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N 0 51 | Maio / Junho | 2015 | Ano 9 | www.grupolet.com A revista do Grupo LET Recursos Humanos News AUGUSTO CURY & WANDERLEY NUNES ESTREIA! Seção “ALÉM DO HORIZONTE” mostra o potencial para eventos corporativos dos espaços do GRUPO HOTÉIS EVENTOS LAZER — Pág. 16 ESPECIAL Longevidade de Carreira MÁRCIA TAVARES, pesquisadora e autora de livro sobre o tema, conversa conosco sobre esta tendência — Pág.8 Psiquiatra, Cientista, Escritor mais lido do Brasil e traduzido em mais de 70 países “O Cabelereiro das Estrelas”, Referência Internacional do segmento da Beleza analisam a CRISE no COMPORTAMENTO (face à crise econômica) e propõem soluções para CRIAR e EMPREENDER em meio a esse cenário – Pág. 12 CAPA – EXCLUSIVO!

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Page 1: News ESTREIA! Let 51.pdfna palestra “A Arte de Liderar: Para Tempos Incertos, Lideres Inquietos”, dia 17 de agosto. ... Recentemente a equipe de DP pas-sou por treinamento para

N0 51 | Maio / Junho | 2015 | Ano 9 | www.grupolet.com

A revista do Grupo LET Recursos Humanos

News

AUGUSTO CURY & WANDERLEY NUNES

ESTREIA!Seção “ALÉM DO

HORIZONTE”mostra o potencial para eventos corporativos dos

espaços do GRupO HOTÉIS EvENTOS LAZER — pág. 16

ESPECIALLongevidade de Carreira

MÁRCIA TAvARES, pesquisadora e autora de livro

sobre o tema, conversa conosco

sobre esta tendência — pág.8

Psiquiatra, Cientista,

Escritor mais lido do Brasil e

traduzido em mais de 70 países

“O Cabelereiro das Estrelas”,

Referência Internacional

do segmento da Beleza

analisam a CRISE no COMPORTAMENTO (face à crise econômica) e propõem

soluções para CRIAR e EMPREENDER em meio a esse cenário – Pág. 12

CAPA – EXCLUSIVO!

Page 2: News ESTREIA! Let 51.pdfna palestra “A Arte de Liderar: Para Tempos Incertos, Lideres Inquietos”, dia 17 de agosto. ... Recentemente a equipe de DP pas-sou por treinamento para

“Crise: momento para reavaliar comportamentos”

Papo com o leitor

Foto: Zuh Ribeiro / Army Agency

Há dois anos e meio ela che-gou à área de Recursos Humanos da Avon Cos-méticos, para o cargo de

Vice-Presidente, após brilhante traje-tória pelo Banco de Crédito Nacional, Volkswagen do Brasil e Phillips América Latina. Nesta última, em 2012, foi eleita Melhor Profissional de RH do Ano, prê-mio oferecido pela publicação Você RH.

Apaixonada por desafios multicul-turais e experiências internacionais, Alessandra viveu em Chicago (EUA), depois na China e na Holanda. Desen-volveu expertise de Mudança Organi-zacional em Harvard.

Tais predicados não fazem dela propriamente uma workaholic. Aos 41 anos, solteira e sem filhos, Alessandra não costuma trabalhar mais do que oito horas por dia e valoriza a qualida-de de vida associada ao trabalho, este, aliás, um dos pontos chave na cultura da Avon com práticas voltadas ao bem-estar das mulheres — 62% do total de

6,5 mil funcionários da companhia. Na Avon, o termo “aprimorar” tem

sido um mantra seguido pela executiva. Embora não se trate de novidade para a empresa a creche corporativa é um case de sucesso para o mercado. Atu-almente a Avon tem cerca de 100 crian-ças entre seis meses e dois anos, sen-do atendidas pelos berçários. O espaço conta com nutricionistas, cuidadoras, além de extenso trabalho pedagógico para estimular a capacidade cognitiva dos pequenos. As mães podem visitar e amamentar as crianças a hora que quiserem. Além do berçário, a empresa oferece a opção de auxílio-creche para as 100 funcionárias-mamães que optam por não utilizar o espaço.

Alessandra também falará de seus desafios durante o CONARH 2015 (Con-gresso Nacional Sobre Gestão de Pes-soas – ver em www.abrhbrasil.org.br) na palestra “A Arte de Liderar: Para Tempos Incertos, Lideres Inquietos”, dia 17 de agosto.

NEWSLET - O que motivou a criação de uma creche dentro da AVON para os filhos das funcionárias?

Alessandra Ginante - A Avon é a empresa pioneira no Brasil em ofe-recer benefícios direcionados a mu-lher. Foi a primeira a contar com um berçário dentro da empresa, já em 1981, e em adotar a licença-mater-nidade de 180 dias. Entendemos que essas práticas para a mulher são importantes para que consigam conciliar as atividades profissionais com a maternidade. E elas ajudam a criar um ambiente de engajamento importante. Hoje, a Avon tem berçá-rios nas suas unidades em Interla-gos (SP), Cabreúva (SP) e Simões Filho (BA).

NEWSLET – Mas de que forma o am-biente do berçário contribuiu para o engajamento das mães na cultura e metas da empresa?

“Aprimorar a Creche Corporativaé uma das ações que engaja pessoas e equipes”

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AVON

Alessandra GinanteVice-Presidente de RH da AVON Cosméticos

Expediente

Grupo LET Recursos Humanos Membro Oficial

Publicação bimestral - Maio / Junho 2015 Ano 9 – Nº 51 - Tiragem 2.000 exemplares Jornalista responsável (redação e edição):

Alexandre Peconick (Comunicação Grupo LET) Mtb 17.889 e-mail para [email protected]

Diagramação e Arte: Murilo Lins ([email protected])

Diretor Executivo: Joaquim Lauria

Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria

Conselho Editorial: Alessandra Dantas da Mota Lourdes Moreira

Fotocomposição da capa: Divulgação Grupo Educacional Augusto Cury e Marcelo Bormac (foto do Wanderley)

OPORTUNIDADES:Cadastre seu currículo diretamente em nossas vagas clicando www.grupolet.com/vagas/candidato e boa sorte!

GRUPO LET NAS REDES SOCIAIS: Acesse nossas páginas no Facebook e no LinkedIn Impressão: Grupo SmartPrinter Soluções em Impressão

EntrEvistaEntrEvista EspEcial

Competência em se atualizar às mo-dernas ferramentas de folha de paga-mento e qualidade no atendimento são os diferenciais do trabalho da área de Departamento de Pessoal do Grupo LET na visão de seus líderes Marcelo Santos e Eduardo Borges. “Adquirimos uma fo-lha de pagamento toda voltada à área de RH, que nos traz facilidades e agilidade em termos de cálculo e geração de nota

A evolução da área de DP em 15 anos de Grupo LET

Caros leitores,Nossa reportagem de capa traz o instigante tema da crise de relacionamento no trabalho e a revira-

volta disso; ou seja, como podemos criar e empreender em meio a uma crise econômica e intelectual. Para enriquecer a abordagem, trazemos duas grandes feras do mercado: o psiquiatria e escritor Augusto Cury (autor mais lido do Brasil atualmente) e o cabelereiro das estrelas Wanderley Nunes. A mescla da vivência e da visão de mundo deles brinda o nosso leitor em quatro páginas. Não deixe de ler e refletir.

