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VidaEconómica EMPRESAS, NEGÓCIOS, INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO SUPLEMENTO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO RAMO AUTOMÓVEL N.º 240 Entrevista Fiat 500 Retalhistas esperam 2011 de sérias dificuldades • Vendas até Outubro 5% mais baixas do que em 2008 (comparação com 2009 é enganadora) Apresentação Lexus baixa emissões no IS Procura de alternativas ecológicas aumenta com retoma da indústria automóvel mundial Indica o estudo Cars Online, da Capgemini com motor 0.9 turbo

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Page 1: N.º 240 - Vida Económica | economia, imposto, código fiscal, … · 2010-11-19 · qualidade, formação, ambiente e saúde, higiene e segurança no tra-balho. ... Fernando Pinheiro,

VidaEconómicaEMPRESAS, NEGÓCIOS, INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

SUPLEMENTO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO RAMO AUTOMÓVEL

N.º 240

Entrevista

Fiat 500

Retalhistas esperam 2011 de sérias dificuldades• Vendas até Outubro 5% mais baixas do que em 2008 (comparação com 2009 é enganadora)

Apresentação

Lexusbaixa emissões no IS

Procura de alternativas ecológicas aumentacom retoma da indústria automóvel mundialIndica o estudo Cars Online, da Capgemini

com motor 0.9 turbo

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O franchising Oficina CER-TA (de Centro Especializado em Reparação Tecnológica Automó-vel) da ARAN está em marcha. Os associados ARAN, passam, assim, a poder ter uma sigla que transmite confiança ao cliente, através da qualidade dos serviços prestados e rentabilizar o seu ne-gócio. Isto com um investimento reduzido.

O Oficina CERTA é um fran-chising que permite às empresas associadas obter o reconhecimen-to junto do cliente, transmitindo-

lhes uma imagem de confiança, qualidade, transparência, garan-tia e respeito pelo ambiente no serviço prestado. Esta é uma ini-ciativa que pretende, recorde-se, cativar as oficinas independentes associadas, a implementarem um sistema simples e facilmente assi-milado, que lhes permite aumen-tar a competitividade em relação ao mercado.

O projecto de franchising as-senta na concessão da sinalética Oficina CERTA às empresas que cumpram os requisitos pré-

estabelecidos pela ARAN. Estes foram definidos com base na legislação em vigor e nas nor-mas portuguesas e europeias de qualidade, formação, ambiente e saúde, higiene e segurança no tra-balho. A ARAN desempenha um papel de regulação, dinamização e divulgação do projecto, apoian-do a sua implementação nas em-presas aderentes e executando as necessárias auditorias.

Com a Oficina CERTA, o

objectivo último da ARAN é o reforço da capacidade concor-rencial dos associados. Isso é con-seguido auxiliando-os na con-cepção e implementação de um sistema de gestão da qualidade à sua medida, que seja reconhecido e procurado pelo consumidor fi-nal, permitindo-lhes ao mesmo tempo a participação num grupo de excelência, que partilha uma imagem comum sustentada pela sua associação do sector.

Medidas previstas para 2011 como o fim do incentivo ao aba-te de viaturas em fim de vida, o aumento do IVA e do ISV, conju-gadas com a mais do que provável retracção económica e eventual aumento da taxa de desemprego, fazem com que Mário Aguiar, responsável pela Citiauto, esteja pessimista para o que aí vem. “O próximo ano deverá ser um ano muito mau para o nosso sector, talvez o pior desde a liberalização do mercado automóvel”, antecipa o administrador da empresa se-diada em Vila Nova de Gaia.

A mesma fonte prevê que em 2010 o mercado “vai ter um cres-cimento superior a 25%”, mas avisa que apenas uma “leitura simplista indicia uma grande me-lhoria na actividade” do sector automóvel nacional. “O termo de comparação deveria ser o ano de 2008 e não o de 2009, que foi um ano atípico (pela pronunciada quebra nas vendas). Obviamente

que a seguir a uma grande queda vem uma recuperação (a celebre curva em V) pelo que estas si-tuações deverão ser considera-das transitórias”, exclama Mário Aguiar.

O responsável pela concessão Honda, e por um representante Chevrolet e Suzuki, explica que a comparação de 2010 com 2008 reflecte um crescimento “muito menos pronunciado”, na ordem dos 5 a 6%. “Este crescimento está em linha com a evolução que se verificou a partir de 2004, com a excepção do referido ano de 2009”, defende.

Mercado com cada vez menor dimensão

Fruto destes factores, Mário Aguiar avisa que o próximo ano vai ter uma característica muito peculiar: “Vamos assistir a uma recuperação das vendas na Euro-pa e uma queda abrupta das mes-

mas em Portugal”.O entrevistado prevê, por isso,

dois fenómenos “bastante pena-lizadores” para os operadores do sector em Portugal, concentração de operadores num menor nú-mero e o abandono das marcas de menor dimensão da sua acti-vidade em Portugal, substituindo as operações nacionais por outras centradas noutros países.

De acordo com Mário Aguiar,

“acresce ainda o facto de os maio-res fabricantes deixarem de se preocupar com mercados exí-guos e em contracção a favor dos maiores e, sobretudo, aqueles que apresentam maiores taxas de cres-cimento”. O empresário dá como exemplo uma recente visita que fez à China: “Em Xangai entram diariamente duas mil viaturas no-vas em circulação. Só nesta cida-de.”

IIIsexta-feira, 19 Novembro de 2010

Prevê Mário Aguiar (Citiauto)

2011 pode ser “o pior ano desde a liberalização do mercado automóvel”

Tentar encontrar oportunidades

nos “escombros” das dificuldadesAs medidas adicionais de aus-

teridade previstas no Orçamento de Estado para 2011 são, não é novidade para ninguém, sinóni-mo de mais dificuldades para a economia portuguesa. O sector automóvel, em particular, vai so-frer no próximo ano com grandes esmagamentos de margens, tanto na perspectiva quantitativa como qualitativa.

Convém, contudo, tentar ter uma perspectiva optimista e ter em mente que, por vezes, no meio das dificuldades surgem as oportunida-des. Isto para dizer que os usados poderão ser um bom canal de ne-gócio para os operadores. Entendo, de facto, ser uma boa altura para os concessionários de marca apos-tarem no nicho de mercado de via-turas usadas recentes, por exemplo até quatro anos, pois trata-se de automóveis que ainda podem, na maioria dos casos, apresentarem um bom estado e ser alvo de fácil garantia, por parte de quem ven-de. Conforme vendem novos, os concessionários podem ter ao lado automóveis usados, sobretudo das marcas que representam. Algumas dessas viaturas até poderiam ser, porque não, importadas de outros países europeus, desde que recen-tes, obviamente com atenção às emissões de CO2 e sua implicação nos custos fiscais de legalização em Portugal.

Também as empresas que não são concessionárias oficiais de marca podem ter nos automóveis usados uma oportunidade. É, aliás, por essa razão que a ARAN está a lançar o conceito Usado CERTO, franchising idêntico ao Oficina CERTA, aqui aplicável a stands de automóveis.

Aquilo que defendemos na ARAN é, portanto, separar as áreas em três: concessionários, operadores de usados organizados com alguma dimensão (portanto, passíveis de serem franchisados do Usado CER-TO) e operadores mais pequenos, que comercializarão viaturas mais antigas, nomeadamente as que dei-xarão de ir para abate.

A propósito do fim do incenti-vo ao abate de viaturas em fim de vida, esta medida é muito gravosa – que fique claro – para o sector e para a sociedade em geral, pela via ambiental e da potencial menor segurança rodoviária. No entan-to, esta má medida pode ser uma oportunidade para as pequenas ofi-cinas, já que algumas das viaturas que poderiam ser desmanteladas vão continuar a circular e a neces-sitar de manutenção.

EDITORIAL

ANTÓNIO TEIXEIRA LOPESPresidente da direcção da ARAN

Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo AutomóvelDirector: António Teixeira Lopes Redacção: Aquiles Pinto, Fátima Neto, Bárbara Coutinho, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Tânia Mota, Sérgio Moreira, Sónia Guerra e Vítor Pimenta; Arranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Fernando Pinheiro, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida; Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.pt Periodicidade mensal Distribuição gratuita aos associados da ARAN

Ficha técnica

Solicite informações aos serviços da ARAN

Franchising Oficina CERTA já em andamento

Afirma o responsável pela Armada Car

Seguradoras continuam “a dificultar a vida”“As coisas estão complicadas

e não é só a nível da economia, em alguns casos, são algumas seguradoras a dificultar-nos as vida”, garante Manuel Vieira, sócio-gerente da Armada Car. “Continuamos a sentir o proble-ma das seguradoras. E posso até mencionar qual é a seguradora que mais o faz: a Tranquilidade”, refere o responsável pela empre-sa de Braga, associada da ARAN desde 2006.

Manuel Vieira destaca, entre as alegadas dificuldades impostas pelas seguradoras, as peças a co-locar pelas oficinas nas viaturas

sinistradas. “É a arrogância de quererem que a se aplique mate-rial alternativo, que não é igual ao original. E querem obrigar a fazer isso em veículos de 2005, 2006 e 2007, o que não deve ser feito. São carros que ainda têm bom valor comercial”, afirma o res-ponsável pela Armada Car.

A mesma fonte recorda que, além disso, os “call centres” das companhias “tentam desviar o serviço” das oficinas. “Mas isso já é em todas as companhias de seguros”, garante Manuel Vieira. Esta é uma questão antiga para a Armada Car, que foi uma das pri-

meiras empresas do sector a aler-tar para o relacionamento com as seguradoras.

“O facto de sermos associados da ARAN acaba por ser uma boa ajuda nesta questão”, reconhe-ce. Isso e a postura da empresa. “Acompanhamos o processo muito de perto e as peritagens são marcadas aqui, excepto aqueles clientes que tomam a iniciativa de ir directamente à companhia. Nesses casos, temos dificuldades, porque os clientes nem sempre estão alertados para a situação podem deixar-se ir. Há o risco de haver argumentos falsos, como

por exemplo o da garantia de dois anos da reparação, quando esse prazo é obrigatório por lei para todas as oficinas. Eu nem dou dois anos, dou garantia vitalícia, que é diferente”, acrescenta.

Tendo em conta as dificuldades da economia e do sector automó-vel, Manuel Vieira admite que, se fosse, hoje, “talvez apostasse” noutra actividade. A verdade, porém, é que são já 25 anos de ligação do empresário à reparação automóvel, os últimos cinco com a Armada Car (Manuel Vieira não conseguiu registar a anterior designação).

REQUISITOS OFICINA CERTA1 Ser associado da ARAN2 Cumprimento dos requisitos legais3 Cumprimento de requisitos ambientais, de segurança, higiene

e medicina no trabalho 4 Asseio, qualidade e profissionalismo perante o cliente 5 Procedimentos de garantias perante os clientes 6 Seguros obrigatórios 7 Cumprimento do plano anual de formação 8 Existência de página de Internet 9 Sinalética Oficina CERTA (interior e Exterior)10 Adesão ao CASA (Centro de Arbitragem do Sector automóvel)

Mário Aguiar avisa que apenas uma “leitura simplista indicia uma grande melhoria na actividade” do sector automóvel nacional” em 2010.

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Ford Lusitana opera reorganização de directores

A Ford Lusitana fez uma reestru-turação organizacional, através da no-meação de novos directores nas difer-entes áreas operacionais. De acordo com a filial da marca, esta reorganização, que é feita com os quadros internos da em-presa, vem no seguimento da estratégia “de cruzamento de experiência e for-mação de quadros globais”.

Carlos Martins (43 anos, licenciado em Engenharia Mecânica e com um MBA em Gestão), até à data responsável pelo departamento de marketing, as-sume agora a direcção das vendas a frotas e remarketing. Duarte Vasconcelos (38 anos, licenciado em Economia e com um MBA em Gestão) toma agora a lid-erança do departamento de marketing, depois de ter estado cerca de dois anos à frente da área de vendas. João Ferro (42 anos, licenciado em Gestão), que anteri-ormente liderou o negócio de pós-venda, passa agora para a direcção de vendas. Miguel Branco (36 anos, licenciado em Engenharia Mecânica), passa a partir de agora a liderar o departamento de veículos comerciais, depois de seis anos à frente do departamento de frotas e re-marketing. Pedro Paula Pinto (37 anos, licenciado em Engenharia Mecânica) deixa a área dos veículos comerciais, as-sumindo agora a direcção de pós-venda.

De referir que os restantes elementos da direcção da Ford Lusitana mantêm-se nos seus cargos: Anabela Correia na área de comunicação e relações públi-cas, Jorge Ramos nos recursos humanos,

Patrícia José na contabilidade e Raul Moita nas operações com a rede de con-cessionários.

O presidente da Ford Lusitana, Diogo Resende, confia no sucesso dos profis-sionais nas novas funções. “Conhece-dores da realidade da indústria nacional, pelas suas anteriores funções em outras áreas de negócio, todos eles estão perfei-tamente aptos a responder às exigências dos cargos que agora assumem. Eles inte-gram um grupo executivo em que todos

os elementos dispõem já de uma enorme experiência do sector e que constituem uma mais-valia em termos futuros para que a Ford Lusitana possa continuar a sua trajectória de desenvolvimento sus-tentado com base na qualidade e cresci-mento. Esta rotação de responsabilidades e cruzamento de conhecimentos vem permitir desenvolver as equipas e que cada executivo aporte uma nova exper-iência e visão para a área que irá liderar”, refere Diogo Resende.

sexta-feira, 19 Novembro de 2010IV

Gigante nos pesados

VW prepara fusão da MAN e da Scania

O grupo automóvel Volkswagen (VW) está a preparar a fusão da MAN e da Scania. O objecti-vo é criar um gigante no segmento dos pesados. Por resolver estão ainda problemas de carácter comercial e legal.

