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2 set-out-nov-dez/2018

ÍNDICE

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Humanizar os processos empresariais diminuia rotatividade dos colaboradores

Reciclagem em canteiros de obras gera receita,melhora segurança e reduz desperdícios

Pesquisa de Mercado

Futuro do rental: Projeção para o rental em 10 anos

Agenda, lançamentos e novos associados

Os impactos que as consultorias jurídicas podem exercer no cotidiano das empresas

Marketing BtoB – pense fora da caixa e fique atento às oportunidades para sua locadora

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Como usar a tecnologia para combatera corrupção

Cidade inteligente social: O futuro já está acontecendo por aqui

BNDES tem R$ 50 bi para infraestrutura

Estrangeiros já respondem por 70% do investimento em infraestrutura no país

Casa do Construtor participa do maior programa de fidelidade para construção civil que deve impactar 100 mil lojas

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EDITORIAL

Caros Associados,

Finalmente chegamos em um momento que podemos respirar e ter esperança, baseado em fatos, não mais em otimismo sem fundamento, que nosso mercado reaquecerá.

Vivemos momentos bem difíceis nos últimos anos, fazendo o mais com menos, com redução do nosso quadro de colaboradores, cortando uma série de investimentos, esforços para sobreviver no segmento.

No fim das contas, acredito que foi uma melhores coisas que nos aconteceu. Não me considerem desequilibrado ao afirmar isso, mas acompanhem meu raciocínio:

- Revisamos todo o nosso processo de trabalho (de ponta a ponta) e enxergamos gargalos que significavam perda de tempo e dinheiro- Reavaliamos nossos preços e percebemos o quanto estamos cobrando errado, aqui cabe uma menção à necessidade de assistir à palestra sobre formação de custo oferecida pela ALEC, veja matéria ainda nesta edição- Houve uma separação natural do joio do trigo, ou seja, as locadoras que trabalham com ética, em parceria e com profissionalismo destacaram-se diante daquelas que são informais e colocam os preços lá embaixo- Descobrimos quanto o frete pesa em nosso custo- Aprendemos que o associativismo não é uma questão social - não é para reunir parceiros de trabalho para tomar cerveja. A união das locadoras promoveu o fortalecimento do mercado, como vimos nas recentes conquistas da ALEC para todo o setor, mesmo com uma saída considerável de associados em seu quadro- Grupos formados no whatsapp comprovam que o relacionamento e a união podem ser as mais poderosas ferramentas em qualquer cenário do país, com crise ou não. Nestes momentos surgem excelentes ideias, parcerias, troca de informações e soluções- O número de fraudes diminuiu entre os associados com o grupo formado no whatsapp que troca diariamente informações

Falem a verdade, será que teríamos conquistado tudo isso se o mercado não tivesse sido atingido pela crise política e econômica do Brasil? Nas crises temos a oportunidade de crescer, de pensar fora da caixa e exercer a criatividade! Saimos mais forte da tempestade.

Fabricantes e prestadores de serviço já acenam com a retomada de relacionamento com as locadoras, prestigian-do as ações da ALEC e se reaproximando do mercado.

Especialistas e economistas declaram que para o governo do Bolsonaro ter êxito, a condição básica será investir em obras de infraestrutura.

E, é bom deixar claro, o mercado nunca mais será como antes, mas o futuro trará novas e excelentes oportunida-des para o segmento de locação, sugiro a leitura da matéria sobre o futuro do rental.

Esta última edição de 2018 do RENTAL NEWS encerra um ano de enormes desafios e com uma forte promessa de retomada dos negócios, renova-

ção de parcerias com fabricantes e prestadores de serviço em um momento que estamos muito mais por dentro do nosso negócio, da nossa empresa, portanto, mais profissionais para aproveitar toda e qualquer oportunidade, sempre com ética e em conjunto. É muito mais salutar e produtivo quando todos ganham!

Desejo um Feliz Natal e que 2019 seja um marco rumo à cons-trução de um novo país que todos nós merecemos.

Um forte abraço!

Ronaldo Max Ertel

Presidente ALEC

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A Revista RENTAL NEWS é um informativo exclusivo da ALECdistribuído para seus associados e locadoras do Brasil.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS LOCADORESDE EQUIPAMENTOS E BENS MÓVEIS

Associação Brasileira dos Locadores de Equipamentos e Bens MóveisRua Dr. Alfredo de Castro, 200 - 7° andar - salas 700 e 711Barra Funda - São Paulo - SP - 01155-060Tel: 11 3965-9819 - www.alec.org.br

Financeiro: Mirian [email protected]

Supervisor de Expansão: Marcio [email protected]

GESTÃO 2018/2019

Diretoria ExecutivaPresidente - Sr. Ronaldo Max Ertel (Locatec)Vice-Presidente - Sr. Paulo Carvalho (Locabens)Diretor Tesoureiro - Sr. Paulo Chiomento (CPL Aluga)Diretor Secretário/Vice-diretor Financeiro - Sr. Francisco Maciel (Casa do Construtor - Santana)

Conselho Consultivo Presidente do Conselho - Sr. Paulo Carvalho (Locabens)1º Vice – Presidente do Conselho - Sr. Fernando Forjaz (Formeq Rental)1º Conselheiro - Sr. Durval C. Gasparetti (Rental Servy)2º Conselheiro - Sr. Expedito Eloel Arena (Casa do Construtor)3º Conselheiro - Sr. Adilson Vicari (Alphaluga Locadora Ltda.)4º Conselheiro - Sr. Eliel Aguiar Pereira (Locatec)

Diretorias/Gerências RegionaisDiretor Regional – Baixada Santista/SP - Sr. Claudio Campanha Rodrigues (Grupo Locart)Diretor Regional – S.J.Rio Preto/SP - Sr. Carlos Cezar Galvão Teixeira (Makifil Comercial Ltda.)

Diretoria DistritalDiretor Distrital - Zona Leste/SP - Sr. Paulo Chiomento (CPL Aluga)

Diretoria SetorialDiretor de Geradores - Sr. Achides Uliana (Grupo Gerador Belém)Diretor de Balancins - Sr. Ronaldo Max Ertel (Locatec)Diretor de Equipamentos - Sr. Expedito Eloel Arena (Casa do Construtor)Diretor de Elevadores - Sr. Dirceu Ramos (Metax)Diretor de Gruas - Sr. Paulo Carvalho (Locabens)Diretor de Plataformas Aéreas - Sr. Miguel B. Almeida (PTA Rental)

Redação: Marot GandolfiEdição e Produção Gráfica: Multifoco Comunicação e MarketingPublicidade: Planeja Comunicação Completa e Marketing Assertivo

Telefone: 11 99931-1430contato@planejacomunica.com.brwww.planejacomunica.com.br

As informações contidas nos anúncios são de inteira responsabilidade das empresas.

Os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Associação.

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GESTÃO

A alta rotatividade de colaboradores pode se dar por inúmeros fatores, e acaba sendo um dos principais desafios na gestão. Para reverter essa situação e desenvolver equipe sólidas, a estrutura empresarial e o cotidiano corporativo possuem papeis fundamentais neste processo. Para Alexandre Slivnik, especialista em gestão de pessoas, o profissional que apenas leva em consideração o salário não consegue se manter por muito tempo em uma determina posição. Para reter talento, as empresas precisam ir além e ficar atentas também a questões ligadas a lideranças, projetos, objetivos e propósitos que fazem com que o colaborador queira continuar com aquela equipe. “O clima pode ficar melhor através de uma cultura organizacional de encantamento, que passa por líderes que entendem e transbordam essa ideia para o cliente interno”, explica.

Slivnik aponta que tais iniciativas podem ser introduzidas a partir de objetivos claros e definidos. “Treinamentos sempre incentivam e mostram para as equipes sobre a importância da contribuição de cada um para o desenvolvimento da organização. E os líderes têm um papel fundamental nesse processo. Eles devem sempre reconhecer, recompensar e celebrar cada conquista do seu colaborador”, aponta o especialista em gestão de pessoas.

