musicalização de jovens e adultos · sua essência ou quais suas mensagens. e a música, por meio...

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Musicalização de Jovens e Adultos

Autora: Vanilda Bernadete Polizel1

Orientador: Egon Eduardo Sebben 2

Resumo: O presente artigo tem como finalidade relatar os resultados obtidos durante o projeto de intervenção escolar realizado com uma turma do coletivo de ensino fundamental, na disciplina de Arte, no CEEBJA “Paschoal Salles Rosa”, localizado em Ponta Grossa, Paraná, durante o ano de 2013. Esse projeto foi implementado a partir de estudos realizados no segundo semestre de 2012 e primeiro semestre de 2013 no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), programa de educação continuada do Estado do Paraná. A implementação do projeto teve como objetivo desenvolver um trabalho de musicalização por meio de oficinas na Educação de Jovens e Adultos, oportunizando de forma ativa e criativa o conhecimento dos elementos que compõem a música. Sendo pesquisa de natureza qualitativa na técnica de oficina de participação ativa em explorações rítmicas e sonoras envolvendo o sentir, perceber e produzir, contribuiu para estimular a reflexão, o senso crítico e o gosto pela linguagem musical dos alunos de EJA envolvidos e favoreceu o ensino da música no processo de ensino aprendizagem nessa modalidade. Palavras-chave: Musicalização. EJA. Linguagem musical. Prática pedagógica.

1 Introdução

O presente artigo faz parte das atividades que são atribuídas aos professores

participantes do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado pela

Secretaria de Estado de Educação do Paraná como Programa de Formação

Continuada aos professores da rede pública de ensino do Estado, em parceria com

os professores das Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado.

O PDE dá a oportunidade ao professor de refletir sobre as atividades

acadêmicas na sua área de formação, nas Universidades Públicas do Estado do

Paraná. O artigo científico representa a conclusão do trabalho do professor.

Desta forma, este artigo analisa os dados obtidos por meio da realização da

pesquisa cujo título é “Musicalização: Práticas Pedagógicas para a sala de aula na

Educação de Jovens e Adultos”, desenvolvida com alunos do Ensino Fundamental

noturno do Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos – Professor Paschoal

Salles Rosa de Ponta Grossa – Pr. O trabalho realizado em sala objetivou oferecer

ferramentas para a musicalização por meio de oficinas, oportunizando de forma ativa

e criativa o conhecimento dos elementos que compõem a música. Com isso,

1 Pós-graduação Psicologia da Educação; Graduação em Educação Artística- Licenciatura em

música. Docente no Ceebja Paschoal Salles Rosa 2 Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.

procurou-se desenvolver a reflexão, o senso crítico e o gosto pela linguagem

musical, além de analisar as contribuições da musicalização na vida desses alunos.

Pelo ritmo acelerado e pela facilidade de recursos a mídia e as tecnologias

de informação e comunicação nos oferecem uma diversidade de músicas, de todos

os gêneros, para todos os gostos. Todos, independentemente de classe social ou

escolaridade, ouvem e se deixam influenciar, e nossos alunos jovens e adultos,

como todos os cidadãos, delas usufruem, consomem, muitas vezes sem perceber a

sua essência ou quais suas mensagens.

E a música, por meio de suas diversas funções, interfere na vida individual e

social do ser humano, favorecendo o processo de desenvolvimento de sua

percepção, cognição e sensibilização, tornando-o um indivíduo capaz de perceber o

outro e sua realidade, podendo assim nela interferir.

2 Música e Ensino de Música na Educação na Básica

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná

(PARANÁ, 2008, p. 76), no seu encaminhamento metodológico da música, trazem a

seguinte consideração: “A música, é uma forma de representar o mundo, de

relacionar-se com ele, de fazer compreender a imensa diversidade musical

existente, que de uma forma direta ou indireta interfere na vida da humanidade”.

Além de possibilitar o conhecimento cultural, a música propicia desenvolver

aspectos que tornam o homem consciente de sua realidade e das formas de se

relacionar na sociedade. Isso reforça a importância de se trabalhar a música no

ambiente escolar em todos os níveis, mesmo entre os jovens e Adultos, pois todo

aluno tem o direito de adquirir tais conhecimentos.