Há já algum tempo que a VW quer avançar com este projecto de integração, no sentido de poten-ciar o negócio dos veículos comerciais, no âmbito do grupo alemão. A VW é o primeiro accionista de ambos os fabricantes de veículos industriais. Detém quase 71% dos direitos de voto da Scania, bem como perto de 30% dos títulos da MAN. Por sua vez, a MAN tem uma participação de 13,5% do capital da sua congénere e quase 17,4% dos seus direitos de voto. Isto depois de a empresa ger-mânica ter lançado uma OPA hostil sobre o grupo sueco, a qual foi depois retirada.

Importa notar que as Scania e a MAN há já al-gum tempo têm projectos para gerarem sinergias nas áreas da investigação e do desenvolvimento, da produção e do abastecimento. Ou seja, havia a intenção de uma cooperação mais estreita e a VW quer agora impulsionar essa mesma coope-ração entre os dois construtores. Resta saber se, caso se verifique a referida integração, as marcas vão manter as suas insígnias no mercado dos pe-sados.

Um outro aspecto que levanta dúvidas tem a ver com assuntos de carácter legal e comercial. Só depois de estes problemas estarem resolvidos é que será possível avançar com a fusão. Quanto às empresas envolvidas, as respectivas adminis-trações apenas adiantam que querem gerar valor para os seus accionistas e que nada está ainda resolvido.

Sandra Ferro é, desde 1 de Novembro, a directora de re-lações públicas da Mazda Mo-tor de Portugal. A profissional assume, assim, a título oficial uma função da qual se ocupava interinamente desde Fevereiro último.

Com mais de 12 anos de ex-periência no sector e 11 anos de quadro da Mazda Motor de Portugal, Sandra Ferro desempenhou as funções de assistente da direcção geral e, simultaneamente, da direcção de relações públicas. “Agora,

aos 40 anos, assume a respon-sabilidade de uma direcção que não só conhece profunda-mente, como é assumida pela própria empresa como de uma importância fulcral”, adianta a filial da marca japonesa em comunicado.

Sandra Ferro assume relações públicas da Mazda Motor de Portugal

A Mercedes-Benz Portu-gal nomeou Nuno Mendonça como novo director de vendas automóveis para as marcas Mer-cedes-Benz e Smart, integrado na direcção-geral de vendas e mar-keting de automóveis da filial na-cional do grupo alemão.

Nuno Mendonça, que antes desempenhava funções de direc-tor de marketing e comunicação, assumiu as novas funções já em Outubro, acumulando-as com a responsabilidade de porta-voz da Mercedes-Benz Portugal. André Silveira, que era respon-sável pela área de relações com imprensa, assumiu responsabili-dades adicionais nas áreas de re-lações públicas, eventos, CRM e Internet.

A Suzuki Motor Corporation registou crescimentos, quer em vendas, quer em lucros, na pri-meira metade do ano fiscal de 2010 (os exercícios fiscais nas empresas japonesas decorrem de Abril a Março). O grupo obteve vendas consolidadas no valor de 1,318 mil milhões de ienes (11,775 milhões de eu-ros), mais 137,2 mil milhões de ienes (1,225 milhões de euros), ou 111,6%, do que em período equivalente ao do ano anterior. A Suzuki justifica a subida com o aumento das vendas de automó-veis no Japão e de motociclos na Ásia, em contraciclo às quebras de vendas registadas na América do Norte e Europa.

Quanto aos lucros conso-lidados, o grupo registou um resultado operacional de 68,8 mil milhões de ienes (614,28

milhões de euros), ou seja, mais 37 mil milhões de ienes (330,36 milhões de euros) do que há um ano. As receitas ordinárias fo-ram de 74,9 mil milhões de ie-nes (668,75 milhões de euros), mais 35,8 mil milhões de ienes (319,64 milhões de euros) e o lucro líquido foi de 30,4 mil milhões de ienes (271,43 mi-lhões de euros), mais 17,9 mil milhões de ienes (159,82 mi-lhões de euros). Estes resultados deveram-se, segundo a Suzuki Motor Corporation, ao aumento das vendas e a uma diminuição de custos, que cobriram os redu-zidos lucros causados pelas va-riações cambiais e o aumento de despesas várias, das relacionadas com pesquisa e desenvolvimento e de outras depreciações.

No que se refere aos resultados operacionais do sector automó-

vel, as vendas cresceram 13,7%, para 1,168 mil milhões de ienes (10 443 milhões de euros), mais 140,7 mil milhões de ienes (1256 milhões de euros) do que no mesmo período fiscal de 2009. Já os lucros operacionais cresce-ram 111,8% para 68,4 mil mi-lhões de ienes (610,71 milhões de euros), ou seja, mais 36,1 mil milhões de ienes (332,32 milhões de euros). A explicação do grupo para o crescimento é o aumento das vendas no Japão e outros países asiáticos, como a Índia e Indonésia.

Previsões revistas em alta

Tendo em conta os resultados da primeira metade do ano fis-cal de 2010, o grupo reviu em alta as previsões para o presente ano.

Nuno Mendonça dirige vendas da Mercedes

No primeiro semestre do ano fiscal de 2010

Lucros da Suzuki em crescimento

João Ferro, Duarte Vasconcelos, Pedro Paula Pinto, Miguel Branco e Carlos Martins (da esquerda para a direita) trocam de cargos.

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Indica Carlos Cerqueira, administrador-executivo do grupo Gamobar

Reestruturações vão voltar ao retalho em 2011

Medidas previstas no Orçamento de Estado para 2011 “vão afectar” o negócio automóvel em Portugal, de acordo com o administrador-executivo do grupo Gamobar, Car-los Cerqueira, que prevê que o mercado se situe no pró-ximo ano em volumes próximos de 2009. As medidas em vigor a partir de 1 de Janeiro com mais impacto no sector são, recorde-se, o aumento do IVA para 23%, a subida do IUC e do ISV e o fim da medida de incentivo ao abate de viaturas em fim de vida em sede de ISV.

No ano passado, a maioria dos concessionários de au-tomóveis lusos passou por uma reestruturação, alguns dos quais não evitaram, ainda assim, a falência. Carlos Cerqueira não tem dúvidas, em 2011 há mais do mes-mo. “Depois de no ano passado ter havido reestrutura-ções para ajustar as estruturas a um mercado nacional de 200 mil unidades, em 2010 evoluiu para 250 a 255 mil unidades, devendo no próximo ano voltar a um mercado de 200 mil carros. Ora, se em 2010 as estruturas foram ajustadas para um volume superior, poderá voltar a haver reestruturação. Portanto, haverá primeiro um impacto ao nível das receitas e, possivelmente, numa fase posterior ao nível de postos de trabalho”, avisa, em declarações à “Vida Económica”.

Segundo aquele responsável pela Gamobar, é de prever a continuação da degradação das margens dos retalhistas. “Parte do crescimento de 2010 tem como justificação uma maior apoio das marcas e dos concessionários em descon-tos para reforçar a venda, apoios esse que, quase de certeza, se deverão em manter em 2011, mas para um mercado mais pequeno. Ou seja, as margens médias estão a dimi-nuir consistentemente nos últimos anos, pois os conces-sionários, e não apenas as marcas, estão a comparticipar os preços dos carros para potenciar a venda”, indica.

O executivo defende que este cenário vai gerar “proble-ma seríssimos” ao nível das margens brutas do negócio automóvel, “que não chegarão, com toda a certeza”, para cobrir os custos. Resultado, em 2011 vai voltar o cenário “de forte recessão” ao sector, sobretudo aos retalhistas. “O dispositivo de distribuição automóvel em Portugal ainda não está ajustado para uma realidade de 200 mil automó-veis por ano, mas vai ficar”, vaticina.

Carlos Cerqueira recorda que o mercado automóvel

português representou um volume de 400 mil unidades em 2000, o dobro das previsões para o próximo ano. “Se estamos a falar de um mercado com metade da dimensão, o dispositivo disponível no terreno tem que ter uma redu-ção semelhante”, explica.

“Hoje as marcas mantêm o mesmo ‘numerus clausus’ em termos de concessionários de há 10 anos, quando o mercado vale metade. Não faz muito sentido, portanto, provavelmente, os importadores irão caminhar para uma situação de redução do número de concessionários, com eventuais nomeações de reparadores autorizados com pon-tos de venda”, vaticina a nossa fonte. “Se reparar bem, hoje há concessionários que não deveriam existir. O concessio-nário de uma marca generalista que hoje venda menos de 400 carros por ano perde dinheiro, a não ser que esteja integrado num grupo, com as sinergias que isso permite. Isto significa que 50% da rede das marcas generalistas es-tará em risco”, avisa.

Menos margens também no pós-venda

O administrador-executivo do grupo Gamobar acres-centa à lista de preocupações para o sector a diminuição do mercado pós-venda. “Como, consistentemente, o mer-cado tem vindo a baixar ao longo dos últimos anos, com excepção de 2010, o parque circulante tem vindo a enve-lhecer e a diminuir para os retalhistas, pois há uma tendên-cia do clientes com carros com mais anos deixaram de vir aos concessionários”, indica.

O entrevistado reconhece que “é, também, por aí”, pelo pós-venda, que os concessionários têm que actuar. “Não podemos ficar só passivos à espera que as coisas aconte-çam, temos que trabalhar o cliente que deixou de vir à concessão. Embora também aqui tenhamos o problema das margens, que terão que baixar. Como vê, toda a pers-pectiva do sector, quer na venda, quer no pós-venda, é de redução de margens, a qual é fulcral para o pagamento das estruturas”, recorda a nossa fonte.

Oportunidade nos usados

No campo das oportunidades, até por estar previsto o

fim do incentivo ao abate de viaturas em fim de vida na compra de novos, os automóveis usados “podem voltar”, de acordo com Carlos Cerqueira. “Além da importante questão do fim do apoio ao abate, há um outro cenário a ter em conta. No caso das empresas, os usados podem ser uma opção de topos-de-gama que ficam abaixo dos 40 mil euros de tecto para deduções de IRC”, explica.

“Até por isto: 2010 já foi um ano em que houve algum rent-a-car e as marcas já poderão ter algum produto dispo-nível no próximo ano, ao contrário que aconteceu até ago-ra este ano, em que não houve muita disponibilidade de produtos seminovos no mercado, por força de ter havido pouco rent-a-car em 2009”, acrescenta o administrador-executivo do grupo Gamobar.

AQUILES [email protected]

Gualter Mota Santos (grupo Filinto Mota) com postura optimista

“Há que descobrir alternativas” “Vai ser um ano difícil, mas

quase todos os anos têm sido as-sim, pelo que há que descobrir as alternativas e as soluções à medida que as coisas vão acontecendo”, defende o administrador-execu-tivo do grupo Filinto Mota. Em declarações à “Vida Económica”, Gualter Mota Santos sublinha que “não vale a pena” os operado-res do sector automóvel estarem a lamentar-se “A nossa realidade é a que é e temos que fazer o melhor possível a partir daí”, afirma.

Pouco, mas bom, é a postura de Mota Santos quanto às mar-gens de lucro nas vendas. “Essa é a solução pior. A solução me-lhor é que, já que se vai vender menos, que se procure vender melhor. Normalmente, quan-do se reduzem as margens, tem que haver um aumento de quan-tidade. Se há uma previsão da diminuição da quantidade, tem que haver aumento de margens,

não digo do lado do importador, mas do lado dos outros operado-res que actuam no mercado. Se a actividade diminuir 50%, não se pode, claro, diminuir em 50% os encargos salariais, portanto, tem que se encontrar meios de con-seguir cobrir os custos. Portanto, tem que se encontrar meios para cobrir os custos, os quais não se consegue reduzir a 50%, pois essa possibilidade ‘esbarra’ com a conta mais importante, que é a dos salários”

“Nesta fase, tudo é bom”, refere o executivo sobre a possibilidade dos usados serem uma boa esca-patória para os retalhistas com o fim do incentivo ao abate de viaturas em fim de vida. “Como está tudo mal, qualquer área de negócio que possa ser melhor aproveitada é sempre bem-vinda, pelo que os usados também po-dem ser um bom canal”, afirma Mota Santos.

Críticas à política fiscal do Governo

Sobre a opção do Governo de não renovar a medida de incen-tivo ao abate no OE 2011, o ad-ministrador-executivo do grupo Filinto Mota reconhece o cená-rio de consolidação orçamental, mas avisa que cortes como este nem sempre são a melhor opção. “Quando não há dinheiro, não há vícios. Mas é uma pena [que se acabe com o apoio], porque se estava a renovar o parque auto-móvel circulante em Portugal e, muitas vezes, o Estado esquece-se que não é por aumentar impos-tos que se arrecada mais receita. Houve alguns exemplos no passa-do, como sejam os comerciais de-rivados de turismo ou, ainda mais marcante, os todo-o-terreno. Por-tanto, galinhas dos ovos de ouro, matam-nas. E não matam da ma-neira como mataram os jipes, vão

matando lentamente. Essas situ-ações de tentar ganhar mais por unidade com aumentos impos-tos, podem gerar uma redução da actividade que se salde no efeito contrário ao pretendido. Mas eu não pertenço ao Governo. Os

sucessivos Governos têm no seu histórico montes de exemplos e continuam a cometer erros como este”, lamenta Gualter Mota San-tos.

