles que usurparem direito au-toral, no s desencoraja os usurpadores, como tambm defende o inte-resse coletivo pela cultura.

    Assim sendo, surgiu o critrio pragrntico e misto, adotado pe-los Profs. Miguel Reale, Goffredo Telles Jr. e Rocha Barros, conju-gando a preualncia e imediatidade, de forma que o carter da nor-ma no se deduz de sua localizao na legislao. O Cdigo Civil,lei tpica do Direito Privado, contm normas de Direito Adminis-trativo (artigos 4l a 43 e 98 a 103)2, que Direito Pblico. A Leide Falncias (art. 186), que de Direito Comercial e, pois, de Di-reito Privado, contm normas de Direito Penal, que Direito P-blico, pois define os crimes falimentares e lhes destina penas.

    Assim sendo, o Direito Pblico o ramo do direito objeti-vo que disciplina, em rega, as relaes jurdicas de subordina-o em que o interesse pblico seja prevalenre e imediato.

    Por sua vez, o Direito Privado o ramo do direito objetivoque disciplina, em regra, as relaes jurdicas de coordenao emque o interesse privado seja prevalente e imediato.

    1.4"1.'l Direito Pblico ExternoO Direito Pblico Externo, que se sub-ramifica em Direi-

    to Internacional Pblico, o conjunto de normas que se consi-deram jurdicas e tm por finalidade disciplinar as relaes enrreEstados soberanos, definindo-lhes direitos e deveres. um direito

    |:Dilt.,,..1r.,.',11,,'1,,,,lPublicoldisciplina, emlregra, relaesljurdicas deI subordinao emque o interessepblico seja

    ] prevalente e

    limediato, en-

    I quanto o

    lDireitolPrivadodisciplina, emreqra, relaes

    ]jurdicas deI coordenao em

    I Que o, interesse

    l pnvado sela

    I prevalente eimediato.

    2 No cdigo Civil de 1916, revogado em 2003,tais normas estavam dispostas nos artigos 14, 15 e 66, entreoutros.

  • Essenciais de

    em formao, mais {o que umed-, r5einde nbompletamentedireito, um direito de coercibilidade impr.nedeficiente. Regularela_es jurdicas de coordenao, nas q".i" porm, prevalen"te eimediato o inreresse pblico.

    1"4",2 Direito pblico lntemoContrapondo-se quele, remos o Direito prblico Inrerno, que

    se sub-ramifica em Direito constinrcional, Dfu.ibEnanceiro, DireitoTlibutrio, Direito Administrativo, Direito hal, Direito processualCivil, Direito Processual Penal e Direio Judicirio.

    o Direito constitucional regula as bases do poder imperanteno territrio sobre o povo, sendo, assim, ,r-

    --!l.ro de normasjurdicas contidas na Constituio, estabelecend, .o*o definiu

    Jellinek, o conjunto de princpios jurdicos que designam os r-gos supremos do Estado e estabelecem o mod de suariao, suasrecprocas relaes e a posio fundamental do indivduo diante da-queles rgos.

    o Estado atua por meio de trs funes: hgishtiua, adminis-tratiuae jurisdicional, dispondo, para essa trplice .ioidrd., de meiose rgos prprios. , pois, Direito constitucional tudo aquilo que,pertencendo constituio, essencial para o exerccio diessas trsfunes e que para ser alterado necessit a reforma dessa Norma.o campo que no essencial atividade desses rgos, meios efunes tem seu ordenamento jurdico enrreg'e a outros ramosdo Direito Pblico.

    o Direito Tributrio um conjunto de normas e proposiesque disciplina a atividade do poder p,ibli.o de criao,'fisli"aaoe arrecadao de tributos.

    Como Poder Pblico entende-se a Unio, os Estados e os Mu_nicpios, tambm chamados genericamente de Estado. como tri-buto entende-se a contribuio monetria, direta ou indireta, queos poderes pblicos exjge.m de cada pessoa fsica ou jurdica paraacudir s despesas da administrao pr servios no.p.cificaos.

    .Essa disciplina tem, todavia outras denomin"es, que na verdadeimplicam ampliar, restringir ou isolar r.., ."-p de atuao. Tar o Direito Financeiro, que regula a atividade fianceir" d Estado,suas receiras no tributrias, o oramenro, o crdito pblico e a re-ceita pblica. Na realidade, o Direito Financeiro no abrange o Direitoibutirio, segundo a atual dourrina, pois cuida da atividaje financeira

    l

  • lntroduo ao Estudo do Direito l|i::iXri:i:*iigi

    do Estado, exceto a que se refere tributao. Por sua vez o Direi-to Fiscal ressalta a.matriade atuao do Fisco, promovida pelo Estadocomo fiscal-arrecadador de tributos.

    A denominao Direito Thibutrio tomou corPo aps a adoodo Cdigo Thibutrio Nacional de 1966, que reformulou todaa legislao tributria no pas e desenvolveu enormemente o estu-do da cincia tributria.

    Direito Administrativo, tal como define Hely Lopes Meirelles3," o conjunto harmnico de princpios jurdicos que regem os r-gos, os agentes e as atividades pblicas tendentes a realizar con-creta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado". Porsua vez, de acordo com o entendimento de Vicente Roa, "DireitoAdministrativo o conjunto sistemtico de princpios e de normasde Direito Pblico Interno que disciplinam a formao e o fun-cionamento dos rgos e entidades constitutivas da AdministraoPblica, suas relaes com os indivduos e a contrastao legal deseus atos".

    As atividades da Administrao Pblica so todas aquelasexercidas pelo Estado para cumprir seus fins, exceto as financeirase judicirias.

    Direito Penal o complexo de normas jurdicas que visamprevenir e reprimir os fatos que atentem contra a ordem jurdicae social, define as infraes, organiza e comina as Penas que lhescorrespondem, determina as condies da responsabilidade penale busca preveni-los mediante aplicao de medidas chamadas deseguran4.

    O Direito Penal regula as relaes entre o indivduo e a socie-dade, no caso, o Estado, que exerce o poder de punir, defenden-do a sociedade contra o crime, por isso, no ramo do Direito Pri-vado, mas sim do Direito Pblico. Subdivide-se em Direito PenalEconmico e Direito Penal Militar, o primeiro em consequncia dasprticas irregulares no exerccio de atividades comerciais e industriais decarter penal, e o segundo decorrente do exerccio de funes militaresfederais (Exrcito, Marinha e Aeronutica) e estaduais (Polcias MilitaresEstaduais).

    I MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrotivo brasileiro. So Paulo: Malheiros, 1989.p.24.t RO, Vicente. O Direito e o vido dos direitos. So Paulo: Revista dos Tribunais, 199 I . p. 255.

  • Esse n cia isi0

    o Direito processual civ' o conjunto de princpios e nor-mas que regula o funcionamenro da yurisdi_ ;;1,-;:lo qual oEstado resolve os conflito, d. irr.r.rr.r.o exerccio da funo jurisdicionar compreende a intervenodo Estado numa rituao . .";fl;; de inress;;;;;; pessoas,fixando a interoreraa do direito .rrr.orr...ido e solucionandodefinitivam.rr o conflito.Exerce a funco jurisdicional ("juris+dictio,,), isto , a funode dizer o direito, a pessoa investida desses poderes pelo Estado:o juiz. Ele a exerce pr meio do pro..rro, 9ue se forma atravs dasucesso de atos processuai,

    .o o fim a. uur.", "

    .Jiruo p"r"o conflito, por meio da sentena.,"O"lj.l;.r'Or:."r maiores e idade ou as menores represen_;;#. ::1,iil '"iru#; #"il itr fi i :i::atos consdtutivos, podem, representadas por seus advogados, plei_tear em juzo seus direitos .rrtr" quem supostament esteja re-sistindo a esses interesses.

    A deciso do conflito entrega s partes de forma definitiva aprestao da justia, varendo "

    ,.ir.r" como rei entre as parres.Subdivide-se o Direito processu"l .rn C;"rl . p;"" conformeseja civl ou penal o Direito objeto o p.o..r.o.

    Admite-se tambm subdiviso . o,rrr" disciplina: Direito Ju-dicirio, a que se entende o .o'lu*o sistemtico de princpiose de no rmas que regurT

    .1 g rg"ri ;;-;"ffi ;;a1i1,,., .or,,_preendendo o Cdigo Judiciio do, Ertado.-;r;;;;.ntos doconselho superior d'Ni"girrr",.rr",

    ", ,ror*as da corregedoria GerardaJustia, as portariar

    ..rotu;;;.- como os regimentos in_ternos dos Thibunais, todos aisciptinan;;;;ti"d.t, ;,rrr., .rgos auxiliares do funcion"-..rro da justia nos Estados.Digno de meno no Direito p,iLu.o"";;;; Direitolt:::l disciptinando as ativia"l., a..";;r;r"d. qrto., d.regrstro e cassao de registro de partidos polticos,

    "

    d-irriao .l.i_toral do pas, o alistamenlo ereito, "

    ar.a" J.; ", .r.i0.r,o processamenro e a apurao das eleies, " p;;; e julga_mento dos crimes ereitorais e a declarao de perda de mandatode ocupantes de cargos eletivos.

  • 1,1

    .&.K Slreio Priwadoo Direito Privado disciplina as relaes enrre os particulares,

    sejam pessoas fsicas ou jurdicas, inclusive em relao ao Estado,dsde qr. o Estado no esteja intervindo nessas relaes imbudodo podr poltico ou jurisdicional. Ser relao de Direito Privado.ttti. o Estado e o cidado, por exemplo, a realizao de um contratode fornecimento de bens Por um particular ao Governo' ou umacidente de trnsito entre veculo de uma empresa industrial e veculode um 619o do Estado. ata-se a de relaes jurdicas de naturezaprivada, it qn. o Estado no est usando o seu poder estatal, masparticipand de uma relao normal como qualquer cidado.-

    Diferentemente ocore nas relaes' Por exemplo, de DireitoPenal, em que o Estado usa seu poder de punir, ou de Direito Thi-butrio, em que o Estado usa o poder de exigir o tributo, ou deDireito Processual, em que o Estado usa o poder de julgar. Nessescasos, trara-se de relaes jurdicas de Direito Pblico e no Privado.

