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NESTA EDIÇÃOConfira a opinião dos nossos colunistas

Dr. Paulo Cesar Naoum Biomédico, professor titular pela Unesp, diretor da Academia de Ciência e Tecnologia e ocupa a cadeira 33 da ARLC.Autor do livro Em nome do DNA, Livraria Médica Paulista, 2010.“Os segredos do proteinograma”, pág. 14

Ligia Maria Mussolino CamargoSócia da empresa Décio Camargo Ltda, professora de Língua Portuguesa. Ocupa a cadeira nº 24 da Academia Santarritense de Letras. “Como num Conto de Fadas, pág. 30

A Opinião aqui manifesta é de plena responsabilidade dos seus autores. Para o leitor, fica a liberdade de contatá-los diretamente através de seus próprios e-mails.

Dr. Yussif Ali Mere JrPresidente da Federação e do Sindicato dosHospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão.“A alma da democracia”, pág. 20

Alexandre CalegariMais de 16 anos de experiência em Tecnologia da Informação na área de Medicina Diagnóstica. Graduado em Tecnologia e Pro-cessamento de Dados pela UNIRP e pós-graduado em Adminis-tração de Empresas pela FGV, atualmente lidera projetos estraté-gicos da Shift e a área de Gestão de Produtos.“Experiência positiva fortalece a marca e fideliza o pacien-te”, pág. 34

Rodrigo MasiniMédico, CEO, Consultor estratégico em tecnologia em saúde, marketing e negócios de saúde, Executive Coach, escritor e palestrante. “Como as tendências de saúde dos EUA, afetamdiretamente os provedores de saúde brasileiros?”, pág. 33

Dr. Irineu GrinbergEx-Presidente da SBAC, Diretor de Lab-Farm Consult.“Alertas tecnológicos", pág. 12

Luiz Roberto Del Porto Farmacêutico Bioquímico (FHO), especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas (FCF-USP e UNIMEP) e MBA em Gestão de Empresas de Saúde (FGV). Diretor presidente do Del Porto Medicina Laboratorial e Diagnóstica."Os Laboratórios e a Nike”, pág. 32

Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos Presidente do CRBM - 1ª Região, Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP"Os biomédicos e a política nacional”, pág. 24

Dra. Heloisa da Rocha Picado CopescoMédica Dermatologista. Especialista pelo HC - FMRP- USP e Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD. “Molusco contagioso, doença de pele comum em crianças”, pág 30

Dra. Maria de Lourdes Pires NascimentoMD, Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBa, MD“O que é psiconeuroimunologia ou psicoimunologia?”, pág. 16

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Vinte e cinco anos consecutivos e a maior Feira do mercado da saúde se consagra com mais uma edição em São Paulo. Dra Waleska Santos, presidente do evento, fez a recepção aos convidados, participantes , ex-positores e Jean-François Quentin , presidente da UBM, deu as boas-vindas. Na mesa de abertura estiveram várias personalidades do setor.

Esta Feira é considerada a plataforma de geração de negócios, relacionamento e lançamentos da indústria de saú-de. O evento mais influente das Américas, a porta de de entrada para o mercado sul-americano, além de discutir, por meio dos seus fóruns, o presente e o futuro da saúde mundial com seus 1.200 expositores, 40 eventos de conteúdo, 8.000 congressistas e suas mais de 90.000 visitas de profissionais de 70 países, durante os quatro dias de encontro.

Feira em São Paulo (SP)

Hospitalar comemora seu sucesso

Equipe Biotécnica (esq. p/ dir): Marcelo Rocha, Gilson Pizzo, Ícaro Soares e Cristian Evaristo

Equipe da Greiner Bio-One Brasil

Cont. na página 8

O QUE FOI APRESENTADORede D´Or, BP e Dr. Consulta falaram sobre suas

estratégias no talk show da GPeS Health Branding and Business na Hospitalar. Intitulado como “Marcas em foco: As estratégias da BP, Rede D´Or e Dr. Con-sulta”, o bate-papo visou estimular a troca de visões, experiências e ideias de profissionais que comandam instituições de renome no mercado de saúde.

O evento começou com Walter Longo, um dos maiores especialistas em comunicação e interativida-de do Brasil, que trouxe exemplos práticos e bem-hu-morados sobre as gigantescas mudanças que estão ocorrendo no universo corporativo e no setor de saú-de em particular, mostrando como rever paradigmas e estabelecer novas formas de gestão e comunicação. Walter Longo, foi presidente do Grupo Abril e mentor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm, holding de comunicação do Grupo WPP.

CISS - CISS reuniu especialistas do Reino Uni-do, Estados Unidos e França para debater o futuro da saúde no Brasil, sob o tema “Reforma do Estado e dos sistemas de saúde”. Especialistas, gestores e autoridades governamentais discutirão: “Quais serão as prioridades para conquistarmos um Brasil saudável daqui para frente, sejam elas no dia a dia do setor ou na agenda dos candidatos aos governos estaduais, ao legislativo e à própria presidência da República? Nos-sa Constituição está completando 30 anos, em 2018, e, com ela, o SUS. O sistema tem enormes méritos. Sob uma perspectiva internacional, é extraordinário o avanço que o Brasil fez no setor de saúde. Mesmo assim, é insuficiente para nós, brasileiros, por conta das necessidades e dos problemas do país”, afirma o dr. Fábio Gastal, presidente da Comissão Científica do CISS e superintendente de Estratégia, Gestão e Inovação da Seguros Unimed.

FACILITIES - Simulação realística de leito, de-monstração de serviços, palestras gratuitas e con-gressos foram destaques do setor de Facilities da Hospitalar.

“Quarto Hospitalar Modelo” foi desenvolvido em parceria com grandes entidades e empresas de facili-ties, onde ocorreram as demonstrações boas práticas de rotinas, como alimentação, limpeza, entre outros. O ambiente foi montado segundo os mais modernos conceitos e tendências em equipamentos, utensílios, mobiliário e revestimentos.

O visitante teve a oportunidade de acompanhar palestras gratuitas sobre inovação disruptiva, novas tecnologias para gestão integrada, gestão de resídu-os sustentável, cases de hotelaria, entre outros, jun-to a um ambiente com simulação de uma internação hospitalar.

Estande da MedMax

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O diretor Henrique Almada, com sua equipe no comando da GT GROUP,

recebendo parceiros e clientes

Durante a Feira Hospitalar 2018 a Diagnóstica Pró Vida assumiu o compromisso com a Siemens Healthineers, para a Distribuição Exclusiva da Gasometria EPOC no interior do Estado de São Paulo, uma vez que a empresa já possui todo o conhecimento e profissionais técnicos para as implantações e validações deste revolucionário equipamento de Gasometria Point of Care.

Feira em São Paulo (SP) Cont. da página 4

Sr. Luiz Fernando Miziara (Gerente Regional de Vendas Siemens), Sr. Osvaldo Marchini (Diretor Comercial Diagnóstica Pró Vida) e Sr. Oswaldo Azevedo Neto (Account Development Maneger Point of Care Siemens)

Equipe da Wama

Diagnóstica

Nova Biomedical - Camila Nogueira Nunes - Especialista de Produto, durante

o evento com sua equipe

HIMSS@Hospitalar• Já imaginou um hospital totalmente sem papel?• Um atendimento médico feito por teleconsulta?• O histórico da saúde de um paciente com acesso universal por

meio de prontuário eletrônico?• Próteses e outras soluções feitas por impressão 3D?• É possível um médico consultar um software para tomar uma

decisão clínica?• Sabia que um ciberataque direcionado a um tomógrafo ou a

um aparelho de endoscopia, por exemplo, pode afetar diretamente a saúde dos pacientes?

• É possível conseguir uma consulta com um médico de última hora sem recorrer ao pronto-socorro, com mais proximidade entre médico e paciente?

• Existe um aplicativo com sistema de geolocalização de profis-sionais que permite encontrar o médico mais próximo disponível para ir à casa do paciente?

“A partir do Século XXI começa a emergir uma enorme valora-ção do eHealth por meio do Big Data, Inteligência Artificial, Cogni-tive Computing, ferramentas que levam à tona o valor dos dados. Com isso, surge uma transformação em larga escala na comuni-dade médica: muda a forma de pagamento, remuneração, prescri-ção, consumo e, principalmente, o relacionamento entre médico e paciente. Daqui uma década, cerca de 20% a 25% de todo o atendimento no Brasil será feito remotamente”, prevê Guilherme Hummel, coordenador científico do HIMSS@Hospitalar.

HOSPITALAR TECNOLOGIA - O espaço “Hospitalar Tecnolo-gia”, localizado do Pavilhão Vermelho,foi composto por área de palestras gratuitas, Health Connection (espaço de conteúdo gra-tuito para os visitantes com apresentação de palestras e cases de empresas no Brasil e na América Latina), polo de impressão 3D, área de demonstrações, Startups e o projeto 5 Years From Now.

Startups:HFocus - solução que facilita o monitoramento da experiência

dos pacientes e colaboradores de uma instituição de saúde.EveryCare - solução EveryCare Corporativa, ferramenta que cen-

traliza e automatiza o processo de contratação de Home Care pelas Operadoras de Saúde para atuarem no processo de desospitalização.

Intuitive Care - plataforma usa inteligência artificial para cuidar da receita de instituições de saúde que têm diversas fontes pagadoras.

CM Tecnologia- plataforma digital que cobre toda jornada do paciente em instituições de saúde. Seu sistema de agendamento cirúrgico e gestão do centro cirúrgico, traz uma excelente experi-ência para o paciente, e eficiência e redução de custos aos pres-tadores.

Esconderijo Criativo, Mundo360 e Aumenta Health - soluções inovadoras para conectar profissionais da área de saúde com as grandes tendências imersivas, o que permitirá visualizar informa-ções não disponíveis no ambiente físico por meio de telas de smar-tphones, tablets ou com uso de óculos 360.

