nbr5419-1 2015

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    Vlida a partir de

    edio

    ABNT NBRNORMA

    BRASILEIRA

    ICS ISBN 978-85-07-

    Nmero de referncia

    67 pginas

    5419-1

    Primeira22.05.2015

    22.06.2015

    Proteo contra descargas atmosfricas

    Parte 1: Princpios gerais

    Lightning protection

    Part 1: General principles

    91.120.40 05501-3

    ABNT NBR 5419-1:2015

    ABNT 2015

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    ABNT 2015Todos os direitos reservados. A menos que especicado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode serreproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microlme, sem permisso porescrito da ABNT.

    ABNTAv.Treze de Maio, 13 - 28 andar20031-901 - Rio de Janeiro - RJTel.: + 55 21 3974-2300Fax: + 55 21 [email protected]

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    Prefcio ..............................................................................................................................................vii

    Introduo ...........................................................................................................................................ix1 Escopo ................................................................................................................................1

    2 Referncias normativas ..................................................................................................... 1

    3 Termos e denies ...........................................................................................................2

    4 Parmetros da corrente da descarga atmosfrica ..........................................................8

    5 Danos devido s descargas atmosfricas .......................................................................8

    5.1 Danos estrutura ...............................................................................................................8

    5.1.1 Efeitos das descargas atmosfricas sobre uma estrutura ............................................9

    5.1.2 Fontes e tipos de danos a uma estrutura ......................................................................10

    5.2 Tipos de perdas ................................................................................................................ 11

    6 Necessidade e vantagem econmica da proteo contra descargas

    atmosfricas .....................................................................................................................13

    6.1 Necessidade da proteo contra descargas atmosfricas ..........................................13

    6.2 Vantagem econmica da proteo contra descargas atmosfricas ........................... 14

    7 Medidas de proteo ........................................................................................................ 14

    7.1 Geral ..................................................................................................................................14

    7.2 Medidas de proteo para reduzir danos a pessoas devido a choque eltrico .........14

    7.3 Medidas de proteo para reduo de danos fsicos ...................................................15

    7.4 Medidas de proteo para reduo de falhas dos sistemas eltricos

    e eletrnicos .....................................................................................................................15

    7.5 Escolha das medidas de proteo ................................................................................15

    8 Critrios bsicos para proteo de estruturas..............................................................16

    8.1 Geral ..................................................................................................................................16

    8.2 Nveis de proteo contra descargas atmosfricas (NP) .............................................16

    8.3 Zonas de proteo contra descarga atmosfrica raio (ZPR) ....................................18

    8.4 Proteo de estruturas .................................................................................................... 21

    8.4.1 Proteo para reduzir danos fsicos e risco de vida ....................................................21

    8.4.2 Proteo para reduzir as falhas de sistemas internos .................................................22

    Anexo A (informativo) Parmetros da corrente das descargas atmosfricas ............................... 24A.1 Descarga atmosfrica para a terra .................................................................................24

    A.2 Parmetros da corrente da descarga atmosfrica ........................................................27

    A.3 Estabelecendo os parmetros mximos da corrente de descarga atmosfrica

    para o nvel de proteo NP I ..........................................................................................30

    A.3.1 Impulso positivo ...............................................................................................................30

    A.3.2 Impulso positivo e componente longa ...........................................................................31

    A.3.3 Primeiro impulso negativo ..............................................................................................31

    A.3.4 Impulso subsequente ...................................................................................................... 32

    A.4 Estabelecendo os parmetros mnimos da corrente das descargas atmosfricas ...32Anexo B (informativo) Equao da corrente da descarga atmosfrica em funo do tempo

    para efeito de anlise .....................................................................................................34

    iii

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    Sumrio Pgina

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    Anexo C (informativo) Simulao da corrente da descarga atmosfrica com a nalidade de

    ensaios ..............................................................................................................................39

    C.1 Geral ..................................................................................................................................39

    C.2 Simulao da energia especca do primeiro impulso positivo e da carga dacomponente longa ...........................................................................................................39

    C.3 Simulao da taxa de variao da frente de onda de corrente dos impulsos ...........40

    Anexo D (informativo) Parmetros de ensaio para simular os efeitos da descarga atmosfrica

    sobre os componentes do SPDA ....................................................................................43

    D.1 Geral ..................................................................................................................................43

    D.2 Parmetros de corrente relevantes ao ponto de impacto ............................................43

    D.3 Distribuio da corrente ..................................................................................................46

    D.4 Efeitos da corrente da descarga atmosfrica e possveis danos................................47

    D.4.1 Efeitos trmicos ...............................................................................................................47D.4.1.1 Aquecimento resistivo ..................................................................................................... 47

    D.4.1.2 Danos trmicos no ponto de impacto ............................................................................49

    D.4.2 Efeitos mecnicos ............................................................................................................50

    D.4.2.1 Interao magntica ......................................................................................................... 50

    D.4.2.2 Danos devido s ondas de choque acsticas ............................................................... 53

    D.4.3 Efeitos combinados ......................................................................................................... 53

    D.4.4 Centelhamento .................................................................................................................53

    D.5 Componentes do SPDA, problemas relevantes e parmetros de ensaios .................53

    D.5.1 Geral ..................................................................................................................................53

    D.5.2 Captao ...........................................................................................................................54

    D.5.3 Descidas ............................................................................................................................54

    D.5.3.1 Aquecimento resistivo ..................................................................................................... 54

    D.5.3.2 Efeitos mecnicos ............................................................................................................55

    D.5.3.3 Componentes de conexo ...............................................................................................56

    D.5.3.4 Aterramento ......................................................................................................................56

    D.6 Dispositivo de proteo contra surtos (DPS) ................................................................ 57

    D.6.1 Geral ..................................................................................................................................57

    D.6.2 DPS contendo centelhadores .........................................................................................57

    D.6.3 DPS contendo varistores de xido metlico ................................................................. 57

    D.7 Resumo dos parmetros de ensaios a serem adotados nos ensaios de

    componentes de SPDA .................................................................................................... 58

    Anexo E (informativo) Surtos devido s descargas atmosfricas em diferentes pontos da

    instalao ..........................................................................................................................59

    E.1 Viso geral ........................................................................................................................59

    E.2 Surtos devido s descargas atmosfricas na estrutura (fonte de danos S1) ............59

    E.2.1 Surtos uindo por meio de partes condutoras externas e linhas conectadas

    estrutura ............................................................................................................................59

    E.2.2 Fatores que inuenciam a diviso da corrente da descarga atmosfrica em linhasde energia .........................................................................................................................61

    E.3 Surtos pertinentes s linhas conectadas estrutura ..................................................62

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    E.3.1 Surtos devido s descargas atmosfricas nas linhas (fonte de danos S3) ...............62

    E.3.2 Surtos devido s descargas atmosfricas prximas s linhas (fonte de

    danos S4) ..........................................................................................................................63

    E.4 Surtos devido aos efeitos de induo (fontes de danos S1 ou S2) ............................ 64E.4.1 Geral ..................................................................................................................................64

    E.4.2 Surtos dentro de uma ZPR 1 no blindada .................................................................... 64

    E.4.3 Surtos dentro de ZPR blindadas .....................................................................................64

    E.5 Informaes gerais relativas aos DPS ...........................................................................64

    Bibliograa .........................................................................................................................................66

    Figuras

    Figura 1 Conexes entre as partes da ABNT NBR 5419 ..............................................................ix

    Figura 2 Tipos de perdas e riscos correspondentes que resultam de diferentes tipos dedanos .................................................................................................................................13

    Figura 3 ZPR denidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3)........................................................20

    Figura 4 ZPR denidas por MPS (ABNT NBR 5419-4).................................................................21

    Figura A.1 Denies dos parmetros de um impulso de corrente (tipicamente

    T2< 2 ms) ..........................................................................................................................24

    Figura A.2 Denies dos parmetros da componente longa (tipicamente

    2 ms < Tlonga< 1 s) ........................................................................................................... 25

    Figura A.3 Possveis componentes de descargas atmosfricas descendentes (tpicas em

    locais planos e em estruturas baixas) ...........................................................................25

    Figura A.4 Possveis componentes de descargas atmosfricas ascendentes (tpicas de

    estruturas mais altas ou expostas) ................................................................................26

    Figura A.5 Distribuio cumulativa de frequncia dos parmetros das correntes das

    descargas atmosfricas (linhas com valores de 95 % a 5 %) .....................................30

    Figura B.1 Forma de onda da elevao da corrente do primeiro impulso positivo .................35

    Figura B.2 Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso positivo......................35

    Figura B.3 Forma de onda da elevao da corrente do primeiro impulso negativo ................36

    Figura B.4 Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso negativo.....................36

    Figura B.5 Forma de onda da elevao da corrente do impulso negativo subsequente ........37

    Figura B.6 Forma de onda da cauda da corrente do impulso negativo subsequente .............37

    Figura B.7 Densidade da amplitude da corrente da descarga atmosfrica de acordo

    com o NP I .........................................................................................................................38

    Figura C.1 Exemplo de gerador de ensaio para simulao da energia especca do primeiro

    impulso positivo e da carga da componente longa ......................................................40

    Figura C.2 Denio para a taxa de variao da corrente de acordo com a Tabela C.3.........41

    Figura C.3 Exemplo de gerador de ensaio para a simulao da taxa de variao da frente

    de onda do primeiro impulso positivo para itens sob ensaio de grande porte .........42

    Figura C.4 Exemplo de gerador de ensaio para a simulao da taxa de variao da frente

    de onda dos impulsos subsequentes negativos para itens sob ensaio de grandeporte ..................................................................................................................................42

    Figura D.1 Arranjo geral de dois condutores para o clculo da fora eletrodinmica ............51

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    Tabelas

    Tabela 1 Efeitos das descargas atmosfricas nos vrios tipos de estruturas ........................... 9

    Tabela 2 Danos e perdas relevantes para uma estrutura para diferentes pontos de impacto

    da descarga atmosfrica .................................................................................................12