Alexandre explica que tudo deve passar pelo olhar do líder e se ele não acredita em seus modelos e projetos, nada dará certo. “É preciso que ele esteja, de fato, preocupado com as pessoas, ao invés de ficar apenas atrás de computadores olhando planilhas e esquecer de andar pela empresa e conversar com a sua equipe. É preciso humanizar todo o processo, afinal, são as pessoas que fazem o negócio acontecer”, ressalta.

Para desenvolver uma equipe mais engajada, Slivnik indica a criação de múltiplos pontos de escuta para entender os colaboradores, processos de reconhecimento com metas a serem cumpridas, planos de recompensa a partir de experiência e enriquecimento pessoal e profissional. “Celebre cada conquista e resultado. Isso vai gerar ainda mais engajamento e motivação”, aconselha.

O empresário que não entende de gente, vai falir sua empresa rapidamente. “Tem que sair da sala fechada da diretoria e encarar, como os colaboradores, as diversas tarefas práticas do dia a dia. Quanto maior o exemplo da liderança, maior o encantamento interno e, consequentemente, mais respeito eles conquistarão”, finaliza.

Humanizar os processos empresariaisdiminui a rotatividade dos colaboradores

Cultura organizacional é fundamental para que exista um maior engajamento

Alexandre SlivnikAutor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude, diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, vice-presidente da Associação Brasileira de

Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e

Desenvolvimento (CBTD). Palestrante internacional e profissional com 19 anos de experiência na área

de RH e Treinamento.

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MARKETING

Marketing BtoB – pense fora da caixa e fique atento às oportunidades para sua locadora

Atualmente, a maior parte das locadoras atende construtoras e empreiteiras, ou seja, empresas.

O marketing BtoB é diferente do marketing para o consumidor final que em breve deverá ser feito também pelos locadores. Sugiro a leitura da matéria sobre o Futuro do Rental nesta edição.

Para aplicar o marketing BtoB em sua locadora, como primeiro passo, é fundamental elaborar um plano de comunicação. Sem ele, os esforços são em vão e a verba mal utilizada compromete o orçamento. Mas o dano pior é a falta de resultado.

Os veículos de comunicação sofreram drásticas transformações nos últimos anos. As redes sociais ganharam um peso nunca imaginado e até foram responsáveis pela eleição do novo presidente, como pudemos acompanhar neste ano.

A mídia tradicional, embora no marketing BtoB, ainda seja relevante, como revistas especializadas, passaram a dividir espaço com as ações na internet.

Mas, assim como nos demais meios de comunicação – revistas, outdoors, anúncios em

rádios e TV, participação em feiras e eventos, que exigem um padrão visual que identifique sua locadora, as ações digitais também precisam deste cuidado. Acredito que deva até ser maior, levando em consideração a velocidade em que a notícia se espalha, tanto para o bem, quanto para o mal.

A comunicação digital hoje é ampla, engloba Facebook, Linked in, Instagram, Twiter, Youtube, Whatsapp, site responsivo, anúncio no Google.

Você está presente com conteúdo relevante em todos estes canais? Consideramos conteúdo relevante aquele que atende às necessidades do seu público-alvo. É difícil administrar a avalanche de informações que todo mundo recebe hoje e a prioridade é dada para informações que realmente tragam a solução dos problemas e aumente a produtividade.

Vamos lá, preparei uma sugestão do que sua locadora pode comunicar para seus clientes em potencial.

• Estabeleça um dia por semana para postar uma informação importante para seu público. • Nada de piadas, opinião política, mensagem de bom dia/boa noite, cachorros e etc.

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8 set-out-nov-dez/2018

MARKETING

FACEBOOK

Postagens Crie uma Fanpage. Aqui podem ser postadas notícias de mercado, benefícios na utilização de um equipamento (aumento da produtividade, ganho de tempo, menor desgaste do operador), a relação custo x benefício entre uma máquina ou outra, a indicação de um equipamento para determinado tipo de serviço (por exemplo, não alugue um martelo de 30k para furar um teto, você não vai conseguir segurá-lo. Opte por um martelo de 5k).

AnúnciosAinda no Facebook você pode investir em anúncios com custo bem acessível, mas neste caso, como não é possível refinar tanto o público, como escolher engenheiros, a melhor estratégia é divulgar o aluguel de equipamentos para pessoa física que nem imagina que pode locar uma furadeira.

LINKED IN

Esta rede é corporativa e, quando bem utilizada, proporciona grandes frutos.Crie um perfil. O próximo passo é seguir profissionais que tenham a ver com o segmento, ou seja, selecione aqueles que trabalham com construção civil.Siga o mesmo critério dos posts no Facebook, comprove que menos de 2% da obra referem-se ao aluguel de equipamentos, divulgue os benefícios da locação.Você também pode compartilhar notícias do setor que outros profissionais tenham postado.

INSTAGRAM

Crie uma conta. Esta é uma rede social só de imagens. Você pode postar fotos dos seus produtos em ação, por exemplo, numa obra.O texto que acompanha a foto deve ser curto e objetivo sempre direcionando para hashtags que tenham ligação com o seu assunto.

TWITTER

Crie um perfil. Nesta rede você pode replicar o que postou no Facebook ou Linked in.

YOUTUBE

Crie um canal para sua locadora. Esta rede quando bem usada traz excelente retorno. Faça vídeos curtos com o seu celular mostrando os diferenciais de seus equipamentos, instruções de uso, orientações para a escolha das máquinas de acordo com o serviço que será feito.

Estes mesmos vídeos podem ser postados no Instagram (IGTV).WHATSAPP

No grupo do Whatsapp é possível o ingresso de até 250 pessoas. Neste grupo, assim como nas redes sociais, só devem ser postadas informações que

sejam de interesse de todos. Estabeleça regras e para quem não cumprir avise que será bloqueado.O tempo de todos é precioso e não dá para perder vendo ou lendo postagens que não tenham a ver com o assunto.

GOOGLE

Pesquisa orgânicaPara aparecer na pesquisa orgânica do Google (não tem custo) é fundamental que seu site esteja dentro dos critérios estabelecidos pelo próprio site de busca: conteúdo relevante, fácil de navegar, seja muito acessado, tenha outros links que direcionem para ele, estejam incorporadas palavras-chaves (tags) entre outros. E isso leva tempo, não é do dia para noite!

Anúncios Sua locadora aparece nos primeiros lugares e investe muito. A maioria acredita que precisa aparecer em primeiro lugar, mas está comprovado por pesquisas do próprio Google que não há necessidade de ser o primeiro, mas um dos três primeiros lugares, ou ainda, aparecer na primeira página. Na briga pelo primeiro lugar o único que ganha é o Google, porque os que batalham pelo primeiro só inflacionam o valor do clique.

SITE

Toda esta estratégia só será bem sucedida se o seu site for fácil de navegar e tiver conteúdo técnico claro e completo com imagens boas. Lembre-se que em todas as postagens, de todas as redes, haverá um link para seu site.

Seguindo estas instruções sua locadora estabelece um marketing BtoB no mundo digital. Não tem como errar, mas precisa haver um comprometimento para gerar conteúdo interessante e responsabilidade em manter uma frequência nas postagens. Só assim você cria interesse e estabelece um relacionamento com seus clientes em potencial.

Por último, lembre-se que “curtidas” não significam dinheiro, aluguel, compra, faturamento. É mais importante ter seguidores de qualidade (que tenham interesse no segmento) do que quantidade.