REABILITAÇÃOGrandes parcerias discutiram tendências, levaram conteúdo,

visibilidade e que conectam os fornecedores e compradores do segmento de maneira mais dinâmica.

Parceria da dra. Linamara Rizzo Battistella, da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo (SE-DPcD), em conjunto com a Abimo e Apex-Brasil para o desenvolvi-mento do Espaço Reabilitação, projetado para conectar os forne-cedores e compradores de maneira mais dinâmica.

(Fonte Assessoria)

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Diretoria da Cral: Ricardo, Minela e Rony Cecconello

Equipe Cral:- Sidney- Coordenador de Marketing- Rodrigo - Gerente comercial - Comercial: Aline, Nancy, Patrícia, Vera, Isabel, - Sintia, Graziele, Erika, Rosangela e Ariane

Estande da Cral – Hospitalar 2018

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IRINEU [email protected]

Por algumas décadas tenho acompanhado e tentado sempre ser protagonista ou observador atento das ações e atitudes da cadeia la-boratorial. Comecei meu trabalho muito jovem acompanhando de mui-to perto toda a evolução do Laboratório Clínico, do foto-colorímetro às esteiras robotizadas, passando nessa viagem pelo espectrofotômetro, automações e interfaciamentos.

Do microscópio monocular até microscopia à distância, com saboro-sas escalas na microscopia de fluorescência. Dos fichários dos clientes, manuais ou datilografados, até os imensos arquivos guardados na nuvem.

Como profissional de Laboratório, dirigente de entidades e agora consultor, tenho a satisfação de observar este ambiente e verificar a evolução do setor laboratorial, a preocupação com a atualização dos equipamentos, a busca incessante pela qualidade, maciça participa-ção em ensaios de proficiência, acreditação, criação de grupos de dis-cussões de temas pertinentes e participação em eventos isolados e congressos.

São ações distribuídas por toda a cadeia, desde aquele pequeno laboratório de poucos milhares de exames mensais até àqueles cuja produção é expressa em milhões.

É de se entusiasmar a observação da quantidade de pequenos e médios laboratórios na busca do crescimento, tanto de forma qualitati-va, quanto quantitativa.

Esse incremento à qualidade, aos processos de gestão, associados ao surgimento de novos procedimentos e a todos os benefícios por eles introduzidos ao setor saúde transformaram os exames laborato-riais como os responsáveis por 70% dos diagnósticos clínicos e 90% dos critérios de cura de doenças e altas hospitalares.

Por outro lado, também é impressionante a verificação de um número imenso de startups mergulhadas em pesquisas voltadas ao setor de diag-nóstico, produzindo tecnologias que com certeza irão revolucionar o setor.

Países como China, Japão, Estados Unidos, Israel, Finlândia e até o Brasil estão imersos em importantes pesquisas voltadas ao diagnós-tico rápido de precisão e exatidão.

Testes genéticos de predisposição a enfermidades bem como in-tolerâncias alimentares com a mais alta eficiência já são disponíveis.

Aplicativos (reSET - Pear Therapeutics) monitoram pacientes com transtorno da utilização do álcool, cocaína, cannabis, benzodiazepíni-cos e outros, medindo a abstinência e/ou regulando a prescrição de medicamentos.

Alertas tecnológicos

Opinião

Microchips instalados de forma subdérmica em pacientes diabéti-cos, esportistas de alto rendimento ou atletas profissionais para, com o uso de um aplicativo em smartphone , realizar a monitorização de glicemia, CPK e outros analitos.

Já está quase pronto o projeto do vaso sanitário inteligente ao qual poderá ser colocado um chip com os dados do paciente que, desta for-ma terá monitorado o volume urinário, bem como alguns constituintes urinários como proteínas, glicose, creatinina, etc. Esse vaso, se colo-cado numa enfermaria hospitalar, poderá monitorar todos os pacientes, pois comportará tantos chips quantos necessários.

Importante ainda uma referência aos testes rápidos imunocroma-tograficos ou similares, que vieram para ficar e tem sua utilidade com-provada, são essenciais em alguns setores, entretanto ainda carentes de regramentos por parte da ANVISA.

Da mesma forma, são aguardadas regulações em relação ao Con-trole de Qualidade interno e externo desses testes.

Referências também devem se feitas aos testes realizados em domicílio (autotestes). Até o presente estão oficialmente liberados so-mente para HIV, gestação e glicemia. Nos Estados Unidos esses pro-cedimentos são disponíveis em grande quantidade e diversidade. Exis-tem até estabelecimentos farmacêuticos especializados na venda dos mesmos e que mantém em seus quadros profissionais aptos a instruir o cliente na compra, no uso e interpretação dos mesmos. Nesse rol até testes de paternidade são oferecidos aos clientes.

Essas citações constituem apenas um lembrete de como poderá mu-dar o nosso setor, seguindo uma tendência mundial. O alerta principal seria no sentido de exercer uma vigilância permanente em relação ao sur-gimento de novos rumos que poderiam modificar radicalmente o setor.

Não existe nenhuma possibilidade de que o laboratório tradicional e convencional deixe de existir. Entretanto uma sequência de fatores irão determinar novos direcionamentos, que poderão exigir adaptações a uma nova realidade.

Mais uma vez será necessário frisar a união daqueles laboratórios pequenos e médios, realmente compromissados com os conceitos de qualidade e gestão, para que comunguem seus propósitos e saibam aproveitar novas oportunidades.

Cada vez mais é importante reforçar e insistir que a troca de concorrência por parceria é que vai garantir a sobrevivência e o crescimento.

Fundada em 2004, no Chile, a Associação Latino--americana de la-boratórios (ALADIL) tem como objetivo promover o desen-volvimento cientí-fico e tecnológico em diagnóstico la-boratorial por meio da integração dos principais laborató-rios clínicos no Bra-sil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uru-guai. Anualmente, representantes dos laboratórios associados se reúnem para discutir temas relevantes do mercado diagnóstico e debater sobre inovação técnico-científica. A primeira reunião do grupo no Brasil aconteceu de 4 e 5 de junho, em São Paulo (SP).

O Diagnósticos do Brasil foi convidado a participar da associação

em 2017 e é o único laboratório brasileiro a integrar a rede. Segundo a instituição, o laboratório brasileiro foi selecionado por melhor representar o País nos quesitos inovação tecnológica e técnicas laborato-riais. “Foi uma honra receber esse convite, pois reflete o reconhecimento dos princi-pais laboratórios da América Latina sobre a gestão e os avanços que o Diagnósticos do Brasil conquistou em seus sete anos de atuação”, comemorou o médico Antô-nio Fabron, diretor-geral do grupo.

O laboratório brasileiro recebeu os associados em um encontro para discutir temas como gestão orga-nizacional e o mercado laboratorial. A reunião foi uma oportunidade da troca de informação sobre avanços tecnológicos e científicos, ben-chmarking, transferência de tecnologia e formalização de parcerias. “A troca de experiências, informação e tecnologia que esta associa-ção entre os países latino-americanos proporciona gera resultados efetivos para toda a cadeia do segmento laboratorial até o cliente final”, comentou Fabron.

Integração

Brasil sedia encontro internacional com principaislaboratórios de análises clínicas da América Latina

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PROF. DR. PAULO CESAR [email protected]

O Projeto Genoma Humano revelou que a nossa espécie tem cerca de 25 mil genes e se você imaginar que cada grupo de genes, por exemplo, os genes tipo beta da globina que é composto por quatro genes específi-cos: beta, épsilon, delta e gama, é possível admitir que somos formados por mais ou menos 100 mil proteínas e enzimas diferentes.

Através da eletroforese de proteínas plasmáticas ou séricas de alta resolução, por exemplo, é possível identificar pelo menos 22 diferentes proteínas que circulam em nosso sangue. Entretanto, os métodos usa-dos em rotina laboratorial as agrupam em seis frações compostas por grupos de proteínas: pré-albumina, albumina, alfa-1 globulina (4 proteí-nas), alfa-2 globulina (7 proteínas), beta globulina (3 proteínas) e gama globulinas (6 proteínas). O significado clínico de elevações e diminui-ções das seis frações acima citadas depende do grau de conhecimento do médico e da qualidade da eletroforese realizada no laboratório.

Eu me recordo vivamente quando e eletroforese de proteínas che-gou aos laboratórios nos anos 60. Os equipamentos eram sofisticados como os primeiros computadores de rolo. Eram grandes, demoravam 12 horas para separar as frações em papel de filtro (ainda não existia o acetato de celulose e nem a agarose), a coloração e a descolora-ção duravam algo em torno de uma a duas horas, e a leitura em den-sitômetro necessitava que o papel de filtro com as frações coradas fosse mergulhado num óleo para torna-las transparentes, na verdade, translúcidas. O marketing da época mostrava alterações de frações relacionadas com patologias, por exemplo, a diminuição de albumina associada com elevações de alfa-1 e alfa-2 globulinas era indicativa

de processo inflamatório agudo – patologia muito comum na época de poucos recursos farmacológicos.

Acontece que a maioria dos laboratórios que se dispuseram a realizar esta análise tinha dificuldade em obter resultados com sensibilidade e re-produtibilidade, e assim, nem sempre ocorria a relação entre a suspeita clínica da patologia do paciente com os valores das frações de proteí-nas plasmáticas ou sérica liberados pelo laboratório. Dessa forma, a ele-troforese de proteínas foi sendo preterida e substituída por outros testes bioquímicos e imunológicos. Mas, ao retornar nos anos 90 com tecnolo-gias modernas compostas por equipamentos de alta eficiência resolutiva, meios rápidos para fracionar proteínas e plataforma computacional de re-sultados e registros, a eletroforese passou a ser uma grande aliada para o diagnóstico médico, notadamente em exames de controle, ou check-up, usualmente solicitados para pessoas acima de 40 anos de idade.