    Tabela 3 Valores mximos dos parmetros das descargas atmosfricas correspondentes

    aos nveis de proteo (NP) ............................................................................................17

    Tabela 4 Valores mnimos dos parmetros das descargas atmosfricas e respectivos raios

    da esfera rolante, correspondentes aos nveis de proteo (NP) ............................... 18

    Tabela 5 Probabilidades para os limites dos parmetros das correntes das descargas

    atmosfricas .....................................................................................................................18

    Tabela A.1 Valores tabulados dos parmetros da corrente das descargas atmosfricas

    obtidos do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69*) [20], [21] ...............................................27

    Tabela A.2 Distribuio logartmica normal dos parmetros da corrente das descargas

    atmosfricas Mdia e disperso logcalculados para 95 % e 5 % dos valores

    a partir do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69) [20], [21] .................................................28

    Tabela A.3 Valores da probabilidade Pem funo da corrente Ida descarga atmosfrica ....29

    Tabela B.1 Parmetros para a equao B.1 .................................................................................34Tabela C.1 Parmetros de ensaios para o primeiro impulso positivo .......................................40

    Tabela C.2 Parmetros de ensaios para a componente longa ...................................................40

    Tabela C.3 Parmetros de ensaios dos impulsos .......................................................................41

    Tabela D.1 Resumo dos parmetros da descarga atmosfrica a serem considerados nos

    clculos dos valores de ensaio para diferentes componentes do SPDA e para

    diferentes nveis de proteo..........................................................................................44

    Tabela D.2 Caractersticas fsicas de materiais tpicos utilizados em componentes

    de SPDA ............................................................................................................................48

    Tabela D.3 Elevao de temperatura para condutores de diferentes sees

    em funo de W/R ............................................................................................................48

    Tabela E.1 Valores de impedncias convencionais de aterramento Ze Z1de acordo com

    a resistividade do solo .....................................................................................................61

    Tabela E.2 Surtos de correntes devido s descargas atmosfricas previstos em sistemas

    de baixa tenso ................................................................................................................62

    Tabela E.3 Surtos de correntes devido s descargas atmosfricas previstos em sistemas

    de sinais ............................................................................................................................63

    Figura D.2 Arranjo de condutor tpico em um SPDA .................................................................. 51

    Figura D.3 Diagrama de esforosFpara a congurao da Figura D.2...................................52

    Figura D.4 Fora por unidade de comprimento Fao longo do condutor horizontal

    da Figura D.2 .....................................................................................................................52

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    Prefcio

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As Normas

    Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismosde Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), soelaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto danormalizao.

    Os Documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

    A ABNT chama a ateno para que, apesar de ter sido solicitada manifestao sobre eventuais direitosde patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados ABNT aqualquer momento (Lei n 9.279, de 14 de maio de 1996).

    Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citao em Regulamentos Tcnicos. Nestescasos, os rgos responsveis pelos Regulamentos Tcnicos podem determinar outras datas paraexigncia dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

    A ABNT NBR 5419-1 foi elaborada no Comit Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pelaComisso de Estudo de Proteo contra Descargas Atmosfricas (CE-03:064.10). O Projeto circulouem Consulta Nacional conforme Edital n 08, de 12.08.2014 a 10.12.2014, com o nmero deProjeto 03:064.10-100/1.

    Esta parte da ABNT NBR 5419 e as ABNT NBR 5419-2 , ABNT NBR 5419-3 e ABNT NBR 5419-4cancelam e substituem a ABNT NBR 5419:2005.

    As instalaes eltricas cobertas pela ABNT NBR 5419 esto sujeitas tambm, naquilo que forpertinente, s normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades reguladoras epelas empresas distribuidoras de eletricidade.

    A ABNT NBR 5419, sob o ttulo geral Proteo contra descargas atmosfricas, tem previso deconter as seguintes partes:

    Parte 1: Princpios gerais;

    Parte 2: Gerenciamento de risco;

    Parte 3: Danos fsicos a estruturas e perigos vida Parte 4: Sistemas eltricos e eletrnicos internos na estrutura

    O Escopo desta Norma Brasileira em ingls o seguinte:

    Scope

    This part of ABNT NBR 5419 establishes the requirements for lightning protection determination.

    This part of ABNT NBR 5419provides grants for use in projects of lightning protection.

    The applicability of this part of ABNT NBR 5419 may have restrictions specially in human life protectionwhen it is based on indirect effects of lightning

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    This part of ABNT NBR 5419does not apply on Railway systems; Vehicles, aircraft, ships and offshoreplatforms; High pressure underground pipes; Pipes and supply lines and telecommunications placed

    outside of the structure.

    NOTE Usually these systems comply with the special regulations established by specic authorities.

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    Introduo

    No h dispositivos ou mtodos capazes de modicar os fenmenos climticos naturais a ponto de se

    prevenir a ocorrncia de descargas atmosfricas. As descargas atmosfricas que atingem estruturas(ou linhas eltricas e tubulaes metlicas que adentram nas estruturas) ou que atingem a terra emsuas proximidades so perigosas s pessoas, s prprias estruturas, seus contedos e instalaes.Portanto, medidas de proteo contra descargas atmosfricas devem ser consideradas.

    A necessidade de proteo, os benefcios econmicos da instalao de medidas de proteo e aescolha das medidas adequadas de proteo devem ser determinados em termos do gerenciamentode risco. O mtodo de gerenciamento de risco est contido na ABNT NBR 5419-2.

    As medidas de protees consideradas na ABNT NBR 5419 so comprovadamente ecazes nareduo dos riscos associados s descargas atmosfricas.

    Todas as medidas de proteo contra descargas atmosfricas formam a proteo completa contradescargas atmosfricas. Por razes prticas, os critrios para projeto, instalao e manuteno dasmedidas de proteo so considerados em dois grupos separados:

    o primeiro grupo se refere s medidas de proteo para reduzir danos fsicos e riscos vidadentro de uma estrutura e est contido na ABNT NBR 5419-3;

    o segundo grupo se refere s medidas de proteo para reduzir falhas de sistemas eltricos eeletrnicos em uma estrutura e est contido no ABNT NBR 5419-4.

    As conexes entre as partes da ABNT NBR 5419 so ilustradas na Figura 1.

    ABNT NBR 5419-1

    ABNT NBR 5419-2

    MPS

    Medidas de proteo

    A ameaa da descarga atmosfrica

    Proteo contra descargas atmosfricas PDA

    SPDA

    Riscos associados descarga

    ABNT NBR 5419-3 ABNT NBR 5419-4

    IEC 2612/10

    Figura 1 Conexes entre as partes da ABNT NBR 5419

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    Proteo contra descargas atmosfricas

    Parte 1: Princpios gerais

    1 Escopo

    Esta Parte da ABNT NBR 5419estabelece os requisitos para a determinao de proteo contradescargas atmosfricas.

    Esta Parte da ABNT NBR 5419fornece subsdios para o uso em projetos de proteo contra descargasatmosfricas.

    A aplicabilidade desta Parte da ABNT NBR 5419pode ter restries especialmente na proteo da

    vida humana quando for baseada em efeitos indiretos de descargas atmosfricas.Esta Parte da ABNT NBR 5419 no se aplica a sistemas ferrovirios; veculos, avies, navios eplataformas offshore, tubulaes subterrneas de alta presso, tubulaes e linhas de energiae de sinal colocados fora da estrutura.

    NOTA Usualmente, estes sistemas obedecem a regulamentos especiais elaborados por autoridadesespeccas.

    2 Referncias normativas

    Os documentos relacionados a seguir so indispensveis aplicao deste documento. Para refern -cias datadas, aplicam-se somente as edies citadas. Para referncias no datadas, aplicam-se asedies mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

    ABNT NBR 5410, Instalaes eltricas de baixa tenso

    ABNT NBR 5419-2:2015, Proteo contra descargas atmosfricas Parte 2: Gerenciamento de risco

    ABNT NBR 5419-3:2015, Proteo contra descargas atmosfricas Parte 3: Danos fsicos a estruturase perigos vida

    ABNT NBR 5419-4:2015, Proteo contra descargas atmosfricas Parte 4: Sistemas eltricose eletrnicos internos na estrutura

    ABNT NBR 6323, Galvanizao de produtos de ao ou ferro fundido Especicao

    ABNT NBR 13571, Haste de aterramento ao-cobreado e acessrios

    ABNT NBR IEC 60079-10-1,Atmosferas explosivas Parte 10-1: Classicao de reas Atmosferasexplosivas de gs

    ABNT NBR IEC 60079-10-2,Atmosferas explosivas Parte 10-2: Classicao de reas Atmosferasde poeiras combustveis

    ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas Parte 14: Projeto, seleo e montagem deinstalaes eltricas

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    3 Termos e denies

    Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denies.

    3.1descarga atmosfrica para terra (lightning ash to earth)

    descarga eltrica de origem atmosfrica entre nuvem e terra, consistindo de uma ou mais componentesda descarga atmosfrica

    3.2

    descarga atmosfrica descendente (downward ash)

    descarga atmosfrica iniciada por um lder descendente de uma nuvem para terra

    3.3

    descarga atmosfrica ascendente (upward ash)

    descarga atmosfrica iniciada por um lder ascendente de uma estrutura aterrada para uma nuvem

    3.4

    componente da descarga atmosfrica (lightning stroke)

    descarga eltrica singela de uma descarga atmosfrica para a terra

    3.5

    componente curta da descarga atmosfrica

    parte de uma descarga atmosfrica para a terra que corresponde a um impulso de corrente

    NOTA A corrente em questo tem um tempo para o meio valor T2tipicamente inferior a 2 ms (ver Figura A.1).

    3.6

    componente longa da descarga atmosfrica (long stroke)

    parte de uma descarga atmosfrica para a terra que corresponde a componente da corrente decontinuidade

    NOTA A durao Tlongo(intervalo entre o valor 10 % na frente at o valor 10 % na cauda) desta correntede continuidade tipicamente superior a 2 ms e menor que 1 s (ver Figura A.2).