Romanelli (2009), também reforça essas considerações ao afirmar que a

música, sendo uma linguagem não verbal, nos permite compreender o mundo e vê-

lo com um novo olhar, levando-nos a descrevê-lo de forma diferente.

De Acordo com Favaretto e Coelho (2010, p. 4) “a Educação Musical se dá

em dois campos, ou seja, de forma assistemática, por meio da indústrua cultural e

da cultura popular, e de forma sistemática em escolas especializadas”. A dimensão

sistemática apontada pelos autores tomou força a partir da Lei 11.769/08, que tornou

obrigatório o conteúdo de música na disciplina de Arte na educação Básica das

escolas de todo o país. Assim, é imperativo que a música, como área de

conhecimento prevista em lei, não esteja somente no currículo, mas seja “explorada,

vivenciada e, portanto, aprendida” (KEBACH, 2010, p. 7).

A escola como instituição com o compromisso da formação integral do ser

humano deve repensar sua forma de ver a música e como está acontecendo na

prática. A educação musical oportuniza ao indivíduo conhecimentos básicos e

habilidades musicais, isto é, torna-o capaz de entender os elementos sonoros,

expressivos, formais e culturais relacionados à música. Segundo Loureiro (2001, p.

126):

No contexto de uma educação voltada para a transformação social, a educação musical centra-se na busca do equilíbrio entre o didático e o artístico, propiciando ao aluno a aquisição do conhecimento musical organizado e sistematizado, ao mesmo tempo que favorece o desenvolvimento da criatividade, imaginação e sensibilidade. Uma educação musical inserida na formação integral do indivíduo.

Salientando o compromisso da educação com a formação do indivíduo,

Almeida (2008, p. 13) afirma:

a primeira tarefa da educação é humanizar: proporcionar ao estudante a possibilidade de reconhecer-se a si mesmo e em sociedade, tornar-se consciente do pertencimento ao mundo em que vive e, saber-se livre para transformar a realidade.

Percebemos, diante de tais considerações, que a música oportuniza a

aquisição de valores e o aprofundamento de conhecimentos, despertando a visão do

mundo e levando o aluno a agir com novas posturas diante de sua realidade. Para

que isso seja concretizado, Queiroz e Marinho (2009, p. 14) afirmam:

a partir de práticas de criação, interpretação, descoberta e vivência musical, bem como de propostas lúdicas, diversificadas e eficazes de ensino, o educador musical concretizará caminhos relevantes para a sua atuação docente, podendo, dessa forma, propiciar uma formação ampla e plena.

Desse modo, para desenvolver-se na linguagem musical o aluno precisa

experimentar e envolver-se com a prática do pensamento, da escuta, da estrutura

musical e dos modos de notação e registro musical (MARTINS et al., 1998).

Propostas de atividades criativas e alternativas de composição, improvisação

e interpretação permitem a participação ativa e a interação dos indivíduos com o

grupo, levando-os a refletir e adquirir o gosto pelo saber específico da música.

Diante desse referencial pode-se dizer que todos trazem em si a

musicalidade, isto é, nascemos e crescemos embalados pelas melodias do

cotidiano, pelos ritmos presentes em nós e em nosso meio. E isso se dá “a partir de

uma relação que se inicia antes mesmo do nascimento, quando o bebê em formação

ouve dentro do ventre materno música e sons do ambiente externo”. (ROMANELLI,

2009, p. 24). Precisa-se então de um espaço, recursos e estímulo para que essa

musicalidade venha surtir os efeitos desejados.

A partir do exposto, fica clara a relevância de oportunizar momentos de

contato do aluno com os elementos sonoros, para ampliar e sistematizar seu

conhecimento em relação a essa linguagem artística, numa dinâmica que ofereça ao

mesmo tempo alegria, socialização e conhecimento.

Levando-se em conta que a música faz parte dos currículos escolares, os

conhecimentos a ela relacionados “desenvolvem-se com a prática regular e

orientada, em contextos de respeito, valorização e estímulo a cada aluno, por meio

de propostas que consideram todo o processo de trabalho, e não apenas o produto

final” (BRITO, 2003, p. 53).

