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Page 1: ÍNDICE - Idecpúblicas, como as do Idec, o que pode ser feito por meio de advogado, se o consumidor não for associado do Idec. Para tanto, é fundamental saber se existe ação

 

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 ÍNDICE ESPECIAL PLANO VERÃO........................................................................................................... 07 RELAÇÃO TEMÁTICA DAS JURISPRUDÊNCIAS CITADAS NAS PALESTRAS........ 21 PALESTRA: PROCESSO DE EXECUÇÃO EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANO VERÃO: PRÁTICA E QUESTÕES JUDICIAIS QUE AFETAM O SEU TRÂMITE............................................................................................... 22 TEMA: BANCO DO BRASIL – POSSIBILIDADE DE PROPOSITURA DA EXECUÇÃO INDIVIDUAL NO DOMICÍLIO DO EXEQUENTE................................. 22

• REsp 1.348.425/DF, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 05/03/2013................................................................................................. 22

• REsp 1.243.887/PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 19/10/2011.................................................................................................... 22

• AI 0187632-58.2012.8.26.0000, Rel. Des. Plinio Novaes de Andrade Junior, 24ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 18/04/2013............... 23

TEMA: BANCO DO BRASIL – DIFICULDADE EM OBTENÇÃO DOS EXTRATOS....................................................................................................................................... 23

• REsp 1.133.872/PB, Min. Massami Uyeda, julgado em 14/12/2011................... 23

• AgRg no AREsp 99.196/SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 20/09/2012....................................................................................................... 24

TEMA: BANCO BAMERINDUS – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO POR ARTIGO................................... 25

• AI 0261349-40.2011.8.26.0000, Rel. Des. Flávio Cunha da Silva, julgado em 17/04/2013.................................................... 25

TEMA: BANCO BAMERINDUS – MEROS CÁLCULOS ARITMÉTICOS...................... 25

• AI 0072944-20.2011.8.26.0000, Rel. Des. Flávio Cunha da Silva, julgado em 17/10/2012.................................................... 25

TEMA: BANCO NOSSA CAIXA HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM EXECUÇÃO..................................................................................................................................... 26

• AI 0214928-55.2012.8.26.0000, Rel. Des. Afonso Braz, 17ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 16/04/2013....................................... 26

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PALESTRA: QUESTÕES SENSÍVEIS NO AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES INDIVIDUAIS DECORRENTES DAS AÇÕES COLETIVAS E RECENTES DECISÕES DO STJ QUE AFETAM O SEU TRÂMITE............................. 27 TEMA: CITAÇÃO............................................................................................................................. 27

• REsp 1.091.044/PR, Rel. Min. Nancy Andrighi,

julgado em 17/11/2011, DJe 24/11/2011....................................................................... 27 TEMA: EXTENSÃO DO JULGADO........................................................................................... 28

• EREsp 411.529/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves,

julgado em 10/03/2010.................................................................................................. 28

• EREsp 399.357/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em 09/09/2009................................................................................................ 28

• REsp 170.078/SP, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, julgado em 03/04/2001................................................................................................ 28

• REsp 1.243.386/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/06/2012.................................................................................................. 29

TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – É POSSÍVEL A ELABORAÇÃO DE MEROS CÁLCULOS........................................................................... 30

• REsp 880.385/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi,

julgado em 02/09/2008............................................................................................... 30 TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – A MULTA DE 10% COMEÇA A INCIDIR APÓS 15 DIAS DA INTIMAÇÃO DO RÉU NA EXECUÇÃO.... 31 TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – JUROS COMPENSATÓRIOS (OU REMUNERATÓRIOS) SÓ INCIDEM SE ESTIVEREM...... 31 PREVISTOS NO TÍTULO.............................................................................................................. 31 TEMA: COMPETÊNCIA PARA PROCESSAMENTO............................................................ 31

• REsp 940.274/MS, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, julgado em 07/04/2010................................................................................................. 31

TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – OS JUROS DE MORA INCIDEM SOMENTE A PARTIR DA CITAÇÃO NA LIQUIDAÇÃO INDIVIDUAL...... 32

• AgRg no REsp 1.348.512/DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,

Quarta Turma, julgado em 18/12/2012...................................................................... 32

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• REsp 1.193.256/ES, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 22/06/2010.......... 32

• AgRg no REsp 1.370.899/SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 24/06/2013 (decisão monocrática da afetação ao procedimento dos Recursos Repetitivos)............................................................................................. 33

TEMA: PRESCRIÇÃO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA............................................................... 35

• REsp 1.070.896/SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,

julgado em 14/04/2010.................................................................................................. 35

• REsp 1.107.201/DF, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 08/09/2010........... 35

• REsp 1.275.215/SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 27/09/2011.................................................................................................... 37

TEMA: SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES DEFINITIVAS COM BASE NA REPERCUSSÃO GERAL............................................................................... 37

• RCL 12.681 – Rel. Min. Marco Aurélio......................................................................... 37

PALESTRA: FASE EXECUTIVA EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANOS ECONÔMICOS: PRINCIPAIS ALEGAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS..................................................................................................... 38 TEMA: SUSPENSÃO POR DECISÃO DO STF NO RE 626.307/SP................................. 38

• RCL12.681 – Relator Min. Marco Aurélio................................................................ 38

• Precedente: EDcl no AREsp 99.533/PR, Rel. Min. Raul Araújo, Quarta Turma, DJe 29/06/2012......................................... 38

TEMA: ILEGITIMIDADE DO BANCO SUCESSOR EM CASO DE FUSÃO ENTRE BANCOS........................................................... 39

• TJSP, Apelação 991090036159 SP,

Rel. Antonio Ribeiro, j. 04/05/2010, 15ª Câmara de Direito Privado.............. 39

• AgRg no AREsp 43.046/BA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 16/08/2012, DJE 22/08/2012................................... 40

• AgRg no Ag 1.391.828/PR, Rel. Min. Raul Araújo, 4ª Turma, DJe 01/02/2013................................................... 40

TEMA: PRAZO PRESCRICIONAL DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS............... 40

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• REsp 433.003/SP, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, DJe de 26/08/2002....................... 40

• AgRg no REsp 895.800/SP, 3ª Turma, DJe 09/05/2011..................................... 41

• EDcl no AREsp 94.428/PR, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, 4ª Turma, DJe 14/05/2013............................ 41

TEMA: NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS.................................................. 42

• REsp 880.385/SP,

Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, DJe 16/09/2008.......................................... 42

• AI 0259465-39.2012.8.26.0000 – 17ª CDP TJSP – DJ 24/06/2013.................. 42 TEMA: OFERTA DE BENS À PENHORA E EXCESSO DE EXECUÇÃO....................... 43

• AgRg no AREsp 294.756/SP,

Rel. Min. Sidnei Beneti, 3ª Turma, DJe 07/05/2013.............................................. 43

• EDcl no Ag 1.111.122/PR, Rel. Min. João Otávio de Noronha, 4ª Turma, julgado em 07/06/2011, DJe 15/06/2011.............................................. 43

• REsp 1.209.595/ES, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, julgado em 07/12/2010, DJe 03/02/2011............................................ 43

METODOLOGIA DE CÁLCULOS.............................................................................................. 45

1. APRENDENDO A ORIGEM DA DIFERENÇA DO PLANO VERÃO................. 46 I. Houve mudança da expressão monetária...................................................... 46

II. Deve-se considerar o IPC amplamente reconhecido pelo

STJ = 42,72%.............................................................................................................. 46

III. O percentual aplicado pelo banco foi de 22,97%........................................ 46

IV. O percentual reconhecido pela Justiça é de 43,43%................................. 46

V. Subtraindo o que foi aplicado pelo banco do que deveria ter sido aplicado....................................................................................................................... 47

2. FAZENDO UM CÁLCULO NO CASO CONCRETO PARA ENCONTRAR A

DIFERENÇA....................................................................................................................... 47 I. Informações a serem observadas no extrato................................................ 47

II. No exemplo apresentado no curso................................................................... 48

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3. COMO ATUALIZAR A DIFERENÇA.......................................................................... 48

I. Incidência de correção (ou atualização) monetária................................... 48

II. No exemplo apresentado no curso................................................................... 48

4. EXEMPLO DE PLANILHA.............................................................................................. 49

I. O que deve constar na planilha.......................................................................... 49

II. Exemplo de planilha a ser apresentada com a inicial................................ 49

COMPLEMENTO ........................................................................................................................ 51 PALESTRA: PROCESSO DE EXECUÇÃO EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANO VERÃO: PRÁTICA E QUESTÕES JUDICIAIS QUE AFETAM SEU TRÂMITE ................................................................................................... 52 PALESTRA: FASE EXECUTIVA EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANO VERÃO: PRINCIPAIS ALEGAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................ 53 PALESTRA: QUESTÕES SENSÍVEIS NO AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES INDIVIDUAIS DECORRENTES DAS AÇÕES COLETIVAS E RECENTES DECISÕES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE AFETAM O SEU TRÂMITE ........................................................................................................... 55 PALESTRA: ATUALIZAÇÕES DAS DIFERENÇAS DEVIDAS EM AÇÕES QUE VERSAM SOBRE PLANOS ECONÔMICOS: PARÂMETROS UTILIZADOS PELO PODER JUDICIÁRIO (FOROS ESTADUAIS E FEDERAIS)....... 56 TEMA: JUROS MORATÓRIOS ................................................................................................... 56 TEMA: JUROS REMUNERATÓRIOS ........................................................................................ 60 TEMA: CORREÇÃO MONETÁRIA ............................................................................................ 64 JUSTIÇA FEDERAL ........................................................................................................................ 69 TEMA: JUROS MORATÓRIOS ................................................................................................... 69 TEMA: JUROS REMUNERATÓRIOS ........................................................................................ 71 TEMA: CORREÇÃO MONETÁRIA ............................................................................................ 74

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ESPECIAL PLANO VERÃO

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1. O que foi o Plano Verão? Um plano econômico instituído em janeiro de 1989. A Lei que criou o Plano Verão determinou que os saldos das cadernetas de poupança, em fevereiro de 1989, fossem atualizados com base no rendimento acumulado das Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e não mais pelo IPC (Índice de Preço ao Consumidor). Com isso, os bancos não creditaram a diferença devida no percentual de 20,46% nas cadernetas de poupança com aniversário entre 1º a 15, no mês de fevereiro de 1989.

2. Quem sofreu a perda? Todos os consumidores que possuíam caderneta de poupança com aniversário entre 1º a 15 de janeiro de 1989 e que mantiveram saldo na conta até a remuneração do mês seguinte, ou seja, fevereiro de 1989. Para saber qual o aniversário de sua poupança verifique no extrato a data de entrada dos rendimentos (juros e correção monetária) ou o dia de abertura da conta no banco.

3. Como fazer para reaver as perdas do Plano Verão? É necessário promover uma ação judicial contra o banco onde tinha caderneta de poupança na época, porém, como já se passaram mais de 20 anos da data em que os poupadores sofreram as perdas (prazo prescricional reconhecido pelo Poder Judiciário), a alternativa seria se beneficiar de decisões judiciais dadas em ações civis públicas, como as do Idec, o que pode ser feito por meio de advogado, se o consumidor não for associado do Idec. Para tanto, é fundamental saber se existe ação civil pública ajuizada em face do banco no qual você tinha poupança em janeiro e fevereiro de 1989 e se a decisão pode ser utilizada (algumas decisões beneficiam somente os poupadores do estado de São Paulo ou apenas os associados do Idec).

4. Qual é o prazo para executar as decisões favoráveis proferidas nas ações civis públicas?

De acordo com o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça (REsp nº 1.273.643/PR) o prazo para ajuizar a execução é de 5 anos contado a partir do momento em que a decisão da ação civil pública torna-se definitiva. Assim, o prazo varia de acordo com o respectivo processo.

5. O que é uma ação civil pública? Trata-se de um tipo de processo que visa beneficiar todas as pessoas que foram prejudicadas em determinada situação. Apesar de o Código de Defesa do Consumidor garantir que uma decisão favorável dada em ação civil pública beneficia

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todos os poupadores do país, os bancos têm recorrido e diversas decisões judiciais têm limitado os efeitos das decisões favoráveis das ações propostas pelo Idec ao estado de São Paulo. Por isso, os poupadores de outros estados devem entrar com ações individuais para não correr riscos de perder o prazo. Além disso, também existem casos em que as decisões estão limitadas aos associados, situação em que o consumidor não associado também deveria ter ingressado com ação individual.

6. O que é a fase de execução de um processo? Quando o Tribunal reconhece o direito à restituição das perdas sofridas no Plano Verão, passa-se a discutir os valores pleiteados. Somente na fase de execução, se a ação for julgada favorável, é que os lesados irão demonstrar que foram atingidos para se beneficiar da decisão, isto é, devem apresentar na Justiça os documentos que comprovam o prejuízo sofrido. É neste momento que se discute os valores que devem ser pagos atualmente pelos bancos a cada um dos poupadores. A execução de um processo pode ser provisória ou definitiva. É definitiva quando o direito discutido na ação foi reconhecido em última instância, sem mais possibilidade de questionar a decisão judicial. A execução é provisória quando há decisão favorável, reconhecendo o direito do consumidor, mas ainda existem recursos que precisam ser julgados. O Idec promove execuções provisórias para agilizar o recebimento do crédito dos poupadores, mas somente em situações em que a reforma da decisão favorável ao consumidor é pouco provável.

7. O que o Idec fez em defesa dos consumidores? Buscando recuperar estas perdas, o Idec ingressou desde o início da década de 90 com várias ações, inclusive ações civis públicas, que estão em andamento na Justiça. Atualmente, o direito dos poupadores quanto à restituição das perdas do Plano Verão é amplamente reconhecido pela Justiça. O trabalho do Idec neste tema contribuiu muito para este cenário favorável a todos os poupadores. Para seus associados, o Idec já recuperou cerca de R$ 22 milhões de reais. Obs: O Idec não promove ações individuais.

8. O Idec ingressa com as execuções somente para seus associados? Sim, mas as decisões obtidas nas ações civis públicas do Idec beneficiam todos os consumidores, mesmo não associados ao Idec, que podem executá-la por meio de advogado particular. É preciso somente conferir a abrangência da decisão (estadual ou nacional) declarada pela Justiça para saber se a decisão de fato o beneficia.

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9. Quais ações foram ajuizadas pelo Idec e em que fase elas estão? O Idec ajuizou 28 ações civis públicas, sendo que em 16 delas, o Instituto já iniciou as execuções reivindicando os valores devidos para seus associados. Algumas destas execuções são definitivas e outras provisórias, algumas são válidas para os consumidores de todo o país, outras beneficiam somente os consumidores do estado de São Paulo. Apesar de o entendimento do Poder Judiciário hoje ser pacífico quanto ao direito do poupador à recuperação das perdas sofridas no Plano Verão, diversas discussões processuais, principalmente quando as ações são ações civis públicas, podem atrasar ou mesmo prejudicar o direito dos poupadores. Por isso, os consumidores que tiverem poupança em um dos bancos que se encontram nas listas abaixo devem ler com atenção o andamento da ação para decidir o que fazer.

AÇÕES COM DECISÕES FAVORÁVEIS PARA TODOS OS CONSUMIDORES DO PAÍS:

Banco Execução Definitiva

Bamerindus

Banco do Brasil

Beron - Banco do Estado de Rondônia

Banestes - Banco do Estado do Espírito Santo

Bandepe - Banco do Estado de Pernambuco

Basa - Banco da Amazônia S/A

Bea - Banco do Estado do Amazonas

Baneb - Banco do Estado da Bahia

Nossa Caixa Nosso Banco

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AÇÕES COM DECISÕES FAVORÁVEIS PARA TODOS OS CONSUMIDORES DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Banco Observações Execução Definitiva

Execução Provisória

Banestado - Banco do Estado do Paraná

BCN

A ação corre risco de ser extinta em razão de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº 1.070.896/SC, que reduziu o prazo prescricional das ações civis públicas de 20 para 5 anos (*). Essa ação é de julho de 1994.

Banco Meridional

Banco Mercantil

Banco Itaú

Banco Safra

Banco Econômico

Decisão favorável contra o Econômico. Entretanto, como o banco foi adquirido pelo Bradesco, o Idec requereu na fase de execução a responsabilidade do Bradesco pelas perdas e aguardamos decisão. Os interessados podem aguardar essa decisão ou executar a decisão individualmente.

IMPORTANTE: A tabela abaixo relaciona as outras ações civis públicas ajuizadas pelo Idec para reivindicar as perdas do Plano Verão. O Idec recomenda que o consumidor que possuía poupança em um desses bancos entre com ação judicial individual. Em alguns casos, há decisão final desfavorável; em outros há grande risco de perder ou de demorar excessivamente; em outros, a decisão favorável pode ficar restrita a São Paulo e/ou aos associados do Idec.

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Banco Andamento da ação civil pública ajuizada pelo Idec

América do Sul

Houve decisão definitiva restringindo a condenação do banco apenas aos associados do Idec. O processo retornou para a primeira instância. Já houve decisão favorável reconhecendo o direito dos poupadores e que é objeto de recurso a ser –analisado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O Banco Santander responde à ação. A decisão final ainda pode demorar muitos anos.

Bandeirantes Desfavorável e encerrada.

Banerj Desfavorável e encerrada.

Banorte Houve decisão favorável e restrita ao Estado de São Paulo. O Idec recorreu ao STJ para ampliar a decisão para todo o País. Aguarda-se julgamento.

Bradesco

Idec ingressou com Ação Civil Pública e foi deferida liminar para que o banco mantenha os extratos dos poupadores em seus arquivos. O juiz extinguiu o processo sem julgamento de mérito e o Idec recorreu para o Tribunal de Justiça de São Paulo. A ação também corre risco de ser extinta em razão de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº 1.070.896/SC, que reduziu o prazo prescricional das ações civis públicas de 20 para 5 anos (*). Essa ação é de dezembro de 2008.

Caixa Econômica Federal

Já há decisão de segunda instância reconhecendo o direito dos poupadores à restituição das perdas com o Plano Verão, porém os critérios de atualização são desfavoráveis aos poupadores, além de ter efeitos limitados apenas ao Estado de São Paulo. Aguarda-se decisão do Superior Tribunal de Justiça.

Caixa Econômica MG (Minas Caixa)

Decisão final ainda pode demorar muitos anos, pois só teve decisão favorável em 1ª instância até o momento. A ação também corre risco de ser extinta em razão de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº 1.070.896/SC, que reduziu o prazo prescricional das ações civis públicas de 20 para 5 anos (*). Essa ação é de maio de 1995.

Banco ABN Amro Real (Cia Real de Crédito Imobiliário)

Desfavorável e encerrada.

Crefisul Decisão favorável, mas existe o risco, ainda que remoto, de ficar restrita aos poupadores do estado de São Paulo.

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(*) Em razão de decisão proferida no Recurso Especial nº 1.070.896/SC pelo Superior Tribunal de Justiça, o prazo para ingresso de ações civis públicas caiu de 20 para 5 anos. A decisão ainda não é definitiva, mas tem grandes chances de ser confirmada. Com isso, as nossas ações contra, BCN, Minas Caixa, Bradesco e ABN Amro Real correm o risco de serem extintas. A ação contra o Baneb já é definitiva e não há qualquer meio processual para extingui-la. As demais ações civis públicas e as ações individuais não serão afetadas. Para mais Informações acesse http://goo.gl/FHtqZE.

10. Como posso obter cópia dos extratos da época? O consumidor que não guardou os extratos da época pode solicitar ao banco as microfilmagens dos meses de janeiro e fevereiro de 1989. Para obter as microfilmagens no banco, faça o pedido por escrito, estabeleça prazo de 10 dias para resposta e solicite que uma via de sua solicitação seja protocolada. As cópias dos extratos devem ser fornecidas mesmo que a conta esteja encerrada. Caso o banco tenha sido adquirido por outro, o banco sucessor é o responsável por fornecer tais documentos. As microfilmagens devem ser emitidas em papel timbrado do banco, carimbado e assinado pelo gerente. Caso o titular da conta tenha falecido, a solicitação poderá ser feita pelos herdeiros ou inventariante. Se o banco não fornecer os documentos, formalize a denúncia ao Banco Central do Brasil, órgão que fiscaliza as instituições financeiras (ligue 0800-9792345 ou acesse www.bacen.gov.br). Se ainda assim ocorrer a recusa por parte do banco, o consumidor poderá ajuizar um processo específico (ação cautelar de exibição de documentos), mas será necessário contratar advogado, uma vez que este tipo de ação não pode ser movida no Juizado Especial Cível ("Pequenas Causas").

Digibanco

Decisão favorável para o Estado de São Paulo. Como o banco quebrou e foi adquirido pelo Banco Pontual que está sob regime de direção fiscal, cada poupador deve decidir o que fazer para tentar recuperar seus créditos.

Unibanco Desfavorável e encerrada.

Noroeste Decisão favorável (ainda não definitiva) para os associados do Idec. Existe o risco de ficar restrita aos poupadores do estado de São Paulo.

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11. Passo a passo para calcular o que deve ser pago pelo banco PASSO 1. É preciso ter em mãos os extratos bancários de janeiro e fevereiro de 1989. Clique aqui para ver exemplos de extratos de vários bancos com a indicação dos itens que servem de referência para os cálculos. PASSO 2. Identificar no extrato o saldo existente na caderneta de poupança em janeiro de 1989, lembrando que o Plano Verão também alterou a moeda de Cruzados para Cruzados Novos (NCz$), o que resultou na perda de três zeros. PASSO 3. O percentual não creditado pelos Bancos (20,46%) deve ser aplicado sobre o saldo de janeiro de 1989, em Cruzados Novos (NCz$). Este percentual é amplamente reconhecido pela Justiça. Basta fazer uma multiplicação: saldo da poupança X 0,2046 * * Exceções: A justiça decidiu que, nos casos das ações civis públicas movidas pelo Idec contra os bancos Banestado (Banco do Estado do Paraná) e Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco), a diferença a ser aplicada sobre o saldo de jan/89 é de 48,16%. Portanto o poupador desses bancos deverá multiplicar o saldo de janeiro de 1989 por 0,4816. Com isso, temos o valor, na moeda daquela época, que não foi creditado pelo banco, desrespeitando ao contrato de poupança. PASSO 4. A este valor em NCz$ deve ser aplicado o índice acumulado da poupança, desde fevereiro de 1989 até o mês atual. O resultado já representa um valor na moeda atual, o Real (R$). Temos, então, outra multiplicação: valor devido à época X 20,19887. (Para visualizar a planilha completa de cálculos do Idec, acesse o link http://goo.gl/rzdXkz .) O índice defendido pelo Idec: índice da poupança: O Idec faz as contas como se o dinheiro que não foi pago pelos bancos no momento devido tivesse rendido na poupança até hoje, conforme previa o contrato de poupança. Contudo os bancos não concordam com isto. Não querem pagar o "rendimento da poupança", mais especificamente, os juros remuneratórios (juros que o banco se comprometeu a pagar ao poupador por usar o seu dinheiro e com isso obter lucros). Neste caso, o banco ficou com parte do dinheiro do poupador e o utilizou durante muitos anos. Por isso, para o Idec, obrigar os bancos a pagar os juros remuneratórios é medida de justiça! Contudo, sobre esta discussão o Judiciário ainda não tem uma posição "fechada".