    3.7

    mltiplos componentes da descarga atmosfrica (multiple strokes)

    descarga atmosfrica para a terra que consiste em mdia de trs a quatro componentes, com umintervalo de tempo tpico entre eles de cerca de 50 ms

    NOTA H relatos de eventos que tm algumas dezenas de componentes com intervalos entre eles entre10 ms e 250 ms.

    3.8

    ponto de impacto (point of strike)

    ponto onde uma descarga atmosfrica atinge a terra, ou um objeto elevado (por exemplo, estrutura,SPDA, servios, rvore, etc.)

    NOTA Uma descarga atmosfrica para a terra pode ter diversos pontos de impacto.

    2

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    3.9

    corrente da descarga atmosfrica (lightning current)

    i

    corrente que ui no ponto de impacto

    3.10

    valor de pico da corrente

    I

    mximo valor da corrente de descarga atmosfrica

    3.11

    taxa mdia de variao da frente de onda do impulso de corrente

    taxa mdia de variao da corrente em sua frente de onda no intervalo entre os instantes em que soatingidos 10 % e 90 % do valor de pico (ver Figura A.1)

    NOTA Este parmetro expresso pela diferena dos valores da corrente i =i(t2) i(t1), no incio e nonal do intervalo t =t2 t1, dividido pelo valor do intervalo t.

    3.12

    tempo de frente da onda de corrente de impulso

    T1parmetro virtual denido como 1,25 vez o intervalo de tempo entre os instantes em que os valores de10 % e 90 % do valor de pico so atingidos (ver Figura A.1)

    3.13

    origem virtual da corrente de impulso

    O1

    ponto de interseco com o eixo dos tempos de uma linha reta traada por meio dos pontos dereferncia de 10 % e 90 % do valor de pico (ver Figura A.1); ele precede em 0,1 T1do instante no quala corrente atinge 10 % do seu valor de pico

    3.14

    tempo at o meio valor da cauda da onda de corrente de impulso

    T2parmetro virtual denido como um intervalo de tempo entre a origem virtual O1e o instante no qual acorrente decresceu metade do valor de pico (ver Figura A.1)

    3.15

    durao da descarga atmosfrica (ash duration)

    T

    intervalo de tempo durante o qual a corrente da descarga atmosfrica ui no ponto de impacto

    3.16

    durao da componente longa da descarga atmosfrica (duration of long stroke current)

    Tlongaintervalo de tempo durante o qual a corrente em uma descarga atmosfrica longa permanece entre10 % do valor de pico no incio do crescimento da corrente de continuidade e 10 % do valor de pico aonal do decrscimo desta corrente (ver Figura A.2)

    3.17

    carga de uma descarga atmosfrica (ash charge)

    Qashvalor resultante da integral da corrente no tempo de uma descarga atmosfrica

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    3.18

    carga do impulso

    Qcurtavalor resultante da integral da corrente no tempo do impulso relacionado descarga atmosfrica

    3.19

    carga da componente longa da descarga atmosfrica (long stroke charge)

    Qlongavalor resultante da integral da corrente no tempo da componente longa da descarga atmosfrica

    3.20

    energia especca

    W/R

    valor resultante da integral da corrente ao quadrado da descarga atmosfrica no tempo

    NOTA Este parmetro representa a energia dissipada pela corrente da descarga atmosfrica em umaresistncia de valor unitrio.

    3.21

    energia especca de um impulso de corrente

    valor resultante da integral da corrente ao quadrado no tempo para a durao de uma descargaatmosfrica curta

    NOTA A energia especca da componente longa da corrente de uma descarga atmosfrica desprezvel.

    3.22

    estrutura a ser protegida

    estrutura para qual a proteo contra os efeitos das descargas atmosfricas necessria de acordocom esta Parte da ABNT NBR 5419

    NOTA 1 A estrutura a ser protegida pode ser parte de uma estrutura maior.

    NOTA 2 Estrutura: termo genrico que dene um elemento a ser protegido pelo SPDA, por exemplo,edicaes, prdios, rvores, massas metlicas (antenas, guarda corpos, etc.).

    3.23

    linha

    linha de energia ou linha de sinal conectada estrutura a ser protegida

    3.24linhas de sinal (telecommunication lines)

    linhas utilizadas para comunicao entre equipamentos que podem ser instalados em estruturasseparadas, como as linhas telefnicas e as linhas de dados

    3.25

    linhas de energia (power lines)

    linhas que fornecem energia eltrica para dentro de uma estrutura aos equipamentos eletrnicos eeltricos de potncia localizados nesta, como as linhas de alimentao em baixa tenso (BT) ou altatenso (AT)

    3.26descarga atmosfrica na estrutura (lightning ash to a structure)

    descarga atmosfrica em uma estrutura a ser protegida

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    3.27

    descarga atmosfrica perto de uma estrutura (lightning ash near a structure)

    descarga atmosfrica que ocorre perto o suciente de uma estrutura a ser protegida e que podecausar sobretenses perigosas

    3.28

    sistema eltrico

    sistema que incorpora componentes de alimentao em baixa tenso

    3.29

    sistema eletrnico

    sistema que incorpora os componentes de uma instalao eltrica de sinal, por exemplo, equipamentoseletrnicos de telecomunicaes, controladores microprocessados, sistemas de instrumentao,sistemas de rdio

    3.30sistemas internos

    sistemas eltricos e eletrnicos dentro de uma estrutura

    3.31

    danos fsicos

    danos a uma estrutura (ou a seu contedo) ou a uma linha devido aos efeitos mecnicos, trmicos,qumicos ou explosivos da descarga atmosfrica

    3.32

    ferimentos a seres vivos

    ferimentos, incluindo perda da vida, em pessoas ou animais devido a tenses de toque e de passo

    causadas pelas descargas atmosfricasNOTA Apesar dos seres vivos poderem se machucar de outras formas, nesta Parte da ABNT NBR 5419,o termo ferimentos a seres vivos se limita ameaa devido a choque eltrico (dano tipo D1).

    3.33

    falha de sistemas eletroeletrnicos

    danos permanentes de sistemas eletroeletrnicos devido aos LEMP

    3.34

    pulso eletromagntico devido s descargas atmosfricas (lightning electromagnectic impulse)

    LEMP

    todos os efeitos eletromagnticos causados pela corrente das descargas atmosfricas por meio deacoplamento resistivo, indutivo e capacitivo, que criam surtos e campos eletromagnticos radiados

    3.35

    surto

    efeitos transitrios causados por LEMP que aparecem na forma de sobretenso e/ou sobrecorrente

    3.36

    zona de proteo contra descarga atmosfrica raio (lightning protection zone LPZ)

    ZPR

    zona onde o ambiente eletromagntico causado pelo raio denido

    NOTA O contorno de uma ZPR no necessariamente dado por elementos fsicos (por exemplo, paredes,piso e teto).

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    3.37

    risco

    R

    valor da perda mdia anual provvel (pessoas e bens) devido descarga atmosfrica em relao aovalor total (pessoas e bens) da estrutura a ser protegida

    3.38

    risco tolervel

    RTvalor mximo do risco que pode ser tolervel para a estrutura a ser protegida

    3.39

    nvel de proteo contra descargas atmosfricas (lightning protection level LPL)

    NP

    nmero associado a um conjunto de parmetros da corrente eltrica para garantir que os valoresespecicados em projeto no esto superdimensionados ou subdimensionados quando da ocorrncia

    de uma descarga atmosfrica3.40

    medidas de proteo

    medidas a serem adotadas na estrutura a ser protegida, com o objetivo de reduzir os riscos

    3.41

    proteo contra descargas atmosfricas (lightning protection LP)

    PDA

    sistema completo para proteo de estruturas contra as descargas atmosfricas, incluindo seussistemas internos e contedo, assim como as pessoas, em geral consistindo em SPDA e MPS

    3.42sistema de proteo contra descargas atmosfricas (lightning protection system LPS)

    SPDA

    sistema utilizado para reduzir danos fsicos devido s descargas atmosfricas em uma estrutura

    NOTA Um SPDA consiste em sistemas externo e interno de proteo contra descargas atmosfricas.

    3.43

    SPDA externo (external lightning protection system)

    parte do SPDA composto pelos subsistemas de captao, descida e aterramento

    3.44

    SPDA interno (internal lightning protection system)

    parte do SPDA consistindo em ligaes equipotenciais e/ou isolao eltrica do SPDA externo

    3.45

    subsistema de captao (air-termination system)

    parte de um SPDA externo usando elementos metlicos como hastes, condutores em malha ou cabosem catenria, projetados e posicionados para interceptarem descargas atmosfricas

    3.46

    subsistema de descida (down-conductor system)

    parte de um SPDA externo que tem como objetivo conduzir a descarga atmosfrica do subsistema decaptao ao subsistema de aterramento

    3.47

    subsistema de aterramento (earth-termination system)

    parte de um SPDA externo que tem como objetivo conduzir e dispersar a descarga atmosfrica no solo

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    3.48

    partes condutoras externas

    elementos metlicos que penetram ou saem da estrutura a ser protegida que podem se tornar um caminhopara parte da corrente da descarga atmosfrica, como tubulaes, linhas metlicas, dutos metlicos etc.

