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JORNAL INFORMATIVO DO CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS ‘‘DR. JOÃO AMORIM’’ JAM Nº 12 – Ano II – Ago/2011 INFOR Que o CEJAM busca sempre a realização de ações sustentáveis. Seja através de seus materiais corporativos impressos como jornais, folders, agendas, blocos, relatórios, cartões de visita, cartões comemorativos, todos confeccionados em papel reciclado, ou de seus brindes institucionais, adquiridos de empresas ou instituições que trabalham com o viés da Sustentabilidade. Você sabia? Nesta edição ACONTECE NA UBS: A MEDIDA CERTA PARA UMA VIDA MELHOR PÁG 2 TODA A TRANSPARÊNCIA DO SERVIÇO DE ATENÇÃO AO USUÁRIO PÁG 3 ENTREVISTA: DR. MARCOS BELIZÁRIO FALA SOBRE INCLUSÃO PÁG 6 MATERNIDADE DE EMBU: NÚMEROS QUE PROVAM E COMPROVAM PÁG 7 CEJAM por um sorriso mais saudável

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Jornal InformatIvo do Centro de estudos e PesquIsas ‘‘dr. João amorIm’’

jamNº 12 – ano II – ago/2011

INfoR

Que o CEJAM busca sempre a realização de ações sustentáveis. Seja através de seus materiais corporativos impressos como jornais, folders, agendas, blocos, relatórios, cartões de visita, cartões comemorativos, todos confeccionados em papel reciclado, ou de seus brindes institucionais, adquiridos de empresas ou instituições que trabalham com o viés da Sustentabilidade.

Você sabia?

Nesta edição

Acontece nA UBS: A medidA certA

pArA UmA vidA melhor pág 2

todA A trAnSpArênciA do Serviço de Atenção Ao USUário pág 3

entreviStA: dr. mArcoS Belizário

fAlA SoBre inclUSão pág 6

mAternidAde de emBU: númeroS qUe provAm e comprovAm pág 7

CEJAMpor um sorriso mais saudável

INfoRjam - Ano II - nº 12 - Ago/20112

Acontece na UBS

Editorial

CONTRIBUIÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NO APRIMORAMENTO DO SUS

A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma grande conquista da saúde pública brasileira. Mas ainda há muito a fazer para torná-lo completo.

Sem dúvida, a pressão popular através das Conferências e Conselhos de Saúde tem sido fundamental para a concretização da universalização da saúde. Como decorrência  disto uniram-se o antigo INAMPS e a rede pública transformando-se em um único sistema assistencial, dando direito à atenção integral à saúde dos 190 milhões de brasileiros. Um modelo de extraordinária grande-za, inexistente nessa amplitude e abrangência, em qualquer outro lugar do mundo.

Em 2007, tendo em vista os bons resultados obtidos pelo Estado ao adotar o modelo das Organizações Sociais (OS) nos Hospitais, o Município de São Paulo, numa iniciativa pioneira, promulgou uma lei autorizando o mesmo modelo para ser aplica-do na Atenção Básica de Saúde. Desta forma, foram assinados os contratos de gestão das Unidades do Programa de Saúde da Famí-lia (PSF) na Zona Leste e do Hospital Cidade Tiradentes, com a Associação Santa Marcelina. Em Agosto, ao assinar um contrato de gestão, o CEJAM assumiu a responsabilidade pela gestão dos serviços de saúde municipal na região do M’Boi Mirim, respei-tando os convênios já vigentes e o caráter de gestor maior da Se-cretaria Municipal de Saúde.

No final de 2007, concretizou-se o contrato de gestão do Hos-

pital Municipal Moysés Deutsch M’Boi Mirim (HMMD) sob a responsabilidade do CEJAM, graças a um inédito Acordo de Co-operação Técnica entre o CEJAM e o Hospital Israelita Albert Einstein. Além da gestão do sistema de saúde no M’Boi Mirim, com as metas de produção sempre superadas, o CEJAM pode afir-mar com orgulho, que tem contribuído com novas ações, previs-tas nos contratos de gestão, para o aprimoramento da qualidade da assistência à saúde da população com iniciativas muito impor-tantes, tais como a Rede Integrada de Serviços de Saúde (RISS).