Reflexão também marcada pelo bate-papo com a pesquisadora Marcia Tavares. Autora do livro “Lon-gevidade e Trabalho” (Qualitymark) ela aprofunda a questão dos profissionais estarem atuando por muito mais tempo no mercado e como este novo panorama impacta na economia e na sociedade brasileira.

Impacto positivo no mercado também é destaque nas práticas da empresa Avon que criou uma cre-che corporativa para que as suas colaboradoras-mamães se sintam em casa, na empresa. Alessandra Ginante, Vice-Presidente de RH da empresa, nos conta tudo na Entrevista Especial da edição.

Especialíssima também a estreia de nossa seção “ALÉM DO HORIZONTE...” que vai apresentar o dife-rencial dos espaços para eventos corporativos oferecidos pelo nosso mais novo parceiro o Grupo Hoteis Eventos e Lazer (HEL), de Fabrício Granito.

Não deixe também de ler com atenção nossas reportagens sobre como lidar com a crise hídrica e a coluna Direto ao Direito, com o advogado Sérgio Queiroz, que volta com tudo, analisando os efeitos jurídicos da Lei da Terceirização.

Boa leitura! Joaquim Lauria

Diretor Executivo do Grupo LET Recursos Humanos

fiscal; com isto, passamos a ter mais tempo para treinar nossa equipe e apri-moramos o atendimento às necessida-des dos clientes”, destaca Marcelo.

O desenvolvimento técnico e compor-tamental trouxe maior integração entre as áreas de DP e Financeiro do Grupo LET. Além disso, Eduardo, que cuida da supervisão do DP na unidade LET-Projac Globo, destaca as vantagens dele estar

no Grupo LET desde 2001: “Criei laços de confiança com a diretoria, colaboradores e absorvi a experiência dos clientes”. Para Edu, como é conhecido, “a humildade do aprendizado em todas as direções” é um valor decisivo para o sucesso.

Recentemente a equipe de DP pas-sou por treinamento para se adaptar às atualizações da Lei 6.019 do Trabalho Temporário e outro para a exigência do seguro-desemprego online. Um dos próximos desafios será o de lidar com o eSocial. E uma grande esperança é pela aprovação integral, no Congresso, da Lei da Terceirização. “Será um grande avanço para o trabalho de todos nós”, garantem Marcelo e Edu.

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Entrevista Especial

“Ler é muuuito bom”

A universalidade da trama possi-bilita a reflexão de vários temas – superação, resiliência, des-prendimento , solidão, razão de ser – que falam com es-pectadores de qualquer lugar do mundo, não importando a origem, cultura ou trajetória. Ganhador de oito prêmios do Oscar, “Gravidade” é um dos filmes mais inovadores da história recente do cinema.

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Quais são os maiores desafios a um líder iniciante para que ele consiga obter alta performance de seus liderados?

L. F. - Fazer a transformação em sua própria forma de condu-ta, de profissional operacional, realizador de tarefas e resulta-dos, para gestor, líder, coordenador das atividades de outras pessoas, seus subordinados, para a realização dos resultados. Transformação que só é conseguida com a prática no local de trabalho, orientação adequada, além de coragem, disciplina e determinação. E há que se fazer isto de um dia para o outro!

Parece bonito na teoria, mas como podemos falar de “obje-tivos comuns” em organizações em que atuam pessoas com natureza e propósitos de vida tão diferentes?

L. F. - Basta identificar alguns desejos comuns importantes e tor-na-los públicos, tais como: Lucratividade (profissionais desejam trabalhar em uma empresa que tem lucro. A falta do lucro provoca medo e comportamentos improdutivos); Produtividade elevada; Volume de vendas elevado (esse objetivo sinaliza crescimento e desenvolvimento, o que, traz possibilidade de ganhos maiores).

Um trecho do seu livro fala em “partir do caos para a evolução humana”. Observando o caos em que o nosso país se encon-tra e que se abate sobre muitas de nossas organizações, para onde exatamente poderemos evoluir?

L. F. - Todos os fenômenos, inclusive humanos, oscilam entre momentos de caos e de ordem. Na situação caótica existem re-cursos que levam a uma nova ordem, mais contributiva e na situ-ação ordeira existe um pouco de caos, que pode levar a desper-dícios de recursos. É nesse momento que aparecem os líderes contributivos. Cabe a eles identificar as oportunidades dentro e fora de seu grupo, ordenar e aplicar os recursos que possui na busca por essas novas oportunidades, e criar um novo e mais eficiente modelo de operação em sua organização.

De Bate-Pronto com Lauter Fontana Nogueira, autor de “Construindo Equipes de Alta Performance” (Qualitymark

Editora)Mais de três décadas de vivên-cias em tecnologia do desem-penho humano, como líder em organizações e professor de RH na UNICAMP, são uma base só-lida para o conhecimento apre-sentado em seu livro e neste bate-pronto...

A jornalista Myrna Brandão

Dicas NewsNovo Dicas NEWsLET - cuLTura

“Chinnovation”, de Yinglan Tan (Quality-mark Editora)Saber como se relacionar com a China e o seu vastíssimo mercado oferece alternativas para o futuro. Ao entrevistar, “sem máscaras”, CEOs de organizações locais, o autor quebra para-digmas sobre os chineses, estabelecidos pelos ocidentais. Para quem negocia com a China, ou pretende lá trabalhar, vale a pena considerar este conteúdo.

Da “Sétima arte”...para oS rHs

Alessandra Ginante - A presença do berçário e dos bebês ajuda a cons-truir um ambiente de solidariedade e comove mesmo quem não usufrui do serviço. Quando as mães voltam da licença-maternidade e deixam seus filhos no berçário dentro da empresa elas se sentem acolhidas, mais se-guras e tranquilas, sabem que vão participar do desenvolvimento das crianças. Essa sensação de segu-rança, de estar presente, favorece as condições de trabalho e faz com que elas se sintam ainda mais motivadas para realizar as suas atividades.

NEWSLET – Por meio de quais in-dicadores o RH mensura a melhora na produtividade de uma mãe/fun-cionária que tem o seu filho na cre-che corporativa?

Alessandra Ginante – Não adotamos um indicador específico para medir a produtividade de funcionárias mães que utilizam o berçário. Todos os funcionários passam por avaliações periódicas de desempenho, sem ne-nhuma distinção entre eles. A Avon mantém um rigoroso monitoramento para assegurar a igualdade de opor-tunidades salariais e de crescimento de carreira de suas funcionárias. O que fazemos com nossas funcioná-rias que são mães e utilizam o berçá-rio dentro da empresa são pesquisas de satisfação para garantir a qualida-de do serviço que oferecemos nas creches.

NEWSLET – Muitas empresas descartam mulheres grávidas (ou mesmo em idade fértil para uma futura gestação) em um processo seletivo, comportamento este, fruto dos recentes ajustes na legislação. Qual é o posicionamento do RH da Avon neste sentido?