    3.49

    ligao equipotencial para descargas atmosfricas (lightning equipotential bonding )

    EB

    ligao ao SPDA de partes metlicas separadas, por conexes condutoras diretas ou por meio dedispositivos de proteo contra surtos, para reduzir diferenas de potenciais causadas pelas correntesdas descargas atmosfricas

    3.50

    impedncia convencional de aterramento (conventional earthing impedance)

    relao entre os valores de pico da tenso e da corrente do eletrodo de aterramento, os quais, em

    geral, no acontecem simultaneamente

    3.51

    medidas de proteo contra surtos causados por LEMP (LEMP protection measures)

    MPS

    conjunto de medidas tomadas para proteger os sistemas internos contra os efeitos causados por LEMP

    3.52

    blindagem magntica

    tela metlica, em forma de malha ou contnua, que envolve a estrutura a ser protegida, ou parte dela,utilizada para reduzir falhas dos sistemas eletroeletrnicos

    3.53

    dispositivo de proteo contra surtos (surge protective device SPD)

    DPS

    dispositivo destinado a limitar as sobretenses e desviar correntes de surto. Contm pelo menos umcomponente no-linear

    3.54

    coordenao de DPS

    DPS adequadamente selecionados, coordenados e instalados para formar um conjunto que visareduzir falhas dos sistemas internos

    3.55nvel de tenso nominal suportvel de impulso (rated impulse withstand voltage level)

    UWtenso suportvel de impulso denida pelo fabricante de um equipamento, ou de uma parte dele,caracterizando a suportabilidade especca da sua isolao contra sobretenses

    NOTA Para as nalidades desta Parte da ABNT NBR 5419, considera-se somente a tenso suportvelentre condutores vivos e a terra, conforme a IEC 60664-1:2007, 3.9.2

    3.56

    interfaces isolantes

    dispositivos que so capazes de reduzir surtos conduzidos nas linhas que adentram as zonas deproteo contra os raios (ZPR)

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    3.57

    plano de referncia

    superfcie, geralmente plana, sobre a qual se faz a projeo do volume de proteo de elementos dosubsistema de captao ou sobre a qual se movimenta a esfera rolante na aplicao dos clculos dosmtodos de proteo. Vrios planos de referncia em diferentes nveis podem ser considerados naregio dos componentes do subsistema de captao sob anlise

    3.58

    equipotencializao

    conjunto de medidas que visa a reduo das tenses nas instalaes causadas pelas descargasatmosfricas a nveis suportveis para essas instalaes e equipamentos por elas servidos, almde reduzir riscos de choque eltrico. Tais medidas consistem tipicamente em ligaes entre partesmetlicas das instalaes e destas ao SPDA, direta ou indiretamente (por meio de DPS), envolvendomassas metlicas de equipamentos, condutores de proteo, malhas de condutores instaladas sobou sobre equipamentos sensveis, blindagens de cabos e condutos metlicos, elementos metlicos

    estruturais, tubulaes metlicas entre outrosNOTA Rigorosamente, equipotencializao um conceito que somente se aplica em corrente contnuaou, de forma aproximada, em baixas frequncias. Para as componentes de frequncias mais altas dascorrentes das descargas atmosfricas, algumas das medidas tipicamente empregadas com nalidade deequipotencializao podem ter efeito de reduo de tenso entre os pontos onde a ligao equipotencial feita, contanto que essa ligao seja curta (por exemplo, no mais que poucas dezenas de centmetros paracondutores cilndricos de bitolas usuais em instalaes eltricas). Medidas como o uso de cabos blindados, oencaminhamento de cabos por condutos metlicos ou prximos a grandes estruturas condutoras so geralmentemais ecientes e espacialmente mais abrangentes em alta frequncia. A noo de equipotencializao demodo genrico, porm, til no controle da sobretenso durante a parte em que a progresso do impulso decorrente da descarga atmosfrica mais lenta, sobretenso esta que pode estar associada a elevados nveisde energia por conta da longa durao.

    4 Parmetros da corrente da descarga atmosfrica

    Os parmetros da corrente da descarga atmosfrica usados na srie ABNT NBR 5419 sorelacionados no Anexo A.

    Os parmetros da corrente da descarga atmosfrica em funo do tempo usados para a anlise sorelacionados no Anexo B.

    As informaes para simulao da corrente da descarga atmosfrica para ns de ensaios so dadasno Anexo C.

    Os parmetros bsicos para uso em laboratrio para simular os efeitos das descargas atmosfricasnos componentes do SPDA esto relatados no Anexo D.

    Informaes sobre surtos devido s descargas atmosfricas em diferentes pontos da instalao soapresentadas no Anexo E.

    5 Danos devido s descargas atmosfricas

    5.1 Danos estrutura

    A descarga atmosfrica que atinge uma estrutura pode causar danos prpria estrutura e a seus

    ocupantes e contedos, incluindo falhas dos sistemas internos. Os danos e falhas podem se estendertambm s estruturas vizinhas e podem ainda envolver o ambiente local. A extenso dos danos e falhasna vizinhana depende das caractersticas das estruturas e das caractersticas da descarga atmosfrica.

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    5.1.1 Efeitos das descargas atmosfricas sobre uma estrutura

    As principais caractersticas das estruturas relevantes para os efeitos das descargas atmosfricas incluem:

    a) construo (por exemplo, madeira, alvenaria, concreto, concreto armado, estrutura em ao);

    b) funo (residncia, escritrio, comrcio, rural, teatro, hotel, escola, hospital, museu, igreja, priso,shopping center, banco, fbrica, rea industrial, rea de prticas esportivas);

    c) ocupantes e contedos (pessoas e animais, presena ou no de materiais combustveis ouexplosivos, sistemas eltricos e eletrnicos de baixa tenso ou alta tenso);

    d) linhas eltricas e tubulaes metlicas que adentram a estrutura (linhas de energia, linhas desinal, tubulaes);

    e) medidas de proteo existentes ou providas (por exemplo, medidas de proteo para reduzir

    danos fsicos e risco vida, medidas de proteo para reduzir falhas em sistemas internos);f) dimenso do risco (estrutura com diculdade de evacuao ou estrutura na qual pode haver

    pnico, estrutura perigosa s redondezas, estrutura perigosa ao ambiente).

    A Tabela 1 apresenta os efeitos das descargas atmosfricas nos vrios tipos de estruturas.

    Tabela 1 Efeitos das descargas atmosfricas nos vrios tipos de estruturas

    Tipo de estrutura

    de acordo com sua

    nalidade e/ou contedo

    Efeitos das descargas atmosfricas

    Casa de moradia

    Perfurao da isolao das instalaes eltricas, incndio e danosmateriais.

    Danos normalmente limitados a objetos expostos ao ponto de impacto

    ou no caminho da corrente da descarga atmosfrica.

    Falha de equipamentos e sistemas eltricos e eletrnicos instalados(exemplos: aparelhos de TV, computadores, modems, telefones etc.).

    Edicao em zona rural

    Risco maior de incndio e tenses de passo perigosas, assim comodanos materiais.

    Risco secundrio devido perda de energia eltrica e risco devida dos animais de criao devido falha de sistemas de controleeletrnicos de ventilao e suprimento de alimentos etc.

    Teatro ou cinema

    Hotel

    Escola

    Shopping centers

    reas de esportes

    Danos em instalaes eltricas que tendem a causar pnico(por exemplo, iluminao eltrica)

    Falhas em sistemas de alarme de incndio, resultando em atrasosnas aes de combate a incndio.

    Banco

    Empresa de segurosEstabelecimento comercialetc.

    Conforme acima, adicionando-se problemas resultantes da perda decomunicao, falha de computadores e perda de dados.

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    Tipo de estrutura

    de acordo com sua

    nalidade e/ou contedo

    Efeitos das descargas atmosfricas

    Hospital

    Casa de tratamentomdico

    Casa para idosos

    Creche

    Priso

    Conforme acima, adicionando-se os problemas relacionados apessoas em tratamento mdico intensivo e a diculdade de resgatarpessoas incapazes de se mover.

    IndstriaEfeitos adicionais dependendo do contedo das fbricas, que vodesde os menos graves at danos inaceitveis e perda de produo.

    Museu e stio arqueolgico

    IgrejaPerda de patrimnio cultural insubstituvel.

    Estao detelecomunicaes

    Estao de gerao etransmisso de energiaeltrica

    Interrupes inaceitveis de servios ao pblico.

    Fbrica de fogos deartifcios

    Trabalhos com munio

    Incndio e exploso com consequncias planta e arredores.

    Indstria qumica

    Renaria

    Usina nuclear

    Indstria e laboratrio debioqumica

    Incndio e mau funcionamento da planta com consequnciasprejudiciais ao meio ambiente local e global.

    5.1.2 Fontes e tipos de danos a uma estrutura

    A corrente da descarga atmosfrica a fonte de danos. As seguintes situaes devem ser levadas em

    considerao em funo da posio do ponto de impacto relativo estrutura considerada:a) S1: descargas atmosfricas na estrutura;

    b) S2: descargas atmosfricas prximas estrutura;

    c) S3: descargas atmosfricas sobre as linhas eltricas e tubulaes metlicas que entram na estrutura;

    d) S4: descargas atmosfricas prximas s linhas eltricas e tubulaes metlicas que entram naestrutura.

    Tabela 1 (continuao)

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    5.1.2.1 Descargas atmosfricas na estrutura

    Podem causar:

    a) danos mecnicos imediatos, fogo e/ou exploso devido ao prprio plasma quente do canal dadescarga atmosfrica, ou devido corrente resultando em aquecimento resistivo de condutores(condutores sobreaquecidos), ou devido carga eltrica resultando em eroso pelo arco (metalfundido);

    b) fogo e/ou exploso iniciado por centelhamento devido a sobretenses resultantes de acoplamentosresistivos e indutivos e passagem de parte da corrente da descarga atmosfrica;

    c) danos s pessoas por choque eltrico devido a tenses de passo e de toque resultantes deacoplamentos resistivos e indutivos;

    d) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP.5.1.2.2 Descargas atmosfricas prximas estrutura

    Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP.

    5.1.2.3 Descargas atmosfricas sobre linhas eltricas e tubulaes metlicas que adentram a

    estrutura

    Podem causar:

    a) fogo e/ou exploso iniciado por centelhamento devido a sobretenses e correntes das descargas

    atmosfricas transmitidas por meio das linhas eltricas e tubulaes metlicas;

    b) danos a pessoas por choque eltrico devido a tenses de toque dentro da estrutura causadas porcorrentes das descargas atmosfricas transmitidas pelas linhas eltricas e tubulaes metlicas;

    c) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido sobretenses que aparecem naslinhas que entram na estrutura.