Graças ao incentivo e a disponibilidade dos seus contratos de gestão foi possível reformar e ampliar Unidades e construir o modelar NIR/Centro de Reabilitação Jardim Herculano. Tudo tem acontecido graças ao descortino dos dirigentes da Secreta-ria Municipal de Saúde que souberam respeitar nossos Planos de Trabalho. Parte do sucesso na qualidade do modelo das OS está no controle social obtido através dos Conselhos Gestores, funcio-nando na maioria das Unidades associada à transparência dos seus contratos, relatórios e balanços divulgados pela internet. Os bons resultados de São Paulo estão repercutindo em todo o Brasil, com diversos Estados e Municípios tomando iniciativas legislativas pa-ra também implantarem o modelo.

Dr. Fernando Proença de GouvêaSuperintendente do CEJAM

Inspirados pelo quadro “Medida Certa” do Programa Fantástico, os colaborado-res da UBS/ESF Jardim Kagohara deci-

diram promover uma iniciativa de incentivo à perda de peso que contemplasse os profis-sionais da Unidade.

“Pensamos em motivar os colaboradores a cuidar mais da alimentação. Então realiza-mos um bolão: a cada 100 gramas engorda-das, o colaborador tem que deixar 10 centa-vos na caixinha. Quem conseguir emagrecer mais, ganha tudo o que foi arrecadado, ao final do desafio”, explica a auxiliar de enfer-magem Eliane Freire.

O “bolão Medida Certa” só termina no final de novembro, mas por enquanto, a agente comunitária de saúde Jucimar já eli-minou 2 kg.” Esta iniciativa foi a motivação inicial, para eu cuidar da minha alimenta-ção”, conta a ACS.

A UBS/ESF Jardim Nakamura seguiu o exemplo, nos mesmos moldes. Com o apoio

Colaboradores do CEJAM e o desafio para uma vida mais saudável

da equipe NASF, os colaboradores surpre-enderam. “No início trabalhei a mudança de hábitos. Diminuir frituras, açúcar e be-ber mais água. Com os primeiros resultados, o pessoal foi se motivando. Na reunião se-guinte passei uma dieta e agora vou comple-mentá-la com fibras”, explica a nutricionista Simone Mendes.

Para entrar em forma, o educador físico Leandro Nascimento também preparou um programa de exercícios físicos para serem fei-

tos em casa. “Ensinei o pessoal a fazer exer-cícios de acordo com a possibilidade de cada um”. Alguns colaboradores negociaram um pacote de descontos com uma academia pró-xima à Unidade.

“O importante é que além de cuidarem da saúde, os profissionais também servem de exemplo para a população. Em especial, os agentes comunitários que são multiplicado-res levando as orientações para a comunida-de durante as visitas”, comemora Simone.

INfoRjam - Ano II - nº 12 - Ago/2011 3

Acontece na AMA

Ao observar que muitos usuários sintomáticos respiratórios che-gavam ao AMA, a equipe da AMA Parque Figueira Grande passou a realizar uma busca ativa de pacientes que poderiam

ser portadores de tuberculose. Um trabalho, que começou em meados de julho e já rastreou na região alguns pacientes portadores da doença.

 “Começamos a identificar pacientes com suspeita de tuberculo-se. Então, a equipe elaborou uma planilha, um instrumento próprio da Unidade, para realizar a avaliação destes sintomáticos respirató-rios. As suspeitas são encaminhadas para a Unidade Básica de Saúde que atua aqui no mesmo prédio da Unidade”, explica a Dra. Maria Luiza dos Santos, gerente da AMA Parque Figueira Grande.

Para o sucesso deste trabalho, a parceria com a UBS Parque Fi-gueira Grande foi essencial. A coleta do escarro para a realização do exame é realizado na Unidade Básica, que é gerenciada pela Associa-ção Comunitária Monte Azul.

“Quem faz o trabalho de coleta é a Unidade Básica, que está aqui ao lado. Eles colhem o material assim que encaminhamos o paciente. Quando pronto, o resultado é enviado para a UBS de referência do paciente”, destaca o enfermeiro Wesley Marques.