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A partir dos índices disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, o Idec calcula o percentual acumulado do índice da poupança desde fevereiro/89 até hoje. O índice da poupança representa a correção monetária do valor devido pelo banco mais os juros remuneratórios de 0,5% ao mês. A cada mês o percentual é atualizado. De fevereiro/1989 setembro/2013 = 20,19887. outros expurgos inflacionários: Neste índice também estão incluídos os chamados expurgos inflacionários decorrentes de outros planos econômicos que vieram depois e prejudicaram o poupador. A inclusão de outros expurgos já é amplamente garantida pelos Tribunais Superiores: 84,32%, 44,80% e 7,87% (para março, abril e maio/90), e 21,87% (para fevereiro/91). PASSO 5. Por fim, temos os juros moratórios que também devem ser pagos pelos bancos. Estes juros são devidos sempre que há atraso no cumprimento de uma obrigação. O Poder Judiciário entende que os juros moratórios devem ser contados a partir da citação do banco na ação de cobrança do valor devido. A citação se dá quando o banco é formalmente chamado pela Justiça para se defender em uma ação judicial. Até a edição do Código Civil de 2002, os juros moratórios eram de 0,5% ao mês. Com o novo Código Civil, vigente a partir de fevereiro de 2003, os juros moratórios aplicáveis são de 1% ao mês, contados do mês seguinte à citação do banco. Para saber o quanto o banco deve a título de juros moratórios, o percentual acumulado destes juros deve ser aplicado sobre o valor obtido nas contas em Reais (já atualizado). Depois, é preciso somar o valor em Reais ao valor de juros moratórios em Reais. 1) valor em Reais X percentual acumulado de juros moratórios ÷ 100 = o valor de juros moratórios 2) valor em Reais + o valor de juros moratórios = valor a receber em Reais O Idec vem defendendo arduamente estes cálculos por serem os mais justos aos consumidores. Mas a forma de aplicação dos cálculos ainda não é pacífica na Justiça. Juros moratórios devidos nas decisões conquistadas pelo Idec em ações civis públicas *: Como indicado acima, o Idec conquistou decisões favoráveis em muitas das ações civis públicas que moveu reivindicando as perdas do Plano Verão. Elas são uma opção para aqueles que sofreram tais perdas. Mesmo quem não for associado do Idec pode promover a execução destas decisões por meio de um advogado particular. Atualizamos o percentual de juros moratórios relativos às decisões conquistadas todo mês. Este percentual varia de banco para banco por conta da data em que cada um foi citado, que é diferente.

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Percentuais de juros moratórios atualizados até setembro/2013:

Banco do Brasil 186%

Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco) 171,5%

Baneb (Banco do Estado da Bahia) 173%

Banestes (Banco do Estado de Espírito Santo) 181%

Banestado (Banco do Estado do Paraná) 181%

Bamerindus 186%

Basa (Banco da Amazônia) 159,5%

Beron (Banco do Estado de Rondônia) 172,5%

Bea (Banco do Estado do Amazonas) 173,5%

BCN 178,5%

Meridional 181%

Nossa Caixa Nosso Banco 185,5%

Safra 185%

Banco Econômico 181,5%

Banco Itaú 185,5%

Mercantil 186,5%

Atenção: aqui você fica por dentro da abrangência da decisão conquistada pelo Idec na ação civil pública movida contra o banco de seu interesse: se apenas para o estado de São Paulo ou para todo o Brasil. * Esses percentuais só são utilizados nas execuções dos títulos judiciais das ações civis públicas movidas pelo Idec. Volta. ** O percentual está de acordo com o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, hoje majoritário, que determina a citação do banco como início da contagem dos juros moratórios.

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PASSO 6. Quando o banco depositar em juízo o valor pleiteado pelo poupador, a atualização deste valor passa a ser feita segundo os critérios de atualização dos depósitos judiciais. Ou seja, a partir do depósito, o índice da poupança e também os juros de mora param de ser computados. Normalmente, é na fase de execução, quando se passa a discutir o quanto é devido, que o banco é obrigado a fazer o depósito em uma conta judicial aberta com esta finalidade. A partir daí, para saber o rendimento dos valores, é preciso solicitar ao banco responsável pelo depósito um extrato da conta judicial. Em São Paulo, a Nossa Caixa Nosso Banco e a Caixa Econômica Federal é que guardam os depósitos judiciais. PASSO 7. Fómula:

Saldo da poupança

(NCz$) x

0,2046 (20,46%)

x 20,19887

índice poupança (setembro/2013)

= Valor atualizado

(em R$)

Valor atualizado

+ juros moratórios = Valor devido pelo banco

(em R$)

PASSO 8. Tabela de parâmetros: A tabela abaixo serve de parâmetro para se ter idéia aproximada do valor a que o poupador tem direito. É importante saber que a esses valores devem ser ainda acrescidos os juros moratórios (veja PASSO 5).

Saldo em caderneta de poupança (NCz$)

Diferença de 20,46% (NCz$)

Valor atualizado em R$ índice da poupança para setembro / 2013

1.000,00 204,60 R$ 4.132,68

2.500,00 511,50 R$ 10.331,72

5.000,00 1.023,00 R$ 20.663,44

7.000,00 1.432,20 R$ 28.928,82

10.000,00 2.046,00 R$ 41.326,88

15.000,00 3.069,00 R$ 61.990,33

20.000,00 4.092,00 R$ 82.653,77

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Saldo em caderneta de poupança (NCz$)

Diferença de 20,46% (NCz$)

Valor atualizado em R$ índice da poupança para setembro / 2013

25.000,00 5.115,00 R$ 103.317,22

30.000,00 6.138,00 R$ 123.980,66

35.000,00 7.161,00 R$ 144.644,10

40.000,00 8.184,00 R$ 165.307,55

45.000,00 9.207,00 R$ 185.970,99

50.000,00 10.230,00 R$ 206.634,44

12. Como participar das execuções das ações civis públicas promovidas pelo Idec?

O Idec promove, para seus associados, a execução das decisões conquistadas em suas ações civis públicas. As execuções das decisões obtidas pelo Instituto também podem ser movidas por qualquer advogado para qualquer poupador beneficiado com as decisões. Quais são os documentos necessários para participar da execução pelo Idec? O associado deve apresentar ao Idec os seguintes documentos: 02 cópias simples dos extratos de janeiro e fevereiro/89 ou 02 cópias simples da microfilmagem dos extratos (legíveis, em papel timbrado do banco, com carimbo e assinatura do gerente responsável); Preenchidos e assinados os seguintes formulários, fornecidos pelo Idec: -Termo de Compromisso - Autorização - Quadro demonstrativo (um formulário para cada conta poupança) Qual o custo para o associado? Além da contribuição associativa, dependendo do valor pleiteado na ação, os associados pagam anualmente uma taxa de execução e, ao final do processo, o Idec solicita uma doação de 10% do valor recebido. O valor da taxa de execução é de R$ 126,00 (reajustável anualmente pelo mesmo percentual de correção aplicado à contribuição associativa).

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Qual o critério para cobrança da taxa de execução e da doação de 10%? Os associados cujo crédito atualizado não ultrapasse R$ 3.000,00 estarão isentos do pagamento da taxa de execução e da doação ao Idec de 10%. Para valor superior a R$ 3.000,00 e até R$ 5.000,00 o Idec solicita apenas a doação de 10% ao final do processo. Neste caso, o associado fica isento da taxa de execução anual. Se o valor for superior a R$5.000,00 o associado pagará a taxa de execução anual e, ao final do processo, a doação de 10% do valor recebido. E se o titular da conta for falecido? O Idec solicita aos herdeiros documentação que comprove quem tem direito à restituição reivindicada. Se o poupador for falecido quais documentos devem ser apresentados ao Idec? Se a conta poupança pertencia, em 1989, a titular já falecido, o inventariante ou um dos herdeiros poderá representá-lo perante o Idec para recebimento do crédito, apresentando os seguintes documentos: Cópia simples da Certidão de Óbito; Cópia simples da nomeação de inventariante OU cópia simples do Formal de Partilha OU Declaração de Herdeiros, conforme hipóteses a seguir: - Caso haja inventário ainda em andamento e as perdas referentes a(s) conta(s) poupança estejam(m) incluídas(s) será necessário entregar cópia simples da Nomeação de Inventariante; - Caso haja inventário concluído e as perdas referentes a(s) conta(s) poupança estejam(m) incluídas(s) será necessário entregar cópia simples do Formal de Partilha; - Caso o direito às perdas não esteja(m) incluída(s) no inventário ou este ainda não tenha sido iniciado, poderá ser apresentado ao Idec uma Declaração de Herdeiros que deverá ter a assinatura, com firma reconhecida, de todos os herdeiros e, ainda, do(a) viúvo(a). Nesta hipótese, um dos herdeiros ou o(a) viúvo(a) será nomeado pelos demais como o responsável pelo recebimento dos valores. Neste caso, o Idec fornece um formulário para a elaboração da referida declaração. Obs: caso haja herdeiro e/ou viúvo (a) também falecido(s), será necessária a apresentação de sua Certidão de Óbito e de Declaração a ser assinada também por seus herdeiros. E aqueles que eram menores na época das perdas? Aqueles que eram menores à época e hoje são maiores de 18 anos, devem ser titulares da associação no Idec, para que haja legitimidade na defesa de seus interesses no processo de execução.

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E se a conta poupança era conjunta solidária? (exemplo: conta em nome de João e/ou ...) Para os interessados em participar da execução, e que tinham conta conjunta, é necessário apenas que um dos titulares se torne associado. Se o associado for o co-titular cujo nome não aparece no extrato, será necessário que comprove a co-titularidade por meio de declaração fornecida pelo banco (declaração de co-titularidade). E se a conta poupança era conjunta não solidária? (exemplo: conta em nome de João E Maria) Para os interessados em participar da execução, e que tinham conta conjunta não solidária, é necessário que os dois titulares associem-se ao Idec. Será cobrada apenas uma taxa de execução e/ou doação de 10%, de acordo com os critérios mencionados acima.

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RELAÇÃO TEMÁTICA DA JURISPRUDÊNCIA CITADA NAS PALESTRAS

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PALESTRA: PROCESSO DE EXECUÇÃO EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANO VERÃO: PRÁTICA E QUESTÕES JUDICIAIS QUE

AFETAM SEU TRÂMITE TEMA: BANCO DO BRASIL – POSSIBILIDADE DE PROPOSITURA DA EXECUÇÃO INDIVIDUAL NO DOMICÍLIO DO EXEQUENTE ⇒ REsp 1.348.425/DF, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti, julgado em 05/03/2013 ⇒ REsp 1.243.887/PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, julgado em 19/10/2011 ⇒ AI 0187632-58.2012.8.26.0000, Rel. Desembargador Plinio Novaes de Andrade Junior, 24ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 18/04/2013 EMENTAS: PROCESSO CIVIL. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITES SUBJETIVOS DA SENTENÇA. COISA JULGADA. CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DE SENTENÇA COLETIVA. 1. A sentença genérica proferida na ação civil coletiva ajuizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, que condenou o Banco do Brasil ao pagamento de diferenças decorrentes de expurgos inflacionários sobre cadernetas de poupança ocorridos em janeiro de 1989, dispôs que seus efeitos teriam abrangência nacional, erga omnes . Não cabe, após o trânsito em julgado, questionar a legalidade da determinação, em face da regra do art. 16 da Lei 7.347/85 com a redação dada pela Lei 9.494/97, questão expressamente repelida pelo acórdão que julgou os embargos de declaração opostos ao acórdão na apelação. Precedente: REsp 1243887/PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Corte Especial, DJe 12/12/2011. 2. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1.348.425/DF, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma STJ, julgamento em 05/03/2013) DIREITO PROCESSUAL. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (ART. 543-C, CPC). DIREITOS METAINDIVIDUAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APADECO X BANESTADO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. EXECUÇÃO/LIQUIDAÇÃO INDIVIDUAL. FORO COMPETENTE. ALCANCE OBJETIVO E SUBJETIVO DOS EFEITOS DA SENTENÇA COLETIVA. LIMITAÇÃO TERRITORIAL. IMPROPRIEDADE. REVISÃO JURISPRUDENCIAL. LIMITAÇÃO AOS ASSOCIADOS. INVIABILIDADE. OFENSA À COISA JULGADA. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. A liquidação e a execução individual de sentença genérica proferida em ação civil coletiva pode ser ajuizada no foro do domicílio do beneficiário, porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo (arts. 468, 472 e 474, CPC e 93 e 103, CDC). 1.2. A sentença genérica proferida na ação civil coletiva ajuizada pela Apadeco, que condenou o Banestado ao pagamento dos chamados expurgos inflacionários sobre cadernetas de poupança, dispôs que seus efeitos alcançariam todos os poupadores da instituição financeira do Estado do Paraná. Por isso descabe a alteração do seu alcance em sede de liquidação/execução individual, sob pena de vulneração da coisa julgada. Assim, não se aplica ao caso a limitação

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contida no art. 2º-A, caput, da Lei n. 9.494/97. 2. Ressalva de fundamentação do Ministro Teori Albino Zavascki. 3. Recurso especial parcialmente conhecido e não provido. (REsp 1.243.887/PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Corte Especial STJ, julgado em 19/10/2011) AGRAVO DE INSTRUMENTO Interposição contra decisão que rejeitou impugnação ao cumprimento de sentença Sentença proferida em Ação Civil Pública Incompetência do Juízo e ilegitimidade de parte. Inocorrência “A liquidação e a execução individual de sentença genérica proferida em ação civil coletiva pode ser ajuizada no foro do domicílio do beneficiário, porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo” REsp 1.243.887/PR, processado sob o rito dos Recursos Repetitivos STJ A sentença proferida na fase de conhecimento da ação civil pública não limitou o alcance daquela decisão aos consumidores residentes no Distrito Federal, pois atingiu uma coletividade de âmbito nacional, sendo incabível a discussão desta controvérsia, nesta fase de habilitação e liquidação de sentença, sob pena de violação à coisa julgada - Alegação genérica de excesso de execução Inadmissibilidade Executado que, necessariamente, deve indicar o valor que entende devido Inteligência do art. 475-L, § 2º, do CPC Decisão mantida Recurso improvido. AGRAVO REGIMENTAL Interposição contra decisão denegatória de efeito suspensivo ao agravo de instrumento Agravo interno prejudicado, face ao julgamento do agravo de instrumento. (AI 0187632-58.2012.8.26.0000, Rel. Desembargador Plinio Novaes de Andrade Junior, 24ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 18/04/2013) TEMA: BANCO DO BRASIL – DIFICULDADE EM OBTENÇÃO DOS EXTRATOS ⇒ REsp 1.133.872/PB, Ministro Mass Ami Uyeda, julgado em 14/12/2011 ⇒ AgRg no AREsp 99.196/SP, Rel. Ministro Sidnei Beneti, julgado em 20/09/2012 EMENTAS: RECURSO ESPECIAL REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC) - AÇÃO DE COBRANÇA - EXPURGOS INFLACIONÁRIOS EM CADERNETA DE POUPANÇA - PLANOS BRESSER E VERÃO - PRELIMINAR - PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA - NÃO-OCORRÊNCIA - EXIBIÇÃO DOS EXTRATOS BANCÁRIOS - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA EM FAVOR DA CORRENTISTA - POSSIBILIDADE - OBRIGAÇÃO DECORRENTE DE LEI - CONDICIONAMENTO OU RECUSA - INADMISSIBILIDADE - RESSALVA - DEMONSTRAÇÃO DE INDÍCIOS MÍNIMOS DA EXISTÊNCIA DA CONTRATAÇÃO - INCUMBÊNCIA DO AUTOR (ART. 333, I, DO CPC) - ART. 6º DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO N. 211/STJ - NO CASO CONCRETO, RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. I - Preliminar: nas ações em que se discutem os critérios de remuneração de caderneta de poupança e são postuladas as respectivas diferenças de correção monetária e dos

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juros remuneratórios, o prazo prescricional é de vinte anos, não transcorrido, na espécie; II - A obrigação da instituição financeira de exibir os extratos bancários necessários à comprovação das alegações do correntista decorre de lei, já que se trata de relação jurídica tutelada pelas normas do Código do Consumidor, de integração contratual compulsória, não podendo ser objeto de recusa nem de condicionantes, em face do princípio da boa-fé objetiva; III - A questão relativa ao art. 6º da LICC não foi objeto de debate no v. acórdão recorrido, ressentindo-se o especial, portanto, do indispensável prequestionamento, incidindo, na espécie, o Enunciado n. 211/STJ; IV - Para fins do disposto no art. 543-C, do Código de Processo Civil, é cabível a inversão do ônus da prova em favor do consumidor para o fim de determinar às instituições financeiras a exibição de extratos bancários, enquanto não estiver prescrita a eventual ação sobre eles, tratando-se de obrigação decorrente de lei e de integração contratual compulsória, não sujeita à recusa ou condicionantes, tais como o adiantamento dos custos da operação pelo correntista e a prévia recusa administrativa da instituição financeira em exibir os documentos, com a ressalva de que ao correntista, autor da ação, incumbe a demonstração da plausibilidade da relação jurídica alegada, com indícios mínimos capazes de comprovar a existência da contratação, devendo, ainda, especificar, de modo preciso, os períodos em que pretenda ver exibidos os extratos; V - Recurso especial improvido, no caso concreto. (Resp 1.133.872/PB, Rel. Ministro Mass Ami Uyeda, Segunda Seção STJ, julgado em 14/12/2011) AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS - INTERESSE DE AGIR - DOCUMENTOS COMUNS ÀS PARTES - SÚMULA 83/STJ - SOLICITAÇÃO DE EXIBIÇÃO DOS DOCUMENTOS PELA VIA ADMINISTRATIVA - PEDIDO ATENDIDO PARCIALMENTE APÓS INTIMAÇÃO JUDICIAL - REVISÃO EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 7/STJ - ARTIGOS 357 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E 43, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. 1.- A jurisprudência desta Corte pacificou-se no sentido de que o correntista possui interesse de agir na propositura de ação de exibição de documentos, objetivando, em ação principal, discutir a relação jurídica deles originada, independentemente de prévia remessa dos extratos bancários ou solicitação no âmbito administrativo. 2.- Infirmar os fundamentos do Acórdão recorrido e acolher a tese sustentada pelo Agravante de que não houve prova de solicitação dos documentos, bem como recusa injustificada na entrega dos mesmos, demandaria reexame de provas, o que é vedado nesta instância, a teor da Súmula 7 desta Corte. 3.- O conteúdo normativo dos artigos 357 do Código de Processo Civil e 43, do Código de Defesa do Consumidor não foi objeto de discussão no Acórdão recorrido, tampouco foram interpostos Embargos Declaratórios para sanar eventual omissão. Incidem, no caso, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 4.- O recurso não trouxe nenhum argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a qual se mantém por seus próprios fundamentos. 5.- Agravo Regimental improvido. (AgRg no AREsp 99.196/SP, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma STJ, julgado em 20/09/2012)

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TEMA: BANCO DO BAMERINDUS – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS ⇒ AI 0261349-40.2011.8.26.0000, Rel. Desembargador Flávio Cunha da Silva, julgado em 17/04/2013 EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação civil pública com decisão transitada em julgado. Expurgos inflacionários. Caderneta de poupança. Obrigatoriedade de liquidação da sentença genérica, devido à necessidade de apuração da titularidade da conta e existência de saldo positivo à época dos fatos. Impossibilidade de supressão da fase de liquidação. Correto o pedido inicial liquidatório. Imposição de andamento de fase executória. Inadequação. Anulação apenas dos atos executórios. Processo devidamente instruído, a possibilitar o imediato julgamento. Inteligência do art. 515, § 3º, do CPC. Alegação de necessidade de suspensão da liquidação, necessidade de prévia liquidação, prescrição, ilegitimidade ativa e passiva e excesso de execução. Impugnação à liquidação acolhida em parte, no tocante ao alegado excesso de execução, frente a saque parcial em conta poupança 0874.404811-2 de Arlete Aparecida Massi, não considerado no momento do cálculo da diferença devida. Retificação da base de cálculo. Diferença de correção monetária incidente sobre o saldo que permaneceu depositado em poupança até a data de aniversário do mês seguinte. Determinação de que os cálculos de liquidação da conta poupança supra seja recalculada. Cabimento de honorários advocatícios na fase de liquidação devido à autonomia dos atos processuais desenvolvidos pelo liquidante em relação aos realizados na Ação Civil Pública, nos termos dos §§ 3º e 4º do CPC. Recurso parcialmente provido. (AI 0261349-40.2011.8.26.0000, Rel. Desembargador Flávio Cunha da Silva, 38ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 17/04/2013) TEMA: BANCO DO BAMERINDUS – MEROS CÁLCULOS ARITMÉTICOS ⇒ AI 0072944-20.2011.8.26.0000, Rel. Desembargador Flávio Cunha da Silva, julgado em 17/10/2012 EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Liquidação de sentença proferida em Ação Civil Pública proposta por IDEC contra HSBC Bank Brasil S/A Banco Múltiplo. Débito consolidado no montante apontado na inicial. CERCEAMENTO DE DEFESA Indeferimento da perícia contábil. Prova despicienda. Elementos trazidos aos autos suficientes para formar o convencimento do julgador. Certeza quanto aos fatos da causa apresentados pelas partes que formam a convicção do magistrado. Necessidade de meros cálculos com a incidência de índices conhecidos para delimitar o “quantum debeatur”. ILEGITIMIDADE ATIVA Coisa julgada. Questão molecular dirimida com o

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trânsito em julgado da ação civil pública. Possibilidade conferida a todo o poupador que demonstre que foi lesado pela conduta do Banco a dar início à liquidação do julgado em seu domicílio. Desnecessidade de demonstração do vínculo associativo. COMPETÊNCIA - Sentença com efeito erga omnes para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores. Faculdade da parte na escolha do local onde promoverá a liquidação. Possibilidade de se processar tanto no domicílio do liquidante, quanto na localidade em que tramitou a ação condenatória. ILEGITIMIDADE PASSIVA Não restou comprovado que os valores relativos aos depósitos de caderneta de poupança foram excluídos da transferência do ativo. Responsabilidade exclusiva assumida inclusive pelas obrigações relativas às contas de poupança. Precedentes jurisprudenciais. PRESCRIÇÃO Inocorrência do decurso de vinte anos para a propositura da ação de cognição. Execução individual, precedida de habilitação do crédito, que não superou o lustro prescricional. JUROS REMUNERATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA - Cabimento de juros remuneratórios e correção monetária, a ser realizada de acordo com a Tabela Prática de Atualização dos Débitos Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo das datas em que deveriam ter sido realizados os créditos e até o efetivo pagamento, sendo irrelevante a data de encerramento da conta. JUROS MORATÓRIOS Os juros moratórios devem ser contados a partir da citação na Ação Civil Pública no percentual de 0,5% ao mês até 10 de janeiro de 2003 e 1% a partir de 11 de janeiro de 2003. BASE DE CÁLCULO Saque parcial verificado na conta. Diferença de correção monetária incidente sobre o saldo que permaneceu depositado em poupança até a data de aniversário do mês seguinte. Recurso parcialmente provido apenas para reconhecer o excesso dos valores pleiteados e determinar que os cálculos de liquidação da conta poupança observe os critérios acima expostos. (AI 0072944-20.2011.8.26.0000, Rel. Desembargador Flávio Cunha da Silva, 38ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 17/10/2012) TEMA: BANCO DO NOSSA CAIXA – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM EXECUÇÃO ⇒ AI 0214928-55.2012.8.26.0000, Rel. Desembargador Afonso Bráz, 17ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 16/04/2013 EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. POUPANÇA. COBRANÇA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO. Cumprimento de sentença que pleiteia os expurgos julgados pela 6ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Competência da Comarca de Santa Adélia SP, por se tratar do Foro de domicílio do exequente. ILIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO. Descabimento. Não se observa ao caso a necessidade de prévia liquidação do julgado. Inteligência do artigo 475-B do Código de Processo Civil. JUROS DE MORA. Termo inicial. Incidência a partir da citação na ação civil pública. JUROS REMUNERATÓRIOS. Possibilidade. Devem ser incorporados ao capital para restituir o equilíbrio entre as partes. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Arbitramento em fase de liquidação de sentença.