Marot GandolfiJornalista, proprietária da Planeja Comunicação e

Marketing Assertivo, Assessora de imprensa da ALEC, especialista em comunicação BtoB

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JURÍDICO

As consultorias jurídicas são de grande importância para desenvolvimento e crescimento de empresas, pois são a base para a prevenção de ações trabalhistas. Além de fornecerem suporte, também mostram caminho para que a relação entre contratantes e contratados seja harmoniosa e eficiente, tanto no modo profissional, quanto pessoal.

De acordo com a advogada Debora Regina Ferreira da Silva, sócia do escritório Akiyama Advogados Associados, no Brasil ainda não existe uma cultura empresarial que caracterize as consultorias jurídicas como um foco importante para o cotidiano. “As empresas de médio e pequeno porte, na maioria das vezes, não procuraram uma assessoria jurídica trabalhista antes de efetivamente ter um problema a ser resolvido. Por conta disso, muitas acabando enfrentando dificuldades financeiras quando são surpreendidas com uma Ação Trabalhista, pois não provisionaram um fundo para as despesas que isso possa gerar”, alerta.

Os principais benefícios que a assessoria jurídica proporciona estão relacionados com o financeiro da empresa, porque além de dar suporte, garante os direitos dos colaboradores e, consequentemente, diminui os riscos de ações trabalhistas.

“Conhecendo a empresa e seus contratos de trabalho, além de verificar se a legislação trabalhista está sendo cumprida e em caso negativo auxiliar para a regularização, a consultoria também orienta no tocante a um valor de fundo necessário para cobrir demandas que possam aparecer. E, caso haja algum ajuizamento de uma ação, os advogados já terão conhecimento daquela relação de trabalho, o que facilitará a realização da defesa, e favorecerá as chances de êxito da empresa”, ressalta a advogada.

Sobre a Reforma Trabalhista, Debora destaca que ainda é muito cedo para ter um posicionamento concreto sobre seus benefícios e malefícios, mas que até o momento só trouxe instabilidade às relações trabalhistas. “As empresas estão com medo de seguirem algumas das

Os impactos que as consultorias jurídicas podem exercer no cotidiano das empresas

novas previsões legais e depois sofrerem reclamações trabalhistas, já que há muitos pontos obscuros nesta reforma e não podemos esquecer que os princípios da Proteção ao Trabalhador e da Verdade Real não foram revogados, ficando o empregador a mercê do entendimento do juiz sobre a aplicação da norma”, aponta.

Além disso, a especialista ressalta que é impossível considerar a “livre” negociação proposta pela Reforma, já que o detentor de capital será sempre o detentor de poder. “Não é crível um cenário em que o empregado exija algo que lhe seja mais benéfico em detrimento do empregador e isto seja aceito pelo empregador, não havendo então o que se falar em flexibilidade da relação, apenas em possibilidade de diminuição de direitos dos trabalhadores com o aval do Poder Legislativo”, destaca.

Debora orienta que antes de tentar colocar em prática as novas possibilidades referentes à Reforma Trabalhista, em especial a terceirização, é importante procurar uma consultoria jurídica para análise geral dos prós e contras das propostas ou que ao menos aguardem por uns meses a estabilização dessas novidades. “Agora, ainda é inseguro uma alteração contratual a fim de obter os benefícios tanto da Reforma, quanto da Terceirização”, finaliza a advogada.

Debora Regina Ferreira da SilvaAkiyama Advogados Associados

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10 set-out-nov-dez/2018

FUTURO

Cidade inteligente social:O futuro já está acontecendo por aqui

Empreendimento voltado para 25 mil pessoas está sendo desenvolvido na Região Metropolitana de Fortaleza, próximo ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Com mais de 2.700 lotes vendidos e um investimento de US$ 50 milhões, a Smart City Laguna tem sido considerada um dos maiores investimentos na região.

O empreendimento projetado pelo Grupo PLANET é formado por empresas inglesas, italianas e brasileiras, uniu inovação, tecnologia, sustentabilidade, planejamento urbano e soluções de mobilidade.

Localizada ao longo da BR-222 em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, próximo ao Porto de Pecém, ZPE e Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) em conjunto com a Ferrovia Transnordestina, faz com que a cidade faça parte de uma importante via comercial e industrial, atraindo investidores em virtude da sua potencial valorização. Investimentos que irão favorecer não apenas os moradores da Smart City, mas também toda a região.

Estudos realizados na região demostram a falta de um comércio ativo, diversificado e organizado, com base nestas informações foi o criado o Polo Comercial da Smart City Laguna, organizada estrutura com potencial para em curto prazo se tornar um centro de referência comercial e de serviços do conjunto de municípios da região, que somam aproximadamente 600 mil habitantes.

Os negócios estabelecidos na cidade inteligente terão potencial de atender à demanda em um raio de até 60 km. “O Polo Comercial irá aquecer a contratação da mão de obra local e permitirá aos trabalhadores fixar residência em um núcleo urbano equipado com uma planejada estrutura de convivência e lazer, que contará com diversos segmentos comerciais e de

serviços voltados a proporcionar mais comodidade e qualidade de vida”, explica Susanna Marcchioni, CEO no Brasil do Grupo Planet Smart City.

Entre os espaços comerciais estão salões de beleza, restaurantes, petshops, supermercados, lojas de serviços e outros segmentos de negócio que serão indispensáveis para a cidade inteligente e suas proximidades, gerando com isso possibilidades de emprego, através das empresas que se instalarão na cidade, segurança já que é possível realizar tarefas cotidianas sem sair da Smart City, melhor qualidade de vida, já que os moradores não precisarão ficar horas no trânsito. O Ecopark é o polo empresarial e tecnológico da cidade inteligente e foi projetado para receber empresas com propostas sustentáveis. Atualmente, já existe uma empresa instalada no polo tecnológico e empresarial da Smart City Laguna, a SG Premoldados, fabricantes de pisos intertravados de alto padrão.

A proximidade com a Ferrovia Transnordestina e com o Porto do Pecém representam importantes diferenciais quanto à questão da logística, o que aumenta o interesse de empresas a investir na região.

A PLANET é uma empresa ítalo-britânica que inovou criando o conceito de cidade inteligente social e que desenvolve soluções tecnológicas para o crescimento econômico e sustentável das cidades inteligentes. Responsável por idealizar o projeto piloto Smart City Laguna, a primeira Cidade Inteligente Social do Mundo, que está sendo construída no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará/Brasil. Seus fundadores possuem 25 anos de experiência no mercado imobiliário e na construção civil, nacional e internacional.

Fonte: www.planetsmartcity.com

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TECNOLOGIA

Como usar a tecnologia para combatera corrupção na Gestão Pública

O tema Inteligência Digital aplicada por meio do conceito de Modelagem das Informações de Construção, ou BIM (Building Information, junto a Modeling), junto a outras abordagens correlatas, como o VDC (Virtual Digital Construction) e o Digital Twin deveriam estar nas manchetes, já que são tecnologias efetivas na busca por transparência, gestão e controle dos investimentos.

Quando falamos da aplicação do BIM, o tema leva à melhora de produtividade. Como exemplo, podemos citar as metas do governo do Reino Unido, que na sua segunda fase do programa de BIM, chamado Construction 2025, tem como objetivo diminuir em 33% os custos e 50% o prazo das obras, sem contar a redução da emissão de carbono e o fomento da economia com a exportação na área da construção. O Brasil já tem um programa bem estruturado, que está caminhando dentro de uma linha parecida, porém há uma outra aplicação do BIM que poderia ajudar muito o nosso País: a transparência.

Quanto mais simples e direta for a apresentação da prestação de contas e mais fácil for sua análise, mais cidadãos poderão entendê-las de forma direta, ou seja, mais cidadania teremos. Este é uma potencial contribuição do BIM, ainda que não explorada por nossos políticos.

Hoje, relatórios gerenciais e contábeis sobre custos e avanços de obra não são compreensíveis pela grande maioria da população. Esta falta de clareza pode levar a dúvidas sobre o motivo de um orçamento ter estourado. Erro de projeto? Orçamento mal feito? Imponderáveis inerentes à engenharia? Decisões administrativas, políticas ou jurídicas que afetaram os custos? Corrupção?