    Nas relaes de Direito Privado, as normas jurdicas, ou seja,as leis e demais regras, so de Direito Civil, Direito Comercial ouDireito do Thabalho e as pessoas envolvidas nessas relaes so in-divduos (cidados, pessoas fsicas), Pessoas Jurdicas de DireitoPrivado (empresas) ou Pessoas Jurdicas de Direito Pblico (em-presas pblicas) ou o prprio Estado, quando no esteja imbudoo podet poltico ou jurisdicional anteriormente mencionado.

    So normas de Direito Civil aquelas que disciplinam asrelaes:

    i) pessoais puras, isto , as normas que regulam o Estado e acapaciade das pessoas (por exemplo: estado civil e capacidade deadquirir direitos e contrair obrigaes em razo da maioridade);

    i) de famlia, patimoniais e extrapatimoniais, decorrentesdo vncul de sangue ou do Parentesco civil e relaes heredi-trias do patrimnio (por exemplo, casamento, filiao, suces-so patrimonial por falecimento);

    iii) puramente patrimoniais (por exemplo, as que envolvem com-pra e venda de imveis, locao, Posse, servido, usufruto).

    Destacam-se ainda, no ramo do Direito Civil, subdivises emDireito do Consumidor, Direito de Locao, Direito Autoral, Di-

  • 12oes Essenciais de Direito

    ,Jffi:irdesoruod.ri,si;;;;;Jl,ffi .3i,6;39;

    ::}flt[:il;:3* d: complexo de normas que reguram es-p.il;;;5ff:"fr Ht1',"Ho*Jn'i.fi*.'o,so normar dr oir.ito #t1r aqueras qu. dis.iprinam re_I a es rel ativas e p ro fi ,ro ;";;ffi :i o, nvolve,J J.-o.r.i

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    rlhFrIDrtaI

  • TEORIA GERAL DO ESTADO2.1. Constituio e Estado2.2. Estado e Nao

    2.3. Povo e territrio2.4. Soberania

    2.5. Cidadania

    2.6. A organizao do Estado

    2.6,1 Monarquia e repblica2.6.2 Presidencialismo e parlamentarismo

    2.6.3 Federao

    ATeoria do Estado sistematiza conhecimentos obtidos atravs de di-versas cincias: Sociologia, Histria, Direito, Economia e outras, que con-uibuem com os seus resultados. No aTeoria do Estado, portanto, umacincia, mas um conjunto de cincias. Tiata-se de uma disciplina nova: nooristiu nos tempos antigos, somente encontramos rudimentos naAntigui-dade greco-romana (Aristteles, Plato, Ccero (Roma)), e na Idade M-dia, com Santo Agostinho (Cidadr de Deus) e Santo Toms de Aquino.No havia, porm, a sistematizao perfeita, nem a preciso que hoje da-mos a esses estudos, mas sim uma preocupao quanto a saber como orga-nizar o Estado.

    2.X. Constituio e EstadoA Constituio fixa a estrutura fundamental do Estado. Por isso,

    o Estado uma noo prvia ao estudo do Direito Constitucional. Seindagarmos quando surgiu o Estado, veremos que haver inmeras res-postas possveis, segundo aquilo que se entende por Estado. Dizem queo Estado nasceu em 1648, em consequncia doTLatado dePazde'Westflia,no qual se afirmou a ideia de soberania, a ideia de um poder polticosoberano, ocasio em que se esfacelou o quadro poltico medieval e surgiua nova forma poltica dotada de soberania.

  • l4lliiiLliiii,,i Direito

    K.K. Estado e tlao.

    U^ma condio fundamental pqa que o homem atinjaseus obje_tivos , sem dvida nenhuma, qu ele se associe. Sozinho o homem ncapaz de atingir grande p"rt. d. seus bens, ";.ii"., nrr*rid"d., .interesses. o homem no- um ser autrquico,

    .r. n...rrita de seussemelhantes..Ele um ser socivel, o mais socivel de todos em mzo(le sua mtellgncn.

    conforme Dalmo de Abreu Dalrari em suas aulas, h uma pginaclebre de Santo fr*T deAquino em que.l. m.rr.io.r",re. hipOr.r.,nas quais o homem vive soznho: i) "mala go.a,rrr"'- J o ."ro d.m sorte, o caso d..y,- naufrgo forado, pelas circunstncias, aviver sozinho numa ilha deserta ii) "corrupt^io ,r"tu.".,,

    -

    o casode corrupo danatureza; o caso de alguina -;l.ri; mental qued ao homem uma verdadeira averso pea vida.-,..1.lae e pelos

    seus semelhanres, fazendo com que ere va viver sozinhoiiiii "o..r.rrti"naturae"

    -

    a hiptese de uma nau$ezaexcerente, gue se bastaa si prprio. O caso de eremitas, o caso d. homenl,r.]. ,o.rr"r"_sanros'

    'b o caso, "j1d"' de alguns sbios cuja foria a. .rpr.ii. Js ufi cien te para satisfa".r r,r".cessidades ;p;i J'

    .

    M"r: o que sociedade? A sociedade no 'r"r;;i;_erado dehomens justapostos, 9ue andam r"ao "

    r",-;;;;eiros ca-minhando isolados e independenres numa estrada. Sociedade muito mais do que isso. r'rrn" comunidade, uma.munhao,uma organiza:ao, onde uns suprem o que aos outros falta e ondetodos, em conjunto,^realizam q.r. rr.rrh.r-, irol"d;;;;te, seriai!t de conseguir. Sociedade , confo.-. o p;;f;;;, Goffredolelles Jr., uma unio tica de seres em bus.a-de fins comuns.E o homem um ser to socivel q".

    "a1;.oiior-" ._viver dentro de apenas uma sociedade; ele vive a."..o alrias so-ciedades. A sociedade um org"rir-, mas no um organismo f-sico, e sim tico, em.que as partes r..o-pl.i";;tp:;;amenre.Os homens se subordinam ociedade, como as parres se subordi_nam ao todo. os homens constituem a sociedade" mas a sociedadese subordina ao homem.

    Essas vrias sociedades em que o homem vive se compemou se formam dos diverso, grrrp^o, em que vivemos, tais comogrupos domsticos, grupos .ltrrrrir, grupos econmicos, gruposde amparo e de defes", gr.rpo, ,..".ioor, gr,tor-ptt.i.or,Lrupos religiosos e inmeros ou-rros. sociedadeh;;" '.o-port"de grupos' Todo grupo se forma p"a a, rcarizao d. ,r-" ideia.

  • 14 ,l Noes Essenciais de Direito..-

    X.. Kstado e trlaoUma condio fundamental para que o homem atinjaseus obje_tivos , sem dvida nenhuma, qu ele se associe. Sozinho o homem incapaz de atingir grande p"tt. d. seus bens, .u;.ii"",rr"lid"d.,

    .interesses. O homem no um ser autrquico, .1. ,r...rrita de seus

    semelhantes.^Ele um ser socivel, o mais socivel de todos em razoq'e sua lntelgencn.conforme Dalmo de Abreu Dalrari em suas aulas, h uma pgina

    clebre de Santo fr-T deAquino em que .l. rrr..r.iorr",.e, hipOr.r..nas quais o homem vive sozinho: i) "mala fortuna',

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    seus semelhantes, fazendo com que ere va viver sozinhoriiii"."..l.rrti"naturae"

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    a hiptese de uma natuezaexcerente, que se bastaa si prprio. o caso de eremitas, o caso d. homenl,rl.,o.rr"r"-sanros. o c"so,

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    M"r: o que sociedade? A sociedade no i'r_;;i;_erado dehomens justapos-tos, 9ue andam taao a t",-;;;;eiros ca-minhando isolados e independenres numa estrada. Sociedade muito mais do que isso. ,rrn" comunidade, uma.munhao,uma organizao, onde uns suprem o que aos outros falta e ondetodos, em conjunro,^realizam q.r. ,r.rrh.r-, irol"d"_.te, seriai!' de conseguir. Sociedade , confor-. o p;;;;;toffredolelles Jr., uma unio tica de seres em busca-de fins comuns.E o homem um ser ro socivel qrl. ,rao-.. .orior-" ._viver dentro de apenas uma sociedade; ere vive a."rro lrias so-ciedades. A sociedade um organismo, mas no um organismo f-sico, e sim tico, em.que as parres ,..o-pl.t";;;;tpi;amenre.os homens se subordinam iociedade, como as parres se subordi-nam ao todo. os homens constituem a sociedade, mas a sociedadese subordina ao homem.

    Essas vrias sociedades em que o homem vive se compemou se formam dos diverso, gr,rp^o, em que vivemos, tais comogrupos domsticos, grupos .ilt,rrrir, grupos econmicos, gruposde amparo e de deies", gr.rpo. ,..r"."rirror, g..rpor-ptt,i.or,Lrupos religiosos e inmeros o,rror. sociedad.h**" 'r.rpor."de grupos. Todo grupo se forma pera e rearza'ao d. ,r*" ideia.

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  • Teoria Geral do Estado

    Os componentes do grupo se acham em cornunho e essa co-munho precisa ser governada para se dirigir ao caminho de rea-hzao de suas ideias. O governo do grupo no um poder, o6tgo do poder. Ora, esse todo social, esse conjunto de grupos,que a condio, o meio da rcalizao dos bens dos ourros, chamado de sociedades polticas ou Nao. Nao uma sociedadepoltica, assim como a prouncia, o municpio, um condado, umcanto, um cl ou uma tribo.

    Mas o que a Nao? J. foi dito que Nao uma comuni-dade de regras de sentir, de natureza tica, histrica, cujos mem-bros, conscientes de sua existncia, agem de maneira comum.

    O jurista Goffredo Telles Jr. define Nao como sendo a so-ciedade poltica cuja ideia a rcalizar a de constiruir a mais altacondio social para que as entidades que ela encerra melhor seaproximem de seus respectivos fins.

    De que elementos se compe a Nao? Diversos critriosforam utilizados para chegar aos essenciais elemenros compo-nentes da Nao.

    O critrio da unidade poltica no serve. A Nao polonesa,subsistente como Estado durante oito sculos, foi repanid^r 1795 routros trs estados e, todavia, continuou a subsistir, tendo voltado a serEstado, I23 anos depois.

    O critrio da lngua no serve. A Nao sua trilngue. Emoutros casos, rlna s lngua serve a mltiplas Naes latino-americanas.

    O critrio da religio imprestvel. A Nao norre-americana,Protestante em sua maioria, contm uma grande coletividade catlica.