Quatro exemplos simples de resultados de eletroforeses plasmáti-cas ou séricas garantem o prestígio atual do proteinograma; primeiro: diminuição de alfa-1 globulina pode supor ausência da enzima alfa-1 antitripsina, situação desencadeante de enfisema pulmonar em fuman-tes; segundo: fusão das frações beta-gama globulinas é indicativo de cirrose hepática; terceiro: o aparecimento de uma segunda fração de beta globulina (Beta-2) é indicativo da elevação do complemento C3, comum em processos inflamatórios; e quarto: elevação monoclonal de gama globulina sugere início da doença mieloma múltiplo ou macroglo-bulinemia. Porém, para aqueles que entendem de bioquímica clínica, o proteinograma é um tesouro de inesgotáveis informações.

Os segredos do proteinograma

Opinião

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Desde a época de Hipócrates (460 Anos Antes de Cristo), havia referencias para a existência da associação entre as emoções e as doenças. Nas décadas atuais (ou seja 2.000 Anos Depois de Cristo), devido aos avanços das biologias celular e molecular, da genética, da neurociência e dos estudos da imagem cerebral, os avanços nestas áreas revelaram que as diversas conexões entre os sistemas neuroendócrino, neurológico e o imunológico, estão presentes na relação entre as emoções e as doenças (DANTZER 2003, HILL 2010).

Psiconeuroimunologia é uma especialidade da área de saúde cujos trabalhos vem contribuindo para a compreensão da saúde, de que o corpo é uma somatória integrada e indissolúvel entre o mental e o or-gânico, sendo influenciado, de modo significativo, pela experiência de vida e por sua própria sensibilidade (MARQUES-DEAK 2004, MAIA 2002, KIECOLT-GLASER 2002, NYKLICEK 2005).

Segundo Bottura (BOTTURA 2007): “Os estados emocionais são desencadeadores, por sí só, de uma série de alterações bio-químicas no organismo que afetam diretamente nossas condi-ções imunológicas”. Existe uma comunicação entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico, através de neurotransmis-sores e hormônios que modulam e regulam o sistema nervoso central (KAPCKINSKI 2009, SILVA 2016). Recordando de modo resumido a função básica dos sistemas e termos referidos ante-riormente temos:

- Sistema Nervoso é uma rede de comunicação do organismo, formado por um conjunto de órgãos cuja função é captar as men-sagens, os estímulos do organismo, interpretando e arquivando. Ao mesmo tempo é o Sistema Nervoso quem elabora as respostas que podem ser dadas em forma de movimentos, sensações ou consta-tações. O Sistema Nervoso possui duas partes: Central (cérebro, cerebelo, tronco-encefálico e medula espinhal) e Periférico (nervos

cranianos e nervos raquidianos). A grande maioria dos Neurônios do cérebro são formados durante o período do pré-natal – é a Neu-rogênese – entretanto partes do cérebro dos adultos mantêm a ha-bilidade de fazer crescer outros Neurônios a partir de células tronco neurais. Após o nascimento, são as Neutrofinas que ajudam a esti-mular e a controlar a Neurogênese a partir de Células Progenitoras. O principal “alimento” do nosso cérebro para a manutenção de suas atividades são as Neutrofinas, uma família de proteínas que in-duzem a sobrevivência, desenvolvimento e função dos Neurônios (HEMPSTEAD 2006, REICHARDT 2006). As Neutrofinas estimulam a sobrevivência, a diferenciação e o crescimento dos Neurônios (ALLEN 2006, SILVA 2009).

- Sistema Endócrino é um conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e per-correm o corpo até chegar aos órgãos-alvo, sobre os quais atuam. As Glândulas do Sistema Endócrino estão localizadas em diferen-tes partes do corpo, são: Hipófise, Tireóide, Paratireóides, Timo, Suprarrenais, Pâncreas e as Glândulas Sexuais. Junto com o Sis-tema Nervoso o Sistema Endócrino coordena todas as funções do nosso organismo.

- Sistema Imunológico ou Imunitário ou Imune é um sistema de es-truturas e processos biológicos que protege o organismo contra doen-ças. Para que o organismo funcione corretamente e continue saudável, o Sistema Imune deve detectar uma grande variedade de agentes que são estranhos ao organismo (vírus, bactérias, parasitas, corpos es-tranhos, etc.). São os componentes deste sistema: Barreiras Físicas e Mecânicas (pele, trato respiratório, membranas, mucosas, fluidos corporais, tosse, espirro), Barreiras Fisiológicas (temperatura corpo-ral, acidez do trato gastrointestinal), Barreiras Celulares que através de determinadas reações eliminam partículas, inibem reações de mi-croorganismos estranhos (leucócitos com as reações inflamatórias e imunológicas).

- Neurotransmissores são substâncias produzidas pelos Neurô-nios (as células nervosas) com a função de sinalização, é por meio dos Neurotransmissores que existe o envio de informações para outras células. Eles também podem estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final em um órgão ou em um mús-culo alvo.

- Hormônios garantem o equilíbrio do nosso organismo, são as substâncias lançadas diretamente na corrente sanguínea, controlam diversas atividades do corpo humano, sendo produzidos pelas Glându-las Endócrinas (Hipófise, Tireóide, Supra-Renais, Pâncreas, Testículos e Ovários).

Geralmente os “pequenos esquecimentos mentais” que afetam a vida diária, comumente podem estar sendo relacionados com algumas causas: idade avançada, arterioesclerose, “início” de Alzheimer, etc. Atualmente os neurocientistas tem comprovado que “pequenas” per-das de memória, esporádicas e em curto prazo, nem sempre se deve a idade ou a morte dos neurônios, mas sim à redução do número de conexões nervosas...por falta de “atividade”. A Psiconeuroimunologia investiga as ligações entre o cérebro e o sistema imunológico, assim como as implicações destas ligações na saúde física e na doenças. As condições de estresses psicossociais diminuem a eficiência da atua-ção do sistema imunológico aumentando o risco de uma doença, por-que a depressão e o estresse estão intimamente ligados as respostas imunológicas, ficando o organismo mais vulnerável ao surgimento e ou ao agravamento de novas doenças (KEMENY 1999, SILVA 2016). Em qualquer idade, do mesmo modo que um músculo se atrofia se não for usado, as conexões nervosas também se atrofiam, se não são usadas com frequência, porque a função e habilidade do cérebro para continuar ativo, precisa sempre de receber constantemente novas in-formações, pois são estas comunicações que mantem ativo e regula o sistema nervoso central.

(Referências e texto completo no site www.labornews.com.br)

Artigo

O que é psiconeuroimunologia ou psicoimunologia?

Maria de Lourdes Pires Nascimento, MD Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBA [email protected]

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Relacionamento Wama Diagnóstica:Tel: +55 16 3377.9977 SAC: 0800 772 9977

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ALERTA – Autoteste para diagnóstico rápido de HIV

A Wama Diagnóstica, empresa líder de testes rápidos no mercado brasileiro, apresenta o autoteste ALERTA para detecção de HIV, doença infecciosa transmitida pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). O autoteste rápido, que utiliza a me-todologia imunocromatográfica, faz a detecção qua-litativa de anticorpos anti-HIV 1 e anti-HIV 2 usando uma combinação de proteínas recombinantes imobili-zadas na membrana com a finalidade de identificar de forma precisa indivíduos com infecção pelo vírus HIV.

Desde que a AIDS foi descrita pela primeira vez em 1981, a infecção com o HIV tornou-se uma epi-demia global. Embora os usuários de drogas intra-venosas, hemofílicos, fetos de mães contaminadas e receptores de transfusão constituam grupos de riscos bem caracteriza-dos, a transmissão sexual (homossexual e heterossexual) é responsável pela maioria dos casos de infecção entre adultos em todo o mundo.

Segundo dados do Boletim Epidemiológico de HIV – AIDS publicado pelo Ministério da Saúde em 2016, no período de 2007 até junho de 2016 foram notificados 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 71.396 no Sudeste (52,1%), 28.879 no Sul (21,1%), 18.840 no Nordeste (13,8%), 9.152 no Centro-oeste (6,7%) e 6.868 na Região Norte (6,3%).

Existem dois tipos de HIV, denominados HIV-1 e HIV-2. Ambos des-troem os glóbulos brancos (ou linfócitos), que são as células de defesa do organismo humano e, em consequência disso, o indivíduo fica debi-litado e se torna vulnerável a várias doenças oportunistas. O portador do HIV, mesmo não apresentando os sintomas da AIDS, pode transmi-tir o vírus a outras pessoas.

É importante fazer o diagnóstico precoce, pois isto aumenta a expectativa de vida do paciente soropositivo. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue do pacien-te. Entre os exames laboratoriais que podem ser usados no diagnóstico, se destacam os testes rá-pidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, usando uma gota de sangue da ponta do dedo. A infecção pelo HIV pode ser detectada a partir de 30 dias após a exposição à situação de risco. Isso porque os exames de-tectam anticorpos contra o HIV e esse é o tempo necessário para produção dos mesmos. Esse período é chamado de janela imunológica.

O Autoteste ALERTA da WAMA Diagnóstica é um teste imunocromatográfico altamente sensível e específico para detecção qualitativa de anticorpos anti-HIV 1 e 2 no sangue total huma-no, com a finalidade de identificar indivíduos com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. O Autoteste ALERTA oferece a seus clientes um produto certificado pelo rígido controle de qualidade ao qual o produ-to é submetido, sendo um teste muito fácil de realizar com segurança e resultado em apenas 15 minutos.

ALERTA – Autoteste para HIV. O mais eficiente do mercado.

A Wama Diagnóstica apresenta o ALERTA.Autoteste para detecção de anticorpos anti-HIV 1 e 2 em amostras de sangue total.

Diagnósticos do Brasil participa da 45º edição do CBACcom grandes novidades

Entre os dias 17 e 20 de junho, o Diagnósticos do Brasil vai ao Rio de Janeiro para participar do 45º Congresso Brasileiro de Análises Clí-nicas. Mas uma vez, o DB participa do congresso como patrocinador ouro, oferecendo palestras e workshops aos participantes.

