nanà buruquÊ-umbanda(pesquisa antropolÓgica) by m. edinelsa barbosa

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Pesquisa antropológica sobre a entidade Nanã Buruquê...

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NANA BURUQU - UMBANDA (PESQUISA ANTROPOLGICA) BY EDINELSA BARBOSA Nan Buruqu ;*(Salve Nan!)Nan um Orix feminino e segundo a tradio, seria me de Omulu. tambm um Orix ligado terra e mais especificamente ao barro, lama, ou seja , a mistura da terra gua.Da j se pode entrever seu significado. Segundo a tradio Yoruba, o barro o material original do qual o ser humano foi modelado e que no final da vida do ser humano deve novamente ser devolvido terra.Tradio YorubaEla me e morte ao mesmo tempo, em um ciclo no qual a vida possibilitada e renovada pela morte. Ao ser lama, ela me da me. Por ser Orix da lama, Nan tambm relacionada com a fertilidade, com a agricultura e com as colheitas. A terra invocada, na tradio Yoruba, sempre como testemunha de juramentos feitos ou de alianas secretras. Vemos em sua dana representar o gesto de pilar o gro ou de amassar o inhame. Propicia a abundncia e a prosperidade.by Leo S. Ainda como divindade da criao, Nan est associada igualmente idia de maternidade e dana, embalando em seus braos uma criana, representada pelo ibir que ela segura na mo direita. O ibiri um tipo de cetro, constitudo de ramos de palha da costa, isto de nervuras de palmeira ou de atri reunidos por uma tira de pano azul claro onde esto costurados bzios, e cuja ponta recurvada.Nan no se irrita facilmente, porm quando ofendida, implacvel e incapaz de recuar. Dizem que ela rabugenta, como certas pessoas idosas. Sem vaidade, pouco feminina, uma mulher sem atrativos, de idade indefinida, velha antes do tempo. Falta-lhe fantasia e incapaz de amar com paixo, mas pode ser carinhosa. Por medo de amar, de ser abandonada e de sofrer ela dedica sua vida ao trabalho, vocao, ambio social. Pode deixar-se dominar pelo egosmo, o esprito de ganncia, o interesse, avareza. Para outros ela boa e sbia, maternal com a av, indulgente e tolerante. Ela serve de mediadora entre os homens e seu terrvel (para alguns) filho Omulu ao qual transmite os pedidos dos fiis. extremamente trabalhadora, gosta de ordem, de limpeza, exigindo de todos, boas maneiras.Nan um Orix muito discreto, e que gosta de se esconder, por esta razo suas filhas podem ter um carter completamente diferente do dela. Ninguem desconfiaria que so filhas de Nan, algumas delas vaidosas e dengosas, mais parecem filhas de Oxum.AS QUALIDADES DE NANIYBAHIN uma das qualidades mais temidas (o Orix da varola), que veio do Daom, uma qualidade que usa o vermelho. Iybahin representa um tipo de mulher sem beleza e sem graa, pesada, desajeitada e que aparenta mais a sua idade. Ligada terra ela apresenta trao comum, com Oduduw, rabugenta, vingativa e implacvel em rigorosos princpios morais, guardi severa dos bons costumes, zela em partcular pela honestidade e o respeito pela palavra dada.Extraordinariamente trabalhadora e eficiente, mas intolerante e invejosa. A prosperidade alheia para ela uma provocao. No suporta o luxo, o cio, a vaidade. Seus hbitos so austeros, despojados, e ela no admite brincadeiras. Geralmente no gosta de homens, representa o tipo da viva ou desquitada, que trabalhou a vida inteira para educar os filhos. um tipo autoritrio, agressivo e dominador.OPAR - veio do Ketu. a me de Omulu, ligada terra, temida, agressiva. Constitui um tipo bastante parecido com Iyabahin.OBAY um Orix ligado gua, lama, aos pntanos, a qualidade de Nan que usa contas de cristal e veio do Pas Bariba. Obay constitui, como a precedente, um tipo de mulher desprovido de encantos, austera, velha por temperamento independentemente de sua idade cronolgica. fechada, introvertida e calma. Lenta para irritar-se, e mais lenta ainda para perdoar e esquecer. Leal e honesta, no tolera imoralidade, mentira nem traio. Sabe guardar segredos e odeia indiscrio. No tem vida sexual ou amorosa. Mas um tipo simptico e mais meigo que Iybahin, maternal, carinhosa, sbia, me e av generosa e devotada. Ama profundamente as crianas e boa educadora.AJAOSI (guardi da esquerda) uma Nan guerreira e agressiva que veio de If, e confunde-se com Ob. uma divindade das guas doces e que se veste de azul. Tambm representa um tipo de mulher sem beleza e sem juventude, trabalhadora e combativa sria, perseverante, sem vaidade, boa cozinheira, boa educadora, uma tia ou av eficiente e prestativa, mas severa. Situa-se a meio caminho entre a rigidez de Iybahin e a meiguice de Obay.AJAP (guardi da mata) um Orix bastante temido, ligado lama e morte, que veio de Sav. Veste-se de azul e branco, usa uma coroa de bzios. Ajap associada s profundezas da terra, aos mistrios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira, cuida dos velhos e dos doentes, toma conta de moribundos. Nela predominam a razo, a providncia, a economia, a tendencia a adquirir e acumular bens.BURUKU tambm chamada OLUWAIYE (senhora da terra), ou OLOW (senhora do dinheiro), ou ainda OLUSEGBE. Este orix veio de Alomey, ligada a gua doce dos pntanos, usa um ibir azul. uma das qualidades mais conhecidas de Nan, bastante semelhante a Ajaosi, o tipo que ela representa de uma mulher boa, simples, discreta, sem vaidade, maternal e generosa, mas severa e pouco paciente.CARACTERSTICAS DOS FILHOS DE NAN BURUKUNo tem senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreenso do ser humano, como se fsse muito mais velha do que sua prpria existncia. Por causa desse fator, o perdo aos que erram e o consolo para quem est sofrendo uma habilidade natural.Nan, atravs de seus filhos de santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros. s vezes, porm , exige ateno e respeito que julga devido mas no obtidos dos que a cercam. No consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas sadas que para um filho de Nan so evidentemente inadequadas. o tipo de pessoa que no consegue compreender direito as opinies alheias nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.Pierre Verger costumava destacar o lado doce de Nan: o arqutipo das pessoas que agem com calma e benevolncia, dignidade e gentileza. Das pessoas lentas nos cumprimentos de seus trabalhos e que julgam ter a eternidade pela frente, para acabar com seus afazeres. Elas gostam de crianas e educam-nas talvez com excesso de doura emansido, pois possuem tendncias a se comportar com a indulgnciadas avs. Agem com segurana e majestade. Suas reaes bem equilibradas e a pertinncia das decises mantm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justia.LENDAS DE NAN1 LendaA mais significativa, sem dvida, a que fala de Oxal se disfarando para retirar dela o poder sobre os eguns e consequentemente o poder de deusa suprema de uma localidade que explica muito bem a dominao da nao (matriarcal) do Daom (criadora de Nan) pela cultura patriarcal dos iorubas, dos quais Oxal o principal representante.2 lendaEsta cita Nan como uma me terrvel que abandonou os filhos de Oxumar, por nascer com forma de cobra, e Omul por ser defeituoso. Esta narrativa transfere para Yemanj a funo de cuidar de Omulu: a me do panteo iorub foi quem recolheu um dos filhos da cultura daomeana, mostrando que os dominadores aceitavam os mitos dos dominados, ao mesmo tempo em que destronavam a figura que os ameaava, a me e pai de todos. Nan mostrada a partir de ento como uma megera sem poderes.3 lendaNan era rainha de um povo e tinha poder sobre os mortos. Para roubar esse poder, Oxal casou com ela, mas no ligava para a mulher. Ento Nan fez um feitio para ter um filho. Tudo aconteceu como ela queria mas, por causa do feitio, o filho Omulu nasceu todo deformado. Horrorizada, Nan jogou-o no mar para que morresse. Como castigo pela crueldade, quando Nan engravidou de novo, Orunmil disse que o filho seria lindo mas se afastaria dela para correr mundo. E nasceu Oxumar, que durante seis meses vive no cu como o arco-ris, e nos outros seis uma cobra que se arrasta no cho.4 lendaNa aldeia chefiada por Nan, quando alguem cometia um crime, era amarrado a uma rvore e ento Nan chamava os Eguns para assust-lo.Ambicionando esse poder, Oxal foi