    5.1.2.4 Descargas atmosfricas prximas a linhas eltricas e tubulaes metlicas que entram

    na estrutura

    Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido sobretenses induzidas naslinhas que entram na estrutura.

    Em consequncia, as descargas atmosfricas podem causar trs tipos bsicos de danos:

    a) D1: danos s pessoas devido a choque eltrico;

    b) D2: danos fsicos (fogo, exploso, destruio mecnica, liberao de produtos qumicos) devidoaos efeitos das correntes das descargas atmosfricas, inclusive centelhamento;

    c) D3: falhas de sistemas internos devido a LEMP.

    5.2 Tipos de perdasCada tipo de dano relevante para a estrutura a ser protegida, sozinho ou em combinaes com outros,pode, em consequncia, produzir diferentes perdas. O tipo de perda que pode ocorrer depende das

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    caractersticas do prprio objeto.

    Para efeitos da ABNT NBR 5419, so considerados os seguintes tipos de perdas, os quais podemaparecer como consequncia de danos relevantes estrutura:

    a) L1: perda de vida humana (incluindo-se danos permanentes);

    b) L2: perda de servio ao pblico;

    c) L3: perda de patrimnio cultural;

    d) L4: perda de valor econmico (estrutura e seu contedo, assim como interrupes de atividades).

    NOTA Para efeitos da ABNT NBR 5419, somente so considerados servios ao pblico os suprimentosde gua, gs, energia e sinais de TV e telecomunicaes.

    Perdas dos tipos L1, L2 e L3podem ser consideradas como perdas de valor social, enquanto perdas

    do tipo L4podem ser consideradas como perdas puramente econmicas.A correspondncia entre fonte de danos, tipo de danos e perdas mostrada na Tabela 2.

    Tabela 2 Danos e perdas relevantes para uma estrutura para diferentes pontos de impacto

    da descarga atmosfrica

    Ponto de impactoFonte de

    danoTipo de dano Tipo de perda

    Estrutura S1

    D1

    D2

    D3

    L1, L4a

    L1, L2, L3, L4

    L1b, L2, L4

    Nas proximidades de umaestrutura

    S2 D3 L1b, L2, L4

    Linhas eltricas ou

    tubulaes metlicas

    conectadas estrutura

    S3

    D1

    D2

    D3

    L1, L4a

    L1, L2, L3, L4

    L1b, L2, L4

    Proximidades de uma linhaeltrica ou tubulao

    metlicaS4 D3 L1b, L2, L4

    a Somente para propriedades onde pode haver perdas de animais.b Somente para estruturas com risco de exploso, hospitais ou outras estruturas nas quais falhas em sistemas internos

    colocam a vida humana diretamente em perigo.

    Tipos de perdas resultantes dos tipos de danos e os riscos correspondentes esto relacionados naFigura 2.

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    Falhaade

    sistemasinternos

    Perdade vidahumana

    Danofsico

    Dano aosseres vivospor choque

    eltrico

    Risco

    R1

    Risco

    R2

    Perda deservio ao

    pblico

    Perdade valor

    econmico

    Risco

    R4

    Perda depatrimnio

    cultural

    Risco

    R3

    Tipo dedano

    Tipo deperda

    Falha desistemasinternos

    Danofsico

    Danofsico

    Danofsico

    Dano aos

    seres vivospor choque

    eltrico

    Falha desistemasinternos

    IEC 2613/10

    a Somente para hospitais ou outras estruturas nas quais falhas em sistemas internos colocam a vida humanadiretamente em perigo.

    b Somente para propriedades onde pode haver perdas de animais.

    Figura 2 Tipos de perdas e riscos correspondentes que resultam

    de diferentes tipos de danos

    6 Necessidade e vantagem econmica da proteo contra descargas atmosfricas

    6.1 Necessidade da proteo contra descargas atmosfricas

    A necessidade de um objeto ser protegido contra descargas atmosfricas deve ser avaliada de modoa reduzir as perdas de valor social L1, L2 e L3.

    Para se avaliar quando uma proteo contra descargas atmosfricas necessria ou no, deveser feita uma avaliao do risco de acordo com os procedimentos contidos na ABNT NBR 5419-2.Os seguintes riscos devem ser levados em conta, em correspondncia aos tipos de perdas relacionadasem 5.2:

    a) R1: risco de perdas ou danos permanentes em vidas humanas;

    b) R2: risco de perdas de servios ao pblico;

    c) R3: risco de perdas do patrimnio cultural.

    NOTA Recomenda-se que o risco de perdas de valor econmico (risco R4) seja avaliado sempre que avantagem econmica da proteo contra descargas atmosfricas for considerada (ver 6.2).

    A proteo contra descargas atmosfricas necessria se o risco R(R1 a R3) for maior que o riscotolerado RT:

    R > RT

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    Neste caso, devem ser adotadas medidas de proteo de modo a reduzir o risco R(R1 a R3) ao nveltolervel RT:

    R RT

    Se puder aparecer mais de um tipo de perda, a condio R RTdeve ser satisfeita para cada tipo deperda (L1, L2 e L3).

    NOTA Informaes detalhadas sobre avaliao de risco e do procedimento para escolha das medidas deproteo so relatadas na ABNT NBR 5419-2.

    6.2 Vantagem econmica da proteo contra descargas atmosfricas

    Alm da necessidade de proteo contra descargas atmosfricas para a estrutura a ser protegida,pode ser vantajoso avaliar os benefcios econmicos de se adotar medidas de proteo de modo a

    reduzir a perda econmica L4.Neste caso, deve ser avaliado o risco R4de perda de valor econmico. A avaliao do risco R4permiteavaliar o custo da perda econmica com e sem adoo das medidas de proteo.

    A proteo contra descargas atmosfricas conveniente se a soma do custo CRLdas perdas residuaisna presena das medidas de proteo e o custo CPMdas medidas de proteo for menor que o custoCLda perda total sem as medidas de proteo:

    CRL+ CPM< CL

    NOTA Informaes detalhadas da avaliao da vantagem econmica da proteo contra descargas

    atmosfricas so relatadas na ABNT NBR 5419-2.

    7 Medidas de proteo

    7.1 Geral

    Podem ser adotadas medidas de proteo de modo a reduzir o risco de acordo com o tipo de dano.

    7.2 Medidas de proteo para reduzir danos a pessoas devido a choque eltrico

    So possveis as seguintes medidas de proteo:

    a) isolao adequada das partes condutoras expostas;

    b) equipotencializao por meio de um sistema de aterramento em malha;

    c) restries fsicas e avisos;

    d) ligao equipotencial para descargas atmosfricas (LE).

    NOTA 1 A equipotencializao e o aumento da resistncia de contato da superfcie do solo, interna ouexternamente estrutura, podem reduzir o risco de vida (ABNT NBR 5419-3:2015, Seo 8).

    NOTA 2 Medidas de proteo so ecientes somente em estruturas protegidas por um SPDA.

    NOTA 3 O uso de detectores de tempestades e medidas complementares podem reduzir o risco de vida.

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    7.3 Medidas de proteo para reduo de danos fsicos

    A proteo alcanada por meio de um sistema de proteo contra descargas atmosfricas (SPDA)o qual inclui as seguintes caractersticas:

    a) subsistema de captao;

    b) subsistema de descida;

    c) subsistema de aterramento;

    d) equiponcializao para descargas atmosfricas (EB);

    e) isolao eltrica (e da a distncia de segurana).

    NOTA 1 Quando for instalado um SPDA, a equipotencializao uma medida essencial para reduzir os

    perigos de incndio e de exploso e o risco de vida. Para mais detalhes, ver ABNT NBR 5419-3.NOTA 2 A reduo de danos fsicos pode ser obtida por medidas que limitem o desenvolvimento epropagao de fogo, como compartimentos prova de fogo, extintores, hidrantes, instalaes de alarme deincndio e extino de fogo.

    NOTA 3 A instalao de rotas de fuga minimizam os riscos de danos fsicos.

    7.4 Medidas de proteo para reduo de falhas dos sistemas eltricos e eletrnicos

    Medidas de proteo contra surtos (MPS) possveis:

    a) medidas de aterramento e equipotencializao;

    b) blindagem magntica;

    c) roteamento da ao;

    d) interfaces isolantes;

    e) sistema de DPS coordenado.

    Estas medidas podem ser usadas sozinhas ou combinadas.

    NOTA 1 Ao se considerar uma fonte de danos tipo S1, as medidas de proteo so ecientes somente

    em estruturas protegidas por um SPDA.NOTA 2 O uso de detectores de tempestades e medidas complementares podem reduzir as falhasde sistemas eltricos e eletrnicos.

    7.5 Escolha das medidas de proteo

    As medidas de proteo relacionadas em 7.2, 7.3 e 7.4, juntas, compem o sistema completode proteo contra descargas atmosfricas.

    A escolha das medidas mais adequadas de proteo deve ser feita pelo responsvel tcnico e serprotegida, de acordo com o tipo e valor de cada tipo de dano, com os aspectos tcnicos e econmicos

    das diferentes medidas de proteo e dos resultados da avaliao de riscos.

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    Os critrios para a avaliao do risco e para escolha das medidas de proteo mais adequadas estorelatados na ABNT NBR 5419-2.

    As medidas de proteo so efetivas desde que elas satisfaam os requisitos das normas

    correspondentes e sejam capazes de suportar os esforos esperados nos respectivos locais de suasinstalaes.

    8 Critrios bsicos para proteo de estruturas

    8.1 Geral

    Uma proteo ideal para estruturas envolver completamente a estrutura a ser protegida por umablindagem contnua perfeitamente condutora, aterrada e de espessura adequada, e, alm disso,providenciar ligaes equipotenciais adequadas para as linhas eltricas e tubulaes metlicas que

    adentram na estrutura nos pontos de passagem pela blindagem.