Neste ano a palestra magna oferecida pelo DB será sobre Comuni-cação e Empreendedorismo, com o jornalista com Caco Barcellos. Em sua apresentação, ele mostra como é possível transformar adversida-des em oportunidades para empreender e se destacar no Brasil.

Em nosso stand muitas novidades aguardam os visitantes. O gran-de destaque vai para o lançamento do novo DB Molecular, a unidade dedicada ao diagnóstico molecular do DB, que passou por uma grande reestruturação em todos os sentidos. O DB Patologia também está

de cara nova e ganhou uma sede maior e mais moderna, elevando sua capacidade produtiva, além disso, o DB comemora a expansão de mais uma empresa do grupo, o DB Toxicológico, unidade especializada em análises toxicológicas.

Visite nosso stand e conheça as novas marcas. Aproveite e receba o atendimento exclusivo e personalizado da diretoria e da equipe téc-nica e comercial do DB.

Diagnósticos do BrasilFone: (41) 3299-3400Email: [email protected] www.diagnosticosdobrasil.com.br

www.gbo.com

Automação na Fase Pré-AnalíticaUm laboratório de análises clínicas em expansão lida com a crescente

oferta de exames e o desafio de manter a qualidade de seu serviço. Com esse propósito, a Greiner Bio-One apresenta em seu portfólio dois equi-pamentos de alta performance: o BC•Robo® e o TS 1500. Além de tornar possível atender essa demanda, os equipamentos permitem uma gestão mais eficiente do processo pré-analítico por meio da padronização do flu-xo de trabalho, o que garante o nível de qualidade exigido.

Quando todas as etapas da fase pré-analítica são realizadas manu-almente, estima-se que consumam “cerca de 60% do tempo total des-pendido para a realização da análise e que nela ocorra de 30 a 86% dos erros laboratoriais”, aponta a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) no livro Automação laboratorial: his-tórico, seleção, implantação e gestão (2018). Para reduzir essa taxa, as soluções de automação podem estar presentes da identificação dos tubos à aliquotagem, preparando a amostra para a análise.

O BC•Robo® prepara os tubos para coleta de amostras e monta o conjunto de cada paciente. Assim que os exames são cadastrados com base na ordem de teste do LIS, ele seleciona os tubos neces-

Otimize a rotina de trabalho, padronize o processo e previna erros com o BC•Robo® e o TS 1500 da Greiner Bio-Onesários, cola as etiquetas com código de barras e libera em bandejas individuais junto com etiquetas complementares com os dados de cada paciente. Com 2 módulos com 4 gavetas cada um, o BC•Robo® tem a capacidade para processar até 360 kits de pacientes por hora.

O TS 1500 realiza a triagem dos tubos na recepção da amostra. O equipamento é capaz de controlar e monitorar a entrada de diferentes tipos de amostras, registrando-as no sistema do laboratório através da comunicação com o LIS. Com uma entrada e 10 gavetas de saída, tem capacidade para processar até 1500 tubos por hora.

Aproveite para conhecer mais sobre as soluções automatizadas da Greiner Bio-One no 45º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC). O evento acontecerá de 17 a 20 de junho, no Centro de Con-venções SulAmérica, na cidade do Rio de Janeiro.

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[email protected]

A FEHOESP lançou seu boletim econômico em março deste ano. A segunda edição foi publicada em maio. Trimestral, a publicação mos-trou dados importantes, como a criação, pelos prestadores de serviços em saúde, de 15 mil empregos no Brasil, no balanço de 2017. Um cres-cimento quase pífio. No primeiro trimestre de 2018, a situação melho-rou e criamos 22 mil empregos. Embora animadora, a notícia não nos dá o direito ao regozijo, e nos enche de responsabilidade de continuar mudando o que precisa ser mudado.

E por falar em mudança, precisamos entender o que está acon-tecendo hoje. O Brasil está em transformação. Temos empresários e políticos poderosos e corruptos sendo julgados e, o que é melhor, puni-dos. Esse espírito precisa contaminar a cada um de nós, especialmen-te porque daqui a quatro meses teremos eleições gerais.

Neste contexto, a instituição menos acreditada no Brasil, sem dú-vida, é a Câmara dos Deputados. Menos de um por cento da popu-

lação acredita no parlamento, embora seja ela que o eleja. O Poder Legislativo cumpre papel imprescindível perante a sociedade do país, porque desempenha três funções primordiais para a consolidação da democracia: representar o povo brasileiro, legislar sobre os assuntos de interesse nacional e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.

Infelizmente, as legislaturas têm deixado a desejar no cumprimento de seu papel. Este ano, por exemplo, em que precisávamos das refor-mas previdenciária e tributária, a Câmara preferiu deixar para depois a aprovação dos temas que nos afligem e que poderiam trazer uma nova perspectiva para o Brasil nos próximos anos. De olho nas eleições, os deputados e senadores preferiram recuar a defender os interesses de quem os elegeu.

Na hora do voto, é importante fazer este diagnóstico, e ter em mente que o Poder Legislativo é a alma de democracia. Cientes deste fato, vo-taremos melhor, mais conscientes e seguros de um Brasil no rumo certo.

Opinião

A alma da democracia

DR. YUSSIF ALI MERE JR

Linha de Soluções Consumíveis Ebram é o resultado apresentado pelo setor de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos que nos possibilita oferecer produtos de qualidade diferenciada.

Com excelente desempenho e menor custo, a Linha de Soluções foi criteriosamente desenvolvida para atender especificamente a maioria dos equipamentos de bioquímica existente no mercado.

Soluções de Limpeza, Soluções de Lavagem e Condicionadora de Células, Soluções Acidas, Alcalinas, Detergente, Desproteinizante e Enzimática, cuja função é proporcionar a lavagem, limpeza e a des-contaminação necessária garantindo resultados precisos, além de au-mentar a durabilidade dos equipamentos.

Da Linha de Soluções Consumíveis Ebram destacamos as solu-ções Ebrawash, uma solução de lavagem de última geração, unindo a eficiência da ação enzimática específica na remoção das sujidades à presença de condicionadores que promovem maior proteção das cuve-tas de reação no processo de lavagem.

A elevada concentração das enzimas em conjunto com seus ativado-res foi desenhada segundo os processos de lavagem específicos de cada analisador bioquímico, propiciando uma ação rápida e eficiente no curto período de tempo disponível no processo de lavagem.

As soluções de lavagem são produzidas no Brasil, possuem Ph neutro, 100% biodegradável, não apresentam componentes corrosivos e são livres de fosfatos.

O ph neutro e a ausência de componentes agressivos permite que as soluções Ebrawash tenha sua utilização estendida aos analisado-

res íons seletivos (sistema I.S.E) de maneira que promove uma des-proteinização completa do sistema de canalículos destes sistemas, removendo completamente o biofilme normalmente presente nestes instrumento devido à alta incidência de amostragem.

A Ebram tem disponíveis para o mercado as Soluções Consumíveis para os equipamentos: ADVIA, BECKMAN CX/LX, COBAS MIRAS, HITACHI 911/912, HITACHI 917/MODULAR, MINDRAY/BS, QUIMISAT-450, QUIMI-FAST-130, OLYMPUS, DIRUI, DIMENSION, LABMAX 240

Linha de Soluções Consumíveis Ebram

(11) [email protected]

Governo entrega revitalização do MT Hemocentro e de ônibus de coletaDia 17 de abril de 2018, marcou um novo momento na história do

MT Hemocentro, banco de sangue público 100% SUS do Estado, e que existe há 24 anos. A unidade comemorou a entrega do ônibus de coleta de sangue que estava sucateado há mais de seis anos, e a melhoria das condições de trabalho para os 150 servidores, e de atendimento a cerca de 200 doadores que comparecem diariamente à unidade, localizada na Rua 13 de Junho, Bairro do Porto, na capital.

“O MT Hemocentro, único banco de sangue público do estado, exis-te há 24 anos e há mais de 15 anos não recebia nenhum investimento financeiro e o ônibus de coleta externa estava sem circular há mais de cinco anos”, informou a diretora da unidade, Silvana Salomão.

Além de móveis, equipamentos e pintura novos, o prédio do MT Hemocentro recebeu investimentos na parte elétrica, hidráulica, troca de telhas e consertos para eliminar as goteiras e infiltrações.

A solenidade de entrega das melhorias contou com a presença do governador do Estado Pedro Taques, do procurador de Justiça e repre-sentante do Ministério Público Estadual, Edmilson Pereira, de doadores

[email protected]+55 (19) 33033800+55 (65) 36424387+55 (67) 33274566

voluntários de sangue, empresários parceiros, voluntários e de servidores.A diretora Silvana Salomão acompanhou o governador e os parcei-

ros, na visita às instalações do ônibus, que foi completamente reformado e recebeu novos móveis e equipamentos para realizar a coleta externa de doação de sangue. O serviço realizado pelo ônibus em apenas meio período de coleta externa equivale a 30% do que é coletado por dia dentro do MT Hemocentro, informou a diretora. As autoridades ainda visitaram as instalações da unidade para conhecer as benfeitorias.

Além do apoio para reforma do ônibus de Coleta de Sangue, O CQC há mais de 3 anos, vem fornecendo todo suporte ao setor de Hemostasia, com tecnologia, produtos e serviços, trabalhando para manutenção do padrão de serviços que o MT Hemocentro oferece à toda população do estado do Mato Grosso.

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Na Emergência, o teste D-dímero reduz a necessidade do examede imagem para pacientes com suspeita de TEP/TVP 1

Guidelines da Sociedade Europeia de Cardiologia afirmam que a medição de D-dí-mero combinado com avaliação de probabi-lidade clínica é a primeira avaliação em pa-cientes admitidos na sala de emergência. 2,3

www.roche.com.br

Algorítmo de diagnóstico para exclusão da TVP e TEP com uso

do D-Dímero

D-dímero é um teste de exclusão rápi-do e confiável para suspeita de TVP e TEP (usado em conjunto com o índice de proba-bilidade pré-teste). 4, 5, 6, 7

Teste D-dímero Point of Care

TC, tomografia computadorizada; VP scanner, scanner ventilação/perfusão; CUS, ultrassonografia de compressão nas veias da perna; TEP, tromboembolismo pulmonar; TVP, trombose venosa profunda; VPN, valor preditivo negativo; Probabilidade pré-teste: probabilidade de ter a doença antes dos resultados diag-nósticos serem conhecidos; Pontuação de Well: sistema de pontuação que combina variáveis referentes ao histórico clínico e físico, no qual valores abaixo ou iguais a 4 = TEP improvável e valores acima de 4 = TEP provável9.