visitar Nan e deu-lhe uma poo que fz com que ela se apaixonasse por ele. Nan dividia o reino com ele, mas proibiu sua entrada no Jardim dos Eguns. Mas Oxal espionou-a e aprendeu o ritual de invocao dos mortos. Depois, disfarando-se de mulher com as roupas de Nan, foi ao jardim e ordenou aos Eguns que obedecesse, ao homem que vivia com ela (ele mesmo). Quando Nan descobriu o golpe quis reagir, mas como estava apaixonada, acabou aceitando o poder com o marido. Hoje no Culto aos Egungun s os homens so iniciados para chamar os eguns.5 lendaCerta vez, os Orixs se reuniram e comearam a discutir qual deles seria o mais importante. A maioria apontava Ogun, considerando que ele o Orix do ferro, que deu humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caa e pesca, e das facas para uso domstico e ritual. Somente Nan discordou e, para provar que Ogum no to importante assim, torceu com as prprias mos os animais destinados ao sacrifcio em seu ritual. por isso que os sacrifcios para Nan no podem ser feitos com instrumentos de metal.MITOLOGIA DOS ORIXS1) Nan formece a lama para a modelagem do homemDizem que quando Olorum encarregou Oxal de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orix tentou vrios caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. No deu certo, pois o homem logo se desvaneceu.Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, a tentativa ainda foi pior.Fz fogo e o homem se consumiu. Tentou o azeite, gua e at vinho de palma, e nada.Foi ento que Nan Buruqu veio em seu socorro.Apontou para o fundo do lago com seu ibiri, seu cetro e arma, e de l retirou uma poro de lama.Nan deu a poro de lama a Oxal, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as aguas , que Nan.2) Nan tem um flho com OxalufNan era considerada grande justiceira. Qualquer problema que ocorresse, todos a procuravam para ser a juza das causas. Mas sua imparciabilidade era duvidosa. Os homens temiam a justia de Nan, pois se dizia que Nan s castigava os homens e premiava as mulheres.Nan tinha um jardim com um quarto para os eguns que eram comandados por elas. Se alguma mulher reclamava do marido, Nan mandava prend-lo.Batia a parede chamando os eguns. Os eguns assustavam e puniam o marido. S depois Nan o libertava.Ogum foi reclamar a If sobre o que ocorria. Segundo Exu, conhecido como bisbilhoteiro, Nan queria dizimar os homens.Os Orixs reunidos resolveram dar um amor para Nan, para que ela se acalmasse e os deixassem em paz.O Orixs enviaram Oxaluf nessa misso. Chegando casa de Nan, Oxaluf foi servido com ricos alimentos. Mas o velho pediu-lhe que fizesse um suco de igbins, de caracis. Oxaluf, muito sbio, fez Nan beber com ele o suco. Nan bebeu dormiu era, a gua que acalma. Assim Nan foi se acalmando.Cada dia que passava, Nan se afeioava mais a Oxaluf. Pouco a pouco Nan foi cedendo aos pedidos de Oxaluf. Mas at ento Nan no havia mostrado a ele o seu jardim.Um dia, uma mulher queixosa do marido procurou Nan, e ela, aconsehada por Oxaluf, quis ouvir ambos os cnjuges, no s a mulher, mas tambm o seu marido.Nan tinha se acalmado. Mostrou de vez todo o seu reino Oxaluf. Mostrou tambem como comandava os eguns. Oxaluf observou tudo.Um dia, quando Nan se ausentou de casa, Oxaluf vestiu-se de mulher e foi com os eguns. Com a voz mansa como a da velha, Oxaluf ordenou aos eguns que dali em diante eles atenderiam aos pedidos do homem que vivia na casa dela.E sua volta, Nan foi surpreendida com a afirmao de Oxaluf, que ele tambm mandaria nos eguns. Mesmo contrariada, Nan acatou o dito, pois estava enamorada do velho, queria ter com ele um filho. Mas Oxaluf disse Nan que no poderiam ter um filho, pois ambos tinham o mesmo sangue.Nan estava inconformada e no aceitou o interdito. Preparou uma comida contendo um p mgico e fez com que Oxaluf adormecesse. Aproveitando-se do sono de Oxaluf, Nan deitou-se com ele e engravidou. Quando acordou, Oxaluf ficou muito contrariado. No podia mais confiar em Nan, pois ela se aproveitara de seu sono.E Oxaluf abandonou Nan, indo viver com Yemanj.Dia da semana: tera-feiraElemento: gua de lagoas e manguezaisPedra: ametistaSaudao: salubaCOMIDAS PARA NAN500g. de quirerinha branca 01 cco azeite de olivaModo de preparo: Cozinhe a quirerinha com bastante gua para que ela fique meio papa, tempere com oliva, coloque em uma tigela de loua, descasque , rale o cco com ele cubra a quirerinha.Farofa de pipoca com amendoim, berinjela, batata doce com mel.Pudim amolecer o po transformando-o em uma pasta, em seguida, junta-se cravo e canela, mais camaro seco. Mistura-se tudo e coloca-se em uma tigela. Cortar couve em tiras bem finas e fritar no dend. Colocar nas bordas do prato para enfeitar.Sarapatel para o sarapatel de Nan , limpa-se e pica-se os midos de porco. Passa-se bastante limo e coloca-se a cozinhar. Prepara-se um tempero com limo, coentro, salsa, cebolinha pimenta-do-reino, cominho, louro e acrescenta-se aos midos deixando tudo cozinhar.Mingau o mingau para Nan preparado com creme de arroz, leite de coco. Depois de pronto colocar em uma tigela e acrescentar uma laranja lima.Aberm coloque farinha de milho branca a ferver em banho maria sempre mexendo para no embolar . Fazer bolinhos e colocar em folhas de bananeira. Amarrar e servir em tigela branca.Acass deixa-se o milho branco com gua em alguidar novo.Sem qualquer resduo at amolecer. Ralando-se depois.Passa-se numa peneira fina ficando ao cabo de algum tempo a massa no fundo do vaso. Isto pronto escoa-se a gua , deitando-se a massa no fogo , com outra gua , at cozinhar em ponto grosso, retirando-se com uma colher de madeira pequenas pores que so envolvidas em folhas de bananeira depois de rpido aquecimento no fogo.Bob ou Ipete inhame descascado e cozido,cortado em fatias , fervido em seguida no azeite -de-dend com camaro ralado , cebola , pimenta malagueta.Buengu cozinhar cangica branca e quando estiver amolecida adoar com mel. Servir em tigela branca.Ef corta-se a erva conhecida por lngua de vaca ou mostarda, pondo ao fogo para ferver com pouca gua , feito isto escoa-se e coloca-se de novo na mesma vasilha com cebola , pimenta-malagueta seca , camares secos e sal . Botar azeite-de-dend depois de tudo ralado.Ej bastante coentro e cebola, rala-se tudo com sal, at tornar-se pasta em seguida pe-se limo espremido. Bastante peixe e azeite -de-dend.Ej funfun tempere postas de peixe de gua doce com sal , suco de limo e alho esprimido.reserve por melo menos 1 hora.Em uma panela , refogue cebola , leo de urucum e duas colheres de azeite doce.Reserve.Numa panela de barro untada, com uma colher de azeite, fore a metade da medida da cebola refogada com leo de urucum e o azeite e metade de tomate picado. Acrescente as postas de peixe sem coloca-las uma por cima da outra.Cubra com o restante de cebola refogada e com o tomate e acrescente o coentro e sal a gosto.Leve a panela tampada ao fogo aproximadamente 25 minutos.Sacudindo de quando em vez para no grudar os engredientesJacicou cozinha-se camaro com todos os temperos, isto ,cebola , coentro, tomate , pimento , sal e azeite Quando amolecer e estiver caldo grosso, com o auxilio do machucador, esmaga-se o camaro. Mistura-se com arroz cozido e farinha de goma at os dedos ficarem limpos. Forma-se bolos que so fritos de preferncia no azeite-de-dend.Olel feito da mesma massa do acar, temperado com cebola , camaro seco e dend , depois da massa pronta, o abar enrolado na folha de bananeira para cozinhar no vapor.Zor ensopa-se o camaro com ervas. Temperar com azeite-de-dend, salsa, coentro, cebola, cebolinha, e pimenta, tudo bem raladinho.ERVAS DE NANAgapanto: um vegetal pertencente a Oxal, Nan e a Obalua. O branco de Oxal e o lils da deusa das chuvas e do orix das endemias e das epidemias. tambm aplicado como ornamento em pejis, e banhos dos filhos destes orixs. No possui uso na medicina popular.Altia Malvarisco: Muito empregada nos banhos de descarrego e na purificao das pedras dos orix Nan, Oxum, Oxumare, Ians e Iemanj. Muito prestigiada nos bochechos e gargarejos, nas inflamaes da boca e garganta.Angelim-Amargoso Morcegueira: Pertence a Nan e Exu. Muito usada em carpintaria, por ser madeira de lei. Folhas e flores