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Cabimento. Matéria pacificada no Superior Tribunal de Justiça. CORREÇÃO MONETÁRIA. Atualização que deve ser feita pela Tabela Prática deste Egrégio Tribunal de Justiça. RECURSO IMPROVIDO. (AI 0214928-55.2012.8.26.0000, Rel. Desembargador Afonso Bráz, 17ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, julgado em 16/04/2013)

PALESTRA: QUESTÕES SENSÍVEIS NO AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES INDIVIDUAIS DECORRENTES DAS AÇÕES COLETIVAS E RECENTES

DECISÕES DO STJ QUE AFETAM SEU TRÂMITE TEMA: CITAÇÃO ⇒ REsp 1.091.044/PR, Rel. Ministra Nancy Andrighi, julgado em 17/11/2011, Dje 24/11/2011 EMENTA: PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. AJUIZAMENTO ANTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI 11.232/2005. DESPACHO INICIAL PROFERIDO NA VIGÊNCIA DA NOVA LEI. APLICABILIDADE DA NOVA DISCIPLINA PROCESSUAL. EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA COLETIVA. INTIMAÇÃO DO INÍCIO DO PROCESSO NA PESSOA DO ADVOGADO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE ENTRE A RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL COLETIVA E INDIVIDUAL. COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DO RÉU PARA RECORRER. DEFEITO SUPRIDO. 1. A apresentação de pedido de desistência de duas causas contendo tese jurídica idêntica, às vésperas do julgamento, demonstra claro intuito da parte de manipular o encaminhamento da jurisprudência no sentido de sua pacificação acerca daquela tese. Tal manobra processual não pode ser admitida, de modo que, nesses casos, deve ser indeferido o pedido de desistência. 2. A jurisprudência do STJ tem se orientado no sentido de reputar possível a conversão de ritos em execuções ajuizadas antes da vigência da Lei 11.232/2005. Precedentes. 3. A execução individual de sentença coletiva não pode ser considerada mera fase do processo anterior, porquanto uma nova relação jurídica processual se estabelece, a exemplo do que ocorre com a execução de sentenças estrangeiras, arbitrais ou penais. Assim, é necessária a citação do executado, nos termos do art. 475-N, aplicável à espécie por extensão. 4. Tendo o executado comparecido espontaneamente aos autos para interpor agravo de instrumento impugnando a decisão que ordenara sua intimação pela imprensa oficial, considera-se suprido o vício de ausência de citação (art. 214, §1º, do CPC). Assim, o prazo de 15 dias de que dispunha para pagar a dívida sem a incidência da multa estabelecida pelo art. 475-J do CPC conta-se da data de tal comparecimento. 5. Recurso especial conhecido em parte e, nessa parte, provido. (Resp 1091044/PR, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma, julgado em 17/11/2011, Dje 24/11/2011)

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TEMA: EXTENSÃO DO JULGADO ⇒ EResp 411.529/SP, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, julgado em 10/03/2010 ⇒ EResp 399.357/SP, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, julgado em 09/09/2009 ⇒ REsp 170.078/SP, Rel. Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, julgado em 03/04/2001 ⇒ EREsp 411.529/SP, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, julgado em 10/03/2010 ⇒ REsp 1.243.386/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, julgado em 12/06/2012 EMENTAS: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EFICÁCIA. LIMITES. JURISDIÇÃO DO ÓRGÃO PROLATOR. 1 - Consoante entendimento consignado nesta Corte, a sentença proferida em ação civil pública fará coisa julgada erga omnes nos limites da competência do órgão prolator da decisão, nos termos do art. 16 da Lei n. 7.347/85, alterado pela Lei n. 9.494/97. Precedentes. 2 - Embargos de divergência acolhidos. (EResp 411.529/SP, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, 2ª Seção STJ, julgado em 10/03/2010) EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EFICÁCIA. LIMITES. JURISDIÇÃO DO ÓRGÃO PROLATOR. 1 - Consoante entendimento consignado nesta Corte, a sentença proferida em ação civil pública fará coisa julgada erga omnes nos limites da competência do órgão prolator da decisão, nos termos do art. 16 da Lei n. 7.347/85, alterado pela Lei n. 9.494/97. Precedentes. 2 - Embargos de divergência acolhidos. (EResp 399.357/SP, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, 2ª Seção STJ, julgado em 09/09/2009) CADERNETA DE POUPANÇA. IDEC: LEGITIMIDADE ATIVA PARA COBRAR DIFERENÇAS RELATIVAS AO MÊS DE JANEIRO DE 1989. LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO DEPOSITÁRIO. IPC DE 42,72%. 1 .Seguindo orientação adotada pela 2ª Seção, no julgamento do REsp nº 106.888/PR, Relator o Senhor Ministro César Asfor Rocha, com ressalva do meu posicionamento, as entidades de proteção ao consumidor, ante a existência de relação de consumo, têm legitimidade ativa para propor ação civil pública contra instituições financeiras para que os poupadores recebam diferenças de remuneração de cadernetas de poupança eventualmente não depositadas nas respectivas contas. A instituição financeira depositante é parte passiva legítima para responder pelas diferenças de rendimentos nas cadernetas de poupança no período de janeiro de 1989. 2 .Os critérios de remuneração estabelecidos no artigo 17, inciso I, da Lei nº 7.730/89 não têm aplicação às cadernetas de poupança com período mensal iniciado até 15/01/89. Entretanto, o C e janeiro de 1989, conforme jurisprudência pacífica deste Tribunal, corresponde a 42,72%, não a 70,28%.

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3 .Recurso especial conhecido e provido parcialmente. (REsp 170.078/SP, Rel. Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, 3ª Turma, julgado em 03/04/2001) EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EFICÁCIA. LIMITES. JURISDIÇÃO DO ÓRGÃO PROLATOR. 1 - Consoante entendimento consignado nesta Corte, a sentença proferida em ação civil pública fará coisa julgada erga omnes nos limites da competência do órgão prolator da decisão, nos termos do art. 16 da Lei n. 7.347/85, alterado pela Lei n. 9.494/97. Precedentes. 2 - Embargos de divergência acolhidos. (EREsp 411.529/SP, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, 2ª Seção STJ, julgado em 10/03/2010) PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO COLETIVA AJUIZADA POR SINDICATO. SOJA TRANSGÊNICA. COBRANÇA DE ROYALTIES. LIMINAR REVOGADA NO JULGAMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. CABIMENTO DA AÇÃO COLETIVA. LEGITIMIDADE DO SINDICATO. PERTINÊNCIA TEMÁTICA. EFICÁCIA DA DECISÃO. LIMITAÇÃO À CIRCUNSCRIÇÃO DO ÓRGÃO PROLATOR. 1. O alegado direito à utilização, por agricultores, de sementes geneticamente modificadas de soja, nos termos da Lei de Cultivares, e a discussão acerca da inaplicabilidade da Lei de Patentes à espécie, consubstancia causa transindividual, com pedidos que buscam tutela de direitos coletivos em sentido estrito, e de direitos individuais homogêneos, de modo que nada se pode opor à discussão da matéria pela via da ação coletiva. 2. Há relevância social na discussão dos royalties cobrados pela venda de soja geneticamente modificada, uma vez que o respectivo pagamento necessariamente gera impacto no preço final do produto ao mercado. 3. A exigência de pertinência temática para que se admita a legitimidade de sindicatos na propositura de ações coletivas é mitigada pelo conteúdo do art. 8º, II, da CF, consoante a jurisprudência do STF. Para a Corte Suprema, o objeto do mandado de segurança coletivo será um direito dos associados, independentemente de guardar vínculo com os fins próprios da entidade impetrante do 'writ', exigindo-se, entretanto, que o direito esteja compreendido nas atividades exercidas pelos associados, mas não se exigindo que o direito seja peculiar, próprio, da classe. Precedente. 4. A Corte Especial do STJ já decidiu ser válida a limitação territorial disciplinada pelo art. 16 da LACP, com a redação dada pelo art. 2-A da Lei 9.494/97. Precedente. Recentemente, contudo, a matéria permaneceu em debate. 5. A distinção, defendida inicialmente por Liebman, entre os conceitos de eficácia e de autoridade da sentença, torna inóqua a limitação territorial dos efeitos da coisa julgada estabelecida pelo art. 16 da LAP. A coisa julgada é meramente a imutabilidade dos efeitos da sentença. Mesmo limitada aquela, os efeitos da sentença produzem-se erga omnes, para além dos limites da competência territorial do órgão julgador. 6. O art. 2º-A da Lei 9.494/94 restringe territorialmente a substituição processual nas hipóteses de ações propostas por entidades associativas, na defesa de interesses e direitos dos seus associados. A presente ação não foi proposta exclusivamente para a defesa dos interesses trabalhistas dos associados da entidade. Ela foi ajuizada objetivando tutelar, de maneira ampla, os direitos de todos os produtores rurais que laboram com sementes transgênicas de Soja RR, ou seja, foi ajuizada no interesse de toda a categoria

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profissional. Referida atuação é possível e vem sendo corroborada pela jurisprudência do STF. A limitação do art. 2-A, da Lei nº 9.494/97, portanto, não se aplica. 7. Recursos especiais conhecidos. Recurso da Monsanto improvido. Recurso dos Sindicatos provido. (REsp 1.243.386/RS, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma STJ, julgado em 12/06/2012) TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – É POSSÍVEL A ELABORAÇÃO DE MEROS CÁLCULOS ⇒ REsp 880.385/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, julgado em 02/09/2008 EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA. POSSIBILIDADE DE QUE A EXECUÇÃO DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS SEJA PROMOVIDA POR ASSOCIAÇÃO NA QUALIDADE DE REPRESENTANTE DE SEUS ASSOCIADOS. A SENTENÇA CONDENATÓRIA COLETIVA PODE, EM CIRCUNSTÂNCIAS ESPECÍFICAS, SER LIQUIDADA POR CÁLCULOS, PRESCINDINDO-SE DE PRÉVIO PROCEDIMENTO JUDICIAL DE LIQUIDAÇÃO. A PENHORA DEFERIDA CONTRA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PODE RECAIR SOBRE VALORES QUE ESTA TENHA EM CONTA-CORRENTE. - Na representação a associação age em nome e por conta dos interesses de seus associados, conforme autoriza o art. 5º, XXI, CF, diferentemente do que ocorre na substituição processual. - Sendo eficaz o título executivo judicial extraído de ação coletiva, nada impede que a associação, que até então figurava na qualidade de substituta processual, passe a atuar, na liquidação e execução, como representante de seus associados, na defesa dos direitos individuais homogêneos a eles assegurados. Viabiliza-se, assim, a satisfação de créditos individuais que, por questões econômicas, simplesmente não ensejam a instauração de custosos processos individuais. - Diante das circunstâncias específicas do caso, a execução coletiva pode dispensar a prévia liquidação por artigos ou por arbitramento, podendo ser feita por simples cálculos, na forma da antiga redação do art. 604, CPC. - A jurisprudência desta Corte, além de repelir a nomeação de títulos da dívida pública à penhora, admite a constrição de dinheiro em execução contra instituição financeira. Precedentes. Recurso não conhecido. (REsp 880.385/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma STJ, julgado em 02/09/2008)

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TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – A MULTA DE 10% COMEÇA A INCIDIR APÓS 15 DIAS DA INTIMAÇÃO DO RÉU NA EXECUÇÃO TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – JUROS COMPENSATÓRIOS (OU REMUNERATÓRIOS) SÓ INCIDEM SE ESTIVEREM PREVISTOS NO TÍTULO TEMA: COMPETÊNCIA PARA PROCESSAMENTO ⇒ REsp 940.274/MS, Rel. Ministro Humberto Gomes de Barros, julgado em 07/04/2010 EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. LEI N. 11.232, DE 23.12.2005. CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA. JUÍZO COMPETENTE. ART. 475-P, INCISO II, E PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. TERMO INICIAL DO PRAZO DE 15 DIAS. INTIMAÇÃO NA PESSOA DO ADVOGADO PELA PUBLICAÇÃO NA IMPRENSA OFICIAL. ART. 475-J DO CPC. MULTA. JUROS COMPENSATÓRIOS. INEXIGIBILIDADE. 1. O cumprimento da sentença não se efetiva de forma automática, ou seja, logo após o trânsito em julgado da decisão. De acordo com o art. 475-J combinado com os arts. 475-B e 614, II, todos do CPC, cabe ao credor o exercício de atos para o regular cumprimento da decisão condenatória, especialmente requerer ao juízo que dê ciência ao devedor sobre o montante apurado, consoante memória de cálculo discriminada e atualizada. 2. Na hipótese em que o trânsito em julgado da sentença condenatória com força de executiva (sentença executiva) ocorrer em sede de instância recursal (STF, STJ, TJ E TRF), após a baixa dos autos à Comarca de origem e a aposição do "cumpra-se" pelo juiz de primeiro grau, o devedor haverá de ser intimado na pessoa do seu advogado, por publicação na imprensa oficial, para efetuar o pagamento no prazo de quinze dias, a partir de quando, caso não o efetue, passará a incidir sobre o montante da condenação, a multa de 10% (dez por cento) prevista no art. 475-J, caput, do Código de Processo Civil. 3. O juízo competente para o cumprimento da sentença em execução por quantia certa será aquele em que se processou a causa no Primeiro Grau de Jurisdição (art. 475-P, II, do CPC), ou em uma das opções que o credor poderá fazer a escolha, na forma do seu parágrafo único – local onde se encontram os bens sujeitos à expropriação ou o atual domicílio do executado. 4. Os juros compensatórios não são exigíveis ante a inexistência do prévio ajuste e a ausência de fixação na sentença. 5. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 940.274/MS, Rel. Ministro Humberto Gomes de Barros, Cortes Especial STJ, julgado em 07/04/2010)

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TEMA: CRITÉRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – OS JUROS DE MORA INCIDEM SOMENTE A PARTIR DA CITAÇÃO NA EXECUÇÃO INDIVIDUAL ⇒ AgRg no REsp 1.348.512/DF, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma STJ, julgado em 18/12/2012 ⇒ REsp 1.193.256/ES, Rel. Ministra Eliana Calmon, julgado em 22/06/2010 ⇒ AgRg no REsp 1.370.899/SP, Rel. Ministro Sidnei Beneti, julgado em 24/06/2013 (decisão monocrática de afetação ao procedimento dos Recursos Repetitivos) EMENTAS: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POUPANÇA. EXPURGOS. INDENIZAÇÃO POR LESÃO A DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. EXECUÇÃO INDIVIDUAL. JUROS MORATÓRIOS. MORA EX PERSONA . TERMO INICIAL. CITAÇÃO NA FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. As ações civis públicas, em sintonia com o disposto no artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, ao propiciar a facilitação a tutela dos direitos individuais homogêneos dos consumidores, viabilizam otimização da prestação jurisdicional, abrangendo toda uma coletividade atingida em seus direitos, dada a eficácia vinculante das suas sentenças. 2. A sentença de procedência na ação coletiva tendo por causa de pedir danos referentes a direitos individuais homogêneos, nos moldes do disposto no artigo 95 do Código de Defesa do Consumidor, será, em regra, genérica, de modo que depende de superveniente liquidação, não apenas para apuração do quantum debeatur , mas também para aferir a titularidade do crédito, por isso denominada pela doutrina "liquidação imprópria". 3. Com efeito, não merece acolhida a irresignação, pois, nos termos do artigo 219 do Código de Processo Civil e 397 do Código Civil, na hipótese, a mora verifica-se com a citação do devedor, realizada na fase de liquidação de sentença, e não a partir de sua citação na ação civil pública. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1.348.512/DF, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma STJ, julgado em 18/12/2012) TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL – FGTS – ART. 741, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC – INAPLICABILIDADE – TÍTULO JUDICIAL – INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE – OBRIGAÇÃO DE FAZER – PRECEDENTES – CORREÇÃO MONETÁRIA DOS SALDOS – INCIDÊNCIA A PARTIR DA CITAÇÃO NA FASE DE CONHECIMENTO – JUROS DE MORA – QUESTÃO PACIFICADA PELA PRIMEIRA SEÇÃO, NO JULGAMENTO DO RESP 1.102.552/CE, SOB O RITO DO ART. 543-C DO CPC – PREQUESTIONAMENTO AUSENTE: SÚMULA 282/STF. 1. É inadmissível o recurso especial quanto a questão não decidida pelo Tribunal de origem, por falta de prequestionamento. Aplicação do Enunciado n. 282 do STF. 2. Nos termos do art. 741, parágrafo único, do CPC, "considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação

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tidas por incompatíveis com a Constituição Federal". Trata-se, pois, de norma de caráter excepcional, pelo que se deve restringir a sua incidência, apenas, às hipóteses expressamente nela previstas. Precedentes. 3. Esta Corte tem entendido que a competência para determinar a suspensão da execução do julgado, com fundamento no ajuizamento de ação rescisória, é do tribunal competente para apreciar a referida ação. 4. Inexistente causa legal ou judicial de suspensão do processo, é válida decisão que autoriza o prosseguimento de execução singular pendente ação coletiva de mesmo objeto. Precedente. 5. Pacificou-se nesta Corte jurisprudência no sentido de que os juros de mora, nas ações versando a inclusão de expurgos inflacionários nos saldos do FGTS, são devidos desde a citação na fase de conhecimento. Precedentes. 6. A Primeira Seção do STJ, no julgamento do REsp 1.102.552/CE, também pacificou o entendimento de que são devidos pela CEF, nas ações em que se discute a inclusão de expurgos inflacionários, juros moratórios no percentual de 0,5% (meio por cento) ao mês até a entrada em vigor do novo Código Civil. Posteriormente, à luz do art. 406 do CC/2002, deve-se adotar a taxa vigente para a mora do pagamento dos tributos federais, qual seja, a SELIC. 7. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido (REsp 1.193.256/ES, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma STJ, julgado em 22/06/2010) DECISÃO 1.- BANCO DO BRASIL S/A interpõe agravo interno contra decisão que negou seguimento ao Recurso Especial, ao entendimento de que, nas hipóteses de responsabilidade contratual, os juros moratórios devem incidir a partir da citação na ação civil pública, e não da citação na liquidação daquela sentença coletiva. 2.- O Agravante pede a reforma da decisão agravada, sob a alegação de que a responsabilidade atribuída aos bancos pelo pagamento dos expurgos inflacionários tem natureza contratual, o que determina a incidência dos juros de mora a partir da citação. Trata-se, aqui, de mora ex persona, ou seja, aquela que tem início a partir de uma providência do credor (e-STJ fls. 594), requerendo, assim, que os juros de mora incidam a partir da citação na liquidação da sentença proferida na ação civil pública, conforme precedente da Quarta Turma deste Tribunal, de que Relator o E. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, cujo entendimento restou sintetizado na ementa a seguir transcrita: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POUPANÇA. EXPURGOS. INDENIZAÇÃO POR LESÃO A DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. EXECUÇÃO INDIVIDUAL. JUROS MORATÓRIOS. MORA EX PERSONA. TERMO INICIAL. CITAÇÃO NA FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. As ações civis públicas, em sintonia com o disposto no artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, ao propiciar a facilitação a tutela dos direitos individuais homogêneos dos consumidores, viabilizam otimização da prestação jurisdicional, abrangendo toda uma coletividade atingida em seus direitos, dada a eficácia vinculante das suas sentenças. 2. A sentença de procedência na ação coletiva tendo por causa de pedir danos referentes a direitos individuais homogêneos, nos moldes do disposto no artigo 95 do Código de Defesa do Consumidor, será, em regra, genérica, de modo que depende de superveniente liquidação, não apenas para apuração do quantum debeatur, mas também para aferir a titularidade do crédito, por isso denominada pela doutrina "liquidação imprópria". 3.