    O critrio da raa cadavez serve menos. No h na parte ci-vilizada da espcie humana raas puras. No Brasil, cada vez maismesclam-se os brancos, os negros, os ndios e os amarelos.

    O critrio da unidade de costumes o menos utilizvel con-temporaneamente. A facilidade de comunicaes acelera o processode uniformizao dos cosrumes.

    Do que se compe, porranro, a Nao? A Nao se compede dois elementos essenciais: i) uma ideia de bem comum e de or-dem jurdica; ii) um povo, que vive em comunho sob o impriodessa ideia.

  • Essenciais

    Povocorresponde

    queles indiv-duos sujeitos

    soberania doEstado.

    Territrio o limite espa-

    cial dentro doqual o Estado

    exerce seu p0-der de imprio

    sobre pessoas ebens.

    Soberania o poder de

    governo ou decomando que secostuma desig-

    nar como um

    elemento formaldo Estado.

    X.3. Povo e TetritrioO povo de um Estado corresPonde queles indivduos su-

    jeitos ,,.r" soberania; so os cidados, so aqueles dotados decidadania reconhecida pela ordem jurdica desse Estado. Estoincludos os cidados de geraes passadas, que transmitiram aherana da civilizao, os cidados da gerao atual e nele esta-ro os das futuras. Esto excludos os estrangeiros de situaojurdica irregular e os transeuntes, viajantes e turistas, ligados aoutras Naes ou Estados.

    Territrio o limite espacial dentro do qual o Estado exerceseu poder de imprio sobre Pessoas e bens. Vimos que o territriono um elemento essencial de formao de uma Nao, eis queexistiram e existem Naes sem territrio, mas elementoconstitutivo do Estado, juntamente com o p0a0, a soberania e afinalidade, que o bem comum.

    H ainda um ponto relacionado de certa maneira com os li-mites do territrio e que merece especial considerao, porque im-pe aos Estados um comportamenro excepcional. Thata-se dos ter-ritrios especiais.

    So considerados territrios especiais certos esPaos que' polconveno, recebem tratamento dispensado aos territrios dosEstados, sob todos os aspectos, especialmente quanto jurisdic(rea territorial dentro da qual se exerce o poder, neste caso' asoberania).

    Territrios especiais so os:i) navios de guerra;ii) territrios de embaixadas e representaes diplomticas;iii) subsolo;iv) espao areo; ev) mar territorial.

    X"&. SoberaniaOutro elemento constitutivo do Estado a soberania, isto

    o poder de governo ou de comando' que, ao contrrio do elementi pouo e do eleme nto territrir, se costuma designar como um elemento formal do Estado.

    Esse poder, nos Estados modernos expressa-se no Poder Constituinte, pois que a soberania envolve o poder d'e fazer e muda

  • a lei fundamental (Constituio) do Estado. Soberania se enrendecomo a propriedade que tem um Estado de ser uma ordem supremaque no deve a sua validade a nenhuma outra ordem superior. Emcertas situaes, esse Poder Constituinte pode ser um poder de fato,decorrente do imprio da fora, exercido por quem tenha a foranecessria para se ter como representante do povo, mas na maioriadas constituies tambm um poder escriro.

    Na Constituio da Repblica Federativa do Brasil, o PoderConstituinte emana do povo, que o exerce por meio de represen-tantes eleitos ou diretamente, nos termos da prpria Constituio.

    2.S. CidadaniaCidadania a qualidade do indivduo no gozo dos direitos

    civis e polticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveresPara com este.

    H uma diferena especfica entre o povo de uma Nao e opovo de um Estado. No povo de uma Nao encontramos vncu-los de sentimento, de simpatia, de afinidade de objetivos para coma finalidade daquela Nao, enquanto no povo de um Estado en-contramos vnculos jurdicos que os indivduos enlaam, no obstantetenham ou no sendmentos comuns.

    QUADRO 2.I: O QUE UNE O POVO DE UMA NAO E DE UM ESTADO.

    Mas, somente o povo que est vinculado juridicamente ao Es-tado que est obrigado a obedecer a suas regras jurdicas? Evi-dentemente, no. O estrangeiro que vier ao Brasil tambm obrigadoa atender s leis brasileiras em relao ao comporramenro, s leiscivis e comerciais e s leis tributrias. No entanro, no est obrigadoa dar cumprimento s leis que unem o povo ao Esrado, em relo cidadania, aos direitos polticos, por exemplo. O brasileiro quese ausentar do Brasil no deixa de estar obrigado a seus deveres decidado brasileiro, ficando juridicamente vinculado a presrar o serviomilitar, a votar e ser vorado e a ourras obrigaes; isso significavinculao absoluta.

    ii:t*g:

    Cidadania a qualidade doindivduo nogozo dos direitoscivis e polticosde um Estado,0u n0desempenho deseus deverespara com este.

    Teoria Geral do Estado

  • Essenciais

    Monarquia o governo de

    um s indivduo.

    lMonarquiaabsoluta

    a monarquiasem limites

    jurdicos.

    Muitas vezes conveniente ao Estado facilitar essa vinculaoa estrangeiros, atraindo para sua ordem jurdica cerro nmero depessoas para efeito de defesa do territrio, explorao agrcola ouindustrial, ou ainda determinando, para efeitos de unidde da ci-dadania, que estrangeiros que casam com cidados brasileiros ouque tenham filhos com eles adquiram a cidadania no pas.

    X.&. A Organizao do EstadoJ vimos que o Estado a ordenao jurdica soberana que rem

    por fim realizar o bem comum de um povo situado em determina-do territrio. Estes so, em sntese, s elementos essenciais doEstado, j estudados separadamente nas pginas anteriores.

    lob o enfoque da organizao, verifi."-r. qr. o Estado umasociedade poltica. Poltica a cincia e arte de unificar e harmonizaras aes humanas, dirigindo-as para um fim comum. verificandoa evoluo dos fatos polticos, vamos encontrar uma grandemultiplicidade de formas polticas adotadas pelo Estado atravsdos tempos em vrios lugares, sendo possvelraar um esquemadas formas existenres em trs grandei grupos:

    i) monarquia ou repblica;ii) presidencialismo ou parlamentarismo; eiii) unitrio ou federal.Cada item ser mais bem analisado em seguida.

    K.&.$ Monarquia e RepblicaDuas so as formas de governo, monarquia e repblica. Mo_

    narquia _o governo de um s indivduo. Aina qr. .ir. indivduosofra a influncia de um grupo, a chefia nominal, aparenre, esrconfiada a ele. A escolha deste chefe se faz por motirrs histricostradicionais e ele no tem aquela preocupao de aparecer comorepresentante da vontade do povo a quem ele governa. b.rt" maneirao monarca assume um poder extraordinrio, sem nenhum vnculoentre sua escolha e a vontade dos governados. o Mona tca noresponde por seus atos, no responsvel por eles e pode ser umimperador (Japo), rei (sucia e Espanha) ou rainha-(Ingraterra).

    A Monarquia pode ser tambm absoluta, quando no h li_mites jurdicos, ou constituciond, quando o ri est submetidoao Direito, sofrendo limitaes jurdicas, ainda que seja conside-

  • rado o representante mais alto do Estado. A Monarquia Constitu-cional apresenta, ainda, uma subdiviso, em pura ou parlamen-tar. No primeiro caso, o rei exerce diretamente o poder e, nosegundo, exerce-o por meio de seus Ministros.

    LJma outra classificao ainda feita, entre Monarquia Eletiva(o raras na histria) e Monarquia Heretria, sendo normal nestaforma de governo que a escolha do sucessor seja feita obedecendo linha hereditria. A Monarquia se caracteriza, portanto, pela vi-trliciedade, hereditariedade e irresponsabilidade (j que o Monarcano responde por seus atos perante Thibunal, Cmara ou Senado).

    A Repblica surge como oposio Monarquia. O chefe deEstado temporrio e no vitalcio; eleito pelos governados, ou*ja, pelo povo, em vez de ser sucedido por hereditariedade; e temresponsabilidade pelos seus atos, isto , pode ser processado e per-der o mandato.

    A forma republicana de governo implantou-se em nosso pasdesde a Constituio de 1891. O regime aristocrtico e absolutis-ta, acentuado pelas regalias e prerrogativas de certas classes e pelaritaliciedade do soberano, pelo arbtrio e pelo despotismo, no maiss poderia adequar ao cenrio do novo sculo.

    2.6. Fresideneiallsmo e ParlanrentarismoO Presidencialismo um produto americano, assim como o

    krlamentarismo um produto europeu.O Parlamentarismo surgiu de circunstncias de fato, ou seja,

    um rei, um imperador ou soberano, em regime monrquico, queassumia o poder por dominar o povo, que no falava a lngua desseIpvo e no comparecia ao parlamento, necessitava de um representantedo executivo, fazendo surgir a figura do Prirneiro-Ministo, comompresentante do monarca.J no sistema americano, no havia a fi-gura do monarca, no se instalou o regime monarquista e, atenden-do-se s aspiraes da poca, em favor do regime republicano, fez-senryir a figura do Presidente da Repblica, que o chefe de Estadoc, ao mesmo tempo, o chefe de Governo.

    Portanto, no regime presidencialista, o chefe de Estado e che-fede Governo o Presidente da Repblica. No regime parlamentarista,so sistema de governo for monrquico (governo de um s), o chefe&E*ado ser o rei, o imperador ou outro soberano, e o chefe de Governou o Primeiro-Ministro. Mas em se tratando de sistema de governo

    Repblica a forma degoverno na qualo chee deEstado temporrio,eleito pelo povoe temresponsabilidadepelos seus atos.

  • Essencia is

    democrtico e resime parlamentarista, o chefe de Estado e o chefe deGoverno s.r a m".sma pessoa, ou seja, o primeiro_Ministro.o regime presidencialista no se harmon iza como sistema degoverno monarquista, mas sim com a Repbric", ,.gi-. porticoque significa que a c,ois.a pblica ("res".sigiri fr. iolrn-*ioao* p.r-tence e por todos ser administrada, mediate .;;r";o povo,por tempo determinado, visando o interesse comum.

    -r,^--roj""ia o regime presiden.i"ri.t" pode apresenrar sensveldtstoro quando o presidente da RepUii." #,.i_.orrrra.io democracia, passa a ser um gorr.rrro discricionrlio, arbitrrio,ffit,j;r,,i l."o elej a, J",,,..r o , p erp eruan d o _ s e n o p o_ticioac'ort^

    -^,,^ :::iq: i,seus prprios indicados, sem a pa-ticipao do povo nessa escolha. N.rr. caso, em lugar d;::i_cracia, instala-se a ditaduraNo Presidencialismo, o chefe de governo rem um tempo demandato prefixado.