so utilizadas nos ab dos filhos de Nan. As cascas dizem respeito a Exu; elas so aplicadas em banhos fortes de descarrego, com o propsito de destruir os fluidos negativos.Assa-Peixe: Usada em banhos de limpeza e nos ebori dos filhos do orix das chuvas. Na medicina popular ela aplicada nas afeces do aparelho respiratrio em forma de xarope. Utilizada como hemosttico.Avenca: Vegetal delicadssimo e mimoso. Tem emprego nas obrigaes de cabea e nos ab embora ela merea ser economizada em face de sua delicadeza para ornamento. A medicina popular indica as folhas para debelar catarros brnquios e tosses.Cedrinho: Este vegetal possui muitas variedades, todas elas pertencentes a deusa das chuvas. Sua aplicao total na liturgia dos cultos afro-brasileiros. Empregado nas obrigaes de cabea, nos ab, banhos de corpo inteiro e nos de purificao. Excelente ab de ori, tonificador da aura. Em seu uso caseiro combate as disenterias, suas folhas em cozimento em banhos ou ch curam hrnias. tnico febril rebeldes.Cipreste: Aplicada nas obrigaes de cabea e nos banhos de purificao e descarrego. A medicina popular indica banhos desta erva para tratar feridas e o ch para curar lceras.Gervo: Alm de ser folha sagrada de Nan, tambm Xang. Sem aplicao nas obrigaes rituais. A medicina caseira a indica no tratamento das doenas do fgado, levando suas folhas em cozimento adicionando juntamente razes de erva-tosto. O ch do gervo tambm debela as doenas dos rins.Manac: Seu uso ritualstico se limita aos banhos de descarrego. Muito empregada na magia amorosa. Nesse sentido, ela usada em banhos misturada com girassol e mil-homens. O ch de suas razes utilizado pela medicina caseira para facilitar o fluxo menstrual.Quaresma Quaresmeira: Esta arboreta tem aplicao em todas as obrigaes de cabea, nos ab e nos banhos de limpeza e purificao dos filhos da deusa das chuvas. Durante o ritual toda a planta aproveitada, exceto a raiz. A medicina caseira a indica nos males renais e da bexiga, em ch.Quitoco: Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva resolve males do estmago, tumores e abscessos. Internamente usado o ch, nos tumores aplica-se as folhas socadas.Nan Buruqu representada como a grande av, de energia amorosa e feminina a Ela que clamamos quando precisamos nos auto-perdoar e nos libertar do passado.Ela representa o colo que aconchega, acolhendo amorosamente nossas dores para nos ajudar a transform-las com sabedoria.A Orix Nan Buruqu rege a maturidade, portanto est sempre associada maternidade (a vida).Nan est na Linha da Evoluo, um raio essencial para o crescimento dos seres. o plo magntico negativo, feminino e absorvente e no plo magntico positivo e masculino est o Orix Natural Obaluaiy.Ela cuida da passagem no estgio evolutivo do ser, adormecendo os espritos e decantando as suas lembranas com o passado, deixando-os prontos para reencarnarem.Obaluaiy, ento, quem estabelece o cordo energtico que une o esprito ao corpo (feto) que ser recebido no tero materno assim que alcanar o desenvolvimento celular bsico (rgos fsicos).Portanto, o campo preferencial de atuao de Nan o racional, pois decanta o emocional dos seres, preparando-os para uma nova "vida". Ela quem faz esquecer, Ela quem deixa morrer para renascer.O seu elemento a lama do fundo dos rios. Ela a deusa dos pntanos, da morte (associada terra, para onde somos levados aps a morte) e da transcendncia.Nan considerada a mais velha dos Orixs das guas, age com rigor em suas decises, oferece segurana, mas no aceita traio. uma figura muito controversa no panteo africano: ora perigosa e vingativa, ora desprovida dos seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido.Nan conhecida por dois nomes distintos: Nan Buruqu, a Av de Oxal, e Nan Burucum Nan Buruku (iku, "morte") - a Me de todos os Exus.Deusa dos rios, lagos e pntanos. A Me das guas e das Iabs (Orixs femininos), a mais velha das mes. a senhora de muitos bzios, que simboliza a morte por estarem vazios e a fecundidade por lembrarem os rgos genitais femininos.Nan sintetiza em si a vida e a morte, a fecundidade e a riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitveis e, para os povos jje, da regio do antigo Daom, Nan significa me. A grande Me da Sabedoria.Data festiva: 26 de julhoSaudao: Saluba Nan (dona do pote da Terra)Sincretismo religioso: Nossa Senhora Sant'AnaCores: Violeta ou lils (sabedoria)Instrumento: Vassoura de palha ou Ibiri (cetro de palha da costa, com talos de dendezeiro e bzios) que ela traz na mo para afastar a morte.Pedra: AmetistaErvas principais: assa-peixe, agapanto-lils, alfavaca, avenca, cedrinho, erva-cidreira, maca, manac, quaresmeira, manjerico da folha roxa, folha de limo, lgrimas de Nossa Senhora (folhas), mastruo, pariparoba, erva-de-santa-luzia, quina roxa, abbora, vitria-rgia, aucena, suma roxa, folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samambaia, melo de So Caetano, crisntemo branco ou roxo, rosa e palma brancaOferendas: Velas brancas, roxas e rosas; flores brancas e lilases, champagne ros, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melo, mingau de sagu, milho branco e arroz, tudo depositado beira de um lago ou mangue, com muito respeito e amor.Ponto de fora: Pntanos e lamaLENDAS DE NANNo inicio dos tempos os pntanos cobriam quase toda a terra. Faziam parte do reino de Nan Buruqu e ela tomava conta de tudo como boa soberana que era. Quando todos os reinos foram divididos por Olorun e entregues aos orixs uns passaram a adentrar nos domnios dos outros e muitas discrdias passaram a ocorrer. E foi dessa poca que surgiu esta lenda. Ogum precisava chegar ao outro lado de um grande pntano, l havia uma sria confuso ocorrendo e sua presena era solicitada com urgncia. Resolveu ento atravessar o lodaal para no perder tempo. Ao comear a travessia que seria longa e penosa ouviu atrs de si uma voz autoritria: - Volte j para o seu caminho rapaz! - Era Nan com sua majestosa figura matriarcal que no admitia contrariedades - Para passar por aqui tem que pedir licena! - Como pedir licena? Sou um guerreiro, preciso chegar ao outro lado urgente. H um povo inteiro que precisa de mim. -No me interessa o que voc e sua urgncia no me diz respeito. Ou pede licena ou no passa. Aprenda a ter conscincia do que respeito ao alheio. Ogum riu com escrnio: - O que uma velha pode fazer contra algum jovem e forte como eu? Irei passar e nada me impedir! Nan imediatamente deu ordem para que a lama tragasse Ogum para impedir seu avano. O barro agitou-se e de repente comeou a se transformar em grande redemoinho de gua e lama. Ogum teve muita dificuldade para se livrar da fora imensa que o sugava. Todos seus msculos retesavam-se com a violncia do embate. Foram longos minutos de uma luta sufocante. Conseguiu sair, no entanto, no conseguiu avanar e sim voltar para a margem. De l gritou: -Velha feiticeira, voc forte no nego, porm tambm tenho poderes. Encherei esse barro que chamas de reino com metais pontiagudos e nem voc conseguir atravessa-lo sem que suas carnes sejam totalmente dilaceradas. E assim fez. O enorme pntano transformou-se em uma floresta de facas e espadas que no permitiriam a passagem de mais ningum. Desse dia em diante Nan aboliu de suas terras o uso de metais de qualquer espcie. Ficou furiosa por perder parte de seu domnio, mas intimamente orgulhava-se de seu trunfo: - Ogum no passouNANA mais velha divindade do panteo, associada s guas paradas, lama dos pntanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O nico Orix que no reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu smbolo o bri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com bzios.Nana a chuva e a garoa. O banho de chuva uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande fora, uma homenagem a este grande orix.Nan Buruqu representa a juno daquilo que foi criado por Deus. Ela o ponto de contato da terra com as guas, a separao entre o que j existia, a gua da terra por mando de Deus, sendo portanto tambm sua criao simultnea a da criao do mundo.1. Com a juno da gua e a terra surgiu o Barro.2. O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.3. O Movimento adquire Estrutura.4. Movimento e Estrutura surgiu a criao, O Homem.Portanto, para alguns, Nan a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criao, sendo ela responsvel pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuao da existncia humana e tambm da morte, passando por uma transmutao para que se transforme continuamente e nada se perca.Esta uma figura muito controvertida do panteo africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.Orix que tambm rege a Justia, Nan no tolera traio, indiscrio, nem roubo. Por ser Orix muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um carter completamente diferente do dela. Por exemplo, ningum desconfiar que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nan "escondida".Nan faz o caminho inverso da me da gua doce. ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. a deusa do reino da morte, sua guardi, quem possibilita o acesso a esse territrio do desconhecido.A senhora do reino da morte , como elemento, a terra fofa, que recebe os cadveres, os acalenta e esquenta, numa repetio do ventre, da vida intra-uterina. , por isso, cercada de muitos mistrios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candombl, com menos familiaridade que os Orixs mais extrovertidos como Ogum e Xang, por exemplo.Muitos so portanto os mistrios que Nan esconde, pois nela entram os mortos e atravs dela so modificados para poderem nascer novamente. S atravs da morte que poder acontecer para cada um a nova encarnao, para novo nascimento, a vivncia de um novo destino e a responsvel por esse perodo justamente Nan. Ela considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candombl, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou ento de alguma forma de exploso emocional. Por isso est sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nan, por parte de algum do culto, implica um compromisso muito srio e inquebrantvel, pois o Orix exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relao austera que mantm com o mundo.Nan forma par com Obaluai. E enquanto ela atua na decantao emocional e no adormecimento do esprito que ir encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnao), o envolve em uma irradiao especial, que reduz o corpo energtico ao tamanho do feto j formado dentro do tero materno onde est sendo gerado, ao qual j est ligado desde que ocorreu a fecundao.Este mistrio divino que reduz o esprito, regido por nosso amado pai Obaluai, que o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.J nossa amada me Nan, envolve o esprito que ir reencarnar em uma irradiao nica, que dilui todos os acmulos energticos, assim como adormece sua memria, preparando-o para uma nova vida na carne, onde no se lembrar de nada do que j vivenciou. por isso que Nan associada senilidade, velhice, que quando a pessoa comea a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.Portanto, um dos campos de atuao de Nan a "memria" dos seres. E, se Oxssi agua o raciocnio, ela adormece os conhecimentos do esprito para que eles no interfiram com o destino traado para toda uma encarnao.Em outra linha da vida, ela encontrada na menopausa. No inicio desta linha est Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio est Yemanj, estimulando a maternidade; e no fim est Nan, paralisando tanto a sexualidade quanto a gerao de filhos.Esta grande Orix, me e av, protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da famlia, tem o domnio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas guas.Quando dana no Candombl, ela faz com os braos como se estivesse embalando uma criana. Sua festa realizada prximo do dia de Santana, e a cerimnia se chama Dana dos Pratos.ORIGEMNan, um Orix feminino de origem daomeana, que foi incorporado h sculos pela mitologia iorub, quando o povo nag conquistou o povo do Daom (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixs dos dominados sua mitologia j estabelecida.Resumindo esse processo cultural, Oxal (mito ioruba ou nag) continua sendo o pai e quase todos os Orixs. Iemanj (mito igualmente ioruba) a me de seus filhos (nag) e Nan (mito jeje) assume a figura de me dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxal sobre estes tambm, paternidade essa que no original da criao das primeiras lendas do Daom, onde Oxal obviamente no existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nags (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior descoberta do fogo). Tentou-se, ento, acertar essa cronologia com a colocao de Nan e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxal e Iemanj. neste contexto, a primeira esposa de Oxal, tendo com ele trs filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluai) e Oxumar.CaractersticasCor: Roxa ou Lils (Em algumas casas: branco e o azul)Fio de Contas: Contas, firmas e miangas de cristal lils.Ervas Manjerico Roxo, Colnia, Ip Roxo, Folha da Quaresma, Erva de Passarinho, Dama da Noite, Canela de velho, Salsa da Praia, Manac. (Em algumas casas: assa peixe, cipreste, erva maca, dlia vermelho escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manac, rosa vermelho escura, tradescncia)Smbolo: Chuva.Pontos da Natureza: Lagos, guas profundas, lama, cemitrios, pntanos.Flores: Todas as flores roxas.Essncias: Lrio, Orqudea, limo, narciso, dlia.Pedras: Ametista, cacoxenita, tanzanitaMetal: Lato ou NquelSade: Dor de cabea e Problemas IntestinoPlaneta Lua e MercrioDia da Semana :Sbado (Em algumas casas: Segunda)Elemento guaChakra Frontal e CervicalSaudao: Saluba NanBebida ChampanheAnimais: Cabra, Galinha ou Pata. (Brancas)Comidas: Feijo Preto com Pur de Batata doce. Aberum. MungunzNumero 13Data Comemorativa 26 de julhoSincretismo: Nossa Senhora SantanaIncompatibilidades: Lminas, multides.Qualidades: Ologbo, Borokun, Biodun, Asainn, Elegbe, SusureA orix Nan rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuao o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", j mais equilibrada .As Caractersticas Dos Filhos De NanUma pessoa que tenha Nan como Orix de cabea, pode levar em conta principalmente a figura da av: carinhosa s vezes at em excesso, levando o conceito de me ao exagero, mas tambm ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendncia a sair censurando os outros. No tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreenso do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua prpria existncia. Por causa desse fator, o perdo aos que erram e o consolo para quem est sofrendo uma habilidade natural. Nan, atravs de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.s vezes porm, exige ateno e respeito que julga devido mas no obtido dos que a cercam. No consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas sadas que para um filho de Nan so evidentemente inadequadas. o tipo de pessoa que no consegue compreender direito as opinies alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.Suas reaes bem equilibradas e a pertinncia das decises, mantm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justia.Todos esses dados indicam tambm serem os filhos de Nan, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situaes do passado, modos de vida que j se foram. Querem um mundo previsvel, estvel ou at voltando para trs: so aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.Quanto dados fsicos, so pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente tm.Os filhos de Nan so calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. So pessoas lentas no exerccio de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeioadas s crianas, educam-nas com ternura e excesso de mansido, possuindo tendncia a se comportar com a indulgncia das avs. Suas reaes bem equilibradas e a pertinncia de suas decises mantm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justia, com segurana e majestade.O tipo psicolgico dos filhos de NAN introvertido e calmo. Seu temperamento severo e austero. Rabugento, mais temido do que amado. Pouco feminina, no tem maiores atrativos e muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, vocao, ambio social.Cozinha ritualsticaCanjica brancaCanjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de loua branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.Berinjela com inhameBerinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhames cozidos em gua pura, com casca, e cortados em rodelas.; Arrumados em um alguidar vidrado, regado com mel.SarapatelLava-se midos de porco com gua e limo. Corta-se em pedaos pequenos e tempera-se com coentro, louro, pimenta do reino, cravos da ndia, caldo de limo e sal. Cozinha-se tudo no fogor. Quando tudo estiver macio, junta-se sangue de porco e ferve-se. Sirve-se, acompanhado de farinha de mandioca torrada ou arroz branco.Paoca de amendoimAmendoins torrados e modos misturados com farinha de mandioca crua, acar e uma pitada de sal. EfFerve-se 1 mao bem grande de lngua de vaca, espinafre ou beterraba. Depois amassar at virar um pur; Passa-se por uma peneira e espalhe a massa para evaporar toda a gua; Depois de seca, coloca-se numa panela, junto com azeite de dend, camares secos, pimenta do reino, cebola, alho e sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; servido com arroz branco.AberumMilho torrado e pilado.Obs. Nan tambm recebe:Calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melo, tudo depositado beira de um lago ou mangue.Lendas de NanComo Nan Ajudou na Criao do HomemDizem que quando Olorum encarregou Oxal de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orix tentou vrios caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. No deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, gua e at vinho de palma, e nada. Foi ento que Nan veio em seu socorro e deu a Oxal a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as guas, que Nan. Oxal criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orix povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar terra, voltar natureza de Nan. Nan deu a matria no comeo mas quer de volta no final tudo o que seu.NAN, a velha feiticeiraPosted on julho 27, 2012 by Me Mnica CaraccioAx!!! Dia 26 de julho o dia que, devido ao sincretismo com SantAna, comemoramos na Umbanda o Orix Nan Buruqu.Sei que muitos terreiros pouco cultuam e que alguns pouco conhecem esse orix, assim, espero que com este texto consigamos nos aproximar dessa que, com tamanha fora e expresso, muito pode transformar nosso ntimo.Nan a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criao, a mais antiga de todos os Orixs, a mais velha e a mais respeitada. Historiadores afirmam que Nan surge anterior Idade do Ferro, provocando uma relao conturbada com Ogum. responsvel pelo elemento barro, que deu forma ao primeiro homem e a todos os seres viventes da terra.Dizem que quando Olorum, o ser Supremo, encarregou Oxal de fazer o mundo e modelar o ser humano, Oxal tentou vrios caminhos.Tentou fazer o Homem de ar, como ele. No deu certo, pois o Homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o Homem se consumiu. Tentou azeite, gua e at vinho de palma, e nada.Foi ento que Nan veio em seu socorro e deu a Oxal a lama, o barro do fundo da lagoa onde ela morava, a lama sob as guas, que Nan. Oxal criou o Homem e o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixs povoou a terra.Com o barro, Nan propicia o uso das cermicas, momento em que o homem comea a desenvolver a cultura.Orix que auxilia as passagens difceis da vida, que pode trazer riquezas assim como a misria, a prpria evoluo do Ser, o princpio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte. Nan tanto rege a vida como a morte, sequncias da mesma realidade.Pertencem a Nan os bzios, que simbolizam morte por estarem vazios e fecundidade porque lembram os rgos genitais femininos, entretanto, o que a melhor sintetiza o gro, pois, alm de Nan possuir domnio sobre a agricultura e desenvolvimento do homem, todo gro tem que morrer para germinar. Nan que d nascimento s sementes permitindo transmutao e transformao contnua para que nada se perca.Nan considerada a Divindade da Lua Escura, essa Lua tambm chamada de fase Balsmica que tem como atributo a energia passiva, receptiva e libertadora propiciando o esquecimento do passado para se direcionar ao futuro. Assim, como Nan Buruqu, libertar o passado para iniciar um novo ciclo, com conscincia e clareza.A mais controversa no panteo africano, Nan ora perigosa e vingativa, ora doce e acolhedora. Sua terra se transforma em lama e da terra que nascemos, para terra que seremos levados ao morrer. a Grande Me de onde tudo nasce e tudo retorna.Dona da sabedoria e da justia que vem da natureza, age com rigor em suas decises, oferece segurana, mas no aceita traio, sua lei implacvel.No incio dos tempos os pntanos cobriam quase toda a terra. Faziam parte do reino de Nan Buruqu e ela tomava conta de tudo como boa soberana que era. Quando todos os reinos foram divididos por Olorun e entregues aos orixs,uns passaram a adentrar nos domnios dos outros e muitas discrdias passaram a ocorrer. E foi dessa poca que surgiu esta lenda: Ogum precisava chegar ao outro lado de um grande pntano, l havia uma sria confuso ocorrendo e sua presena era solicitada com urgncia. Resolveu ento atravessar o lodaal para no perder tempo. Ao comear a travessia que seria longa e penosa ouviu atrs de si uma voz autoritria: Volte j para o seu caminho, rapaz! Era Nan com sua majestosa figura matriarcal que no admitia contrariedades Para passar por aqui tem que pedir licena! Como pedir licena? Sou um guerreiro, preciso chegar ao outro lado urgente. H um povo inteiro que precisa de mim. No me interessa o que voc e sua urgncia no me diz respeito. Ou pede licena ou no passa. Aprenda a ter conscincia do que respeito ao alheio. Ogum riu com escrnio: O que uma velha pode fazer contra algum jovem e forte como eu? Irei passar e nada me impedir! Nan imediatamente deu ordem para que a lama tragasse Ogum para impedir seu avano.O barro agitou-se e de repente comeou a se transformar em grande redemoinho de gua e lama. Ogum teve muita dificuldade para se livrar da fora imensa que o sugava. Todos seus msculos retesavam-se com a violncia do embate. Foram longos minutos de uma luta sufocante. Conseguiu sair, no entanto, no conseguiu avanar e sim voltar para a margem. De l gritou: Velha feiticeira, voc forte no nego, porm tambm tenho poderes. Encherei esse barro que chamas de reino com metais pontiagudos e nem voc conseguir atravess-lo sem que suas carnes sejam totalmente dilaceradas. E assim fez. O enorme pntano transformou-se em uma floresta de facas e espadas que no permitiram a passagem de mais ningum. Desse dia em diante Nan aboliu de suas terras o uso de metais de qualquer espcie. Ficou furiosa por perder parte de seu domnio, mas intimamente orgulhava-se de seu trunfo: Ogum no passou!Ufa Espero que toda essa vibrao, energia e sabedoria cheguem ao ntimo de cada um e que aproveitem bem cada ciclo e oportunidade da vida lembrando que, incontestavelmente voltaremos para o mesmo lugar.Assim, s peo a Nan que nos permita voltar melhor.Ax a todos e aproveitem este lindo vdeo de Mariene de Castro para sentirem o gosto da terra, da gua, da sabedoria, da velhice e da esperana.Marilene de castro-ponto de Nan-Youtubehttp://www.youtube.com/watch?v=CWSG_zKRCKwfonte: http://www.minhaumbanda.com.br/blog/?p=5752NANA BURUKU...VODUM U ORIXA?Nan Buruk. Es divinidad o deidad andrgina un vodn o vodu de origen dahomeano (en la republica de benin) de la cual surge Mawu-Lisa, encargada de realizar la obra de la creacin del mundo , posteriormente asimilado por el pueblo Yoruba (ioruba) paso a ser denominado/a Orisha.Otros nombres o denominaciones de: Nana; Nana Buruk; Buruk; Nabuku; Anamburuku.Basados en estudios antropolgicos y teolgicos, investigadores e historiadores de la cultura africana coinciden en decir que los vodunes, no son divinidades directas de los Dahomeanos, si no de tribus anteriores a ellos que estaban asentadas en lo que posteriormente paso a llamarse Dahomey y hoy en la actualidad en La Republica de Benin, los Dahomeanos cuando colonizaron o invadieron esa zona tomaron para ellos estas divinidades, luego los Yorubas hicieron lo mismo, esto indica que Nana y sus hijos son mas antiguos que las divinidades Yorubas colocando la cronologa de los Vodunes, antes de la era, edad del hierro y de la aparicin de Obatala e Yemanja.Debido a que son anteriores a los orishas ,inclusive