Alessandra Ginante - Na Avon a maternidade jamais é vista como empecilho para o crescimento pro-fissional da mulher. Muitas já foram promovidas pouco tempo depois do retorno da licença-maternidade e já

houve casos, inclusive, de admissão de mulheres grávidas. Não dá para separar a mãe, a mulher e a funcio-nária. A Avon é uma empresa para a mulher e essa é a essência do nosso negócio. O empoderamento da mu-lher é uma das principais chaves das políticas de recursos humanos da Avon.

NEWSLET – Essas políticas flexí-veis ajudam a envolver as pessoas?

Alessandra Ginante - Com certeza, essas políticas contribuem para a retenção das nossas funcionárias e os baixos índices de turnover com-provam isso. O pacote de benefícios para os funcionários também inclui iniciativas modernas para a otimi-zação da gestão do tempo, como a Short-Friday, o banco de horas, ho-rário flexível e o home-office.

NEWSLET – Quando você chegou ao RH da Avon, empresa com prá-ticas já consolidadas, já havia rece-

bido o título de Profissional de RH do Ano. Mesmo assim, o que você agregou em termos de práticas e ações ao RH?

Alessandra Ginante - A política da Avon de incentivo à mulher é su-portada pelo nosso CEO, lideranças e funcionários. Não é uma ação in-dividual da liderança de RH. Desde que ingressei na companhia tenho trabalhado com para a execução das práticas que já tínhamos e também em outras que estão sendo incor-porados na cultura da companhia, como a flexibilização da jornada de trabalho, banco de horas e o home office. Também aumentamos o com-partilhamento de nossas práticas com outras organizações por meio da presença frequente em fóruns sobre Diversidade e Inclusão. Esta-mos participando da 5ª edição do Selo Pró-Equidade e Inclusão da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. O objetivo é o de con-tinuamente melhorarmos as nossas práticas.

NEWSLET – De que forma aconte-ce a conversa diária entre o RH e as funcionárias para que a creche corporativa atenda as necessida-des delas?

Alessandra Ginante - As funcionárias da Avon que são mães e utilizam o berçário dentro da empresa têm reu-niões periódicas para tirar dúvidas, dar sugestões e até mesmo aprender coisas novas sobre a maternidade. Hoje, nossa creche tem a gestão de uma empresa especializada em ser-viços educacionais, a CEDUC, o que proporciona ainda mais segurança e tranquilidade para as mães. A porta do berçário está sempre aberta para as mães participarem. É interessan-te perceber a importância desse re-lacionamento entre as funcionárias para troca de experiências sobre a maternidade, sobre como pensar não apenas no seu filho, mas em todos aqueles que fazem parte de um espa-ço coletivo.

SINOPSEDirigido por Alfonso Cuarón, o filme segue a Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock) – em sua primeira missão espacial e devastada pela perda da filha – e o astronauta veterano Matt Kowalsky (George Clooney). Ocor-re um acidente e a nave é destruí-da, deixando os dois à deriva, sem ligação com a Terra e sem qualquer chance de resgate.

TEMASEmbora seja um filme de ficção científica, “Gravidade” é, acima de tudo, uma história de superação pessoal. A personagem principal, independen-temente do ambiente e dos desafios que enfrenta, precisa superar seus traumas, rever suas convicções, ultrapassar seus limites físicos e psico-lógicos e “renascer” com uma nova abordagem diante da vida. Como diz Paul Stoltz – no seu estudo sobre resiliência e capacidade de superação – nosso “quociente de adversidade” é muito maior do que imaginamos.

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“elas se sentem acolhidas, mais

seguras e tranquilas, sabem que vão participar do

desenvolvimento das crianças.”

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O uso consciente e inteligen-te da água deixou de ser questão de escolha para se tornar medida emergen-

cial de sobrevivência não apenas das residências, mas dos ambientes das empresas. Considerando o fato de passarem cerca de um terço de seu dia na empresa, as pessoas tornam-se corresponsáveis pelo custo do consu-mo excessivo o qual, em um futuro que nos bate à porta, vai trazer a escassez de água.

Como “cuidador” de pessoas, a área de RH deve atuar como facilitara de práticas que auxiliem no uso inte-ligente de recursos como a água e a energia elétrica. “Nossas unidades re-alizam encontros (em geral, mensais) para discutir os problemas encontra-dos com a falta d’água, assistem a fil-mes e recebem palestras de técnicos do nosso próprio time de meio am-biente. Abordamos temas tais como Gerenciamento de resíduos em casa e na unidade, reciclagem, Composta-gem, Reflorestamento, Crise Hídrica”, conta Tatiana Student, Gerente de RH da Foxx Haztec. Segundo ela, Essas ações trazem reflexos construtivos como o de fomentar “uma outra atitu-

de em relação a si mesmo, ao mundo e a empresa”. “Sabendo que recursos não são infinitos e que estamos juntos na preservação para a continuidade de tudo que nos é importante aumenta a visão de time, facilitando o trabalho em equipe”, reforça a gerente. Um exem-plo de filme exibido é “A Carta do ano de 2070”, que mostra como será o pla-neta e a humanidade em um cenário de total falta d’água.

Muito além do que fazer parte do core business desta organização, no entender de Tatiana, a consciência de racionalizar recursos é uma atitude de respeito com a empresa, o próximo e o planeta. “Fazer mais com menos não traz apenas aumento na produtividade e na relação custo/benefício, mas pre-serva o amanhã de toda a coletivida-de”, argumenta. Muito antes da crise hídrica ganhar manchetes de jornais, a Foxx Haztec já usava em larga escala a água captada da chuva ou das es-tações de tratamento de efluentes em seus aterros e umidificação de vias.

Para o biólogo Luiz Augusto da Luz, Responsável Técnico pela Gestão Am-biental da Petrobras Distribuidora S/A e autor do livro “A Reutilização da Água” pela Qualitymark Editora, hoje é de

grande importância as empresas mos-trarem para os seus parceiros comer-ciais ou de negócios que elas estão re-alizando ações no sentido de valorizar o bom uso e reuso da água, porque o mundo inteiro está preocupado com isto. “E esta preocupação não pode ser apenas técnica, deve ser, sobretudo, social; pois empresas são organismos sociais”, justifica.

O consultor admite, entretanto, que as empresas cujo nicho de mercado se destina à questão ambiental têm naturalmente mais foco em tratar da questão hídrica. Por incrível que possa parecer, mesmo com os recentes pro-blemas vividos no verão — sobretudo para os paulistas — o brasileiro ainda vê a escassez de água como um pro-blema distante. “Muita gente, e aí não é só culpa do RH, sofre da falta de visão de desvincular o homem do meio am-biente”, alerta o biólogo.

Luiz Augusto defende a postura de um RH conscientizando as pessoas para o que fazer na empresa, mas tam-bém que oriente o passo a passo na re-sidência de cada um. “Pequenas ações internalizadas e colocadas em práticas podem reduzir bastante o desperdício de água e evitar que a água seja des-

viada para cobrir situações impensa-das prejudicando a geração de energia no país (ele lembra que o Brasil produz sua energia fruto, potencialmente, das hidroelétricas)”, garante.

No Brasil há grande organizações, como é o caso da Nestlé, que investem seriamente no reuso da água, unindo esforços das área de RH e Sustentabi-lidade ao promover ações educativas destinadas a aumentar a economia de água tanto nas instalações fabris e admi-nistrativas da empresa quanto fora delas. Os funcionários são, ainda, incentivados a compartilhar as informações com seus contatos, criando uma grande rede de consciência sustentável.