    ,pode ,.., qu.lor qualquer raz.o ele nocumPra seu tempo de mandat, ..rtr.t"nto, sabe_se de ante-*o-? ,:-.po que deve p.r*"rr..er no governo.No parlamenrarismo, t Ministr io fazr?;;. ;;;;verno, sendo

    :,}:i*:":l:. f .ji3,? _Mi" i,,;; ;-.,,] " .,.orh a deve s er s u bme_tida apreciao do parrame"r;. ;".".t"r#:r'il,lJ,i,atua na condio d^e aux'iar do presidente, sendo esre guem es_tabelece a diretriz fundamen,"l ; ;;;;;;il;t" nirJrrr,..X,6,X Federao

    Etimologicamenre, federaosignifica ariana. Duas so as for_mas de E:r1{o, segund a organiiao do poder inrerno:i) unitrio; eii) federal.A,constituio do Estado unitrio prev um nico ncleoFederao centralizador do. pod.r p;iil;, ;...i*r izaonesses casos uma forma de meramente administr"rir". por sua .r.r,-" p.d. no uma forrna

    rir::ffii *'^X':"": ntizar poti."-.nre o Estado. A rorma red.erat razri,.o, ::.",,1,:":or1:^:l l.smo terriru:t= .-.I"ao a uma mesmapop ulao, duas ordens esrarais :

    "

    do- e*"do';.d:*rrtruma forma de governo e a dos Estados Federados,'rr-irr"aoque se d' a cada um dos Estados-m.-ur*" ."rt" com di-reo e capacidades polticas distintas.

  • O Brasil uma Repblica Federativa. A Constituio do Brasildispe que o poder no se reunir nas mos de uma pessoa s,mas ser repartido, de acordo com certos assuntos e matrias, comos governos das pessoas jurdicas de direito pblico denominadasBtados-membros. Tal disposio encontra-se em seu artigo lq, queafirma que a Repblica Federativa do Brasil formada pela unioindissolvel dos estados, municpios e do Distrito Federal.

    A organizao federal uma unio de particularismos, isto ,transforma-se em solidariedade aquilo que inicialmenre umaoposio, sendo as diferenas locais coordenades numa s unida-de. As caractersticas de cada regio so preservadas e permite-see evoluo natural e espontnea dos fatos histricos e das carac-tersticas do povo de cada rcgio, fazendo-se sua integrao numaunidade que resulta da aliana.

  • IDI REITO CONSTITUCIONAL3.1. A organizao dos poderes3.2. O Poder Legislativo3.3. O Poder Executivo3.4. O Poder Judicirio

    3.5. Direitos e garantias individuais3.5.1 Direitos e deveres individuais gerais3.5.2 Direitos e garantias de natureza

    penal

    3.1. A 0rganizao dos PoderesComo o poder umaexigncianarural e o ncleo depoderse formaesponuneamente

    por fora dos acontecimentos, no resultando de uma deciso racional em processo arti-.ial, entendemos, como alguns autores, que o poder uno e indivisvel, sendo divisvel,sim, os atributos do poder, as funes exercidas pelo Estado.

    considerada nascedouro da ideia da distiibuio de poderes a obra de MarslioPdua, "Defensor Pacis", publicada em 7324, na qual ele diz que o povo o primeirotrqislador, fazendo essa referncia ao povo para coloclo em oposi$o a outra entidade,o furncipe" que, segundo sua orpresso, tem fun@o executiva. Assim, ao povo cabe umaenibuifo fundamental para a vida do Estado, que a legisla$o, e ao "prncipe" cabe afunao executiva.

    Mais tarde essa ideia foi aperfeioada na obra do Baro de Montesquieu, que,partindo de Marslio de Pdua, chegou teoria da diviso ou distribuio de po-deres. Em Esprito das Leis, Montesquieu encontra uma distribuio de poderesindicando como ideal para o Estado a presena de um Executivo, um Legislativoe um Judicirio.

    A maioria dos autores atribui a ideia da cria$o do PoderJudicirio a Bodin, no s-culo XVI, apesar de que, em estudo mais cuidadoso, j se apurou que Maqavel, em sueobra fundamental O Prncipe,indicavaa existncia de um PoderJudicirio, fazendo refe-rncia a esse organismo, dizendo que ele havia surgido anteriormente na Frana, deshca-do do Poder Executivo.

  • Diz ele que intmeros conflirm vinhan colocando o Monarcaem situao diftcil, porqu:rnro i heyie conscincia dos direitos ereivindicaes da pequena burgusie qu vinhe ganhando significaesna vida do Estado, e da surgi2m os conflitos entre o, t.rrgrr.r.,e nobres. Os nobres levavam o assunto ao Monarca que t.ti" d.decidir. Os nobres eram aliados tradicionais do Monarca e os bur-gueses japareciam como fora pondervel e digna de todo respeito.

    Assim, para que o Monarca no se desgastasse politicamenteperante os nobres e os burgueses, ele resolveu criar um organismojudicante que atuava em nome prprio, dando origem

    " pod.t

    Judicirio, tendo essa ideia ganhado nfase e sido acolhida pelaRevoluo Francesa.

    3.2. O Poder LegislativoA funo legislativa de mbito federal de competncia da

    Unio, exercida pelo Congresso Nacional, que se compe de duascasas' o senado e a cmara dos Deputados, eleitos pelos habitan-tes dos respectivos estados.

    3,3. O Poder ExecutivoO Poder Executivo Federal exercido pelo Presidente da Re-

    pblica, auxiliado pelos Ministros de Estados. A eleio do presidentee. do vice-presidente realizar-se-, simultaneamente, no primeirodomingo de outubro do ano anrerior ao do trmino do mandatopresidencial vigente. se o candidato obtiver maioria absoluta devotos nas eleies, no haver necessidade de segundo turno, casocontrrio far-se- nova eleio, em at vinte dias aps a proclamaodo resultado, concorrendo os dois candid"to,

    -"ir rrot"do, no pri-meiro turno, considerando-se eleito aquele que obtiver a mairiados votos vlidos.

    3.4. O Poder JudicirioAlm da funo de legislar e administrar, o Estado exerce tambm

    a fun$o jurisdicional, isto , a funSo de dizer o direito ("juris dicdo"),aplicando a lei ao crso concreto controvenido, mediante processo regu-larmente instaurado, por iniciativa do interessado, ,.grrrro a legislaoprocessual, com direito a rer um juiz imparcial e desinteressado quanro

  • Direito Constituciona I ,:a:iiixiig$

    ao resultado do litgio e, uma vez conferida Parte contrria o direitode ampla defesa, as partes tomam coecimento da sentena proferi-da revestida de coisa julgada, de forma que no possa mais ser modifi-cada por ouua deciso, exceto nas hipteses admitidas em a@o rescisria.

    3.5. Direitos e Garantias lndividuaisOs direitos e as garantias indiuiduai.r se dividem em quatro

    partes:i) gerais;ii) de natureza penal;iii) sociais; eiv) do trabalhador.Estes direitos e garantias esto dispostos nos artigos 5" a7" da

    Constituio Federal. Em seguida ser feito um breve comentrio dosprincipais incisos do artigo 5e, o qual dispe em setenta e seis incisosos direitos e as garantias, de qualquer natureza e de nafiJtezapenal, as-segurados aos indivduos pela Constituio Federal.

    O artigo 6n dispe sobre os direitos sociais do indivduo, isto , aeduca$o, sade, trabalho, la7pr, segtrrana, prwidncia social, prote@o maternidade e inncia e a assistncia aos desamparados.

    O artigo 7n dispe sobre os direitos do trabalhador, dentre os qu:a relao de emprego protegida contra a despedida arbiuria; seguro-desemprego; fundo de garantia por tempo de servio; salrio mnimo;dcimo terceiro salrio; repouso semanal remunerado; licena ges-tante; aviso prvio; reduo dos riscos do trabalho; e aposentadoria,creches e pr-escolas.

    3.5.1 Direitos e Deveres lndividuais GeraisTodos so iguais perante a Lei, sem distino de neuma natu-

    rer:., gaantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pasa inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, seguranae propriedade. Homens e mulheres so iguais em direitos e obriga-es e ningum ser obrigado afazer ou deixar de fazer alguma coisa,seno em virtude da Lei.

    Liberdade de Pensamento lirrre a expresso do pensamento, mas vedada a manifesta-

    o em anonimato. O anonimato a ocultao da identidade para

  • Essencia is

    fusfo l responsabilidade civil por danos patrimoniais ou morais ou res-ponsabilidade penal por injriria, diFamago ou calnia.Liberdade de Conscincia inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, assegurado

    o livre exerccio dos cultos nos locais onde so praticaios, observadasas disposies do direito comum e as exigncias da or.* pblicee dos bons costumes.

    Assistncia Religiosa

    .,F *r.rytda a presta$o de assistncia religiosa nas entidades civise militares de internaso colStiwa. Isso significa qu. o err"Joeve pro.porcionar, em hospitais, prises, navioJmili."r,

    . ourras localidadesem que a pessoa estiver impedida de dela se servir, condies de o ci_dado obter assistncia quanto a seu culto religioso. r - -!

    Liberdade ReligiosaPor motivo religioso, ningum ser privado de seus direitos-Nem por morivos de convic pohtica ou filosfica, salvo se dis-

    so se valer para eximir-se de obrigao legal.Liberdade de Expresso

    , linre a expresso de atividade intelectual, artstica, cientfica

    e de comunicao,independenremente d. ..nrur" . li..rr". nrr*expresses podem se dar oralmente, por escrito ou por exposiode imagens.

    Direito privacidadeso inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima-gem das pessoas' bem como assegurad o dir.ito Jind.ri""aopor danos materiais e morais decorrntes de sua.'iorafao--Inviolabilidade do Lar inviolvel a casa do cidado, sua morad.a, seu asilo. Ningumpode nela penerrar sem autori zao do morador, salvo caso de fla-grante delito, para presrar socorro ou por autorizaojudicial, du-

    rante o dia.Sigilo de Correspondnciao cidado tem direito ao

    -sigilo de sua correspondncia, dascomunicaes telegrficas, telefrri.", . eletrnicas, b._ como di_reito ao sigilo de seus dados pessoais.