Para resolucionar esses casos, há discussões em tribunais de conta e entre os gestores, assim como denúncias na imprensa, mas, geralmente, poucas conclusões que permitem separar o joio do trigo.Agora, imaginem um projeto em 3D associado com o planejamento da obra e um gráfico do desembolso financeiro planejado, tudo animado, mês a mês, comparando o planejado com o realizado. Vou mais além: quão interessante

seria se, na tela do celular, de qualquer cidadão, ao passar pela obra ou acessar o site do governo, poder tirar uma foto do QR Code associado à obra e obter essas informações? Isto é o BIM na dimensão 5D, sem marketing, sem assessoria de imprensa, sem custos adicionais, o “i” da informação fluindo em prol da transparência.

Um outro exemplo é a aplicação do “Irmão Digital” ou Digital Twin. Trata-se de uma cópia digital da obra, que recebe dados de forma contínua do mundo real por meio de sensores. Teríamos como analisar dados de forma muito mais eficaz, monitorar, entender e consertar problemas antes que ocorressem, além de possibilitar simulações e projeções. O custo adicional de criar o irmão digital ao se contratar a obra física é muito baixo.

Sua correta aplicação mudaria o patamar dos serviços públicos na saúde, transporte e educação.Alguns vão pensar que tudo isto é um grande devaneio, que o Brasil não tem nem o básico, logo não se deve pensar em sofisticações. Porém, são estas inovações que estão permitindo fazer “mais com menos”, que estão revolucionando o mundo e que permitem o pequeno fazer mais que o grande. Vamos em frente!

Marcus GranadeiroEngenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presi-dente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de en-genharia e membro da ADN (Autodesk Development Network)

e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).

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12 set-out-nov-dez/2018

INVESTIMENTOS

Estrangeiros já respondem por 70% do investimentoem infraestrutura no país

Com crise e Lava Jato, as empresas brasileiras perderam a capacidade de investir e abriram espaço para capital externo.

Enquanto os dois candidatos à Presidência têm demonstrado preocupação com a participação de estrangeiros na infraestrutura, um levantamento mostra que o capital externo está avançando no setor.

É o dinheiro vindo de fora que tem garantido os investimentos em petróleo e gás, eletricidade, água, transporte e comunicações no país. Os estrangeiros, que em 2010 respondiam por 27% dos investimentos privados em infraestrutura no Brasil, agora, respondem por 70%.

A crise econômica e a Operação Lava Jato fizeram os investidores nacionais perderem relevância nas obras de infraestrutura. Nesse período, o volume total de investimentos privados anunciados no setor também despencou: de US$ 142 bilhões em 2010, para US$ 49,3 bilhões no ano passado.

Os dados são de um levantamento da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), com base nos investimentos privados anunciados para o setor e coletados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Para Luís Afonso Lima, presidente da Sobeet, o levantamento deixa claro que o novo governo não pode menosprezar os investidores estrangeiros. “É preciso estimular esse investidor, porque o nacional não está dando conta.”

Os estrangeiros, segundo o estudo, têm investido mais em projetos novos – cujo potencial para gerar emprego e renda é maior – do que os brasileiros. Desde 2004, a parcela de capital externo destinada a projetos que começaram do zero foi de 28%, ante 23% do capital nacional.

Para o especialista em infraestrutura Claudio Frischtak, presidente da consultoria Inter.B, o investimento estrangeiro é muito bem-vindo, desde que obedeça às leis. “Nossa infraestrutura está completamente depreciada”, diz o economista.

Neste ano, o investimento público e privado na infraestrutura deve representar 1,7% do PIB. Segundo o Ipea, seriam necessários aportes de 4,15% do PIB ao ano, por duas décadas, para modernizar o setor.

“O investimento estrangeiro é uma alternativa, não sei se para sempre, mas nessa transição, enquanto o setor público estiver muito acanhado, temos de contar com ele”, diz Frischtak.

O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, Venilton Tadini, não vê problemas no avanço do investimento estrangeiro na infraestrutura. “O importante é ter agências reguladoras devidamente estruturadas”, diz.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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set-out-nov-dez/2018 13

CONSTRUÇÃO CIVIL

Casa do Construtor participa do maior programade fidelidade para construção civil que

deve impactar 100 mil lojas

Rede de locações de equipamentos firmou parceria com Votorantim,Gerdau e Tigre para desenvolver e modernizar o setor

A Casa do Construtor – maior rede de franquias de locações de equipamentos para construção civil e soluções do dia a dia –, em parceria com organizações como Votorantim, Gerdau e Tigre, anunciou a criação de uma nova empresa, a “Juntos Somos +”, que promete ser um marco na história do varejo do segmento. O objetivo do projeto é oferecer benefícios para as mais de 40 mil lojas cadastradas e, contemplar vendedores e profissionais do ramo, com o acúmulo de pontos para trocas de prêmios e cursos de capacitação. Os benefícios poderão ser acessados online, seja pelo website ou aplicativos para smartphones.

Segundo Altino Cristofoletti, sócio fundador da Casa do Construtor, o momento é de extrema importância para a rede, que é a única do varejo, entre as mais de 14 empresas envolvidas, a oferecer e receber pontos. “O profissional do segmento poderá escolher utilizar os pontos em descontos para a locação de equipamentos ou acumular para a realização de cursos profissionalizantes”, diz.

Ainda de acordo com o executivo, a construção civil é a maior alavanca da retomada da economia brasileira e, por essa razão, a Juntos Somos + deve impactar em torno de seis milhões de profissionais da área, além do plano de expansão do próprio programa, que pretende contemplar no próximo ano 100 mil lojas cadastradas”, explica.

O novo programa de pontuação é aguardado com boas expectativas nas mais de 250 lojas da Casa do Construtor espalhadas pelo País. “O profissional da obra que já tem as nossas unidades como referência no aluguel de equipamentos de pequeno e médio porte também terá, agora, nossa chancela no aprimoramento profissional, com a oferta de cursos profissionalizantes”, diz.

Até 2020, a Juntos Somos+ planeja investir R$ 50 milhões na expansão do programa e no aprimoramento do ecossistema, adicionando novas funcionalidades e melhorando os benefícios para os participantes.

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14 set-out-nov-dez/2018

MERCADO

Tudo indica que não faltarão recursos para a expansão das obras de infraestrutura no país, desde que haja regras claras e uma regulação de boa qualidade.

Depois de chegar ao fundo do poço, o BNDES está preparado para dobrar e liderar os investimentos em infraestrutura no próximo ano, assegura Marcos Ferrari, diretor de Infraestrutura e Saneamento do banco.

O pico da atuação na infraestrutura foi em 2014, quando os desembolsos chegaram a R$ 69 bilhões. O “cavalo de pau” foi dado em 2016, com a queda para R$ 26 bilhões. Em 2017 e 2018, a cifra se estabilizou em R$ 27 bilhões.

A instituição, agora, está pronta para retomar, nos próximos três anos, a média histórica de 2% do PIB – cerca de R$ 130 bilhões – de desembolsos anuais, sendo que desse montante R$ 50 bilhões podem ser destinados à expansão da infraestrutura no país a partir de 2019, comenta o diretor.

Ferrari explicou que, quando fala em liderança, está se referindo não aos desembolsos de operações tradicionais, mas à estruturação de projetos e ao fomento do mercado de capitais com garantias e fianças, dentre outros recursos, que o banco está ofertando.

Tomando como ótimo o estoque de infraestrutura de 60% do PIB que o país registrava nos anos de 1980, a situação hoje beira a calamidade.

O estoque é de pouco mais de 30% do PIB. Entre os anos de 1970 e 1980, o país investia o equivalente a 5,4% do PIB.