Referências:

Um risco de probabilidade baixo a moderado para TEP ao lado de um teste D-dímero negativo mostrou ter valor preditivo 100% negativo (VPN). Igualmente, um VPN a 100% foi demonstrado com um teste D-dímero negativo ao lado de uma pontuação de Well in-dicando que TVP era improvável. 8

Para mais informações: 0800 77 20 295 ou [email protected]

1 Moe, G. W., et al. (2007). Circulation 115(24), 3103-3110.2 Konstantinides, S. V., et al. (2014). Eur Heart J 35(43), 3033–3080.3 Kucher, N., et al. (2003). Eur Heart J 24(4), 366-376. 4 Demp e, C. E., et al. (2006). Thromb Ha-

emost 96(1), 79–83.5 Runyon, M. S., et al. (2008). Emerg Med

J 25(2), 70–75.6 Wells, P. S., et al. (2003) N Engl J Med

349(13), 1227–1235.7 Wells, P. S., et al. (2000). Thromb Hae-

most 83(3), 416–420.8 De Bastos, M. M., et al. (2008). Blood

Coagul Fibrinolysis 19(1), 48-54.9 Terra-Filho M, Menna-Barreto SS e Co-

laboradores. (2010). J Bras Pneumol 36(su-pl.1):S1-S68

Reg. ANVISA: cobas h 232 - 10287410670; Tira Roche CARDIAC proBNP -10287410909; Tira Roche CARDIAC Troponina T –10287410428; Tira Roche CARDIAC Dímero-D – 10287410066; Tira Roche CARDIAC Mioglobina – 10287410440; Tira Roche CARDIAC CKMB – 10287410750

COBAS e LIFE NEEDS ANSWERS são mar-cas da Roche.

©2018 Roche – Março 2018 - IRDL1203 Ro-che Diagnostica Brasil Ltda, São Paulo - SP 05321-010 - Brasil www.roche.com.br

Dislipidemia e Diabetes Mellitus Tipo 2Atualmente a aterosclerose e as doenças cardiovascu¬lares são

consideradas problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, po-dendo levar o indivíduo a óbito com idades cada vez mais precoces. Os indivíduos com hiperten¬são arterial e Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) apresentam alta prevalência de dislipidemias que são a elevação das taxas de lipídios e de li¬poproteínas na corrente sanguínea, ocasio-nan¬do posteriormente as doenças cardiovascula¬res. A dislipidemia está relacionada ao meio em que o indivíduo vive e pelos fatores ge-néticos. No DM2 os níveis de triglicerídeos elevam e os níveis de HDL diminuem. A presença de níveis elevados de triglicérides pode resultar no decréscimo da lipólise dos trigliceríde¬os presentes nas partículas de VLDL.1

A obesidade e o DM2 são doenças que causam resistência à in-sulina. Estudos demonstram que o DM2 e a resistência à insu¬lina estão associados com excesso de produção hepática de VLDL. Na obesidade em geral, a quantidade de gordura corporal é proporcional ao grau de resistência à insuli¬na. Nestes indivíduos, os níveis de in-sulina são altos no plasma e com isso, favorecerá no desenvolvimento da DM2.1 Conforme a II Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes os pacientes com DM2 estão sujeitos de duas a qua¬tro vezes mais risco para doenças cardiovascu¬lares quando comparados a pacien-tes não diabéticos.1 Conforme Silveira, a relação entre obesidade e DM2 é bem estabelecida. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade têm um aumento significativo do risco de desenvolverem diabetes, risco este cerca de 3 vezes superior ao da população com peso considerado normal. Em 2000, 2.9% dos adultos americanos eram obesos e diabé-ticos. O aumento de 1 kg no peso corporal aumenta em 9% o risco do desenvolvimento de diabetes. Nos indivíduos portadores de DM2 uma redução de 11% no peso corporal foi associada a uma diminuição de 28% do risco de morte causada por diabetes.3

De uma maneira geral, para tratar e pre¬venir não só a dislipidemia, mas também a obesidade e o DM2, o indivíduo deve praticar ativida-des físicas e obter hábitos alimentares mais saudáveis, evitar o fumo e bebidas alco¬ólicas.1 Conforme a III Diretriz Brasileira sobre Dislipide-mias e Di¬retriz de Prevenção da Aterosclerose, nos DM2 o controle da dislipidemia passa pelo controle da glicemia e do uso de medicamen-

tos especí¬ficos dependendo da necessidade do paciente.1 Silva e Lima (2002) afir¬mam que é importante o exercício físico, pelo menos quatro vezes na semana, com seções de 1 hora para os DM2 e com isso diminuem os trigli¬cerídeos, aumenta o HDL, diminui a frequência cardíaca de repouso e também pode melhorar a glicemia de jejum e a hemoglobina glicosilada.4

Segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose para tratar da hipertrigliceridemia nos diabéticos, a dieta deve ser hipocalórica, o consumo de bebida alcoólica tem res-trição total e o consumo de carboidratos e gordura deverá sofrer ade-quação. A atividade física, praticada regularmente, ajuda na prevenção das dislipide¬mias e doença arterial coronária. Os exercícios aeróbios como caminhada, corrida, ciclismo, natação, promovem a redução dos triglicerídeos e aumentam os níveis de HDL.1

A Biotécnica possui em sua linha de produtos kits para a dosa-gem dos analitos relacionados às patologias relatadas: Glicose, He-moglobina Glicosilada (método turbidimétrico com controle incluso), Colesterol, Triglicérides (reagentes fracionados), HDL e LDL com dosagem direta

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:1- PEREIRA, R. A relação entre Dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo 2.

Unifoa. ed. 17, dezembro, 2011.2- CORRÊA, F. H.S. et al. Influência da Gordura Corporal no Controle Clíni-

co e Metabólico de Pacientes Com Diabetes Mellitus Tipo 2. Arquivos Brasilei-ros de Endocrinologia & Metabologia. V. 47, n. 1, fevereiro, 2003.

3- SILVEIRA, L. A. G Correlação entre Obesidade e Diabetes Tipo 2. Pós--graduação Latu-Sensu em Fisiologia do Exercício e Avaliação-Morfofuncional Universidade Gama Filho. Juiz de Fora.

4- SILVA, C.A. e LIMA, W.C. Efeito Benéfico do Exercício Físico no Controle Metabólico do Diabetes Mellitus Tipo 2 à Curto Prazo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. V. 46, n. 5 Outubro 2002

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Houve um tempo, longo tempo aliás, que a saúde do povo brasi-leiro ficou estagnada por falta de tecnologia e capacitação adequada aos profissionais da área.

De 1970 para cá, com a necessidade de evoluir no tratamento e no bem-estar da população, surgiram várias profissões (são 14 da área da saúde), cada uma delas se especializando em vários cam-pos e dividindo responsabilidades para oferecer ao cidadão comum todos os recursos necessários ao seu bem-estar. Hoje a saúde é multiprofissional e necessita que cada um dos profissionais atue nas diversas áreas.

Até bem pouco tempo atrás, a medicina através de seus ór-gãos diretivos não aceitava a habilitação de acupuntura pois di-ziam ser uma atividade sem comprovação cientifica e nem acei-tavam que seus médicos dermatologistas atuassem na área da estética, como outro exemplo a farmácia achava que as análi-ses clinicas era privativa dos bioquímicos, e assim tantos outros exemplos foram sendo desmistificados pela evolução da área da saúde de maneira geral.

A biomedicina é uma das mais recentes profissões da saúde, sendo regulamentada em 1979. Criada para dar suporte as discipli-nas básicas do curso de medicina e para a pesquisa, os biomédicos se aprimoraram e tornaram-se dos profissionais mais competentes desse meio pois a tecnologia veio beneficiar a profissão.

Hoje, presente e atualizada, a profissão desenvolve 35 habilita-ções, sendo que as últimas autorizadas (Estética, imagenologia, to-xicologia, pericia criminal) muito requisitadas pelo mercado, estão

Os biomédicos e a política nacional

Opinião

DR. DÁCIO EDUARDO LEANDRO [email protected]

sendo preenchidas por profissionais especializados e credenciados por títulos emitidos, após prova escrita e pratica e a avaliação curricu-lar profissional, pela Associação brasileira de Biomedicina a ABBM.

Nos últimos tempos, apenas por briga de mercado, ou disputa por pacientes, a categoria vem sendo atacada por profissionais de outras áreas, de maneira injusta e deselegante, causando atrito en-tre dirigentes de conselhos profissionais e associações bem como entre os profissionais favorecidos pelas redes sociais onde pode se falar o que quiser verdade ou mentira e acusar indiscriminadamen-te qualquer pessoa ou profissão sem a mínima chance de defesa, uma vez publicado é muito difícil retomar a verdade. São casos que podem e devem ser resolvidos pela justiça e não por maus profissionais incomodados com a concorrência. E com a evolução tecnológica e das pessoas, a “briga” pelo mercado de trabalho ten-de a aumentar, as vezes deixando de lado o interesse maior que é o cuidado com a saúde do cidadão.

Os conselhos profissionais e as associações biomédicas estão atentos á atuação dos seus profissionais e as das ou-tras profissões para que o biomédico tenha a tranquilidade de aproveitar melhor o seu tempo para se aprofundar nos seus conhecimentos e se destacar na sua rotina de atender bem o cidadão brasileiro.