  • Direito Constitucional I 77,

    Liberdade de LocomooO cidado no pode ser impedido de ir e vir no territrio na-

    cional, em tempo de prz, podendo dele sair ou nele entrar con seusbcns, observadas as obrigaes tributrias e alfandegrias que Pos-sam prejudicar a economia nacional.

    Liberdade de Reunio permitida a reunio de cidados, pacificamente, e sem armas,

    cm locais pblicos.Liberdade de Associao plena a liberdade de associao, para fins lcitos, exceto para

    ns paramilitares. Os cidados podem se associar pera constituirsociedades comerciais ou civis, cooperetivas, entidades esportivas,religiosas, sindicais, beneficentes etc.

    Direito de PropriedadeA Constituio Federal garante o direito de propriedade, direito

    sse que se constitui no poder do homem de ter como exclusivamente$ras as coisas que adquiriu, podendo usar dos direitos como melhorlhe aprouver, usufruindo-os, cedendo-os, ou doando-os.

    Direito Herena grantido o direito herana. bdo cidado tem direito de su-

    eder os bens e direitos do falecido, nos termos da lei civil, sujeitan-do-se tambm a suceder as obrigaes, seja a ttulo universal ou testa-mento.

    Direito do ConsumidorHaver defesa do consumidor por instituio legal, visando

    pmteger o adquirente de bens e mercadoriasr p se uso ou corsumo,cm inteno de revenda ou intermediao em atividade comer-cid ou prestao de servio.

    Direito a InformaesO cidado tem o direito de obter do Estado, por seus rgos

    pblicos, informaes de seu interesse particular, coletivo ou geral.his informaes dwem ser prestadas no prezo legal, sob pena de res-ponsabilidade. Por meio do'habeas datao assegurado ao cidadoo direito de requerer em juzo o acesso ou a redficao de informa-$es e referncias pessoais em registros e bancos de dados oficiais oupaniculares.

    orcCq:dri'Ds-fesidr::r..

    Calgi!mdorregula asrelaes dec0nsum0.

    o:rilhabeas, Idif.,,.,',,:,,'1,,,,,i,m.eiq:pala ocidadorequerer emjuzo o acessoou a retificaode informaespessoais embancos dedados.

  • Essenciais28

    Direito de PetioIndependenremenre do pagamento de raxas, direito do cida-

    do repreientar perante os poderes pblicos no sentido de defesa deseus direito, ouiorrtr" a ilegalidade ou o abuso de poder comeddopor autoridade ou outro cidado, Pessoa ftsica ou jurdica.

    Direito Adquirido, Ato Jurdico Perfeito e a Coisa JulgadaA lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito

    e a coisa ju[aa.'o direito adquirido resulta de um fato ocorridoquando

    "

    l.iq,t. o amPareva estava em vigor,- fatrndo co-m que talireito se integrasse ao patrimnio do interessado. Se o sujeito no fezvaler esse direito tt" oprtuttidade e uma nova lei veio dispor diferen-remente sobre o mero fato jurdico, o direito que j estava adquiridono ficou perdido e ainda pode ser ocercido. Por exemplo, o contribuinteda previdncia social poderia re se aposentado com 80%o de seus be-nefrcios, mas preferiu-esperar mais um pouco. Passando a vigorar leinova, reduzino esses benefcios paraT}o/o, o sujeito no perder o di-reito ao percentual maior que j havia adquirido.

    o ato jurdico perfeito o ato praticado com observncia delei vigente i poca em que se o Praticou e que, por isso, se consti-tui vlido e dfinitivo, produzindo todos os efeitos de direito. Porexemplo, o contrato.

    coisa jutgadadecoffe de deciso judicial imutvel pois contra elano cabe mais ninhum recurso, de forma que produz seus efeitos de leientre as partes litigantes e em rela@o a terceiros que dela pudessem estarsubordinados.

    Gratuidade de RegistrosSo gratuitos, Para os reconhecidamente pobres, o Registro

    Civil de Nascimenio. "

    Certido de bito.

    $.S.X Direitos e Garantias de Natureza PenalNingum ser submetido a tornrra ou a tratamento degradante.

    Jazo de F-xceoNo haver juzo ou tribunal de exceso. Isto significa que os jul-

    gamentos sero realizados to somente por tribunais oficiais.

    Direito de Resposta

    T,:l

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    ;s

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    ItI

    ;

    f,

    Direitoadquirido

    verifica-se emdeconncia defato amparado

    por lei existenteao tempo em

    que este serealizou,

    integrando-se odireito ao

    patrimnio dointeressado.

    Ato juridicoperfeito

    oatopraticado com

    observncia delei vigente

    poca em quefoi praticado e

    que, por isso, seconstitui vlido

    e definitivo,produzindo

    todos os efeitosde direito.

    Coisa julgadadecorre de

    deciso judicialimutvel pois

    contra ela nocabe mais

    nenhum recurso.

    I3l

    L

    i

    Irl

    {4

    "ssegurado

    pela constituio Federal o direito de resposta,ou seja, o ofendid injuriado ou caluniado, em decorrncia de di-

  • ::ti:::::lr:lgq:

    vulgao de notcia ou informao jornalstica, radiofnica ouelevisiva, tem o direito de ver publicada sua resPosta em desmen-tido ou esclarecimento, alm de indenizao por perdas e danosmateriais e/ou morais.

    Jri Popular reconhecida a instituio do jri popular, com comPetncia

    para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assegurando-s-lhe a plenitude do sigilo das votaes e a soberania dos veredic-tos. O Tribunal do Jri formado por sete pessoas do povo, es-olhidas dentre uma lista de 21 nomes, depois de uma seleo dentrenais de 500 cidados, com a responsabilidade de declararem o ruculpado ou inocente, para enfim ser este apenado ou absolvido pelojuiz, segundo a gravidade do ato criminoso cometido e levadas emonsiderao as agravantes e atenuantes apuradas, segundo o examedas provas em julgamento.

    O tibunal do Jri autnomo e independente, e das deci-res dos jurados s caber recurso quando manifestamente contr-rias i pyeyx dos autos.

    Anterioridade da Lei"Nullum crimen nulla poena sine lege." No h crime sem lei que

    o defina, nem pena sem prvia cominao legal. Nenhum fato podes considerado criminoso, se no houve lei atando-o como tal. Ningumpoder ser julgado e preso por ato praticado que somente depois depraticado foi considerado criminoso por lei.

    Irretroatividade PenalNo h crime nem pena sem lei os definindo. A lei penal no

    retroagir, salvo para beneficiar o ru. Chama-se isso de retroatidadebenfica, que se ope ao princpio da iretroatividade da Lei, pelo quala lei penal posterior no se aplica a situaes verificadas antes do in-cio de sua vigncia. Em outras palavras, a lei s dispe para o futuro.Se lei nova passa a considerar crime um certo ato, aqueles que o pra-ticaram, antes da lei, no podem ser considerados criminosos. Poroutro lado, a lei penal reffoage quando for para deixar de considerarcrime certo ato ou para reduzir a pena desse crime. Nesse caso, aque-h que esto sendo ou j foram julgados se beneficiam da Lei, quedessa forma retroage seus efeitos. O princpio da retroatividade ben-fica s se aplica s leis penais.

    que cometemcrimes dolososcontra a vida.

  • 30 Noces Essenciais de Direito

    Racismo crime inafianvel e imprescritvel a Prtica do racismo, qur

    inclusive sujeita o indiduo pena de recluso. A douuina racista adota superioridade de uma raa em relao a outra ou adota atitudes qurt rr.tlt.- em separar ou isolar Pessoas emrazo de sua raa ou cor. Nse confunde racismo com preconceito racial. Neste caso a atitude n-alse volta contra a ra , mas a situaes individuais isoladas, ofensivas ipessoas em razo de sua raa. Diz-se que o crime afianvel quandri,t" p.tr" pode ser substituda por fiana, a fim de o acusado respondepelo crime em liberdade. Por sua vez, imprescritvel o crime cujrdireito de mover a ao penal no est limitado no temPo.

    Trfico de DrogasA lei considera crimes inafianveis e insuscetveis de graa or

    anistia, alm de em relao a eles ser negado o indulto ou a comutao de pena, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes, drogas e afins, o terrorismo e os crimes hediondos, respondendo por eles, no s os mandantes, como os executores e aqueleque, podendo evit-los, a isso se omitem.

    SublevaoSublevao a ao de grupos armados, civis ou militares, con

    ffa a ordem constitucional e o Estado democrtico. Sua prtica constincrime inafianvel e imprescritvel.

    Personificro da PenaNenhuma pena passar da pessoa do condenado. Isto quer diz

    que a sano penal ou seus efeitos no sero transferidos Para quoutra pesso os cumpra pelo condenado. Cada condenado cumprilsua prpria pena. As obrigaes de reparar dano, porm, seja por penpecuniria, seja por decretao de perdimento de bens, se aps a cordenao ocorrer a morte do condenado, podero ser Pagas pelos stcessores, mas at o limite da transferncia que houve dos bens. Pcoutro lado, a lei fixa um limite mnimo e um limite mximo em qua pena deve ser fixada, segundo os critrios de agravamentoabrandamento, a personalidade do criminoso e as circunstncias pel:quais o crime foi cometido.

    Individual izao da PenaAs penas sero de:i) privao ou restrio de liberdade;ii) perda de bens;

    Otrfico dedrogase cnme

    nafianvel einsuscetvel de

    graa ou anistia.

  • Essenciais30

    O'tnfnco.de I,:, ,, dtpg0s II ,crime I

    inafinlvel e I,

    -..--^.1.,^t ,l^ ]llr)uJLLrrvLr u! |

    graa ou anistia. I

    Racismo crime inafianvel e imprescritvel a prtica do racismo, que

    i".f".i* t";eita o indivduo p*".at redusao' A douuina *:t1"d::"

    r"p.ti.ti"ae de uma r"" t relao a outra ou tl":i:1^1;.ri;; *", or isoiar pessoas em razo desue raa ou cor. No. t r ^ ^'2-..)^ ^^' cial' Neste caso a atitude nose confunde racismo com Preconcelto ra( r .;;il;;;;;", ;*'a situaes individuais isoladas, ofensivas eIil#;;il:-;;'"" Diz-se que o^crime an1f11l41il*;a. t* t"ut,ituda por fiana'.a.fim de o.a;us,a{" :::*;J;;tJ. .^ iiu.'a"de. Poi,,," "t', ;. ilnr;scritt-v-e]11ime cuioir.ito de mover aao penal no est limitado no temPo'

    Trfico de DrogasA lei considera crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou

    anisiia, alm de em reao a eles ser negao o nulto on atao e pena, a prtica da tortura' o trfico ilcito de entot,.r, d.og"r. afiti, o terrorismo e os crimes hediondos' resPondo por les, no s os mandantes, como os executores e aqque, pod.ndo evit-los, a isso se omitem'

    Sublevaosublevao a ao de grupos armados, civis ou militares, cc

    tra a ordem constitucinal e o n^ttdo democrtico. Sua prtica consticrime inafianvel e imprescritvel.

