neste último uma cervejaria. na fachada da cervejaria ... · o interior da capela destaca-se pelo...

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Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 28-34 Construção do século XIX, erguida numa parte do edifício do antigo Convento da Trindade, propriedade de Manuel Moreira Garcia. Revestimento azulejar da autoria de Luís Ferreira ou “Ferreira das Tabuletas” (1864), assim conhecido por ter iniciado a sua carreira artística pintando tabuletas. Utilização de uma paleta de cores entre o sépia e o amarelo, com representação de um conjunto de símbolos maçónicos no frontão triangular - o “olho da providência” e a estrela de cinco pontas e de alegorias ladeando as janelas centrais - seis figuras em nichos, trajadas de maneira clássica e que representam o comércio, a indústria e os quatro elementos. www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3190 [email protected] Rua Nova da Trindade, 20 C Tel: (351) 213 423 506 Acesso a deficientes Em 1836, o galego Manuel Moreira Garcia adquiriu os espaços correspondentes à antiga igreja do Convento da Trindade, ao seu claustro e refeitório, tendo instalado www.cervejariatrindade.pt/index.html [email protected] neste último uma cervejaria. Na fachada da cervejaria, manteve a maior parte do revestimento azulejar do antigo convento. Em 1863 encomendou o revestimento do interior ao famoso “Ferreira das Tabuletas”, diretor artístico da Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, com representação de ornatos e de símbolos maçónicos, acompanhados por painéis alegóricos que evocam, entre outras entidades, as estações do ano. A cervejaria é um testemunho do gosto burguês do século XIX. Largo da Trindade Coelho Tel: (351) 213 235 383 Visitas guiadas mediante marcação. Foi erguida em 1577 junto ao cemitério onde eram enterrados os mortos vítimas de peste, em terrenos cedidos pelo rei D. João III à Companhia de Jesus, com a condição de manterem a igreja sob a invocação de S. Roque. A sua obra-prima mais valiosa é a Capela de S. João Batista, em estilo rococó, encomendada em Itália pelo rei D. João V em 1740, com aplicação de mosaico e a execução integral em pedras semipreciosas e metais preciosos - ametista, jade, lápis-lazuli, etc.. OS AZULEJOS À entrada da Igreja (subcoro) e no transepto podemos encontrar um revestimento de tapete em "ponta de diamante" originário das oficinas de Sevilha. Em alguns locais há azulejos de traço mais grosso e mais tosco, que são dos primeiros azulejos fabricados em Portugal. De destacar o conjunto da capela de S. Roque, datado de 1584, e da autoria de Francisco de Matos, obra prima da azulejaria de majólica da época - a perfeição e rigor do traço sob fundo amarelo carregado, os motivos pintados a azul com frutos, flores, elementos fantásticos, cornucópias, festões, etc. Sensivelmente ao centro do lado direito podemos ainda observar uma cartela em que se representa um "Milagre de S. Roque", e cuja perfeição técnica remete para a técnica de pintura a óleo. www.museudesaoroque.com/igrejasaoroque.aspx [email protected] Numa zona histórica da cidade, onde o antigo e o novo se harmonizam, propomos-lhe uma agradável viagem em torno de diferentes leituras e aplicações do azulejo, com especial destaque para o aspeto comercial e religioso.

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Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 28-34

Construção do século XIX, erguida numa parte do edifício do antigo Convento da Trindade, propriedade de Manuel Moreira Garcia. Revestimento azulejar da autoria de Luís Ferreira ou “Ferreira das Tabuletas” (1864), assim conhecido por ter iniciado a sua carreira artística pintando tabuletas. Utilização de uma paleta de cores entre o sépia e o amarelo, com representação de um conjunto de símbolos maçónicos no frontão triangular - o “olho da providência” e a estrela de cinco pontas e de alegorias ladeando as janelas centrais - seis figuras em nichos, trajadas de maneira clássica e que representam o comércio, a indústria e os quatro elementos.

www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/[email protected]

Rua Nova da Trindade, 20 CTel: (351) 213 423 506

Acesso a deficientesEm 1836, o galego Manuel Moreira Garcia adquiriu os espaços correspondentes à antiga igreja do Convento da Trindade, ao seu claustro e refeitório, tendo instalado

www.cervejariatrindade.pt/[email protected]

neste último uma cervejaria. Na fachada da cervejaria, manteve a maior parte do revestimento azulejar do antigo convento. Em 1863 encomendou o revestimento do interior ao famoso “Ferreira das Tabuletas”, diretor artístico da Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, com representação de ornatos e de símbolos maçónicos, acompanhados por painéis alegóricos que evocam, entre outras entidades, as estações do ano. A cervejaria é um testemunho do gosto burguês do século XIX.