BNDES tem R$ 50 bi para infraestrutura

Hoje, o investimento na expansão de rodovias, energia, telecomunicações, saneamento, dentre outras áreas, não passa de 2% do PIB.

Para o país voltar a ter um estoque de 60% do PIB até 2035, a taxa de investimento necessária varia de 4,5% do PIB a 5,3% do PIB, dependendo do crescimento econômico médio do período, de 1% a 3%, respectivamente.

Traduzindo em miúdos, o Brasil precisa aumentar o investimento em infraestrutura em cerca de R$ 150 bilhões por ano, conforme exposição recente do diretor do BNDES na Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib).

Há espaço, portanto, para o BNDES atuar em duas frentes: no mercado de dívida e no mercado de capitais, retomando o crescimento do crédito tradicional e, ao mesmo tempo, estimulando as operações no mercado de capitais, salienta Ferrari.

O banco voltou a operar com fiança, que havia parado de oferecer há 20 anos. A fiança pode chegar a 100% do valor do financiamento ou da emissão de debêntures.Outra alternativa é o fundo de crédito em infraestrutura, pelo qual o BNDES participa da ancoragem de emissões privadas mediante proposta firme de compra de 50%, por exemplo, de uma emissão.

Fonte: Valor Econômico

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set-out-nov-dez/2018 15

MERCADO

O segmento de coworking (modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos) é uma das principais áreas que têm puxado para cima as locações de escritórios de alto padrão nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Um estudo realizado pela Colliers International Brasil aponta que, nos últimos 30 meses, as duas capitais tiveram crescimento superior a 340% nas áreas locadas e destinadas a essa finalidade.

A Colliers comparou a ocupação de escritórios de alto padrão pelas duas maiores empresas de coworking no Brasil – a Regus e a WeWork – em São Paulo e na capital fluminense entre 2016 e 2018. Enquanto em 2016, na capital paulista a área total locada por elas era de 32.097 m², no primeiro semestre deste ano, o valor chega a 111.861 m² alugados. O crescimento é de 348,5%.

Se os dados forem analisados pela perspectiva dos empreendimentos ocupados, o aumento é de 69% nos últimos 30 meses. A Regus, em 2016, estava instalada em 22 edifícios em São Paulo. Em 2018, o número passa para 29. Já a WeWork, em 2016 ocupava apenas um prédio na cidade, enquanto neste ano tem áreas locadas em 10 edifícios. Se somados, os empreendimentos sobem de 23 para 39 no período analisado.

RIO DE JANEIROO estudo da Colliers International Brasil na capital fluminense revela dados semelhantes. As locações de escritórios de alto padrão para uso de

Em 30 meses, áreas locadas para coworking crescem mais de 340% em São Paulo e no Rio de Janeiro

coworking cresceram quase 342% entre 2016 e 2018. A Regus mais que dobrou sua área ocupada na cidade, passando de 13.151 m² para 26.740 m². A WeWork, que em 2016 não tinha nenhuma ocupação, tem 18.226 m² locados neste ano.

Sob a perspectiva dos empreendimentos ocupados, a Regus também dobrou sua presença no Rio de Janeiro. Em 2016, a empresa está em 10 edifícios na cidade. Em 2018, o número de empreendimentos chegou aos 20. A WeWork em 2018 está instalada em 4 edifícios na capital fluminense.

ÁREA MÉDIA OCUPADAA análise realizada pela Colliers também permite tirar conclusões sobre o comportamento de cada empresa no setor de coworking. Pelo viés da área média ocupada por cada uma, é possível compreender que a Regus se interessa por espaços menores e mais pulverizados pelas duas cidades. Em 2018, por exemplo, ela ocupa, em média, 1.400 m² em cada um dos 29 empreendimentos de São Paulo. No Rio de Janeiro, a média de ocupação é de 1.337 m² em cada um dos 20 edifícios.

No caso da WeWork, as áreas médias são bem maiores e o número de edifícios reduzido. Na capital paulista, em 2018, os dados apontam para 7.127m² ocupados em cada um dos 10 empreendimentos ocupados. Em terras cariocas, são 4.556m² em média em cada um dos 4 locais alugados.

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16 set-out-nov-dez/2018

MERCADO

Presente há mais de 20 anos no mercado brasileiro, a Weber MT do Brasil inicia em 2018 um novo marco em sua história. Com o objetivo de explorar novos mercados e propor estratégias de cooperação comercial inéditas, a Família Hexsel adquiriu a maioria do capital social da empresa Weber MT no Brasil.

A partir de agora, a família brasileira assume todas as operações da, até então, filial brasileira da empresa alemã. Em termos operacionais, a estrutura do negócio se mantém. A Weber MT do Brasil (a nova empresa) seguirá responsável pela fabricação dos produtos nacionais no Brasil e a importação do produto SRV-620 da Weber MT na Alemanha, inclusive com um contrato de exclusividade no mercado local durante os próximos dois anos.

Carlos Hexsel se mantém no cargo de CEO da empresa brasileira até 2021, quando deverá ter início um plano de sucessão. Carlos também continua ocupando seu cargo atual de Gerente de Região da Weber MT na Alemanha para os países da América do Sul, Central e alguns países da África. A operação comercial no Brasil segue a cargo do seu filho, Carlos Junior.

Foco em controle de qualidade e inovação se mantém

Os pilares de excelência técnica, qualidade, tecnologia de ponta e atenção ao pós-venda, intrínsecos ao DNA da matriz alemã da Weber MT, serão preservados pela Família Hexsel na nova fase da empresa no Brasil. O que muda, essencialmente, é a abordagem para explorar comercialmente todas as potencialidades do mercado brasileiro.

O objetivo da nova empresa Weber MT no Brasil será seguir coordenando o processo de forma global, desde o treinamento técnico até o pós-venda. Em paralelo, irá usufruir também de todo o autoconhecimento adquirido para aprofundar novas visões de mercado e produtos.

Família Hexsel adquire capital social da Weber MT no Brasil e assume totalmente as operações

Em nova fase, empresa vai explorar novas parcerias comerciais, mas manteros pilares de excelência técnica e atenção ao pós-venda em seu DNA

Novos mercados e oportunidades

A partir da aquisição do capital social da Weber MT no Brasil, a principal transformação da empresa será no quesito estratégico. Por conhecer as características e oportunidades do mercado nacional e internacional, a Família Hexsel pretende explorar novos horizontes de cooperação comercial.

Desenvolver potencialidades de crescimento, diante do autoconhecimento e know how adquirido em suas mais de duas décadas de atuação no Brasil, será a principal meta na nova fase. Compilando os pilares alemães de primor em tecnologia com a vasta demanda no contexto latino-americano, a empresa almeja se desenvolver expressivamente.

Em 2018, a Weber MT no Brasil já registrou um crescimento de 20%. Diante das novas mudanças, a projeção para 2019 é de um crescimento de 15% no valor da receita e, para 2020, a meta é chegar aos 20%.

Transição de marca está prevista para 2019

Para consolidar a mudança firmada em 2018, a Weber MT no Brasil está dando início a uma transição de marca, que buscará transmitir os valores que se mantêm em sintonia com as metas englobadas para a nova fase.

Em paralelo, com o objetivo de desenvolver o novo branding de forma expressiva, estão previstos investimentos não somente na logomarca inédita, mas também em um novo site, fortalecimento de sua presença em mídias digitais e redes sociais. Também será mantida a tradição na participação e realização de feiras e eventos, buscando um relacionamento cada vez mais próximo dos clientes.

Assim, a Família Hexsel se alegra em, junto de seus parceiros e colaboradores, dar os passos iniciais para um posicionamento cada vez mais expressivo e próspero no mercado de máquinas e equipamentos para a construção.