    Personificao da PenaNenhuma Pena Passar da pessoa do condenado' Isto quer

    que a sano pnal orr r.rl" efeitos n3 s19 transferidot P",r1-qfouffa pessoa os cumPra pelo condenado' Cada condenado cumsua prpria pena. fubrigaes {e repaSr dano, porm, seja porp...rrrii", seja por decr-tao de.perdimento de bens, se aps a cenao o.orr.i a morte d condnado, podero ser pagas.pelos..rror.r, mas at o limite da transferncia que houve dos bens.ourro lado, a lei fixa um limite mnimo e um limite mximo ema pena deve ser fixada, segundo os critrios de agravamento

    "*d"-.nro, a persona[dJde do criminoso e as circunstncias pel

    quais o crime foi cometido.Individual izto da PenaAs penas sero de:i) privao ou restrio de liberdade;ii) perda de bens;

  • Direito Constitucional

    iii) multa;iv) prestao social alternativa; ev) suspenso ou interdio de direitos.As penas de privao ou restrio de liberdade pode1 ser de

    deten ou de recluso. A primeira cumprida em casa de deteno,na qual o detento mantm convvio com os demais Presos e podese ddic"r a trabalhos internos remunerados. A pena de recluso cumprida em penitencirias, onde o preso fica recluso, ou seja,no tem convvio com os demais.

    O perdimento ou sequestro de bens recai sobre bens de funcio-nrios pblicos que, valendo-se da funo, enriquecem ilicitamente.

    A pena de multa consiste no pagamento de quantia fixada ementena, a favor do Estado.

    A prestao social alternativa corresponde prestao de tare-fas graiuitas comunidade, nos limites da capacidade e aptidesdo iondenado, a entidades sociais, hospitais, redes de ensino ou prpria cidade.

    A suspenso ou interdio de direitos corresPonde a ser o con-denado piivado de certos direitos, como os de profisso, guarda defilhos ou autoridade marital.

    Sistema de PenasA Constituio probe a pena de morte, salvo em casos de guerra

    declarada, como tambm probe a pena de priso perptua, a de tra-balhos forados, a de banimento (excluso de brasileiro do territ-rio nacional) e as penas cruis.

    Cumprimento das Penass penas sero cumpridas em estabelecimentos distintos, de acor-

    do com anattJrezado delito, a idade e o sexo do apenado. Aos presossr assegurado o respeito e a integridade fisica e moral. presidiriassero asseguradas condies para permanecer com os filhos duran-te o peroo de amamentao. tambm assegurada a assistnciareligiosa, em estabelecimento de internaes coledvas, como as prises.

    ExtradioExtradio um processo pelo qual um pas, invocando tra-

    tado internacional, requer de outro que lhe seja entregue Pessoaforagida sujeita a sua jurisdio criminal, a fim de que tal cidadorespnda processo por fato definido como crime na lei de seupais. O Brasil s poder negar a extradio quando se tratar decrime de convico poltica ou opinio.

  • Noces Essenciais de Dreitq

    Nenhum brasileiro que cometeu crime em outro pas sertraditado, salvo se brasiliro naturalizado e se o crime fora cortido antes da naturalizao. So excetuados os casos de crimetrfico internacional de drogas e entorpecentes'

    Direito de DefesaNingum ser processado, nem sentenciado' seno pela

    toridade iudiciria .-p.t..tte. A competncia do j."i: :t restri: cerros i-i.., relativos matria penal, aos nveis hierrquientre magistrados e a critrios funcionais estabelecidos por nolegais ou administrativas.

    Ningum ser privado da liberdade ou de seus bens' sem opro..rr.gal. Aos litigantes .assegurado' em Processo penal'ireito ao cntraditrio e ampla defesa, com os meios e recurs'assegurados por lei a todos os cidados'

    Prova CriminalSo inadmissveis, no Processo' as Provas obtidas por mel

    ilcitos. Aos litigantes exigdo que o processo seja conduzido colealdade e boa-f.

    CoisaJulgadaNingum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de

    ,.rr* p.ri"l cond.enatria. Considera-se coisa julgada a deciso finalpro..rio, sobre a qual no caiba mais nenhum recurso'

    Identificao Criminalo civilmente identificado no ser submetido a identifi

    criminal. Isto significa que aquele que estiver identificado porcumenro oficial,-carteira de identidade, no ser submetido a irtificao por meio de impresses digitais' como termo de inqto policial.

    Ao PrivadaCaber ao penal privada de iniciativa do cidado intere

    do, se no houveipropositura de ao penal pblica pelo Minirio Pblico no Prazo que lhe conferido'

    Publicidade do Processo JudicialAs partes litigantes podero pedir que no se tornem pb

    cos os atos do pt..tto, por interesse de resguardo de sua inmidade ou interesse social.

  • Constitucional

    Priso em FlagranteNingum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem

    escrita e fundamentada de autoridade judiciria comperente, salvo nos-*os de transgresso militar ou crime propriamente militar definidoern lei. Qualquer pessoa do povo pode dar voz depriso contra quemquer que seja encontrado em flagrante delito. Essa priso, todavia, nolnde ultrapassar os limites do razovel, at que o detido seja entregueaautoridade policial, sob pena de o detentor esra cometendo o .ti-.de crcere privado.

    Comunicao da PrisoA priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero

    omunicados imediatamenre ao juiz comperenre e famlia do presoou pessoa por ele indicada.

    Informaes ao PresoO preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de

    permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia edo advogado.

    Identifi ca o daAutoridadeO preso tem direito identificao dos responsveis por sua

    priso ou por interrogatrio policial. Tal conhecimenro possibi-lita ao preso saber a origem de sua priso para, se for o caso, pro-cessar os responsveis pelos excessos cometidos por denun ciocaluniosa ou pelas atitudes em inobservncia da li e atendimentoa seus direitos.

    Relaxamento da PrisoA priso ilegal dever ser imediatamenre relaxada pela auto-

    ridade judiciria, por meio do competenre "habeas corps". con-sidera-se ilegal a priso realizada fora dos casos previitos em leiou condenao judicial.

    Liberdade Provisria

    -

    Ninggm ser levado priso ou nela mantido, quando a Leiadmitir a liberdade provisria com ou sem fiana, .*i.ro os casosde flagrante delito, em virtude de pronncia e mediante ordemescrita da autoridade judiciria comperente.

    Priso por Dvida

    - .No _haver priso por dvida, salvo a do responsvel peloinadimplemento voluntrio e inescusvel de obrigao ali-

    mentcia e a do depositrio infiel.

    fundamentadade autoridadejudiciria,

  • . .A obrigao alimentcia decorre de processo judicial de pdo de alimentos feito por aquele q,r. ..rir d,ireito ..gi-r"r,termos da lei civil.

    , ,, Itj.tra-se priso civil o depositrio de bens que, por o

    honorrios de advogado d"_ pri. contrria, -"r'

    "

    .*.'.uao fisuspensa enquanro no se alterar seu estado de pobreza at o pde cinco anos.

    judicial ou contrato, assumiu.rr .r.*rgo, mas que se recusoufoi responsvel em rornar impossver a devruao a"'""ir" ; g",lhe foi confiada.

    Assistncia JudiciriaO Estado prestar. assistncia integral e gratuita aos queprovarem insuficincia de recursos. A gratuiade da justiia

    cedida a quem no tem condies d. *port"r as despes", d. pr,cessos judiciais, sem prejuzo de seu sustenro ou o de sua famliO. requerente obrigado a comprovar seu estado d. por.r",a lei permire que ,u"

    -.r" decrarao nesse sentido .,," vtrida.,prova em contrrio. o litigante em estado de gratuidade que per!:t_1:?:" ser condenado.o pagamenro d", d.'r;.*, piJrr,r"i,

    es Essenciais de Direito

    Erro Judicirio

    buso de Poder -

    Mandado de Segurana

    o Estado indenizar o condenado por erro judicirio, assimo que ficar_preso alm do rempo fixado na senrena. A indenicorresponder s perdas .

    "or"rro, materiais e rnor"is, bem ,aos lucros cessantes. Entende-se por perdas e danos -*.,i"r,aquilo que a pessoa tinha e p.rdeu im nz:ao do ato ilcito cometido e, os prejuzos que ,ofr.u. Como lucros cessantes entende_s

    a.quilo q.ur l pessoa deixou de ganhar e que ganharia se esdvesse erliberdade. so considerados '"to, morais"os ",o,

    pr"ri.ados erofensa personalidade do indivduo, que atinjam r.r"orr" e digni$;;l*t_* sua liberdade, prejudiqu# ,u" im"g.m po, i.r,j,iria calni9u difamago ou lhe crusem o ou sentimentos ar"gi"aarrJi"i,injustia, Tgstia, abaljon9, d.esespero, isreza

    ".ip.rJ* irr.p,de ordem fsica ou espiritual.fflandado de

    segurana concedido

    para protegerdireito lquido e

    certo noamparado por

    "habeas corpus"ou "habeas

    data".

    conceder-se- mandado de segurana para proreger direilquido e cerro' no amp arado por" "h"u"r'.orprlili.r"u.data" , quando o r.rporrrr.l p.l" ilegalidade o,,

    "U,rro ae oodfor autoridade ou *g.trt. d. j.rro" jrdica no exercci. ;;buies do Poder ptiblico.

  • F\

    -/*_!

    mireitoCEvi I

  • Capitulo,.