Largo da Trindade CoelhoTel: (351) 213 235 383

Visitas guiadas mediante marcação.

Foi erguida em 1577 junto ao cemitério onde eram enterrados os mortos vítimas de peste, em terrenos cedidos pelo rei D. João III à Companhia de Jesus, com a condição de manterem a igreja sob a invocação de S. Roque. A sua obra-prima mais valiosa é a Capela de S. João Batista, em estilo rococó, encomendada em Itália pelo rei D. João V em 1740, com aplicação de mosaico e a execução integral em pedras semipreciosas e metais preciosos - ametista, jade, lápis-lazuli, etc..

OS AZULEJOSÀ entrada da Igreja (subcoro) e no transepto podemos encontrar um revestimento de tapete em "ponta de diamante" originário das oficinas de Sevilha. Em alguns locais há azulejos de traço mais grosso e mais tosco, que são dos primeiros azulejos fabricados em Portugal. De destacar o conjunto da capela de S. Roque, datado de 1584, e da autoria de Francisco de Matos, obra prima da azulejaria de majólica da época - a perfeição e rigor do traço sob fundo amarelo carregado, os motivos pintados a azul com frutos, flores, elementos fantásticos, cornucópias, festões, etc. Sensivelmente ao centro do lado direito podemos ainda observar uma cartela em que se representa um "Milagre de S. Roque", e cuja perfeição técnica remete para a técnica de pintura a óleo.

www.museudesaoroque.com/[email protected]

Numa zona histórica da cidade, onde o antigo e o novo se harmonizam, propomos-lhe uma agradável viagem em torno de diferentes leituras e aplicações do azulejo, com especial destaque para o aspeto comercial e religioso.

Rua D. Pedro V, 57 DTel: (351) 210 119 283 Acesso a deficientesFundada no início do século XX, é um belo exemplar de arquitetura Arte Nova aplicada a um estabelecimento comercial. Podemos apreciar uma cúpula de grandes proporções, sustentada por um conjunto de capitéis decorados com anjinhos e frutos em tons de dourado. Acompanha este revestimento em madeira a aplicação de azulejos industriais de estampilha uns com motivos de galos e espigas (o que remete para a atividade deste estabelecimento), assim como papoilas em painéis de madeira individualizados. Estes painéis são

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Rua do Século, 123Tel: (351) 213 427 525

Faz parte de um conjunto conventual, do final do século XVII, que se destaca por ser o único ainda em funcionamento na cidade de Lisboa, não se tendo registado qualquer interrupção entre a data da sua fundação (1681) e a atualidade.O interior da capela destaca-se pelo seu recheio artístico tipicamente português - uma combinação de talha em Estilo Nacional e embrechados de mármore - a que se alia a mestria dos belos azulejos holandeses do artista Jan van Oort com cenas da vida de Santa Teresa de Ávila. Podemos apreciar um conjunto de sete painéis dispostos de forma cronológica, separados por uma cercadura de folhagem azul sob fundo amarelo, que, aliás, faz uma transição harmoniosa para as molduras de talha dourada, que, por sua vez, emolduram o conjunto de pinturas da igreja. Há ainda a destacar os azulejos da sacristia da igreja, da primeira metade do século XVIII, assim como todo o revestimento do claustro, com os pequenos painéis que assinalam a passagem dos canos dos esgotos ("aqui de baxo vai o cano das pias").

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Largo de JesusTel: (351) 213 460 897

É uma reconstrução posterior ao terramoto de 1755 e, faz parte de um conjunto mais vasto que integra o atual Hospital de Jesus e a Academia das Ciências. Destaque para:

- a capela dos Vila Francas, mandada erigir por D. António de Sousa Macedo, ministro de el-rei D. Afonso VI, para servir de jazigo para a sua família, com revestimento de azulejos da fase final do século XVII, de uma policromia exuberante, e o teto com uma combinação de azulejo branco com cercaduras de motivos alegóricos a azul;

- a sacristia, cuja abóbada se encontra coberta de azulejos policromos de xadrez e a abóbada do corredor que sai do transepto do lado da Epístola (esquerda), com uma composição azulejar barroca da autoria de António de Oliveira Bernardes, que se caracteriza pela temática exaltada e de grande acentuação volumétrica.

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emoldurados por faixas de azulejos relevados com motivos geométricos nos tons de verde e cor de laranja, numa clara evocação dos azulejos árabes de corda-seca. A importância assumida por esta padaria no contexto deste percurso do azulejo está relacionada não só com a evidente beleza da ornamentação, mas também porque demonstra o rejuvenescimento do azulejo e a forma expressiva que assumia a sua aplicação consoante certos temas.