Diante disso, a música cumpre com seus objetivos na vida dos indivíduos e

no ambiente escolar se as práticas forem consistentes por parte dos professores e

valorizadas pela escola.

2. 1 Educação de Jovens e Adultos e Musicalização

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade educacional normatizada

pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (n. 9394/96). No artigo 37,

salienta que “a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não

tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na

idade própria”.

Mais especificamente no Estado do Paraná, a EJA tem como objetivos o

compromisso com a “formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo

que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e

compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual”

(PARANÁ, 2006, p. 27).

A EJA possibilita o acesso aos conhecimentos dentro da escola nos diversos

níveis, oferecendo novas oportunidades àquelas pessoas que procuram agora na

vida adulta concluir sua escolaridade para uma melhor preparação profissional e

mesmo para sua realização pessoal. A modalidade também vem “possibilitando aos

jovens e adultos uma efetiva participação em atividades sociais, econômicas e

políticas, permitindo-lhes tornarem-se mais conscientes do seu poder de

transformação social” (SARMENTO, 2010, p. 17).

Esses princípios abrem a possibilidade de refletir sobre o processo de ensino-

aprendizagem da pessoa adulta, nomeado Andragogia3, o qual

deve considerar a experiência de vida do aluno, suas condições para aprendizagem, fatores socioculturais e a maneira como o conteúdo transmitido é absorvido e aplicado na vida cotidiana, além da motivação da pessoa para aprender, de modo que a experiência de aprendizagem esteja intimamente envolvida com seu desenvolvimento social. (FRUIM e SILVA, 2009, p. 73).

A música na EJA favorece a formação dos indivíduos conforme o contexto

sociocultural onde estão inseridos. A música é um meio de oportunizar ações

educativas significativas para suprir os diretos de todos que precisam aprender.

Devido aos avanços tecnológicos, hoje a mídia é o principal meio de acesso à

música e a Musicalização de Jovens Adultos torna-se uma possibilidade de

desenvolvimento do senso crítico frente às ofertas musicais midiáticas e também

como ampliação do repertório musical dos alunos. Nesse sentido, há uma

diversidade de símbolos, sinais, sons e signos que nos interpelam no cotidiano e

para entendê-los precisamos estar musicalizados (LINO,1990).

A musicalização consiste num processo de sensibilização à música,

possibilitando desenvolver no indivíduo elementos básicos da percepção que,

segundo Couto e Santos (2009, p. 113), “devem acontecer através de atividades que

promovam a formação de imagens auditivas e de representações simbólicas; e

atividades de expressão para que os conceitos aprendidos sejam aplicados”.

Portanto, a musicalização como elemento de partida desse processo de

aprendizagem “ensina o indivíduo a ouvir e a escutar de maneira ativa e refletida”

(ONGARO, SILVA, RICCI, 2006, p. 3).

Para melhor compreensão dessas reflexões buscamos também apoio teórico

em Kebach, (2011, p. 2) que afirma:

3 Andragogia (palavra de origem grega: andros = adultos, agogé = conduzir, logos = conhecimento)

constitui-se como educação de adultos.

A musicalização é uma abertura de espírito para o universo sonoro, uma estimulação constante da curiosidade de conhecer o mundo dos sons. Portanto musicalizar-se compreende o processo de organização sonoro e aprendizagem musical, desenvolvimento da sensibilização e compreensão perante as organizações sonoras em forma musical.

A forma como a musicalização acontece depende das oportunidades

oferecidas e de como o indíviduo está motivado para aprender, pois é por meio de

“atividades prazerosas e significativas que o sujeito descobrirá, de forma intuitiva

num primeiro momento as características da linguagem musical” (KEBACH, 2008, p.

41).

O processo de musicalização segue os mesmos princípios para todas as

idades. Dessa forma, ao trabalhar com a EJA se faz necessário levar em

consideração as experiências dos alunos, as características socioculturais, o

repertório adequado à idade, a forma de encaminhamentos metodológicos, pois o

aluno já absorveu uma realidade musical. As ações pedagógicas farão com que ele

entenda o seu repertório levando em consideração sua capacidade cognitiva

(PENNA, 1990).

