noção básicas de administração financeira
TRANSCRIPT
Curso: Técnico em Segurança no Trabalho Disciplina: Administração Aplicada em
Saúde e Segurança no Trabalho
Apresentado por R Gómez Graduado em Administração de Empresa
Especializado em Gestão Empresarial
Com habilidades em: Administração geral, supervisão geral,
gerência, direção, acessória empresarial, processos
empresariais, gestão estratégica, qualidade organizacional,
custos, gestão financeira, gestão de pessoas, gestão de
serviços, logística, produção, marketing, inovação,
recrutamento de pessoas, Recursos Humano (RH), gestão
do conhecimento, relações de comércio exterior, aplicação
da psicologia positiva, palestra motivacional e
comportamental.
Noções básicas sobre Administração financeiro
Conceitos básicos de administração financeira
A administração financeira visa a uma maior rentabilidade possível sobre o investimento efetuado pelos sócios ou acionistas, através da melhor utilização de recursos, de modo geral, escassos. Por isso, todos os aspectos de uma empresa estão sob a ótica da administração financeira. A administração financeira está estritamente ligada à Economia e Contabilidade, e pode ser vista como uma forma de Economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos, como também em dados contábeis para suas análises.
Dependendo do nível em que estivermos atuando, a
administração financeira pode ser muito complexa. O que
não será o nosso caso. Trataremos de conceitos básicos
que todo empreendedor individual, micro e pequeno
empresário deve saber.
Levando em conta empresas já em pleno
funcionamento, encontraremos na maioria delas poucos
controles financeiros efetivos. E será sobre esse assunto
de fundamental importância que iremos tratar.
O estoque é tão importante que todo
empreendimento deveria designar um “ministro”.
O ministro do estoque. É nesse setor que os
empreendimentos começam a encontrar problemas
crônicos. Estes se refletirão no financeiro: capital de giro,
contas a pagar, investimentos e depois na vida pessoal
dos sócios. Vejamos o porquê disso. Para que o estoque
seja bem administrado é preciso que tenhamos a Curva
ABC. Esta curva consiste em listar em ordem crescente
ou decrescente (opção do gestor) os produtos que têm
participações maiores, medianas e menores tanto em
faturamento quanto em volume de vendas.
Assim, nela encontraremos os produtos que respondem pelo maior volume de vendas e faturamento; estes não podem faltar. Com base nesses dados faremos as programações de compra e venda. Haverá sempre a necessidade de um estoque mínimo. Mas apenas o suficiente para a empresa suportar um possível atraso na entrega de seus fornecedores. Nada de comprar exageros.
Alguns empreendedores acham que se o estoque estiver baixo isso é sinal de que o negócio vai indo mal. Não pega bem junto aos clientes. Ora, o estoque precisa de rígido controle, não necessariamente ser lotado até o teto. O que não pode acontecer é faltar aquele produto responsável pelo maior faturamento da empresa. A Curva ABC serve para dar esse norte para a empresa. É um belíssimo relatório financeiro.
A compra de matérias primas ou produtos acabados
em excesso traz diversos inconvenientes. Entre eles, o
principal é o comprometimento do capital de giro. Afinal,
estoque parado é dinheiro que não rende. E esse dinheiro
“congelado” fará falta em algum outro momento.
Com necessidades de caixa, o gestor buscará
socorro junto a bancos, financeiras ou agiotas (isso é
muito mau), descontando cheques ou duplicatas. Mas o
pior de tudo é quando usa o limite de cheque especial e
de cartão de crédito, tanto de pessoa física como de
jurídica. Com a chegada do desespero, é muito comum o
empreendedor tomar medidas precipitadas, impensadas.
Essas poderão levar péssimas consequências ao
prosseguimento do negócio.
Outro ponto importante é a conciliação bancária,
contas a pagar e a receber.
Tendo um controle aperfeiçoado sobre o fluxo de
caixa, a empresa saberá com antecedência quando
haverá sobra ou falta de dinheiro. Com isso, sua
programação financeira será realista. Nunca se
esquecendo de usar o princípio da prudência: pagará tudo
e não receberá nada. Assim, o empreendimento deve
contar com um volume tal de recursos que possa suportar
todas suas despesas fixas. Além das variáveis (afinal,
houve vendas) e com fornecedores (houve compras). Mas
se houver excesso no estoque...
A melhor maneira de se financiar a custo baixíssimo
é através de seus fornecedores de produtos (matéria
prima, produtos acabados, maquinários etc). Não que as
vendas a prazo não possuam juro embutido. Geralmente
há. Entretanto, se houver diferença entre os valores à
vista e a prazo, essa diferença será lançada como
despesa financeira, e não como custo.