Toda a equipe de enfermeiros da Unidade está envolvida na de-tecção precoce da tuberculose. Desde o início do trabalho, foram encontrados nove casos positivos para a doença.

O AMA na busca ativa pela prevenção

Equipe da AMA treinada e sensibilizada para uma busca ativa

Uma vez por mês, conselheiros de todos os seguimentos participam da abertura da Caixa do SAU- O

Serviço de Atenção ao Usuário- um ca-nal aberto para as sugestões, críticas e elo-gios para todos os cidadãos que frequen-tam as Unidades de Saúde sob Gestão do CEJAM.

Ao final da reunião do Conselho, reali-zada na UBS/ESF Jardim Santa Margarida é Sr. Alberto Oliveira e Sra. Leonice que acompanham a colaboradora na retirada dos formulários de pesquisas. A agente co-

munitária Francisca reforça a importância de se divulgar o serviço: “Eu falo sempre para os usuários sobre o SAU”.

Formulários retirados, hora de contar os folhetos. Em agosto, a Unidade Jardim Santa Margarida recebeu 130 formulários, 34 deles com registros e comentários da população. “Após a contagem nós fazemos a leitura em voz alta diante dos represen-tantes do Conselho, tudo com a maior transparência”, reforça a enfermeira An-drea Dantas, gerente da Unidade.

O mesmo processo se repete em todas

as Unidades. No mesmo dia, a AMA Ca-pão Redondo reuniu os representantes da comunidade para a abertura da caixa. As-sistentes Sociais da equipe do SAU acom-panham o processo: “Se o usuário se iden-tifica, o que é opcional, nós entramos em contato para dar um retorno. As pessoas ficam muito satisfeitas e se sentem presti-giadas”, conta Solange dos Santos.

“É um modo importante para enten-der as necessidades reais dos usuários”, destaca Sr. Adalberto Backi, conselheiro gestor do seguimento usuário.

Serviço de Atenção ao Usuário: Canal aberto entre a população e o CEJAM

“Outra vantagem da nossa Unidade é que temos um aparelho de Raio-X. Quando existe uma situação muito sugestiva, nós fazemos este exame aqui mesmo. Isso otimiza o tempo do diagnóstico”, com-plementa Wesley.

Os dados são

consolidados e a

equipe SAU faz

o contato com

usuários que se

identificaram

INfoRjam - Ano II - nº 12 - Ago/20114

Opinião

A preocupação do CEJAM no que se refere à acessibilidade nos ser-viços de saúde é anterior a 2004,

ano da publicação da NBR 9050, Nor-ma Técnica Brasileira que tem por ob-jetivo estabelecer critérios e parâmetros técnicos para projetos de arquitetura quanto às condições de acessibilidade.

Em 2002, foram elaborados projetos de Arquitetura para reforma e implan-tação das UBS/ESF Jardim Coimbra e Santa Lucia, com a preocupação de im-plantar pelo menos um sanitário adapta-do para pacientes, seja com deficiência física permanente ou temporária.

Assegurar a acessibilidade nas uni-dades de saúde implantadas no Jardim Ângela nem sempre é uma tarefa fácil, a princípio em função da topografia local. Mas esse desafio cresce quando nos deparamos com imóveis cujos ob-

jetivos de uso inicial eram residência, oficina mecânica, igreja, supermerca-do, salão comercial, entre outros, sem o menor compromisso com questões de acessibilidade.

Entretanto, nesses quase 10 anos tra-balhando em parceria com o CEJAM sentimos que nosso grande desafio em garantir a acessibilidade foi no proje-to de reforma e adequações para trans-formar um imóvel residencial na atual UBS/ESF Jd. Aracati. A maior dificul-dade, nesse caso era criar a interligação acessível entre o térreo e o pavimen-to superior, pois, além de problemas estruturais da edificação, ainda sofrí-amos com o problema da falta de es-paço. A alternativa foi a utilização do espaço externo para a criação de uma rampa metálica, solução rápida e de baixo custo inicial.