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Com efeito, não merece acolhida a irresignação, pois, nos termos do artigo 219 do Código de Processo Civil e 397 do Código Civil, na hipótese, a mora verifica-se com a citação do devedor, realizada na fase de liquidação de sentença, e não a partir de sua citação na ação civil pública. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1348512/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 18/12/2012, DJe 04/02/2013) É o relatório. 3.- Ante o impedimento dos E. Ministros JOÃO OTÁVIO DE NORONHA e RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, e a ausência já informada da E. Ministra NANCY ANDRIGHI, não haverá "quorum" para o julgamento pela Turma Julgadora na sessão do dia 25.06.13, última do semestre, antecedente ao recesso judiciário de julho. 4.- O caso, contudo, recomenda, diante das teses existentes, a afetação urgente à E. 2ª Seção, dada a relevância do tema repetitivo, bem apropriado ao julgamento como Recurso Representativo de Controvérsia (CPC, art. 543-C). 5.- Em consequência, determino a retirada do processo em mesa e passo a julgamento monocrático. 6.- O Recurso presente evidencia a produção em massa de enorme quantidade de processos relativos à mesma questão central, ou seja, a da tese de que o termo inicial dos juros de mora de sentença proferida em Ação Civil Pública é a citação na liquidação daquela sentença coletiva. Além disso, patente o risco de desfecho desigual de pretensões idênticas nos diversos processos de execução que se instauram, o que redundaria em prejuízo para a própria igualdade que deve reger as decisões judiciais. Não se olvide, ainda, que, como consta de precedentes da 1ª Seção, relativo à mesma questão, julgou-se que os juros de mora têm como termo inicial a citação na Ação Civil Pública, e não da citação da liquidação daquela sentença coletiva. Recomendável, ao ver do subscritor do presente, por todos os aspectos, especialmente por ser matéria nova, repetitiva e multitudinária, e por não se ter notícia de posicionamento de todos os E. integrantes da C. 2ª Seção, a inserção da matéria ao regime dos Recursos Repetitivos, instituída pelo CPC, art. 543-C, com a redação da Lei 11672, de 8.5.08. 7.- Pelo exposto, reconsidero a decisão agravada e, submetendo o processo ao regime dos Recursos Repetitivos, art. 543-C, do Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei 11672, de 8.5.2008, e na forma do art. 2º, §§ 1º e 2º, c.c. art. 7º, da Resolução STJ n. 8, de 7.8.2008, afeto o presente processo à E. 2ª Seção do Tribunal. 8.- Para o fim de suspensão de recursos que versem a mesma controvérsia (Resolução STJ n. 8, de 8.5.2008, art. 2º, § 2º), comunique-se: a) ao E. Presidente do Tribunal de origem; b) aos E. Presidentes dos demais Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais, "ad cautelam ", dada a possibilidade de haver situações semelhantes nos respectivos Estados. 9.- Nos termos do art. 2º, § 2º, da Resolução STJ n. 8, de 7.8.2008, informe-se ao E. Presidente e aos E. Ministros da 2ª Seção, enviando-se cópias desta decisão, do Acórdão recorrido e do Recurso Especial. Leve-se ao conhecimento dos E. Ministros Presidente e Vice-Presidente do Tribunal, para constar. 10.- Após, dê-se vista à D. Subprocuradoria Geral da República, de acordo com a Resolução STJ n. 8, de 8.5.2003, art. 3º, II, pelo prazo de 15 dias. Intimem-se. Brasília, 24 de junho de 2013. Ministro SIDNEI BENETI Relator

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TEMA: PRESCRIÇÃO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA ⇒ REsp 1.070.896/SC, Rel. Minstro Luis Felipe Salomão, julgado em 14/04/2010 ⇒ REsp 1.107.201/DF, Rel. Minstro Sidnei Beneti, julgado em 08/09/2010 ⇒ REsp 1.275.215/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, julgado em 27/09/2011 EMENTAS: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DECORRENTE DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. POUPANÇA. COBRANÇA DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANOS BRESSER E VERÃO. PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL. 1. A Ação Civil Pública e a Ação Popular compõem um microssistema de tutela dos direitos difusos, por isso que, não havendo previsão de prazo prescricional para a propositura da Ação Civil Pública, recomenda-se a aplicação, por analogia, do prazo quinquenal previsto no art. 21 da Lei n. 4.717/65. 2. Embora o direito subjetivo objeto da presente ação civil pública se identifique com aquele contido em inúmeras ações individuais que discutem a cobrança de expurgos inflacionários referentes aos Planos Bresser e Verão, são, na verdade, ações independentes, não implicando a extinção da ação civil pública, que busca a concretização de um direto subjetivo coletivizado, a extinção das demais pretensões individuais com origem comum, as quais não possuem os mesmos prazos de prescrição. 3. Em outro ângulo, considerando-se que as pretensões coletivas sequer existiam à época dos fatos, pois em 1987 e 1989 não havia a possibilidade de ajuizamento da ação civil pública decorrente de direitos individuais homogêneos, tutela coletiva consagrada com o advento, em 1990, do CDC, incabível atribuir às ações civis públicas o prazo prescricional vintenário previsto no art. 177 do CC/16. 4. Ainda que o art. 7º do CDC preveja a abertura do microssistema para outras normas que dispõem sobre a defesa dos direitos dos consumidores, a regra existente fora do sistema, que tem caráter meramente geral e vai de encontro ao regido especificamente na legislação consumeirista, não afasta o prazo prescricional estabelecido no art. 27 do CDC. 5. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp 1.070.896/SC, Rel. Minstro Luis Felipe Salomão, Segunda Seção STJ, julgado em 14/04/2010) RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS. CADERNETAS DE POUPANÇA. PLANOS ECONÔMICOS. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. RECURSOS REPRESENTATIVOS DE MACRO-LIDE MULTITUDINÁRIA EM AÇÕES INDIVIDUAIS MOVIDAS POR POUPADORES. JULGAMENTO NOS TERMOS DO ART. 543-C, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. JULGAMENTO LIMITADO A MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, INDEPENDENTEMENTE DE JULGAMENTO DE TEMA CONSTITUCIONAL PELO C. STF. PRELIMINAR DE SUSPENSÃO DO JULGAMENTO AFASTADA. CONSOLIDAÇÃO DE ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL FIRMADA EM INÚMEROS PRECEDENTES DESTA CORTE. PLANOS ECONÔMICOS BRESSER, VERÃO, COLLOR I E COLLOR II. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM . PRESCRIÇÃO. ÍNDICES DE CORREÇÃO. I – Preliminar de suspensão do julgamento, para aguardo de julgamento de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, afastada, visto tratar-se, no caso, de

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julgamento de matéria infraconstitucional, preservada a competência do C. STF para tema constitucional. II – No julgamento de Recurso Repetitivo do tipo consolidador de jurisprudência constante de numerosos precedentes estáveis e não de tipo formador de nova jurisprudência, a orientação jurisprudencial já estabilizada assume especial peso na orientação que se firma. III – Seis conclusões, destacadas como julgamentos em Recurso Repetitivo, devem ser proclamadas para definição de controvérsia: 1º) A instituição financeira depositária é parte legítima para figurar no pólo passivo da lide em que se pretende o recebimento das diferenças de correção monetária de valores depositados em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários dos Planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II; com relação ao Plano Collor I, contudo, aludida instituição financeira depositária somente será parte legítima nas ações em que se buscou a correção monetária dos valores depositados em caderneta de poupança não bloqueados ou anteriores ao bloqueio. 2ª) É vintenária a prescrição nas ações individuais em que são questionados os critérios de remuneração da caderneta de poupança e são postuladas as respectivas diferenças, sendo inaplicável às ações individuais o prazo decadencial quinquenal atinente à Ação Civil Pública. 3ª) Quanto ao Plano Bresser (junho/1987), é de 26,06%, percentual estabelecido com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), índice de correção monetária para as cadernetas de poupança iniciadas ou com aniversário na primeira quinzena de junho de 1987, não se aplicando a Resolução BACEN n.º 1.338/87, de 15/06/87, que determinou a atualização dos saldos, no mês de julho de 1987, pelo índice de variação do valor nominal das Obrigações do Tesouro Nacional (OTN). 4ª) Quanto ao Plano Verão (janeiro/1989), é de 42,72%, percentual estabelecido com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), índice de correção monetária das cadernetas de poupança com período mensal iniciado até 15 de janeiro de 1989, não se aplicando a Medida Provisória n. 32/89 (Plano Verão), que determinava a atualização pela variação das Letras Financeiras do Tesouro (LFT). 5ª) Quanto ao Plano Collor I (março/1990), é de 84,32% fixado com base no índice de Preços ao Consumidor (IPC), conforme disposto nos arts. 10 e 17, III, da Lei 7.730/89, o índice a ser aplicado no mês de março de 1990 aos ativos financeiros retidos até o momento do respectivo aniversário da conta; ressalva-se, contudo, que devem ser atualizados pelo BTN Fiscal os valores excedentes ao limite estabelecido em NCz$ 50.000,00, que constituíram conta individualizada junto ao BACEN, assim como os valores que não foram transferidos para o BACEN, para as cadernetas de poupança que tiveram os períodos aquisitivos iniciados após a vigência da Medida Provisória 168/90 e nos meses subsequentes ao seu advento (abril, maio e junho de 1990). 6ª) Quanto ao Plano Collor II, é de 21,87% o índice de correção monetária a ser aplicado no mês de março de 1991, nas hipóteses em que já iniciado o período mensal aquisitivo da caderneta de poupança quando do advento do Plano, pois o poupador adquiriu o direito de ter o valor aplicado remunerado de acordo com o disposto na Lei n. 8.088/90, não podendo ser aplicado o novo critério de remuneração previsto na Medida Provisória n. 294, de 31.1.1991, convertida na Lei n. 8.177/91. IV – Inviável o julgamento, no presente processo, como Recurso Repetitivo, da matéria relativa a juros remuneratórios compostos em cadernetas de poupança, decorrentes de correção de expurgos inflacionários determinados por Planos Econômicos, porque matéria não recorrida. V – Recurso Especial da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL provido em parte, para ressalva quanto ao Plano Collor I. VI – Recurso Especial do BANCO ABN AMRO REAL S/A improvido.

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(REsp 1.107.201/DF, Rel. Minstro Sidnei Beneti, Segunda Seção STJ, julgado em 08/09/2010) DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA. APADECO X CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. EXPURGOS. PLANOS ECONÔMICOS. PRAZO DE PRESCRIÇÃO. 1. A sentença não é nascedouro de direito material novo, não opera a chamada "novação necessária", mas é apenas marco interruptivo de uma prescrição cuja pretensão já foi exercitada pelo titular. Essa a razão da máxima contida na Súmula n. 150/STF: "Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação". Não porque nasce uma nova e particular pretensão de execução, mas porque a pretensão da "ação" teve o prazo de prescrição interrompido e reiniciado pelo "último ato do processo". 2. As ações coletivas fazem parte de um arcabouço normativo vocacionado a promover a facilitação da defesa do consumidor em juízo e o acesso pleno aos órgãos judiciários (art. 6º, incisos VII e VIII, CDC), sempre em mente o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor (art. 4º, CDC), por isso que o instrumento próprio de facilitação de defesa e de acesso do consumidor não pode voltar-se contra o destinatário da proteção, prejudicando sua situação jurídica. 3. Assim, o prazo para o consumidor ajuizar ação individual de conhecimento - a partir da qual lhe poderá ser aberta a via da execução - independe do ajuizamento da ação coletiva, e não é por esta prejudicado, regendo-se por regras próprias e vinculadas ao tipo de cada pretensão deduzida. 4. Porém, cuidando-se de execução individual de sentença proferida em ação coletiva, o beneficiário se insere em microssistema diverso e com regras pertinentes, sendo imperiosa a observância do prazo próprio das ações coletivas, que é quinquenal, nos termos do precedente firmado no REsp. n. 1.070.896/SC, aplicando-se a Súmula n. 150/STF. 5. Assim, no caso concreto, o beneficiário da ação coletiva teria o prazo de 5 (cinco) anos para o ajuizamento da execução individual, contados a partir do trânsito em julgado da sentença coletiva, e o prazo de 20 (vinte) anos para o ajuizamento da ação de conhecimento individual, contados dos respectivos pagamentos a menor das correções monetárias em razão dos planos econômicos. 6. Recurso especial provido. (REsp 1.275.215/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, STJ, julgado em 27/09/2011) TEMA: SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES DEFINITIVAS COM BASE NA REPERCUSSÃO GERAL ⇒ RCL 12.681 – Relator Min. Marco Aurélio EMENTA: RECLAMAÇÃO – REPERCUSSÃO GERAL – PRONUNCIAMENTO DO SUPREMO – INOBSERVÂNCIA – ADEQUAÇÃO. A erronia na observância de pronunciamento do Supremo formalizado, sob o ângulo da repercussão geral, em recurso extraordinário gera o acesso ao Tribunal mediante a reclamação. REPERCUSSÃO GERAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – LIMINAR – ALCANCE. No que ressalvada, na liminar

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implementando a suspensão do processo, a existência de título judicial transitado em julgado, tem-se alcançada situação jurídica reveladora da fase de execução, muito embora se mostre necessário que venha a ser apurado, em processo de liquidação, o valor devido. (Rcl 12681, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 04/06/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-124 DIVULG 27-06-2013 PUBLIC 28-06-2013) PALESTRA: FASE EXECUTIVA EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE

PLANOS ECONÔMICOS: PRINCIPAIS ALEGAÇÕES DAS INSTITUIÇÕS FINANCEIRAS

TEMA: SUSPENSÃO POR DECISÃO DO STF NO RE 626.307/SP

⇒ RCL 12.681 – Relator Min. Marco Aurélio ⇒ Precedente: EDcl no AResp 99.533/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta

Turma, Dje 29/06/2012 EMENTAS: RECLAMAÇÃO – REPERCUSSÃO GERAL – PRONUNCIAMENTO DO SUPREMO – INOBSERVÂNCIA – ADEQUAÇÃO. A erronia na observância de pronunciamento do Supremo formalizado, sob o ângulo da repercussão geral, em recurso extraordinário gera o acesso ao Tribunal mediante a reclamação. REPERCUSSÃO GERAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – LIMINAR – ALCANCE. No que ressalvada, na liminar implementando a suspensão do processo, a existência de título judicial transitado em julgado, tem-se alcançada situação jurídica reveladora da fase de execução, muito embora se mostre necessário que venha a ser apurado, em processo de liquidação, o valor devido. (Rcl 12681, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 04/06/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-124 DIVULG 27-06-2013 PUBLIC 28-06-2013) AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECONHECIMENTO DE REPERCUSSÃO GERAL. SUSPENSÃO DO FEITO. DESNECESSIDADE. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. NÃO OCORRÊNCIA DE PRECLUSÃO. SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL DA PRETENSÃO EXECUTIVA. OFENSA À COISA JULGADA. INEXISTÊNCIA. 1. O Supremo Tribunal Federal, atendendo ao pedido de sobrestamento deduzido nos autos dos Recursos Extraordinários 591.797 e 626.307 (Relator o Ministro Dias Toffolli) e do Agravo de Instrumento 754.745 (Relator o Ministro Gilmar Mendes), nos quais foi reconhecida a existência de repercussão geral, determinou a suspensão de todos os processos em trâmite no País, independentemente de juízo ou Tribunal, que tenham por objeto a discussão sobre os

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expurgos inflacionários decorrentes de Planos Econômicos. 2. A decisão agravada não examinou a questão de mérito relativa aos expurgos inflacionários decorrentes da edição de Planos Econômicos, matéria submetida ao regime da repercussão geral perante o eg. Supremo Tribunal Federal, limitando-se a deliberar sobre óbices de natureza processual. 3. É assente na jurisprudência pacificada desta eg. Corte que a prescrição, por se tratar de questão de ordem pública, pode ser suscitada em qualquer grau de jurisdição, não estando sujeita à preclusão. 4. Perfilhando a orientação traçada pela Segunda Seção no julgamento do Recurso Especial nº 1.070.896/SC, Relator o em. Ministro Luis Felipe Salomão, DJe de 4/8/2010, no qual ficou assentada a tese de que é quinquenal o prazo prescricional para o ajuizamento de ação civil pública, precedentes desta Corte consolidaram a compreensão de que o mesmo prazo prescricional de cinco anos deve ser aplicado em relação à execução individual da sentença proferida na ação coletiva. 5. "Não há falar em ofensa à coisa julgada formada no processo de conhecimento, porque a prescrição que ora se reconhece é superveniente à sentença coletiva transitada em julgado, com base na interpretação do direito federal hoje consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, na linha da qual o prazo para prescrição da ação coletiva é diverso daquele prazo que se aplica às ações individuais" (REsp 1.283.273/PR, Quarta Turma, Rel. Min. Isabel Gallotti, DJe de 1º/2/2012). 6. Agravo regimental não provido. (EDcl no AResp 99.533/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em 19/06/2012, PROCESSO ELETRÔNICO Dje 29/06/2012) TEMA: ILEGITIMIDADE DO BANCO SUCESSOR EM CASO DE FUSÃO ENTRE BANCOS

⇒ TJSP, Apelação 991090036159 SP, Rel Antonio Ribeiro, j. 04/05/2010, 15ª Câmara de Direito Privado

⇒ AgRg no AREsp 43.046/BA, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 16/08/2012, Dje 22/08/2012

⇒ AgRg no Ag 1.391.828/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, 4ª Turma, Dje 01/02/2013 EMENTAS: CADERNETA DE POUPANÇA - Janeiro de 1989 - Plano Verão - Ilegitimidade ad causam - Banco sucessor do Banco Econômico que deve responder perante os clientes do Banco sucedido - Preliminar de ilegitimidade passiva - Discussão que não envolve período onde o passivo foi transferido ao Banco Central - Prescrição afastada quanto aos juros e ao direito de ação - Diferença (42,72%) que já está pacificada na jurisprudência - Responsabilidade do Banco depositário perante o poupador e necessidade de garantir a integralidade do capital, que neste caso engloba o principal e juros contratuais (remuneratórios), em razão da capitalização mensal - Recurso não provido. (TJSP, Apelação 991090036159 SP, Rel. Antonio Ribeiro, j. 04/05/2010, data de registro 11/05/2010 15ª Câmara de Direito Privado)

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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SUCESSOR DO BANCO ECONÔMICO. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO BRADESCO. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA MANTIDOS. RECURSO INFUNDADO. MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. CABIMENTO. 1. A controvérsia trazida no recurso especial cinge-se à questão relativa à legitimidade do recorrente para figurar no polo passivo da demanda encartada nestes autos e não versa sobre as teses submetidas à repercussão geral nos RREE 591.797/SP, 626.307/SP e 754.745/SP, não sendo o caso em tela o de suspensão. 2. No mérito, o agravante não deduz, neste regimental, argumentação nova alguma para enfrentar a fundamentação adotada na decisão agravada (incidência das Súmulas 5 e 7/STJ), não ultrapassando a mera repetição da tese recursal já analisada; logo, incapaz de modificar o entendimento expendido, motivo pelo qual se mantém na íntegra. 3. Agravo regimental não provido, com aplicação de multa. (AgRg no AREsp 43.046/BA, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 16/08/2012, PROCESSO ELETRÔNICO, Dje 22/08/2012) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SUCESSOR DO BANCO ECONÔMICO. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO BRADESCO. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA MANTIDOS. RECURSO INFUNDADO. MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. CABIMENTO. 1. A controvérsia trazida no recurso especial cinge-se à questão relativa à legitimidade do recorrente para figurar no polo passivo da demanda encartada nestes autos e não versa sobre as teses submetidas à repercussão geral nos RREE 591.797/SP, 626.307/SP e 754.745/SP, não sendo o caso em tela o de suspensão. 2. No mérito, o agravante não deduz, neste regimental, argumentação nova alguma para enfrentar a fundamentação adotada na decisão agravada (incidência das Súmulas 5 e 7/STJ), não ultrapassando a mera repetição da tese recursal já analisada; logo, incapaz de modificar o entendimento expendido, motivo pelo qual se mantém na íntegra. 3. Agravo regimental não provido, com aplicação de multa. ( AgRg no Ag 1391828/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, 4ª Turma, Dje 01/02/2013, julgado em 16/08/2012) TEMA: PRAZO PRESCRICIONAL DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS ⇒ REsp 433.003/SP, Relator Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, DJe de 26/08/2002 ⇒ AgRg no REsp 895.800/SP, 3ª Turma, Dje 09/05/2011 ⇒ Edcl no AREsp 94.428/PR, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira, 4ª Turma, Dje 14/05/2013 EMENTAS: Caderneta de poupança. Remuneração nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989. Planos Bresser e Verão. Prescrição. Direito adquirido. Quitação tácita. Fundamento inatacado. IPC de 42,72%. Datas-bases das cadernetas de poupança. Ausência de prequestionamento. Súmula nº 07/STJ. Juros de mora. Termo inicial. Precedente da

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Corte. 1. Nas ações em que são impugnados os critérios de remuneração de cadernetas de poupança e são postuladas as respectivas diferenças, a prescrição é vintenária, já que se discute o próprio crédito e não os seus acessórios. 2. Os critérios de remuneração estabelecidos na Resolução BACEN nº 1.338 e no art. 17, inciso I, da Lei nº 7.730/89 não têm aplicação às cadernetas de poupança com períodos aquisitivos já iniciados. 3. No tocante à quitação tácita, o recurso especial da instituição financeira deixou de impugnar o fundamento do Acórdão recorrido, impedindo o processamento do especial neste ponto. 4. O IPC, no mês de janeiro de 1989, corresponde a 42,72%. 5. Falta o devido prequestionamento quanto à efetiva data-base de cada caderneta de poupança e sua verificação em sede de recurso especial depende do exame de provas, esbarrando a pretensão na Súmula nº 07/STJ. 6. Na hipótese presente, os juros de mora são computados desde a citação. 7. Recurso especial da instituição financeira conhecido e provido, em parte, e recurso dos autores não conhecido. (Resp 433.003/SP, Relator Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, 3ª Turma, DJe de 26/08/2002, julgado em 26/08/2002) AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. POUPANÇA. JUROS REMUNERATÓRIOS. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. 1. "Os juros remuneratórios de conta de poupança, incidentes mensalmente e capitalizados, agregam-se ao capital, assim como a correção monetária, perdendo, pois, a natureza de acessórios, fazendo concluir, em consequência, que a prescrição não é a de cinco anos, prevista no art. 178, § 10, III, do Código Civil de 1916, mas a vintenária. Precedentes da Terceira e Quarta Turmas" (AgRg no Ag 1009466/SP, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES, QUARTA TURMA, julgado em 16/03/2010, DJe 12/04/2010 ). 2. Decisão agravada mantida pelos seus próprios fundamentos. 3. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg no Resp 895800/SP, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª Turma, Dje 09/05/2011, julgado em 03/05/2011) Caderneta de poupança. Remuneração nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989. Planos Bresser e Verão. Prescrição. Direito adquirido. Quitação tácita. Fundamento inatacado. IPC de 42,72%. Datas-bases das cadernetas de poupança. Ausência de prequestionamento. Súmula nº 07/STJ. Juros de mora. Termo inicial. Precedente da Corte. 1. Nas ações em que são impugnados os critérios de remuneração de cadernetas de poupança e são postuladas as respectivas diferenças, a prescrição é vintenária, já que se discute o próprio crédito e não os seus acessórios. 2. Os critérios de remuneração estabelecidos na Resolução BACEN nº 1.338 e no art. 17, inciso I, da Lei nº 7.730/89 não têm aplicação às cadernetas de poupança com períodos aquisitivos já iniciados. 3. No tocante à quitação tácita, o recurso especial da instituição financeira deixou de impugnar o fundamento do Acórdão recorrido, impedindo o processamento do especial neste ponto. 4. O IPC, no mês de janeiro de 1989, corresponde a 42,72%. 5. Falta o devido prequestionamento quanto à efetiva data-base de cada caderneta de poupança e sua verificação em sede de recurso especial depende do exame de provas, esbarrando a pretensão na Súmula nº 07/STJ. 6. Na hipótese presente, os juros de mora são computados desde a citação. 7. Recurso especial da instituição financeira conhecido e provido, em parte, e recurso