AP

Vsexta-feira, 19 Novembro de 2010

“O Estado esquece-se que não é por aumentar impostos que se arrecada mais receita”, critica Mota Santos.

“Hoje as marcas mantêm o mesmo ‘numerus clausus’ em termos de con-cessionários de há 10 anos, quando o mercado vale metade”, recorda Carlos Cerqueira.

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O mercado automóvel nacional continua a dar sinais de quebra e os operadores não vêem razões para que o sector melhore. De facto, as vendas cresceram apenas 1,1%, quando no acumulado o aumen-to foi de 38%, estimando-se que os últimos meses do ano sejam de sérias dificuldades no que respeita às vendas de veículos ligeiros de passageiros. Tudo indica que, em 2011, as vendas voltem aos níveis dramáticos do ano passado.

Depois de um início de ano moderadamente optimista, a si-tuação está outra vez complica-da. A ARAN tece duras críticas à política do Governo para o mer-cado automóvel. Considera que o Orçamento do Estado “vai dar mais uma machadada no sector”. Parece evidente que o aumento

do IVA, o agravamento do ISV e a eliminação do subsídio ao abate irão reduzir as vendas e colocar em causa a viabilidade das empresas. E estas estão já numa situação de grande debilidade, na óptica da-quela associação.

As perspectivas são pois muito pessimistas quanto ao ano que vem, ao mesmo tempo que no presente exercício o abrandamen-to se revela cada vez mais acentu-ado. A ARAN não compreende que estão em causa vários milhares de postos de trabalho, directa e indirectamente. Naturalmente, as gamas altas continuarão a ter mer-cado, no entanto, importa notar que este é quase residual. Mais im-portante seria incentivar a compra de veículos novos junto da classe média. A associação prevê ainda

um aumento nas importações de automóveis usados, como é co-mum acontecer nestas situações, com todas as graves consequências que estão inerentes a este facto.

Quanto ao ranking das vendas de ligeiros de passageiros, até Ou-tubro a Renault manteve a lide-rança, tendo mesmo aumentado a sua quota de mercado de 11% para 12%. O crescimento nas ven-das foi de 50%, mas em Outubro verificou-se uma quebra de mais de 30%,aliás a maior entre as dez marcas mais vendidas. Em termos acumulados, a Peugeot apresen-tou a variação mais acentuada (68,5%), ocupando a terceira po-sição, logo seguida da Opel (com um aumento de 66,3%). Estas duas marcas têm quotas de mer-cado de 8,2% e 7,3%, respectiva-mente. A VW continuou a deter a segunda posição, com uma quota de mercado de quase 8,6%.

No total, de Janeiro a Outubro, o mercado contou com mais 176 747 veículos ligeiros de passagei-ros, sendo que se ficou por apenas 15 347 unidades no mês de Ou-tubro. Como também já é normal em tempos de crise, as marcas topo de gama continua a revelar um bom desempenho. Destaque para a Porsche que aumentou as suas vendas em mais de 75% até Outubro. A Jaguar também se tem dado bem com os novos modelos e cresceu quase 35% no período em análise. O mesmo se passou com a Lexus, com um de-sempenho muito positivo.

ALFA ROMEO GIULIETTA ELEITO “AUTO EUROPA 2011”

HONDA REFORÇA EQUIPAMENTO NO JAZZ

A União Italiana de Jornalistas de Automóveis (UIGA) atribuiu ao Alfa Romeo Giulietta o prémio ”Auto Europa 2011”. Com 349 votos, o modelo classificou-se à frente do Citroën DS3 (300), Peugeot RCZ (125), Volvo S60 (122) e BMW Série 5 berlina (100).

Na 25ª edição desta competi-ção, já anteriormente ganha pela Alfa Romeo com os modelos MiTo (2009), 166 (1999), 156 (1998) e 164 (1988), os mem-bros da UIGA seleccionaram a melhor viatura entre modelos com produção de pelo menos 10 mil unidades (mil para os automóveis desportivos) nos 27 países da União Europeia entre o dia 31 de Agosto do ano an-terior e o dia 1 de Setembro do ano em curso. Os jurados, com base nas preferências indicadas nos boletins de voto, escolheram o vencedor essencialmente por três dos cinco parâmetros pre-vistos: design e aerodinâmica; “prestações, consumos e emis-sões; e tecnologia, segurança e

inovação.O presidente da UIGA, Pierlui-

gi Bonora, destaca o esforço do construtor e a “marca” que a de-signação do modelo é. “A vitória do Alfa Romeo Giulietta é uma maneira de reconhecer o esfor-ço do Fiat Group Automobiles na acção de relançamento da Alfa Romeo, neste momento já pron-ta para ser relançada no merca-do norte-americano. O prémio evidencia também o modo como um nome do passado, como o Giulietta, renasceu à luz das modernas tendências. Este mo-delo, escolhido pelos membros da UIGA, sintetiza o melhor do estilo italiano e da tecnologia ‘made in Turim, orientada para uma maior eficiência e uma se-gurança acrescida. Este ano, os candidatos ao título eram 41 e, mais uma vez, antes do veredic-to oficial, assistiu-se a um renhi-do frente-a-frente entre a marca italiana e a francesa Citroën, cujo modelo DS3 foi reconheci-do como projecto inovador e de viragem”, explicou Bonora.

A Honda iniciou a comerciali-zação em Portugal de duas novas versões especiais do seu modelo do segmento B, o Jazz. Denomi-nadas de City e City Top, ambas as versões recorrem ao motor 1.2 a gasolina com 90 cv do modelo e vêm, segundo a marca, reforçar “a gama de um dos modelos de maior sucesso da marca no nosso país cujas matrículas se aproxi-mam rapidamente das 18 mil unidades desde o seu lançamen-to em 2002 e que terá uma ver-são híbrida a chegar no primeiro trimestre de 2011”.

Em termos de equipamento, a versão City inclui a oferta do sis-tema de comunicação Bluetooth para gestão das chamadas tele-fónicas em segurança enquanto

que a versão City Top, acrescen-ta faróis de nevoeiro, comandos de rádio no volante, colunas tra-seiras e jantes em liga leve para além da oferta de um sistema de navegação integrado no tablier, Bluetooth e entrada USB.

Este equipamento junta-se a elementos já presentes em toda a gama Jazz, como sejam os mesmos seis airbags, controlo de estabilidade, cinco anos de garantia, cinco anos de assistên-cia em viagem e uma capacida-de da mala de 346 litros. Outros pontos comuns são o ar condi-cionado, computador de bordo e rádio CD com MP3. O preço do Honda Jazz City são 14 690 eu-ros e o do Honda Jazz City Top são 15 890 euros.

Orçamento do Estado vai agravar ainda mais a situação

Mercado automóvel tende a regressar aos níveis do ano passado

Nissan internacional revê previsões em altaA Nissan Motor anunciou os

resultados financeiros relativos à primeira metade do ano fiscal de 2010 (terminará a 31 de Março de 2011), incluindo o desempe-nho do segundo trimestre. Nos meses de Abril a Setembro, a receita líquida consolidada, de-duzidos os impostos, totalizou 208,4 mil milhões de ienes (1,83 mil milhões de euros), represen-tando um aumento de 199,4 mil milhões de ienes em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os rendimentos líquidos atin-giram os 4,3 mil milhões de ienes (37,95 mil milhões de euros) no primeiro semestre (Abril a Se-tembro), menos 27,7% quando comparado com o ano transac-to. O lucro operacional foi de 334,9 mil milhões de ienes (2,94 mil milhões de euros), enquanto a margem de lucro operacional passou para 7,8%. As receitas or-dinárias foram de 315,1 mil mi-lhões de ienes (3,54 mil milhões de dólares, 2,77 mil milhões de euros). Na primeira metade do ano fiscal de 2010, a Nissan ven-deu dois milhões de veículos em todo o mundo, uma subida de 23,8% em comparação com o ano passado.

O presidente e CEO da Nissan, Carlos Ghosn, considera que os

resultados da primeira metade do ano fiscal de 2010 “demonstram que os esforços de recuperação” da Nissan estão a funcionar de forma eficaz. “O balanço geral é muito positivo e estamos na di-recção certa. Na segunda metade, uma vaga de lançamentos de pro-dutos inovadores irá contribuir para o crescimento lucrativo con-tinuado da Nissan”, acrescentou Ghosn.

Já no segundo trimestre (Julho a Setembro), a receita líquida da Nissan foi de 101,7 mil milhões de ienes (920 milhões de euros). Os rendimentos líquidos foram de 2,26 mil milhões de ienes (20,5 mil milhões de euros), mais 21,4% em comparação com o ano transacto. O lucro operacio-nal foi de 167 mil milhões de ie-nes (1,51 mil milhões de euros) e a margem de lucro operacional passou para 7,4%. As receitas or-dinaries foram de 160,1 mil mi-lhões de ienes (1,45 mil milhões de euros). A Nissan vendeu 1,055 milhões de veículos no segundo trimestre, mais 17,1% em com-paração ao ano anterior.

Lançamentos justificam previsões

No ano fiscal de 2010, a Nissan lançará um total de dez produ-

tos completamente novos a nível mundial. Na segunda metade serão introduzidos sete modelos, incluindo o económico e 100% eléctrico Nissan LEAF de emis-sões zero, que será lançado no Japão e nos Estados Unidos em Dezembro de 2010.

Com base numa taxa de câm-bio prevista de 80 ienes/dólar e 110 ienes/euro para a segunda metade do ano fiscal de 2010, as taxas médias revistas serão de 84,4 ienes/dólar e 111,9 ienes/euro para o ano fiscal de 2010. Com base neste pressuposto a Nissan reviu em alta a previ-são para o ano fiscal completo de 2010 e apresentou a seguin-te previsão à Bolsa de Valores de Tóquio para o ano fiscal que termina a 31 de Março de 2011: rendimentos líquidos de 8,77 bi-liões de ienes (78,37 mil milhões de euros); lucro operacional de 485 mil milhões de ienes (4,33 mil milhões de euros); lucro ordi-nário de 450 mil milhões de ienes (4,02 mil milhões de euros); re-ceita líquida de 270 mil milhões de ienes (2,41 mil milhões de eu-ros); despesas de capital de 340 mil milhões de ienes (3,04 mil milhões de euros); e despesas de investigação e desenvolvimento de 425 mil milhões de ienes (3,8 mil milhões de euros).

sexta-feira, 19 Novembro de 2010VI

RENAULT MANTÉM LIDERANÇA DESTACADA NOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

(JANEIRO A OUTUBRO)

MarcasUnidades Variação % no mercado

2010 2009 % 2010 2009Renault 21 425 14 266 50,2 12,1 11,1VW 15 173 11 065 37,1 8,6 8,6Peugeot 14 530 8 625 68,5 8,2 6,7Opel 12 953 7 788 66,3 7,3 6,1Ford 11 949 10 345 15,5 6,8 8Seat 10 766 7 162 50,3 6,1 5,6Citroen 10 397 8 366 24,3 5,9 6,5Toyota 8 825 7 288 21,1 5 5,7Fiat 7 931 6 213 27,7 4,5 4,9BMW 7 210 5 887 22,5 4,1 4,6Fonte: ACAP

NOVO HORÁRIO

A ARAN tem um novo Horário de Atendimento:

de 2ª a 6ª feira

Manhã - 09:30 às 12:30 horasTarde - 14h30 às 17h30

A alteração entrará em vigor em 01 de Janeiro de 2011.

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VIIsexta-feira, 19 Novembro de 2010

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S íntese Legislativa

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TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

Portaria n.º 1068/2010, de 19 de Outubro

Quarta alteração à Portaria n.º 736/2006, de 26 de Julho, que aprova o regulamento de condições mínimas para os trabalhadores administrativos.

Decreto-Lei n.º 116/2010, de 22 de Outubro

Elimina o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1º e 2º escalões e cessa a atribuição do abono aos 4º e 5º escalões de rendi-mento, procedendo à sétima alteração ao Decreto-Lei n.º 176/2003, de 2 de Agosto.

Portaria n.º 1100/2010, de 22 de Outubro

Aprova o programa de formação com competências básicas em cursos de educação e formação de adultos em processos de reconhecimento, valida-ção e certificação de competências de nível básico.

Portaria n.º 1101/2010, de 25 de Outubro

Terceira alteração ao regulamento do sistema de incentivos á Qualifica-ção e Internacionalização de PME, aprovado pela Portaria n.º 1463/2007, de 15 de Novembro.

Portaria n.º 1102/2010, de 25 de Outubro

Terceira alteração ao Regulamento do Sistema de Incentivos à investiga-ção e desenvolvimento Tecnológico, aprovado pela Portaria n.º 1462/2007, de 15 de Novembro.

Portaria n.º 1103/2010, de 25 de Outubro

Segunda alteração ao regulamento do Sistema de Incentivos à Inovação, aprovado pela Portaria n.º 1464/2007, de 15 de Novembro.

Declaração de Rectificação n.º 33/2010, de 27 de Outubro

Rectifica a Lei n.º 25/2010, de 30

de Agosto, que estabelece as prescri-ções mínimas para a protecção dos tra-balhadores contra os riscos para a saú-de e a segurança devidos à exposição durante o trabalho a radiações ópticas de fontes artificiais, transpondo a Di-rectiva n.º 2006/25/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril, publicada no Diário da República, 1ª Série, n.º 168, de 30 de Agosto de 2010.

Portaria n.º 1113/2010, de 28 de Outubro

Fixa os montantes do abono de fa-mília para crianças e jovens, do abono de família pré-natal e das respectivas majorações do segundo titular e se-guintes e situações de monoparenta-lidade.