    DIREITO CIVIL: PARTE GERAL

    4.1. Pessoas naturais e jurdicas4.1 .1 Pessoa fsica4.1.2 Pessoa jurdica

    4.2, Capacidade jurdica4.3. Emancipao

    4.4. Domiclio4,5. As diferentes classes de bens4.6. Fatos, atos e negcios jurdicos4.7 . Os defeitos do negcio jurdico

    O Direito Civil um ramo do Direito Privado. Trata-se denm conjunto de normas jurdicas que regula as relaes entre aspessoas e entre estas e seus bens. Tais relaes surgem no mbitoda famlia, referem-se s obrigaes que se criam entre os indiv-duos, seja em tazo de lei, seja em funo de contratos ou seja.- decorrncia de fatos alheios vontade humana.

    A parte geral do Direito Civil cuida da teoria das pessoas,isto , os sujeitos de direitos e obrigaes, define a personali-dade civil, a capacidade para o exerccio dos direitos, disperobre o domiclio das pessoas, sua finalidade e importncia,bem como classifica os bens, ou seja, o objeto do direito e tratada teoria dos fatos e atos jurdicos.

    4.1. Pessoas ]laturais e lurdicasPessoa todo ente sujeito de direitos e obrigaes. Pode

    r tatar de pessoa fsica ou Pessoa jurdica. A pessoa fsica o ser humano, a pessoa natural. A pessoa jurdica um agru-pamento de pessoas ligadas por um interesse e fins comuns.

    Pessoa fsica o ser humano, a pessoanatu ra l.

    Pessoajuridicaumagrupamento depessoas ligadaspor um interessee fins comuns.

  • Essenctats38

    I

    I

    'S.3 Pessoa FsicaNasettlrs A existncia da pessoa ftsica comea com o nascimento e termlna

    o ser concebi- com ,o" -ora.. O iascituro o ser concebido no

    ventre matefno'do no ventre mas ainda no nascido. n"t ente protegio pelo Direito civil, de

    materno' mas maneira que seus interesses ficem PffidG caso vea a nascer comainda no nasci- . Ido. Seus direitos

    ',rro". Isso importante' po' ctemplo'-na hiptese de falecimento do

    so protegidos genltof do nasciruro' sm deirar nenhum outro filho' como existe

    pelo Direlo "

    ..p;;;;"" p1t"".1 de esse sr rrsoer com vida' seus direitos ficamcivil. pr.r.*"Jor, fi- de que o panimnio de seupai no seja sucedido

    po, ,rirrg,,m antes dt s"u ff;d'eoto' Nascendo com vida' a crianar.r il;ili;a. O".Se forum netimoto, os herdeiros de seu ge,nitor,.roo.paisdesl,PorurntoosavsPatetnosdonatimor:o:y-"t"acriananascerelogod.p"i'vier.amorrer'nosPorrcosrnstantesque.,rirr.r ira herdado t ti do Pai, bens esses que sero ento herdados

    smor,&nelaocorre quando

    duas ou maispessoas morrem

    na mesma oca-

    sio, sem que sepossa determi-nar qual delas

    morreu primeiro.

    pela me da criang.A morte da pessoa fisica" se no con$atede' pode ser presumida

    para efeitos civis, quando se tnrfitr de pessoa declarada ausente Por um

    i.rtodo de vinte anos. Cpnsidera-seusente e Pessoa que desaparece

    L ,.,, domiclio, esando em lugar incerto e no sabido, aps Processo".* i".im_la a retorna.,eaoo-i, sel patrimnio. Se a pessoat.r.,

    -"i, de oitenta anos desde quando foi considerado ausente' apresuno de falecimento se dan aEs cinco anos'

    Outra questo relacionada com o fim da personalidade e seus

    "rp."io, suessrios diz respeito comorincia. tata-se do fato

    surgido em tazo da dvida que se verifica quando duas pessoasmorrem na mesma ocasio, sem que se Possa determinar qual delas

    ,rrorr.r, primeiro. Nesse-t"'o "

    lei ivit os trata como sendocomorieites, isto , como tendo morrido simultaneamente'

    **.:,: Pessoa JurdicaPessoasjurdicassoentidadesaquealeiconcedepersonali.

    dade, *,,r"rro na rbita do Direito "- p.ttonalidade distinta

    ""Lr" rs indivduos que as compem. Na constituio de uma

    ;;rt* jurdica ",

    p.r"o"i ftsicas destacam de seu patrimnio Pes-soal uma Parte que destinam a comPor o capital da pessoa

    jur-dica, corn-a inteno de se associarem?or meto de estoros co-muns e visando o cumprimento de determinado ob;ettvo'

  • Direito Civil: Parte Geral I

    A existncia da pessoa jurdica comea com a inscrio de seusatos constitutivos, esttutos sociais, contrato social ou compromissosno registro pblico competente e termina com sua dissoluo oulncia.

    As pessoas jurdicas so representadas em juzo ou perantererceiros, por seus representantes legais e conforme estabelecemseus atos sociais.

    QUADRO 4. t:CLASSTFTCAO DAS PESSOAS JURDTCAS

    39

    4.2, Capacidade,!uridlcaO ser humano, desde o momento de seu nascimento at sua

    norte, tem capacidade para ser titular de direitos e obrigaes. Maslsso no quer dizer que todos tenham aptido para o exerccio dessesdireitos e obrigaes do qual so titulares. falta dessa aptido pano exerccio de direitos e obrigaes d-se o nome de incapacidade.O legislador brasileiro estabeleceu os casos em que certas pessoas,1rcr falta de discernimento, isto , falta de maturidade, critrio oujuzo necessrios, so incapazes de entender e decidir o que con-veniente ou no quanto a seus direitos e interesses.

  • g0rt:rrl:::tlli:*]]:

    de habitao.Domiclio

    o lugar em quea pessoa reside

    com nimodefinitivo.Portanto,domiclio

    compreende oconceito de

    residncia maiso nimo

    definitivo.

    Diz alei civil que os incapazes se distinguem em dois grupos,os absolutamente incapazes e os relativamente incapazesl'

    So absolutamente incaPazes:i) os menores de dezesseis anos de idade;ii) os que, por enfermidade ou deficincia mental, no ti-

    verem o ,r.essiio discernimenro para apttica dos atos da videcivil;

    iii) os que mesmo por cusa transitria, no puderem exprimirsua vontade.

    So relativamente incapazes, portanto incapazes aPenes emrelao a alguns atos da vida civil ou ao modo de exerc-los:

    i) os miores de dezesseis anos e menores de dezoito anos;ii) os brios habituais, os viciados em txicos, e os que' Por

    deficincia mental, tenham o discernimento reduzido;iii) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; civ) os prdigos (que fazem gastos imoderados).

    *,3. EmancipaoEmancipao aaquisio da capacidade civil antes da idade le-

    gal.A possibilidade de antecipaso damaioridade concedida por ler,a quem j completou dezesseis anos2, nos seguintes casos:

    -

    i) mediante escritura pblica (awada perante abelio), por concesodos pais;

    ii) por sentena judicial se o menor estiver em regime de tutelaouvido o tutor;

    iii) pelo casamento;iv) pelo exerccio de emprego pblico efetivo;v) pela colao de grau cientfico em curso de ensino suPerior; cvi) pelo estabelecimento civil ou comercial com economia PrPia

    {,,{, Domicilioa pessoa reside com nimo

    Noces Essenciais de Direito

    Domiclio o lugar em quenitivo. Se a pessoa tiver diversasser considerado quaisquer delas.

    residncias, o domiclio

    I Pelo Cdigo Civil de 1916, revogado em 2003, a menoridade cessava aos 2l anos completos. quandopessoa ficava habilitada prtica de todos os atos da vida civil.

    2 Pelo Cdigo Civil de 1916, revogado em 2003, a emancipao s podia se dar aos dezoito anos.

    pessoa e oenvolvendo,

    portanto, a idia

  • Direito Civil: Parte Geral J:ii,,ltri,,,,,li:!{::

    As pessoas jurdicas tm como domiclio o lugar em que secncontra sua sede ou onde funcionam suas diretorias e adminis-trees, conforme designado em seus atos constitutivos (estatutossociais ou contrato social).4.5. As Difetentes Classes de Bens

    Bens so coisas suscetveis de apropriao pelo homem. Os Bensbens teis servem naturalmente ao interesse do homem e pas-sem a ter valor econmico. Se forem raros ou limitados podemser objeto de disputa. O Direito Civil se interessa em discipli-nar as relaes dos homens tendo em vista esses bens.

    Patrimnio um acervo de bens ativos e passivos vincula-dos juridicamente a uma pessoa.

    Os bens podem ser classificados da seguinte forma:i) bens considerados em si rnesmos: imveis e mveis; fungveis

    e infungveis; consumveis e no consumveis; divisveis e indivisveis;singulares e coletivos.

    Bens imveis so coisas insuscetveis de serem transportadasde um lugar para outro sem destruio. So imveis, por exemplo,e superfcie do solo, o subsolo, e os bens que a eles so agregadospelo homem ou pela natureza, com efeito definitivo ou duradou-ro. Bens mveis so bens suscetveis de remoo Por fora alheia.Podem tambm ser dotados de movimento prprio, como no casodos setnouentes, assim considerados os animais que no estejam forado comrcio.

    Bens frrngveis so os que podem ser substitudos por outrosda mesma espcie, qualidade e quantidade, pois so consideradosern seu gnero (exemplo: sacas de caft). Enquanto os bens infungveisso os considerados em sua individualidade (exemplos: uma certacasa, determinada obra de arte).

    Bens consumveis so aqueles cujo uso implica sua imedia-ta destruio (exemplo: gneros alimentcios). Os bens noonsumveis, o contrrio, pode-se deles utilizar sem que isso impliquesua destruio de imediato.

    Bens divisveis podem ser partidos em pedaos sem que isso im-plique perda de sua substncia, enquanto os indivisveis, se forempanidos, perdem sua substncia. O ouro, o granito, o mrmore, umauta, podem ser divididos, podem ter reduzido seu valor econmico,rrus continuam sendo o que eram. Um computador ou um autom-vel deinm de ser o que eram se forem desmontados ou paftidos.

    5a0 colsassuscetveis deapropriao pelohomem.

    Patrimnio um acervo debens ativos epassivosvinculadosjuridicamente auma pessoa.

    Bens imveisso coisasinsuscetveis deserem

    transportadas deum lugar paraoutro semdestrui0.

    Bens mveisso benssuscetveis deremoo porfora alheia.