Custos é uma arte. E como tal deve ser tratada.
De nada adianta uma produção otimizada, a melhor
força de vendas, logística impecável, recursos humanos
bem treinados e motivados se o preço praticado estiver
com sua formação errada. Poderá estar vendendo muito e
tendo até mesmo prejuízo, como vendendo abaixo do que
poderia justamente porque o preço está superavaliado.
Com isso não consegue ganhar mercado. Perdendo
faturamento e lucro. Que é o que um negócio deve gerar
para seus sócios ou acionistas.
Muitos empreendedores compram determinado produto e colocam, por exemplo, um mark up de 2,00, ou seja, acrescentam 100% sobre o preço de custo. Isso apenas na intuição. Quando o correto é fazer uma planilha de custos. Nela, serão colocados os custos fixos e variáveis acrescidos da margem de lucro desejada. Entre os valores em percentuais que devemos lançar nessa planilha estão as despesas administrativas, comerciais, custos de produção (indústria)/comercialização (comércio e serviços), os impostos sobre a venda (ICMS, PIS/COFINS) e, é claro, a margem de lucro. Podemos dizer que preço = custos + despesas + lucro. Assim, o preço alcançado será aquele que atende os objetivos da empresa. A partir daí, comparações com a concorrência poderão ser feitas.
Após a elaboração dos custos haverá o controle
sobre o lucro, que se destina a corrigi-lo quando o mesmo
é insatisfatório. Ou seja, se a meta não for alcançada,
correções de rumo precisarão ser efetuadas. Sejam elas
nos custos, nas despesas ou no lançamento ou extinção
de produtos/serviços. Por outro lado, se o lucro desejado
for atingido, a empresa deverá se esforçar ainda mais
para que no próximo exercício financeiro esse resultado
positivo se repita. O controle deverá ser ainda mais
rigoroso na administração financeira do empreendimento.
Afinal, o novo ditado é “em time que está ganhando
também se mexe”.
As micro e pequenas empresas são 98% daquelas
em atividades, empregando 67% da mão de obra, tendo
participação de 20% do PIB.
PRINCIPAIS CAUSAS DA MORTALIDADE DAS EMPRESAS ABERTAS
características empreendedoras (conhecimentos,
habilidades e atitudes insuficientes);
falta de planejamento antes da abertura;
falta de políticas de apoio (peso dos impostos,
burocracia, falta de crédito e de política de
compras governamentais);
baixo crescimento da economia (demanda fraca e
concorrência forte);
problemas de saúde, particulares, com sócios, de
sucessão e a criminalidade prejudicam o negócio;
deficiência na gestão do negócio, após a abertura (ex:
aperfeiçoamento de produtos, fluxo de caixa, propaganda
e divulgação, gestão de custos e busca de apoio/auxílio).
Os números apresentados acima são assustadores.
Por isso, não caia na mesma armadilha. Planeje bem seu
negócio. Se precisar de ajuda, procure. Não seja
orgulhoso.
O sucesso será consequência de uma boa administração
financeira.
As empresas são criadas para gerar riqueza para os
sócios ou acionistas. Para isso elas precisam produzir,
comercializar ou prestar serviços. São necessários, então,
a aquisição de insumos, matérias primas ou produtos
acabados. Estes nem sempre são pagos à vista, assim
como os clientes também pagam a prazo uma grande
parcela dos produtos e serviços adquiridos.
Mesmo com disponibilidades em caixa/bancos,
muitos gestores preferem contrair empréstimos ou
financiamentos (principalmente estes) no momento em
que decidem ampliar seus negócios, seja reformando
imóveis, adquirindo móveis, maquinários, peças e até
mesmo outras empresas. Esta escolha se dá para que o
empreendimento não se descapitalize e possa enfrentar
problemas contingenciais com mais tranquilidade que
outros que não se preveniram.
Mesmo com disponibilidades em caixa/bancos,
muitos gestores preferem contrair empréstimos ou
financiamentos (principalmente estes) no momento em
que decidem ampliar seus negócios, seja reformando
imóveis, adquirindo móveis, maquinários, peças e até
mesmo outras empresas. Esta escolha se dá para que o
empreendimento não se descapitalize e possa enfrentar
problemas contingenciais com mais tranquilidade que
outros que não se preveniram.