Portaria n.º 1140/2010, de 02 de Novembro

Primeira alteração à Portaria n.º 73/2010, de 4 de Fevereiro, que cria a Comissão de Acompanhamento da iniciativa Novas Oportunidades e do Sistema Nacional de Qualificações e define a sua composição, competên-cias e regras gerais de funcionamento.

Resolução da Assembleia da Re-pública n.º 124/2010, de 12 de Novembro

Aumento do salário mínimo nacional.

AMBIENTE

Decreto-Lei n.º 115/2010, de 22 de Outubro

Estabelece um quadro para a avalia-ção e gestão dos riscos de inundações, com o objectivo de reduzir as suas consequências prejudiciais, e transpõe a Directiva n.º 2007/60/CE, do parla-mento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro.

COMERCIAL

Decreto-Lei n.º 111/2010, de 15 de Outubro

Modifica o regime dos horários de funcionamento dos estabelecimentos

comerciais, procedendo à terceira al-teração ao Decreto-Lei n.º 48/96, de 15 de Maio, e revogando a Portaria n.º 153/96, de 15 de Maio.

Decreto-Lei n.º 118/2010, de 25 de Outubro

Define prazos de pagamento máxi-mos para efeito de pagamento do pre-ço nos contratos de compra e venda ou de fornecimento de bens alimentares destinados ao consumo humano.

Portaria n.º 1172/2010, de 10 de Novembro

Fixa, para vigorar em 2011, os pre-ços de construção de habitação por metro quadrado, consoante as zonas do país, para efeitos de cálculo de ren-da condicionada.

Lei 49/2010, de 12 de NovembroAutoriza o Governo a simplificar

o regime de acesso e de exercício de diversas actividades económicas no âmbito da iniciativa “Licenciamento Zero”.

TRANSPORTE & RODOVIÁRIA

Decreto-Lei n.º 119/2010, de 27 de Outubro

Reforça os mecanismos de localiza-ção e segurança do transporte de ex-plosivos e procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 521/71, de 24 de Novembro.

CIVIL

Decreto-lei n.º 121/2010, de 27 de Outubro

Estabelece os requisitos para habi-litação dos candidatos ao apadrinha-mento civil e procede á regulamenta-ção da Lei n.º 103/2009, de 11 de Setembro.

Portaria n.º 1148/2010, de 04 de Novembro

Primeira alteração à Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, que re-gulamenta vários aspectos das acções executivas cíveis.

ADMINISTRATIVO

Portaria n.º 1165/2010, de 09 de Novembro

Aprova a tabela de taxas devidas pelos serviços prestados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Ter-restres.

Decreto-Lei n.º 123/2010, de 12 de Novembro

Cria um regime especial das expro-priações necessárias à realização de infra-estruturas que integram candida-turas beneficiárias de co-financiamento por fundos comunitários, bem como, das infra-estruturas afectas ao desenvolvi-mento de plataformas logísticas, no uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 31/2010, de 2 de Setembro.

JURISPRUDÊNCIA

Acórdão do Supremo Tribunal Ad-ministrativo n.º 7/2010, de 21 de Outubro

Acórdão do STA de 17 de Junho de 2010, no processo n.º 8/10, nos termos do artigo 148.º do CPTA, uni-formiza a jurisprudência no sentido de que a remissão do artigo 3.º, n.º 1, da Lei n.º 60/2005, de 29 de Dezembro, deve entender-se efectuada para a re-dacção do artigo 37.º, n.º 1, do EA na redacção anterior à entrada em vigor daquela lei, ou seja, que se mantêm como pressupostos da aposentação vo-luntária dos magistrados judiciais 60 anos de idade e 36 de serviço

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 338/2010, de 08 de Novembro

Declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da nor-ma constante do artigo 356º n.º 1 do Código do Trabalho, aprovado pela Lei 7/2009, de 12 de Fevereiro; não declara a inconstitucionalidade das seguintes normas do Código do Traba-lho: nºs 1 e, em consequência, 2 a 5 do artigo 3º; alíneas a) e b) do n.º 4 do artigo 140º; n.º 1 do artigo 163º, e artigos 205º, 206º, 208º, 209º, 392º, 497º, 501º e 10º da Lei 7/2009, de

O Instituto da Mobilidade e dos Trans-portes Terrestres presta na área dos trans-portes uma variedade de serviços, nome-adamente, emissão, renovação de alvará, licenças, actos relativos à certificação profissional, ao acesso e organização da actividade, entre outros.

Os serviços prestados por este organismo, têm associado um custo, isto é uma taxa.

Nessa conformidade, a Portaria n.º1165/2010, de 09 de Novembro aprovou uma nova tabela de taxas devi-das pelos utilizadores, valores que passam a ser cobrados a partir do dia 10 de No-vembro.

Nas áreas com significativo interesse para as empresas de transporte de merca-dorias e prestação de serviços em veículos pronto-socorro, O IMTT presta diver-sos serviços, que passamos a discriminar, com referência aos efectivos custos agora em vigor.

Transporte Rodoviário de Mercadorias

A) Acesso à actividade:

Emissão de alvará ou licença comuni-tária – 350 euros;

Renovação do alvará ou da licença co-munitária – 250 euros.

B) Certificação profissional:

Inscrição em exame de capacidade profissional – 115 euros;

Inscrição em exame de aptidão para motorista – 80 euros;

Revisão da prova escrita de exame, a reembolsar em caso de procedência da reclamação – 50 euros;

Emissão de certificado de capacidade profissional – 30 euros;

Emissão/renovação de certificado de aptidão para motorista – 30 euros;

Emissão/renovação de carta de quali-ficação de motorista – 30 euros;

Licenciamento ou reconhecimento de entidade formadora – 350 euros;

Renovação do licenciamento ou re-conhecimento de entidade formadora – 350 euros;

Homologação/renovação ou reco-nhecimento de curso de formação – 150 euros;

Alteração das condições de homolo-gação ou de reconhecimento de curso de formação – 100 euros;

Autorização para abertura de centro de formação – 150 euros;

Emissão/renovação de certificado de motorista nacional de um país terceiro – 30 euros.

C) Acesso e organização do mercado:

Emissão de licença do veículo ou de cópia certificada da licença comunitária – 30 euros;

Autorizações:Autorização de carácter excepcional –

60 euros;Autorização para transporte interna-

cional (bilateral) (a prazo) – 200 euros;Autorização para transporte inter-

nacional (bilateral) (por viagem) – 50 euros;

Autorização CEMT (anual) – 300 euros;

Autorização CEMT (mensal) – 80 euros;

Autorização de entrada em vazio para transporte internacional bilateral (por viagem) – 20 euros.

Prestação de serviços em veículos pronto-socorro

A) Acesso a actividade

Emissão de alvará – 78,50 euros;Renovação de alvará – 57,50 euros;

B) Certificação profissional

Inscrição em exame de capacidade

técnica ou profissional – 85 eu-ros;

Emissão de certificado de capacidade técnica ou profissional – 30 euros;

Revisão de prova escrita de exame, a reembolsar em caso de procedência da reclamação – 50 euros;

Licenciamento ou reconhecimento de entidade formadora/ renovação do licenciamento de entidade formadora – 300 euros;

Homologação/renovação ou reco-nhecimento de curso de formação – 120 euros;

Alteração das condições de homolo-gação ou reconhecimento de curso de formação – 80 euros;

C) Acesso e organização do mercado

Emissão de certificado de prestação de serviços particulares ou por conta própria – 55 euros;

Renovação de certificado de presta-ção de serviços particulares ou por con-ta própria – 40 euros;

Emissão de licença do veículo para serviços por conta de outrem – 20 eu-ros;

Emissão de licença do veículo para serviços por conta própria – 20 euros.

Valor das taxas devidas por serviços prestados pelo IMTT

HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DAS GRANDES SUPERFÍCIES

Foi publicado no passado dia 15 de Outubro o Decreto-Lei n.º 111/2010, que veio permitir a abertura das grandes superfícies do domingo durante todo o dia.

Este diploma entrou em vigor no dia 16 de Outubro, sendo que, na prática, a abertura destas grandes superfícies apenas depende da co-municação às respectivas Câmaras Municipais com a antecedência de um dia útil.

Entretanto, as Câmaras Muni-cipais têm um prazo de 180 dias para adaptarem os seus regulamen-tos a este novo regime.

PRAZOS DE PAGAMENTO DE BENS ALIMENTARES

DESTINADOS AO CONSUMO

O Decreto-Lei n.º 118/2010, de 25 de Outubro veio definir prazos de vencimento máximos e impe-rativos, ou seja, obrigatórios, para efeitos da obrigação de pagamento do preço nos contratos de compra e venda ou fornecimento de determi-nados bens alimentares destinados ao consumo humano.

Estes prazos aplicam-se aos ca-sos em que o credor seja uma mi-cro (empresa que emprega menos de 10 trabalhadores) ou pequena empresa (empresa que emprega 10 a 49 trabalhadores), no entanto, já não se aplicam quando o devedor seja uma micro ou pequena empre-sa.

Os prazos também não se apli-cam quando esteja em causa um credor ou devedor estabelecimento de restauração ou bebidas.

A obrigatoriedade do cumpri-mento dos prazos, entra em vigor 90 dias após a publicação em Di-ário da República, que ocorreu, conforme dito acima, no dia 25 de Outubro.

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INICIATIVAS DESENVOLVIDAS PELA ARAN

A ARAN, participou na Expomotor em Braga e na Exposalão na Batalha, onde realizou workshops sobre os requisitos legais para empresas que se dedicam ao retalhe automóvel.Ao longo do mês de Outubro e já de Novembro, a Aran desenvolveu várias iniciativas em prol dos associados.

RebocadoresEncontramo-nos a aguardar, a todo o tempo, por parte do IMTT, a homologação dos cursos de for-mação para a certificação de condutores, que a ARAN estima que possam começar no início do ano de 2011.

OficinasA Aran está em fase de lançamento do projecto Oficina Certa, tendo já iniciado as visitas às ofici-nas no sentido da sua concretização.Este projecto “Oficina Certa” será publicitado com mais detalhe na revista da ARAN, nomeadamen-te as suas condições, sendo este um serviço ao dispor dos associados da ARAN e exclusivo para os mesmos.

VendasA Aran mostrou a sua preocupação na Assembleia da república pela concorrência desleal que poderá vir a ser incrementada face ao aumento do IVA para 23%, ou seja, o mesmo representará quase ¼ do total da facturação.A ARAN vai ainda avançar com o projecto Usado Certo, já que estando consignado no Orçamento do Estado o fim do incentivo ao abate, entende que a comercialização de usados poderá ser uma forma de compensação, em face da diminuição da facturação nas vendas de veículos novos.

AutocarrosA Aran foi informada pela ANTROP de que o Go-verno se prepara para o corte no subsidio de reno-vação de frotas, e, por isso, pediu, com carácter de urgência a realização de uma reunião/audição ao Grupo de Trabalho do Sector Automóvel.

O empregador deve proporcio-nar ao trabalhador acções de for-mação profissional adequadas a sua qualificação, quer através de acções a desenvolver pela empresa, quer através da concessão de tempo para desenvolvimento de formação por iniciativa do trabalhador.

Cabe assim ao empregador ga-rantir um mínimo de horas anuais de formação contínua dos trabalha-dores.

O mínimo de horas de formação profissional contínua anual é de 35 horas devendo o empregador asse-gurar, que pelo menos, 10% dos trabalhadores contratados sem ter-mo são abrangidos pela formação contínua em cada ano civil. A lei não exige a abrangência de todos os trabalhadores no mesmo ano.

Porém, deve ser considerado um período de referência de 3 anos muito embora a lei estabeleça um mínimo de horas anuais.

Tal período de referência é con-siderado legalmente, por um lado, porque é permitida a antecipação do nº de horas anuais até ao máxi-mo de 3 anos, por outro lado, por-que apenas quando as horas anuais não são asseguradas pelo emprega-dor ao longo de três anos é que o trabalhador pode utilizar tal crédito de horas para frequência de acções de formação por sua iniciativa.

A título de exemplo, se tomar-mos por referência o período en-tre 2008-2010, no final de 2010, o empregador deverá assegurar a um determinado trabalhador 105 horas de formação profissional (35+35+35), as quais podem ser

distribuídas da seguinte forma: Ano 2008 - 0 horas de formação

continua Ano 2009 - 80 horas de forma-

ção contínua Ano 2010 - 25 horas de forma-

ção continua Em conclusão, a cada trabalha-

dor da sua empresa tem de ser asse-guradas 105 horas de formação no período de referência de 3 anos. Por ano, no mínimo tem de assegurar formação a pelo menos 10% funcio-nários da empresa. Mas no final dos 3 anos todos os trabalhadores tem de ter recebido 105 horas de formação independentemente do modo como distribui o nº de horas anuais.

O não cumprimento destas disposições legais sobre formação profissional constitui uma contra- -ordenação grave.

Quanto aos trabalhadores con-tratados a termo também são abrangidos pelo dever de forma-ção profissional, quando a duração inicial ou renovada ultrapasse os 6 meses. A duração da formação é estabelecida em função da duração do contrato, em percentagem, afe-rida pelo período normal de traba-lho.

Quanto a formação por iniciati-va do trabalhador, somente quando a entidade patronal não cumpre o nº de horas de formação ao longo de três anos é que o trabalhador pode utilizar tal crédito de horas para a frequência de acções de for-mação por sua iniciativa. O crédi-to de horas para formação confere direito a retribuição e conta como tempo de serviço efectivo.