  • 42 Noces Essenciais de Direito

    Bens singulares so as coisas consideradas de "per si", comoum livro. Bens coletivos so as coisas consideradas em sua univer-salidade. Por exemplo, uma biblioteca.

    ii) bens reciltrocamente consideradoc, principais e acessrios.Chamam-se de principais as coisas que no dependem de

    existncia ou conceito de outra coisa para serem consideradas.Chamam-se acessrias as coisas cuja existncia ou conceito dependemde uma coisa principal.

    iii) bens considerados em relao ao titukr do domnia: benspblicos e bens particulares.

    Segundo a nossa lei civil, so bens pblicos aqueles cujo do-mnio pertence Unio, aos estados ou aos municpios. Todos osdemais bens so considerados particulares. Mas quais so os benspblicos? Exemplificativamente so: os mares, os rios, as rus, as esuadas,as praas, as praias, as pontes, os tneis, os viadutos, as matas e florestasdos parques nacionais, os bens de uso das empresas estatais, taiscomo os edifcios pblicos, as construes, os terrenos de uso emservio das reparties pblicas, as teras devolutas e tantos ou-tros. Os bens pblicos no podem ser vendidos, exceto quandoautorizados por lei; so bens considerados fora do comrcio, bemcomo no sujeitos a usucapio.

    iv) bens considerados em relao suscetibilidade de serem ne-gociados: coisas no comrcio e coisas fora do comrcio.

    Diz o Cdigo Civil que so coisas fora do comrcio as insuscetveisde apropriao e as legalmente inalienveis.

    So insuscetveis de apropriao os bens no econmicos, queno tm valor econmico algum, como a luz do sol, e os bensda sociedade, como uma ponte sobre um certo rio.

    So legalmente inalienveis os bens cuja venda esr proibidapor lei, como a rea do Parque Nacional daTijuca, pelo Decretonq 60.183, de 812167, e como as quedas d'gua e outas fontesde energia hidrulica, existentes em guas pblicas, como deter-mina o Cdigo de Aguas, Decreto ns 24.643, de 1017134, emseu artigo 147.

    v) bern de famlia.Bem de famlia uma instituio que visa proteger com

    clusula de inalienabilidade e de impenhorabilidade determinadopatrimnio que constitua abrigo de famlia contra a ameaa

    dcaqFdidIi!o-

    Icirtl||D

    Idf,

    iIC,Caag

  • Direito Civil: Parte Geral I 43

    de credores. Atualmente a impenhorabilidade do bem de famliavem disciplinada pela Lei no 8.009, de 3013190.

    ,S. Fa*os, &*os e Megcios lurdicosFato um acontecimento localizado no tempo e no espao. Os

    tos podem produzir efeitos jurdicos ou no. H fatos que no produzemefeitos jurdicos, como o rio que corre para o oceano,

    " ch.rrr" q,r.

    cai, o mar que ondula, a pedra que se atira no lago. Esses fatos soacontecimentos da vida sem relevncia jurdica. Todavia, se a chuvaque cai provoca a queda de uma telha mal-conservada sobre umapssoa que anda na rua, tal acontecimento passa a ter relevncia ju-rdica em razo de ser regulado por norma jurdica. A relevnciajurdica a caracrerstica de determinar uma nova siruao jur-dica ou de modificar uma situao jurdica preexistente. Logo,um simples fato ou um fdto simples, passe a ser considerado mfato jurdico, tendo em vista a relevncia jurdica que lhe deu novaqualificao.

    Portanto, fatos jurdicos so os acontecimenros da vida em vir-tude dos quais as relaes de direito nascem, se modificam ou seertinguem. Esses acontecimentos ou eventos na vida do homem,independentemente de sua vonrade, so capazes de criar, extinguir,transferir, modificar ou conservar direitos, bem como ter influn-cia nas relaes jurdicas preexistentes. Assim, fato jurdico o fatoque produz efeitos regulados em norma jurdica. Exemplo: inva-o de um rio sobre as terras, aparecimento de ilha.- ,t- rio ouo falecimento de uma pessoa.

    Ato jurdico o ato humano voluntrio que produz efeitosregulados em lei, sem que o agenre tenha inten de produzirdeitos jurdicos, mas sim como ato de mero poder. Exmplo: afixao de domiclio, ou a gerao de um filho.

    -

    Negcio jurdico, por sua vez, o ato humano voluntrio peloqual o agente rem o propsito de realizar efeitos jurdicos em seuinteresse. Exemplo: os contratos em geral, tais como o de comprae venda, de emprstimo, o casemento, o usufruto, o testamento eoutros. o sujeito tem na lei a prerrogativa de criar relaes jur-dicas, segundo sua vonrade. usando a prerrogativa da lei, a licitudede propsitos e com autonomia de vontad, o sujeito cria rela-es jurdices em conformidade com a ordem social.

    Fat&$!lxr*diealsso osacontecimentosda vida emvirtude dosquais asrelaes dedireito nascem,se modificam ouse extinguem.

    Ato junidleer o ato humanovoluntrio queproduz efeitosregulados em lei,sem que oagente tenhainteno deproduzir efeitosjurdicos, massim como ato demero poder.

  • 44

    o novo cdigo civil substituiu a expresso genrica "ato jurdi-co", pela designa{o especfica hegcio jyt::"' , , ,: t t ^ )^

    P"t" q,.t se constitua um negcioalguns pr.it,tpottos de sua validade:

    i) capacidade do dgente;n) objeto lcito; eii) forma Presmita ern lei.J vimos anteriormente, quando falamos da capacidade

    jur-dica das Pessoas' que existem sujeitos-que no tm. aptido Parao .".r..io de direitos e obrigas. A falta dessa aptido se chamai"."f".ia"de. Os incapazes, Por serem menores de idade ou Por te-remestries mencionadas em lei, no podem o.u esto temPora-riamente impossibilitados de praticar os atos jurdicos.

    AlicitudedoobjetooutroPressuPostodevalidadedoato;"trJi.". rpede-se u. 9 ato.lurdico seja praticado com fina-iid"d. de desrespeitar a lei, de ir contra a moral ou contra osbons cosrumes. A ordem jurdica s d eficcia vontade hu--"rr" quando os atos criadores das relaes

    jurdicas no coli-direm - o. inreresses da sociedade. Exemplo: duas pessoas nopodem contrarar arealizaode-um crime. Alm da ilicitude penal'

    io, ,. tramr de ato considerado criminoso',que poder vir a serpraticado ou no, a lei civil no atribui eficcia a esse ato, dcmaneira que entre as partes e tercelros ele ser considerado nulo"como ,. t o tivesse tido f.ito, no podendo suas Partes contr&tantes discutirem tais obrigaes em iuzo'

    Avalidade dos negcio] jrdicos e das declaraes de vontadsno exige forma espcial, exceto quando a lei expressamen:cexigir .l fot-". Para alguns negcios jurdicos serem prati-."d"o, e terem validade, lei e"ige que sejam observadas cer-

    jurdico h necessidade de

    tas formalidades, visando: to,""' -"is facil a prova de sua exitncia; no deixar dvidas quento a sua real constituio; Proteiol irrr.r.rres das Partes; evitar que a vontade de um delesmostre viciada e, at mesmo' Para mostrar aos contraentesi-por,arr.ia e seriedade dos.

    "tot .qot,est,o praticando'-c

    " drr"lid"de de que no tenham dvidas de que

    -realmente[".t.- praticar. Exemplos de atos que-exigem formalidadespeciais: o casd.rnento, a comPra e aenda de imueis' o tes*)oro, a. constituio de sociedade, o registro de nascimentofilho, a adoo e outros.

  • Direito Civil: Parte Geral l' r,iilril,:l::tll:i:ii::,:l:g5l

    4.7. Os Deeitos do llegcio turdicoFoi visto anreriormenre que o negcio jurdico um ato de

    vontade que, realizado em conformidade com os ditames legais, geradeitos na rbita do direito e confere ao agenre o objetivo visado.

    Ocorre, todavia, que estando o negcio contaminado comelgum vcio ou defeito; se realizado sem obedincia aos manda-mentos e s formalidades legais, moral e aos bons costumes,e se o agente no capaz e o objeto no lcito, tal negcio podeser invlido, ineficaz ou considerado inexisrenre.

    Assim, os atos podem ser:i) nulos;ii) anulveis; ouiii) inexistentes.So nulos os negcios viciados em sua substncia, no pro- Neociosduzindo, por isso, quaisquer efeitos. O negcio j nasce n,rlo . nuior- --

    por isso no produz nenhum efeito. Segundo a lei civil, so nu- so os negcioshs os negcios: viciados em sua

    i) praticados por agenre absolutamente incapaz; substncia, noii)^quando .eu objto for ilcito ou impossvel; tlldl1il9i:pttiii) m que foi prerida alguma soleniade q,r.

    "

    lei considera rssqquarsquer

    .ssencial paa a. validade do negcio; erv) quando a lei taxativamenre o declarar nulo ou lhe negar efeito.

    ^ P9. exemplo, o casamenro de pessoas j casadas. Num jogo de

    futebol, nulo o gol marcado pelo gandula.

    -

    So anulveis, por sua vez, os atos viciados apenas quanto a sua Negciosfrrrra e no quanto substncia. Porranro, so anulvis os neg- anveiscios jurdicos quando praticados por agenre relativamente incapaz so os negcios(por exemplo, o casamento de menor de 18 anos sem autorizao de viciados apenasembos os pais3). se no houver alegao do vcio pelos interessados, 1111t^i:i'9 n9ggiolurdico adquirir valide. No mesmo exemplo do jogo l|jlotJtode futebol, anulvel o gol marcado em impedimento. S. o go no J,ii.|i..frr anulado, apesar da irregularidade, adquirir plenitude defeitos.kr outro lado, so anulveis os negcios jurdicos nos rermos do novoCdigo Civil quando praticados por erro, dolo, coao, estado depengo, leso ou fraude conrra credores.

    I Ho Cdigo Civil de 1916, revogado em 2003, os menores de 2l anos podiam se cirsa[ mas era mister atnortzao de ambos os pais.

  • 46 Noes Essenciais de Direito

    Considera-se erro quando o agente praticou o ato inspinum engano ou desconhecendo a realidade.

    D-se o dolo quando o erro praticado em procedimentolicioso, em que o agente, por ao ou omisso consciente, induzoutro a erro, tirando vantagem disso.

    Existe acnao quando um indivduo, sob presso ou ameaaijusta e grave, se v obrigado a concordar