M.V. Thaíssa Miyake Queiroz UNIP2013

Emergência: situação que põe em risco a sobrevivência do

indivíduo a curto prazo, devendo ser abordada num intervalo

curto de tempo.

◦ Preservar a vida;

◦ Evitar o sofrimento;

◦ Estabilizar paciente e evitar danos adicionais;

◦ Buscar recuperação do animal.

Relacionamento Veterinário + Proprietário + Tratador;

Abordagem do paciente;

Contenção;

Avaliação dos animais;

Vias de administração e coleta de material;

Principais emergências em grandes animais.

• Manter boa comunicação com o cliente; • Aspectos verbais;

• Aspectos não-verbais;

• Direcionar cliente para colega especialista;

• Manter bom relacionamento com colegas;

• Negócios (Rentabilidade) Médico Veterinário de

Grandes Animais = Prestador de Serviços

Coices, cabeçadas, prensadas, rabadas, pisões, mordidas, chifradas...

• Evitar posicionar-se em frente à cabeça ou perímetro do

pescoço;

• Bovinos escoiceiam para os lados, equídeos escoiceam

para trás;

• Cuidado com locais fechados;

• Manter contato visual com animal;

• Abordagem pelo lado direito do animal em bovinos e pelo lado

esquerdo em equinos;

• Tipos de contenção:

• Física:

• Em estação (cabeça, membros);

• Em decúbito;

• Química:

• Em estação (lidocaína);

• Em decúbito (xilazina, acepromazina).

• Avaliação do estado geral;

• Funções Vitais:

• Equinos:

• FR: 10-30 mr/min;

• FC: 20-40 bpm

• TºC: 37,5-38,2ºC

• Bovinos:

• FR: 10-30 mr/min;

• FC: 60-80 bpm

• TºC: 37,5-39,5ºC

• Mov. Ruminais: 7-10/5min

• Sangue: veias jugular, mamária ou coccígea;

• Urina: espontâneo, massagem na vulva ou

prepúcio, sondagem uretral;

• Fezes: espontâneo ou palpação transretal.

• Via intramuscular: tábua do pescoço ou

semimembranoso/semitendinoso;

• Via subcutânea: tábua do pescoço ou axila;

• Via intravenosa: veias jugular ou mamária.

• Reduzir a dor;

• Reduzir instabilidade;

• Evitar danos adicionais;

• Evitar lesões vasculonervosas;

• Evitar exposição e contaminação.

• Conter hemorragia;

• Curativo;

• Sedação e analgesia;

• Terapia antitetânica;

• Anti-inflamatórios e antibióticos (solução de

continuidade).

• Estabilização externa da fratura através de material rígido; • Penso de Robert-Jones com talas; • Scotch-Cast® (poliuretano com malha de fibra de

vidro); • Talas comerciais.

• Imobilização das articulações próximas à fratura; • Proteção da região coronária, articulações e acidentes ósseos.

• Bandagem de Robert-Jones: • Imobilidade através de pressão

distribuída;

• Sentido distal-proximal;

• Diâmetro final da bandagem deve medir 3x a espessura do

membro;

• Algodão + Atadura + Fita adesiva

• Rampa de embarque;

• Piso liso e aderente;

• Cama adequada;

• Posicionamento do animal;

• Livre movimentação de cabeça e pescoço;

• Orientar motorista;

• Se possível acompanhar transporte.

Conjunto de manifestações clínicas →Dor abdominal;

Maior causa de morte na espécie;

“Em emergências abdominais agudas, a diferença entre a

melhor e a pior cirurgia é infinitamente menor que a

diferença entre a sua indicação precoce ou tardia, e o

maior sacrifício de todos é o sacrifício do tempo.”

Anatomia do

Trato

Gastrointestinal

Estômago

Intestino Delgado

Intestino Grosso

• Sinais Clínicos:

• Hiporexia; • Olhar para o flanco; • Cavar; • Bruxismo; • Exposição do pênis e

polaquiúria; • Decúbito prolongado; • Brincar com a água; • Andar para trás;

• Levantar e deitar; • Rolar; • Escoicear o abdomen; • Postura anormal; • Sudorese; • Se jogar no chão; • Desatenção; • Dispnéia.

• Exame físico:

• FC; • FR; • Temperatura retal; • Coloração de mucosas; • TPC; • Movimentos intestinais; • Sondagem nasogástrica; • Palpação transretal; • Paracentese; • Características das fezes;

+ Exames Complementares.

• Tratamento emergencial:

• Hidratação parenteral e enteral;

• Controle da dor;

• Descompressão de vísceras;

• Prevenção da endotoxemia.

• Indicações cirúrgicas:

• Animal pouco ou não responsivo a analgésicos; • Sudorese, agitação e tremores persistentes; • Rápida deterioração do status cardiovascular; • Refluxo enterogástrico precoce; • Sinais de endotoxemia; • Líquido peritoneal alterado; • Vísceras distendidas e tensas; • Hipomotilidade ou atonia; • Ausência de defecação.