Foi publicado em Boletim de Trabalho e Emprego o novo contrato Colectivo de Trabalho para o Sector Automóvel, cujo objectivo será aliar a necessidade de aumento da com-petitividade do Sector Automóvel a um aumento da produ-tividade.

Assim, uma das principais alterações recai sobre o O Ban-co de Horas.

O novo CCTV permite ao empregador instituir um ban-co de horas, em que a organização do tempo de trabalho obedeça a determinadas regras.O que é o Banco de Horas?

É um mecanismo que possibilita a compensação do ex-cesso de horas trabalhadas num dia com a correspondente diminuição em outro, sem o pagamento de horas extras.Aumento do período normal de trabalho

O período normal de trabalho pode ser aumentado até 4 horas e pode atingir 60 horas semanais, tendo o acréscimo por limite 200 horas por ano para a generalidade do sector, e de 100 horas por ano para o subsector da montagem ou nas empresas funcionalmente ligadas a este;

O aumento do número de horas semanais é possível efec-tuar-se tanto com recurso a dias completos, por exemplo em dia de descanso complementar ou feriado, como ao acrés-cimo de horas diárias em dias normais de trabalho. Caso o acréscimo de trabalho atinja 4 horas/dia, o trabalhador tem direito a um período de refeição, contando como tempo de trabalho, bem como ao subsídio de refeição ou ao forneci-mento da refeição.Redução do período normal de trabalho

Os períodos de redução do tempo de trabalho podem ser efectuados pela redução de horas no dia de trabalho, ou pela redução do número de dias de trabalho na semana

No final de cada semestre o empregador deve comunicar, ao trabalhador, a sua conta corrente

No final de cada ano civil a diferença entre acréscimo e redução do período normal de trabalho deverá ser saldada.Comunicações

Acréscimo de trabalho – deve ser comunicado ao trabalha-dor com 5 dias de antecedência.

Compensação de trabalho – deve comunicar-se ao traba-lhador com 3 dias de antecedênciaImpossibilidade de prestação de trabalho além do período normal

Quando o trabalhador esteja impossibilitado de prestar trabalho em situação de acréscimo deverá comunicar e jus-tificar essa indisponibilidade ao superior hierárquico. A au-sência desta comunicação implica que o período de ausência seja considerado falta injustificada.Transporte

Sempre que o trabalho prestado tenha início e/ou termo em hora em que não existe transportes públicos colectivos habitualmente utilizados pelo trabalhador, o empregador deverá suportar as despesas de utilização de outro meio de transporte.Dia de descanso semanal completar e fFeriado

O trabalho prestado no âmbito do banco de horas em dia de feriado ou em dia de descanso semanal complementar confere ao trabalhador uma majoração de 50% a registar como crédito de horas.

A prestação de trabalho que ultrapasse as 4 horas confere direito ao subsídio de alimentação ou, alternativamente, ao fornecimento de alimentação.

O descanso semanal obrigatório, a isenção do horário de trabalho e o trabalho suplementar não integram o banco de horas.

Este documento não e exaustivo e não dispensa a leitura da CCTV, especialmente para o subsector da montagem ou empresas funcionalmente a ele ligadas.

Contrato Colectivo de Trabalho para o Sector Automóvel

O trabalho suplementar foi objecto de alte-rações com a publicação do Boletim de Tra-balho e Emprego nº 37 de 8 de Outubro de 2010, sendo o novo regime mais vantajoso do que o anterior.

Noção

Por trabalho suplementar entende-se o tra-balho prestado fora do horário de trabalho.

Condições de prestação- acréscimo eventual e transitório de tra-

balho;- força maior;-indispensável para prevenir ou reparar

prejuízo grave;Limites-Micro e Pequenas Empresas – 200 horas/

ano;-Médias e Grandes Empresas – 175 horas/

ano;-Trabalhadores a tempo parcial – 80 horas/

ano ou nº de horas proporcionais entre o pe-ríodo normal de trabalho e um trabalhador a tempo completo;

-Em dia de normal de trabalho – 2 horas;-Em dia de descanso semanal obrigatório

ou complementar, ou feriado – nº de horas igual ao período normal de trabalho diário;

-Em meio-dia de descanso complementar – um nº de horas igual a meio período normal de trabalho diário;

Descanso compensatório remunerado

- O trabalhador que preste trabalho suple-mentar em dia útil, em dia de descanso sema-nal complementar ou em feriado tem direito a descanso compensatório correspondente a 25% das horas de trabalho suplementar re-alizadas.

- O descanso compensatório remunera-

do vence-se quando perfaça um nº de horas igual ao período normal de trabalho diário;

- Deve ser gozado nos 90 dias seguintes ao seu vencimento;

- É possível substituir o descanso compen-satório por redução equivalente do tempo de trabalho;

Trabalho suplementar impeditivo de gozo de descanso diário ou em dia de descanso semanal obrigatório

O trabalhador que presta trabalho suple-mentar impeditivo do gozo de descanso diá-rio ou em dia de descanso semanal obrigató-rio tem direito a um descanso compensatório remunerado equivalente às horas de descanso em falta ou a um dia de descanso, respecti-vamente, a gozar num dos três dias úteis se-guintes.

O descanso compensatório deve ser mar-cado preferencialmente por acordo entre o trabalhador e o empregador.

O trabalho suplementar prestado no dia de descanso semanal obrigatório dá direito ao trabalhador de descansar num dos três dias úteis seguidos sem perda da retribuição.

Remuneração

Nos próximos dois anos, o trabalho suple-mentar é pago pelo valor da retribuição horá-ria com os seguintes acréscimos:

150% por cada hora ou fracção de hora, em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado;

50% pela 1ª hora ou fracção desta e 75% por hora ou fracção subsequente em dia útil;

A partir de Outubro de 2012, o trabalho suplementar em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado é pago com o seguinte acréscimo:

100% por cada hora ou fracção.

O trabalho suplementar Formação profissional – obrigatoriedade

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IXsexta-feira, 19 Novembro de 2010

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Peças usadasAs empresas de manutenção e repara-

ção automóvel questionam frequente-mente a ARAN acerca da possibilidade da entrega de peças usadas, provenientes das intervenções por estas realizadas nos veículos, aos seus clientes. Os princí-pios da responsabilidade pela gestão e da regulação da gestão de resíduos, pre-vistos no regime geral de gestão de re-síduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, pressupõe a responsabilidade por parte das empre-sas de manutenção e reparação automó-vel pelos resíduos gerados na sua activi-dade, designadamente as peças usadas.

Mais, a regulamentação vigente relativa à gestão de veículos em fim de vida e seus componentes, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 64/2008, de 8 de Abril, dispõe claramente acerca da responsabilidade dos operadores de reparação e manu-tenção de veículos pelo adequado enca-minhamento para tratamento dos com-ponentes ou materiais que constituam resíduos e que sejam resultantes de inter-venções por si realizadas em veículos.

Desta forma, a possibilidade de en-trega de peças usadas aos V/ clientes, constituindo estas resíduos, contraria a lei. Esta é imperativa, e não pode ser afastada pela vontade das partes, ou seja, a celebração de um qualquer documen-to particular (escrito) entre as mesmas é ineficaz, não produzindo quaisquer efeitos.

Assim, as peças usadas devem ser enca-minhadas pelas V/ empresas, para opera-dores de gestão de resíduos devidamente autorizados, sob pena de incorrerem em coimas, cujo mínimo legal corresponde a 1500 J para pessoas singulares ou 7500 J para pessoas colectivas.

O Decreto Presidencial Angolano nº 135/2010, de 13 de Julho, veio proibir a importação de veículos automóveis ligeiros que tenham sido usados por um período superior a três anos e de veículos automóveis pesados que te-nham sido usados por um período su-perior a cinco anos, contados a partir da data de fabrico.

Além das condições referidas, o De-

creto Presidencial agrava ainda os im-postos à importação de viaturas usadas e cria exigências ao nível das condições dos veículos.

Estas exigências prendem-se com a obrigação de o veículo ter placas de identificação com o número de série e o ano de fabrico, a apresentação do certificado de inspecção, emitida pela entidade competente do país de origem

e válida por um período não inferior a seis meses, anterior à data de em-barque, e à entrada no país com a m a t r í c u l a de origem.

Na altura do anúncio desta medi-da, durante o passa-do mês de Agosto, di-versos em-

presários do ramo automóvel foram apanhados de surpresa devido ao facto de existirem encomendas de viaturas ligeiras usadas com mais de três anos de uso.

Entretanto, o Governo angolano es-tabeleceu uma moratória devido à ne-cessidade de se reunirem algumas con-dições técnicas para a implementação do decreto.

A extensão ao prazo para a inspecção pré-embarque de veículos automóveis permitiu que as entidades envolvidas na importação de veículos usados se adaptassem ao novo quadro legal bem como permitiu a venda de veículos usados, uma vez que grande parte das importações negociadas anteriormente tiveram condições de entrar no país, se-gundo indicado no “Jornal de Angola”.

Os comerciantes defendem que o Governo angolano deverá ponderar a aplicação efectiva do Decreto Presi-dencial 135/10, de 13 de Julho, e da circular número 168/GETA/DNA/10, da Direcção Nacional das Alfândegas, pois a aplicação das medidas previstas poderá criar graves problemas de de-semprego.

Angola proíbe a entrada de veículos automóveis com mais de três anos de uso

Regras de transporte de VFV em veículos pronto-socorro

A actividade de transporte de Veículos em Fim de Vida (VFV) pode ser exercida por em-presas prestadoras de serviços através de veí-culos do tipo pronto-socorro. Para aceder a esta actividade é necessário que os operadores cumpram com vários requisitos, nomeada-mente registo no SIRAPA, diversa documen-tação de transporte e requisitos técnicos.

A actividade de transporte de VFV está su-jeita ao disposto no artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 64/2008, de 8 de Abril. Assim, as regras de transporte de VFV são:

- A actividade de transporte de VFV só pode ser realizada por operadores registados no Sis-tema Integrado de Registo Electrónico de Re-síduos (SIRAPA);

- O transporte de VFV a partir dos opera-dores de desmantelamento é acompanhado de cópia do respectivo certificado de destruição ou de um documento único que contenha in-formação relativa aos VFV transportados, no-meadamente a matrícula, o número de chassis e o número do respectivo certificado de des-truição;

- O transporte de VFV deve-se fazer acom-panhar por Guia de Acompanhamento de Re-síduos;

- O transporte de VFV está sujeito ao cum-primento de requisitos técnicos;

- O transporte de VFV pode ser realizado por entidade licenciadas para a actividade de pronto-socorro, desde que os veículos de pronto-socorro tenham uma capacidade má-xima de transporte de três VFV.

O preenchimento do mapa integrado de registo de resíduos (MIRR), no âm-bito da inscrição no SIRAPA, é uma res-ponsabilidade para as empresas de manu-tenção e reparação automóvel.

A ARAN tem, nos últimos três anos, vindo a preencher os mapas para as em-presas Associadas que o solicitem. Para esse efeito, eram pedidas informações acerca dos resíduos enviados, designada-mente por intermédio de cópias da docu-mentação existente na empresa, a nível de guias de acompanhamento de resíduos.

Todavia, a frequente ilegibilidade da documentação recebida, associada ao de-ficiente preenchimento das guias, consti-tuía dificuldade acrescida na informação veiculada pelos Associados.

Assim, para colmatar estas falhas de in-formação, a ARAN irá disponibilizar um formulário resumo para preenchimento dos mapas, não sendo doravante aceites cópias de guias de acompanhamento de resíduos, visto que a ARAN apenas re-porta no sistema a informação recebi-

da por parte dos Associados, não tendo qualquer tipo de controlo por elementos não referidos pelas empresas, mesmo que involuntariamente.

A ARAN irá enviar, para os Associados que o solicitem, o referido formulário, bem como as informações a relevar, ine-rentes ao preenchimento do SIRAPA.

O Simplex é um programa de simpli-ficação administrativa e legislativa que pretende tornar mais fácil a vida dos cidadãos e das empresas na sua relação com a Administração e, simultaneamen-te, contribuir para aumentar a eficiência interna dos serviços públicos.

As iniciativas propostas no quadro des-te programa têm como objectivo alterar processos e simplificar ou eliminar pro-cedimentos constantes das leis e regula-mentos em vigor, com base numa avalia-ção negativa sobre os seus impactos ou a

sua pertinência.No âmbito do programa Simplex está

prevista a dispensa da entrega em papel dos pedidos de Autorização Especial de Trânsito com a criação de um serviço on-line que permita o seu pedido e encami-nhamento.

O Regulamento de Autorizações Espe-ciais de Trânsito (RAET), aprovado pela Portaria n.º 472/2007, de 15 de Junho, bem como a Portaria n.º 787/2009, de 28 de Julho, consagra as condições em que podem utilizar a via pública os veí-

culos que, pelas suas próprias caracterís-ticas ou em virtude do transporte de ob-jectos indivisíveis, excedem as dimensões ou pesos regulamentares.

Neste sentido, deverá ser criado, numa primeira fase, um formulário on-line que permitirá efectuar a submissão do pedi-do. Numa segunda fase, serão incluídas, nesta plataforma, as funcionalidades de tramitação on-line dos pedidos e emissão de pareceres entre as Estradas de Portugal e as entidades consultadas – concessioná-rias das auto-estradas.