É nesse sentido que a Musicalização de jovens adultos torna-se uma

possibilidade de desenvolvimento do senso crítico frente às ofertas musicais

midiáticas e também como ampliação do repertório musical desses alunos, sendo

possível a prática de valores que permita sua inserção no meio social, como alguém

que faz a difereça, com suas iniciativas, criatividade e capacidade de solucionar os

desafios cotidianos. Logo, a musicalização na escola oferece subsídios para que o

aluno amplie seu conhecimento cultural, apreenda os signos básicos da música,

partindo de conhecimentos prévios e experiências, e enriquecendo seu repertório

musical.

2.2 Encaminhamentos metodológicos

Para os resultados do presente trabalho foi elaborado um projeto onde nos

indagamos: Quais as possibilidades de desenvolvimento do trabalho de

musicalização na Educação de Jovens e Adultos e suas contribuições nessa

modalidade de ensino?

Com essas indagações propomos o trabalho de musicalização na educação

de jovens e adultos como uma possibilidade para que a música seja colocada em

prática e que a mesma permaneça uma constante no processo de ensino

aprendizagem nessa modalidade.

A partir do projeto desenvolveu-se a elaboração de uma Produção Didática

Pedagógica – Caderno Pedagógico, dividido em 5 unidades didáticas contendo entre

elas 8 oficinas, o qual foi utilizado durante a implementação do Projeto de

Intervenção, sob a orientação de um professor de uma das IES do Estado do

Paraná.

O Caderno Pedagógico teve como objetivo apresentar recursos para

desenvolver um trabalho de musicalização por meio de oficinas na Educação de

Jovens e Adultos, oportunizando de forma ativa e criativa o conhecimento dos

elementos que compõem a música, a fim de possibilitar a compreensão e a

utilização da linguagem música e estimular a reflexão, o senso crítico e o gosto pela

mesma.

A implementação do caderno pedagógico foi realizada com um grupo de

alunos Jovens e Adultos e paralelamente realizamos o GTR – Grupo de Trabalho

em Rede - onde se dá a interação virtual entre o professor PDE e demais

professores da rede estadual, cujo objetivos são, possibilitar a formação continuada

dos professores, aprofundamento teórico-metodológico nas áreas de conhecimento

e trocas de ideias e reflexões sobre o projeto das áreas curriculares.

O GTR envolveu 15 professores da área de Arte, onde disponibilizamos o

Projeto e o Caderno Pedagógico para conhecimento e análise dos professores, com

atividades direcionadas favorendo a interação entre o grupo e o professor PDE, a

discussão e trocas de experiências sobre o objeto de estudo.

Tendo em vista os objetivos traçados, a proposta caracteriza-se como

pesquisa de natureza qualitativa. De acordo com Lüdke e André (1986, p. 13), essa

abordagem “envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contato direto do

pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e

se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes.”

Para a realização do trabalho foram utilizados os seguintes instrumentos:

levantamento bibliográfico, que constituiu subsídios para a fundamentação teórica

consistente; observação participante durante a realização das atividades; e coleta de

dados, que constituiu na aplicação de questionário aos alunos participantes.

A observação participante enfatiza a interação, permitindo “compartilhar a

vivência dos sujeitos pesquisados, participando, de forma sistemática e permanente,

ao longo do tempo da pesquisa, das suas atividades” (SEVERINO, 2008, p. 120).

Desse modo, ajudou a ampliar e perceber, por meio das diversas situações, a

realidade do objeto estudado.

A implementação do projeto foi em forma de oficina, que é um espaço onde

“ocorrem apropriação, construção e produção de conhecimentos teóricos e práticos,

de forma ativa e reflexiva” (PAVIANI e FONTANA, 2009, p. 2). Esse recurso

metodológico favoreceu atividades dinâmicas e criativas, gerando um clima de

interação entre os alunos e professor, permitindo que os mesmos na sua diversidade

de idade e nível sociocultural sintiram-se encorajados a se manifestarem,

compartilharem e construírem conhecimentos musicais.