Outro grande desafio foi à implanta-ção NIR junto a UBS Jardim Herculano. Nesse caso a proposta era a de construir uma rampa que interligasse os três pa-vimentos, e haviam variadas questões a serem resolvidas, entre elas o espaço que essas rampas ocupariam somados a pro-blemas estruturais. A solução foi criar um elemento externo, que além de re-solver as questões de acessibilidade, aju-daria a compor a fachada da edificação.

Tratar da acessibilidade nas edifica-ções com respeito e responsabilidade, é uma questão de responsabilidade social e deve ser visto como prioridade.

Engenheira Civil Antonieta Cafarella Fukuya, formada pela

FAAP – Faculdade Armando Álvares Penteado, diretora da empresa

A Cad F Gerenciamento e Projetos Ltda

O CEJAM e a preocupação com a acessibilidade

Todos sabem que a principal ação preventiva no combate à infec-ção hospitalar é a higiene correta

das mãos, por isso, o Hospital Munici-pal Dr. Moysés Deutsch está empenha-do em realizar constantes campanhas e iniciativas que mobilizem os colabora-dores sobre esse tema.

No Dia Mundial de Higiene das Mãos foi lançado pelo HMMD o con-curso cultural “Vídeo Criativo para Hi-giene das Mãos”.

Nove grupos se inscreveram e após a escolha feita pela comissão julgadora, composta pelo Serviço de Controle de Infecção, foram anunciados os três pri-meiros lugares, em um evento realizado no auditório.

A equipe do Pronto-Socorro foi a grande vencedora e conquistou o prêmio de mil reais. A 2ª colocação ficou com o grupo da UTI Pediátrica, seguida pelo ambulatório.

Campanha de higiene das mãos HMMD 2011: A saúde está em suas mãos

Dr. Silvio Possa entrega o prêmio à equipe vencedora

INfoRjam - Ano II - nº 12 - Ago/2011 5

O dentista Sérgio Gruppi acredi-ta que só o trabalho preventi-vo poderia diminuir os cerca de

400 atendimentos por mês que ele realiza em sua Unidade. Foi então, que desde a inauguração da UBS Jardim Piatã, em no-vembro de 2010, ele decidiu realizar uma ação que iria repercutir além dos muros da Unidade.

Uma vez por semana, Dr. Sérgio vai até as escolas e creches do bairro para um bate papo com as crianças sobre higiene e saú-de bucal. Leva consigo, vídeos educativos, bonecos e kits para serem entregues.

Na creche CCI Jornalista José de Mou-ra Santos, onde o dentista costuma ir a ca-da 15 dias, a educadora infantil Verônica Tinassi já percebe os primeiros resultados desta iniciativa de conscientização. “Já faz algum tempo que nós, professores, traba-lhamos com a questão da higiene bucal. Mas desde que o Dr. Sérgio passou a vi-sitar a creche com frequência, a dentista que realiza a avaliação mensal das crianças disse que elas estão se cuidando mais e que

Educação em busca da Prevenção

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CEJAM online

houve uma melhora na qualidade de vida destas crianças”, relata a professora.

Na sala de aula, sentadas em roda, as crianças assistem a explicação com atenção. Fazem perguntas e relatam o que já apren-deram. Assim, com um trabalho contínuo

de educação, Dr. Sérgio atinge crianças de 4 a 12 anos. Além de dar a orientação, as crianças também recebem a aplicação de flúor e, quando necessário, são agendadas consultas na Unidade Básica de Saúde.

“Eu gosto muito deste trabalho preven-tivo. Para nós realmente faz a diferença. Às vezes uma simples escova e uma pasta de dente pode mudar a rotina destas crianças e evitar a perda precoce do dente”, explica Doutor Sérgio Gruppi.

No Núcleo Técnico do CEJAM em Mogi das Cruzes a ação encontrou total apoio. “A parte mais importante de tudo isso é que o profissional faz isso com to-do carinho e amor. Na Estratégia Saúde da Família, o mais importante é a relação entre o profissional e a comunidade. Esta é a chave para o sucesso da ESF”, destaca Pablo Bezerra, supervisor administrativo.