Sirapa

Pedido on-line para emissão das Autorizações Especiais de Trânsito

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DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DE FORMAÇÃO

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sexta-feira, 19 Novembro de 2010X

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Formação à medida da sua empresa

A ARAN – Associação Nacio-nal do Ramo Automóvel informa que se encontra disponível para se deslocar às instalações dos seus associados aos sábados e durante a semana em horário pós-laboral para ministrar formação, desde que sejam formadas pelo menos turmas de 10 formandos. As ac-ções podem também ser dadas nas instalações da ARAN.

Os principais cursos disponíveis são: Gestão Oficinal; Gestão Am-biental no Sector Automóvel; Im-plementação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO9001l; Imagem e Comunicação – Marketing de Em-presa; Inglês (Inicial; Intermédio; Comercial); Estratégias de Vendas; Condução Defensiva, Económi-ca e Ambiental; Atendimento de Excelência; Gestão do Tempo; As-sertividade na Empresa; Gestão de Conflitos / Motivação Empresarial; Regras para o Exercício da Activi-dade de Pronto Socorro…

Os associados interessados de-vem contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação Profissional da ARAN, que colabo-rará na angariação de formandos, caso a empresa associada não tenha o número de colaboradores neces-sários para formar uma turma.

Designação Local Duração Início Fim Horário Valor

Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Comunicação e Informação

Braga 50h 08-09-2010 29-09-2010 19-23h 89€

Sistemas de Climatização Guarda - Seia 50h 14-09-2010 30-09-2010 19-23h 89€

Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Conforto e Segurança

Pedrouços 50h 06-10-2010 22-10-2010 19-23h 89€

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Injecção Diesel

Viana do Castelo 50h 06-10-2010 22-10-2010 19-23h 89€

Sistemas de Climatização Coimbra - 50h 06-10-2010 22-10-2010 19-23h 89€

Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Comunicação e Informação

Aveiro 50h 26-10-2010 12-11-2010 19-23h 89€

Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Segurança Activa e Passiva

Fundão 50h 16-11-2010 03-12-2010 19-23h 89€

Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Comunicação e Informação

Viseu 50h 16-11-2010 03-12-2010 19-23h 89€

Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Segurança Activa e Passiva

Vila Real 50h 18-11-2010 07-12-2010 19-23h 89€

Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Comunicação e Informação

Albufeira 50h 22-11-2010 10-12-2010 19-23h 89€

Condições exigidas para a inscrição ser considerada válida (as vagas são preenchidas por ordem de chegada):1. Ficha de Inscrição preenchida;2. Cheque do montante endossado à ARAN ou transferência bancária NIB 0045 1441 4022 8746 1687 1 da Caixa de Crédito

Agrícola (envio de comprovativo de transferência por fax, mail ou correio), antes do início da acção;3. Cópias de B.I., Cartão de Contribuinte e Comprovativo de NIB em que o formando seja titular da conta.Para mais informações contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação Profissional da ARAN:Tel. 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 E-mail: [email protected] Morada: Rua Faria Guimarães 631 4200-291 Porto

PLANO DE FORMAÇÃO 2010

ENVIAR O INQUÉRITO PARA O DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS E FORMAÇÃO DA ARAN

ARAN – Associação Nacional do Ramo AutomóvelRua Faria Guimarães, 631 4200 – 291 Porto Telf.: 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 www.aran.pt [email protected]

INQUÉRITODos seguintes cursos assinale os de maior interesse para a sua empresa:q Electricidade e Electrónica q Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Ignição e

Injecção Electrónica de Motores a Gasolinaq Rodas / Pneus / Geometria de Direcção

q Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Transmissão Ma-nual

q Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Transmissão Automática

q Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Antipoluição / So-brealimentação

q Sistemas Climatizados q Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Direcção / Suspensão

q Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Injecção Diesel

q Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Segurança Activa e Passiva

q Sistemas Multiplexados q Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Conforto e Segu-rança

q Diagnóstico e Reparação de Sistemas de Informação e Co-municação

q Orçamentação de Colisão / Peritagem q Soldadura MIG, TIG específicas para alumínios aplicadas em viaturas

q Introdução à Informática q MS Word q MS Excel q MS Power Point q Internet e Outlook

q Inglês – Inicial q Inglês – Intermédio q Inglês – Co-mercial

q Espanhol – Inicial q Espanhol – Intermédio q Espanhol – Comercial

q Gestão Oficinal q Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho q Ambiente Autoq Gestão de Resíduos q Certificação de Serviço q Atendimento ao Clienteq Técnicas de Negociação q Marketing e Vendas q Liderança e Gestão de Equipasq Assertividade na Empresa qGestão do Tempo q Legislação Laboralq Formação Profissional no Código do Trabalho qOutros:

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IDENTIFICAÇAON.º de Associado: _______________Nome da Empresa: _______________________________________________________________________________________________________________________________________Morada: _______________________________________________________________________________________________Distrito: ------------------------------------------------------------- Telef.: ___________________________________ Telemóvel: ______________________________________Fax: --------------------------------------------------------------------------------------E-mail:@ ____________________________________Actividade Principal: __________________________________________________Nº Funcionários:-------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Mercados emergentes com mais combustíveis diferentes

A percentagem de aquisições de veículos com com-bustível efi ciente ou movidos a combustíveis alter-nativos é igualmente superior nos mercados emer-gentes. Este resultado é fortemente infl uenciado pelo Brasil, que conta com um elevado número de proprietários deste tipo de veículos (72%, muitos quais a etanol). Apesar de nos mercados desen-volvidos esta percentagem ser ligeiramente infe-rior, o sentimento ecológico de preservação ambi-ental dos consumidores continua a ser um factor importante. Para os fabricantes de veículos au-tomóveis, estes dados demonstram que os veículos “amigos do ambiente” representam uma oportuni-dade real de crescimento do seu negócio. Os carros híbridos, com motores a gasolina/electricidade, são as principais escolhas para os consumidores que procuram veículos movidos a combustíveis alterna-tivos, tendo sido indicados por 34% dos inquiridos.

Poupança leva a ecologia

O primeiro aspecto que dita a aquisição de veícu-los ecológicos continua a ser a poupança de com-bustível. Em segundo lugar, os inquiridos menc-ionam o impacto ambiental. Assim, à medida que esta tendência se torna num factor de interesse para os consumidores, as novas opções de mobi-lidade geram também um interesse signifi cativo. Os pacotes de mobilidade representam uma vira-gem signifi cativa no comportamento de compra dos consumidores. São soluções centradas na aquisição regular de serviços, em vez da aquisição de um único produto – por exemplo, a adesão a clubes de automobilistas, ou, no caso de veículos eléctricos, a compra de serviços de carregamen-to de baterias e as opções de pagamento por km (“pay-per-mile”), que são fornecidas em conjunto com os veículos, por um custo adicional muito re-duzido. Este tipo de modelos de compra alternati-vos proporciona ao consumidor não só as vantagens da comodidade e da poupança, mas também como soluções ecológicas. Para a indústria automóvel, contudo, esta tendência levanta algumas questões sobre novos modelos de negócio e novas tecnolo-gias. Os players deste mercado quer sejam novos ou tradicionais, terão agora que considerar o po-tencial impacto que esta viragem na procura irá provocar nos seus negócios.

O estudo Cars Online, da consul-tora Capgemini, destaca o aumento da procura de veículos ecológicos e de alternativas de mobilidade, à medida que a indústria automóvel internacional alcança a estabilidade e retoma o crescimento. A edição 2010 da consultora é a 12ª, tendo inquirido mais de oito mil consu-midores de vários países, sobretudo do Brasil, da China, da França, da Alemanha, da Índia, da Rússia, do Reino Unido e dos EUA.

O estudo anuncia uma clara mu-dança nas expectativas dos consumi-dores que se irá repercutir, com im-pactos relevantes, na actividade quer dos fabricantes de automóveis, quer dos stands de vendas de automóveis, nos mercados desenvolvidos e emer-gentes. Isto não obstante o ligeiro aumento verifi cado no número cres-cente de clientes que se diz satisfeito com o processo de compra de veícu-los (70% em 2010 comparativamen-te com os 69% em 2009).

Procura cada vez mais “verde”

“Em 2009, a indústria automóvel foi caracterizada por uma volatili-dade signifi cativa. Já este ano, pelo contrário, a tendência é de estabili-dade, e mesmo de crescimento nos mercados desenvolvidos à medida que as vendas de veículos têm vindo a aumentar, e de forte expansão nos mercados emergentes,” afi rma Nick Gill, responsável mundial pelo sector automóvel na Capgemini. “Estes in-dicadores positivos estão igualmente refl ectidos na nossa pesquisa, o que demonstra que a satisfação do con-sumidor com a compra de um veí-culo aumentou este ano em diversos países. Contudo, a indústria auto-móvel não pode dar-se ao luxo de ser complacente. Os fabricantes devem ouvir e responder às exigências dos consumidores a nível local, à medida que o mercado continua a desenvol-ver-se”, defende Gill.

Um dos destaques do Cars On-line 2010/2011 é que a procura de

veículos ecológicos continua a cres-cer a bom ritmo. 43% dos inquiri-dos revelou possuir um veículo com combustível efi ciente ou um veículo movido a combustíveis alternativos; esta percentagem foi de 41% no ano anterior e de 36% há dois anos atrás. Do total de inquiridos pelo estudo este ano, 73% disse esperar que, nos próximos cinco anos, os veículos to-talmente eléctricos passem a consti-tuir uma alternativa viável.

Realce ainda para o facto de mais de 40% dos inquiridos terem revela-do que gostariam de ter a possibili-dade de adquirir veículos online, re-correndo à Internet para a totalidade do processo de compra, e não apenas para procurar informação sobre os veículos que pretende adquirir. Aliás, um número signifi cativo de consu-midores, que cada vez mais pesquisa num único lugar online informação qualitativa e quantitativa, afi rmou que procura também informação nas redes sociais e nas opiniões de outros consumidores. No entanto, as fontes de informação variam largamente de país para país, verifi cando-se que, nos mercados emergentes, há uma maior preferência pelas redes sociais e outras ferramentas online, entre as quais os fóruns de consumidores.

Outra das conclusões importantes da análise é que o processo de com-pra dos veículos mantém a tendên-cia para ser cada vez mais curto. A maioria dos consumidores informou que entre o início da fase de pesqui-sa de informação e a concretização da aquisição mediaram apenas dois meses.

Além disso, alternativas de compra como os pacotes de mobilidade, pro-

gramas de partilha do mesmo veícu-lo ou o car-sharing são cada vez mais populares e estão em fase de acentu-ado crescimento, especialmente nos mercados emergentes, uma vez que proporcionam poupanças signifi ca-tivas, níveis acrescidos de comodi-dade, e constituem alternativas mais ecológicas. Nas alternativas ao tra-dicional modelo de compra/leasing, mais de um terço dos inquiridos de-monstrou interesse.

Mercados desenvolvidos e emergentes com diferenças

Pelo facto de serem um fenóme-no recente, os mercados emergentes apresentam padrões de compra de veículos automóveis diferentes dos observados nos mercados desenvolvi-dos. Muitos dos consumidores estão a adquirir um veículo pela primeira vez e possuem perspectivas muito dife-rentes sobre o que realmente lhes im-porta nesta situação. O estudo revela que os consumidores dos mercados emergentes são muito mais exigentes do que os dos mercados maduros. Por exemplo, apenas 40% dos inquiridos das regiões emergentes consideram a possibilidade de se deslocarem mais do que 16 km, para se dirigirem a um stand de automóveis onde possam efectuar a aquisição de um veículo, comparando com dois terços dos con-sumidores dos mercados maduros.

De forma similar, os consumidores dos mercados emergentes são mais exigentes no processo de compra. Na China e no Brasil, por exemplo, 60% dos consumidores esperam ob-ter uma resposta no espaço de quatro horas. Em países como a Alemanha ou a França, este valor fi ca nos 29% e 34%, respectivamente. As fontes de informação utilizadas no processo de compra apresentam igualmente dife-renças signifi cativas, com os consu-midores dos mercados desenvolvidos a recorrerem principalmente a fontes online, e os dos mercados emergen-tes, a complementarem a pesquisa online com a dos meios tradicionais.

Estudo Cars Online, da Capgemini

Procura de alternativas ecológicas aumenta com retoma da indústria automóvel mundial

XIsexta-feira, 19 Novembro de 2010

Um dos destaque do Cars Online 2010/2011 é que a procura de veículos ecológicos continua a crescer a bom ritmo.

Realce ainda para o facto de mais de 40% dos inquiridos terem revelado que gostariam de ter a possibilidade de adquirir veículos online

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Designada de Sportium

Peugeot lança nova versão na gama 207

Mitsubishi Outlander com novo motor diesel

A nova geração do “crossover” Mitsubishi Outlander, que iniciou a comercialização em Portugal em Março, recebeu uma versão duas ro-das motrizes com motor 2.2 diesel com 177 cv. Estas características au-mentam a competitividade, que tem agora melhores performances, com menores consumos. Destaque ainda para o facto de o modelo ser classe 1 nas Portagens. Com 380 Nm de binário, o bloco 2.2 foi desenvolvi-

do a partir do 1.8 diesel que equipa o ASX. O motor 2.2, com sistema stop/start, permite ao Mitsubishi Outlander atingir os 100 km/h em 9,7 segundos, com uma velocidade máxima de 200 km/h. O consumo médio anunciado pelo construtor japonês é de 6 litros aos 100 km e as emissões de CO2 de 159 g/km. Os preços do Outlander 2.2 DiD MI-VEC 2WD – 7 lugares começam nos 36 500 euros.