A implementação foi realizada no CEEBJA - Centro Estadual de Educação

Básica para Jovens e Adultos em Ponta Grossa, no primeiro semestre de 2013.

Foram 8 oficinas que tiveram duração de 32 horas/aula, realizadas com o coletivo do

Ensino fundamental, com 13 alunos que estão cursando a disciplina de Arte, com

faixa etária de 18 a 53 anos de idade.

O Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos é uma Instituição

que oferece o Ensino Fundamental e Médio e que prima por uma educação

inteiramente voltada para a necessidade desses adultos, propiciando horários

diferenciados na modalidade individual e coletivo, procurando atender a todos na

sua integridade, diferenças, valores, crenças e ritmos de aprendizagem. São,

portanto, alunos que trazem uma bagagem cultural e experiências de vida.

Após o término das atividades foi aplicado um questionário de perguntas

abertas e fechadas, contendo 10 questões, cujas respostas selecinadas serviram de

base para analisar a contribuição do trabalho de musicalização realizado para a

formação dos alunos participantes.

2.3 Análise dos dados

Tomando por base os dados levantados nesta pesquisa desenvolvemos a

análise sobre os assuntos apresentados: as impressões dos professores no GTR e

as respostas dos alunos sobre as oficinas.

Pela observação empírica por parte dos professores do GTR, reflexão e

interação sobre o projeto, a música deve ser uma constante na Escola, atividades

significativas devem ser utilizadas para facilitar o aprendizado e permitir que os

alunos se envolvam de forma agradável com os conteúdos musicais, incentivando-

os a escuta sensível e ativa dos sons, pois os alunos merecem viver e aprender o

saber específico da música, afirmação esta expressa pelo grupo.

Ainda o grupo teceu os seguintes comentários: “A música desenvolve a

percepção de modo geral, desperta a sensibilidade, revela valores éticos e estéticos,

tornando o ser humano mais confiante, sensível e criativo.” “A produção didático

pedagógica alicerçada no tripé teorizar, sentir e perceber e o fazer artístico

apresenta em suas ações etapas que se distinguem e levam a sensibilização

musical”.

Sendo relevante para o atual momento da educação musical a música é uma

linguagem socialmente construída e compartilhada, portanto precisa ser

compreendida e apreendida (PENNA, 2010). Para que ela seja “compreendida e

compartilhada, há a necessidade do conhecimento de seus códigos” (COUTO E

SANTOS, 2009, p. 111).

Também pelas experiências apresentadas transpareceu ações efetivas, com

conhecimentos, fundamentos teóricos e atividades motivadoras que enriquecem o

processo de aprendizagem do aluno e favorece o ensino da música na escola de

forma condizente com a proposta da produção didática e a proposta das Diretrizes

Curriculares da Educação Básica.

Existem várias formas de sentir a música, e cada uma delas nos passam um

tipo de emoção, precisamos saber distinguí-las e aproveitá-las da melhor forma

possível, para estimular a reflexão, o senso crítico e o gosto por ela.

Portanto há por parte dos participantes do GTR a preocupação com o

desenvolvimento musical dos alunos pensado no aspecto social, cultural e no seu

desenvolvimento integral, funções essas da música que permite muitas

possibilidades e descobertas.

2.4 O relato dos alunos sobre as oficinas

A proposta pedagógica de trabalhar com oficinas de música de forma

organizada e conduzida foi uma maneira de levar o aluno a despertar o gosto pela

música e apropriar-se desses conhecimentos.

Os dados para análise das opiniões dos alunos sobre as oficinas foram

obtidos a partir dos assuntos tratados no questionário que pretendia de modo geral

saber se foi importante participar das oficinas de música, se mudou alguma coisa na

maneira de como ouve e entende música, foi importante aprender a tocar flauta, qual

a oficina que mais gostaram, se a música tem influência em nossas vidas e também

questionamos se a música deve ser considerada uma arte e se a mesma deve ser

estudada como conteúdo na escola

Na questão sobre a importância de ter participado das oficinas de música os

alunos de modo geral relataram que foi relevante, “As oficinas foram muito boas e

interessantes, me despertou a vontade de conhecer mais a fundo e até ir assistir um

concerto”, “Começei a ouvir música clássica e gostei muito” possibilitou a

oportunidades de aprofundar conhecimentos em música, “Foi uma ideia muito

interessante e acho que é super válido além de aprender mais sobre a música”,

“Consegui ver que podemos fazer coisas que achávamos que não íamos conseguir,

mas acabamos conseguindo“, “Ampliou a minha visão para a música ainda mais”,

“Descontração para as dificuldades do dia, além de proporcionar oportunidades de

aprender e ouvir a música”, “Música é vida.”