Em tempo, convidamos todos os profissionais da saúde a partici-parem do XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Internacio-nal de biomedicina, em São Paulo, de 05 a 08 de setembro na sede da UNINOVE Campus Barra Funda.

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O câncer de mama é a doença que mais provocou internações pelo SUS na região de Ribeirão Preto, entre 2008 e 2017, como mostra o Boletim Saúde de Maio do Ceper/Fundace. De um total de 13.489 inter-nações realizadas pelo SUS em decorrência de tumores, 41,5% foram devido à neoplasia maligna da mama.

Consequentemente, o câncer de mama também é o que mais gera custos para o sistema público de saúde. Durante os dez anos analisados, 48% do total gasto (mais de R$ 7 milhões) com internações decorrentes de tumores malignos – mais de R$ 15 milhões – foram em decor-rência de tumores de mamas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres, representando 22% do total de novos casos de câncer no mundo.

Dando sequência à série de estudos sobre a reali-dade dos serviços de saúde na região de saúde de Ri-beirão Preto, o Boletim de Maio trata sobre neoplasias. Foram avaliados dados de dez anos (de 2008 a 2017) relacionados aos tumores malignos e benignos que afe-tam somente ou predominantemente as mulheres, como o de mama, colo do útero e ovário.

A base de dados reúne informações do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil), do SIH/SUS (Siste-mas de Informações Hospitalares do SUS) e SIM (Sistema de Informa-ções sobre Mortalidade).

No período avaliado, foram 5599 internações decorrentes do câncer de mama, sendo 49 pacientes do sexo masculino e 5550 do sexo femi-nino. As mulheres de 40 a 69 anos são as mais afetadas pela doença e representam mais de 69% do total das internações.

Dentre as cidades analisadas no estudo, chamam atenção Altinópo-lis, Cajuru, Cássia dos Coqueiros e Santa Cruz da Esperança. Nesses municípios, a cada mil mulheres residentes, aproximadamente três fo-ram afetadas e precisaram ser internadas em decorrência de tumores relacionados à saúde da mulher.

Outro aspecto que chama atenção na pesquisa em relação ao cân-cer de mama é que apesar de a doença acometer principalmente mu-lheres acima dos 40 anos, ela também pode surgir em mulheres jovens

Ribeirão Preto/SP

e homens. No período avaliado, houve 49 internações decorrentes do câncer de mama em homens e 789 em mulheres de 10 a 39 anos.

Mortes – O levantamento também analisa a mortalidade das pacien-tes com câncer e novamente o tumor de mama aparece em primeiro lugar da lista. Ele é o que mais leva mulheres a óbito na região de Ribei-rão Preto (37% do total das mortes decorrentes de tumores malignos)

seguido pelo câncer de pulmões e brônquios (30%).Cabe ressaltar aqui que o câncer de mama pode

ser diagnosticado precocemente com exames cons-tantes e acompanhamento da saúde da mulher, en-quanto os cânceres de pulmão, em 90% dos casos, são decorrentes de maus hábitos, como o tabagismo, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Cân-cer). O Instituto ainda recomenda medidas de preven-ção como não fumar e que mulheres entre 25 e 64 anos façam exames ginecológicos com regularidade.

Nos dez anos estudados, ocorreram 73.745 casos de tumores, incluindo homens e mulheres. Destes, 35.368 são em homens e 38.377 em mulheres, o que representa 52% e 48% respectivamente. No mesmo

período também foram registrados 4.635 óbitos, sendo 2.546 homens (55%) e 2.089 mulheres (45%).

Estes números representam uma inversão de expectativas, pois os menos acometidos pelas enfermidades são os que mais morrem. “Tal ocorrência pode ser justificada pelo fato de que as mulheres cuidam mais da própria saúde, vão mais ao médico e seguem o tratamento com mais disciplina que os homens. O fato de irem mais ao médico ajuda na descoberta da doença ainda no início, o que é imprescindível para a maior eficácia do tratamento” avalia o pesquisador do Ceper e coorde-nador do Boletim Saúde, André Lucirton Costa.

No estudo, Ribeirão Preto se destaca no índice de óbitos decorren-tes de tumores relacionados à saúde da mulher. Por ano, foram regis-tradas 5,44 mortes para um grupo de 10 mil mulheres. Na maior parte das cidades analisadas, este índice fica entre 0 e 2 mortes. “A grande discrepância acontece pela concentração dos tratamentos em Ribeirão Preto, que é referência no atendimento de casos de alta complexidade e, portanto, naturalmente atrai os casos mais graves”, explica André. ht-tps://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201805_00365.pdf

Câncer de mama é o tumor que mais provoca internações na região

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No dia 8 de junho, o SINDRIBEIRÃO-Sindicato dos Hospitais, Clí-nicas, e Laboratórios de Ribeirão Preto realizou o curso “Gestão de não conformidades no laboratório clínico - a melhor ferramenta para melhoria contínua”, em Ribeirão Preto. As não conformidades são o não atendimento de um requisito pré-estabelecido ou processos que geram resultados insatisfatórios.

O curso apresentou informações sobre ferramentas apropriadas para gestão de não conformidades que visam a auxiliar na gestão e resolução de problemas. O objetivo foi capacitar os participantes a identificar e analisar não conformidades, estabelecer planos de ações utilizando ferramentas apropriadas e solucionar problemas para a melhoria contínua de seus sistemas de gestão da qualidade.

A farmacêutica bioquímica Atecla Nunciata Lopes Alves, especia-lista em implantação de Sistemas da Qualidade e auditorias internas pela Fundação Vanzolini USP, foi a palestrante. Ela abordou concei-tos e definições relacionadas às não conformidades e ações correti-vas; visão geral dos requisitos normativos relacionados (ISO 9001 / ISO 14001 / OHSAS 18001); identificação de não conformidades, tipos e classificação, conscientização e responsabilidades; etapas: descrição, técnicas e tratamento das não conformidades; ferramentas básicas para solução de problemas e exemplos e exercícios práticos.

O evento foi endereçado a técnicos em laboratório, farmacêu-ticos, biomédicos, biólogos e médicos que necessitam de orienta-ções para a prática diária no laboratório clínico .

SINDRIBEIRÃO

“Gestão de não conformidades no laboratório”

1º Encontro Regional de Medicina Laboratorial, em Campinas,

foi sucesso!Em 05 de maio de 2018, realizou-se o 1º Encontro Regional de

Medicina Laboratorial - ERML com o tema “Atualidades em Medici-na Laboratorial: Uma visão Panorâmica’’.

O evento, promovido pelos departamentos científicos das empre-sas BMN Consultoria e Suzimara & Sarahyba Consultoria e Trei-namento, aconteceu no Hotel Nacional Inn, em Campinas (SP) e contou com um variado público, entre médicos, biomédicos, farma-cêuticos, biólogos, enfermeiros, gestores, técnicos e auxiliares de enfermagem, estudantes e outros profissionais da área da saúde.

Durante o dia ocorreu um ciclo de palestras, no qual profis-sionais atuantes e conceituados na área de medicina laborato-rial abordaram temas como: Corelab- o futuro do laboratório, o con-senso sobre jejum, hemoglobina glicada e hemograma, a tecnologia da informação, gestão de pessoas, a importância do pré-analítico e a segurança do paciente também foram discutidos, focando o aper-feiçoamento nos laboratórios, atualização legal e projetos de gestão.

Para nós, organizadores, fica o agradecimento a todos os apoia-dores, patrocinadores e participantes.

Que venha o próximo ERML!

Cientistas descobriram um novo biomarcador que pode identificar o câncer de pulmão ainda no primeiro estágio, aumentando as chances de tratamento precoce e consequente melhor prognóstico. As desco-bertas foram publicadas no periódico The American Journal of Patho-logy. No Brasil, estima-se que surjam mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão por ano, de acordo com o Instituto Nacional de Cân-cer (Inca).

Pesquisa

Câncer de pulmão

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Molusco contagioso é uma infecção viral causada pelo Poxvirus, de caráter contagioso, e comum nas crianças. São pequenas pápulas da cor da pele, com umbilicação central (depressão patológica em formato similar ao do umbigo) muitas vezes confundida com verrugas vulgares.

O contato direto é a forma de contágio mais comum que existe para esse tipo de infecção que pode ocorrer em adultos com o siste-ma de defesa enfraquecido, como portadores de HIV, mas também em crianças hígidas, com a pele seca ou dermatite atópica.

Sintomas - As lesões surgem nas áreas mais sensíveis com pe-quenas pápulas brilhosas da cor da pele, trans-lúcidas e indolores, medindo, em média, 5 mm. Podem estar isoladas ou agrupadas, serem de variados tamanhos, e terem como característica principal a presença de umbilicação central.

Nem sempre são numerosas e se localizam, preferencialmente, no tronco, podendo, contu-do, ocorrer em qualquer parte da pele. Essas pápulas podem surgir em forma de linhas.

São lesões autoinoculáveis, que surgem principalmente nas áreas de trauma, provavel-mente de coçadura. A coceira, nem sempre frequente, ou outra irrita-ção, acaba levando o vírus a se espalhar para outras partes do corpo.

Em adultos, é comum que essas lesões sejam observadas nos genitais, abdômen e parte interna das coxas, daí serem consideradas por alguns autores, nestes casos, também como doença sexualmen-te transmissível.

Tratamento - Em pessoas saudáveis e com produção normal de anticorpos, o molusco contagioso normalmente desaparece sozinho em meses ou anos sem que haja necessidade de tratamento. Porém, é comum que tratamento seja indicado.

O tempo de cura irá variar conforme a pessoa. Pessoas com um sistema imunológico comprometido, como HIV positivo, necessitam de tratamento especializado, exames de investigação imunológica e clínica.

As lesões individuais podem ser removidas de diversas maneiras, levando-se em consideração a idade, condições e fatores individuais de cada paciente para a escolha do dermatologista quanto ao trata-mento a ser instituído.