sus ebos deben ser realizados con herramientas fabricadas con huesos o piedra (roca).Cuando los Yorubas invadieron y conquistaron a los Dahomeanos.Los Yorubas al encontrarse con un panten de divinidades ya constituido, y con ello una divinidad similar a Olorn a shal e yemanja juntos, sea creador y padre/madre, como los yorubas permitieron a los dahomeanos seguir rindiendo culto a nana y a otras divinidades vodun y tambien las sumaron al panteon de divinidades yorubas esto creaba un conflicto religioso y social ya que los Yorubas reitero no descartaron ni eliminaron a estas nuevas divinidades, si no que al contrario ha algunas las sumaron a su panten de Orishas, para que no se creara ningn conflicto se aprovechan de la situacin y teniendo en cuenta que Nana era androgina, la feminizan transformndolo/a en un Orisha femenino.A travs de esta transformacin y/o adaptacin, Olorm sigue siendo el creador, shal el padre de casi todos los Orishas y Yemanja la madre de casi todos los Orishas y Nana la madre de las divinidades Vodunes transformada en orishas y abulea de los orishas.Una ves que Nana fue feminizada, asume y toma el rol como otras divinidades femeninas Yorubas, basado en el concepto de la maternidad, como as tambin Nana pasa ha ser la primer esposa de shal y de all comienzan a crearse otras historias sobre Nana, en consecuencia de este cambio.Yemanja y shm son responsables de la vida que va a nacer y posteriormente del cuidado de la misma, Nana realiza el camino inverso, conduce al terreno astral a las almas de los muertos, la seora del reino de la muerte es como la tierra blanda, que recibe los cadveres, los arrulla y les da calor, es una repeticin o simbolismo de cuando nos encontramos en el vientre materno, a travs de ella son modificados y preparados para poder nacer nuevamente, por que solo a travs de la muerte podr acontecer posteriormente la nueva reencarnacin, el nuevo nacimientoPero los yorubas para demostrar ms aun la supremaca de shal, Nana tiene el poder de recoger los muertos y retrabajarlos para una nueva reencarnacin pero es shal el que permite este nuevo nacimiento determinando de qu materia prima bsica ser hecha cada esencia energtica que animara ese nuevo cuerpo, sea cual ser su Orisha de cabeza.Poderosa y temible, al danzar acuna el ibiri, que representa a la multitud de espritus de los muertos, los ritos o sacrificios asa ella siempre comienzan por la ofrenda del agua que debe ser vertida en la tierra, necesita ser apaciguada constantemente, es la madre/abuela, la tierra, la gobernante de los muertos y de las mieses, se dice que ibiri naci junto a Nana, y que formaba parte de su placenta.Nan es una de las iabs mas temidas, tanto que en algunas tribus cuando su nombre era pronunciado todos se tiraban al suelo. Seora de las dolencias cancergenas, est siempre al lado de su hijo Omulu. Protectora de los invlidos, deficientes mentales, enfermos y con defectos visuales.s un vodun, segn algunos antropologos, arqueologos y teologos , es originria/o de Dassa Zum, y es una divindad de las aguas. Pierre Verger encontr un Templo en Dassa Zume y un sacerdote de su culto. El rea que abarca su culto es muy basto y parece exenderse del este, ms all del ro Nger, hasta la regin Tap, al oeste, ms all del ro Volta, en las regiones de los guang, al nordeste de los Ashanti.Entre los fon y mahins ella es considerada una divindad hermafrodita,madre y padre de Mawu y Liss, a los cuales habra dado origen en associacin con la serpiente del Universo Dan Aido Hwedo. Para los ewes y minas, es vista como un vodun masculino (Nana Densu), esposo de la gran me das guas Mami Wata.Nan Buruku es cultuada en Candombl Jeje como un vodun y en Candombl Ketu como un orix de las aguas quietas, lodo, tierra mojada, lama.Nan es llamada cariosamente de Av, por ser usualmente imaginada como una anciana.Es cultuada en todo el Brasil en las religiones Afro-brasileras. Su emblema es el Ibiri que caracteriza su relacin con los espritus ancestrales. La existencia del culto de Nan Buruku es atribuida a tiempos remotos, anteriores al descubrimiento del hierro, por eso, en sus rituales, no acostumbran ser utilizados objetos cortantes de metal.El O baob (nombre cientifico Adansonia digitata, en iorub oss y en Fon akpassatin) es su rbol sagrado. Puede vivir ms de 3000 aosNan Buruk es la divinidad de la llovizna, del lodo, mediadora entre la vida y la muerte. Su culto es de procedencia Fon, Ashanti y Arar (Dahomey), sobre todo de territorio Mahins . Su nombre proviene del Yorb Nan Buruk (Nan: gran madre o abuela - Buruk: maldad). Nan es anterior a la llegada de Oduduw a Il If y tuvo posteriormente un enfrentamiento con Oggn, por eso sus ebos no se hacen con cuchillo de hierro, se realizan con un cuchillo hecho de caa brava.Segn el rito Arar, Nan no se alimenta de la sangre (eyerbale) de sus ebos, lo hace de su espritu En la ceremonia de entrega, se coloca su receptculo sobre un tringulo pintado en el piso con Osun y cubierto por hojas de tabaco, se recibe su cetro llamado Ibir y su collar.EN CubaSu culto ha sido considerado de diferente forma por los descendientes de los arar y de los yoruba.El culto de origen arar la considera madre de Babal Ay e, incluso, hasta uno de sus caminos. En ese culto es una deidad misteriosa y terrible que vive, en forma de maj, en ros, manantiales y caas bravas. En algunos lugares se le invoca en ojos de agua, lagunas, pocetas y desembocaduras de ros; aunque en los sbados santos se le puede llamar inclusive en los pozos.Segn algunos Nan es madre de las aguas dulces; pero tambin lo es de las aguas fangosas de los pantanos. Babal Ay y Nan parecen proceder del tronco ewe- ashanti; sus caminos fueron establecidos por los mina, fon y arar.El culto de origen yoruba la considera Madre de Dios y abuela de todos los Obatals; se le representa por un tringulo issceles que se cubre con yeso y humo de tabaco y, al igual que Obatal, puede ser hembra y macho; su poder es inmenso.En HaitSe le identifica con Ayizan, esposa de Legba, y se trata de una mujer vieja que suele encarnar en una culebra. Como mujer de Legba y la ms vieja de las divinidades femeninas, tiene derecho, tambin, a ser servida primera. Su emblema es la palma real, smbolo de la fuerza y la libertad y se le atribuye el poder de espantar a los malos espritus. Puede curar enfermedades graves y otorga favores segn la recompensa que recibir. Sus das son todos menos el mircoles y el lunes, toma mucho alcohol y su carcter es muy violento.En Santo DomingoAl igual que en el caso de Obatal, puede identificarse con Mamb, Vieja Mamb o Mamita Mambo.En la lnea de Chango de Trinidad-TobagoSus caractersticas coinciden con las de Mamalatai (Orisha-Oko).En BrasilEs deidad de agua -la ms vieja de ellas-, y est considerada como la madre de todos los orixas.En algunos lugares, Nan Buruk es considerada tambin como la Madre Suprema de la Creacin asociada al barro con que fue moldeado el primer hombre, al fondo de los ros y los mares, a las aguas estancadas y a los pantanos y al punto de contacto de las aguas con la tierra. Acoge en su regazo a los muertos, a nuestros antepasados y simboliza la fertilidad y el renacimiento.Nan es seora de muchos caracoles, que simbolizan la fecundidad, la riqueza y la muerte. Su fundamento se asienta en un recipiente de barro estampado conteniendo agua, miel y los ot..Cuando se manifiesta esgrime el ibiri, bello objeto ritual hecho de fibras de palma o de paja de la costa trenzado con tiras de cuero, caracoles y cuentas azul oscuro y blancas, sus colores. Usa corona y collares de caracoles cruzados en el pecho en bandolera.Los hijos de Nan tienen un temperamento introvertido y calmado. Son muy activos y aprecion el orden y la limpieza. Son muy discretos y cumplidores de contratos y promesas, dedican su vida al trabajo las personas cuyos rasgos externos no son propios ni del sexo masculino ni femenino, entrando as en un trmino medio.Filiacin: para los Yorubas fue creada por Olorn / Olorm, para los pueblos de donde ella proviene es padre/madre creador/a.Dominio: el nacimiento como figura ancestral y matriarcal, sobre el reino de los muertos, es