Com relação à Água, a Nestlé de-fende o uso sustentável dos recursos hídricos e controla rigorosamente a utilização em suas atividades, se empenhando para obter a melhoria contínua na gestão deste recurso. A companhia renova anualmente seu compromisso global de redução do consumo em suas atividades e, de 2005 a 2013, alcançou 33% de redu-ção por tonelada de produto fabrica-do. Somente no Brasil, com a ecoefici-ência na fabricação de produtos, entre 1998 e 2012, a Nestlé reduziu mais de 80% a utilização da água.

O exemplo mais expressivo de reu-tilização da água nos processos de

fábrica da Nestlé é o da água do leite. A empresa retira do leite utilizado na fabricação de produtos como leite em pó e leite condensado um compos-to chamado água do leite, uma água industrial (não potável) que pode ser reutilizada em uma série de processos, como o resfriamento de torres, a repo-sição de água das caldeiras geradoras de vapor e lavagens iniciais e interme-diárias de instalações, equipamentos, caminhões, pisos e ferramentas.

Atualmente, 89,11% dos resíduos são reciclados e/ou recuperados pela empresa.

Na fábrica de cafés em Araras (SP), cerca de 97% da borra de café é reu-tilizada e vira energia, utilizada como vapor nas caldeiras. Com essa estra-

você tem sede de quê?QueStÃo HÍDriCa

LiçõeS e “dever de casa”para o rH

tégia, a Nestlé deixa de extrair cerca de um bilhão de litros d’água subterrânea por ano. Este processo é aplicado nas 11 fábricas de produtos lácteos da em-presa no Brasil. O montante de água do leite reaproveitada já representa 28% da água utilizada nas unidades ex-clusivamente dedicadas aos produtos lácteos e 7% do total utilizado em todas as 31 fábricas da empresa no país.

Falta um pouco de conexão entre ações públicas e privadas na questão hídrica. Além de exemplos como o da Foxx- Haztec e Nestlé, a própria Petro-bras, segundo Luiz Augusto da Luz, tra-ta o tema da água com muito carinho. É reutilizada, por exemplo, a água atmos-férica retida nos filtros dos aparelhos de ar condicionado: 18 a 20 mil litros por mês. Há também estação de tratamento de óleos e efluentes, água que voltaria para o corpo receptor, mas que é reuti-lizada para uma série de tarefas, como lavagem de chão, rega de plantas etc.

O consultor informa que a empresa estará em breve fornecendo esta água à empresa de asfalto, reduzindo con-sumo elétrico e geração de CO2, uma vez que água condensada, oriunda de vapores d’água industrial, sai das de-pendências com quase 70ºC. Isso re-duzirá o aporte à água tratada em uma região muito impactada pela falta des-se bem incomensurável.

Em época de crise mundial qualquer boa ideia é bem-vinda e certamente ainda existe uma gama muito grande de soluções para o reuso da água a serem aplicadas nas empresas e nos lares de cada um.

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Tatiana Student, da Foxx Haztec

Luiz Augusto da Luz, biólogo da Petrobras e “expert” no tema da Água

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por razões socioeconômicas pa-íses no mundo inteiro envelhe-cem em grande velocidade. Em 2050, pesquisas indicam que

os idosos serão mais de dois bilhões no planeta, quase um terço da população total de 9,2 bilhões. No Brasil há um pre-ocupante desafio: trabalhadores, RHs e empresários precisam aprender, em pouco tempo, como se preparar para o “envelhecimento ativo com qualidade”.

A urgência por uma virada de modelo mental na sociedade foi um dos motiva-dores para que a mestre e doutoranda em engenharia de produção da Coppe/UFRJ, Márcia Tavares, mergulhasse de vez no tema do Envelhecimento Ativo.

Especialista em gestão do conheci-mento e inteligência empresarial, com extenso histórico de serviços a organiza-ções como Vale, BHS Helicopter, Firjan, Endesa Brasil, Márcia deu uma guinada

peSQuiSaDora e autora Do Livro “trabaLHo e LongeviDaDe: Como o novo regime DemográfiCo vai muDar a geStÃo De peSSoaS e a organizaçÃo Do trabaLHo” (QuaLitymark eDitora)

de 180 graus em sua trajetória ao conhe-cer Alexandre Kalache, médico brasileiro considerado a maior autoridade do mun-do em Envelhecimento Ativo. Aos 36 anos ela é a Diretora de Desenvolvimen-to Institucional do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR), por ele presidida. Agora, a pesquisadora lança pela Qualitymark Editora, seu primeiro livro “Trabalho e Longevidade”, buscan-do abrir os olhos de muitos gestores de pessoas para o tema.

NEWSLET – Que paradigmas preci-sam ser quebrados em relação ao pro-fissional idoso?

Márcia Tavares – Vários. Começaria pelo paradigma da homogeneização da velhice. Ainda se crê no estereótipo do velho como ser humano frágil, lento, de-sinteressado, que não precisa aprender

mais nada porque vai se aposentar. No entanto, os profissionais idosos não são iguais, não têm as mesmas necessida-des, forças, preferências, valores indi-viduais e nem as mesmas expectativas em relação ao trabalho.

NEWSLET – No quê o conteúdo do seu livro ajuda a desmitificar isto?

M.T. – Além de apresentar as oito moti-vações que levam trabalhadores idosos a permanecer no mercado de trabalho - apesar de já serem aposentados ou elegíveis à aposentadoria -, o livro traz casos de empresas que já percebe-ram o valor que há em reter e engajar esses profissionais e como elas os es-tão envolvendo no ciclo de sua gestão de pessoas. Um deles é o de uma pe-quena cadeia de restaurantes de Nova Iorque (EUA), que têm cerca de 50% de

funcionários idosos em seu quadro. Os proprietários adotaram a flexibilização como estratégia, adaptando a produção às expectativas e demandas desse tipo de público. Entre outras coisas, conce-dem licenças para que os funcionários idosos desenvolvam projetos pessoais. Um deles sai em turnê por tempo con-siderável com a segurança de ter o em-prego quando retorna.

NEWSLET – Funciona?

M.T. – Sem dúvida! Muitos profissio-nais idosos não querem ter um ritmo workaholic. Eles querem curtir outros momentos, mas ao mesmo tempo não desejam parar de trabalhar.

NEWSLET – Isto se reflete na satisfa-ção deles em atuar pelo restaurante?

M.T. – Não apenas na satisfação, mas principalmente na lealdade com a mar-ca. A questão é maior do que reter. Trata-se de encontrar um sentido para estar ali trabalhando.

NEWSLET – O avanço da medicina, associado à quebra da previdência pú-blica no Brasil, contribui para aumen-tar o número de idosos desejosos em permanecer trabalhando ou em voltar ao trabalho?

M.T. – Sim. Mas há uma questão mais profunda. Esta geração que está che-gando em massa à aposentadoria traz consigo uma carga de grandes transfor-mações. Resistiram aos tempos de dita-dura militar, protagonizaram a revolução sexual, criaram o conceito de “adoles-cência”. Tudo isto ajuda a explicar o fato de que muitos sejam questionadores também na velhice — parar de traba-lhar por quê? — e busquem alternativas para se manter produtivos.