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set-out-nov-dez/2018 17

PESQUISA DE MERCADO

Faturamento no terceiro trimestre de 2018 comparado com o mesmo período de 2017

Taxa de inadimplência

Faturamento no mês encerrado comparado com o faturamento do mês anterior

Taxa de ocupação de máquinas e equipamentos

42.68%

32.93%

28.05%

53.66%

29.27%

13.41%

53.66%

30.86%

26.83%

60.49%

19.51%

8.64%

Melhor

Igual

Pior

Melhor

Igual

Pior

Aumentando

Estável

Diminuindo

Aumentando

Estável

Diminuindo

Resultado da 33ª pesquisa de mercado de locaçãode equipamentos realizada pela ANALOC, em novembro

Valor de locação das máquinas e equipamentos

26.83% 46.34% 26.83%

Aumentando

Estável

Diminuindo

Investimento em máquinas para os próximos seis meses

30.86% 33.33% 35.80%

Maior

Igual

Menor

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18 set-out-nov-dez/2018

SUSTENTABILIDADE

Obras podem gerar até 100kg de material reciclável por metro quadrado. Destinação ambientalmente correta dos resíduos é responsabilidade do geradorQualquer pessoa que já entrou em um canteiro de obras, independentemente de ser uma pequena reforma da casa ou uma grande construção, irá deparar-se com a mesma cena: entulhos, desperdício e, muitas vezes, perigos. Como forma de solucionar o problema, muitas construtoras estão aderindo à reciclagem nos canteiros de obras. Nesse contexto, a Sobloco Construtora destaca-se, realizando tais procedimentos há mais de 15 anos.

“Quando você implementa um sistema de reciclagem dentro dos canteiros de obra, você otimiza a construção, pois gera menos resíduos, diminui o desperdício, deixa o ambiente mais organizado e seguro e desperta a consciência dos colaboradores sobre a importância da organização”, explica Nagib Anderaos Neto, diretor da empresa de planejamento urbano Sobloco. “Além disso, é possível gerar receita com a venda os subprodutos, como PVC e latas, para empresas terceirizadas”.

De acordo com estudo realizado pelo departamento de Engenharia da Sobloco, os canteiros de obra podem produzir até 100 kg de material reciclável por metro quadrado, a maior parte resíduos de concreto, argamassa e alvenaria.

Reciclagem em canteiros de obras gera receita,melhora segurança e reduz desperdícios

“A destinação ambientalmente correta dos resíduos da construção é responsabilidade do gerador. Apesar de existirem leis sobre a correta classificação e descarte, muitos canteiros de obras ainda não aderiram a isso”, explica o engenheiro da Sobloco Wlademir Sega. “Isso se torna um entrave para as empreiteiras, principalmente as que não têm experiência nesse processo, pois a quantidade de material gerado pode ser enorme”.

Além da economia decorrente da organização e redução do desperdício, a adoção desse procedimento resulta em reconhecimento. No caso da Sobloco, a empresa passou a adotar esse plano de ação em 2002, na política ambiental do empreendimento Riviera de São Lourenço, bairro planejado de Bertioga, cidade do Litoral Norte paulista. Essa expertise rendeu-lhe os prêmios Master Imobiliário – Categoria Meio Ambiente, conferido pelo Sindicato da Habitação (SECOVI-SP) e Federação Internacional Imobiliária (FIABICI – Brasil), em 2005, e o Prêmio Liberdade, Igualdade e Fraternidade (LIF) - 2007, outorgado pela Câmara de Comércio França-Brasil, também na categoria Meio Ambiente.

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set-out-nov-dez/2018 19

AGENDA

THE RENTAL SHOW

Data: 17 a 20 de fevereiro de 2019Horário: 15h

Local: Anaheim/Califórnia - EUA

www.arashow.org

NOVOS ASSOCIADOS

BETEL LOC SERVICE(Locador)Marabá/PA

(94) [email protected]

www.betellocservice.com.br

SOL ANDAIMES(Locador)

Araçariguama/SP(11) 4136-3838

[email protected]

SOLUÇÃO EQUIPAMENTOS(Locador)

Ribeirão Preto/SP(16) 3969-4905

[email protected]

NEST RENTAL(Locador)

São Paulo/SP(11) 98581-8670

[email protected]

D & O SISTEMAS VERLEIH SOFTWARESão Paulo/SP

(11) 2387-2887 [email protected]

www.dosistemas.com.br

LANÇAMENTOS

JLG - SISTEMA ANTIQUEDA APARAFUSÁVEL EXTERNO PERMITE QUE OPERADORES TRABALHEM FORA DA PLATAFORMA

JLG - NOVO CESTO DE 0,9m DISPONÍVEL PARA TODAS AS PLATAFORMAS DE LANÇA JLG COM MOTOR A COMBUSTÃO

Combinando combustível diesel e um sistema de energia elétrica, a H340AJ da JLG fornece a potência e durabilidade de uma máquina a diesel, enquanto reduz custos operacionais.

0800 8482 [email protected] www.jlg.com

0800 8482 [email protected] www.jlg.com

O cesto de 76,2 cm por 91,4 cm está disponível como item de pós-venda ou em pedidos de novos produtos. É ideal para completar o trabalho em espaços apertados, permitindo que os funcionários acessem áreas de trabalho onde os cestos tradicionais não caberiam, incluindo construção ou reparo de pontes.

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20 set-out-nov-dez/2018

INFRAESTRUTURAHaverá forte impacto nas obras de infraestrutura. O déficit habitacional enorme no Brasil, 7,757 milhões de moradias, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) realizado em maio deste ano. Isso sem falar em obras de saneamento básico, metade da população brasileira não tem esgoto (50,3%), o que significa dizer que mais de 100 milhões de pessoas lidam de maneira alternativa com os despejos (fossas e descarte direto nos rios).

OPORTUNIDADE DE LOCAÇÃOEquipamentos para construção com tecnologia avançada e sustentáveis. Priorizar produtividade e menos poluição, menos resíduo.

O mundo está mudando tanto que há até um certo receio em questionar - Como será o mercado de locação daqui a 10 anos no Brasil e no mundo?

Você se lembra quando não existia internet, e-mail, site, redes sociais, whatsapp, transações bancárias só eram realizadas em agências físicas, biometria? Há 25 anos, telefones fixos valiam uma fortuna, várias pessoas alugavam suas linhas e o rendimento completava a renda familiar. Lembrando, em 1995, um telefone celular (linha + aparelho custava R$ 3.500,00). Fila em cinema? Coisa do passado. Compramos os ingressos pelo site e ainda escolhemos o lugar!

Se tudo mudou e ficou mais prático, rápido e fácil, o segmento de locação também deve mudar para acompanhar as tendências,

MUDANÇAS PREVISTAS

FIQUE POR DENTRO

segundo Edson Zogbi, especialista em Criatividade, Inovação, Gestão da Inovação e Marketing, que passou os últimos dez anos trabalhando em projetos de inovação para o Fundo Social Europeu.

De olho no futuro visando preparar seus associados, a ALEC promoveu um encontro de Zogbi com mais de 30 locadores em sua sede, em outubro. Um evento interativo com troca de ideias entre os presentes, que tiveram a oportunidade de conhecer as tendências para novos modelos de trabalho/emprego, mobilidade, transporte, vida pessoal que já estão impactando o modelo de negócios em vários países e que vão influenciar muito o setor de locação por aqui.

FUTURO DO RENTAL:PROJEÇÃO PARA O RENTAL EM 10 ANOS

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set-out-nov-dez/2018 21

FIQUE POR DENTRO

MORADIAA nova geração é adepta ao minimalismo. Menos é mais. Não investirão em aquisição de bens, mas em serviços. Até pelo estilo de vida que querem levar, não comprarão imóveis e optarão pelo aluguel.