    Isto impede a penetrao da corrente da descarga atmosfrica e campo eletromagntico associado naestrutura a ser protegida e evita efeitos trmicos e eletrodinmicos perigosos da corrente assim comocentelhamentos e sobretenses perigosas para os sistemas internos.

    Na prtica, porm, a aplicao de tais medidas para se obter total proteo frequentemente invivel.

    A falta de continuidade da blindagem e/ou sua espessura inadequada permite a penetrao da correnteda descarga atmosfrica e seus efeitos pela blindagem, podendo causar:

    a) danos fsicos e risco de vida;

    b) falha dos sistemas internos.

    As medidas de proteo, adotadas para reduzir tais danos e perdas relevantes, devem ser projetadaspara um conjunto denido de parmetros das correntes das descargas atmosfricas, frente s quais requerida a proteo, conforme o nvel de proteo contra descargas atmosfricas.

    8.2 Nveis de proteo contra descargas atmosfricas (NP)

    Para efeitos da ABNT NBR 5419, so considerados quatro nveis de proteo contra descargasatmosfricas (I a IV). Para cada NP, xado um conjunto de parmetros mximos e mnimos das

    correntes das descargas atmosfricas.NOTA 1 A proteo contra descargas atmosfricas cujos parmetros mximos e mnimos de correnteexcedam aqueles correspondentes ao NP I requer medidas de proteo mais ecientes, as quais recomenda-seque sejam escolhidas e implementadas para cada caso especco.

    NOTA 2 A probabilidade de ocorrncia de descargas atmosfricas cujos parmetros de correntes estejamfora do intervalo mximo e mnimo do NP I menor que 2 %.

    Os valores mximos dos parmetros das correntes das descargas atmosfricas correspondentesao NP I no podem ser excedidos, com uma probabilidade de 99 %. De acordo com a relao depolaridade assumida (ver A.2), os valores assumidos para as descargas atmosfricas positivas tm

    probabilidades inferiores a 10 %, enquanto que aqueles para as descargas atmosfricas negativaspermanecem abaixo de 1 % (ver A.3).

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    Os valores mximos dos parmetros das correntes das descargas atmosfricas correspondentes aoNP I so reduzidos a 75 % para o nvel II e a 50 % para o nvel III e IV (redues lineares para I, Qe di/dt, mas quadrtica para W/R). Os parmetros de tempo no mudam.

    NOTA 3 Os nveis de proteo contra descargas atmosfricas cujos parmetros mximos de correntesejam menores que aqueles correspondentes ao NP IV permitem considerar valores de probabilidade dedanos maiores que aqueles apresentados na ABNT NBR 5419-2:2015, Anexo B, embora no quanticados,mas que podem ser teis para um ajuste mais adequado das medidas de proteo a m de se evitar custosinjusticavelmente altos.

    Os valores mximos dos parmetros das correntes das descargas atmosfricas para os diferentesnveis de proteo so dados na Tabela 3 e so usados para projetar componentes de proteocontra descargas atmosfricas (por exemplo, seo transversal dos condutores, espessuras daschapas metlicas, capacidade de conduo de corrente dos DPS, distncia de segurana contracentelhamentos perigosos) e para denir parmetros de ensaios que simulam os efeitos das descargasatmosfricas sob tais componentes (ver Anexo D).

    Os valores mnimos de amplitudes das correntes das descargas atmosfricas para os diferentes NPso usados para se determinar o raio da esfera rolante (ver A.4) de modo a denir a zona de proteocontra descargas atmosfricas ZPR 0B, a qual no pode ser alcanada por descargas atmosfricasdiretas (ver 8.3 e Figuras 3 e 4). Os valores mnimos dos parmetros das correntes das descargasatmosfricas junto com os raios das esferas rolantes correspondentes so dados na Tabela 4. Eles so usados para posicionar os componentes do subsistema de captao e para denir as zonasde proteo contra descargas atmosfricas ZPR 0B(ver 8.3).

    Tabela 3 Valores mximos dos parmetros das descargas atmosfricas correspondentes

    aos nveis de proteo (NP)

    Primeiro impulso positivo NP

    Parmetros da corrente Smbolo Unidade I II III IV

    Corrente de pico I kA 200 150 100

    Carga do impulso Qcurta C 100 75 50

    Energia especca W/R MJ/ 10 5,6 2,5

    Parmetros de tempo T1/ T2 s / s 10/350

    Primeiro impulso negativoa NP

    Parmetros da corrente Smbolo Unidade I II III IV

    Valor de pico I kA 100 75 50

    Taxa mdia de variao di/dt kA/s 100 75 50

    Parmetros de tempo T1/ T2 s / s 1/200

    Impulso subsequente NP

    Parmetros da corrente Smbolo Unidade I II III IV

    Valor de pico I kA 50 37,5 25

    Taxa mdia de variao di/dt kA/s 200 150 100

    Parmetros de tempo T1/ T2 s / s 0,25/100

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    Tabela 3 (continuao)

    Componente longa da descarga atmosfrica NP

    Parmetros da corrente Smbolo Unidade I II III IV

    Carga da componente longa Qlonga C 200 150 100

    Parmetros de tempo Tlonga s 0,5

    Descarga atmosfrica NP

    Parmetros da corrente Smbolo Unidade I II III IV

    Carga da descargaatmosfrica

    Qash C 300 225 150

    a O uso desta forma de onda de corrente de interesse para clculos somente, no para ensaios.

    Tabela 4 Valores mnimos dos parmetros das descargas atmosfricas e respectivos raios

    da esfera rolante, correspondentes aos nveis de proteo (NP)

    Critrios de interceptao NP

    Smbolo Unidade I II III IV

    Corrente de pico mnima I kA 3 5 10 16

    Raio da esfera rolante r m 20 30 45 60

    Das distribuies estatsticas dadas na Figura A.5, pode ser determinada uma probabilidadeponderada, tal que os parmetros das correntes das descargas atmosfricas so menores que osvalores mximos e respectivamente maiores que os valores mnimos denidos para cada nvel deproteo (ver Tabela 5).

    Tabela 5 Probabilidades para os limites dos parmetros das correntes das descargas

    atmosfricas

    Probabilidade de que os parmetros da corrente

    sejam:

    NP

    I II III IV

    menores que os mximos valores denidos na Tabela 3 0,99 0,98 0,95 0,95

    maiores que os mnimos valores denidos na Tabela 4 0,99 0,97 0,91 0,84

    As medidas de proteo especicadas na ABNT NBR 5419-3 e na ABNT NBR 5419-4 so efetivascontra descargas atmosfricas cujos parmetros de corrente estiverem na faixa denida pelo NPadotado para o projeto. Desta maneira, assume-se que a ecincia de uma medida de proteo igual probabilidade com a qual os parmetros das correntes das descargas atmosfricas estodentro de tal faixa. Para parmetros que excedam esta faixa, permanece um risco residual de danos.

    8.3 Zonas de proteo contra descarga atmosfrica raio (ZPR)

    As medidas de proteo como SPDA, condutores de blindagem, blindagens magnticas e DPSdeterminam as zonas de proteo contra descargas atmosfricas raio (ZPR).

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    As ZPR a jusante de uma medida de proteo so caracterizadas por uma reduo signicativa dosLEMP, em comparao com a ZPR a montante.

    A respeito da ameaa de descarga atmosfrica, as seguintes ZPR so denidas (ver Figuras 3 e 4):

    a) ZPR 0A: zona onde a ameaa devido queda direta e ao campo eletromagntico total dadescarga atmosfrica. Os sistemas internos podem estar sujeitos corrente total ou parcial dadescarga atmosfrica;

    b) ZPR 0B: zona protegida contra queda direta, mas onde a ameaa o campo eletromagnticototal da descarga atmosfrica. Os sistemas internos podem estar sujeitos corrente parcial dadescarga atmosfrica;

    c) ZPR 1: zona onde a corrente de surto limitada por uma diviso da corrente da descargaatmosfrica e pela aplicao de interfaces isolantes e/ou DPS na fronteira. Uma blindagem

    espacial pode atenuar o campo eletromagntico da descarga atmosfrica;

    d) ZPR 2, ..., n: zona onde a corrente de surto pode ser ainda mais limitada por uma diviso dacorrente da descarga atmosfrica e pela aplicao de interfaces isolantes e/ou de DPS adicionaisna fronteira. Uma blindagem espacial adicional pode ser usada para atenuar ainda mais o campoeletromagntico da descarga atmosfrica.

    NOTA 1 Em geral, quanto maior o nmero de uma ZPR em particular, tanto menor sero os parmetros domeio eletromagntico.

    Como regra geral de proteo, a estrutura a ser protegida deve estar em uma ZPR cujas caractersticaseletromagnticas sejam compatveis com sua capacidade de suportar solicitaes que, de outra forma,

    causariam danos (dano fsico ou falha de sistemas eltricos e eletrnicos devido a sobretenses).

    NOTA 2 Para grande parte dos sistemas e aparelhos eltricos e eletrnicos a informao sobre nveis desuportabilidade pode ser fornecida pelo fabricante.

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    DPS

    5

    1

    4

    3

    2

    ZPR 0A

    ZPR 1

    S1

    S2

    S3

    S4

    r

    s

    DPS

    5

    ZPR 0BZPR 0B

    s

    r

    IEC 2614/10

    aruturtsean1Saruturtse1

    2 subsistema de captao S2 perto da estrutura

    3 subsistema de descida S3 em linhas ou tubulaes que adentram na estrutura

    4 subsistema de aterramento S4 perto de linhas ou tubulaes que adentram naestrutura

    5 linhas e tubulaes queadentram na estrutura

    r raio da esfera rolante

    s distncia de segurana contra centelhamento perigoso

    nvel do piso

    ligao equipotencial por meio de DPS

    ZPR 0A descarga atmosfrica direta, corrente total

    ZPR 0B pouco provvel a ocorrncia de descarga direta, corrente parcial da descargacorrente induzida

    ZPR 1 no h descarga direta, corrente limitada da descarga ou corrente induzida

    importante observar que o volume protegido na ZPR 1 sempre respeita adistncia de segurana s

    descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica

    atmosfricaatmosfrica ou

    atmosfrica atmosfrica

    Figura 3 ZPR denidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3)

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    DPS

    ZPR 2

    ZPR 1

    DPS

    DPS

    DPS

    ZPR 0A

    ZPR 0B

    6

    4

    3

    5

    2

    S2

    S3

    S4

    S1

    ZPR 0B

    r

    1

    s

    6

    s

    DPS ZPR 0B

    r

    IEC 2615/10

    1 estrutu ra (blindag em da ZPR 1) S1 descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica descarga atmosfrica,

    descarga atmosfrica,

    descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica,

    descarga atmosfrica,

    descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica

    descarga atmosfrica

    na estrutura

    2 subsistema de captao S2 perto da estrutura

    3 subsistema de descida S3 em linhas ou tubulaes que adentram na estrutura

    4 subsistema de aterramento S4 perto de linhas ou tubulaes que adentram na estrutura

    5 recinto (blindagem da ZPR 2) r raio da esfera rolante

    6 linhas e tubulaes que adentram naestrutura

    s distncia de segurana contra campo magntico muito elevado

    nvel do piso

    ligao equipotencial para descargas atmosfricas, por meio de DPS

    ZPR 0A direta, corrente total da campo magntico total

    ZPR 0B pouco provvel a ocorrncia de direta, corrente parcial da ou corrente induzida,campo magntico total

    ZPR 1 no h direta, corrente limitada da ou corrente induzida, campo magntico atenuado

    ZPR 2 no h direta, correntes induzidas, campo magntico ainda mais atenuado

    importante observar que os volumes protegidos na ZPR 1 e na ZPR 2 devemrespeitar as distncias de segurana s

    Figura 4 ZPR denidas por MPS (ABNT NBR 5419-4)

    8.4 Proteo de estruturas

    8.4.1 Proteo para reduzir danos fsicos e risco de vida

    A estrutura a ser protegida deve estar em uma ZPR 0Bou superior. Isto conseguido por meio de umsistema de proteo contra descargas atmosfricas (SPDA).

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    8.4.1.1 Um SPDA consiste em:

    a) um sistema externo de proteo contra descargas atmosfricas e

    b) um sistema interno de proteo contra descargas atmosfricas.

    8.4.1.2 As funes do SPDA externo so:

    a) interceptar uma descarga atmosfrica para a estrutura (com um subsistema de captao);

    b) conduzir a corrente da descarga atmosfrica seguramente para a terra (com um subsistema dedescida);

    c) dispersar esta corrente na terra (com um subsistema de aterramento).

    A funo do SPDA interno evitar centelhamento perigoso na estrutura, utilizando a ligaoequipotencial ou a distncia de segurana s (e, consequentemente, isolao eltrica), entre oscomponentes do SPDA e outros elementos condutores internos estrutura.

    Quatro classes de SPDA (I, II, III e IV) so denidas como um conjunto de regras de construo,baseadas nos correspondentes nveis de proteo (NP). Cada conjunto inclui regras dependentes donvel de proteo (por exemplo, raio da esfera rolante, largura da malha etc) e regras independentesdo nvel de proteo (por exemplo, sees transversais de cabos, materiais etc).

    8.4.1.3 Onde as resistividades superciais do solo externo e a do piso interno estrutura forembaixas, o risco de vida devido a tenses de passo e toque pode ser reduzido:

    a) externamente estrutura, por isolao das partes condutivas expostas, por equipotencializaono nvel do solo por meio de aterramento com malhas, por avisos de advertncia e por restriesfsicas;

    b) internamente estrutura, por ligao equipotencial de tubulaes e linhas eltricas que adentramna estrutura, no ponto de entrada.

    8.4.1.4 O SPDA deve estar conforme os requisitos da ABNT NBR 5419-3.

    8.4.2 Proteo para reduzir as falhas de sistemas internos

    A proteo contra LEMP para reduzir o risco de falha de sistemas internos deve limitar:

    a) sobretenses devido a descargas atmosfricas na estrutura, resultando de acoplamento resistivoe indutivo;

    b) sobretenses devido a descargas atmosfricas perto da estrutura, resultando de acoplamentoindutivo;

    c) sobretenses transmitidas por linhas que adentram a estrutura, devido a descargas atmosfricasdiretas nas linhas ou prximas a estas;

    d) campo magntico acoplado diretamente aos aparelhos.

    NOTA Falhas de aparelhagem devidas a campos eletromagnticos radiados diretamente nos equipamentosso desprezveis contanto que a aparelhagem esteja conforme com os requisitos de emisso e imunidade acampos eletromagnticos radiados, denidos pelas normas pertinentes de compatibilidade eletromagntica(EMC) (ver tambm ABNT NBR 5419-2 e ABNT NBR 5419-4).

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    Anexo A

    (informativo)

    Parmetros da corrente das descargas atmosfricas

    A.1 Descarga atmosfrica para a terra

    A.1.1 Existem dois tipos bsicos de descargas atmosfricas:

    a) descargas atmosfricas descendentes iniciadas por um lder descendente, da nuvem para a terra;

    b) descargas atmosfricas ascendentes iniciadas por um lder ascendente, de uma estrutura aterradapara a nuvem.

    Na maioria das vezes, as descargas atmosfricas descendentes ocorrem em locais planos e emestruturas mais baixas, enquanto que, para estruturas mais altas, as descargas atmosfricasascendentes tornam-se predominantes. Com a altura real, a probabilidade de uma descargaatmosfrica direta na estrutura aumenta (ver ABNT NBR 5419-2:2015, Anexo A) e as condies fsicasmudam.

    A.1.2 A corrente de descarga atmosfrica consiste em um ou mais componentes diferentes:

    a) impulsos com durao inferior a 2 ms (Figura A.1);

    b) componentes longos com durao superior a 2 ms (Figura A.2).

    O1

    90 %

    10 %

    T1

    T2

    50 %I

    i

    t

    IEC 2616/10

    Legenda

    O1 origem virtual

    I corrente de pico

    T1 tempo de frente

    T2 tempo at o meio valor

    Figura A.1 Denies dos parmetros de um impulso de corrente (tipicamente T2< 2 ms)

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    10 % 10 %

    i

    Qlonga

    Tlonga

    T

    IEC 2617/10

    Legenda

    Tlonga tempo de durao

    Qlonga carga da componente longa da descarga atmosfrica

    Figura A.2 Denies dos parmetros da componente longa

    (tipicamente 2 ms < Tlonga< 1 s)

    Uma diferenciao complementar das componentes das descargas atmosfricas provm de suaspolaridades (positiva ou negativa) e de suas posies durante a descarga atmosfrica (primeiracomponente, componente subsequente e superposta). As componentes possveis so indicadas naFigura A.3 para descargas atmosfricas descendentes e na Figura A.4 para as ascendentes.

    i

    Primeira componente curta

    Positivo ou negativo t

    i

    Componente longa

    Positivo ou negativo t

    -i

    Componente curtosubsequente

    Negativo t

    -i

    Negativo t

    IEC 2618/10

    Figura A.3 Possveis componentes de descargas atmosfricas descendentes

    (tpicas em locais planos e em estruturas baixas)

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    i

    Componente curto

    Positivo ou negativo

    componente longa

    i

    componentes curtassubseqentes

    Somente umacomponente longa

    Componentes curtossuperpostos

    Primeiracomponente longa

    i

    i

    i

    t Positivo ou negativo t

    Negativo t Negativo t

    Positivo ou negativo t IEC 2619/10

    Figura A.4 Possveis componentes de descargas atmosfricas ascendentes

    (tpicas de estruturas mais altas ou expostas)

    A componente adicional nas descargas atmosfricas ascendentes a primeira componente longa,com ou sem impulsos superpostos (at algo em torno de dez impulsos). Mas todos os parmetrosde um impulso de corrente de uma descarga atmosfrica ascendente so inferiores queles dasdescargas atmosfricas descendentes. Uma carga superior de uma componente longa de descargasatmosfricas ascendentes no foi conrmada at a reviso desta Norma. Desta forma, os parmetrosda corrente de descargas atmosfricas ascendentes so considerados cobertos pelos valoresmximos das descargas atmosfricas descendentes. Uma avaliao mais precisa dos parmetros dacorrente de descargas atmosfricas e da dependncia destes parmetros com relao altura estoem estudo, tanto para descargas atmosfricas descendentes como para ascendentes.

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    A.2 Parmetros da corrente da descarga atmosfrica

    Os parmetros da corrente da descarga atmosfrica na ABNT NBR 5419 so baseados nos resultadosdo International Council on Large ElectricalSystems(CIGRE) fornecidos na Tabela A.1. A distribuio

    estatstica destes parmetros pode ser assumida como sendo a distribuio logartmica normal. O valor mdio e a disperso logcorrespondentes constam na Tabela A.2, e a funo de distribuio apresentada na Figura A.5. Com base nisto, a probabilidade de ocorrncia de qualquer valor de cadaparmetro pode ser determinada.

    Uma relao de polaridade de 10 % de descargas atmosfricas positivas e 90 % negativas assumida. A relao de polaridade funo do local. Se nenhuma informao disponvel, recomendada a relao fornecida.

    Os valores da probabilidade de ocorrncia de valores de pico da corrente de descarga atmosfricaque excedem os valores previamente considerados esto descritos na Tabela A.3.

    Tabela A.1 Valores tabulados dos parmetros da corrente das descargas atmosfricas

    obtidos do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69*) [20], [21]

    ParmetroValor xado

    para NP I

    ValoresTipo de componente da

    descarga atmosfrica

    Linha na

    Figura A.595 % 50 % 5 %

    I (kA)

    4a 20a 90 Primeira curta negativab 1A+1B

    50 4,9 11,8 28,6 Subsequente negativa curtab 2

    200 4,6 35 250 Primeira curta positiva (singela) 3

    Qash(C)

    1,3 7,5 40 Descarga atmosfrica negativa 4

    300 20 80 350 Descarga atmosfrica positiva 5

    Qcurta(C)

    1,1 4,5 20 Primeira curta negativa 6

    0,22 0,95 4 Subsequente negativa curta 7

    100 2 16 150 Primeira curta positiva (singela) 8

    W/R (kJ/)

    6 55 550 Primeira curta negativa 9

    0,55 6 52 Subsequente curta negativa 10

    10 000 25 650 15 000 Primeira curta positiva 11

    di/dtmx

    (kA/s)

    9,1 24,3 65 Primeira curta negativab 12

    9,9 39,9 161,5 Subsequente curta negativab 13

    20 0,2 2,4 32 Primeira curta positiva 14

    di/dt30/90 %(kA/s)

    200 4,1 20,1 98,5 Subsequente curta negativab 15

    Qlonga(C) 200 Longa

    Tlonga(s) 0,5 Longa

    Durao da frentede onda (s)

    1,8 5,5 18 Primeira curta negativa

    0,22 1,1 4,5 Subsequente curta negativa

    3,5 22 200 Primeira curta positiva (singela)

    Durao da

    componente (s)

    30 75 200 Primeira curta negativa

    6,5 32 140 Subsequente curta negativa25 230 2 000 Primeira curta positiva (singela)

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    Tabela A.1 (continuao)

    Parmetro

    Valor

    xado

    para NP I

    ValoresTipo de componente

    da descarga atmosfrica

    Linha na

    Figura A.5

    95 % 50 % 5 %Intervalo detempo (ms)

    7 33 150 Mltiplos negativos

    Durao totalda descargaatmosfrica (ms)

    0,15 13 1 100descarga atmosfricanegativa

    31 180 900descarga atmosfrica negativa(sem o impulso singelo)

    14 85 500 descarga atmosfrica positiva

    a Os valores I =4 kA e I =20 kA correspondem s probabilidades de 98 % e 80 %, respectivamente.

    b Parmetros e valores relevantes descritos na Electra N 69 [21].

    Tabela A.2 Distribuio logartmica normal dos parmetros da corrente das descargas

    atmosfricas Mdia e disperso logcalculados para 95 % e 5 % dos valores a partir do

    CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69) [20], [21]

    ParmetroMdia

    Disperso

    log

    Tipo de componente da descarga

    atmosfrica

    Linha na

    Figura

    A.5

    I(kA)

    (61,1) 0,576 Primeira curta negativa (80 %)b 1A

    33,3 0,263 Primeira curta negativa (80 %)b 1B

    11,8 0,233 Subsequente curta negativab

    233,9 0,527 Primeira curta positiva (singela) 3

    Qash(C)7,21 0,452 descarga atmosfrica negativa 4

    83,7 0,378 descarga atmosfrica positiva 5

    Qcurta(C)

    4,69 0,383 Primeira curta negativa 6

    0,938 0,383 Subsequente curta negativa 7

    17,3 0,570 Primeira curta positiva (singela) 8

    W/R(kJ/)

    57,4 0,596 Primeira curta negativa 9

    5,35 0,600 Subsequente curta negativa 10

    612 0,844 Primeira curta positiva 11

    di/dtmx(kA/s)

    24,3 0,260 Primeira curta negativab 12

    40,0 0,369 Subsequente curta negativab 13

    2,53 0,670 Primeira curta positiva 14

    di/dt30/90 %

    (kA/s)20,1 0,420 Subsequente curta negativab 15

    Qlonga(C) 200 Longa

    Tlonga(s) 0,5 Longa

    Durao da

    frente de onda

    (s)

    5,69 0,304 Primeira curta negativa

    0,995 0,398 Subsequente curta negativa

    26,5 0,534 Primeira curta positiva (singela)

    Durao da

    componenteda descarga

    atmosfrica (s)

    77,5 0,250 Primeira curta negativa

    30,2 0,405 Subsequente curta negativa

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    Tabela A.2(continuao)

    ParmetroMdia

    Disperso

    log

    Tipo de componente da descarga

    atmosfrica

    Linha na

    Figura A.5

    224 0,578 Primeira curta positiva (singela)

    Intervalo de

    tempo (ms)32,4 0,405 Mltiplas negativas

    Durao total

    da descarga

    atmosfrica

    (ms)

    12,8 1,175Descarga atmosfrica negativa

    (todos os tipos)

    167 0,445Descarga atmosfrica negativa (sem o

    impulso singelo)

    83,7 0,472 Descarga atmosfrica positiva

    alog=log(X16 %) log(X50 %), ondeX o valor do parmetro.b Parmetros e valores relevantes descritos na Electra N 69 [21].

    Tabela A.3 Valores da probabilidade Pem funo da corrente Ida descarga atmosfrica

    I

    (kA) P

    0 1

    3 0,99

    5 0,9510 0,9

    20 0,8

    30 0,6

    35 0,5

    40 0,4

    50 0,3

    60 0,2

    80 0,1

    100 0,05

    150 0,02

    200 0,01

    300 0,005

    400 0,002

    600 0,001

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    Parmetros estabelecidos

    Parmetro

    Probabilidade

    %1A

    8

    4

    7

    14

    15

    13

    5

    11

    9

    1B12

    2

    10

    6

    3

    99,8

    99,5

    99

    98

    95

    90

    80

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    2

    5

    1

    0,5

    0,2

    100 2 3 4 6 8 101 102 103 1042 3 4 6 8 2 3 4 6 8 2 3 4 6 8

    IEC 2620/10

    NOTA Para a numerao das curvas, ver Tabelas A.1 e A.2.

    Figura A.5 Distribuio cumulativa de frequncia dos parmetros das correntes das

    descargas atmosfricas (linhas com valores de 95 % a 5 %)

    Todos os valores estabelecidos para os nveis de proteo NP fornecidos nesta Norma referem-setanto a descargas atmosfricas ascendentes como descendentes.

    NOTA Os valores dos parmetros das descargas atmosfricas so geralmente obtidos por mediesefetuadas em estruturas de grande altura. A distribuio estatstica dos valores de pico da corrente de descargaatmosfrica, sem considerar o efeito das estruturas de grande altura, pode ser obtida de estimativas dos sistemasde localizao de descargas atmosfricas.

    A.3 Estabelecendo os parmetros mximos da corrente de descarga

    atmosfrica para o nvel de proteo NP I

    A.3.1 Impulso positivo

    Os efeitos mecnicos das descargas atmosfricas esto relacionados com a corrente de pico ( I)ecom a energia especca (W/R). Os efeitos trmicos esto relacionados com a energia especca(W/R) quando ocorre um acoplamento resistivo e com a carga (Q) quando ocorrem centelhamentosna instalao. Sobretenses e centelhamentos perigosos causados por acoplamento indutivo estorelacionados com a taxa mdia de inclinao (di/dt) da frente de onda da corrente da descargaatmosfrica.

    Os parmetros individuais I, Q, W/R, di/dt tendem a ser dominantes em cada mecanismo dedefeito. Recomenda-se que isto seja levado em considerao por ocasio do estabelecimento dosprocedimentos de ensaios.

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    A.3.2 Impulso positivo e componente longa

    Os valores I, Qe W/Rrelacionados com os efeitos mecnicos e trmicos so determinados a partirde descargas atmosfricas positivas, pois mesmo sendo menos frequentes, seus valores a 10 % sobem mais elevados que aqueles correspondentes aos valores para 1 % das descargas atmosfricasnegativas. Da Figura A.5 (linhas 3, 5, 8, 11 e 14), os seguintes valores com probabilidades inferioresa 10 % podem ser obtidos:

    a) I =200 kA;

    b) Qash =300 C;

    c) Qcurta =100 C;

    d) W/R =10 MJ/;

    e) di/dt =20 kA/s.

    Para um primeiro impulso positivo conforme a Figura A.1, estes valores fornecem uma primeiraaproximao do tempo de frente:

    T1=I /(di/dt) =10 s (T1 um parmetro de interesse secundrio).

    Para uma componente com decaimento exponencial, as frmulas seguintes so aplicveis para oclculo aproximado da carga e da energia (T1

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    Para o primeiro impulso negativo de acordo com a Figura A.1, estes valores do uma primeiraaproximao para os seus tempos de frente de onda de:

    T1=I/(di/dt) =1,0 s

    Seu tempo at o meio valor pode ser estimado da durao da primeira componente de impulsosnegativos:

    T2=200 s (T2 um parmetro de interesse secundrio)

    A.3.4 Impulso subsequente

    O valor mximo da taxa mdia de variao da corrente di/dt, relacionado com centelhamentosperigosos devido acoplamento indutivo, determinado a partir de componentes curtas subsequentesde descargas atmosfricas negativas (pois seus valores com 1 % de ocorrncia so um pouco mais

    elevados que os valores com 1 % de ocorrncia das primeiras componentes negativas ou que osvalores correspondentes com 10 % de ocorrncia das descargas atmosfricas positivas). A partir daFigura A.5 (linhas 2 e 15), os valores seguintes podem ser obtidos com probabilidades inferiores a 1 %:

    a) I=50 kA;

    b) di/dt=200 kA/s.

    Para um impulso subsequente conforme a Figura A.1, estes valores fornecem uma primeiraaproximao do tempo de frente de onda:

    T1=I/(di/dt) =0,25 s

    Seu tempo at meio valor pode ser estimado da durao das componentes dos impulsos subsequentesnegativos:

    T2=100 s (T2 um parmetro de interesse secundrio)

    A.4 Estabelecendo os parmetros mnimos da corrente das descargas

    atmosfricas

    A eccia de intercepo de um subsistema de captao depende dos valores mnimos dos parmetros

    das correntes