NEWSLET – RH adora propagar que “existe conflito de gerações nas em-presas”. O que você pensa a esse respeito?

M.T. – É uma questão cultural e educati-va. Quando crianças, adoramos nossos

avós. Mas em algum momento a socie-dade nos convence que eles estão fora de moda e então surgem os conflitos. Não digo que cada geração não tenha suas particularidades. Porém na prática, gerações distintas podem ser comple-mentares em produtividade, criatividade e inovação.

NEWSLET – Quais são os maiores en-traves para que pessoas aposentadas voltem a trabalhar?

M.T. – Oportunidades por parte das empresas e legislação adequada. Não podemos colocar tudo na conta do trabalhador e da empresa, o poder pú-blico também tem parcela de respon-sabilidade. A desaposentadoria, por exemplo, só foi formalizada recente-mente no Brasil. Mas como flexibilizar a carga de trabalho de um profissional idoso pela CLT, se não há respaldo legal condizente? Por outro lado, se as empresas não se mobilizarem em torno do tema, o poder público perma-necerá inerte.

NEWSLET – A área de RH carece de uma preparação para lidar com os mais idosos?

M.T. – Muito! O problema do RH em muitas empresas é que nem sempre ele é visto como ator estratégico e sa-bemos que qualquer transformação na gestão de pessoas deve partir do topo da organização. O RH deve ter atitude proativa, pois seu papel é fundamental. Mas deve haver engajamento de todas as áreas.

NEWSLET – Nas empresas onde RH “facilita a conversa entre as áreas” esse papel se acentua?

M.T. – RH, nesse caso, deve apontar direções, provocar discussões e refle-xões, propor novas ideias e reconhecer ações que deram certo. Mais do que isto, é primordial ouvir o que trabalhado-res de 60 anos (ou mais) querem. Junto com o RH eles devem participar de to-das as fases de construção de qualquer iniciativa que lhes diga respeito.

5 DiCaS para voCê (De rH) LiDar bem Com oS iDoSoS na empreSa

Marcia deu em seu livro 20 dicas. Nós destacamos cinco. Só?! Para conhe-cer as outras 15 (na íntegra), basta ao nosso leitor... adquirir a obra.

1 - Compreender o novo regime demográfico, o conceito de enve-lhecimento ativo e o valor dos tra-balhadores idosos quanto a suas potencialidades, disseminando o conhecimento a todos os níveis e áreas da empresa;

2 - Elaborar o MAPA DE PERFIS DEMOGRÁFICOS da força de tra-balho, acerca de requerimentos de aposentadorias e expectativas rela-cionadas ao trabalho na velhice, es-tabelecendo um plano para geri-los de forma eficaz;

3 - CRIAR UMA CULTURA que aco-lha e valorize a experiência, dissemi-nando a importância da força de tra-balho multigeracional e envelhecida, e estimulando a colaboração produ-tiva e a solidariedade entre gerações;

4 - Investir em EDUCAÇÃO para o envelhecimento como rota para a produtividade e inovação;

5 - Liderar a criação ou inserir-se em redes que agreguem valor para a força de trabalho envelhecida e a organização, como as iniciativas age-friendly, que já começam a se desenvolver no Brasil.

“LONGEvIDADE no trabalho,

maiS Que atuaL, é tema urgente”, garante

márCia tavareS,

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Bate-papo / Mercado de Trabalho Bate-papo / Mercado de Trabalho

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penhos intelectuais em pessoas bri-lhantes. Nas empresas, pessoas se informam e pensam muito, porém com pouca profundidade. As ideias originais desaparecem. É vital in-vestir para que seus colaboradores aprendam a gerenciar as pressões externas”, alerta.

Augusto Cury sugere aos RHs que, em tempo de crise, não estressem suas equipes e, ao contrário, ajudem colaboradores a mapear suas carac-terísticas saudáveis e não saudáveis, aprendendo como potencializar as saudáveis. “É imprescindível expan-dirmos as funções complexas da inte-ligência, como pensar antes de agir e reagir, amadurecer diante de perdas e frustrações, aprender a se colocar no lugar dos outros e gerenciar pensa-mentos e emoções”, acrescenta. E o RH estará sendo facilitador desse pro-cesso, de acordo com Cury, se con-seguir consolidar nas práticas de sua equipe a premissa de que “ser sábio é aprender a usar cada dor como uma oportunidade para aprender lições, cada erro como uma ocasião para cor-rigir rotas, cada fracasso como uma chance para recomeçar”. Nas vitórias, os sábios são amantes da alegria; nas derrotas, são amigos da reflexão.

Por melhor que seja um processo seletivo, o RH sabe que nas empre-sas recebe pessoas marcadas por fragilidades, traumas e conflitos. Isto

aumenta se houver, “na atmosfera”, uma crise econômica. “Nunca conheci alguém plenamente saudável; pesso-as calmas têm momentos de impaci-ência; as tranquilas têm momentos de ansiedade; e as lúcidas por vezes são incoerentes. Todos precisam de ajuda em alguma área de sua personalida-de”, garante o psicólogo.

Para ele, mais do que possível, é coerente crescer diante da crise e da dor se as metas a serem atingidas es-tiverem claras. Criar em momento de crise, é viável, como analisa Augusto Cury se, além do trabalho ser prazero-so, ele for dividido na agenda diária (e não apenas semanal) com momentos de tranquilidade, pausa e lazer. “Eles investem energia na sua empresa ou na profissão. Tornam-se máquinas de trabalhar; mas esquecem do prazer de viver em suas relações. São admi-rados socialmente, mas têm péssima qualidade de vida. Empobrecem no único lugar em que não podem ser miseráveis: no teatro da mente. São ansiosos, irritados, inquietos, insatis-feitos. A maioria promete para si que corrigirá seus caminhos, mas nunca os corrige. Você pode adiar muita coi-sa na vida, menos a decisão de ser au-tor de sua própria história”, descreve o psicoterapeuta que é Membro de Hon-ra da Academia de Gênios do Instituto da Inteligência do Porto-Portugal.

Mas como se liberta a criativida-

de com tantos problemas na cabe-ça? Abstraia-se de tudo, contemple o belo, potencialize a arte da dúvida (duvide de tudo); isto poderá coloca-lo no caminho de ser um pensador-realizador. Por outro lado, na prática, Augusto argumenta que muitas vezes nos deparamos com um problema an-teriormente enfrentado sem conseguir vislumbrar soluções diferentes. Esta condição fica agravada pelas facilida-des tecnológicas das quais dispomos, que nos levam a um estado de acomo-dação da nossa capacidade criativa, pois estamos acostumamos a receber tudo meio pronto, fácil e prático de fa-zer e resolver.

Cury entende que para libertar a in-tuição criativa é necessário vencer obs-táculos, tais como o que ele nomeia de “o coitadismo”, mas também o confor-mismo, a indisciplina, a autossuficiência (quando imaginamos que já estamos prontos, e não precisamos de ninguém, e nos fechamos, inclusive para as críti-cas construtivas...) e a superação das frustrações. O ser humano deve ser multifocal, ou seja, ter a capacidade de olhar uma mesma situação sob diver-sos ângulos. O psicoterapeuta trabalha este aspecto por meio da Teoria da Inte-ligência Multifocal (ver quadro).