responsable por la reestructuracin de los muertos para que vuelvan a nacer.Gobierna realmente : en los pantanos, aguas lodosas, en los lmites de todas las aguas con tierra, lluvia, en los manglaresluego cuando fue transformada en orisha se le agrego regencia tambien en lo ms profundo del mar.Elemento: barro, lodo, tierra y lluviaDa de la semana: para algunos es el Marte, mientras que para otros es el sbadoColores: dependiendo de la lnea religiosa, ile, o gua espiritual son: azul oscuro; rosa con blanco; blanco con negro; rosaBebida: agua, agua de lluvia ambas con miel.Smbolos: ibiri,( ramo de hojas de palma o paja de la costa curvados con adornos de buzios) abanico, buziosFrutas: sandia, meln, uvas de todo tipo, peras, moras, bamb, manzanas rojas, coco, vainilla, aceitunasMetales: oro, plata, estao, alpacaFerramentos: ibiri, abanico, buzios, monedas doradas, ostras de mar y de roFlores y plantas: junco de los pantanos, rosas blancas, jazmn, planta de la moneda, sauce de pantano, lirio, peral, manzano, coquero, bamb, morera, lavanda, laurel, romero, rbol del incienso, olivo, eucalipto, violetas.Hierbas: benju, ruda, laurel, menta guine, cipo dorado, alcanfor, palo santo, contra yerba.Regencia en el cuerpo: sangre, ojos, cerebro, msculos y huesos de la columna, cabellos zona de la cadera y pelvisSu dia : es el 26 de julioSaludos: Saluba Nana o Maferefn Nana, Saluba!http://moyuba.globered.com/categoria.asp?idcat=71ORIX NANNan sem dvida muito antiga, suas caractersticas so muito diversas, Orix dos mistrios uma divindade de origem simultnea criao do mundo, pois quando Odudu separou a gua parada, que j existia, e liberou o saco de criao a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pntanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nan.Senhora de muitos bzios, Nan sintetiza em si a morte, fecundidade e riqueza.Seu nome designa pessoas idosas e respeitveis e, para os povos Jje, da regio do antigo Daom, significa me. Sendo a mais antiga divindade das guas, ela representa a memria ancestral. a me antiga, y Agb por excelncia. a me dos orixs Irok, Obaluai e Oxumar, respeitada como me de todos os outros Orixs, nesse caso pela antiguidade.Nan o princpio, meio e o fim, o nascimento, a vida e a morte.Ela a dona do Ax por ser o orix que d vida e a sobrevivncia, a senhora dos Ibs que permite o nascimento dos deuses e dos homens.As guas paradas e lamacentas dos pntanos tm uma aparncia morta a primeira vista mas existe a vida de plantas ,micro organismos que como as plantas buscam nas profundezas das lagoas, na lama, a vida e o sustento.Nan.Senhora da morte, geradora de Iku ,morte.Deusa dos pntanos e da Lama.Nan o encantamento da prpria morte.Seus cnticos so splicas para que leve Iku , a morte, para longe e quem permite que a vida seja mantida. a fora da Natureza que o homem mais teme, pois ningum quer morrer! Ela a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mgico, a passagem das dimenses.Em terras da frica, Nan chamada de Ini e seus assentamentos, objetos sagrados, so salpicados de vermelho.Nan lama, terra com contato com a gua.Nan tambm o pntano, o lodo, sua principal morada e regncia.Ela a chuva, a tempestade, a garoa.O banho de chuva, por isso, uma espcie de lavagem do corpo, homenagem que se faz Nan, lavando-se no seu elemento. A chuva a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, porque a fora da Natureza, Nan, est insatisfeita. Considerada a Iab Orix feminina mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importncia. Nan a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. agradar a morte, para viver em paz.Nan a me, boa, querida, carinhosa, compreensvel, sensvel, bondosa, mas que, irada, no reconhece ningum.Entre os smbolos de Nan est o ibiri, que feito com palitos do dendezeiro que representa a multido de Eguns, que so seus filhos na terra dos homens, e Nan o carrega como mimasse uma criana.Os bzios que simbolizam morte por estarem vazios e fecundidade porque lembram os rgos genitais femininos, tambm pertencem a Nan.Contudo, o smbolo que melhor sintetiza o carter de Nan o gro, pois ela domina tambm a agricultura e todo o gro tem que morrer para germinar.Nan a morte que reside no mago da vida, que possibilita o renascimento. Nan no roda na cabea de homem.Seus adeptos danam com a dignidade que convm a uma senhora idosa e respeitvel.Seus movimentos lembram um andar lento e penoso, apoiado num basto imaginrio. Em certos momentos, viram para o centro da roda e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, parecendo segurar um basto. Em determinada atribuio cuida dos mortos enquanto seus corpos se decompem no lodo, se preparando para formarem novos seres.Protege contra feitios e perigos de morte.Nan, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outrasNan a sacerdotisa que, segura de suas experincias sabe o momento de agir.Seu mundo a natureza viva e morta, ela capaz de sentir quando o peso da realidade exterior bloqueia as possibilidades de concretizar suas intenes, por isso quando a realidade est obscura, ela se senta, recolhe suas lembranas, medita e escuta o caminho a seguir.Considerada av de todos os orixs.Sua dana lenta, andar curvado, demonstrando sua idade madura, sua velhice.Na sntese mitolgica iorubana Nan considerada a mais velha deusa da nao, predominando com associaes diretas com a morte e com a posio reservada aos bem mais idosos.Segundo alguns mitos Nan a me de Ossaim.Nan um orix bastante complexo, representa a memria transcendental do ser humano e o acervo das reaes pr-histricas de nossos antepassados. uma divindade das guas paradas e dos pntanos, responsvel pela matria prima da vida, barro, que deu forma ao primeiro homem, assim da criao do mundo e dos seres.Nan rege fisicamente o estmago, os intestinos, a memria e os ps, temida por todos que conhecem seus hbitos e costumes, este o Orix representante da continuidade da existncia humana e, portanto, da morte.Salub Nan Burku, entidade que separa os vivos dos mortos.Nan muito temida, parece manter a imagem mais ligada as antigas Iymi. dada como amante mais velha de Oxal que ao seduzi-la roubou parte de seus poderes, mas em troca faz dela me de Omulu e Oxumar.Nan tambm tem relaes com Xang.Outros tabus conservam igualmente caractersticas ameaadoras ainda que veladas. No gosta de homens, e praticamente assexuada, possuindo grande capacidade de trabalho, e autossuficiente, tem hbitos austeros e intolerante a preguia, falta de educao, desordem, desperdcio.Previdente, organizada e rigorosa nos princpios morais.Zeladora dos bons costumes e princpios morais, no perdoa mentirosos, traies, desonestidades. MITOLOGIANan, um Orix feminino de origem daomeana, que foi incorporado h sculos pela mitologia ioruba, quando o povo nag conquistou o povo do Daom, atual Repblica do Benin, assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixs dos dominados sua mitologia j estabelecida.Resumindo esse processo cultural, Oxal, mito ioruba ou nag, continua sendo o pai e quase todos os Orixs. Iemanj, mito igualmente ioruba, a me de seus filhos nag e Nan jeje assume a figura de me dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxal sobre estes tambm, paternidade essa que no original da criao das primeiras lendas do Daom, onde Oxal no existia.Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nags, pois vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior descoberta do fogo.A melhor maneira para entendimento e estudo futuro antes de se perder totalmente, foi acertar essa cronologia com a colocao de Nan e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxal e Iemanj.Nan uma velhssima divindade das guas, vinda de muito longe e h muito tempo.E Ogum um poderoso chefe guerreiro que anda, sempre, frente dos outros Imals.Eles vo, um dia, a uma reunio. a reunio dos duzentos Imals da direita e dos quatrocentos Imals da esquerda.Eles discutem sobre seus poderes.Eles falam muito sobre Obatal, aquele que criou os seres humanos.Eles falam sobre Orunmil, o senhor do destino dos homens.Eles falam sobre Bar, Um importante mensageiro!Eles falam muita coisa a respeito de Ogum, que graas a seus instrumentos podem viver. Declarando que o mais importante entre todos. Nan contesta ento:-No digam isto. Que importncia tem, ento, os trabalhos que ele realiza?Os demais orixs respondem:- graas a seus instrumentos que trabalhamos pelo nosso alimento. graas a seus instrumentos que cultivamos os campos. So eles que utilizamos para esquartejar e guerrear.Nan conclui que no render homenagem a Ogum.Por que no haver um outro Imal mais importante? Ogum diz:-Ah! Ah! Considerando que todos os outros Imals me rendem homenagem, me parece justo, Nan, que voc tambm o faa.Nan responde que no reconhece sua superioridade. Ambos discutem assim por muito tempo.Ogum perguntando:-Voc pretende que eu no seja indispensvel ?Nan garantindo que isto ela podia afirmar dez vezes. Ogum diz ento:-Muito bem! Voc vai saber que eu sou indispensvel para todas as coisas.Nan, por sua vez, declara que, a partir daquele dia, ela no utilizar absolutamente nada fabricado por Ogum e poder, ainda assim, tudo realizar.Ogum questiona:-Como voc far? Ento no sabe que sou o proprietrio de todos os metais? Estanho, ao,chumbo, ferro, cobre. Eu os possuo todos.Os filhos de Nan eram caadores. Para matar um animal, eles passaram a se servir de um pedao de pau, afiado em forma de faca, para o esquartejar.Os animais oferecidos a Nan so mortos e decepados com instrumentos de madeira.No pode ser utilizada a faca de metal para cortar sua carne, por causa da disputa que, desde aquele dia, ops Ogum a Nan. Nan, Senhora de Dassa Zum, elegante senhora, nunca se meteu ou se preocupou com o que este ou aquele fazia de sua prpria vida. Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora tenha sido sempre precoce em tudo.Entretanto, Nan sempre exigiu respeito quilo que lhe pertencia.O que era seu, era seu mesmo. Nunca fora radical, mas exigia que todos respeitassem suas propriedades.E, vemos novamente Ogum quiziladocom ela.Viajante, conquistador, numa de suas viagens, Ogum aproximou-se das terras de Nan.Sabia que o lugar era governado por uma velha e poderosa senhora.Sabia que se quisesse, no seria difcil tomar as terras de Nan, pois para Ogum, no havia exrcito, nem fora que o detivesse.Mas Ogum estava ali apenas de passagem.Seu destino era outro, mas seu caminho atravessava as terras de Nan.Isto ele no podia evitar e nem o importava, uma vez que nada o assustava. Ogum nada temia.Na sada da floresta, Ogum deparou-se com um pntano, lamacento e traioeiro, limite das terras de Nan.Era por ali que teria que passar.Seu caminho, em linha reta, era aquele, por pior que fosse e no importando quem dominava o lugar.O destino e objetivo de Ogum era o que realmente lhe importavam.Parou beira do pntano e j ia atravess-lo quando ouviu a voz rouca e firme de Nan:- Esta terra tem dono. Pea licena para penetrar nela!No que Ogum respondeu em voz alta:- Ogum no pede, toma! Ogum no pede, exige! E no ser uma velha que impedira meu objetivo!- Pea licena, jovem guerreiro, ou se arrepender! Retrucou Nan com a voz baixa e pausada.- Ogum no pede licena, avana e conquista! Para trs, velha, ou vai conhecer o fio da minha espada e a ponta de minha lana! Ogum avanou pelo pntano, atirando lanas com pontas de metal contra Nan.Ela, com as mos vazias, cerrou os olhos e determinou ao pntano que tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro.E assim aconteceu...Aos poucos, Ogum foi sendo tragado pela lama do pntano, obrigando-o a lutar bravamente para salvar sua prpria pele, debatendo-se e tentando voltar atrs.Ogum lutou muito, observado por Nan, at que conseguiu salvar sua vida, livrando-se das guas pantanosas e daquela lama que quase o devorava.Ofegante e assustado, Ogum foi forado a recuar, mas sentenciou:- Velha feiticeira! Quase me matou! No atravessarei suas terras, mas vou encher este de pntano de ao pontudo, para que corte sua carne!Nan, impassvel e calma, voltou a observar:- Tu s poderoso, jovem e impetuoso, mas precisa aprender a respeitar as coisas. Por minhas terras no passars, garanto!E Ogum teve que achar outro caminho, longe das terras de Nan.ARQUTIPOPessoas muito calmas, e muito lentas.Gostam de crianas. Sempre aparentam mais idade.So pessoas de mpeto boas, decididas, simpticas, mas que quando em vez se tornam ranzinzas e rancorosas, do tipo que guardam rancor. s vezes, porm, exige ateno e respeito que julga devido, mas no obtido dos que a cercam. o tipo de pessoa que no consegue compreender direito as opinies alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.Suas reaes bem equilibradas e a pertinncia das decises, manter sempre no caminho da sabedoria e da justia.Todos esses dados indicam tambm serem os filhos de Nan, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejando a volta de situaes do passado, modos de vida que j se foram.Querem um mundo previsvel, estvel ou at voltando para trs.Reclamam dos novos costumes, da nova moralidade.Quanto dados fsicos, so pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente tm. No tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas.Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreenso do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua prpria existncia.Por causa desse fator, o perdo aos que erram e o consolo para quem est sofrendo uma habilidade natural.Sensatez, perseverana, ordem, objetividade, ou inverso: estupidez, preguia, conservadorismo extremo, medo, avareza.Aparncia fsica pesada, truculenta, desgraciosa, fracasso na sexualidade e no amor pela falta de habilidade no trato social e pela agressividade.Sem beleza, sem vaidade.Apesar da aparncia, tem extraordinria resistncia fsica. 0 tipo psicolgico feminino tem um temperamento severo e austero. Rabugenta, mais temida do que amada. Pouco feminina, no tem maiores atrativos e muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, vocao, ambio social. CURIOSIDADEFrase de impacto: Sl b nn burkuDivindade que separa os espritos trevosos da morte Animais : R, galinha branca, pata branca, cabra branca, r. Bebida : gua da chuva, gua de coco, mel e dend. Comida : Aca, pipoca, farofa de dend, peixe cozido com pouco sal, farofa de amendoim torrado, aipim cozido no dend, Aberem, mugunz, ef, sarapatel, feijo com coco, piro com batata roxa. Cor : Branco com traos azuis ou roxos, cor anil, branco e roxo, tambm pode ser lils, roxo ou azulo. Dia : Quarta-feira. Doenas :Erisipela, artrite, estomatite. Domnios : Pntanos ,chuva, morte. Elemento : gua e terra +. Emblema : Iberim, cetro da nervura do dendezeiro. Ervas : Avenca, alfavaca, hortncia, sempre-viva roxa. folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samambaia, melo de So Caetano, manac. Essncias : Guin, noz moscada, camomila, cravo.Flores : Crisntemo branco e lils,campnula ,hibisco, violetas, flores do campo de cor lils, lrio, orqudea, narciso, begnias. Fruta : Laranja lima, figo, ameixa, melancia, uva escura, melo, limo, fruta do conde, coco seco, banana da terra, abacaxi, jaca. Funo : Criao e transformao. Kizilas : multides, instrumentos de metal. Metal : Ouro branco, estanho, lato. Morada :Cemitrio, pntano, lamaal. Natureza : Pntanos, lama. Nmeros : 06 e 13. Partes do corpo : Barriga, o tero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes. Pedra : Ametista. Ritmo : O toque Jje sat, um ritmo vagaroso e pesado, apropriado aos lentos movimentos dessa deusa que dana curvada, "varrendo" o mal. No Ketu, seu toque o kiribot. Saudao : Salub. Smbolo : Ibiri e os bradjas , contas feitas com bzios, dois a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente.PRECEOh! Me dos mananciais.Senhora da renovao da vida.Me de toda criao.Orix das guas paradas.Me da sabedoria.Dai-me a calma necessria para aguardarcom pacincia o momento certopara tomar minhas decises.Que a tua luz neutralizetoda as foras negativas minha volta.Da-me tua serenidade e faz de mimum filho abenoado nos caminhos da paz,do amor e da prosperidade.Salub!!!FONTES: http://www.vetorial.net/~rakaama/o-nana.htmhttp://cpcy.pt/site/wp-content/uploads/2009/07/nana_carybe.jpghttp://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/09/tradicao-ioruba.htmlhttps://www.facebook.com/africanartehttp://umbandareligiao.blogspot.com.br/2010/07/hoje-e-dia-de-nana-buruque.html