OPORTUNIDADE DE LOCAÇÃOHaverá espaço para locação de TV, geladeira, fogão, microondas, máquina de lavar roupa, secadora, máquina de lavar louça, ar condicionado portátil, móveis e até eletrodomésticos como cafeteira, liquidificador, ferro a vapor, secador de cabelos...Isso já está acontecendo em locadoras nos EUA e Europa.Também está cada vez mais forte o movimento Tiny House, movimento arquitetônico e social que defende a vida simples em pequenas casas. Uma estrutura residencial inferior a 46 m² que promove a contenção de gastos, experiências comunitárias compartilhadas e uma mudança nas mentalidades movidas pelo consumismo.

Aqui, ainda há os coworking. Espaços corporativos ficarão cada vez mais obsoletos e se transformarão em moradia, levando-se em consideração o déficit habitacional.

TRABALHO/EMPREGOAo contrário da geração que hoje tem de 45/50 anos para cima, a nova geração tem um estilo de vida no trabalho bem diferente e pelo jeito vai mudar muito mais.

Ao invés de priorizar carreira, salário, status, essa nova geração busca qualidade de vida e prazer no que faz, abrindo mão de altos salários se for preciso.

O mercado de trabalho também vai mudar a forma de contratação. A tendência é ter um profissional com expertise em cada área e formar uma equipe para realização de um job que, por exemplo, vai durar um ano. Após isso, o profissional pode pegar um job em SP, em Londres, no Japão, no Nordeste. Daí também a escolha por não investir em bens. Eles serão nômades por opção.

Jovens de 35 anos já estão embarcando nesta onda. Muitos muniram-se de coragem para mudar no meio do caminho, largando suas carreiras e indo para outros países, iniciando startups.

OPORTUNIDADE DE LOCAÇÃOHá uma forte tendência para um menor consumo de coisas/aquisição de bens e um maior consumo de serviços. Tudo que facilitar a vida destas pessoas será alugado.

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22 set-out-nov-dez/2018

FIQUE POR DENTRO

TRANSPORTEQuanto ao transporte está havendo uma mudança radical nos hábitos. Muitos estão vendendo seus carros o que era impossível pensar há 10 anos. Aplicativos como Uber, de caronas, bicicletas, monociclo motorizado e transporte público já estão em uso fora e dentro do Brasil.

OPORTUNIDADE DE LOCAÇÃOPodem ser alugados bicicletas, monociclos elétricos/ scooters que facilitam locomoção, equipamentos motorizados para carregar malas.

SAÚDEEste segmento também sofrerá forte impacto. A tendência é que os consumidores dependam menos de laboratórios e tenham sua vida mais facilitada. Os médicos usarão em seus consultórios equipamentos para os exames – pressão, glicemia, sangue. Tudo simples e rápido.

OPORTUNIDADE DE LOCAÇÃOEquipamentos de saúde para consultórios (no mesmo esquema que as cafeteiras Nespresso são alugadas para ambientes corporativos).

ÓCIOHaverá menos dinheiro circulando e, com isso, mais tempo para usufruir o ócio. É importante ficar atento ao que pode ser oferecido a estes consumidores, que permita a eles aproveitar ao máximo o tempo livre.

OPORTUNIDADE DE LOCAÇÃO

Videogames, telão de projeção, guitarra, patins, skate, prancha de surf.

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set-out-nov-dez/2018 23

FIQUE POR DENTRO

6º Congresso Brasileiro de Valorização do Rentalestimula crescimento das locadoras

O evento realizado em 27 de novembro e promovido pela ANALOC – Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas - trouxe fôlego para o mercado.

Com o término das eleições, a economia deu fortes sinais de recuperação, investidores estrangeiros estão sinalizando que o Brasil é uma opção e obras de infraestrutura são fundamentais para que o novo governo consiga cumprir boa parte de suas promessas.

Enfim, um cenário otimista como há muito tempo não víamos, mas é preciso ter cautela com as expectativas.

O sócio fundador da rede Casa do Construtor, Expedito Eloel Arena, em sua palestra, compartilhou a estratégia da rede para alcançar os objetivos, independente de crise ou não. Aliás, nós brasileiros, estamos acostumados a empreender e trabalhar nos cenários mais adversos.

Expedito também comparou os números fornecidos pela ARA (American Rental Association) mostrando o quanto ainda o nosso segmento pode crescer. A profissionalização é a base para a expansão. A locação no Brasil representa 3% do faturamento do mercado americano, um montante de U$ 1387 bi em R$ 52 bi.

Segundo o empresário, se o PIB crescer um pouquinho e chegar a 2% deve faltar máquina no mercado de locação.

Para que as empresas possam crescer são fundamentais alguns fatores como o fortalecimento do cenário macroeconômico, a retomada do crédito e um forte incentivo governamental que desburocratize as iniciativas dos empresários, finalizou Expedito.

Encerrando sua palestra no Congresso, Expedito mostrou as cinco coisas que os clientes mais dão importância em uma locadora nos EUA. Não há diferença com as locadoras daqui. Fique atento.

Cinco coisas que os clientes mais querem da sua empresa de locação

1. Os clientes querem que você tenha um ótimo site otimizado para dispositivos móveis.

Eles querem encontrar o que estão procurando com facilidade e ter total confiança de que você tem exatamente o que eles precisam. Os clientes querem que você os ajude a decidir o que precisam.

2. Eles querem ouvir detalhes sobre como o aluguel pode ser uma alternativa melhor do que comprar.

Eles querem ouvir especificações sobre como a locação pode ser uma alternativa melhor do que comprar. E eles querem ouvir o que pode ser bom para alugar durante todo o ano. Eles veem você como especialistas.

3. Os clientes querem saber sobre outras ofertas de aluguel que você tem.

Eles querem estar cientes de produtos complementares e especiais. E eles estão prontos para alugar esses produtos, além do que, eles entraram em sua loja para alugar por confiarem no setor de locação.

4. Os clientes querem ser recompensados por alugar de você.

Seja um cartão de locatário frequente ou algum outro programa de recompensas, os clientes querem ver um benefício tangível para retornar à sua loja e recomendar outros clientes para você.

5. Os clientes querem um serviço inigualável.

Eles não querem saber ou adivinhar como usar um produto. E eles querem que você considere coisas como a entrega.

“Se o PIB brasileiro subir 2%, deve faltar máquina para

locação no mercado”Expedito Eloel Arena – Casa do Construtor

“É preciso ter investimentos em infraestrutura, condição básica para o país decolar”

Luis Arthur Nogueira – jornalista e economista

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24 set-out-nov-dez/2018

Lançado livro sobre a história da locação em Minas Gerais

Em 20 de setembro o Sindileq-MG comemorou seus 25 anos de existência na sede do Sicepot-MG, celebrando sua trajetória de trabalho e dedicação junto ao segmento da locação de equipamentos, máquinas, ferramentas e serviços afins.

Durante o evento, foi lançado o livro “O setor de locação no Brasil e o pioneirismo de Minas Gerais” que traz a história e o percurso da locação (máquinas e equipamentos) em Minas, incluindo conexões com pioneiros do segmento em São Paulo, Rio e outros estados.

O evento contou com vários locadores da região metropolitana de Belo Horizonte e de todas as partes do Estado, bem como parceiros de negócios de todo o país.

O engenheiro Sergio Palazzo, com ampla experiência em máquinas de construção de infraestrutura e escritor do livro Como Tirar Sua Empresa da UTI, deu uma verdadeira aula de gestão.

Ele que já foi proprietário de empresas nos Estados Unidos e Brasil, compartilhou sua vivência e a necessidade de se ter números, fazer o controle da locadora, saber o que está acontecendo na empresa é lição primária para se manter vivo no mercado.

Quem não registra, não controla!

O encerramento do Congresso foi feito com a palestra do jornalista e economista Luis Artur Nogueira que falou sobre o que esperar para 2019.