INfoRjam - Ano II - nº 12 - Ago/20116

Entrevista

“A inclusão deve ser feita de maneira natural”

Dr. Marcos Belizário é advogado, administrador de empresas e em dezembro de 2008, assumiu a

Secretaria Municipal da Pessoa com Defi-ciência e Mobilidade Reduzida (SMPED). Desde então, passou a militar pela causa, co-memora as conquistas nestes quase três anos de trabalho, acredita que a inclusão deve acontecer de forma natural e defende a re-discussão da Lei de Cotas.

Quais foram os principais avanços para as pessoas com deficiência nestes 20 anos da Lei de Cotas?

Com relação à Lei de Cotas, os núme-ros não mentem. Em 2010, 44.068.355 de empregos foram registrados no Brasil sendo apenas 0,69% das vagas (306.013 empregos) para pessoas com deficiência. Mas o que eu vejo como maior importância é criar o há-bito, é educar o empregador, não só pela questão da punição e sim, de responsabilida-de social. Hoje, as empresas que pensam no futuro, pensam também no papel delas na sociedade e não só no lucro, ou no produto.

O que ainda é necessário para que as empresas pratiquem verdadeiramente a inclusão?

Quando falamos em inclusão, em espe-cial da pessoa com deficiência no trabalho, precisamos falar sempre no sentido de cons-cientização. Por um lado, você tem um re-médio que foi a lei da empregabilidade. A partir dela, passou a existir uma multa para as empresas que não cumprem esta cota. São empresas que estão distantes de conceitos como o de cidadania, responsabilidade social e sustentabilidade do século XXI. Algumas empresas esperam ser punidas para se mexer, precisam ser obrigadas a cumprir esta cota.

Qual foi o impacto da lei em relação às pessoas com deficiência?

Em um passado recente, as pessoas com deficiência não tinham estímulo para traba-lhar e estudar. A própria família fazia ques-tão de mantê-la em casa por uma questão de comodidade. A família não tinha condições de fazer diferente, muitas vezes por questões financeiras, e o Estado também pouco se im-portava com a causa. Mas há seis anos, temos no Estado de São Paulo, uma Secretaria em-penhada nesta causa. Hoje mais de um ter-

ço da frota de transporte é adaptada. Agora temos a preocupação de colocar esta mão de obra no mercado. Atualmente, 10 mil pesso-as com deficiência estão cadastradas no Cen-tro de Apoio do Trabalhador.

E como a Secretaria Municipal tem trabalhado para unir a pessoa com deficiência e o empregador?

Nós oferecemos aqui na Secretaria Mu-nicipal um curso, o “Sem Barreiras” que au-xilia as empresas a trabalharem a inclusão, seja no espaço físico, de equipamentos e também, o mais importante, na sensibiliza-ção das pessoas. Também firmamos parcerias com outras empresas para a capacitação des-tas pessoas.

O que ainda precisa ser aprimorado em relação a entrada da pessoa com deficiência no mercado de trabalho?

Nós temos uma questão que é o recebi-mento do LOAS. Muitas vezes a pessoa com deficiência não quer trabalhar para não per-de-lo. Nós apresentamos um projeto de lei no Congresso que manteria este benefício mesmo que se a pessoa estiver empregada. Isso é sustentabilidade, pois se o indivíduo pode se capacitar, ele pode conseguir entrar no mercado de trabalho e com o benefício poderia consumir mais, pagar seu imposto de renda, ser economicamente mais ativa, o que custearia seu próprio benefício.

As Organizações Sociais trabalham com um plano de trabalho restrito, elaborado pela Secretaria de Saúde. Como encaixar a contratação de pessoas com deficiência neste plano?

Existe esta preocupação, até pela ne-cessidade do trabalho, que muitas vezes a empresa não pode preencher com pessoas com deficiência. Mas já existe a discussão no Congresso para alterar a Lei de Cotas. Eu acho que tudo tem que ser rediscutido. Devem ser pensados outros caminhos. Em-presas que não podem preencher estas vagas poderiam colaborar com questões culturais, com o esporte, de repente, patrocinar times que tenham pessoas com deficiência. São questionamentos e debates que costuma-mos fazer.

Para o nosso colaborador que pode, em breve, ter um colega de trabalho com deficiência, qual sua mensagem?