É importante a orientação familiar sobre os aspectos da doença, assim como quanto a possibilidade da cura espontânea. Situações sociais envolvidas na patologia, como o paciente frequentar creches e escolas, faz com que seja adequada a remoção das lesões.

Extração manual com profissional habilitado, remoção cirúrgica, por raspagem, curetagem ou congelamento; ou ainda, remocao das lesões por meio de eletroci-rurgia com agulhas, são todos tratamentos pos-siveis.

É importante o paciente estar ciente que pro-cedimentos cirúrgicos podem deixar cicatrizes. Medicamentos, como os utilizados para remover verrugas, podem auxiliar na remoção de lesões maiores.

Já para tratar lesões muito pequenas, nas quais a remoção mecânica se torna inviável, ou

crianças maiores, pode-se usar creme dermatológico específico que ativa o sistema imunológico e desta forma, o próprio organismo com-bate a infecção.

Nos casos rebeldes, a investigação da saúde do paciente é fun-damental.

Prevenção - Evitar contato direto com pessoas que tenham essas lesões de pele, como, por exemplo, crianças ou pacientes susceptí-veis. Evitar também o compartilhamento de toalhas e de objetos de uso íntimo, assim como manter relações sexuais desprotegidas.

Por fim, ressalta-se que estas informações não substituem a con-sulta dermatológica. Consulte seu dermatologista.

Fonte www.sbd.org.br (Este texto foi inspirado em coluna dermatológica sobre disponí-vel no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia).

Molusco contagioso, doença de pele comum em crianças

DRA. HELOISA DA ROCHA PICADO COPESCO

[email protected]

[email protected]

LIGIA MARIA MUSSOLINO CAMARGO

A atenção do mundo, neste mês de maio de 2018, voltou-se para a Inglaterra, para a cerimônia do enlace do príncipe Harry com a plebeia, americana, “birracial” Meghan Markle, a qual aconteceu na capela “São Jorge”, no Castelo de Windsor. A maior parte de nós mortais sentimos este casamento como a concretização de um “Conto de Fadas”, mas na realidade é uma tentativa de mostrar que a Monarquia Inglesa está nos seus melhores dias e o jovem casal aí está para representá-la com pompa e tradição.

Agora no final de maio, um acontecimento também imobilizou o Brasil, atraindo a atenção nacional e internacional: a greve dos caminhoneiros. Greve muito séria, no sentido econômico e social, mostrando mais de uma vez a fragilidade de nosso país, que não encontra soluções para seus problemas mais prementes

Isso nada tem a ver com as lindas bodas da família real britâni-ca, são assuntos diferentes, mas que atraem nossa atenção. Afinal um pouco de futilidade faz parte de nossas vidas.

Ao falar de “Conto de Fadas” voltei à minha infância, quando com seis ou sete anos, ouvia minha irmã contar-me os mais lindos “Con-tos de Fadas” e ela possuía o dom de contar estórias. Parecia que eu era uma personagem daqueles contos, e torcia para que para que a plebeia se casasse com um príncipe lindo, como o Willian ou o Harry.

E mais lindo de tudo era o final: E foram felizes para sempre. Eu pensava o que queria dizer para sempre? Até que a morte os

separe, até que uma bruxa má transforme o príncipe em um sapo, até que surja uma mulher mais sexy.

O casal de noivos Harry e Meghan seguiram todas as tradições da Re-aleza, isso em pleno século XXI. Beijam-se após o casamento e entram numa carruagem do século XIX e saúdam os ingleses. Assim, a tradição está mantida à risca, graças a rainha Elisabeth, que em sua inteligência e perspicácia, capacidade de adaptações consegue manter a Monarquia Inglesa, mesmo que seja uma monarquia sem poder na realidade, mas que goza de todas as benesses e que o povo ama e respeita.

Lembrei-me também dos maravilhosos e suntuosos casamentos da família real britânica: Charles e Diana (1981), William e Kate (2011) e agora Harry e Meghan.

“E foram felizes para sempre.” Será? Existe um conhecido poema de Vinícius de Morais o “Soneto da Fidelidade” que define o amor assim:

“Como num Conto de Fadas”

Opinião

“Um amorQue não seja imortal,Posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.”

Acho que assim deve ser entendido o amor: porque amor para sempre, nem mais nos contos de fadas.

Maio de 2018

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Dificuldade para manter atividades do dia a dia e, até mesmo, para trabalhar e estudar. Compromissos frequentemente cancelados. Mudanças importantes nos hábitos alimentares. Uma rotina marcada por dor, incômodos, dúvidas e, não raro, por um longo caminho até o diagnóstico. Esta é a rotina de quem sofre da doença de Crohn.

A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica que pode aco-meter qualquer parte do intestino. De repente, o paciente, na maioria das vezes ainda jovem, começa a perder peso, a ter febre, a sentir dores abdo-minais e a ter diarreias constantes – em alguns casos, por mais de 20 vezes ao dia. Como os sintomas não são específicos, é comum a dificuldade de detectar a doença. Dados de pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD) dão conta de que, para mais da metade dos pacientes ouvidos, esse tempo foi superior a um ano. Em 12% dos casos, foram mais de cinco anos até o diagnóstico final.

Comprometimento da qualidade de vidaE a demora do diagnóstico leva a piora da qualidade de vida de quem

sofre com a doença. Segundo o mesmo levantamento, 80% dos pacien-tes entrevistados afirmaram que a vida sofre impactos negativos por conta dos sintomas da Doença Inflamatória Intestinal, que engloba um grupo de enfermidades, sendo a mais incidente (54%) a Doença de Crohn[i].

“É essencial que o diagnóstico seja realizado rapidamente para que a enfermidade seja tratada da maneira adequada. Dessa forma, é possível iniciar a terapia mais indicada para cada paciente, reestabe-lecendo, assim, sua qualidade de vida”, explica Flavio Steinwurz, gas-troenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein. As opções para controlar a enfermidade vão desde analgésicos e anti-inflamatórios até a nova geração dos medicamentos biológicos, que conseguem atacar a doença em um ponto diferente dos demais medicamentos.

Tão fundamental quanto o diagnóstico precoce é a ampliação do arsenal terapêutico. “A doença de Crohn é uma condição complexa e nem todas as terapias funcionam para todos os pacientes. Daí a im-portância da chegada de novas opções para ampliar as alternativas de tratamento para cada perfil de paciente”, esclarece o especialista.

Historicamente, os pacientes com doença de Crohn eram tratados apenas com imunomuladores e corticoides. Essa linha de tratamen-to atuava na melhora dos sintomas, porém não agia diretamente na causa da inflamação. Com a chegada do biológico infliximabe, houve uma mudança na maneira de tratar a enfermidade, pois passou a

Doença de Crohn

Mais da metade dos brasileiros tem enfermidades inflamatórias intestinaisatuar na cicatrização da mucosa, resultando no controle da doença.

Entre os mais recentes lançamentos no Brasil, há medicamentos biológicos com mecanismo de ação inovador, capazes de aliviar os sintomas de maneira rápida e manter o controle da doença de Crohn por um período de tempo prolongado, com segurança comparada ao placebo[ii], e com comodidade na aplicação. No caso da terapia com ustequinumabe, aprovado pela ANVISA no Brasil para a doença de Crohn em setembro de 2017, o estudo UNITI-2 [iii] avaliou que 56% dos pacientes atingiram resposta clínica em apenas seis semanas após re-ceberem uma única infusão intravenosa do medicamento. Além disso, a maioria dos pacientes estava em remissão após um ano de tratamento.

Todos esses medicamentos são de prescrição médica e apenas o médico pode avaliar a melhor opção terapêutica para cada paciente.

No Brasil - Embora não haja um amplo estudo epidemiológico para o Brasil, o levantamento da ABCD, entidade responsável por promover a difusão das informações a fim de ampliar o acesso ao tratamento e a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, cons-tatou que os pacientes com doença de Crohn representam 54% das pessoas afetadas por doença inflamatória intestinal (DII) no país. As causas da doença não estão completamente compreendidas. Fato-res genéticos e ambientais podem estar associados ao desenvolvi-mento da enfermidade, entre eles, a hipótese de que a falta de expo-sição a infecções na infância ou a condições de higiene afetariam o desenvolvimento do repertório imunológico.

Um longo e impactante caminho - Mais de 80% têm sua vida negativamente impactada por conta dos sintomas da DII

41% levaram mais de 12 meses para receber o diagnóstico finalEm alguns casos (12%), a demora ultrapassou os cinco anosO que é um biológico? Medicamentos biológicos ou biofármacos

são produzidos em sistemas vivos por meio de processos biotecnológi-cos. Atualmente, é possível produzir medicamentos biológicos altamen-te específicos. Estes produtos passaram a oferecer soluções inovadoras para muitas doenças até então não tratadas pelas terapias sintéticas.

A nova geração - Os biológicos chamados de anticorpos mono-clonais funcionam como mísseis teleguiados que localizam a subs-tância contra a qual foram produzidos de forma muito precisa e es-pecífica. Desta forma, obtêm melhores resultados ao bloquear os agentes que causam os sintomas da doença.

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LUIZ ROBERTO DEL PORTO [email protected]

O gestor de um Laboratório Clínico, seja ele o proprietário da em-presa, seja ele um profissional contratado para assumir tal função, vive hoje um dilema sem precedentes na história dos serviços médicos brasileiros. Como aliar qualidade nos resultados dos exames, com os montantes aos quais o mercado está disposto a pagar? Tal gestor sofre com pressões externas em todos os sentidos, seja para baratear seus preços, seja para assumir a inflação anual (ou mensal) nos seus custos diretos e indiretos. Várias alternativas podem ser encontradas, bastan-do que o empresário/gestor queira enxergar.