Ele está otimista, porém realista. O governo Jair Bolsonaro terá apenas seis meses para criar uma nova realidade econômica no Brasil. As finanças públicas estão sob forte risco e não dá para viver de expectativas. Para ter apoio da população, Bolsonaro terá que apresentar resultados ainda no primeiro semestre, o que não será nada fácil diante das mudanças tão bruscas que serão feitas.

Para conseguir ter governabilidade e popularidade, o novo presidente precisa ter o Congresso ao seu lado. É impossível trabalhar tendo o Congresso jogando contra, tem que ter articulação política. Até porque uma equipe de notáveis na área econômica não é suficiente.

FIQUE POR DENTRO

Há muito o que fazer. Para se ter uma ideia, o Brasil cresceu menos que a média do mundo por 8 anos consecutivos e para mudar este resultado, segundo Luis Artur, precisa ter investimentos em infraestrutura, condição básica para o país decolar.

Em paralelo, os EUA estão à beira do colapso, não haverá mais mão de obra com a proibição da entrada de imigrantes. De acordo com a revista The Economist, os EUA são a próxima recessão.

Enquanto isso, a China que crescia de 10% a 15%, passou a crescer de 6% a 7%. E, se a China crescer entre 4% a 5%, o petróleo e o minério de ferro vão cair. O Brasil precisa ampliar seu cardápio de exportações para aproveitar estas oportunidades.

E a guerra comercial entre EUA e China pode sim respingar por aqui e o Brasil precisa se preparar do ponto de vista fiscal, afinal este conflito pode gerar um aumento dos juros americanos.

No balanço geral temos razão para estar otimistas, mas o desafio de toda a equipe de Bolsonaro será para fortes!

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set-out-nov-dez/2018 25

Atendendo à demanda, mais de 30 locadoras assistiram, em novembro na sede da Associação, à palestra sobre formação de custo na locação, apresentada pelo engenheiro e diretor de bombas da ALEC, Fernando Forjaz.

Assim como a palestra realizada em agosto, o objetivo é mostrar aos locadores o método para cálculo do preço de locação de cada equipamento. O que deve ser levado em conta na hora de chegar ao valor correto.

Estabelecer preço é um desafio. Exige controle do que se gasta para manter o equipamento, quanto se investe em mão de obra, em impostos, em depreciação, em aquisição da máquina, financiamento. É preciso conhecimento, dedicação e informações confiáveis.

Em um mercado em que locadores informais estão canibalizando o setor, praticar um preço justo é questão de sobrevivência, não só de deixar de perder dinheiro ou lucrar mais.

Você pode afirmar que a construtora não aceitará pagar se consegue o equipamento por preço menor. Por quanto tempo quem pratica dumping no mercado consegue sobreviver? Quem cobra preços abaixo do razoável consegue oferecer o que sua locadora faz: equipamentos novos com tecnlogia avançada, troca imediata em caso de defeito, frota ampla e renovada constantemente, atendimento especializado?

Isso sem falar que, com o aquecimento previsto no segmento, essas locadoras não conseguirão acompanhar a demanda.

Os locadores presentes trocaram informações valiosas, compartilharam soluções e, o melhor de tudo, deram ideiais que serão levadas a diante em 2019.

O resultado não poderia ser melhor. Todos saíram mais preparados profissionalmente do que entraram.

FIQUE POR DENTRO

Juntos podemos vencer as locadoras informaisque canibalizam o mercado de locação

Leia aqui alguns depoimentos:

“Até há pouco tempo, as locadoras tinham uma certa gordura e a conta sempre fechou no fim

do ano. Hoje, se não fizeram a contabilidade de forma correta, diariamente, calculando passo a

passo, terão problemas. Ficou claro como o frete é também importante, principalmente no interior que normalmente não é cobrado. Hoje, fazemos uma locação de R$ 150/200 e 50% do preço é o frete.

Somos uma locadora, mas parte do que cobramos é prestação de serviço. Quem dita o preço é o mercado, mas não podemos trabalhar no prejuízo. Muitas vezes, o locador fica preocupado em alugar, comprar, receber e não faz os cálculos na ponta do lápis, pode achar até

que teve lucro, quando na verdade não teve. Torço para que tanto as pequenas, quanto as grandes locadoras tenham acesso a estas informações, pois o processo é igual para todos, o que muda é o tamanho do negócio. É importante compartilhar esta informação com nossos

concorrentes para que não pratiquem o preço lá embaixo, todos se beneficiarão. Parabenizo ao Forjaz e à equipe da ALEC pelo tema abordado que, neste novo modelo de país que está sendo desenhado, mostra que as empresas deverão ser mais profissionais e sérias”.

C. Cesar G. TeixeiraMakfil

“Acredito ser de extrema importância que os locadores tenham maiores informações sobre os custos relativos ao processo de locação de equipamentos como um todo. É preciso levar em consideração que muito além de apenas a locação de uma máquina, existe toda uma

estrutura por trás. Normalmente não são levados em consideração custos operacionais e de

manutenção e, consequentemente, o mercado acaba desvalorizado, nivelando os preços

em margens insustentáveis”.

Alberto LopesAlltop Locação

Page 26: ÍNDICE - ALECalec.org.br/novo/wp-content/uploads/2018/12/Rental... · transformações nos últimos anos. As redes sociais ganharam um peso nunca imaginado e até foram responsáveis

26 set-out-nov-dez/2018

A DEWALT do Brasil, em novembro, realizou um evento para locadores com o objetivo de renovar o compromisso do grupo com o segmento rental.

Este tipo de iniciativa aproxima o fabricante das locadoras, condição essencial para escutar o que o cliente precisa. O mercado mudou nos últimos anos. O locador valoriza mais máquinas de qualidade, com condições de pagamento mais facilitadas do que, por exemplo, um brinde de fim de ano.

O relacionamento é a melhor ferramenta para fabricantes/prestadores de serviço e locador formarem um parceria que seja bem sucedida para todos. Um precisa vender, o outro precisa comprar, logo os dois podem fazer excelentes negócios.

A empresa apresentou os lançamentos da linha concreto e as estratégias de comercialização dos equipamentos com foco nas necessidades dos locadores.

Foi sorteado o martelo rompedor de 5 quilos D25810-B2 e o ganhador foi Carlo Merlin da Formeq Rental.

Na área de demonstração, os clientes puderam testar os equipamentos, incluindo mulheres de salto que engrossam o número de locadores no mercado.

FIQUE POR DENTRO

DEWALT renova compromisso com mercado rental

“Este evento é muito importante para a marca, uma oportunidade para renovar nossos

compromissos com as locadoras de São Paulo, retomando um negócio que é core para a corporação e para a DEWALT do Brasil”.

Francisco CostaGerente de Marketing – DEWALT do Brasil

“Atuo com as locadoras há 22 anos e percebo que o evento teve excelente adesão. Aposto

no crescimento exponencial da marca entre os locadores já em 2019”.

Douglas PereiraRepresentante comercial DEWALT do Brasil

“Foi bem interessante testar um equipamento que locamos! No dia a dia fico tão concentrada nas atividades administrativas da empresa que acabo esquecendo de como é essa sensação

de estar diretamente ligado com nosso produto, no caso, as máquinas”!

Joana CardosoEPL Paulista Locação e Serviços

“É muito importante para nós ter este contato novamente entre locadores e o grupo que nos atende na DEWALT. Este fabricante nos ajudou muito na fase em que estávamos começando a trabalhar com equipamentos importados.

Por um momento, houve um afastamento e é extremamente salutar esta retomada”.

Durval C. GasparettiRental Servy

“O evento foi muito importante na medida em que percebemos a retomada de um projeto bastante significativo para o rental. Temos a

percepção clara que é uma forma de reativar uma ideia que, no meu ponto de vista, é bem assertiva, trazendo para o mercado o que é principal numa

relação – uma via de mão dupla, exatamente uma oportunidade de ser ouvido. Espero que o

programa volte com força total”.

Paulo Chiomento CPL Locadora

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