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dos autores não conhecido. (Edlc no Aresp 94.428/PR, Rel. Ministro Antonio Carlos Ferreira, 4ª Turma, Dje 14/05/2013, julgado em 26/08/2002) TEMA: NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS ⇒ REsp 880.385/ SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma, Dje 16/09/2008 ⇒ AI 0259465-39.2012.8.26.0000- 17ª CDP TJSP – DJ 24/06/2013 EMENTAS: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA. POSSIBILIDADE DE QUE A EXECUÇÃO DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS SEJA PROMOVIDA POR ASSOCIAÇÃO NA QUALIDADE DE REPRESENTANTE DE SEUS ASSOCIADOS. A SENTENÇA CONDENATÓRIA COLETIVA PODE, EM CIRCUNSTÂNCIAS ESPECÍFICAS, SER LIQUIDADA POR CÁLCULOS, PRESCINDINDO-SE DE PRÉVIO PROCEDIMENTO JUDICIAL DE LIQUIDAÇÃO. A PENHORA DEFERIDA CONTRA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PODE RECAIR SOBRE VALORES QUE ESTA TENHA EM CONTA-CORRENTE. - Na representação a associação age em nome e por conta dos interesses de seus associados, conforme autoriza o art. 5o, XXI, CF, diferentemente do que ocorre na substituição processual. - Sendo eficaz o título executivo judicial extraído de ação coletiva, nada impede que a associação, que até então figurava na qualidade de substituta processual, passe a atuar, na liquidação e execução, como representante de seus associados, na defesa dos direitos individuais homogêneos a eles assegurados. Viabiliza-se, assim, a satisfação de créditos individuais que, por questões econômicas, simplesmente não ensejam a instauração de custosos processos individuais. - Diante das circunstâncias específicas do caso, a execução coletiva pode dispensar a prévia liquidação por artigos ou por arbitramento, podendo ser feita por simples cálculos, na forma da antiga redação do art. 604, CPC. - A jurisprudência desta Corte, além de repelir a nomeação de títulos da dívida pública à penhora, admite a constrição de dinheiro em execução contra instituição financeira. Precedentes. Recurso não conhecido. (Resp 880385/ SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma, Dje 16/09/2008, JULGADO EM 02/09/2008). AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. POUPANÇA. COBRANÇA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO. PRESCRIÇÃO. Inocorrência. Prazo prescricional interrompido com a propositura da ação coletiva. FILIAÇÃO AO IDEC. Desnecessidade de comprovação do vínculo associativo com a entidade, que propôs a ação civil pública, para a recorrente se beneficiar dos efeitos da sentença. ILIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO. Descabimento. Não se observa ao caso a necessidade de prévia liquidação do julgado. Inteligência do artigo 475-B do Código de Processo Civil. ARTIGO 475-J DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Aplicação devida em caso de não cumprimento da obrigação no prazo de 15 (quinze) dias. RECURSO IMPROVIDO (AI 0259465-39.2012.8.26.0000- 17ª CDP TJSP – DJ 24/06/2013)

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TEMA: OFERTA DE BENS À PENHORA E EXCESSO DE EXECUÇÃO ⇒ AgRg no AREsp 294.756/SP, Rel. Ministro Sidnei Beneti, 3ª Turma, Dje 07/05/2013 ⇒ Edcl no Ag 1.111.122/PR, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, 4ª Turma, julgado em 07/06/2011, Dje 15/06/2011 ⇒ REsp 1.209.595/ES, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, julgado em 07/12/2010, Dje 03/02/2011 EMENTAS: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BENS DE DIFÍCIL ALIENAÇÃO OFERECIDOS À PENHORA. DEFERIMENTO DE PENHORA ON LINE. POSSIBILIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. 1.- Com a edição da Lei n.º 11.382/2006, consolidou-se o entendimento de que o dinheiro, em espécie, ou depósito, ou aplicação financeira (art. 655, I do CPC) é o primeiro bem a ser penhorado, na ordem legal. 2.- A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que pode a constrição recair sobre dinheiro, sem que isso implique afronta ao princípio da menor onerosidade da execução, previsto no art. 620 do Código de Processo Civil. 3.- Concluindo o Judiciário estadual que os bens oferecidos à penhora são de difícil alienação, a revisão desta conclusão demanda, necessariamente, o revolvimento do acervo fático-probatório da causa o que impede a abertura da via especial, ante o óbice da Súmula 7 deste Tribunal. 4.- Agravo improvido. (AgRg no Aresp 294.756/SP, Rel. Ministro Sidnei Beneti, 3ª Turma, Dje 07/05/2013, julgado em 23/04/2013) AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BENS DE DIFÍCIL ALIENAÇÃO OFERECIDOS À PENHORA. DEFERIMENTO DE PENHORA ON LINE. POSSIBILIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. 1.- Com a edição da Lei n.º 11.382/2006, consolidou-se o entendimento de que o dinheiro, em espécie, ou depósito, ou aplicação financeira (art. 655, I do CPC) é o primeiro bem a ser penhorado, na ordem legal. 2.- A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que pode a constrição recair sobre dinheiro, sem que isso implique afronta ao princípio da menor onerosidade da execução, previsto no art. 620 do Código de Processo Civil. 3.- Concluindo o Judiciário estadual que os bens oferecidos à penhora são de difícil alienação, a revisão desta conclusão demanda, necessariamente, o revolvimento do acervo fático-probatório da causa o que impede a abertura da via especial, ante o óbice da Súmula 7 deste Tribunal. 4.- Agravo improvido. (Edcl no Ag 1111122/PR, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, 4ª Turma, julgado em 07/06/2011, Dje 15/06/2011) PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM DO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS DO ART. 535 DO CPC. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES JÁ RESOLVIDAS NA DECISÃO EMBARGADA. MERO INCONFORMISMO. FGTS. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA COLETIVA. JUROS

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MORATÓRIOS. TERMO INICIAL: CITAÇÃO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA, QUE DEU ORIGEM À SENTENÇA LIQUIDANDA. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO. 1. Revela-se improcedente arguição de ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil, na hipótese em que o Tribunal de origem tenha adotado fundamentação suficiente para decidir de modo integral a controvérsia, atentando-se aos pontos relevantes e necessários ao deslinde do litígio. A rediscussão, via embargos de declaração, de questões de mérito já resolvidas configura pedido de alteração do resultado do decisum, traduzindo mero inconformismo com o teor da decisão embargada. Nesses casos, a jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que os embargos não merecem prosperar. 2. Esta Superior Corte entende que a fluência dos juros de mora tem como termo inicial a citação na ação civil pública, em cuja sentença se condenou a Caixa à correção dos saldos de contas vinculadas ao FGTS, e não na citação da liquidação daquela sentença coletiva. 3. Recurso especial não provido. (Resp 1209595/ES, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, julgado em 07/12/2010, Dje 03/02/2011)

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METODOLOGIA DE CÁLCULOS

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1. APRENDENDO A ORIGEM DA DIFERENÇA DO PLANO VERÃO

I. HOUVE MUDANÇA DA EXPRESSÃO MONETÁRIA

• Antes do Plano Verão, a moeda era o Cruzado (Cz$). Com o advento do Plano Verão, passou a ser o Cruzado Novo (NCz$).

• Com isso, houve a perda de 3 zeros. Assim, Cz$ 1.000,00 (mil cruzados) passou a valer NCz$ 1,00 (1 cruzado novo).

II. DEVE-SE CONSIDERAR O IPC (ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR) AMPLAMENTE RECONHECIDO PELO STJ (conforme REsp 43.055-0/SP) = 42,72%

• Ao índice de 42,72% deve ser acrescido 0,5% de juros remuneratórios,

próprios do contrato de caderneta de poupança III. O PERCENTUAL APLICADO PELO BANCO FOI DE 22,97% (VEJA QUADRO

ABAIXO)

• 22,35% de correção monetária (C.M.) ou também denominada atualização monetária (A.M.) em alguns extratos

• 0,5% de juros remuneratórios (J.R.)

CAPITAL HIPOTÉTICO = 100,00

100,00 + 22,35% = 22,35 100,00 + 22,35 = 122,35

122,35 + 0,5% = 0,62

122,35 + 0,62 = 122,97

122,97 – 100,00 = 22,97 = 22,97%

IV. O PERCENTUAL RECONHECIDO PELA JUSTIÇA É DE 43,43% (VEJA QUADRO

ABAIXO)

• 42,72% de correção monetária (C.M.) ou atualização monetária (A.M.) • 0,5% de juros remuneratórios (J.R.)

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CAPITAL HIPOTÉTICO = 100,00

100,00 + 42,72% = 42,72

100,00 + 42,72 = 142,72

142,72 + 0,5% = 0,71 142,72 + 0,71 = 143,43

143,43 – 100,00 = 43,43 = 43,43%

V. SUBTRAINDO O QUE FOI APLICADO PELO BANCO DO QUE DEVERIA TER SIDO APLICADO, CONFORME A JUSTIÇA, TEMOS:

43,43% - 22,97%

20,46%

(DIFERENÇA DEVIDA PELO BANCO QUE INCIDE SOBRE O SALDO DE JANEIRO/89) 2. FAZENDO UM CÁLCULO NO CASO CONCRETO PARA ENCONTRAR A DIFERENÇA

I. INFORMAÇÕES A SEREM OBSERVADAS NO EXTRATO

• O saldo em janeiro de 1989 em Cz$ (cruzado) • O desconto de 3 zeros (a vírgula “anda” 3 casas para a esquerda) em

NCz$ (cruzado novo) • 20,46% devem incidir sobre o valor em NCz$

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II. NO EXEMPLO APRESENTADO NO CURSO (BANCO NOSSA CAIXA sucedido por BANCO DO BRASIL)

• Saldo em janeiro de 1989 = Cz$ 7.657.728,49 • O desconto de 3 zeros = NCz$ 7.657,72 (repare na mudança da moeda

de Cz$ para NCz$, a perda de 3 zeros e a vírgula “andando, portanto, 3 casas para a esquerda)

• 20,46% de NCz$ 7.657,72 = NCz$ 1.566,77 3. COMO ATUALIZAR A DIFERENÇA

I. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO (OU ATUALIZAÇÃO) MONETÁRIA

• Utilização de índice acumulado dos rendimentos da caderneta de poupança desde o evento danoso até a data de apresentação dos cálculos, incluindo 0,5% dos juros remuneratórios

• Inclusão de expurgos inflacionários • Inclusão de juros de mora

II. NO EXEMPLO APRESENTADO NO CURSO (BANCO NOSSA CAIXA sucedido por BANCO DO BRASIL)

• Utilização do índice acumulado das cadernetas de poupança + 0,5% de

juros remuneratórios + expurgos inflacionários (Tabela do Idec para setembro/2013). Reparar que a tabela já considera a atualização da expressão monetária (de NCz$ para R$)

NCz$ 1.566,77 x 20,19887 = R$ 31.646,98

• Aplicando-se os juros moratórios desde a citação até a apresentação dos cálculos (setembro/2013) = 184,5%

R$ 31.646,98 x 184,5% = R$ 58.388,68

R$ 31.646,98 + R$ 58.388,68 = R$ 90.035,66

• O total a ser apresentado no início da execução é de R$ 90.035,66.

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4. EXEMPLO DE PLANILHA

I. O QUE DEVE CONSTAR NA PLANILHA

• Nome do poupador • Número da conta • Saldo em janeiro/1989 expresso em moeda Cruzado Novo (NCz$) • Diferença expressa na moeda Cruzado Novo (NCz$) • Atualização monetária com a conversão na moeda corrente (R$) • Incidência de juros moratórios • Subtotal • Incidência de Honorários Advocatícios • Custas devidas ao Estado • Total • Explicação dos critérios de cálculo, incluindo o índice utilizado, o

percentual de juros moratórios aplicados e o termo inicial da contagem (geralmente, a data da citação; ao menos, mês/ano)

II. EXEMPLO DE PLANILHA A SER APRESENTADA COM A INICIAL

CÁLCULOS ATUALIZADOS – EXECUÇÃO INDIVIDUAL

Processo: 0403263-60.1993.8.26.0053 (225/93) - 6ª Vara da Fazenda Pública

Nome do titular Conta Saldo em

janeiro/89 Diferença (em NCz$)

Corrigida até set/2013

Juros (%) Subtotal

Xxxxxxx 00001-2 NCz$ 7.306,88 1.494,99 R$ 30.197,11 184,5 R$ 85.910,78

Yyyyyyy 00003-4 NCz$ 6.735,63 1.378,11 R$ 28.018,05 184,5 R$ 79.711,35

Zzzzzzz 00005-6 NCz$ 482,87 98,80 R$ 1.995,65 184,5 R$ 5.677,62

Nnnnnn 00007-8 NCz$ 1.680,22 343,77 R$ 6.943,77 184,5 R$ 19.775,03

Subtotal 1 R$ 191.074,78

Honorários advocatícios (10%) R$ 19.107,48

Subtotal 2 R$ 210.182,25

custas devidas ao Estado R$ 2.101,82

TOTAL R$ 212.284,07

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(*) foi aplicada a diferença de 20,46% ao saldo existente em janeiro/89;

(**) para atualização do valor foi utilizado o índice com expurgos acumulado das cadernetas de poupança referente a setembro de 2013 (20,19887);

(***) os juros de mora foram computados a taxa de 0,5% ao mês, desde a citação (jul/93) até o advento do novo Código Civil, onde passaram a ser computados a taxa 1% ao mês.

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COMPLEMENTO

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PALESTRA: PROCESSO DE EXECUÇÃO EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANO VERÃO: PRÁTICA E QUESTÕES JUDICIAIS QUE

AFETAM SEU TRÂMITE FGTS. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. CITAÇÃO DO DEVEDOR NA AÇÃO DE CONHECIMENTO. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 219 DO CPC. I - O marco inicial para a incidência dos juros de mora nas demandas que versam sobre a correção monetária dos saldos das contas vinculadas ao FGTS é da citação inicial na ação de conhecimento, e não na liquidação de sentença. Interpretação do artigo 219 do CPC. Precedente: REsp 804832/PE, Relatora Ministra DENISE ARRUDA, DJ de 31/05/2007. II - Recurso especial improvido. (REsp 1.061.041/ES, Rel. Min. Francisco Falcão, 1ª Turma, DJe 04/09/2008) Decisão Monocrática – principal parte 2. A matéria alusiva à obrigação da instituição financeira, na ação principal, de exibir os extratos bancários necessários à comprovação das alegações do correntista já foi apreciada em sede de recurso especial repetitivo (Resp n.º 1.133.872/PB), de relatoria do Ministro Massami Uyeda, chegando a Segunda Seção ao seguinte entendimento: "é cabível a inversão do ônus da prova em favor do consumidor para o fim de determinar às instituições financeiras a exibição de extratos bancários, enquanto não estiver prescrita a eventual ação sobre eles, tratando-se de obrigação decorrente de lei e de integração contratual compulsória, não sujeita à recusa ou condicionantes (...)". O precedente acima mencionado dizia respeito a ação principal. Porém, têm aportado a esta Corte controvérsias envolvendo ação cautelar de exibição de documentos. Nesse caso, tem-se questionado o interesse de agir da parte, alegando-se que o pedido de exibição de documentos deveria ser feito no bojo da própria ação principal. 3. Assim, afigurando-se conveniente a discussão da matéria, afeto o julgamento do presente recurso especial à e. Segunda Seção, nos termos do art. 543-C do CPC, bem como da Resolução n.º 08/2008. (Resp 1.349.453/MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, DJe 07/05/2013) EMBARGOS À EXECUÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROMOVIDA PELO IDEC. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. Cumprimento de sentença que pleiteia os expurgos julgados pela 6ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo. PLANO VERÃO. INCLUSÃO DOS ÍNDICES RELATIVOS AOS PLANOS ECONÔMICOS POSTERIORES AO CONTEMPLADO NO PEDIDO INICIAL. Cabimento. Mera aplicação da correção monetária que se presta a recompor o valor da moeda. JUROS REMUNERATÓRIOS. Possibilidade. Devem ser incorporados ao capital para restituir o equilíbrio entre as partes. JUROS DE MORA. Os juros legais a partir da vigência do CC/2002 são devidos no percentual de 1% como mera adequação ao percentual legal. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Arbitramento em fase de liquidação de sentença. Cabimento. Matéria pacificada no Superior Tribunal de Justiça. RECURSO PROVIDO. (APELAÇÃO Nº:0050012-44.2009.8.26.0053, Rel. Des. Afonso Bráz, 17ª Câmara de Direito Privado)    

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PALESTRA: FASE EXECUTIVA EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANO VERÃO: PRINCIPAIS ALEGAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS EMENTAS: DIREITO BANCÁRIO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS EM CADERNETA DE POUPANÇA. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. OCORRÊNCIA DOS EXPURGOS. CORREÇÃO MONETÁRIA. PRECEDENTES EM RECURSO REPETITIVO DO STJ. SUSPENSÃO DO FEITO. REPERCUSSÃO GERAL. IMPOSSIBILIDADE. LEGITIMIDADE DO BAMERINDUS. O sobrestamento por reconhecimento de repercussão geral pelo STF deve atingir somente os processos em que houve apresentação de recurso extraordinário, hipótese que não se amolda ao caso em comento. O hoje HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo, assumiu o ativo e parte do passivo do Banco Bamerindus do Brasil S/A, sendo que as contas daquele passaram automaticamente para a sua instituição financeira sucessora. Igualmente, o Banco Bamerindus do Brasil S.A. teve seu controle acionário adquirido pelo apelante, tornando-se seu sucessor legal, bem como responsável pelos contratos firmados por aquele banco. Segundo entendimento do STJ prolatado em recurso repetitivo: "1º) A instituição financeira depositária é parte legítima para figurar no pólo passivo da lide em que se pretende o recebimento das diferenças de correção monetária de valores depositados em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários dos Planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II; com relação ao Plano Collor I, contudo, aludida instituição financeira depositária somente será parte legítima nas ações em que se buscou a correção monetária dos valores depositados em caderneta de poupança não bloqueados ou anteriores ao bloqueio. 2ª) É vintenária a prescrição nas ações individuais em que são questionados os critérios de remuneração da caderneta de poupança e são postuladas as respectivas diferenças, sendo inaplicável às ações individuais o prazo decadencial quinquenal atinente à Ação Civil Pública. [...] 4ª) Quanto ao Plano Verão (janeiro/1989), é de 42,72%, percentual estabelecido com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), índice de correção monetária das cadernetas de p oupança com período mensal iniciado até 15 de janeiro de 1989, não se aplicando a Medida Provisória n. 32/89 (Plano Verão), que determinava a atualização pela variação das Letras Financeiras do Tesouro (LFT). 5ª) Quanto ao Plano Collor I (março/1990), é de 84,32% fixado com base no índice de Preços ao Consumidor (IPC), conforme disposto nos arts. 10 e 17, III, da Lei 7.730/89, o índice a ser aplicado no mês de março de 1990 aos ativos financeiros retidos até o momento do respectivo aniversário da conta; ressalva-se, contudo, que devem ser atualizados pelo BTN Fiscal os valores excedentes ao limite estabelecido em NCz$ 50.000,00, que constituíram conta individualizada junto ao BACEN, assim como os valores que não foram transferidos para o BACEN, para as cadernetas de poupança que tiveram os períodos aquisitivos iniciados após a vigência da Medida Provisória 168/90 e nos meses subsequentes ao seu advento (abril, maio e junho de 1990). Quanto ao Plano Collor II, é de 21,87% o índice de correção monetária a ser aplicado no mês de março de 1991, nas hipóteses em que já iniciado o período mensal aquisitivo da caderneta de poupança quando do advento do Plano, pois o poupador adquiriu o direito de ter o valor aplicado remunerado de acordo com o disposto na Lei n. 8.088/90, não

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podendo ser aplicado o novo critério de remuneração previsto na Medida Provisória n. 294, de 31.1.1991, convertida na Lei n. 8.177/91." (Apelação Cível 1.0097.09.006321-1/001, Relator(a): Des.(a) Cabral da Silva , 10ª CÂMARA CÍVEL TJMG, julgamento em 23/07/2013, publicação da súmula em 02/08/2013) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CADERNETA DE POUPANÇA. AÇÃO COLETIVA DE CONSUMO. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. ILEGITIMIDADE ATIVA. Desnecessidade da comprovação da condição de associado do IDEC. Carência de ação afastada. LIMITAÇÃO TERRITORIAL. COISA JULGADA. ABRANGÊNCIA NACIONAL DA DECISÃO. Coisa julgada material é a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. No caso, inviável a discussão da matéria, sob pena de ofensa a coisa julgada. Possibilidade de cumprimento do julgado em face da abrangência nacional reconhecida no decisum. SUSPENSÃO. As decisões prolatadas nos autos dos RE n. 591.797 e 626.307 e Agravo de Instrumento n. 754.745-SP excepcionaram a determinação de sobrestamento aos recursos que estiverem em sede de execução ou na fase de instrução. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTIVA. Na fase do cumprimento a prescrição é contada do trânsito em julgado, consoante o art. 475-L, VI, do CPC e interpretação da Súmula 150 do STF. CORREÇÃO MONETÁRIA DO VALOR DA CONDENAÇÃO. A CORREÇÃO MONETÁRIA DEVERÁ SER EFETUADA COM BASE NOS ÍNDICES PRÓPRIOS DA CADERNETA DE POUPANÇA. PRESCRIÇÃO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS. Os juros remuneratórios, nas ações de cobrança referentes a reajustes de saldo em caderneta de poupança, possuem natureza de obrigação principal, sujeitando-se à prescrição vintenária. Os juros de mora são devidos à taxa de 1% ao mês desde a citação. JUROS REMUNERATÓRIOS. Os juros remuneratórios, no percentual de 0,5% ao mês, compõem a remuneração das cadernetas de poupança e incidem sobre o capital previamente corrigido mensalmente. TERMO INICIAL DA CONTAGEM DOS JUROS MORATÓRIOS. Hipótese em que os juros de mora são devidos desde a citação da ação coletiva, nos termos do art. 406 do Código Civil, c/c art. 161, § 1º do Código Tributário Nacional. EXCESSO DE EXCUÇÃO. NÃO CONHECIMENTO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. Em alegando a parte impugnante excesso de execução, compete-lhe, à exegese do § 2º do art. 475-L do CPC, a apresentação da respectiva memória de cálculo do valor que o impugnante entende devido, realizando argumentação capaz de demonstrar o erro do exequente, sob pena de rejeição liminar da impugnação. Não basta a afirmação genérica de excesso de execução, reportando-se a cálculo anteriormente apresentado aos autos. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NA PARTE CONHECIDA, DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70055375869, Vigésima Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Altair de Lemos Junior, Julgado em 25/09/2013) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA COLETIVA - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - EXPURGOS INFLACIONÁRIOS - CADERNETA DE POUPANÇA - IMPUGNAÇÃO A EXECUÇÃO DE SENTENÇA - JUROS REMUNERATÓRIOS EXCLUÍDOS DO DÉBITO EXEQUENDO - OFENSA A COISA JULGADA - JUROS DE MORA - DIES A QUO - CITAÇÃO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA -INSURGÊNCIA QUANTO A MULTA DO ARTIGO 475-J DO CPC -AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL - CABIMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DA FASE