“Coitadismo” foi algo que nunca contaminou o paranaense Wander-ley Nunes, 55 anos, proprietário do Studio W e cabelereiro predileto de personalidades marcantes e distintas, tais como a modelo Gisele Bundchen, o ex-presidente Lula e o ator Edson Celulari. Desde os 12 anos, quando engraxava sapatos na barbearia do pai, ele aprendeu tudo sobre corte de cabelos e lutou na vida sem ficar reclamando. “Passar por grande di-ficuldade é como estar se afogando; a diferença é que não fui em busca de dinheiro, mas de trabalho; e com trabalho, perseverança e humildade, veio o dinheiro”, conta Wanderley que chegou a passar fome, não ter como se vestir adequadamente e sequer ir a um restaurante.

Ao perceber que o seu trabalho como funcionário em um salão se sobressaía muito mais que o dos outros, tomou a

vamos CRIAR na CRISE? EMpREENDER é CRÍvEL?

Existe CRISE no COMpORTAMENTO?

O extremo esgarçamento das instituições públicas (não apenas no âmbito ético) e a decadência de

valores expressa pela sociedade cha-mam a atenção da área de RH em 2015. Impactados por este cenário, os relacionamentos humanos estão mais superficiais, ora ambíguos, ora confli-tuosos. Aprofundamos a reflexão com a contribuição de Augusto Cury, Psi-quiatra, Psicoterapeuta, Cientista e, atualmente, escritor mais lido do país; além de Wanderley Nunes, conhecido

como “O Cabelereiro das Estrelas”, um dos grandes empreendedores e inovadores do mercado de trabalho brasileiro. Reconhecido internacional-mente, ambos respondem, com maes-tria, pelo desafio de “tirar leite de pe-dra” em um período de desconfiança e incerteza.

Segundo Augusto Cury as socieda-des estão se democratizando; existe cada vez mais liberdade exterior, mas o paradoxo é o de que estamos cada vez menos livres por dentro; somos escravos de nossas emoções. Até os

intelectuais, assegura ele, caem nessa armadilha. O escritor acredita que em-bora domine a tecnologia, o homem está refém dos pensamentos inquie-tantes de sua própria mente. Embora virtualmente próximo a muita gente, fisicamente está mais só, seja no tra-balho, nas ruas, na multidão.

Não bastasse o conflito interno do comportamento, Cury percebe executivos que, nas organizações, sufocam e asfixiam as mentes. “O estresse pode fechar as janelas da memória, gerando péssimos desem-

AUGUSTO CURY: “Nossos pensamentos nega-

tivos incidem sobre como nos sentimos e a maneira como nos

sentimos incide sobre como nos comportamos, se aprendermos a

ponderar sobre nossos pensa-mentos, potencializamos a quali-

dade das nossas relações.”

WANDERLEY NUNES: “As pessoas mais famosas que se sentam à minha

cadeira eu também passo à minha equipe. Uma andorinha não faz verão. Se achar que apenas eu faço bem o serviço vou ficar com agenda lotada,

adoecer e morrer. Confio na minha equipe.”

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“Todos precisam de ajuda em alguma área de sua personalidade”

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decisão ousada: “quero ser dono do meu negócio!”. Ele tinha as ideias, mas precisava de um parceiro que entrasse com o dinheiro. Wanderley ficou um ano inteiro sem conseguir um fiador, alguém que acreditasse nele. “Minha carreira foi muito difícil, mas destaco a sorte de conhecer as pessoas certas, além da persistência, como fator decisi-vo; e sorte é um merecimento de Deus”, acredita o cabelereiro.

Wanderley, que hoje assina a ca-racterização da maioria das novelas da Globo e está acostumado a rece-ber a classe A em seus salões, se diz impressionado com o fato das pesso-as estarem apreensivas e pessimistas diante da situação do País. “Como profissional de cabelo tenho que aju-dar as pessoas a verem o lado posi-tivo, levantar a autoestima deles, sem falar de assalto, de preços no super-mercado, disso as pessoas estão de saco cheio”, ressalta.

O profissional que deseja se di-ferenciar no atendimento deve ser, como sugere Wanderley, um facilita-dor da vida das pessoas; nunca um complicador. No âmbito macro da economia, realista, ele prevê que “va-mos passar dois ou três anos muito

difíceis, mas depois as coisas devem melhorar”. Existe a crise, vamos en-carar. Mas, como? Procurando, como ele, se adequar à clientela e ao merca-do. “Recebo executivos (as) totalmen-te sem tempo para nada e procuro entendê-los, dizendo a eles para não marcar horário e virem quando quise-rem; há também o que junta dinheiro para vir ao salão (classe B ou C), para este, procuro nem falar sobre manu-tenção capilar”, exemplifica.

E Wanderley, de fato, se destaca por conhecer o comportamento dos clientes e surpreendê-los em suas necessidades mais individuais. Se além do bolso, há problema no rela-cionamento e no modo das pessoas agirem entre si, o Mestre dos Cabelos também dá o exemplo às suas equi-pes. “Como gestor, vivo e transmito boa energia. Oriento para quem atua comigo não discutir política, religião ou vida financeira das pessoas; cabe-lereiro deve ser psicólogo, mas psicó-logo dos cabelos”, diz Wanderley, que repete o mesmo mantra em palestras ministradas no Brasil inteiro para pro-fissionais do segmento de Beleza.

Dividir o seu conhecimento, capa-citando outros profissionais até que

eles atinjam níveis de excelência, tam-bém faz parte da rotina de Wanderley Nunes. Duas vezes por ano ele vai à Europa e à Nova Iorque (EUA), onde faz reciclagem de tendências. Em seu retorno transmite o que aprendeu aos cabeleireiros de seus salões. Wander-ley não para; tem ideias brilhantes o tempo todo e nunca demora para levá-las às suas tesouras que revelam no-vos cortes de cabelo.

“Em qualquer profissão, você deve ter uma marca que faça os outros identificarem que aquele é o seu tra-balho, que elas desejem ser atendidas por você. Em alguns casos, basta ser um pouco melhor do que o outro para conquistar um cliente. Mas para fideli-zar, este diferencial deve somar ao as-pecto técnico, o humano, a atitude, a personalidade, a cultura e a opinião”, garante Wanderley.

Se Augusto Cury fala no estresse como obstáculo a ser superado, Wan-derley Nunes destaca que estresse é amigo de outro sentimento reprová-vel: o estrelismo. “Temos que estar abertos a ouvir, aprender, aceitar e assimilar o que é melhor; nada disso combina com estrelismo”, defende. O cabelereiro não acredita no fato de que “uma pessoa pode afundar ou-tra”, ao contrário: assegura que se al-guém te faz mal, a culpa é sua mesmo, pois foi você, de alguma forma, quem permitiu isto.

Wanderley acentua que outro pon-to importantíssimo do profissionalis-mo, seja em tempo de crise ou não, é saber se expressar bem. “As pesso-as precisam descobrir e acreditar em quem é você, do jeito que é. A única maneira de isto acontecer, é você se expressar bem”, traduz.