• Excesso de exercício sem treinamento prévio leva à exaustão

muscular, acúmulo de ácido láctico e depleção de Ca++;

• Sinais clínicos: andar rígido, relutância ao movimento, dor muscular,

sudorese, FC e FR;

• Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, exames complementares,

biópsia muscular, urinálise;

• Tratamento: Ringer com lactato, glicose,

anti-inflamatórios, relaxantes musculares.

• Alteração temporária no metabolismo de Ca²+ na vaca leiteira;

• Porta de entrada para outras enfermidade: retenção de

secundinas, mamite, deslocamento de abomaso;

• Ocorre geralmente no dia seguinte ao parto depressão do

apetite;

• Ordenhas frequentes no pós-parto;

• Sinais clínicos:

• Fase I: excitação, rigidez de membros, ataxia,

hipersensibilidade;

• Fase II: depressão, insensibilidade cutânea,

relaxamento esfincter, decúbito esternal em posição de

autoauscultação;

• Fase III: coma,

flacidez total de musculatura,

pulso não perceptível MORTE

• Subtituto protéico de baixo custo utilizado na alimentação

de bovinos (N não protéico);

• Ingestão de grandes quantidades por erro na dosagem na

alimentação ou ausência de

adaptação prévia

(suplementação invernal =

“boi sanfona”);

• Sinais clínicos: ataxia, dispnéia, cambaleios, midríase,

tremores musculares, sialorréia, decúbito lateral,

nistagmo, desidratação, convulsões, timpanismo gasoso,

coma, morte.

• Tratamento: pH ruminal (sonda ou trocater + vinagre),

absorção de amônia (esvaziamento ruminal + água

gelada no rúmen), acelerar ciclo da uréia (Ornitagin®),

estimular diurese e hidratar.

• Compostos orgânicos comumente utilizados como inseticidas e

antiparasitários;

• Ocorre com maior frequência por erros de dosagem na aspersão

ou injeção;

• Inibição da colinesterase: salivação, diarréia, protusão da

língua, dispnéia, cianose, miose, timpanismo, tremores

musculares, rigidez muscular, apatia.

• Tratamento: banhos (aspersão), carvão ativado, atropina,

metiodeto de aldoxima 2- piridina (2-PAM), brometo de

trimedoxina (DAM).

• Enfermidade neurológica causada por distúrbio no

metabolismo da tiamina;

• Dietas altas em concentrado, intoxicações por enxofre, sódio

ou chumbo;

• Sinais clínicos: cegueira total ou parcial, opistótono,

nistagmo, estrabismo, depressão, ataxia, sialorréia, decúbito,

convulsões, morte.

• Tratamento: tiamina,

dexametasona.

• Inabilidade materna em expelir os fetos ou

dificuldade dos fetos em nascer;

• Diagnóstico e tratamento adequados são

essenciais para vida da mãe e cria;

• Distocias de origem materna:

• Distocias funcionais:

• Inércia uterina (primária e secundária);

• Hipertonia uterina;

• Distocias por vícios pélvicos;

• Distocias por vias genitais;

• Distocias de origem fetal: Anomalias de anexos fetais,

hidropsias fetais (anasarca, ascite), hidrocefalia, retrações

musculares ou tendinosas, gigantismo, gestações gemelares,

mostruosidades, estática fetal.

• Avaliação para decisão de conduta:

• Condições da parturiente;

• Anestesia e lubrificação: viabilidade do feto,

tamanho do feto em relação à mãe, canal do parto.

• Medicamentos (indução, dilatação e

relaxamento do canal do parto,

contração uterina);

• Mutação (repulsão/propulsão, rotação, versão);

• Extração forçada;

• Fetotomia;

• Cesareana;

• Histerectomia/ovário-histerectomia;

• Episiotomia.

• Distúrbio metabólico que impede que ruminantes eliminem

gases produzidos pela fermentação ruminal, levando a

distensão acentuada do rúmen e retículo e

consequentemente dificuldade respiratória, podendo levar a

morte.

Timpanismo Gasoso Agudo x Timpanismo Espumoso Agudo

• Perda econômica

geralmente reduzida;

• Geralmente por obstrução

física do esôfago ou

laringe;

• Perda econômica

geralmente elevada;

• Consumo de

leguminosas;

• Sinais clínicos: anorexia, ausência de eructação, flanco

esquerdo, ausência de movimentos ruminais, FC e FR.

• Tratamento: passagem da sonda nasoesofágica, trocater

ruminal, inativação da microbiota ruminal e transfusões de

suco de rúmen. Em timpanismo espumoso – antiespumantes.

Laparoruminotomia.

Thaíssa Miyake Queiroz

tharitza@hotmail.com