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DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - RECURSO CONHECIDO EM PARTE E NESTA PROVIDO PARCIALMENTE. Apenas quando o título judicial contempla a incidência de juros remuneratórios é que se pode cobrá-los na fase de execução de sentença, sob pena de violação a coisa julgada. Os juros moratórios devem ser contados a partir da citação da ação civil pública. Não tendo o Juízo a quo aplicado a multa do artigo 475-J do CPC ao recorrente, tenho que falta interesse recursal a este quando pretende o afastamento de tal sanção processual. A jurisprudência do Superior Tribunal Justiça já firmou o entendimento de ser cabível a condenação a honorários advocatícios na fase de cumprimento de sentença. (AI, 5930/2012, DRA.MARIA APARECIDA RIBEIRO, SEXTA CÂMARA CÍVEL, Data do Julgamento 01/08/2012, Data da publicação no DJE 14/08/2012) (AI, 5930/2012, 6ª Câmara Cível TJMT, Data da publicação no DJE 14/08/2012)

PALESTRA: QUESTÕES SENSÍVEIS NO AJUIZAMENTO DE EXECUÇÕES INDIVIDUAIS DECORRENTES DAS AÇÕES COLETIVAS E RECENTES DECISÕES DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE AFETAM O SEU TRÂMITE

PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PAGAMENTO VOLUNTÁRIO MAS EXTEMPORÂNEO. 16º DIA A CONTAR DA INTIMAÇÃO. INCIDÊNCIA DA MULTA PREVISTA NO CANNNMNNMMNMMMMPUTDO ART. 475-J DO CPC. 1. O esgotamento do prazo previsto no art. 475-J do CPC tem consequências essencialmente materiais, pois atinge o próprio crédito cobrado. Com o escoamento do prazo para o pagamento, o valor do título se altera, não podendo o juiz atingir o próprio direito material do credor, que foi acrescido com a multa, assim como o seria com a incidência de juros, correção monetária ou outros encargos. A  pura  fluência  do  prazo  desencadeia  as  consequências  legais.    2. A execução é, deveras, uma faculdade do credor, mas o cumprimento da condenação prevista no título é uma obrigação do devedor. E, certamente, a incidência da multa do art. 475-J do CPC não está vinculada ao efetivo exercício de um direito pelo credor, mas ao descumprimento de uma obrigação imposta ao devedor. Assim, pouco importa se o credor deu início ou não à execução, ou seja, se exerceu seu direito. O relevante é saber se o devedor cumpriu ou não sua obrigação, no modo e tempo impostos pelo título e pela lei. 3. Portanto, o pagamento extemporâneo da condenação imposta em sentença transitada em julgado, muito embora espontâneo e antes de o credor deflagrar a execução forçada, enseja a incidência da multa do art. 475-J, caput, do CPC. 4. Recurso especial provido. (STJ, 4ª Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. em 21/02/2013, DJe em 13/03/2013)

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PALESTRA: ATUALIZAÇÕES DAS DIFERENÇAS DEVIDAS EM AÇÕES QUE VERSAM SOBRE PLANOS ECONÔMICOS: PARÂMETROS UTILIZADOS PELO PODER

JUDICIÁRIO (FOROS ESTADUAIS E FEDERAIS). JUSTIÇA ESTADUAL TEMA: JUROS MORATÓRIOS ( AI 0275507-66.2012.8.26.0000 – 18ª CDP- TJSP – DJ 13/03/2013 ) (AI 70052546736 – 23ª Câmara Cível – TJRS – Julgado em 08/03/2013) (AI 70052160116 – 23ª Câmara Cível – TJRS – Julgado em 27/03/2013) (AGI 20130020071765 1ª Turma Cível- TJDF – DJE: 18/04/2013) (AI 2012.027711-0, 4ª Câmara de Direito Comercial - TJSC – julgado em: 02/10/2012) (Resp 1209595/ES, 2ª Turma – STJ , DJE: 03/02/2011) (AI 0025629-25.2013.8.26.0000/ TJSP, 38ª CDP, DJE:06/03/2013) (Resp 1.348.512 / DF, 4ª Turma , DJE: 04/02/2013) (EdclAp 2006.021443-2 – 2ª CDC – TJSC – DJE: 15/01/2013) (Apelação 0001685-51.2011.8.02.0058 – 2ª Câmara Cível – TJAL – 08/11/2012) EMENTAS: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ? Ausência de contradição, obscuridade ou omissão no V. Acórdão ? Matéria apreciada de forma expressa e suficiente por ocasião do julgamento ? Caráter infringente evidenciado ? O pré-questionamento pressupõe tema que deixou de ser analisado pelo julgado ? Inocorrência ? Recurso improvido ( AI 0275507-66.2012.8.26.0000 – 18ª CDP- TJSP – DJ 13/03/2013 ,Rcl 12681, Relator: CARLOS ALBERTO LOPES) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS PLANOS ECONÔMICOS. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AUSÊNCIA/NULIDADE DE TÍTULO. Diante do posicionamento desta Câmara, é válido o título oriundo da ação civil pública, devendo prosseguir a liquidação daquela decisão, a qual é explícita ao determinar sua abrangência nacional e erga omnes. REsp Repetitivo 1.243.887. EXCESSO DE EXECUÇÃO. Os juros moratórios, assim como a correção monetária, incidem ex vi legis (Lei n. 6.899/81), independente, portanto, de pedido expresso da parte interessada e de determinação pela sentença. Súmula 254 do STF. É a partir da citação na ação civil pública que passa a incidir os juros de mora referentes ao inadimplemento da obrigação, em virtude de ser o momento em que a própria parte devedora passou a saber da pretensão reparatória pretendida pelo poupador. Precedente da Câmara. HONORÁRIOS. IMPUGNAÇÃO. Não são devidos os honorários advocatícios quando a impugnação ao cumprimento de sentença é rejeitada, como no caso dos autos. São, no entanto, devidos na fase de cumprimento de sentença após o término do prazo para pagamento voluntário da condenação. Verba honorária fixada conforme entendimento desta câmara. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, COM DISPOSIÇÃO DE OFÍCIO. (Agravo de Instrumento Nº70052546736, Vigésima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Breno Beutler Junior, Julgado em 08/03/2013)

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS PLANOS ECONÔMICOS. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. TÍTULO EXECUTIVO. EXIGIBILIDADE. EFICÁCIA TERRITORIAL. Diante do posicionamento desta Câmara, correta a decisão que, ao rejeitar o incidente de impugnação, determina o prosseguimento do cumprimento de sentença proposto com base na ação civil pública, cuja decisão é explícita ao determinar sua abrangência nacional e erga omnes. REsp Repetitivo 1.243.887. SUSPENSÃO. DESCABIMENTO. O sobrestamento determinado pelo Supremo Tribunal Federal, bem como a orientação do Ofício-Circular Nº 065/2011-CGJ, não abrange os processos em fase de cumprimento de sentença ou em fase instrutória ainda não concluída, estendendo-se apenas àqueles em fase de julgamento. Descabida, portanto, a suspensão da demanda com base nas orientações referidas. Quanto eventual reconhecimento de repercussão geral pelo STF, independentemente de seu objeto, não tem o condão de atingir a decisão agora em cumprimento, já sacramentada pelo manto da res judicata. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO. Inadequada a alegação de incompetência em impugnação ao cumprimento de sentença, cujas matérias arguíveis estão taxativamente lançadas no art. 475-L, CPC. A incompetência do juízo deve ser alegada por meio de exceção com essa finalidade específica. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. Desnecessidade. Não é obrigatória a prévia liquidação de sentença se o pedido de cumprimento atende à regra do art. 475-B, do CPC. Basta o credor apresentar cálculos respeitando os parâmetros fixados na sentença em cumprimento. JUROS DE MORA. Os juros moratórios, assim como a correção monetária, incidem ex vi legis (Lei n. 6.899/81), independente, portanto, de pedido expresso da parte interessada e de determinação pela sentença. Súmula 254 do STF. É a partir da citação na ação civil pública que passa a incidir os juros de mora referentes ao inadimplemento da obrigação, em virtude de ser o momento em que a própria parte devedora passou a saber da pretensão reparatória pretendida pelo poupador. Precedente da Câmara. IMPUGNAÇÃO. EFEITO SUSPENSIVO. Muito embora de forma excepcional, a atribuição de efeito suspensivo ao incidente de impugnação ao cumprimento de sentença é possível quando relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. No caso concreto, entretanto, em que já fora deferido o requerido efeito, é imperioso o não conhecimento da irresignação, no ponto, ante a explícita ausência de interesse recursal. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº70052160116, Vigésima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Breno Beutler Junior, Julgado em 27/03/2013) PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. JUROS MORATÓRIOS. INCIDÊNCIA. TERMO. 1. O TERMO A QUO PARA A INCIDÊNCIA DOS JUROS MORATÓRIOS CORRESPONDE À DATA DO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO. 2. HAVENDO INTERPELAÇÃO JUDICIAL DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PARA CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO, CONSIDERAR-SE-Á CONSTITUÍDA EM MORA NA DATA DA CITAÇÃO NOS AUTOS DA AÇÃO COLETIVA PROPOSTA.

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3. A EXECUÇÃO INDIVIDUAL DA SENTENÇA COLETIVA TEM POR ESCOPO A INDIVIDUALIZAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DO VALOR DEVIDO ÀQUELE QUE, EMBORA NÃO HAJA PARTICIPADO DO PROCESSO COGNITIVO, OBTEVE, NAQUELES AUTOS, O RECONHECIMENTO DE UM DIREITO SUBJETIVO. 4. QUANDO DA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO PRESENTE RECURSO, CABE AO RELATOR, AUTORIZADO PELOS DITAMES DO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, NEGAR SEGUIMENTO A RECURSO MANIFESTAMENTE INADMISSÍVEL OU IMPROCEDENTE. 5. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. (AGI 20130020071765 1ª Turma Cível- TJDF – DJE: 18/04/2013 pg.67, Relator: Flavio Rostirola) CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. Ação Civil Pública. Expurgos inflacionários. Impugnação aos cálculos do credor rejeitada. Inconformismo. Sobrestamento. Julgamento de Recurso Extraordinário onde reconhecida repercussão geral. Desnecessidade. Matéria diversa. Excesso de execução. Termo inicial dos juros de mora. Citação na fase de conhecimento. Honorários advocatícios. Princípio da sucumbência. Manutenção. Agravo desprovido. Os juros de mora constam-se desde a citação na ação civil pública e não da intimação do devedor do pedido de cumprimento da sentença. A verba honorária é cabível na fase de cumprimento, mormente ante a necessidade de intervenção do advogado do credor e a resistência oposta pelo devedor. (AI 2012.027711-0, 4ª Câmara de Direito Comercial - TJSC – julgado em: 02/10/2012, Relator: Des. José Inacio Schaefer) PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM DO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS DO ART. 535 DO CPC. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES JÁ RESOLVIDAS NA DECISÃO EMBARGADA. MERO INCONFORMISMO. FGTS. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA COLETIVA. JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL: CITAÇÃO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA, QUE DEU ORIGEM À SENTENÇA LIQUIDANDA. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO. 1. Revela-se improcedente argüição de ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil, na hipótese em que o Tribunal de origem tenha adotado fundamentação suficiente para decidir de modo integral a controvérsia, atentando-se aos pontos relevantes e necessários ao deslinde do litígio. A rediscussão, via embargos de declaração, de questões de mérito já resolvidas configura pedido de alteração do resultado do decisum , traduzindo mero inconformismo com o teor da decisão embargada. Nesses casos, a jurisprudência desta Corte Superior é pacífica no sentido de que os embargos não merecem prosperar. 2. Esta Superior Corte entende que a fluência dos juros de mora tem como termo inicial a citação na ação civil pública, em cuja sentença se condenou a Caixa à correção dos saldos de contas vinculadas ao FGTS, e não na citação da liquidação daquela sentença coletiva. 3. Recurso especial não provido. (Resp 1209595/ES, 2ª Turma – STJ , DJE: 03/02/2011, Relator: Min. Mauro Campbell Marques) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Liquidação de sentença proferida em Ação Civil Pública movida por IDEC em face de HSBC Bank Brasil S/A Banco Múltiplo. Expurgos inflacionários. Plano Verão. ILEGITIMIDADE ATIVA Coisa julgada. Questão molecular

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dirimida com o trânsito em julgado da ação civil pública. Possibilidade conferida a todo o poupador que demonstre que foi lesado pela conduta do Banco a dar início à liquidação do julgado em seu domicílio. Desnecessidade de demonstração do vínculo associativo. ILEGITIMIDADE PASSIVA Não restou comprovado que os valores relativos aos depósitos de caderneta de poupança foram excluídos da transferência do ativo. Responsabilidade exclusiva assumida inclusive pelas obrigações relativas às contas de poupança. Precedentes jurisprudenciais. PRESCRIÇÃO Inocorrência do decurso de vinte anos para a propositura da ação de cognição. Execução individual, precedida de habilitação do crédito, que não superou o lustro prescricional. CÁLCULOS apresentados em sede de liquidação. Diferenças existentes nos cálculos das partes que têm como fator preponderante o "dies a quo" dos juros de mora. JUROS REMUNERATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA - Cabimento de juros remuneratórios e correção monetária, a ser realizada de acordo com a Tabela Prática de Atualização dos Débitos Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo das datas em que deveriam ter sido realizados os créditos e até o efetivo pagamento, sendo irrelevante a data de encerramento da conta. JUROS MORATÓRIOS Os juros moratórios devem ser contados a partir da citação na Ação Civil Pública no percentual de 0,5% ao mês até 10 de janeiro de 2003 e 1% a partir de 11 de janeiro de 2003. Recurso desprovido. Prejudicada a análise do pedido de efeito suspensivo. (AI 0025629- 25.2013.8.26.0000/ TJSP, 38ª CDP, DJE:06/03/2013, Relator: Flávio Cunha da Silva) AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POUPANÇA. EXPURGOS. INDENIZAÇÃO POR LESÃO A DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. EXECUÇÃO INDIVIDUAL. JUROS MORATÓRIOS. MORA EX PERSONA . TERMO INICIAL. CITAÇÃO NA FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. As ações civis públicas, em sintonia com o disposto no artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, ao propiciar a facilitação a tutela dos direitos individuais homogêneos dos consumidores, viabilizam otimização da prestação jurisdicional, abrangendo toda uma coletividade atingida em seus direitos, dada a eficácia vinculante das suas sentenças. 2. A sentença de procedência na ação coletiva tendo por causa de pedir danos referentes a direitos individuais homogêneos, nos moldes do disposto no artigo 95 do Código de Defesa do Consumidor, será, em regra, genérica, de modo que depende de superveniente liquidação, não apenas para apuração do quantum debeatur , mas também para aferir a titularidade do crédito, por isso denominada pela doutrina "liquidação imprópria". 3. Com efeito, não merece acolhida a irresignação, pois, nos termos do artigo 219 do Código de Processo Civil e 397 do Código Civil, na hipótese, a mora verifica-se com a citação do devedor, realizada na fase de liquidação de sentença, e não a partir de sua citação na ação civil pública. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (Resp 1.348.512 / DF, 4ª Turma , DJE: 04/02/2013, Relator: Min. Luis Felipe Salomão) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DO DEVEDOR PROPOSTO POR INSTITUIÇÃO FINANCEIRA EM DESFAVOR DE SOCIEDADE DE ADVOGADOS. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, PROVENIENTES DE TÍTULO JUDICIAL, PROMOVIDA POR ESTA EM DESFAVOR DAQUELA. PARCIAL

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PROCEDÊNCIA NA ORIGEM, EM RAZÃO DO EXCESSO DE EXECUÇÃO VERIFICADO, DIANTE DA ELABORAÇÃO DO QUANTUM DEVIDO EM DESCOMPASSO COM OS PARÂMETROS LEGAIS. ACÓRDÃO DESTA CÂMARA QUE MANTEVE INTEGRALMENTE A SENTENÇA DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. VERBA HONORÁRIA FIXADA EM 15% (QUINZE POR CENTO) SOBRE O VALOR ATUALIZADO DA CAUSA ORIGINÁRIA TRANSITADA EM JULGADO. FORMA DE ATUALIZAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL. JUROS DE MORA A CONTAR DO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO QUE FIXOU O ESTIPÊNDIO. FORMA DE CÁLCULO CORRETAMENTE ADOTADA PELA SENTENÇA E CONFIRMADA NO JULGADO EMBARGADO. ACLARATÓRIOS QUE SE INSURGEM QUANTO AO PERCENTUAL DE JUROS MORATÓRIOS INCIDENTES SOBRE O DÉBITO. FIXAÇÃO EM 0,5% AO MÊS COM BASE NO CÓDIGO CIVIL REVOGADO. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO JÁ SOB A VIGÊNCIA DO NOVO CÓDIGO CIVIL, QUE MAJOROU ESSE PERCENTUAL PARA 1% AO MÊS. JULGADO EMBARGADO QUE EMBORA TENHA ADOTADO O ENTENDIMENTO ADEQUADO À ESPÉCIE, EQUIVOCOU-SE NA APRECIAÇÃO DO PERCENTUAL. ERRO MATERIAL QUE PODE SER RECONHECIDO INCLUSIVE DE OFÍCIO. CORREÇÃO DA EIVA IMPOSITIVA. EMBARGOS ACOLHIDOS COM EFEITO INFRINGENTE, UNICAMENTE PARA DETERMINAR, NA ELABORAÇÃO DO CÁLCULO DO VALOR DEVIDO, A OBSERVÂNCIA DO PERCEN (EdclAp 2006.021443-2 – 2ª CDC – TJSC – DJE: 15/01/2013, Relatora: Desa. Rejane Andersen) EMENTA. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS E MATERIAIS. COMPRA EFETUADA PELA INTERNET. NÃO ENTREGA DE PRODUTO. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM AFASTADA. APLICAÇÃO DO CDC. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. NÃO ACOLHIDO O ARGUMENTO DE CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. PRESENÇA DO NEXO CAUSAL E DO DANO SUPORTADO PELO CONSUMIDOR. QUANTUMINDENIZATÓRIO EM CONSONÂNCIA COM OS CRITÉRIOS DA RAZOABILIDADE. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA. TAXA SELIC. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO COM OUTROS ÍNDICES DE CORREÇÃO. ARTIGO 406, DO CC/2002. SÚMULA 54/STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS DENTRO DOS PARÂMETROS PREVISTOS NO ART. 20, § § 3º 4º, DO CPC. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARCIALMENTE. DECISÃO UNÂNIME. (Apelação 0001685-51.2011.8.02.0058 – 2ª Câmara Cível – TJAL – 08/11/2012, Relator(a): Desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento) TEMA: JUROS REMUNERATÓRIOS (AI 0025629-25.2013.8.26.0000 – TJSP ) (AI 0071328-68.2012.8.19.0000 – TJRJ) (Apelação 0009966-80.2007.8.05.0113 – TJBA) (Apelação 201130048461 – TJEPA) (Apelação 0001406-97.2008.8.02.0049 – TJAL) (AI 2012.077773-7, 5ª Câmara de Direito Comercial – TJSC – DJ 04/04/2013)

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EMENTAS: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Liquidação de sentença proferida em Ação Civil Pública movida por IDEC em face de HSBC Bank Brasil S/A Banco Múltiplo. Expurgos inflacionários. Plano Verão. ILEGITIMIDADE ATIVA Coisa julgada. Questão molecular dirimida com o trânsito em julgado da ação civil pública. Possibilidade conferida a todo o poupador que demonstre que foi lesado pela conduta do Banco a dar início à liquidação do julgado em seu domicílio. Desnecessidade de demonstração do vínculo associativo. ILEGITIMIDADE PASSIVA Não restou comprovado que os valores relativos aos depósitos de caderneta de poupança foram excluídos da transferência do ativo. Responsabilidade exclusiva assumida inclusive pelas obrigações relativas às contas de poupança. Precedentes jurisprudenciais. PRESCRIÇÃO Inocorrência do decurso de vinte anos para a propositura da ação de cognição. Execução individual, precedida de habilitação do crédito, que não superou o lustro prescricional. CÁLCULOS apresentados em sede de liquidação. Diferenças existentes nos cálculos das partes que têm como fator preponderante o "dies a quo" dos juros de mora. JUROS REMUNERATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA - Cabimento de juros remuneratórios e correção monetária, a ser realizada de acordo com a Tabela Prática de Atualização dos Débitos Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo das datas em que deveriam ter sido realizados os créditos e até o efetivo pagamento, sendo irrelevante a data de encerramento da conta. JUROS MORATÓRIOS Os juros moratórios devem ser contados a partir da citação na Ação Civil Pública no percentual de 0,5% ao mês até 10 de janeiro de 2003 e 1% a partir de 11 de janeiro de 2003. Recurso desprovido. Prejudicada a análise do pedido de efeito suspensivo. (AI 0025629- 25.2013.8.26.0000 – TJSP , 38ª CDP, DJ: 06/03/2013, Relator: Flávio Cunha da Silva) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. PRETENSÃO DE INCLUSÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA PLENA. INCLUSÃO NO CÁLCULO DA CONDENAÇÃO DOS EXPURGOS POSTERIORES E JUROS REMUNERATÓRIOS ATÉ O EFETIVO PAGAMENTO. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO AO QUAL SE NEGOU SEGUIMENTO, COM ESPEQUE NO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. IMPROVIMENTO. I – Os expurgos inflacionários nada mais são que decorrência da correção monetária, pois compõem este instituto, configurando-se como valores extirpados do cálculo da inflação quando da apuração do índice real que corrigiria preços, títulos públicos, tributos e salários, entre outros. Se é remansoso na jurisprudência que a correção monetária nada acrescenta e tão somente preserva o valor da moeda aviltada pelo processo inflacionário, não constituindo um plus, mas sim um minus, tem-se por legítima e necessária a sua correta apuração. Aplicáveis, portanto, no cálculo da correção monetária, em sede de liquidação de sentença, os índices relativos aos “expurgos inflacionários”, ainda que omissa a decisão exequenda e, mesmo, não requerida na inicial, sem ofensa à coisa julgada, conforme reiterado entendimento jurisprudencial do colendo Superior Tribunal de Justiça; II – Assim, a correção monetária deve incidir de forma plena, considerando-se nos cálculos da execução os expurgos inflacionários dos planos econômicos posteriores, bem como