A palavra pessimismo não entra no “Dicionário Wanderley Nunes”. Ele acredita que o próprio significado atu-al da palavra Empreendedorismo é o de acreditar que os piores momentos são os melhores para você investir. “Estamos em junho de 2015 e ainda não chegamos aos piores momentos; a coisa vai ficar ainda mais feia e esta será a grande oportunidade para atrair investidores, sobretudo estrangeiros,

para fazer decolar novos projetos”, define. Ter uma ideia viável na práti-ca, para ele, adianta muito pouco, se o “iluminado” não convencer alguém com poder de investimento financeiro. “Vivemos um sinal vermelho, mas de-pois virá o sinal amarelo e o verde. É tudo cíclico”, argumenta Wanderley.

O cabelereiro, que já mudou radi-calmente visuais de personagens fei-tos por Claudia Raia, Claudia Abreu, Letícia Spiller, Giovanna Antonelli e outros, diz estar sempre preparado para qualquer crise e acredita que já passamos, no Brasil, por momentos muito piores. Como se valorizar e con-quistar valor do cliente são temas de muitas palestras que Wanderley faz pelo Brasil. Em mais de 30 anos de carreira ele diz já ter formado mais de 400 cabelereiros empreendedores. Com orgulho, conta que alguns deles, como Marcos Proença, Daniel Cha-varidegue e Sérgio G., são hoje seus concorrentes diretos. “Tenho muito respeito por eles”, revela.

Um ponto marcante no modelo de gestão de pessoas no Studio W é do investimento no ser humano, não no profissional. “O ser humano vai me de-cepcionar menos que o profissional. A pessoa que admira o seu superior ajuda a empresa a crescer. Se, por outro lado,

estiver insatisfeita, estará ocupando o lu-gar de outra pessoa que poderia ser mui-to mais amigo da empresa”, justifica ele.

Investir no ser humano se traduz por aprimorar o aspecto emocional de cada um, orientar finanças pessoais e, principalmente, quebrar certos pa-radigmas, como o de empregar uma pessoa HIV soropositivo, uma mulher grávida ou ainda o de treinar para ca-belereira uma mulher que só havia fa-xinado para que ela se tornasse uma das melhores profissionais. Tudo isto, e muito mais, o Wanderley fez.

Augusto Cury e Wanderley Nunes concordam que se há crise no com-portamento, o brasileiro precisa mudar sua mentalidade diante da “tempesta-de”. “Não se pensa no futuro; apenas no presente. No Paraná, meu estado de origem, apenas 0,3% dos profissio-nais fazem cursos”, informa Wander-ley. “Em que empresa existe o hábito de filtrar estímulos estressantes como estímulo ao desenvolvimento da inteli-gência? Esse lamentável erro educa-cional, sociológico, pedagógico, psi-cológico, tem gerado consequências gravíssimas”, lamenta Augusto.

Com crise ou sem crise, o Brasil continuará estacionado nos rankings de Inovação se o quadro não se trans-formar radicalmente.

A Teoria da Inteligência Multifocal desenvolve, entre outros pontos, a arte de pensar antes de reagir. Ela nos provoca e nos leva a fazer uma das mais ricas viagens intelectuais que alguém possa empreender: para dentro de nós mesmos, para que se-jamos líderes de nós mesmos. Usa questões que nos instigam a pensar:

O que você está fazendo aqui?

O que quer desta vida?

O que é importante para você?

Onde deseja estar daqui a dez anos?

Como vai fazer para chegar lá?Você já procurou esquecer tudo ao seu redor e olhar para dentro de si?

Você já experimentou se permitir fas-cinar pela vida que pulsa em você?

Você tem consciência da grandeza de sua existência?Você é grato por isso?

a inteLigênCia muLtifoCaL

WANDERLEY NUNES Wanderley Nunes, responsável pelo visual de

várias atrizes famosas, personalidades da mú-sica, moda, e muitos outros, costuma dizer que investe não no profissional, mas no ser humano

AUGUSTO CURYAugusto Cury, com obras publicadas em mais de 70 países, produziu a primeira análise psicológica dos pensamentos de Cristo

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Além do horizonte / turism

Saem os motores, buzinas e sons de máquinas, entram a sinfonia dos passarinhos e lu-fadas de vento em um recanto

aconchegante onde somos recebidos pelas matizes de flores, revoada de borboletas e uma luz do sol que parece pintar obras de arte. O corpo e a mente agradecem. Se sair do lugar comum é algo que a área de RH anseia oferecer aos seus colaboradores, a Pousada Cave do Sol, em São Pedro da Aldeia, região dos lagos fluminense, é ideal para receber os mais diversos e inova-dores modelos de treinamentos, mes-mo os que envolvem balsas e dinâmi-cas de aventura, tendo como pano de

fundo uma exuberante natureza. Inaugurando a parceria com o

Grupo Hotéis Eventos e Lazer (HEL) conferimos que os anfitriões são es-pecializados em atender com carinho as solicitações dos clientes. Há uma equipe de eventos com expertise em suporte logístico para as ações de RH. Tudo isto faz muita diferença.

O deck, o salão para o café da ma-nhã, a piscina e a quadra gramada de vôlei podem ser facilmente adaptados às dinâmicas de grupo e festas corpo-rativas. A variação de formatos para os eventos corporativos inclui ainda parceria com a Pousada Enseada das Garças, adjacente a esta, que dispõe, entre outros belíssimos espaços, de amplo salão com mesas em formato de “U” para palestras e reuniões com

até 50 pessoas, além de restaurante para coffee breaks, almoços e janta-res. De acordo com Claudia Silveira, proprietária, o salão de reuniões fun-ciona full time.

Queiroz Galvão, FioCruz e FIRJAN, para citar algumas, são organizações que já realizaram eventos nesses es-paços com excelentes resultados (ver quadro).

A Cave do Sol também recebe alto executivos que precisam “recarregar suas baterias”. Para quem vai fora de temporada não há estresse. Do centro da cidade do Rio de Janeiro até a por-taria da Pousada faz-se a viagem, com tranquilidade, em duas horas e meia.

A Pousada Cave do Sol conta com 15 quartos ou, no caso de eventos, capacidade para até 30 hóspedes. “Recebemos um público diversifica-do em idade e cultura. Não raro vêm americanos, alemães, suíços, colom-bianos, entre outros. A maioria busca tranquilidade, contato com a natureza e fugir da rotina”, informa Ricardo Car-reiro, Supervisor. Seja para quem está a lazer ou a trabalho, a Pousada indica passeios de barco locais ou em Arraial do Cabo (a poucos minutos de carro ou micro-ônibus); além de cursos de mergulho, caiaque e stand up paddle, oferecido por terceiros.

Outra vantagem de São Pedro da Aldeia para os eventos: faz sol quase o ano todo e mesmo no inverno o frio não é tão intenso.

“vaLeu a pena!”Duas executivas descrevem a experiência de ter passado pela Pousada Cave do Sol. Perceba o quanto um evento out of

town agrega ao dia a dia de trabalho e gestão de cada um.

Alissandra Oliveira - Gerente de Patrimônio Humano Estratégico da Queiroz Galvão “Foi excelente! Levei 18 profissionais de RH para um treinamento de planejamento estratégico.