Um exemplo disto são as empresas de materiais esportivos. Pegue-mos, por exemplo, a multimilionária Nike. Segundo a Wikipédia, a Nike foi fundada em 1964 por Bill Bowerman e Phillip Knight (atual presiden-te da empresa). A sua sede fica em Beaverton, no estado de Oregon, nos Estados Unidos. É a marca de roupas mais valiosa do mundo, segundo o ranking BrandZ da consultoria Millward Brown, avaliada em 37,5 bilhões de dólares. Certamente o leitor deste artigo já entrou em alguma loja da Nike, seja no Brasil ou em algum outro lugar do mundo. Aqueles que já tiveram a oportunidade de entrar em uma das Nike Factory Store em algum Outlet americano entenderão a quantidade de materiais esportivos vendidos por minuto naqueles estabelecimentos. Mas a pergunta que sempre se faz é: você já foi, ou ao menos passou perto de alguma fábrica da Nike? Alguém conseguiria indicar onde fi-cam as fábricas dos tênis Nike no Brasil ou nos Estados Unidos? A res-posta é simples: elas não existem, uma vez que os materiais esportivos são fabricados em países como China e Indonésia.

Mas qual a relação entre a Nike e os Laboratórios Clínicos? Imagine a possibilidade das empresas com atendimento ambulatoriais acabar com suas áreas técnicas e terceirizar 100% da sua produção. Todos os custos diretos e indiretos com a realização dos exames, hoje estimado em perto de 40% do custo total do laboratório, diminuiriam sobremaneira na formação dos custos da empresa. O laboratório passaria a terceirizar

Os Laboratórios e a Nike

Opinião

sua produção, tornando-se apenas postos de coleta e vendendo exa-mes. Da mesma maneira que a Nike faz hoje em dia com seus produtos.

Os laboratórios poderiam se unir em torno de uma associação re-gional e esta entidade criaria o parque tecnológico para realizar os exames encaminhados. Uma empresa especializada em logística de amostras biológicas poderia fazer a retirada das amostras diariamente nas unidades associadas e os resultados retornariam ao laboratório através de sistemas de interfaceamento. Imagine se 50 laboratórios se unirem regionalmente, deixando de lado os egos dos seus donos, e criando um único setor técnico, com alta capacidade de automação e baixo número de mão de obra. Estas 50 empresas poderiam, também, criar centrais de compras de insumos, obtendo uma capacidade de negociação muito superior ao laboratório individualmente.

Outra opção seria a negociação com algum laboratório de apoio para que este assumisse toda a produção dos exames, em troca de uma substancial redução nos custos individuais por ensaio. Esta é uma opção mais fácil, uma vez que não há a necessidade de criação de centrais téc-nicas para o processamento das amostras, o laboratório já contar com o serviço de logística embutido nos custos dos testes e também possuir suportes para as áreas técnicas, tecnologia da informação, marketing, dentre outras. Nestas negociações, poder-se-iam ser negociados em conjunto os materiais de coleta, por exemplo. Outra vantagem para este modelo, é que há a impessoalidade do laboratório de apoio, que não me-xeria com os egos dos donos de laboratório. O único senão que se pode fazer neste modelo, é quando o laboratório de apoio já atende pacientes nas suas vizinhanças, sendo ele mais um concorrente seu.

Enfim, as opções são muitas, para se encontrar uma maneira de se subsistir neste mercado que nos absorve cada vez mais. Na próxima vez que você passar em frente a uma loja da Nike, pense na saída que esta bilionária empresa encontrou para se manter no mercado, e quan-tas outras sucumbiram por não buscar alternativas de subsistência.

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RODRIGO MASINI DE [email protected]

Aqui nos EUA, como foi divulgado amplamente pela mídia mundial, existiu um movimento importante por parte do governo Trump em eliminar o Obamacare ou Affordable Care Act (ACA). Um dos objetivos era eliminar a exigência de cobertura mínima pelas seguradoras de saúde, bem como a assistência federal no compartilhamento de custos para pessoas de bai-xa renda. Mesmo não tendo os resultados esperados, mudanças legisla-tivas aconteceram e ainda virão, de tal maneira que isso está impactando a forma como os provedores de saúde entregam seus resultados. E o que isso reflete no mercado de saúde do Brasil? Basicamente, muito.

Os números insustentáveis de financiamento em saúde são globais. Até mesmo nações do primeiro mundo, como o Canadá, tem sofrido sérios problemas na gestão de sua saúde populacional. Nesta nação, por exemplo, um canadense pode esperar em média 23 semanas para realizar um procedimento. O grande movimento que acontece aqui nos EUA serve de modelo para outros países. Principalmente para o Brasil, que é a segunda maior nação do mundo em saúde suplementar. Mas não só isso, importantes seguradoras dos EUA, como a UnitedHealth, tem comprado massivamente empreendimentos de saúde brasileiros.

Logo, o modelo gerado aqui nos EUA, será replicado e adaptado no Brasil. Hoje, um dos principais movimentos mundiais institucionais é desvin-cular a Medicina de sua poderosa premissa, ser uma ciência de meios, não de fins. Por exemplo, modelos Medicare e Medicaid realizam o pagamento de seus provedores por resultado, não por volume. Ou seja quem ganha é quem entrega qualidade e desfecho positivo, e não quantidade. A inten-ção inicial do presidente Barack Obama era excelente. Mas, o que era uma ferramenta de estímulo para melhorar a saúde populacional, tornou-se um instrumento de barganha cada vez mais poderoso por seguradoras.

Acrescenta-se um outro fator. Hoje, com uma crescente redução do poder econômico mundial(efeito chamado desmonetização global), au-menta-se o número de pessoas não seguradas ou procurando por servi-

ços mais baratos. A partir disto, nota-se iniciativas legislativas e empre-sariais, de oferecer planos e serviços de baixo custo e cobertura redu-zida. No Brasil, percebe-se este modelo através das clínicas populares. E qual o reflexo para as empresas que prestam assistência em saúde?

Neste modelo, existe uma importante pressão sobre os provedores de saúde, para que eles busquem mais agressivamente estratégias de gerenciamento de custos e entrega de resultados com bons desfechos, clínico/cirúrgicos, aos seus pacientes. Ao mesmo tempo, as segurado-ras e planos de saúde tem exigido, tanto aqui nos EUA, como no Brasil, maior transparência de preços dos provedores de saúde. O objetivo é ter provedores de baixo custo e alto valor, em um esforço para atrair mais consumidores sensíveis a preços. Provedores como médicos em consultórios, clínicas e hospitais, então devem começar a focar conti-nuamente na melhoria clínica e desempenho operacional para reduzir custos e entregar bons resultados aos seus pacientes. Essas mudan-ças, juntamente com o foco crescente na qualidade e no pagamento baseado em valor, exigem que provedores, para demonstrar um valor superior na entrega de atendimento de qualidade, invistam cada vez mais em gestão, compliance e melhoria de processos.

Porém, os provedores de saúde precisam entender que melhorar o desempenho de custos não é um evento ou projeto único, mas uma longa jornada. Esforços pontuais geralmente geram ganhos de curto prazo, mas, ao longo do tempo, os custos normalmente retornam. Por que? Porque o esforço não levou a uma mudança real nos processos clínicos e operacionais, nem criou uma cultura de alto desempenho.

Portanto os provedores precisam se preparar cada vez mais para este cenário. O gerenciamento dos recursos, custo-efetividade, são essenciais para realizar e sustentar melhorias que trarão valor e di-ferenciarão organizações neste ambiente que cada vez, exige mais resultados, com os meios mais baratos e eficientes.

Como as tendências de saúde dos EUA, afetamdiretamente os provedores de saúde brasileiros?

Opinião

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O atendimento de excelência garante a satisfação e a fidelidade do cliente. Porém, no setor de análises clínicas, para se alcançar este objetivo, não basta apenas pensar no momento em que o paciente está no laboratório. Nesse segmento, a experiência do paciente deve ser encarada como um conceito mais abrangente.

Um estudo da consultoria norte-americana Gartner Group concluiu que 80% dos consumidores consideram a experiência como um todo como fator decisivo no momento da escolha de um produto ou servi-ço. Assim, no setor da medicina laboratorial, podemos considerar que a experiência do paciente se inicia no momento em que a demanda por uma análise clínica é gerada no consultório médico, na escolha do laboratório, passando pela realização do exame até à entrega do resultado.

A mesma consultoria constatou ainda que 87% do pacientes

usam experiências passadas para escolher o serviço a ser consu-mido no futuro. Chega-se à conclusão de que uma boa gestão da experiência do paciente pode fortalecer a marca, fideliza o cliente e aumentar a renda.

Ao mesmo tempo, para garantir essa satisfação, não se pode pen-sar em experiência do paciente sem ter segurança assistencial, com cuidados centrados no paciente, além de segurança de dados e segu-rança de informação. Tudo isso é assistido pela tecnologia, mas ainda com pouca interação, baseada praticamente em consulta de laudos e históricos de resultados online.

Estamos prestes a entrar na quarta evolução digital e essas intera-ções vão ser potencializadas. O mundo digital tem se conectado cada vez mais com as pessoas e uma experiência positiva no processo de interação será exigida para garantir a satisfação do paciente.

Experiência positiva fortalece a marca e fideliza o paciente

Opinião

ALEXANDRE CALEGARI

[email protected]

JUNHO45º Congresso Brasileiro de Análises ClínicasData: 17 a 20 de junho de 2018

JULHOConvenção Brasileira de Hospitais (CBH)Data- 26 a 28 - UNIP /São Paulo http://anad.org.br/congresso

12ª Convenção Brasileira de Hospitais 2, 3 e 4 de julho de 2018Goiânia www.abramed.org.br

SETEMBROXVI Congresso Brasileiro de Biomedicina10 a 14 de Setembro de 2018 - Foz do IguaçuMais informações: http://cbbm2018.com.br

Congresso Internacional de Genética05 a 08 de Setembro de 2018 - São Paulo-SP

52º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial25 a 28 de setembro de 2018Local: Centro de Convenções de Florianópolis

OUTUBROHOSPITALMED-Data 03 a 05 de outubro de 2018Local: Centro de Convenções de Pernambuco-Recife/PEhttp://www.hospitalmed.com.br

2018 - Maratona de Eventos

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