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os juros remuneratórios até o efetivo pagamento; III – Quanto aos juros moratórios, verifica-se que na planilha o perito menciona haver aplicado juros de 1% ao mês a partir da citação, exatamente conforme determinado na sentença; IV – Improvimento ao agravo interno. (AI 0071328-68.2012.8.19.0000 – TJRJ – 13ª Câmara Cível – Relator: Des. Ademir Paulo Pimentel, DJ: 15/05/2013) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA PLANOS ECONÔMICOS DIREITO RECONHECIDO CONDENAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA AO PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO UNANIMIDADE DE VOTOS 1. Ação judicial com a finalidade de recebimento dos expurgos inflacionários decorrentes do plano econômico Verão. 2. Sentença de procedência parcial dos pedidos e condenação da instituição bancária a pagar as diferenças relativas à correção monetária pelo IPC no período de janeiro/89 (42,72%) para as cadernetas de poupança que aniversariaram de 1º a 15 de janeiro de 1989. Anotando que a diferença entre o que foi creditado e o que deveria ter sido, serão atualizadas pelos índices oficiais de correção das cadernetas de poupança, com juros remuneratórios de 0,5% (meio por cento) ao mês conforme contratado. Determinou, ainda, que sejam observados no cálculo os expurgos inflacionários reconhecidos pelos tribunais superiores referentes a abril e maio de 1990 e fevereiro de 1991, sendo tudo acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, contados da data da citação. 3. Apelação do banco visando à reforma do julgamento. 4. Acórdão reformando apenas o percentual de honorários advocatícios que passam a ser devidos à base de dez por cento sobre o valor da condenação, por intermédio da aplicação do art. 20,§3º, do CPC. 5.Recurso conhecido e provido parcialmente. (Apelação 201130048461 – TJEPA – 5ª Câmara Cível Isolda, DJ:13/05/2011, Relatora: Luzia Nadja Guimaraes Nascimento) PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. CADERNETA DE POUPANÇA. PLANO VERÃO. DIFERENÇA DA CORREÇÃO MONETÁRIA. PRESCRIÇÃO NÃO EVIDENCIADA. MUDANÇA DOS ÍNDICES DE CORREÇÃO DAS CARDENETAS DE POUPANÇA. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO. QUEBRA CONTRATUAL. PRECEDENTES DO STF E STJ. INCIDÊNCIA DE JUROS REMUNERATÓRIOS DESDE O VENCIMENTO E MORATÓRIOS DA CITAÇÃO DA DEMANDA. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. (Apelação 0001406-97.2008.8.02.0049 – TJAL – 1ª Câmara Cível, Relator: Des. Washington Luiz D. Freitas, DJ:06/03/2013) AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DA SENTENÇA PROLATADA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA - CADERNETA DE POUPANÇA - EXPURGOS INFLACIONÁRIOS - DECISÃO QUE REJEITOU A IMPUGNAÇÃO OFERTADA PELO

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DEVEDOR - INSURGÊNCIA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. QUESTÕES PRELIMINARES. ILEGITIMIDADE ATIVA - NÃO ACOLHIMENTO - DESNECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE VÍNCULO ASSOCIATIVO DO EXEQUENTE COM O AUTOR DA AÇÃO COLETIVA (INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - IDEC) - INCIDÊNCIA DAS NORMAS PROTETIVAS DE CONSUMO QUE ALCANÇA TODOS OS LESADOS COM A CONDUTA DO AGRAVANTE, E NÃO APENAS OS FILIADOS - PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE. ILEGITIMIDADE PASSIVA - TESE RECHAÇADA - SUCESSÃO DO BANCO BAMERINDUS S.A PELO HSBC BANK BRASIL S.A. - CASA BANCÁRIA SUCESSORA QUE ASSUMIU O ATIVO E RESPONSABILIDADES DO BANCO SUCEDIDO. PRESCRIÇÃO - INOCORRÊNCIA - PRAZO VINTENÁRIO NOS TERMOS DO ART. 177 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO DE CONHECIMENTO - CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DA SENTENÇA COLETIVA QUE OBEDECE REGRAS PRÓPRIAS - EXEGESE DO ENUNCIADO DE SÚMULA N. 150 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL QUE DEVE SER CONTADO A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO DO DECISUM PROLATADO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA – RECURSO DESPROVIDO NO TÓPICO. PRÉVIA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – DESNECESSIDADE - AFERIÇÃO DA DÍVIDA POR SIMPLES CÁLCULOS ARITMÉTICOS, NOS TERMOS DO ART. 475-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - APLICAÇÃO DO ENUNCIADO DE SÚMULA N. 344 DO C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM COMARCA DIVERSA DO JUÍZO DA CONDENAÇÃO - APLICAÇÃO DO ENTENDIMENTO FIRMADO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DEJUSTIÇA NO ÂMBITO DOS RECURSOS REPETITIVOS – RESP N. 1.243.887, DO PARANÁ - INVIABILIDADE DE LIMITAÇÃO TERRITORIAL DA SENTENÇA - EFICÁCIA ERGA OMNES E ABRANGÊNCIA NACIONAL DO DECISUM EXECUTADO QUE IMPÕEM A MANUTENÇÃO DA DECISÃO VERGASTADA, EM RESPEITO AO PRINCÍPIO DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR - SUSPENSÃO DO FEITO ATÉ SOLUÇÃO DEFINITIVA DA CONTROVÉRSIA ACERCA DOS LIMITES GEOGRÁFICOS DA DECISÃO PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA, PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - IMPOSSIBILDIADE - PROCESSO JÁ EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DESTA CORTE DE JUSTIÇA - RECLAMO DESPROVIDO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. JUROS DE MORA CONTADOS DESDE A CITAÇÃO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA - INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 219 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E 405 DO CÓDIGO CIVIL. DIFERENÇA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DOS VALORES DEPOSITADOS EM CADERNETA DE POUPANÇA QUE ACARRETA A INCIDÊNCIA DE JUROS REMUNERATÓRIOS, NO PERÍODO REFERENTE AO MÊS DE FEVEREIRO DE 1989, CONFORME SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO, E NOS MESES SUBSEQUENTES - INCIDÊNCIA DESDE A DATA EM QUE A DIFERENÇA REMUNERATÓRIA ERA DEVIDA ATÉ A DATA DO EFETIVO PAGAMENTO, SENDO IRRELEVANTE A DATA DE ENCERRAMENTO DAS CONTAS. VIABILIDADE DE INCLUSÃO DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS POSTERIORES, AINDA QUE NÃO POSTULADOS EXPRESSAMENTE PELO AGRAVADO - ENTENDIMENTO FIRMADO PELO C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, SOB O REGIME DO ART. 543-C DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - RESP N. 1.112.524, DO DISTRITO FEDERAL - EXEGESE DOS ENUNCIADOS DE SÚMULA NS. 32 e 37 DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO - PRECEDENTES DESTA CORTE. PREQUESTIONAMENTO -

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DESNECESSIDADE DE O ÓRGÃO JURISDICIONAL APRECIAR TODOS OS DISPOSITIVOS LEGAIS SUSCITADOS, BASTANDO QUE O DECISUM SEJA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (AI 2012.077773-7, 5ª Câmara de Direito Comercial – TJSC – DJ 04/04/2013, Relator: Des. Cláudio Valdyr Helfenstein) TEMA: CORREÇÃO MONETÁRIA (Apelação 0094830-28.2009.8.05.0001 – Relatora: Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi- Terceira Câmara Cível do TJBA – DJ 24/01/2012) (Apelação 2011.3.001276-3 – 5ª Câmara Cível Isolda – TJEPA- DJ 16/05/2011) ( Apelação 0077362- 06.2007.8.02.0001 – 1ª Câmara Cível – TJAL – DJ 24/10/2012) (Apelação 9229080-91.2008.8.26.0000 – 12ª CDP TJSP, DJ: 06/03/2013) (AI 2012.077773-7 – 5ª Câmara de Direito Comercial - TJSC – DJ 04/04/2013) (AI 0071328-68.2012.8.19.0000 – 13ª Câmara Cível – TJRJ – J 16/05/2013) (Ap 704018-2 – TJPR) (AGI 2012.00.2.027373-8 – TJDF) EMENTAS: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. POUPANÇA. PLANOS ECONÔMICOS. CORREÇÃO MONETÁRIA. CONTRATAÇÃO. ÍNDICE APLICÁVEL. INALTERABILIDADE. DEPOSITANTE. DIFERENÇAS DEVIDAS. PRELIMINARES. REJEIÇÃO. I- Inexiste qualquer vedação, no ordenamento jurídico brasileiro, à cobrança de diferença de expurgos de poupança pagos a menor, evidenciando a possibilidade jurídica e processual do pedido. PRELIMINAR REJEITADA. II- Sentindo-se lesada no direito que invocou, a parte autora tem evidente interesse na prestação jurisdicional reclamada. PRELIMINAR REJEITADA. III- É vintenário o prazo prescricional para a ação de cobrança das diferenças relacionadas aos expurgos inflacionários decorrentes dos planos econômicos. PRELIMINAR REJEITADA. IV- É vedado ao agente financeiro, no curso do mês, alterar os índices de atualização monetária, em detrimento do poupador que tem o direito adquirido de, a cada trinta dias, ver assegurados os indexadores adotados no início do período aquisitivo. V- A incidência de dispositivo legal que trata de critério de atualização da poupança só pode alcançar o novo período de rendimento subsequente à sua vigência, porque no interregno anterior a relação jurídica já se concretizou. VI – Consolidada pela Corte Superior a aplicação dos índices de 42,72% no plano Verão, de 84,32% no Plano Collor I e 21,87% no Plano Collor II, aos expurgos das Cadernetas de Poupança, exatamente como entendeu o magistrado sentenciante, descabe qualquer alteração no julgado de primeiro grau. RECURSO NÃO PROVIDO. (Apelação 0094830-28.2009.8.05.0001 – Relatora: Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi- Terceira Câmara Cível do Tribuna de Justiça de Bahia – DJ 24/01/2012)

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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA – PLANOS ECONÔMICOS – DIREITO RECONHECIDO – CONDENAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA AO PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO – UNANIMIDADE DE VOTOS. Ação judicial com a finalidade de recebimento dos expurgos inflacionários decorrentes dos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e II. A sentença foi prolatada, às fls. 90-104, julgando pela procedência parcial dos pedidos, condenando o apelante a pagar a diferença entre a correção paga e a que deveria ter sido creditada nas contas poupança da apelada, com base no saldo da primeira quinzena de janeiro de 1989, referente aos valores encontrados na caderneta de poupança de nº. 100.131.176-8, e nos meses de abril de 1990, maio de 1990 e fevereiro de 1991, referentes aos valores encontrados nas cadernetas de n. 100.131.176-8, 110.131.176-8, 120.131.176-1 e 130.131.176-3 a ser apurado em liquidação de sentença, utilizando, respectivamente, os índices de 42,72%, 44,80%, 7,87% e 21,87%. Além da correção das diferenças pelos índices oficiais das cadernetas de poupança, incluindo os juros remuneratórios de 0,5% ao mês, desde a data em que as diferenças apuradas a menos deveriam ter sido creditadas, observada a variação do IPC como índice de inflação nos meses de março/1990 (84,32%), abril/1990 (44,80%), maio/1990 (7,87%) e fevereiro/1991 (21,87%), com acréscimo de juros de mora sobre o valor devido, à taxa de 1% ao mês, desde a citação, além de honorários advocatícios à base de dez por cento sobre o valor da condenação, nos termos do art. 20, §3º, do CPC. Apelação do Banco do Brasil S/A visando à reforma do julgamento. Acórdão reformando a sentença apenas quanto ao pagamento dos expurgos inflacionários relativos ao Plano Collor I (MP n. 168/90, convertido na Lei n. 8.024/90), o qual bloqueou os ativos financeiros superiores à importância de cinquenta mil cruzados novos, ocasião em que a correção se dava pelo IPC e foi modificada para o BTNF, cabendo atualização dos valores depositados nos bancos pelo IPC, inferiores aquele valor, até o advento da Medida Provisória n. 189/90, em junho de 1990, pois o restante dos valores foi transferido ao BACEN e atualizados, a partir de então, pelo BTNF. O direito dos correntistas surge porque em abril de 1990, o BTNF não apresentou variação enquanto o IPC acusou uma inflação de 44,80%, cabendo a correção das poupanças com saldo positivo em abril/90 e maio/90 pelo indexador IPC, correspondente a 44,80% e 7,87%, respectivamente. O prazo prescricional para as ações relativas aos valores retidos no BACEN é de cinco anos, por tratar-se de autarquia federal. Recurso conhecido e provido parcialmente. ( Apelação 2011.3.001276-3 – 5ª Câmara Cível Isolda – TJEPA- DJ 16/05/2011, Relatora: Desa. Luzia Nadja Guimarães Nascimento) APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA. PERDAS FINANCEIRAS. POUPANÇA. PLANOS VERÃO, COLLOR I E COLLOR II. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO BANCO DEPOSITÁRIO. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA DA CORREÇÃO. CONFIGURAÇÃO DE RELAÇÃO DE CONSUMO. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. PLANOS VERÃO, COLLOR I E COLLOR II. MUDANÇA DOS ÍNDICES DE CORREÇÃO DAS CARDENETAS DE POUPANÇA. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO. JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA TANTO NO STF QUANTO NO STJ. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE. DECISÃO UNÂNIME. A instituição financeira é

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parte legitima para figurar no polo passivo da ação, pois, conforme precedentes do STF e do STJ, o banco depositário tem legitimidade para responder às ações que visem à cobrança de perdas financeiras da caderneta de poupança, dentro do prazo prescricional, que é vintenário, em consonância com a jurisprudência pacífica dos Tribunais Superiores. As normas insertas no Código de Defesa do Consumidor devem ser aplicadas nas relações existentes entre a instituição financeira e os destinatários finais dos serviços bancários, a teor do artigo 3º, § 2º, do CDC. A hipossuficiência do recorrido é notória, pois a instituição bancária recorrente possui as melhores condições para a apresentação dos extratos bancários pleiteados, por incumbir a esta a sua guarda em face da sistemática de desenvolvimento das suas operações registrarias. A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de reconhecer aos depositantes em caderneta de poupança direito à correção monetária do saldo de suas contas pelo índice vigente no início do período contratual. A correção monetária dos depósitos impõe a aplicação judicial dos seguintes percentuais dos expurgos inflacionários verificados na implantação dos Planos Governamentais: "Verão" (janeiro/89 - 42,72% - e fevereiro/89 - 10,14%), "Collor I" (março/90 - 84,32% -, abril/90 - 44,80% -, junho/90 - 9,55% - e julho/90 - 12,92%) e "Collor II" (13,69% - janeiro/91 - e 13,90% - março/91). Apelação cível conhecida e provida em parte. Decisão unânime.( Apelação 0077362- 06.2007.8.02.0001 – 1ª Câmara Cível – TJAL – DJ 24/10/2012, Relator: Tutmés Airan de Albuquerque Melo) EMBARGOS À EXECUÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. INCLUSÃO DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS NÃO PLEITEADOS. VIOLAÇÃO A COISA JULGADA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. Não há que se falar em violação a coisa julgada uma vez que o Douto Julgador "a quo" determinou a inclusão dos expurgos inflacionários, por não ter especificado os índices que seriam utilizados para correção monetária. Está havendo somente recomposição de saldo. Apelação improvida. (Apelação 9229080-91.2008.8.26.0000 – 12ª CDP TJSP, DJ: 06/03/2013, Relatora: Sandra Galhardo Esteves) AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DA SENTENÇA PROLATADA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA - CADERNETA DE POUPANÇA - EXPURGOS INFLACIONÁRIOS - DECISÃO QUE REJEITOU A IMPUGNAÇÃO OFERTADA PELO DEVEDOR - INSURGÊNCIA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. QUESTÕES PRELIMINARES. ILEGITIMIDADE ATIVA - NÃO ACOLHIMENTO - DESNECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE VÍNCULO ASSOCIATIVO DO EXEQUENTE COM O AUTOR DA AÇÃO COLETIVA (INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - IDEC) - INCIDÊNCIA DAS NORMAS PROTETIVAS DE CONSUMO QUE ALCANÇA TODOS OS LESADOS COM A CONDUTA DO AGRAVANTE, E NÃO APENAS OS FILIADOS - PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE. ILEGITIMIDADE PASSIVA - TESE RECHAÇADA - SUCESSÃO DO BANCO BAMERINDUS S.A PELO HSBC BANK BRASIL S.A. - CASA BANCÁRIA SUCESSORA QUE ASSUMIU O ATIVO E RESPONSABILIDADES DO BANCO SUCEDIDO. PRESCRIÇÃO - INOCORRÊNCIA - PRAZO VINTENÁRIO NOS TERMOS DO ART. 177 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO DE CONHECIMENTO - CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DA SENTENÇA COLETIVA QUE OBEDECE REGRAS

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PRÓPRIAS - EXEGESE DO ENUNCIADO DE SÚMULA N. 150 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL QUE DEVE SER CONTADO A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO DO DECISUM PROLATADO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA – RECURSO DESPROVIDO NO TÓPICO. PRÉVIA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – DESNECESSIDADE - AFERIÇÃO DA DÍVIDA POR SIMPLES CÁLCULOS ARITMÉTICOS, NOS TERMOS DO ART. 475-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - APLICAÇÃO DO ENUNCIADO DE SÚMULA N. 344 DO C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM COMARCA DIVERSA DO JUÍZO DA CONDENAÇÃO - APLICAÇÃO DO ENTENDIMENTO FIRMADO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NO ÂMBITO DOS RECURSOS REPETITIVOS – RESP N. 1.243.887, DO PARANÁ - INVIABILIDADE DE LIMITAÇÃO TERRITORIAL DA SENTENÇA - EFICÁCIA ERGA OMNES E ABRANGÊNCIA NACIONAL DO DECISUM EXECUTADO QUE IMPÕEM A MANUTENÇÃO DA DECISÃO VERGASTADA, EM RESPEITO AO PRINCÍPIO DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR - SUSPENSÃO DO FEITO ATÉ SOLUÇÃO DEFINITIVA DA CONTROVÉRSIA ACERCA DOS LIMITES GEOGRÁFICOS DA DECISÃO PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA, PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - IMPOSSIBILDIADE - PROCESSO JÁ EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DESTA CORTE DE JUSTIÇA - RECLAMO DESPROVIDO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. JUROS DE MORA CONTADOS DESDE A CITAÇÃO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA - INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 219 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E 405 DO CÓDIGO CIVIL. DIFERENÇA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DOS VALORES DEPOSITADOS EM CADERNETA DE POUPANÇA QUE ACARRETA A INCIDÊNCIA DE JUROS REMUNERATÓRIOS, NO PERÍODO REFERENTE AO MÊS DE FEVEREIRO DE 1989, CONFORME SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO, E NOS MESES SUBSEQUENTES - INCIDÊNCIA DESDE A DATA EM QUE A DIFERENÇA REMUNERATÓRIA ERA DEVIDA ATÉ A DATA DO EFETIVO PAGAMENTO, SENDO IRRELEVANTE A DATA DE ENCERRAMENTO DAS CONTAS. VIABILIDADE DE INCLUSÃO DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS POSTERIORES, AINDA QUE NÃO POSTULADOS EXPRESSAMENTE PELO AGRAVADO - ENTENDIMENTO FIRMADO PELO C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, SOB O REGIME DO ART. 543-C DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - RESP N. 1.112.524, DO DISTRITO FEDERAL - EXEGESE DOS ENUNCIADOS DE SÚMULA NS. 32 e 37 DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO - PRECEDENTES DESTA CORTE. PREQUESTIONAMENTO - DESNECESSIDADE DE O ÓRGÃO JURISDICIONAL APRECIAR TODOS OS DISPOSITIVOS LEGAIS SUSCITADOS, BASTANDO QUE O DECISUM SEJA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (AI 2012.077773-7 – 5ª Câmara de Direito Comercial - TJSC – DJ 04/04/2013, Relator: Des. Cláudio Valdyr Helfenstein) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. PRETENSÃO DE INCLUSÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA PLENA. INCLUSÃO NO CÁLCULO DA CONDENAÇÃO DOS EXPURGOS POSTERIORES E JUROS REMUNERATÓRIOS ATÉ O EFETIVO PAGAMENTO. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO, COM ESPEQUE NO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.I – Os expurgos