Estamos acostumados a “fazer para o outro”, quase nunca para nós mesmos. O atendimento do Fabrício Granito e equipe do Grupo HEL encantou! Usamos o salão para eventos e à noite fizemos um happy hour no deck, decorado em estilo havaiano. O foco — aprofundar o planeja-mento estratégico — foi atingido. Havia até uma colaboradora novata no grupo que ficou super feliz em ser recebida em um local tão especial. A sensação que tivemos lá foi a de que éramos

mesmo importantes. A diferença de fazer um treinamento nesta pousada e dentro da empresa é imensa. Estar na Cave do Sol nos conecta diretamente à natureza, à vida. A viagem até o local vai

criando conexões entre as pessoas; enquanto a chegada gera surpresa e encantamento.”

Soraya Burgos, Analista de RH da Farmanguinhos / FioCruz “Inicialmente estive lá com a minha família, para me ambientar. Analisei do espaço físico à gas-

tronomia, passando pelo atendimento. Fiquei impressionada com o acolhimento e a velocidade deles em atender solicitações, mesmo as de última hora. Decidi que o treinamento de liderança periódico para 35 gestores da FioCruz, de agosto a outubro de 2014, teria que ser lá. A Cave do Sol não têm restrições formais de grandes hotéis. Eles são flexíveis, entendem imprevistos. Cada curso proporcionou intensidade de entrosamento graças ao ambiente agradável e aconchegante.

As nossas pessoas têm um perfil despojado, sem tanta formalidade. Preferimos o aconchego que nos permite curtir o local de forma tranquila. Não adianta levarmos gestores a um ultraluxuoso e

mega hotel se o ambiente transmitir frieza. E a Cave do Sol combina com a nossa cultura.”

pousada Cave do SolSÃo peDro Da aLDeia (rJ)

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Além Do Horizonte / turismo & rh

para a Sua empreSa

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Fotos da Reportagem: Alexandre Peconick

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“A aprovação do projeto de lei da TERCEIRIZAÇÃO é um AvANÇO na legislação trabalhista”

No dia 22 de abril último, curiosamente o dia que ce-lebra o descobrimento do Brasil, a Câmara dos De-

putados aprovou o PL 4330/2004 que regulamenta a terceirização em nosso País. O projeto seguiu para o Senado Federal. Não deixa de ser um “redes-cobrimento do Brasil”.

A terceirização, também conheci-da como outsourcing, é uma prática amplamente difundida nas últimas décadas no Brasil, em especial com a industrialização vivenciada após a década de 50.

A referida forma de contratação de serviços visa proporcionar às em-presas tomadoras de serviços maior competitividade no setor em que atu-am, pois passam a contar com uma estrutura direcionada, quase que ex-clusivamente, ao desempenho das funções ligadas à sua atividade fim.

Atento a esta realidade o próprio Tribunal Superior do Trabalho, em de-cisão proferida pelo Ministro Aloysio Correia da Veiga, em março de 2007, ressaltou a importância da nova mo-dalidade de contratação por meio da terceirização.

O ilustre Ministro defendia que “a terceirização retrata uma das modali-dades do movimento de flexibilização da época moderna, em que há uma al-teração na forma de prestação de tra-balho. São criadas novas estratégias empresariais com o fim de diminuir o custo do trabalho e aumentar a quali-dade do produto. (...)

Foi justamente a interpretação extensiva conferida pelo Poder Ju-diciário à contratação de empresas terceirizadas, afastando critérios que impunham limite temporal ou de ramo de atuação para tomadoras e presta-doras de serviços, que proporcionou

Direto ao DireitoColuna Direto ao Direito

a difusão da prestação de serviços ter-ceirizados, amplamente utilizada nos dias atuais, e responsável pela maior produtividade empresarial e geradora de milhares de empregos formais.

Sem regulamentação no país, já que o referido PL 4330/2004 permane-cia adormecido na Câmara dos Depu-tados, o Tribunal Superior do Trabalho, através da SÚMULA 331, atendeu aos anseios das empresas e reconheceu a legalidade da terceirização.

Preenchendo um vácuo legislativo, a aprovação do PL 4330/2004 é um avanço nas relações de trabalho, pois, ao ampliar as possibilidades de tercei-rização das atividades das empresas, tornando-as mais competitivas, im-pulsionando a criação de empregos, sem perdas dos direitos conquistados pelos trabalhadores, que se mantém protegidos.

Para o Prof. Márcio Salvato, coor-denador do Curso de economia do IBMEC-MG, “a contratação de terceiri-zados pode reduzir os encargos sobre a folha de pagamentos e os recursos gastos com a gestão de trabalhado-res nas empresas. Além disso, elas podem contratar trabalhadores mais especializados, o que gera ganhos de eficiência.”

Está claro que a regulamentação da terceirização no Brasil, com a amplia-ção das atividades é um avanço signi-ficativo e coloca a economia do país em esfera competitiva, contrariando os críticos, sempre ligados a uma visão ultrapassada e retrógrada.

*Sérgio Queiroz

*Sérgio Queiroz Duarte é Advogado da Queiroz Duarte

& Advogados Associados (www.

queirozduarte.com.br), Presidente

da Comissão de Direito Esportivo,

Conselheiro e Procurador

da OAB Barra

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Notas acoNNotas - acoNtecimeNtos

pOR AGORA...De Alexandre Peconick

e-mails para esta seção - [email protected]

Xiv fia debate relação entre crise e rH“Na crise não podemos jamais perder de vista a inovação e os projetos estra-tégicos”, conclamou Jorge Jauregui, Presidente da Federação Mundial das Associações de RH (WFPMA) durante o XIV Fórum Internacional de Adminis-tração, realizado no Rio em maio. Em mesa dirigida por Leyla Nascimento, Presidente da ABRH-Brasil e Presidente recém-eleita da FIDAGH, o mexicano Jauregui lembrou que um dos paradigmas internacionais dos próximos anos a ser quebrado é a questão do “eu não tenho tempo”. “Devemos é dar atenção ao que realmente importa”, destacou. Leia matéria sobre esta conferência no Site do Grupo LET (www.grupolet.com).

“temos escolas do século 19 para atender o mundo do século 21” Foi o que disse a educadora Maria Helena Guimarães de Castro, Dire-tora Executiva da Fundação SEADE – SP, durante o XIV FIA, evento que celebrou os 50 anos da profissão do Administrador no Brasil. Segundo ela, fora a péssima capacitação de nossos professores, as desigualda-des só cresceram nos últimos 10 anos e tendem a se acentuar com a atual política de investimentos da “pátria educadora”. Mais em www.grupolet.com.

Leyla nascimento eleita presidente da fiDagH!Em anúncio feito durante o CIGEH (Congreso Interamericano de Ges-tión Humana), em Barranquilla (Co-lômbia), entre os dias 14 e 17 de

maio, Leyla Nascimento, Presidente da ABH-Brasil e Diretora do Instituto Capacitare, foi eleita presidente da FIDAGH (Federación Interamericana de Asociaciones de Gestión Huma-na). Esta é a primeira vez que a as-

sociação é dirigida por uma mulher brasileira, que tomará posse no dia 4 de novembro em cerimônia a ser realizada em Sto. Domingo, na Repú-blica Dominicana.Nossos parabéns à Leyla, que terá como um de seus desafios o de tor-nar a FIDAGH referência de conteú-dos, pesquisas e práticas na área de gestão de pessoas.

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