A Peugeot alargou a oferta do 207 com a nova ver-são Sportium. Dirigida ao

coração da gama, a designação pretende fazer uma aproxima-ção às versões Sport, mais equi-padas, mas, no preço, está mais perto das versões de entrada. É a estratégia da Peugeot para levar mais além a competitividade da gama 207. A gama do modelo fica agora mais rica, apresentan-do quatro níveis de equipamen-to na berlina (Active/Premium, Sportium, Sport e GT, aos quais se junta a versão 99 g) e cinco na SW (Urban, Premium, Spor-

tium, Sport e Outdoor). Com o enriquecimento de equipamento face à versão de entrada de gama, valorizado, segundo a filial da marca francesa, em 1590 euros, os 207 Sportium são propostos com um preço superior em 650 euros, o que se traduz num ga-nho de 940 euros. Os preços do modelo neste patamar de equipa-mento – disponível na berlina e na SW, com as motorizações 1.4 a gasolina, 1.4 diesel e 1.4 diesel com 92 cv – variam, assim, entre os 14 500 e 22 010 euros.

Em termos de estética exterior, o nível Sportium tem pára-cho-

ques dianteiro, com grelha cro-mada desportiva do tipo “GT” e faróis de nevoeiro integrados jantes de liga leve de 15 polega-das (16 na SW 1.6 HDi) ou os

vidros escurecidos. Elementos de série que, no caso da SW, se com-binam com o tecto panorâmico em vidro e as barras de tejadilho em cromado. No interior, desta-que para a pedaleira e a soleira da porta em alumínio, o volante em couro ou o painel de instru-mentos em fundo branco com contorno cromado, aos quais se juntam equipamentos como a ajuda ao estacionamento trasei-ro, o ar condicionado, o regula-dor e limitador de velocidade, o rádio CD MP3 WIP Sound e os bancos dianteiros reguláveis em altura.

O Peugeot Partner furgão acaba de receber a versão de três lugares dianteiros. Este trunfo comercial estava disponível noutros mercados desde o lançamento do mo-delo, mas não tinha homo-logação em Portugal. Para maior modularidade, o banco central pode ser rebatido e colocado em posição de “ta-blette-escritório” e funcionar como um auxiliar nas tarefas do dia-a-dia.Proposto em versão curta (L1) e longa (L2), o Peu-geot Partner com três lu-gares dianteiros e modulá-veis, mantém exactamente as mesmas prestações em termos de volume de carga, com respectivamente 3,3 m3 e 3,7 m3. A carga má-xima varia respectivamente entre 549 kg e 671 kg.No capítulo das motoriza-ções, o 1.6 HDi de 75 cv equipa a versão base do Par-tner e o motor 1.6 HDi de 90 cv está disponível nas ver-sões base e Confort L2. Os preços desta nova versão do comercial francês oscilam entre 15 555 e 17 540 eu-ros (com IVA).

PEUGEOT PARTNER COM TRÊS LUGARES

DIANTEIROS

Mazda “retoca” 2O Mazda 2 foi alvo de melhoramen-

tos. Em termos de estética exterior, des-taque para a nova grelha frontal e para as alterações nos rebordos dos faróis de ne-voeiro. No interior, os mostradores pas-sam a ter fundo preço, grafismo branco e rebordos prateados e a consola central e os painel de instrumentos têm novos moldes. Este facto, a par de novos ma-teriais e tecidos aumentam, segundo a marca japonesa a qualidade a bordo. O porta-luvas é também novo. Em termos de chassis e suspensões, destaque para a estrutura interior das cavas das rodas traseiras com novo formato e com pon-tos adicionais de soldadura para a maior rigidez da subestrutura da suspensão

dianteira, com fixação do paralelismo da geometria, incrementando o confor-to, mantendo elevados os índices de es-tabilidade. Novos e mais suaves braços oscilantes na suspensão traseira e aplica-ções plásticas são outras das alterações.

No capítulo das motorizações, pas-sam todas a cumprir as normas Euro V. O motor 1.3 a gasolina – com 75 ou 84 cv – baixa os consumos médios de combustível em 2% (para 5,1 litros aos 100 km) e as emissões de CO2 em 5% (para 119 g/km). O motor 1.5 com 102 cv mantém os 5,8 litros de consu-mo misto e 135 g/km de emissões de CO2. O turbodiesel 1.6 passa a debitar 95 cv (era 90), apesar de baixar os con-

sumos em cerca de 2%. O novo motor consome 4,2 litros de ga-sóleo aos 100 km em percurso misto e emite 110 g/km de CO2.

Os preços do renova-do Mazda 2 a gasolina variam entre 12 954 e 15 822 euros no mo-tor 1.3 (com 75 ou 84 cv), sendo o 1.5 com 102 cv propos-to por 18 881 eu-ros. O diesel custa, consoante o nível de equipamento, entre 19 785 e 21 314 euros.

sexta-feira, 19 Novembro de 2010XII

Volkswagen Caddy reforça argumentosA Volkswagen renovou o co-

mercial Caddy, que mantém as carroçarias normal e Maxi. O modelo tem como principais no-vidades o novo visual de família da marca alemã e o facto de todas as versões terem ESP de série.

Em Portugal, o modelo é ape-nas proposto com motor diesel, 1.6 e 2.0, mas em outros mer-cado pode montar, também, o novo motor 1.2 turbo a gasolina, com 86 ou 105 cv. Nos motores “portugueses”, o 1.6 TDI pode ter 75 ou 102 cv e o 2.0 140 cv. Destaque para as versões Blue-Motion, que baixam as emissões e os consumos. O modelo mais eficiente da gama é o novo 1.6 TDI BlueMotion de 102 cv, com um consumo médio de 4,9 l/100 km, menos 0,6 l/100 km que o consumo da anterior geração BlueMotion, e apenas 129 g/km de emissões. A autonomia atinge assim 1176 km num só depósi-to. Em alternativa, está também

disponível o motor com 75 cv com tecnologia BlueMotion. To-das as Caddy BlueMotion estão equipadas com o sistema Start/Stop e regeneração automática das baterias na desaceleração ou travagem. Assim, sempre que o condutor levantar o pé do acele-rador ou inicie a travagem, o ge-rador é accionado, aumentando a voltagem para recarregar a ba-

teria. A redução da carga do mo-tor permite uma diminuição dos consumos. Em termos de preços, a variante furgão da Volkswagen Caddy, que representa 90% das vendas do modelo, custa entre 13 244 e 20 908 euros (valores sem IVA, dedutível pelas empre-sas). Já a variante de passageiros custa entre 25 081 e 37 773 eu-ros (com IVA a 21%).

Preços entre 14 500 e 22 010

1.4 VTi 95 3p G14 500

1.4 VTi 95 5p G14 900

1.4 HDi 70 3p G18 735

1.4 HDi 70 5p G19 135

SW 1.4 VTi 95 G17 915

SW 1.6 HDi 92 G22 010

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Versão que paga menos ISV é a principal novidade das melhorias do modelo

Lexus “seduz” frotas com IS 200dA necessidade de alargar e complemen-

tar a oferta da gama IS, dando resposta às exigências dos clientes da gama “pre-mium” que procuram consumos e emis-sões de CO2 mais baixas sem compro-meter a performance, resultou no mais recente lançamento da Lexus, o modelo 200d, de motor 2.2 turbodiesel com 150 cv. Menos penalizado fiscalmente do que outras por versões, por ter menores emis-sões de CO2, esta versão, com preços a partir de 36 500 euros, pode, também, ser importante para os clientes frotistas.

Aliás, segundo António Costa, res-ponsável pela comunicação da Lexus em Portugal, a nova motorização do IS 200d “é muito apetecível para o mercado por-tuguês, quer pelo consumo misto de 5,1 litros aos 100Km, como pelo nível de emissões de CO2 que apresenta”.

A renovação do modelo é o reforço da presença da marca no segmento D que, apesar de apresentar um decréscimo ge-neralizado desde 2008, continua a ser uma das apostas estratégicas da Lexus. Em 2010, as vendas cresceram cerca de 1%, prevendo-se um aumento semelhan-te para o próximo ano. A Lexus estima que sejam transaccionadas cerca de 105 unidades do novo modelo em 2011, o que lhe permitirá manter a sua quota de mercado de 1,6% em Portugal.

Como já foi referido, em simultâneo com a introdução do novo modelo, a marca implementou ainda pequenas melhorias em toda a gama IS. A actuali-zação dos motores 2.5 V6 a gasolina de injecção directa (208 cv) e do 2.2 diesel de 177 cv permitiu reduzir os consumos e as emissões. Já no que se refere ao de-sign, toda a gama sofreu pequenas altera-ções ao nível da carroçaria e dos detalhes do habitáculo. Luzes LED, pára-choques aerodinâmico, novas grelhas, jantes rede-senhadas são algumas das modificações destacadas. “A gama IS apresenta-se cada vez mais como uma berlina desportiva, mais dinâmica e elegante”, salientou An-tónio Costa.

A gama Lexus IS fica agora compos-ta por cinco versões: “S 200d, IS 220d, IS 250, IS 250C e IS-F. “O que a torna mais competitiva face à concorrência”, reforça aquele responsável.

Inteligência e carácter desportivo

O Lexus IS 250 também foi alvo dos engenheiros da marca, estando agora dis-

ponível apenas com uma nova transmis-são automática de seis relações que, devi-do ao seu controlo electrónico, beneficia de um programa de inteligência artificial denominado AI-SHIFT. Este foi melho-rado graças à adição do novo programa de Controlo da Resposta às Condições da Estrada. Ou seja, ao monitorizar o ângulo do acelerador e a velocidade do veículo, o sistema reconhece quando está perante uma descida ou subida. Em su-bidas, o sistema evita passagens de caixa em progressão, assegurando o binário ne-cessário, enquanto nas descidas garante a maximização da travagem com o motor.

A redução do consumo misto em 0,7 litros aos 100 km, para os 8,4 litros, e a melhoria do sistema de tratamento de gases de escape que permitiu uma dimi-nuição de 20 g/km no valor das emissões de CO2, para os 194 g/km, são outras das novidades apresentadas para este mo-delo.

Adicionalmente, e em toda a gama IS, os clientes podem optar pela versão me-lhorada do pack F-Sport, disponível para todos os motores. Usando como ponto de partida a actual versão, a nova varian-te F-Sport acrescenta uma lista extensa de detalhes exclusivos – exteriormente e

interiormente – bem como uma suspen-são desportiva (apenas disponível no IS 250).

De frente, as versões F-Sport podem ser imediatamente identificadas pelo pa-drão das grelhas superior e inferior, idên-tico ao do IS-F. O cromado envolvente da grelha tem agora um acabamento mais escurecido. O novo design do pára-choques dianteiro incorpora spoilers de tipo “lâmina” sob os faróis de nevoeiro.

De perfil, a nova versão F-Sport apre-senta um logótipo personalizado no guarda-lamas, bem como novas jantes de 18 polegadas, de design exclusivo, com pneus 225/40R18 à frente e 255/40R18 atrás. O spoiler traseiro ao estilo IS F in-corpora a terceira luz de stop. As cores exteriores oferecem sete tonalidades pro-venientes do super-desportivo IS-F, entre as quais se conta o Ultrasonic Blue Mica.

Em complemento, o Lexus IS 250 F-Sport recebe uma suspensão desportiva melhorando o comportamento em cur-va, a agilidade do chassis e também a res-posta da direcção. A taragem das molas e amortecedores foi optimizada de forma a conciliar uma excelente estabilidade em curva com um apreciável conforto de ro-lamento.

A suspensão traseira do tipo Multi-link partilha diversos componentes com a do IS-F de forma a proporcionar uma superior rigidez ao nível das barras esta-bilizadoras e casquilhos. As novas jantes de 18 polegadas contribuem para uma melhoria das características dinâmicas do automóvel, ao conjugar uma elevada rigidez com uma redução de 2,6 kg no peso por roda. Para além de todas estas modificações, a versão F-Sport oferece novos acertos na assistência da direcção de acordo com velocidade, resultando em uma melhor resposta da direcção e superior estabilidade.

O IS 200d já está disponível em Por-tugal, com preços a partir dos 36 500 euros, valor que sobe para os 39 850 eu-ros, se falarmos do IS 220d. O preço de entrada para o IS 250d ronda os 47 620 euros, enquanto o IS-F pode ser adquiri-do a partir dos 110 200 euros.

Para 2011, a Lexus prevê iniciar a co-mercialização do seu primeiro modelo híbrido – o CT200 –, que marca o prin-cípio de um novo leque de viaturas com baixo nível de emissões de CO2 e con-sumos na ordem dos 3,9 litros/100km.

FÁTIMA FERRÃ[email protected]

Audi A7 Sportback em PortugalO Audi A7 Sportback já está disponí-

vel nos concessionários nacionais da marca. Com quatro lugares, este coupé de cinco portas tem claras aspirações de fazer frente ao Mercedes CLS, cuja segunda geração foi conhecida há poucas semanas. Em termos de dimensões, o A7 Sportback tem 4,97 metros de comprimento, uma largura de 1,91 me-tros e uma altura de apenas 1,42 metros, com uma capacidade na bagageira de 535 litros.

Audi equipa o A7 Sportback com quatro opções de motorizações, todas V6, duas a gasolina e outras tantas diesel. Os gasoli-na são o 2.8 FSI com 204 cv e o 3.0 TFSI com 300 cv. Os diesel são o mesmo blo-co 3.0 TDI, com 204 ou 245 cv. Todos os motores têm acoplada caixa automática, a S Tronic (sete velocidades) nos gasolina e no diesel mais potentes e a Multitronic no diesel de 204 cv. Este último motor é, aliás, o único sem tracção integral Quattro, tem

tracção dianteira. A tracção permanente um diferencial central de coroa com gestão do binário individual para cada roda, que trabalha de uma forma particularmente fle-xível e dinâmica. Opcionalmente, a Audi oferece um diferencial traseiro desportivo, que distribui activamente a força motriz entre as rodas traseiras.