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inflacionários nada mais são que decorrência da correção monetária, pois compõem este instituto, configurando-se como valores extirpados do cálculo da inflação quando da apuração do índice real que corrigiria preços, títulos públicos, tributos e salários, entre outros. Se é remansoso na jurisprudência que a correção monetária nada acrescenta e tão somente preserva o valor da moeda aviltada pelo processo inflacionário, não constituindo um plus, mas sim um minus, tem-se por legítima e necessária a sua correta apuração. Aplicáveis, portanto, no cálculo da correção monetária, em sede de liquidação de sentença, os índices relativos aos “expurgos inflacionários”, ainda que omissa a decisão exequenda e, mesmo, não requerida na inicial, sem ofensa à coisa julgada, conforme reiterado entendimento jurisprudencial do colendo Superior Tribunal de Justiça; II – Assim, a correção monetária deve incidir de forma plena, considerando-se nos cálculos da execução os expurgos inflacionários dos planos econômicos posteriores, bem como os juros remuneratórios até o efetivo pagamento;III – Quanto aos juros moratórios, verifica-se que na planilha o perito menciona haver aplicado juros de 1% ao mês a partir da citação, exatamente conforme determinado na sentença. IV – Recurso ao qual se nega seguimento com espeque no artigo 557, do Código de Processo Civil (AI 0071328- 68.2012.8.19.0000 – 13ª Câmara Cível – TJRJ – J 16/05/2013, Relator: Ademir Paulo Pimentel) DECISÃO: Acordam os Desembargadores da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em dar parcial provimento ao apelo do BANCO BRADESCO S/A. e negar provimento ao apelo de GLAUCIO JOSÉ GEARA e outros. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS DAS CORREÇÕES MONETÁRIAS. CADERNETA DE POUPANÇA. PLANO ECONÔMICO VERÃO. SENTENÇA PROCEDENTE. APELO (1) DO BANCO. DIREITO ADQUIRIDO. MANUTENÇÃO. CONTRATO PREEXISTENTE E NÃO ALTERADO PELO PLANO ECONÔMICO. APLICAÇÃO IMEDIATA DA NOVA LEI. IMPROPRIEDADE. VALIDADE DA PACTUAÇÃO. IRRETROATIVIDADE DA NOVA LEI. VALIDADE DA CORREÇÃO MONETÁRIA PELO ÍNDICE VIGENTE NA PRIMEIRA QUINZENA DO MÊS. DIREITO ADQUIRIDO. PERDAS ECONÔMICAS. CONSTATAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEXADOR IPC. DÉBITO JUDICIAL. ATUALIZAÇÃO PELOS ÍNDICES OFICIAIS. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. OBSERVÂNCIA DO ART. 475-B, CPC. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. REDISTRIBUIÇÃO. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO § 4º DO ART. 20, DO CPC EM RELAÇÃO AO VALOR ELEVADO DADO À CAUSA. REJEIÇÃO. FIXAÇÃO NO MÍNIMO LEGAL. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS MANTIDOS. APELO (2) DOS AUTORES. DIFERENÇA DE CORREÇÃO PELO IPC. JANEIRO/1989. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS DE CORREÇÃO ENTRE O QUE DEVERIA TER SIDO CREDITADO E O QUE FOI EFETIVAMENTE PAGO EM FEVEREIRO/1989. PERCENTUAL DE 20,37%. CORREÇÃO APELO (1) PARCIALMENTE PROVIDO. APELO (2) DESPROVIDO. (Ap 704018-2 – TJPR – DJE: 16/12/2010, 14ª Câmara Cível, Relator:Des. Edson Vidal Pinto) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. TÍTULO JUDICIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. JUROS REMUNERATÓRIOS. 0,5 % AO MÊS. PRESCRIÇÃO. COISA JULGADA. CORREÇÃO MONETÁRIA. 1- PACÍFICO O ENTENDIMENTO DE QUE OS JUROS

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REMUNERATÓRIOS EM CADERNETA DE POUPANÇA INTEGRAM O CAPITAL, PERDENDO A SUA NATUREZA ACESSÓRIA, DEVENDO SER APLICADO O PRAZO PRESCRICIONAL VINTENÁRIO. 2- OS JUROS REMUNERATÓRIOS, ALÉM DE SEREM ORIUNDOS DE PREVISÃO NORMATIVA, SÃO INERENTES AOS CONTRATOS DE CADERNETA DE POUPANÇA. 3- CONSIDERANDO QUE O PEDIDO FORMULADO NA AÇÃO CIVIL FOI ACOLHIDO PARA RECONHECER O DIREITO DOS AGRAVANTES À PERCEPÇÃO DAS DIFERENÇAS DOS ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA OUTRORA SUPRIMIDOS, POR CONSECTÁRIO LÓGICO, ESSAS DIFERENÇAS DEVEM SER ATUALIZADAS E SOFREREM A INCIDÊNCIA DOS JUROS REMUNERATÓRIOS LEGAIS. 4- NÃO HAVENDO A SENTENÇA EXECUTADA CONDENADO AO PAGAMENTO DE EXPURGOS REFERENTES AO PERÍODO DE MARÇO A ABRIL DE 1990 E FEVEREIRO DE 1991, NÃO SE MOSTRA VIÁVEL, EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, A INCLUSÃO DOS ALUDIDOS EXPURGOS. 5- É POSSÍVEL A INCIDÊNCIA DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA SOBRE O MONTANTE DEPOSITADO NA CADERNETA DE POUPANÇA JUNTO AO EXECUTADO, EIS QUE ELA CONSISTE EM MERO FATOR DE RECOMPOSIÇÃO DO PODER AQUISITIVO DA MOEDA. 6- AGRAVO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (AGI 2012.00.2.027373-8 – TJDF – 1ª Turma Cível , Relatora: Leila Arlanch, DJE: 26/08/2013) JUSTIÇA FEDERAL TEMA: JUROS MORATÓRIOS (Apelação 2006.51.06.001249-3, TRF 2ª Região) (Apelação Cível 2009.38.00.003920-7/ MG – TRF 1ª Região) EMENTAS: ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. CADERNETAS DE POUPANÇA. PLANO BRESSER (JUN/87) E PLANO VERÃO (JAN/89). PARTICIPAÇÃO DO MPF COMO FISCAL DA LEI. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. JUROS MORATÓRIOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. APELAÇÕES IMPROVIDAS. 1. Apelações Cíveis interpostas pela CEF e pela ABRACON contra sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Petrópolis, nos autos de Ação Civil Pública. 2. É possível depreender dos autos que houve a devida intimação e manifestação do Parquet, atuando no caso em tela como fiscal da lei. 3. Outrossim, da análise da demanda em foco é possível constatar o seguinte: a Autora preenche os requisitos legais; há relação de consumo; objetiva-se a tutela de interesse individual homogêneo. 4. No caso, o prazo prescricional, de acordo com a posição dos nossos Tribunais Superiores, deve ser classificado como vintenário. 5. Em relação à correção expurgada do Plano Bresser, ocorrido no mês de junho de 1987, as novas regras relativas aos rendimentos de poupança não atingem situações pretéritas, sendo devido, portanto, o índice de 26,06%, descontado o que tiver sido aplicado anteriormente. 6. Quanto ao Plano Verão, pacificou-se o entendimento segundo o

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qual as cadernetas de poupança que têm data-base antes do décimo quinto dia de cada mês fazem jus à aplicação do índice de 42,72%, descontado o que tiver sido aplicado anteriormente. 7. Consoante pacífica jurisprudência, são devidos os juros de mora de 0,5% (meio por cento) ao mês desde a citação, até a entrada em vigor do atual Código Civil e, a partir daí, em 1% (um por cento) nos termos do seu artigo 406. 8. Correta a fixação da verba honorária em R$ 1.000,00 (um mil reais), mormente por se tratar de causa unicamente de direito, julgada em tempo relativamente curto, e que versa sobre assunto já pacificado. 10. Do exposto, nego provimento aos Recursos de Apelação interpostos pela CEF e pela ABRACON, mantendo in totum a Sentença Monocrática (TRF-2 - AC: 424247 RJ 2006.51.06.001249-3, Relator: Desembargador Federal REIS FRIEDE, Data de Julgamento: 03/12/2008, SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: DJU - Data::16/12/2008 – Página::92/93) DIREITO CIVIL E ECONÔMICO. CORREÇÃO MONETÁRIA. CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. TERMO INICIAL. DIREITO À DIFERENÇA. I - O prazo prescricional para obter ressarcimento de juros e correção monetária creditados a menor na conta poupança (Plano Verão, janeiro/1989) é vintenário. Precedentes do eg. STJ em recursos submetidos à sistemática dos recursos repetitivos - art. 543-C do CPC. II - O termo inicial do prazo de prescrição nas ações em que são impugnados os critérios de remuneração da caderneta de poupança é o dia em que foi efetuado o crédito a menor na respectiva conta (Precedentes STJ, Segunda Seção). III - Ajuizada a ação em 30/01/2009, referente a crédito em 1º/02/1989 (data base da conta), reconhece-se que não ocorrera a prescrição. IV - Uma vez afastada a preliminar de prescrição, pode o Tribunal julgar, desde logo, a lide, se a matéria for exclusivamente de direito e a causa estiver suficientemente madura, já que a prescrição e a decadência, muito embora estejam incluídas no rol do art. 269 do CPC (extinção do processo com resolução do mérito), não constituem o mérito propriamente dito, tanto é que são apreciadas juntamente com as demais preliminares. V - E devida a correção monetária das cadernetas de poupança com período mensal iniciado até 15 de janeiro de 1989 (plano verão), no percentual de 42,72%, não se aplicando, à espécie, a MP 32/1989 (Plano Verão), que considerava a atualização monetária com base nas Letras Financeiras do Tesouro - LF. Precedentes do eg. STJ em recursos submetidos à sistemática dos recursos repetitivos - art. 543-C do CPC. VI - Incidem juros de mora em feitos da espécie, pois a instituição financeira é a contratante com o titular da conta, responsável pelo crédito a menor dos respectivos rendimentos. VII - Apelação do autor a que se dá provimento, para anular a sentença e julgar procedente o pedido. (TRF-1 - AC: 3920 MG 2009.38.00.003920-7, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL JIRAIR ARAM MEGUERIAN, Data de Julgamento: 10/10/2011, SEXTA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.423 de 24/10/2011)

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TEMA: JUROS REMUNERATÓRIOS (Apelação 2006.61.06.003723-7 – SP – TRF 3ª Região) (Apelação 2008.70.00.029424-0- PR – TRF 4ª Região) (Apelação 278353 RJ 2002.02.01.001451-6, TRF 2ª Região) (AC 26 PA 2009.39.02.000026-0, TRF 1ª Região) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA DE POUPANÇA. "PLANOS BRESSER, VERÃO, COLLOR E COLLOR II". ATIVOS FINANCEIROS NÃO BLOQUEADOS. LEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. DIREITO ADQUIRIDO PARA AS CADERNETAS DE POUPANÇA QUE ANIVERSARIAVAM NA PRIMEIRA QUINZENA DO MÊS, SALVO EM RELAÇÃO AO PLANO COLLOR II (FEVEREIRO/91), QUANDO SE APLICA A TRD. JUROS REMUNERATÓRIOS. JUROS DE MORA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS DE FEVEREIRO/89, MARÇO A ABRIL/90 E FEVEREIRO/91. SUCUMBÊNCIA. I. A jurisprudência já firmou entendimento de que a instituição financeira é parte legítima para responder pelas ações onde se pleiteia as diferenças não depositadas em caderneta de poupança referente aos Planos Bresser e Verão. Com relação ao Plano Collor, cuidando-se de ativos não transferidos ao Banco Central do Brasil, a legitimidade passiva também é do banco depositário. II. Prescreve em 20 anos o direito do poupador de reclamar em juízo o crédito de expurgos inflacionários. III. Sobre os ativos financeiros não bloqueados à época do Plano Collor (março/90) deve prevalecer o disposto na Lei nº 7.730/89 até a entrada em vigor da Lei nº 8.088/90, em junho/90. IV. Atualmente encontra-se consagrado no âmbito dos Tribunais Superiores o entendimento de que a TRD é o índice aplicável para as correções monetárias das cadernetas de poupança mantidas em fevereiro/91, quando em vigor o chamado Plano Collor II (Lei nº 8.177/91). V. Os juros remuneratórios representam a justa compensação que se deve tirar da aplicação financeira, sendo devidos na base de 0,5% ao mês até a data do pagamento. VI. Os juros de mora são devidos de acordo com o disposto nos artigos 405 e 406 do Código Civil atual, em vigor à época da propositura da demanda. VII. Os expurgos inflacionários dos meses de fevereiro/89, março a maio/90 e fevereiro/91 foram expressamente postulados pelas autoras na petição inicial, devendo ser incluídos na correção monetária por ser este o entendimento majoritário desta E. Turma. VIII. Face à procedência do pedido, mostra-se devida a condenação da instituição financeira no pagamento dos honorários advocatícios, no percentual de 10% sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 20, § 3º, do CPC, haja vista que a matéria se encontra há muito pacificada. IX. Preliminares rejeitadas. Apelações parcialmente providas. (TRF-3 - AC: 3723 SP 2006.61.06.003723-7, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL CECILIA MARCONDES, Data de Julgamento: 28/08/2008, TERCEIRA TURMA) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INOCORRÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. 1. Não há omissão, contradição ou obscuridade no julgado que decidiu sobre as questões controvertidas na demanda. 2. A tarefa do Juiz é dizer, de forma fundamentada, qual a legislação que incide no caso

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concreto. Não cabe pretender a "jurisdição ao avesso", pedindo ao Juízo que diga as normas legais que não se aplicam ao caso sub judice. Declinada a legislação que se entendeu aplicável, é essa que terá sido contrariada, caso aplicada em situação fática que não se lhe subsume. (TRF-4 - AC: 29424 PR 2008.70.00.029424-0, Relator: JORGE ANTONIO MAURIQUE, Data de Julgamento: 28/04/2010, QUARTA TURMA, Data de Publicação: D.E. 10/05/2010) ADMINISTRATIVO. CADERNETA DE POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA APRECIAR A CAUSA EM RELAÇÃO ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS, EXCETUADA A CEF (ART. 109, CRFB/88). LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO BANCO DEPOSITÁRIO. PLANO VERÃO (JANEIRO/89). PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA (ART. 177 DO REVOGADO CÓDIGO CIVIL DE 1916). LEI Nº 7.730/89. IRRETROATIVIDADE. INCLUSÃO DOS JUROS CONTRA TUAIS. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. JUROS DE MORA. TERMO A QUO. CITAÇÃO. ART. 219 DO CPC. HONORÁRIOS EXCESSIVOS. REDUÇÃO. ART. 20, § 3º, DO CPC. I- A competência da Justiça Federal in ratione personae encontra-se disposta no art. 109, inciso I, da Lei Fundamental. Incompetência absoluta da Justiça Federal para processar e julgar as causas em que se pleiteiam os expurgos inflacionários em depósito de poupança, salvo a CEF, por se tratar de empresa pública federal. II- A relação jurídica decorrente do contrato de depósito em caderneta de poupança estabelece-se entre o poupador e o agente financeiro, sendo a ela estranhos entes federais encarregados da normatização do setor. A CEF é parte legítima nas ações em que se pleiteia a correção monetária em saldo de caderneta de poupança, para o Plano Verão janeiro/89), eis que os depósitos encontravam-se sob a sua responsabilidade para tal período. III- É vintenária a prescrição da pretensão para a correção monetária em conta de depósito de poupança, em face de instituição financeira privada. Aplicação do art. 177, do revogado Código Civil de 1916. IV - A legislação revogada pela nova nonna jurídica dispunha ser o IPC o índice de atualização monetária das contas de caderneta de poupança, o qual era apurado no período compreendido entre o 16º dia de um mês e o 15º dia do mês subseqüente. Entrando a Lei no. 7.7730/89 em vigor no dia 15 de janeiro de 1989, não se pode pemitir que a mesma tenha efeito retroativo à sua vigência, pelo que, o novo índice previsto no art. 17 da supracitada norma não se aplica às cadernetas de poupança iniciadas ou renovadas no período compreendido entre 1º e 15 de janeiro de 1989. Reverência ao princípio constitucional da irretroatividade da lei para prejudicar o direito adquirido e ato jurídico perfeito. Aplicável o IPC de janeiro de 1989 para a atualização do saldo de caderneta de poupança, cujo período mensal iniciouse até o dia quinze daquele mês, em respeito ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito, não calhando a alegação de negativa de vigência do art. 17 da Lei no. 7.730/89. V - Para que o poupador seja integralmente ressarcido das perdas decorrentes dos expurgos inflacionários na caderneta de poupança devem incidir na condenação os juros previstos nos contratos de depósito de poupança, no presente caso a partir da lesão decorrente do plano verão janeiro/89), de forma a evitar que o banco depositário se enriqueça sem justa causa, às custas do titular da conta, que fora lesado com o percentual de correção monetária menor que o devido. VI- Os juros de mora devem incidir a partir da citação, à luz do disposto no art. 219 do CPC. VI- Redução da verba honorária ao

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percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, vez que a fixação em 20% (vinte por cento) afigura-se demasiadamente excessiva, considerando-se os parâmetros preconizados pelo § 3º do art. 20 do CPC, precipuamente a simplicidade da causa, o trabalho do advogado e o tempo despendido no exercício da atividade postulatória. VII- Apelo dos autores parcialmente provido para que seja incluído na condenação da CEF o pagamento de juros contratuais para depósitos de caderneta de poupança, a partir da lesão decorrente do expurgo inflacionário do Plano Verão Ganeiro/89). Apelo da CEF parcialmente provido para reduzir a verba honorária ao percentual de 1 0% (dez por cento) sobre a condenação. Sentença parcialmente reformada (TRF-2 - AC: 278353 RJ 2002.02.01.001451-6, Relator: Desembargador Federal THEOPHILO MIGUEL, Data de Julgamento: 20/02/2008, SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: DJU - Data::03/03/2008 – Página::184/185) CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CADERNETA DE POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO (JAN/89). CONTA COM DATA-BASE ANTERIOR À 15/01/1989. APLICAÇÃO DO IPC. DIREITO ADQUIRIDO. JUROS MORATÓRIOS. APLICAÇÃO DESDE A CITAÇÃO. I - Os depositantes de caderneta de poupança têm direito adquirido à manutenção do critério de correção monetária vigente na data do depósito (Precedente do colendo Supremo Tribunal Federal). II - No caso em tela, "é vintenária a prescrição nas ações individuais em que são questionados os critérios de remuneração da caderneta de poupança e são postuladas as respectivas diferenças, sendo inaplicável às ações individuais o prazo decadencial quinquenal atinente à Ação Civil Pública (REsp 1107201/DF, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/09/2010, DJ-e 06/05/2011). Ademais, o termo a quo do prazo prescricional é o dia em que foi efetuado o crédito a menor na referida conta de poupança. III - Afigura-se ilegítima a correção das cadernetas de poupança, com aniversário anterior a 15/01/89, com base na variação da Letra Financeira do Tesouro Nacional - LFT, determinada pela Medida Provisória nº. 32/89, convertida na Lei 7.730/89, sendo devida, na hipótese, a aplicação do IPC. Precedente do egrégio STJ submetido ao procedimento dos recursos repetitivos. IV - "A atualização monetária, simples recomposição do valor da obrigação, incide desde o momento em que a prestação é devida, assim a contar da data do expurgo, e até a data da citação, quando tem início a fluência de juros moratórios, com observância da taxa SELIC (que já inclui correção monetária), por encontrar-se, na hipótese em causa, então em vigor o novo Código Civil. V - Nas ações em que são pleiteadas diferenças de rendimentos em cadernetas de poupança, os juros de mora são contados desde a citação. Precedentes. VI -"Aos juros remuneratórios, incidentes sobre diferenças de expurgos inflacionários em caderneta de poupança, não se aplica o prazo prescricional do artigo 178, § 10, III, do Código Civil de 1916, uma vez que se agregam ao capital (principal) e, por essa razão, perdem a natureza de acessório, estando submetidos, pois, ao prazo prescricional de vinte anos, assim como o principal." VII - Os juros remuneratórios serão devidos até o momento do saque ou encerramento da conta, caso já ocorridos, cabendo à CEF, pois, a comprovação do quanto alegado. VIII - Apelação parcialmente provida. (TRF-1 - AC: 26 PA 2009.39.02.000026-0, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE, Data de Julgamento: 02/05/2012, QUINTA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.923 de 18/05/2012)

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TEMA: CORREÇÃO MONETÁRIA (Apelação Cível 2009.38.00.003920-7/MG, TRF 1ª Região) (Apelação 6009 SP 2004.61.00.006009-0, TRF 3ª Região) EMENTAS: DIREITO CIVIL E ECONÔMICO. CORREÇÃO MONETÁRIA. CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. TERMO INICIAL. DIREITO À DIFERENÇA. I - O prazo prescricional para obter ressarcimento de juros e correção monetária creditados a menor na conta poupança (Plano Verão, janeiro/1989) é vintenário. Precedentes do eg. STJ em recursos submetidos à sistemática dos recursos repetitivos - art. 543-C do CPC. II - O termo inicial do prazo de prescrição nas ações em que são impugnados os critérios de remuneração da caderneta de poupança é o dia em que foi efetuado o crédito a menor na respectiva conta (Precedentes STJ, Segunda Seção). III - Ajuizada a ação em 30/01/2009, referente a crédito em 1º/02/1989 (data base da conta), reconhece-se que não ocorrera a prescrição. IV - Uma vez afastada a preliminar de prescrição, pode o Tribunal julgar, desde logo, a lide, se a matéria for exclusivamente de direito e a causa estiver suficientemente madura, já que a prescrição e a decadência, muito embora estejam incluídas no rol do art. 269 do CPC (extinção do processo com resolução do mérito), não constituem o mérito propriamente dito, tanto é que são apreciadas juntamente com as demais preliminares. V - E devida a correção monetária das cadernetas de poupança com período mensal iniciado até 15 de janeiro de 1989 (plano verão), no percentual de 42,72%, não se aplicando, à espécie, a MP 32/1989 (Plano Verão), que considerava a atualização monetária com base nas Letras Financeiras do Tesouro - LF. Precedentes do eg. STJ em recursos submetidos à sistemática dos recursos repetitivos - art. 543-C do CPC. VI - Incidem juros de mora em feitos da espécie, pois a instituição financeira é a contratante com o titular da conta, responsável pelo crédito a menor dos respectivos rendimentos. VII - Apelação do autor a que se dá provimento, para anular a sentença e julgar procedente o pedido. (TRF-1 - AC: 3920 MG 2009.38.00.003920-7, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL JIRAIR ARAM MEGUERIAN, Data de Julgamento: 10/10/2011, SEXTA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.423 de 24/10/2011) CORREÇÃO MONETÁRIA. CADERNETA DE POUPANÇA. PLANO VERÃO. LEI Nº 7.730/89. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DOS VALORES DEVIDOS. RESOLUÇÃO 561/07 DO CJF. INCLUSÃO DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. INAPLICABILIDADE. 1. Correção monetária dos valores a receber na forma do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela Resolução nº 561/07 do Conselho da Justiça Federal, o qual determina a aplicabilidade, salvo decisão judicial em contrário, dos expurgos inflacionários ora pleiteados pelo apelante. 2. Incabível, na hipótese vertente, a utilização da taxa SELIC a título de juros moratórios. Com efeito, nos termos do Enunciado n.º 20 da I Jornada de Direito Civil, promovida pelo Centro de Estudos

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Judiciários do Conselho da Justiça Federal, a taxa de juros moratórios a que se refere o art. 406 é a do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, 1% (um por cento) ao mês. A taxa SELIC possui como lógica financeira a necessidade de emissão de títulos públicos federais a serem remunerados pela União em face do não ingresso nos cofres públicos dos valores devidos a título de tributo. Assim, o embasamento lógico-financeiro da SELIC não se coaduna com a remuneração por juros com débitos de natureza civil, como no caso em apreço, que trata de caderneta de poupança. 3. Apelação parcialmente provida. (TRF-3 - AC: 6009 SP 2004.61.00.006009-0, Relator: JUIZ CONVOCADO MARCELO AGUIAR, Data de Julgamento: 07/02/2008, SEXTA TURMA)