A pessoa que trabalha com saúde, já tem o jeito e geralmente gosta do que faz. Então, esta recepção é quase natural. Eu diria pa-ra o colaborador que trate esta pessoa com deficiência com a maior naturalidade possí-vel, sem assistencialismo, mas com respeito. Ela tem que propiciar o direito desta pessoa ter autonomia, de fazer com seus próprios meios. Mas se esta pessoa com deficiência ti-ver alguma dificuldade, oferecer ajuda, sem-pre com muita educação.

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Maternidade de Embu: Qualidade de atendimento reconhecida pela população

“Foi a minha vizinha, que teve seu filho aqui e me re-comendou a maternidade.

Mesmo com tantos atendimentos, nun-ca fui tão bem tratada em um hospital e olha que é um serviço público”, relata a usuária Patrícia Correa, que após ter seu quarto filho, optou por fazer uma la-queadura na Maternidade Alice Campos Mendes Machado.

Desde que o CEJAM assumiu o ge-renciamento da Unidade, o aumento quantitativo de todos os procedimentos não para. A média de partos em 2010, que registrou 121 partos/mês, já foi su-perada e em 2011. A média em julho su-perava os 160.

Relatórios recentes comprovam que o aumento do número de gestantes não prejudicou a qualidade da atenção e do trabalho dos profissionais. O índice de infecções é de 0%. Além dos atendimentos, a equipe ain-da promoveu uma parceria com o cartório para incentivar o número de registros, que podem ser realizados dentro da própria Unidade.

Cuidados que tem refletido diretamente nos dados da saúde do Município. A ampliação do acesso e a melhoria do atendi-mento de gestantes, puérperas e recém-nascidos, proporcionado pela Maternidade, em parceria com a Atenção Básica fez cair em 33% a taxa de mortalidade infantil, de Embu, em 2010.

Nossa preocupação vai além das estatísticas. Nós reforça-mos cada vez mais o parto humanizado e o incentivo ao alei-

A maternidade de Embu valoriza o

parto humanizado e o aleitamento materno

tamento materno. Estamos sempre buscando o melhor em qualidade. Afinal, nossa meta é conquistar o selo de ‘Hospital Amigo da Criança’”, conta a gerente assistencial Silvia Poço.

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INFORjam - Jornal InformatIvo do Centro de estudos e PesquIsas ‘‘dr. João amorIm’’Conselho Editorial: Dr. Fernando Proença de Gouvêa, Ademir Medina Osório, João Francisco Romano e Marcelo Neves

• Jornalista Responsável: Luciana Zambuzi (Mtb 51.210/SP) • Fotos: Luciana Zambuzi • Arte: Marcelo Sassine • Colaboração: Creusa Jaremciuc • Email: [email protected] • Tiragem: 20.000 exemplares

Dra. Olga, Dr. Auro, Lúcia Gat-ti, alguns dos personagens que contribuíram para uma gran-

de mudança, não só na saúde, mas de toda uma comunidade. A chegada do Programa Saúde da Família ao Jardim Ângela.

“Quando cheguei aqui, em 1986, não tinha quase nada. Nem telefone nós tínhamos na Unidade. Esta Unida-de atendia uma região muito grande. Na época de campanha de vacinação, tra-

balhávamos em Postos Volantes. Aten-díamos muita gente mesmo”, relembra Dra. Olga dos Santos, médica da UBS/ESF Jardim Nakamura.

Muito trabalho e grandes dificuldades enfrentadas também pela assistente social Lúcia Gatti, uma apaixonada pela região, que destaca a participação do CEJAM no início da implantação do Programa. “O CEJAM foi determinante na mudança da realidade do Jardim Ângela. Foi com ele que o sonho de ter o Programa Saúde da

Família se concretizou”.Dr. Auro Gushiken, médico da UBS/

ESF Jardim Guarujá, participou ativa-mente da implantação do PSF. Com a experiência de ter iniciado o Programa na zona norte, vivenciou toda a dificul-dade de levar saúde a uma região tão ca-rente. “Esta era considerada a pior região de São Paulo e a partir da chegada do PSF tudo melhorou muito. Até mesmo a delinquência diminuiu graças a ele e o CEJAM foi parceiro nisso”.

CEJAM 20 anos: Alguns personagens, muitas histórias