Com contas a receber de seus clientes, a pagar a
fornecedores (inclui-se água, luz e telefone) e bancos
(que também é um fornecedor - de capitais), além dos
salários de seus colaboradores, as empresas necessitam
possuir apurado controle de suas finanças. Imagine o
gestor chamar seus colaboradores e dizer que descobriu
na hora de fazer os pagamentos que não há dinheiro
suficiente para cumprir essa obrigação. Revolta total. E
fim de credibilidade junto ao mais importante parceiro, o
funcionário. Por isso deve ser tomadas as decisões,
sendo o mais sensato usar o princípio da prudência.
Deve-se levar em conta que todas as obrigações
serão pagas em dia, mas nem todos os direitos serão
recebidos na data combinada. Para isso, toda empresa
deverá possuir estudo mostrando o nível de
inadimplência. Desta forma, na data combinada, dia 15
por exemplo, lança-se R$ 100,00 e imediatamente o
redutor de 5% (outro exemplo) como provisão para
devedores duvidosos. Mesmo que haja certeza absoluta
que aquele cliente nunca atrasa. Nunca atrasou, mas...
Precaução e caldo de galinha não fazem mal algum.
FATURAMENTO
Faturamento não é lucro Um erro muito comum na administração de
negócios cometidos pelos iniciantes e mesmo pelos
experientes é misturar pessoa física com pessoa jurídica.
A pessoa física (ou natural) faz parte do corpo social
de uma organização, seja ela com ou sem fins lucrativos.
A pessoa jurídica é a forma personalizada e legal de
representar uma organização. São, portanto, entes
distintos e com finalidades diferentes.
Quando uma pessoa jurídica inicia suas atividades,
gera receitas e despesas, envolvendo seus sócios,
colaboradores e os mais diversos tipos de fornecedores.
Sendo que a vida particular dos sócios continua, com
suas obrigações pessoais com água, luz, telefone,
financiamentos, escolas etc. E é aí que mora o perigo.
Na maioria das vezes por pura falta de informação e
preparo, os gestores de seus negócios retiram dinheiro do
caixa de suas empresas para fazer pagamentos de contas
particulares, o que é errado. Cada sócio que trabalhar na
empresa deverá ter seu salário (pró-labore) suficiente ou
próximo ao que ganhava antes de se tornar empresário.
Não dá para a empresa pagar cada centavo das
despesas de cada sócio. Esse é o começo do fim de um
negócio.
Não é porque é dono de algum empreendimento
que essa pessoa jurídica tem a obrigação de liquidar com
os deveres dos sócios. Assim está tudo errado.
O empresário precisa se conscientizar da
necessidade de separar as contas e fortalecer a empresa
na qual investiu suas economias (muitas vezes de seu
cônjuge, parentes e amigos). Afinal, será dos resultados
(positivos) desse empreendimento que os sócios poderão
estabelecer suas retiradas legais.
Com o crescimento sustentado do negócio, com o
tempo haverá a possibilidade de aumento nos pró-
labores, e os sócios atingirão, então, um padrão financeiro
e econômico mais elevado. Muitas vezes bem maiores do
que quando iniciaram seus negócios. Mas isso leva
tempo. Nada de precipitação. Não se pode quitar todas as
contas que se acumularam ao longo de anos em poucos
meses de empreendimento.
Vamos frisar bem: sócios têm pró-labore. Sem essa
de tirar do caixa da empresa todas as suas necessidades
financeiras. Pessoa jurídica tem faturamento, e
faturamento não é lucro.
Faturamento é o total arrecadado pela empresa ao longo de
um dia, mês ou ano. Ao final de um período qualquer.
Lucro é o resultado final positivo das atividades de uma
empresa com fins lucrativos após os pagamentos de suas
despesas com compras e manutenção de todas as atividades
organizacionais.
É do lucro que sairá a retirada dos sócios, que deverá ser
previamente estabelecida. Portanto, se o empreendimento
em determinado período não der lucro, a retirada dos sócios
ficará impossibilitada. Essa é a maior dificuldade de
compreensão.
Para alcançar o objetivo principal de todo
empreendimento com finalidade lucrativa, a administração
financeira se torna essencial. Por isso, investir em
controles eficientes dará aos seus gestores uma visão
mais clara e objetiva do que está passando na
organização. Assim, suas decisões serão as mais
próximas possíveis das necessidades da empresa.
Errar todo mundo erra. Mas com uma gestão financeira
eficiente, esse erro ficará minimizado.
ATIVIDADE
01 – O que visa Administração financeira? Comente:
02 – Faça um comentário sobre a diferença de
Faturamento do Lucro: