nbr eb 116 - 1991 - dormente de concreto

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Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR EndereçoTelegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NOV./1991 Dormente de concreto EB-116 14 páginas Origem: Projeto EB-116/91 CB-06 - Comitê Brasileiro do Equipamento e Material Ferroviário CE-06:002.02 - Comissão de Estudos Gerais EB-116 - Concrete sleeper - Specification Descriptors: Concrete sleeper. Prestressed concrete Esta Norma substitui a EB-116/83 Especificação Palavras-chave: Dormente. Concreto. Concreto protendido SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção 7 Aceitação e rejeição 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis a dormente de concreto (DC) para via férrea. 1.2 Esta Norma não se aplica a dormente longitudinal (longarina). 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: CB-23 - Trilho Vignole - Classificação CB-54 - Fixação ferroviária - Classificação CB-115 - Dormente de concreto - Classificação EB-2 - Cimento Portland de alta resistência inicial - Especificação EB-3 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado - Especificação EB-4 - Agregados para concreto - Especificação EB-22 - Peneiras para ensaios com telas de tecido metálico - Especificação EB-583 - Aços para perfis laminados para uso estru- tural - Especificação EB-780 - Fio de aço para concreto protendido - Especificação EB-781 - Cordoalhas de aço para concreto proten- dido - Especificação EB-1348 - Calda de cimento para injeção - Especi- ficação EB-2138 - Cimento Portland composto - Especifi- cação MB-1 - Ensaio de cimento Portland - Método de ensaio MB-3 - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto - Método de ensaio MB-4 - Material metálico - Determinação das proprie- dades mecânicas à tração - Método de ensaio MB-5 - Produto metálico - Ensaio de dobramento semiguiado - Método de ensaio MB-6 - Amostragem de agregados - Método de ensaio

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Page 1: NBR EB 116 - 1991 - Dormente de Concreto

Copyright © 1990,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Telex: (021) 34333 ABNT - BREndereço Telegráfico:NORMATÉCNICA

ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

NOV./1991

Dormente de concreto

EB-116

14 páginas

Origem: Projeto EB-116/91CB-06 - Comitê Brasileiro do Equipamento e Material FerroviárioCE-06:002.02 - Com issão de Estudos G eraisEB-116 - Concrete sleeper - SpecificationDescriptors: Concrete sleeper. Prestressed concreteEsta Norma substitui a EB-116/83

Especificação

Palavras-chave: Dormente. Concreto. Concreto protendido

SUMÁRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definições4 Condições gerais5 Condições específicas6 Inspeção7 Aceitação e rejeição

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis a dormente deconcreto (DC) para via férrea.

1.2 Esta Norma não se aplica a dormente longitudinal(longarina).

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

CB-23 - Trilho Vignole - Classificação

CB-54 - Fixação ferroviária - Classificação

CB-115 - Dormente de concreto - Classificação

EB-2 - Cimento Portland de alta resistência inicial -Especificação

EB-3 - Barras e fios de aço destinados a armaduraspara concreto armado - Especificação

EB-4 - Agregados para concreto - Especificação

EB-22 - Peneiras para ensaios com telas de tecidometálico - Especificação

EB-583 - Aços para perfis laminados para uso estru-tural - Especificação

EB-780 - Fio de aço para concreto protendido -Especificação

EB-781 - Cordoalhas de aço para concreto proten-dido - Especificação

EB-1348 - Calda de cimento para injeção - Especi-ficação

EB-2138 - Cimento Portland composto - Especifi-cação

MB-1 - Ensaio de cimento Portland - Método deensaio

MB-3 - Ensaio de compressão de corpos-de-provacilíndricos de concreto - Método de ensaio

MB-4 - Material metálico - Determinação das proprie-dades mecânicas à tração - Método de ensaio

MB-5 - Produto metálico - Ensaio de dobramentosemiguiado - Método de ensaio

MB-6 - Amostragem de agregados - Método deensaio

Page 2: NBR EB 116 - 1991 - Dormente de Concreto

2 EB-116/1991

MB-7 - Agregado - Determinação da composiçãogranulométrica - Método de ensaio

MB-8 - Agregado - Determinação do teor de argilaem torrões e materiais friáveis - Método de ensaio

MB-9 - Agregado - Determinação do teor de mate-riais pulverulentos - Método de ensaio

MB-170 - Agregado - Determinação da abrasão LosAngeles - Método de ensaio

MB-508 - Cimento Portland - Extração e preparaçãode amostras - Método de ensaio

MB-784 - Fios, barras e cordoalhas de aço destina-dos a armaduras de protensão - Ensaio de relaxaçãoisotérmica - Método de ensaio

MB-833 - Amostragem de concreto fresco produzi-do por betoneiras estacionárias - Método de ensaio

MB-888 - Dormente de concreto monobloco - De-terminação da resistência ao momento negativo nomeio - Método de ensaio

MB-896 - Dormente de concreto tipo misto - Deter-minação da resistência à flexão - Método de ensaio

MB-1265 - Dormente de concreto - Determinação daresistência de ancoragem da fixação - Método deensaio

MB-1311 - Dormente de concreto - Determinação daresistência à abrasão - Método de ensaio

MB-1382 - Dormente de concreto monobloco - De-terminação da resistência ao momento positivo ecarga oscilante - Método de ensaio

MB-2673 - Concreto fresco - Determinação da massaespecífica e do teor de ar pelo método gravimétrico -Método de ensaio

NB-1 - Projeto e execução de obras de concretoarmado - Procedimento

NB-116 - Projeto de estruturas de concreto proten-dido - Procedimento

NB-124 - Preparação de índice de publicações -Procedimento

NB-325 - Obra de concreto ferroviária - Cimento -Recebimento e armazenamento - Procedimento

NB-329 - Obra de concreto ferroviária - Concreto -Produção - Procedimento

NB-477 - Via férrea - Superelevação - Procedimento

NB-806 - Emprego de escalas em desenho técnico -Procedimento

NB-846 - Execução de caracteres para escrita emdesenhos técnicos - Procedimento

NB-847 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos delinhas - Larguras das linhas - Procedimento

NB-848 - Indicação do estado de superfície emdesenhos técnicos - Procedimento

NB-849 - Equipamento e instalação fixa ferroviária -Pintura - Sistema - Procedimento

NB-877 - Representação convencional de partesroscadas em desenhos técnicos - Procedimento

NB-933 - Princípios gerais de representação emdesenho técnico - Vistas e cortes - Procedimento

NB-992 - Instalação, material e equipamento ferro-viário - Condição local - Procedimento

NB-1062 - Cotagem em desenho técnico - Proce-dimento

NB-1087 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões -Procedimento

NB-1184 - Apresentação da folha para desenho téc-nico - Procedimento

NB-1390 - Material e equipamento ferroviário -Homologação - Procedimento

NB-9000 - Normas de gestão da qualidade e garantiada qualidade - Diretrizes para seleção e uso - Proce-dimento

PB-274 - Via férrea - Bitola métrica - Padronização

PB-275 - Via férrea - Bitola métrica - Padronização

PB-276 - Via férrea - Bitola larga - Padronização

PB-413 - Instalação fixa e equipamento ferroviário -Projeto - Apresentação - Padronização

PB-712 - Via férrea - Inclinação - Padronização

TB-76 - Cimento - Terminologia

TB-131 - Via permanente ferroviária - Terminologia

TB-231 - Dormente de concreto - Terminologia

TB-309 - Agregados - Terminologia

TB-351 - Desenho técnico - Terminologia

3 Definições

Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão de-finidos nas TB-76, TB-131, TB-231, TB-309 e TB-351.

4 Condições gerais

4.1 Homologação

O DC é previamente homologado, de acordo com aNB-1390 e esta Norma que, em qualquer situação,prevalece sobre aquela.

Page 3: NBR EB 116 - 1991 - Dormente de Concreto

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4.2 Projeto

4.2.1 Partes

O projeto observa a PB-413 e é constituído por:

a) elementos básicos (ver 4.2.2.);

b) memorial descritivo e justificativo (ver 4.2.3);

c) memorial de cálculo (ver 4.2.4);

d) desenho (ver 4.2.5);

e) especificação técnica (ver 4.2.6);

f) índice alfabético, observada a NB-124.

Nota: O projeto compreende o DC e a fixação.

4.2.2 Elementos básicos

4.2.2.1 Os elementos indispensáveis à elaboração do pro-jeto são de natureza a:

a) caracterizar as ações a considerar (ver 5.1);

b) normas a aplicar.

4.2.2.2 Para a caracterização das ações a considerar, ocomprador fornece:

a) condições de tráfego:

- trem tipo;

- diâmetro da roda nominal, em mm;

- base rígida, em m;

- carga por eixo máxima, nas fiadas de trilhos,em kN;

- velocidade máxima, em km/h;

- dens idade do trá fego, em núm ero de trens por d ia ;

- unidade de tráfego, em tonelada-quilômetrobruta;

- aceleração máxima, em m/s2;

- aceleração lateral não compensada, em m/s2;

- desaceleração máxima, em m/s2;

- carga de impacto mínima (descarrilamento),em kN;

- coeficiente de impacto mínimo a considerar;

b) condições da superestrutura:

- bitola, em mm, observadas as PB-274, PB-275e/ou PB-276;

- raio mínimo predominante, em via principal,em m;

- inclinação das fiadas de trilhos, observada aPB-712;

- espaçamento entre dormentes, em mm;

- tipo de trilho, de acordo com a CB-23;

- extensão da barra de trilhos, em m;

- tipos de fixações adm issíve is , observada a C B-54;

- superelevação máxima, em mm, observada aNB-477;

- variação da superelevação, em mm;

- tensão máxima admissível numa fibra extremade uma seção transversal de trilho, em MPa;

- seção de lastro, em mm;

- módulo da via, em MPa;

- máxima pressão do DC sobre o lastro, em MPa;

- comprimento máximo do DC, em mm (ver 4.16);

- largura máxima do DC, em mm (ver 4.16);

- a lturas m áxim a e m ín im a do D C , em m m (ver 4 .16);

- massa bruta máxima do DC (inclusive fixação),em kg;

- extensão da parte média do DC, sem socaria,em mm;

c) condição de isolamento elétrico;

d) via útil esperada, do DC e respectiva fixação;

e) condições agressivas do meio ambiente.

4.2.2.3 Para aplicação em via sem lastro, com terceiro tri-lho fixado no DC, com três ou quatro fiadas de trilhos(bitola mista), em aparelho de mudança de via (AMV), tra-vessão, cruzamento e em obra de arte especial, outrascondições devem ser fornecidas pelo comprador, median-te entendimento com o fornecedor.

4.2.3 Memorial descritivo e justificativo

O memorial descritivo e justificativo contém a descriçãodo DC, com sua justificativa técnica.

4.2.4 Memorial de cálculo

4.2.4.1 Todo o cálculo necessário à determinação das a-ções (ver 5.1) e verificações dos estados limites são apre-sentados em seqüência lógica e com um desenvolvimen-to tal que facilmente possa ser entendido, interpretado everificado, observadas:

a) concreto armado ................................ NB-1;

b) concreto protendido .......................... NB-116.

Page 4: NBR EB 116 - 1991 - Dormente de Concreto

4 EB-116/1991

4.2.4.2 Sempre que possível, é iniciado com um esquemado sistema estrutural adotado, indicando dimensões (emmm), condições de apoio e ações consideradas, demons-trando a observância das condições estabelecidas.

4.2.4.3 A hipótese de cálculo e o método de verificação u-tilizado são indicados com suficiente clareza, observan-do-se que:

a) o símbolo não usual tem que ser bem definido;

b) as notações são de acordo com as N B-1 e N B-116;

c) a fórmula aplicada figura antes da introdução dosvalores numéricos;

d) a referência bibliográfica é precisa e completa.

4.2.4.4 Se o cálculo é efetuado com auxílio de computa-dor, é fornecida a indicação detalhada sobre:

a) o programa utilizado,indicando nome, origem, mé-todo de cálculo, hipótese básica, fórmula, simplifi-cação, referência bibliográfica, manual de utiliza-ção com o procedimento de entrada de dado einterpretação do relatório;

b) dado de entrada, modelo estrutural e descriçãodetalhada, acompanhada dos diagramas de soli-citações e deslocamentos.

4.2.4.5 O resultado do cálculo por computador, parte in-tegrante do memorial de cálculo, é ordenado, completo econtém toda informação necessária à sua clara in-terpretação.

4.2.4.6 O memorial de cálculo informa a perda na prote-ção decorrente da deformação do aço e à retração doconcreto.

4.2.5 Desenho

Em desenho, observadas as NB-806, NB-846, NB-847,NB-848, NB-877, NB-933, NB-1062, NB-1087 e NB-1184,apresenta-se todo elemento necessário à verificação de:

a) forma e dimensão, em mm;

b) montagem do conjunto dormente-fixação;

c) armação (tipo de aço, quantidade, bitola, forma,posição e espaçamento das barras ou cabos, ti-pos de emendas, raios mínimos do dobramento,cobrimento);

d) ancoragem: quando a transferência da proteçãonão for por aderência da cordoalha, o conjunto daancoragem, nos topos do DC, tem de possuir re-sistência para absorver e transmitir sem deforma-ções todos os esforços inerentes ao processo;

e) suporte para o terceiro trilho;

f) forma, estanqueidade, tolerância de nivelamento,acabamento, posicionamento da armadura, ele-mentos de ancoragem e componentes da fixação;

g) qualquer outro detalhe indispensável ao compra-dor.

4.2.6 Especificação técnica

A especificação técnica segue o detalhamento descrito naNB-1390.

4.2.7 Aceite

O projeto é submetido ao aceite do comprador que, porisso, não se solidariza com as responsabilidades técnicasdo projetista.

4.3 Condição local

A condição local para aplicação do DC é de acordo com aNB-992.

4.4 Classificação

O DC é classificado de acordo com a CB-115.

4.5 Material

4.5.1 Aço

4.5.1.1 O aço é de acordo com:

a) a armadura não protendida (CA-50) .... EB-3;

b) a armadura de protensão:

- fio .................................................... EB-780;

- cordoalha (CP-175 RB ou CP-190 RB) ............................... EB-781;

c) barra de interligação: cantoneira(classe MR-250) (ou chapa do-brada) .................................................. EB-583.

4.5.1.2 A qualidade do aço é certificada, de preferência,pelo seu produtor, sendo o certificado submetido aoaceite do comprador do DC.

4.5.1.3 O comprador pode proceder a outro sistema decontrole da qualidade do aço.

4.5.1.4 A cordoalha de aço é de sete fios.

4.5.1.5 O aço é:

a) protegido contra corrosão do meio ambiente, inclu-sive por intempérie e/ou agressividade;

b) cuidadosamente separado, classificado e marca-do, por suas características e origem;

c) preservado sem alteração apreciável de seu esta-do, até sua utilização.

4.5.1.6 Para sua utilização, o aço é isento de:

a) graxa;

b) óleo;

c) pintura;

Page 5: NBR EB 116 - 1991 - Dormente de Concreto

EB-116/1991 5

d) solo;

e) qualquer outra substância nociva à sua aderência.

4.5.1.7 O fio ou cordoalha de proteção é em bobina dediâmetro grande o suficiente para que permaneça retoapós o desenrolamento, sem necessitar de retificaçãosuplementar.

4.5.1.8 É proibida a retificação do fio ou cordoalha do-brado.

4.5.2 Cimento

4.5.2.1 O cimento é de acordo com as EB-1, EB-2, EB-208,EB-758, EB-903 e EB-2138.

4.5.2.2 No recebimento e armazenamento do cimento, éobservada a NB-325.

4.5.2.3 A qualidade do cimento é certificada, de preferên-cia, por seu produtor, sendo o certificado submetido aoaceite do comprador do DC.

4.5.2.4 Se surgir dúvida quanto à qualidade do cimento, ocomprador pode fazer submetê-lo a novo controle.

4.5.2.5 O sistema de armazenamento do cimento é tal queseja mantido inviolável e identificado.

4.5.2.6 É proibido o emprego de:

a) cimento empedrado;

b) mistura de cimento;

c) armazenagem a granel por mais de um mês.

4.5.3 Agregado

4.5.3.1 O agregado é de acordo com a EB-4, observando-se:

a) agregado miúdo - areia natural quartzosa, ou arti-ficial, resultante do britamento de rocha estável ecom menos de 3% de material pulverulento pas-sando na peneira 200 (ver EB-22);

b) agregado graúdo - pedra britada, oriunda de ro-cha sã e estável, com abrasão Los Angeles infe-rior a 40%.

4.5.3.2 Para sua utilização o agregado tem de se apresen-tar isento de qualquer substância estranha e não serreativo com o álcalis do cimento.

4.5.4 Aditivo

4.5.4.1 O emprego de aditivo é admitido mediante precau-ção, e na medida em que seja justificado por ensaio, quecomprove que o produto acrescentado, na condição pre-vista, provoca o efeito desejado, sem contra-indicação(por exemplo: corrosão de armadura, barra de ligação ououtro elemento introduzido no concreto).

4.5.4.2 É proibido o emprego de aditivo à base de cloretoou outro halogeneto.

4.5.4.3 No concreto protendido, observada a EB-1348:

a) a quantidade de sulfeto e sulfatado contida noaditivo é rigorosamente limitada;

b) o emprego do nitrato e cloreto é proibido na caldade injeção e no dormente com aderência prévia.

4.5.4.4 Quando previsto o emprego simultâneo de mais deum aditivo, tem-se de estar seguro da compatibilidadeentre eles.

4.5.4.5 O aditivo deve ser previamente diluído na água deamassamento, sendo homogeneizada antes de ser in-troduzida na betoneira.

4.5.4.6 Para os incorporadores de ar, deve-se ter cuidadopara que o teor total de ar no concreto não ultrapasse 6%.

Notas: a) O acelerador de pega aumenta a retração.

b) O incorporador de ar diminui a resistência à compres-são.

4.5.4.7 É proibido o uso de aditivo com data de validadevencida.

4.5.5 Água

4.5.5.1 A água é potável ou outra reconhecidamenteaceitável, considerando utilizações anteriores.

4.5.5.2 Admite-se água com pH entre 5,8 e 8,0 e com, nomáximo:

a) matéria orgânica (expressaem oxigênio consumido) .................... 3 mg/L;

b) resíduo sólido ..................................... 2000 mg/L;

c) sulfato (expresso em íons S04) ........... 300 mg/L;

d) cloreto (expresso em íons Cl) ............ 500 mg/L;

e) açúcar ................................................. 5 mg/L.

Notas: a) Os limites incluem as substâncias trazidas ao concreto pelo agregado, cimento e aditivo.

b) Outra limitação (teor de ácido carbônico, outros sais ou impureza) pode ser estabelecida.

4.5.5.3 É proibido o emprego de água do mar.

4.5.6 Fixação

4.5.6.1 A fixação das fiadas de trilhos ao DC é através desistema duplamente elástico (ver CB-54).

4.5.6.2 A fixação de suporte do terceiro trilho é conformeespecificado pelo comprador.

4.5.7 Lubrificante e isolante

O lubrificante empregado no dispositivo de deslizamentoe o isolante da armadura de protensão para evitar aderên-cia são isentos de ingredientes que possam provocarcorrosão.

Page 6: NBR EB 116 - 1991 - Dormente de Concreto

6 EB-116/1991

4.6 Fabricação

4.6.1 Forma

4.6.1.1 A forma é concebida, principalmente, para:

a) dar ao DC a forma geométrica com as tolerânciasdimensionais (ver 4.16 e 5.3);

b) permitir a obtenção da textura superficial desejada(ver 4.17);

c) assegurar a estabilidade do concreto, até que ad-quira resistência suficiente, tornando-se auto-es-tável, protegendo-o contra choque mecânico;

d) limitar as perdas de água do concreto fresco;

e) permitir o transporte do DC fresco do local deconcretagem até o local de cura e endurecimento;

f) facultar a marcação desejada (ver 4.11).

4.6.1.2 Em particular, a forma deve permitir:

a) o posicionamento correto da armadura e dos diver-sos componentes incorporados ao concreto;

b) o lançamento adequado do concreto e seu acaba-mento, tal como projetado;

c) o endurecimento natural ou, se for o caso, acele-rado do concreto;

d) a proteção do concreto fresco e a desmoldagem sem danos à estrutura do DC.

4.6.1.3 Salvo indicações em contrário, as arestas externasaparentes do DC devem ser dotadas de chanfros em for-ma de triângulo isósceles, com os lados iguais medindo20 mm.

4.6.1.4 A forma é dimensionada e executada de modo aapresentar rigidez para resistir, sem deslocamento ou de-formação apreciável, às cargas e ações de qualquer na-tureza a que esteja exposta durante a sua utilização, no-tadamente as provocadas pelo lançamento e vibração doconcreto.

4.6.1.5 A forma tem suas dimensões aferidas:

a) antes da primeira utilização;

b) a cada seis meses de uso ininterrupto;

c) sempre que passar mais de três meses sem utiliza-ção;

d) sempre que for reparada (ver 6.3.1.2).

4.6.1.6 A forma tem identificação indelével.

4.6.1.7 Cada forma tem uma ficha de ocorrência na qual seregistre as reparações, aferições e medições de CP.

4.6.2 Armadura

4.6.2.1 A armadura é sem emenda e de acordo com:

a) concreto armado ................................ NB-1;

b) concreto protendido ........................... NB-116.

4.6.2.2 A armadura não protendida é confeccionada a frio,sobre gabaritos, de forma a permitir obter as formas edimensões fixadas no projeto, não se admitindo emendas.

4.6.2.3 As espirais e os estribos são solidamente conso-lidados de forma a impedir qualquer deslocamento duran-te a concretagem.

4.6.2.4 A armadura é disposta e fixada exatamente no lo-cal previsto no projeto, de forma que não se desloquedurante a concretagem.

4.6.2.5 É proibido posicionar ou reposicionar a armaduradurante a concretagem.

4.6.2.6 O suporte da armadura tem de resistir a todas asações a que estejam submetidos no processo de fa-bricação, sem dar margem a fissuração ou infiltração, a-pós o endurecimento do concreto, bem como a corrosão.

4.6.2.7 Para armadura longitudinal de proteção são pre-vistos, no mínimo, quatro fios ou cordoalhas, com dis-tribuição simétrica em relação ao plano vertical de sime-tria longitudinal do DC, devendo ficar o mais próximo daperiferia dele.

4.6.2.8 A cobertura mínima do concreto da armadura é de:

a) na base ............................................... 30 mm;

b) nas demais faces ................................ 20 mm.

4.6.2.9 As extremidades dos fios de proteção, na anco-ragem no topo, são protegidas e impermeabilizadas comargamassa de cimento e areia, de resistência à compres-são aos 28 dias de, no mínimo, 30 MPa.

4.6.3 Concretagem

4.6.3.1 O concreto empregado é dosado racionalmente edeve ter uma composição determinada experimentalmen-te a partir de ensaios realizados em condições tão próxi-mas quanto possíveis das reais, a fim de garantir:

a) resistência mecânica requerida (ver 5.2);

b) homogeneidade e compacidade satisfatórias, bemcomo o correto envolvimento da armadura e suaproteção (ver 4.6.2.8).

4.6.3.2 Em particular, o concreto protendido que preciseatingir resistência elevada e o concreto do DC exposto aambiente muito agressivo têm de ser objeto de estudoaprofundado.

4.6.3.3 O produtor submete ao aceite do comprador a fi-cha técnica do concreto, com:

a) curva granulométrica dos agregados;

b) procedência;

c) massa específica (ver MB-2673);

Page 7: NBR EB 116 - 1991 - Dormente de Concreto

EB-116/1991 7

d) volume de vazio;

e) dosagem do concreto em estudo;

f) fator água-cimento;

g) vibração (tempo, freqüência e amplitude);

h) condições técnicas especiais e particulares dacentral;

i) resultados dos ensaios de compressão e de tração.

4.6.3.4 A modificação de condições especificadas na fi-cha técnica aceita pelo comprador implica prévio aceitedela.

4.6.3.5 O concreto é produzido de acordo com a NB-329,sem prejuízo a esta Norma, sendo misturado em centralgravimétrica, que possua controle automático de medidados constituintes.

4.6.3.6 A movimentação do concreto fresco é feita porprocesso mecânico, em quantidade compatível com oenchimento de número inteiro de formas.

4.6.3.7 É proibida a moldagem do DC com:

a) concreto proveniente de duas partidas diferentes;

b) em etapas, quando a anterior já tenha iniciado apega.

4.6.3.8 A desmoldagem é efetuada com cuidado, semchoque e de modo a não provocar qualquer deformação,fissura ou fratura do DC.

4.6.3.9 No caso de desmoldagem por tombamento doDCB, os dois blocos são desmoldados simultaneamente,proibida qualquer manipulação durante, pelo menos,20 h da desmoldagem, salvo autorização especial docomprador.

4.6.3.10 É proibido todo ajuste ou retoque (colher de pe-dreiro, desempenadeira, ou outro meio) após a desmol-dagem.

4.6.3.11 O encaixe da fixação deve estar limpo e bemconformado, e todo elemento introduzido no concretoperfeitamente posicionado e limpo.

4.6.3.12 Todo DC que apresente defeito na desmoldagemque possa resultar na sua rejeição pelo comprador éimediatamente destruído, podendo os elementos in-troduzidos no concreto, após convenientemente limpos einspecionados com aprovação, serem reaproveitados.

4.6.3.13 No mais, é observada a NB-1.

4.7 Certificado

Mediante entendimento entre comprador e fornecedor, éfornecido pelo fabricante, sem prejuízo a 4.5.1.2 e 4.5.1.3,certificado que indique:

a) as características do DC;

b) os resultados obtidos nos ensaios (ver 6.4).

4.8 Unidade

A unidade de compra do DC é um dormente acabado,com respectiva fixação.

4.9 Designação

A designação do DC é de acordo com a CB-115.

4.10 Pedido

4.10.1 Do pedido constam, pelo menos:

a) a quantidade (ver 4.8);

b) a designação (ver 4.9);

c) a exigência da homologação (ver 4.1);

d) o cronograma de entrega;

e) o destino e transporte a utilizar;

f) o local dos ensaios (ver 6.4);

g) a referência a esta Norma.

4.10.2 Quando for o caso, constam do pedido, também:

a) certificado (ver 4.7);

b) condições ao transporte (ver 4.13.4).

4.11 Marcação

4.11.1 O DC é marcado, em baixo-relevo, na face superiore de forma permanente, durante a moldagem, com, pelomenos:

a) marca do fabricante e da fábrica (caso o fabrican-te tenha mais de uma);

b) marca do comprador;

c) data de fabricação mediante o algarismo repre-sentativo do mês e os dois últimos algarismos re-presentativos do ano;

d) modelo;

e) tipo de trilho, de acordo com a CB-23, e median-te apenas os respectivos algarismos.

4.11.2 Pilha

Na armazenagem, cada pilha de DC é marcada median-te tabuleta de (500 x 300) mm, em caracteres na corbranca, sobre fundo na cor preta, com:

a) modelo;

b) turno de fabricação;

c) quantidade de DC;

d) marca do comprador.

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8 EB-116/1991

4.12 Acondicionamento

O DC não é acondicionado.

4.13 Movimentação e estocagem

4.13.1 Toda e qualquer movimentação de DC é feita porprocesso mecânico que garanta a sua indeformabilidade,independente da sua idade.

4.13.1.1 A elevação do DC é feita pelas suas extremida-

des, através de dispositivo tipo alicate, com proteção deborracha nas superfícies de contato deste com o DC (verFigura 1) ou outro (ver Figura 2).

4.13.1.2 A movimentação é isenta de golpe, queda, impac-to ou outra ocorrência que possa danificar o DC.

4.13.2 A área para estocagem do DC tem de ser limpa,drenada e capaz de resistir ao peso dos DC, sem sofrerrecalques diferenciais.

Figura 1 - Dispositivo tipo alicate para elevação de DC

Figura 2 - Dispositivo para elevação simultânea de vários DC

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EB-116/1991 9

4.13.2.1 A fábrica deve ter um pátio para armazenagemde, no mínimo, dois meses de produção.

4.13.3 Tão logo a cura permita, o DC pode ser empilhadoem local de fácil acesso ao equipamento de movimenta-ção.

4.13.3.1 Cada pilha contém apenas DC de um mesmomodelo, mesma bitola, mesmo tipo de fixação, destinadoa um mesmo comprador e de um mesmo turno defabricação.

4.13.3.2 Os DC são dispostos num mesmo sentido, com aface superior voltada para cima.

4.13.3.3 Cada pilha pode conter até dez camadas de DC,desde que não apresente recalques diferenciais e é mar-cada de acordo com 4.11.2.

4.13.3.4 São interpostos sarrafos de madeira com(100 x 100) mm, no mínimo, e resistência equivalente àda peroba, entre cada camada de DC, para impedir ocontato direto entre elas.

4.13.3.5 As pilhas são afastadas entre si ou de qualquerobstáculo fixo de, pelo menos, 500 mm.

4.13.4 O DC é transportado em vagão aberto ou em car-reta, após a assinatura de termo (ver 7.1) pelo compradore fabricante.

4.13.4.1 Na arrumação são observadas as condições de4.13.3, ao empilhamento, que lhe sejam aplicáveis.

4.13.4.2 O DC é embarcado, conforme especificar ocomprador no pedido:

a) com os conjuntos de fixação montados, na configu-ração para transporte, com exceção da placaamortecedora, que observa o acondicionamentoda especificação que lhe for própria;

b) com os componentes de fixação soltos e acondi-cionados conforme especificações que lhes sãopróprias.

4.13.4.3 A autorização para embarque do DC só pode serdada após a cura com:

a) 28 dias de idade;

b) outro prazo, quando utilizado procedimento de cu-ra acelerada, a juízo do comprador.

4.13.4.4 Em 24 h deve ser possível carregar 3000 DC.

4.13.5 A movimentação e a estocagem nas instalações dofabricante são feitas por ele.

4.13.6 Em hipótese alguma o DC é:

a) movimentado mediante amarra de corda ou cabo;

b) forçado por ferramenta ou equipamento que pos-sa lhe provocar golpe ou choque.

4.14 Direito

O fornecedor dá garantia ao comprador contra toda equalquer reclamação de terceiro quanto aos direitos deprojeto, fabricação e/ou marca.

4.15 Garantia

4.15.1 O DC e seus inseridos são garantidos, no mínimo,até 31 de dezembro do ano N + 10, sendo N o ano defabricação, contra defeito de projeto e/ou fabricação,independente dos resultados da inspeção do compradorno recebimento (ver 4.15.5).

4.15.1.1 Os demais elementos de fixação têm sua garantiade acordo com as especificações que lhe são próprias.

4.15.1.2 Se um dado inserido tiver garantia superior, atra-vés de especificação que lhe é própria, prevalece a maior.

4.15.1.3 A garantia não se encerrará enquanto não houvera aceitação definitiva do DC (ver 7.1);

4.15.1.4 O fabricante do DC garante o DC, seus inseridose fixações, por ele fornecidos, independente de ser ounão o fabricante de tais elementos.

4.15.2 Durante a garantia, toda unidade que apresentarfalha imputável ao fornecedor é posta a sua disposição,mediante notificação por escrito, para fins de comprova-ção dela, sem prejuízo de sua retirada da via, caso a fer-rovia entenda ser isso indispensável.

4.15.2.1 Sempre que possível, o DC em questão deve per-manecer na via até que seja comprovada a falha pelofornecedor.

4.15.2.2 Caso seja retirado da via, a ferrovia o guarda omais próximo possível do local de onde foi retirado, até queseja comprovada a origem da falha.

4.15.2.3 O prazo máximo para a comprovação da falha pe-lo fornecedor é conforme acordo entre comprador e for-necedor.

4.15.3 A parte defeituosa é recolocada pelo fornecedor nomenor prazo comprovadamente exeqüível, nunca supe-rior a 90 dias, a contar do recebimento da notificação dafalha (ver 4.15.2).

4.15.3.1 O comprador pode optar por indenização equi-valente em lugar da reposição.

4.15.4 No caso de substituições de mais de 2% da quan-tidade aplicada, o fornecedor deve reembolsar a ferroviapelos ônus das substituições.

4.15.5 No caso de atraso na reposição de unidade comfalha ou de falha de natureza continuada persistente, deresponsabilidade do fornecedor, a contagem de prazo degarantia pode ser suspensa pelo comprador.

4.16 Geometria

4.16.1 O DC tem forma e dimensão simétricas em relaçãoao eixo longitudinal (exceto o DC com apoio para terceirotrilho) e sem quina viva (ver 4.6.1.3), de acordo com oprojeto aceito pelo comprador e observada a Tabela.

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10 EB-116/1991

4.16.2 A inclinação dos apoios dos trilhos é de acordo coma PB-712.

4.17 Acabamento

4.17.1 As faces dos DC são brutas, resultantes da desmol-dagem, devendo apresentar:

a) superfície regular e limpa;

b) apoio dos trilhos plano e liso;

c) superfície inferior plana, áspera e/ou ranhurada,sendo a ranhura resultante de moldagem;

d) entalhe limpo, desobstruído e isento de nata de ci-mento.

4.17.1.1 A barra de ligação é pintada por sistema de pintu-ra ou recebe outro tratamento superficial, que a garantacontra a corrosão, observada a NB-849.

4.17.2 Nenhuma operação para dissimular defeito épermitida.

4.18 Defeito

O DC é isento de:

a) irregularidade da mesa;

b) poro;

c) nincho;

d) retoque ou outro indício de procedimento de cor-reção de falha de fabricação, não autorizado poresta Norma e/ou pelo comprador;

e) trinca;

f) rachadura;

g) escamação;

h) lasca;

i) deformação;

j) rebarba na aresta que prejudique o assentamento;

k) carepa ou corrosão na barra de ligação;

l) outro defeito prejudicial ao seu uso.

4.19 Instrumentação

4.19.1 Dois jogos completos dos gabaritos indispensá-veis às verificações do comprador (dormente e fixações)lhes são fornecidos pelo fabricante.

4.19.1.1 O comprador, estando de acordo com eles, nelesfaz colocar sua marca (ver 6.3.5).

4.19.1.2 O recebimento é decidido mediante o gabaritomarcado pelo comprador.

4.19.2 O gabarito é substituído pelo fornecedor, sempreque o comprador julgar isso indispensável.

4.19.3 Os demais instrumentos necessários às verifica-ções do comprador na fábrica, devidamente aferidos, sãocolocados à disposição do comprador pelo fabricante.

4.19.3.1 Para protensão, um dinamômetro tem de serdisponível.

4.19.3.2 O comprador pode rejeitar o instrumento quejulgue insatisfatório.

4.20 Registro

4.20.1 O fabricante mantém à disposição do compradorregistro diário, contendo:

a) resultados do seu controle da qualidade;

b) produção diária e acumulada;

c) cronograma da produção futura.

4.20.2 Ao controle da qualidade da matéria-prima o fa-bricante efetua, pelo menos, as determinações de:

a) cimento, observada a MB-508:

- finura, pega, expansibilidade e resistência à com-pressão, de acordo com a MB-1;

Tabela - Limite à dimensão nominal do DCUnid.: mm

Largura Altura

Bitola Comprimento Base Apoio Parte central Apoio

máxima mínima(A) mínima máxima

1 2 3 4 5 6

1 Métrica 2000 (mín.) - 210 153 225

2 Normal 2300 a 2400 330 200 - 254

3 Larga 2400 a 2900 320 160 (B) 300

(A) Na projeção do eixo das fiadas de trilhos.(B) 85% da altura no apoio.

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EB-116/1991 11

b) agregado miúdo, observada a MB-6:

- granulometria, de acordo com a MB-7;

- teor de argila em torrões, de acordo com a MB-8;

- teor de material pulverulento, de acordo com aMB-9;

c) agregado graúdo, observada a MB-6:

- granulometria, de acordo com a MB-7;

- abrasão Los Angeles, de acordo com a MB-170;

- material pulverulento, de acordo com a MB-9;

d) água:

- análise química;

e) aço de protensão:

- dobramento, de acordo com a MB-5;

- relaxação, de acordo com a MB-784;

f) aço para barra de interligação: resistência àtração, de acordo com a MB-4, sendo uma verifi-cação para as primeiras 1000 barras e outra paracada lote de 5000 barras;

g) aço para outro fim: resistência à tração, para cadabobina, de acordo com a MB-4.

5 Condições específicas

5.1 Ação a considerar

No cálculo é considerada toda ação que possa produziresforço ou deformação importante, a saber:

a) ação permanente: ação que pode ser consideradacomo constante ao longo da vida útil do DC:

- peso próprio: admite-se a massa específica de24 kN/m3 para o concreto simples e 25 kN/m3

para o concreto armado ou protendido;

- peso do trilho, fixação e acessório: a carga re-ferente ao dormente, trilho, fixação e acessóriodeve ser considerada, no mínimo, igual a 8 kN/mde via;

- força de protensão: conforme a NB-116;

- variação de temperatura: força longitudinal ocasi-onada por variações térmicas, principalmentenas barras de trilhos;

- deformação imposta;

b) ação variável, ação de caráter transitório e compre-endido:

- peso por roda, em kN (carga estática vertical);

- efeito dinâmico da carga estática: na falta de ou-tro valor fixado pelo comprador, o coeficiente di-

nâmico para assimilar a carga móvel à carga es-tática é determinado pela fórmula de Schramm:

k = 1 + - ,

sendo V a velocidade máxima em km/h.

Tabela - coeficiente dinâmico

V α V α V αkm/h km/h km/h

0 1,000 60 1,130 120 1,389

5 1,001 65 1,148 125 1,410

10 1,004 70 1,170 130 1,431

15 1,010 75 1,190 135 1,451

20 1,017 80 1,211 140 1,470

25 1,026 85 1,233 145 1,488

30 1,036 90 1,255 150 1,506

35 1,049 95 1,278 155 1,523

40 1,062 100 1,300 160 1,538

45 1,077 105 1,322 170 1,564

50 1,094 110 1,345 180 1,583

55 1,111 115 1,368 200 1,600

Nota: Para V maior que 200 km/h, adotar 1,6.

- força centrífuga: considerada atuando no cen-tro de gravidade do veículo;

- força lateral: força devida à pressão de guia,equiparada a uma força horizontal móvel, aplica-da na altura da linha de bitola normal ao eixo davia, com um valor característico igual a 20% damaior carga por eixo;

- efeito da aceleração e da desaceleração: forçalongitudinal devida à frenagem (desaceleração)ou à tração (aceleração), considerada aplicada noplano de rolamento e igual ao maior dos seguin-tes valores:

. 15% da carga móvel para frenagem;

. 25% da carga por eixo motor para aceleração;

c) ação excepcional: ação cuja ocorrência se dá emcircunstância anormal a critério do comprador (ca-lo na roda, choque no descarrilamento).

5.2 Resistência

5.2.1 Armadura não protendida

Adota-se para resistência à tração (fyk) do fio ou barra deaço para armadura não protendida a resistência mínima deescoamento da categoria do aço empregado.

4,5 V2

100000 10000000

1,5 V3

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12 EB-116/1991

5.2.2 Compressão e tração

O concreto tem como mínimas as seguintes resistências:

a) compressão (fck) aos 28 dias .............. 45 MPa;

b) compressão admissível noconcreto devido unicamenteà força de protensão .......................... 12 MPa;

c) compressão por ocasião datransferência da protensão ................ A MPa;

d) tração (na flexão) (fctk7)aos sete dias ....................................... 5 MPa.

A = valor a ser fixado no projeto.

5.2.3 Momento fletor

Mediante entendimento entre comprador e fornecedor, efixado o momento fletor máximo no DC protendido, semque apresente fissura visível com lupa iluminada eampliação de dez vezes:

a) negativo no meio do DC;

b) positivo no apoio da fiada de trilhos.

5.3 Tolerância

5.3.1 Dimensional

São admitidas as seguintes tolerâncias e/ou afastamen-tos dimensionais máximos:

a) comprimento ............................... ± 6 mm;

b) largura, em qualquer ponto ........ ± 3 mm;

c) altura, em qualquer ponto .......... (+ 6 e - 3) mm;

d) bitola ........................................... (+ 2 e - 1) mm;

e) inc linação do apo io dos trilhos ..... (1:15 a 1:25) ou (1:35 a 1:45);

f) dimensão do apoio dos trilhos .... ± 1 mm;

g) nivelamento entre os apoiosdos trilhos ................................... 3 mm;

h) empeno transversal (torção) ....... ± 1 %;

i) entre eixo dos apoios dasfiadas dos trilhos ........................ ± 1 mm;

j) centro do DC em relação aoeixo da via ................................... 12 mm;

k) inclinação dos inseridos ............. ± 1º;

l) entalhe para fixação:

- profundidade ................................ (+ 0,5 e - 00) mm;

- raio ................................................ (+ 1 e - 0) mm;

- comprimento ................................ (+ 2 e - 1) mm;

- entre eixos .................................... (± 0,5) mm.

5.3.2 Defeito

Admite-se:

a) irregularidade na mesa de até 1 mm, que deveser esmerilada;

b) lasca, conforme especificada pelo comprador, edesde que o recobrimento da ferragem seja su-perior a 10 mm;

c) bolha achatada e rasa.

5.4 Abrasão

A perda do DC com a abrasão é de, no máximo, 2% com300 h.

5.5 Ancoragem da fixação

O elemento inserido tem de resistir, sem se deslocar,deformar permanentemente e sem fissurar o DC:

a) à força de arrancamento na vertical ..... 60 kN;

b) ao torque, em torno do e ixo vertica l ....... 350 N.m.

5.6 Retensão da fixação

5.6.1 Longitudinal

O caminhamento do trilho com uma força longitudinal de10,8 kN é de, no máximo, 6,4 mm, sem falha da fixação edo DC.

5.6.2 Lateral

5.6.2.1 O deslocamento lateral do trilho com uma carga de186 kN a 30° com a horizontal é de, no máximo, 3,2 mm,sem falha da fixação e do DC.

5.6.2.2 A rotação do trilho, calculada pela diferença entreo alargamento da bitola e a translação do trilho, com umacarga de 93 kN, é de, no máximo, 6,3 mm, sem falha dafixação e do DC.

5.7 Impedância

A impedância elétrica entre as fiadas de trilhos, para viasque exijam isolamento elétrico entre elas, é de, no míni-mo, 20000 ohm, por dormente, com corrente alternada,de 10V e 60 Hz.

5.8 Impacto

O DC tem de resistir, sem perda de sua integridade es-trutural, conservando a bitola e não apresentando danosque comprometam o seu desempenho, a duas quedasverticais (para cada ponto) de uma massa de 5 kN, de umaaltura de 750 mm, sobre:

a) ponto situado a 250 mm, a partir do centro do a-poio das fiadas dos trilhos, em direção ao centrodo DC;

b) ponto situado a 150 mm, contados a partir da par-te extrema do dormente.

5.9 Curto-circuito

Os inseridos da fixação de uma das fiadas de trilhos (por

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EB-116/1991 13

exemplo: chumbador) não podem ficar em curto-circuitocom os da outra.

6 Inspeção

6.1 Generalidades

6.1.1 É facultado ao comprador o direito para realizar ainspeção que julgar necessária, tanto na fase de fabrica-ção quanto na de controle da qualidade, de manipulação,de estocagem e de expedição, sem prejuízo à atividadenormal do fabricante.

6.1.1.1 À devida programação da inspeção, o fornecedorapresenta ao comprador o cronograma de produção, coma antecedência previamente com ela combinada.

6.1.2 A inspeção de insumo e/ou acessórios é de acordocom as especificações que lhes são próprias (ver 4.5).

6.1.3 O fabricante coloca, na fábrica, à disposição do com-prador, escritórios iluminados, limpos e climatizados, fe-chados à chave.

6.2 Plano

6.2.1 Mediante entendimento entre comprador e fornece-dor é estabelecido o plano de inspeção do comprador,com:

a) etapa;

b) número de amostras a cada verificação;

c) instalação e instrumentação necessárias;

d) local dos ensaios;

e) outra facilidade.

6.2.2 A amostragem é aleatória, por turno e, pelo menos:

a) diária - concreto retirado na boca do alimentadore de uma mesma amassada, para moldagem ime-diata com dez corpos-de-prova (CP) (ver a e b),de 6.4.2.1 e 6.4.4), observada a MB-833;

b) semanal - dez DC acabados de cada modelo defixação, numerados de 1 a 10.

6.2.2.1 A amostra é marcada pelo comprador de formaindelével.

6.2.3 O lote para homologação é de, no mínimo, 20 DCacabados.

6.3 Aspecto, forma e dimensão

6.3.1 Antes de qualquer verificação, todas as amostras decada lote são submetidas às verificações de aspecto,forma e dimensão.

6.3.1.1 A verificação dimensional deve ser procedida deforma que, no máximo, em uma semana, sejam verifica-dos DC provenientes de todas as formas em utilização.

6.3.1.2 A forma do DC que não satisfizer às condições deaspecto, forma e dimensão é retirada, só podendo serutilizada após reparada e aferida.

6.3.2 A bitola é verificada:

a) por meio de pré-montagem, com três DC, doispedaços de trilhos e as fixações a serem utilizadasem medição com régua de bitola, com exatidão de0,1 mm;

b) na via pronta.

6.3.3 A inclinação dos apoios das fiadas dos trilhos é ve-rificada no eixo longitudinal do DC, com gabarito abran-gendo-as simultaneamente.

6.3.3.1 A verificação de d im ensão é com exatidão de 1 m m .

6.3.4 O empeno transversal (torção) entre os apoios dostrilhos é verificado com gabarito.

6.3.5 Somente gabaritos e outros instrumentos aceitospelo comprador são válidos às suas verificações (ver 4.19).

6.3.6 Somente a amostra e/ou lote não rejeitados de a-cordo com estas verificações são submetidos a ensaios.

6.3.6.1 Se uma dimensão não satisfizer, mais dez amos-tras podem ter seu aspecto, forma e dimensão verifica-dos.

6.4 Ensaios

6.4.1 Generalidades

6.4.1.1 Além dos ensaios indispensáveis ao controle daqualidade que o fabricante faz rotineiramente, observadaa NB-9000, o comprador faz efetuar ensaios de recebi-mento por sua iniciativa e conta.

6.4.1.2 Quando fornecedor e comprador não chegam aacordo quanto ao resultado de ensaio, prevalece o resulta-do de ensaio procedido por instituição governamental ouprivada, esta escolhida de comum acordo pelas partes.

6.4.2 Obrigatório

6.4.2.1 Homologação (protótipo)

Na homologação são realizadas obrigatoriamente as ve-rificações de:

a) resistência à compressão do concreto, de acordocom a MB-3 em, no mínimo:

- dois CP cilíndricos, com a idade correspondenteao momento da transferência de protensão;

- dois CP cilíndricos (altura de 300 mm e diâmetrode 150 mm), com a idade de 28 dias;

b) resistência à tração na flexão no concreto em, nomínimo, dois CP constituídos por vigotas de(150 x 150 x 700) mm, com a idade de sete dias;

c) resistência ao momento positivo nos apoios dotrilho, de acordo com a MB-896, em, no mínimo, umCP (dormente nº 1) por lote;

d) resistência ao momento negativo nos apoios dotrilho, de acordo com a MB-896, em, no mínimo, umCP (dormente nº 1) por lote;

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14 EB-116/1991

e) resistência ao momento positivo no centro dodormente, de acordo com a MB-1382, em, no mí-nimo, um CP (dormente nº 1) por lote;

f) resistência ao momento negativo do centro dodormente, de acordo com a MB-888, em, no mí-nimo, um CP (dormente nº 1) por lote;

g) res is tênc ia à carga osc ilan te , de acordo com aM B-1382, em, no mínimo, um CP (dormente nº 1)por lote;

h) resistência dos elementos de protensão, em, nomínimo, um CP (dormente nº 1) por lote;

i) resistência à sobrecarga em, no mínimo, um CP(dormente nº 1) por lote;

j) resistência de ancoragem da fixação, de acordocom a MB-1265, em, no mínimo, um CP (dormentenº 2) por lote;

k) resistência de suspensão da fixação em, no míni-mo, um CP (dormente nº 2) por lote;

l) resistência dinâmica da fixação em, pelo menos,um CP (dormente nº 8) por lote;

m) resistência longitudinal da fixação em, pelo me- nos, um CP (dormente nº 8) por lote;

n) resistência lateral da fixação em, pelo menos, umCP (dormente nº 8) por lote;

o) impedância em, pelo menos, um CP (dormentenº 2) por lote;

p) resistência ao choque em, pelo menos, um CP(dormente nº 3) por lote;

Notas: a) Os CP cilíndricos e prismáticos são produzidos em for-mas metálicas e indeformáveis, fornecidas pelo fabri-cante, e vibrados em condições idênticas às da fabri-cação do DC, sendo marcados com data e horário demoldagem.

b) Os dormentes nº 9 e 10 são reservas técnicas.

q) resistência à abrasão, de acordo com a MB-1311em, pelo menos, quatro CP (dormente n 4, 5, 6 e7) por lote;

r) desempenho em serviço;

s) de posição da armadura.

6.4.2.2 Recebimento (série)

Ao recebimento são realizadas obrigatoriamente as ve-rificações de a a r, de 6.4.2.1.

6.4.3 Facultativos

Mediante entendimento entre comprador e fornecedor,outro ensaio pode ser realizado.

6.4.4 Reensaio

6.4.4.1 Compressão

A verificação de resistência à compressão do concretopode ser refeita em novos ensaios, realizados com maisdois CP cilíndricos submetidos a um período adicional decura acelerada.

6.4.4.2 Momento no apoio

A verificação de resistência ao momento no apoio tam-bém pode ser refeita em novos ensaios, realizados emmais cinco CP, do mesmo lote.

7 Aceitação e rejeição

7.1 Aceitação

A aceitação ao recebimento do lote que atenda plena-mente a esta Norma é:

a) provisória - sem a aprovação de comportamentona via;

b) definitiva - um ano após a colocação em serviço,satisfeito o comportamento na via.

7.2 Rejeição

7.2.1 É rejeitado o lote que não atenda plenamente a estaNorma.

7.2.1.1 No caso de reexame, de acordo com 6.3.6.1 ou dereensaio, de acordo com 6.4.4, se um CP não atender aesta Norma o lote é rejeitado.

os