O novo bloco 3.0 TDI de 204 cv com transmissão automática Multitronic pos-sui um consumo médio ponderado de 5,3 litros em cada 100 km, com emissões de médias de CO2 de 139 g/km. Todos os motores funcionam com um sistema de re-cuperação de energia, gestão térmica e um sistema start/stop.

Quanto a preços, o Audi A7 Sportback 2.8 FSI é proposto por 68 640 euros, o 3.0 TDI de 204 cv por 69 900 euros, o 3.0 TFSI por 79 mil euros e o 3.0 TDI com 245 cv por 80 500 euros.

XIIIsexta-feira, 19 Novembro de 2010

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Propulsor “Asterix”, já em Portugal, é um 900 cc turbo com 85 cv

Fiat 500 recebe motor baixa cilindrada de nova geração

sexta-feira, 19 Novembro de 2010XIV

Com apenas 900 cc e dois cilindros, o motor TwinAir da Fiat baixa as emissões e consumos, mas, por ser turbo, oferece prestações superiores às do 1.2 com 69 cv. Os preços do pequeno Fiat 500 TwinAir começam nos 15 290 euros.

A gama nacional do Fiat 500 recebeu um autêntico motor “Asterix”. A metáfora justifi ca-se no facto do propulsor em cau-sa ser um dois cilindros turbo com apenas 900 cc que debita 85 cv. Este motor – cuja cilindrada faz recordar o 900/C, que nos

anos 1970 e 1980 permitiu a locomoção a muitos portugueses no mítico 127 – estreia a nova família de bloco com dois cilindros da Fiat Powertrain Technologies, denomi-nada TwinAir.

O novo motor emprega o sistema Mul-tiair (lançado no ano passado, este sistema controla o ar através das válvulas de admis-são do motor, sem recurso à borboleta, e a combustão) aliado a uma dinâmica dos fl uidos específi ca e optimizada para obter o máximo rendimento de combustão. Fruto do conceito de “downsizing” e de uma pre-paração da mecânica de base, a nova família – com potências compreendidas entre 65 cv e 105 cv – assegura uma redução até 30% de CO2 relativamente a um motor de iguais prestações. Segundo a “Vida Económica” apurou, ao longo dos próximos meses o mo-tor vai chegar a outros modelos do grupo Fiat, nos seus vários patamares de potência.

O Fiat 500 é, então, o primeiro modelo a montar o fundador desta nova família de motores, com o já foi referido dois cilin-dros Turbo de 85 cv, para o qual a marca de Turim anuncia níveis de emissões de CO2 a partir de 92 g/km com caixa de veloci-dades robotizada Dualogic e 95 g/km com caixa mecânica, “sem penalizar as presta-ções nem o prazer de condução”. O mérito pertence às pequenas dimensões da turbi-na que, aliadas a estratégias específi cas de gestão das válvulas, permitem minimizar o tempo de resposta nos regimes transitórios e, em simultâneo, manter elevados valores de potência máxima.

Além de obter prestações comparáveis às de motores de cilindrada superior com consumos e emissões inferiores, o motor TwinAir é, de acordo com a marca, muito agradável de utilizar. Isto porque a presença do turbo aumenta sensivelmente o binário máximo, disponibilizando-o a um regime de rotações muito baixo, o que resulta em grande elasticidade e numa prontidão de resposta sem comparação com os tradicio-nais motores aspirados (sem turbo).

Preços entre 1.2 e 1.3 diesel

Deste modo, embora com uma cilindra-da muito reduzida, o motor oferece, se-gundo a Fiat, “excelentes prestações e uma

sensível redução dos consumos”: compa-rado com o 1.2 de 69 cv, o novo Turbo de 85 cv regista um aumento de 23% na potência e de 30% no índice de prestações. Já em relação ao 1.4 com 100 cv, mantém as prestações num patamar equivalente, re-duzindo os consumos em 30%.

Equipado com este motor, o Fiat 500 atinge uma velocidade máxima de 173 km/h e acelera de zero a 100 km/h em 11 segundos. Em termos de efi ciência ener-gética, a marca italiana indica consumos e emissões em ciclo combinado de, respecti-vamente, 4,1 litros aos 100 km e 95 g/km de CO2 (com caixa mecânica) que passam para 4 litros e 92 g/km com caixa robo-tizada Dualogic. Para além disso, o Fiat 500 TwinAir de 85 cv dispõe da tecla ECO – colocada no tablier e com duas moda-lidades possíveis, Normal e ECO – que permite baixar ainda mais os consumos em cidade e garante uma condução mais amiga do ambiente (ver caixa). O motor surge ainda de série com sistema stop/start e indicador de passagem de caixa de velo-cidades.

Quanto a preços, o Fiat 500 com mo-tor 900 cc TwinAir custa entre 15 290 e 17 390 euros com caixa manual e 18 390 euros com caixa Dualogic. Já o 500C tem preços, com caixa manual, entre 17 790 e 19890 euros. O mesmo descapotável com caixa robotizada é proposto pela Fiat em Portugal por 20 890 euros.

Tendo em conta que os preços do Twi-nAir se situam cerca de mil euros acima dos do 1.2 a gasolina e 1500 euros abaixo do diesel 1.3 Multijet com 75 cv, a marca admite que o motor poderá dividir as ven-das do modelo entre a tecnologia diesel e a gasolina. “Como [o TwinAir] tem uma condução muito próxima da do diesel, é possível que venha eliminar o fosso de vendas entre o diesel e a gasolina”, disse à “Vida Económica” o director de relações externas e comunicação do Fiat Group Automobiles Portugal. Sérgio Martins não apontou, porém, um número concreto como objectivo de vendas para o motor.

AQUILES PINTO

[email protected]

O Fiat 500 TwinAir de 85 cv pode ser conduzido em modo Normal ou ECO. A opção é feita pelo condutor por um botão no tablier.

No primeiro caso, a tecla ECO é desactivada e o motor debita o binário máximo disponível (145 Nm), garantindo uma resposta mais imediata ao acelerador. A direcção recebe uma assistência específi ca, seguindo a modali-dade normal (a função City não é inserida) e no quadro de ins-trumentos não surge nenhuma indicação.

Na modalidade ECO, é privilegiada a vertente “ecológica”: o binário de-bitado reduz-se para 100 Nm a 1750 rotações por minuto, para garantir con-sumos mínimos e oferecer uma condu-ção mais citadina. Também o esforço ao volante é menor (a função CITY é

automaticamente activada). Depois de premida a tecla específi ca existente no tablier, surge no quadro de instrumen-tos a indicação ECO (no caso da caixa robotizada Dualogic, aparece um E). Com a Dualogic, também a estratégia de mudança de relação de caixa entra em modalidade ECO para optimizar ain-da mais a diminuição dos consumos.

MODO ECO PARA BAIXAR EMISSÕES

MOTOR 0.9 TWINAIR DE 85 CV

Cilindrada 875 cc

Potência 85 cv

Binário 145 Nm

Velocidade máx. 173 km/h

Acel. 0-100 km/h 11 s.

Combinado misto 4,1 l/100 km (4 l*)

Emissões CO2 (g/km) 95 (92*)

Preço 15 290 a 20 890 euros

*Caixa Dualogic

O Fiat 500, com particular destaque para este novíssimo TwinAir, está a fazer parte do evento artístico Pop Up Lisboa 2010. Segundo a marca, esta iniciativa “é uma afi rmação da evolução cultural urbana, então o Fiat 500 tinha também que estar presente”.

Logo na abertura, dia 4 de Novembro, no Palácio Verride em Santa Catarina, um dos quatro 500 presentes foi trabal-hado por Zé Pedro Abreu com a sua In-tervenção Fortune Balloons. Para con-cluir o dia, a intervenção foi terminada mesmo antes do DJ Set Boopsie Cola. No dia 5 de Novembro, no Lx Factory, outro dos quatro 500 foi intervencio-nado por “graffi ters”, intervenção que concluída antes do DJ Set.

Hoje, 19 de Novembro, de regresso ao Palácio de Verrides por ocasião da Festa de Aniversário Migalhas, Tiago Marques fará uma intervenção plástica em mais um 500. A festa de encerra-mento será no dia 11 de Dezembro na Kapital onde os 500 estarão expostos exibindo as suas intervenções.

A juntar-se ao programa, a Fiat traz ainda ao Pop Up Lisboa 2010 o icónico Roadsworth, que iniciou o seu trabalho de arte urbana questionando-se sobre a cultura automóvel, desenvolvendo uma linguagem baseada na arte de rua, de-senhando e manipulando os elementos urbanísticos da cidade, tendo como ferramenta preferencial o stencil e ar-recadando com as suas inúmeras inter-venções vários prémios e o aplauso das comunidades residentes onde exerce a sua arte. Roadsworth não deixa que o seu trabalho não seja visto, por isso o seu itinerário artístico urbano será bem visível a quem visite o Pop Up Lisboa 2010.

MODELO NO POP UP LISBOA 2010

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Novo Cayenne reduz combustível em 20%

Porsche faz corte em consumos e emissõesPode o leitor mais apaixonado

por automóveis desportivos di-zer que o mundo está “trocado” e que um automóvel desportivo se quer é para andar e não para ter preocupações ambientais. O facto é que a indústria automóvel atingiu hoje um patamar “verde” que até marcas como a Porsche, a Ferrari ou a Lamborghini anun-ciam cortes nas emissões de CO2, versões híbridas ou motores com biocombustíveis.

O mais recente anúncio neste âmbito coube à Porsche. A marca alemã garante que “cada novo mo-delo tem como alvo a poupança da combustível”. Dependendo do produto, cada novo modelo atin-ge, segundo a marca de Estugarda, uma poupança percentual de dois dígitos no consumo de combustí-vel, conseguindo, por outro lado, melhorar a performance. O mode-lo que oferece mais poupança face ao antecessor é o SUV Cayenne, cujas reduções variam entre 20 e 23%. Ainda assim, os (mais) des-portivos 911 e Boxster Cayman, lançados em 2008, tinham uma redução anunciada dos consumos de até 16 e 15%, respectivamente.

Nos 911 e Boxster Cayman com motores naturalmente aspirados – ou seja, sem turbo ou compressor – uma boa parte dessas reduções (de 0,5 e 0,6 litros aos 100 km) é conseguida graças à adopção de injecção directa do combustível e à introdução da caixa automática de sete velocidades Porsche Do-ppelkupplungsgetriebe (PDK) em vez da também automática de cin-co velocidades Tiptronic S. Essas mudanças permitiram que, pela primeira vez, um 911 conseguis-se baixar da barreira dos 10 litros

aos 100 (9,8). Face ao antecessor, equivale a um corte de 13% no consumo de combustível e de 15% nas emissões de CO2. A injecção directa de combustível e a caixa PDK representam uma redução do consumo médio de 15% tanto no Boxster S de 310 cv como no Cayman S de 320 cv, para 9,4 li-tros aos 100 km.

Porsche Intelligent Performance

Mais potência com maior efi-ciência é a rima que faz o princí-pio básico do programa Porsche Intelligent Performance, o qual se aplica com particular incidência, como já referimos, ao mais recen-te Cayenne. As duas versões com motor de seis cilindros e o diesel consomem menos 20% do que

antes, enquanto no V8 Turbo e no S, a redução atinge 23%. A nova coqueluche ambiental da Porsche, o Cayenne S Hybrid apresenta um consumo médio de 8,2l/100 Km. Face ao Cayenne S de anterior ge-ração, o híbrido tem menos 5 cv (de 385 para 380 cv), mas melho-ra alguns indicadores em 40%. A marca alemã realça que três dos cinco Cayenne de nova geração conseguem apresentar consumos mistos abaixo dos 10 litros de combustível, ficando dois abaixo da barreira dos 200 g/km de emis-sões de CO2.

Além de outras opções técnicas já referidas, as reduções de emis-sões e consumos da gama Cayen-ne foram atingidas ainda através da introdução da nova caixa au-tomática de oito velocidades Tip-tronic S, com sistema stop/start

e um escalonamento mais longo. A Porsche destaca também, entre outras medidas, a redução de peso.

O Cayenne Turbo, por exemplo, pesa agora menos 185 kg do que o antecessor.

XVsexta-feira, 19 Novembro de 2010

O modelo que oferece mais poupança face ao antecessor é o Cayenne, cujas reduções variam entre 20 e 23%.

A Porsche ficou bem cota-da nos mais recentes estu-dos da consultora JD Power and Associates. A fábrica que produz o 911 recebeu o prémio Fábrica de Prata de qualidade para a Europa em 2010 no estudo de qualida-de inicial e em vários outros estudos, conduzidos pelo marketing da consultora nos EUA, os clientes deram nota máxima à planta que cons-trói o modelo desportivo.

No estudo APEAL, a Pors-che defendeu a primeira posição. Este estudo – re-sultado dos votos de cerca de 82 mil proprietários de automóveis novos, cujos ve-ículos foram registados entre Novembro e Fevereiro – de-termina a atractividade do desempenho do veículo, a execução e o design para os veículos vendidos no merca-do americano. A Porsche re-cebeu ainda nota máxima no estudo inicial de qualidade e no estudo veículo de con-fiança, recebendo a maior pontuação entre todas as marcas numéricas medidas em análise.

MARCA BEM COTADA EM ESTUDOS DA JD POWER

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