Penna (2010, p.174) escreve que a oficina “traz indicações valiosas: ao

ampliar a concepção de música e de material musical, torna o trabalho criativo mais

acessível”. Conforme os relatos dos alunos a música apresenta-se com várias

funções, como uma forma de aprender música, despertar interesse pelo

conhecimento musical e também uma forma de descontração.

Pessini relata (1999, p. 48) que pela descontração e expressão dos

sentimentos podemos conhecer nossos alunos, suas características, suas culturas e

realidade social. Muitos utilizam da música para para seu próprio bem, assim como a

música contrubui para o nosso desenvolvimento intelectual nos permite expressar os

sentimentos, sendo assim um refúgio, uma terapia.

Com o conhecimento musical adquirido nas oficinas descobriram que é

necessário entender, ouvir músicas com critérios. Conforme a questão, se participar

das oficinas mudou alguma coisa na maneira de ouvir e entender a música,

descreveram, “Comecei a prestar mais atenção em notas musicais e a altura da

voz”, “Consegui ver melhor o sentido e o valor de uma música, não só ouvir mais

entender o que diz cada letra da música”, “ Eu amo a música e aprender flauta,

ampliou a minha visão para a música ainda mais”. “Comecei a prestar mais atenção

em notas musicais e a altura da voz onde elas ficam”. Portanto, no “trabalho com a

arte musical o primeiro passo é ouvir, mas não basta ouvir, temos que ouvir, sentir e

entender o que estamos ouvindo”. (SCHLICHTA, 1996, p.47).

“Musicalizar é desenvolver os instrumentos de percepção necessários para que

o indivíduo possa ser sensível à música, aprendê-la, recebendo o material

sonoro/musical como significativo” (Penna 2010, p.33). Nessa perspectiva, é preciso

desenvolver uma escuta ativa e sensível dos sons e silêncios que rodeiam o

indivíduo, “de modo que possa identificar os seus elementos formadores, as

variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma

composição musical.” (PARANÁ, 2008, p. 75).

Sobre a importância em aprender a tocar flauta, percebemos durante a

realização das oficinas que os alunos estavam um tanto apreensivos, com medo e

ao mesmo tempo animados para trabalhar com a música, também no final ficaram

surpreendidos com o que fizeram, confere isso nas respostas relacionadas, “no

começo parecia assustador mas foi ótimo tocar um instrumento musical’, “aprender

as posições da flauta e acima de tudo tocar foi incrível. Não imaginava que eu teria

essa capacidade.” A flauta doce como recurso pedagógico no ensino da música é

muito relevante. Realizar práticas que permita o uso da flauta ou outro instrumento é

uma forma de vivenciar a música e despertar para descobertas de capacidades

musicais.

Martins, Picosque e Guerra ( 1998, p.131) deixam claro que “Uma

aprendizagem em arte só é significativa quando o objeto de conhecimento é a

própria arte, levando o aprendiz a saber manejar e conhecer a gramática específica

de cada linguagem”

Para tocar a flauta foi necessário o aprendizado da notação musical e ao

realizar as oficinas que envolviam “esses elementos” acharam mais dificil pois exigia

um conhecimento mais aprofundado quanto à estruturação da música.

Como foi percebido a experiência musical que o aluno traz é o que ele ouve

pela mídia quase espontaneamente, sem compromisso com o conhecimento

musical. Sentimos com isso a importância de oportunizar conteúdos específicos da

linguagem musical para a construção do conhecimento.

Segundo Brito (2003 p. 52 ), o “processo de construção do conhecimento se

dá pela possibilidade de experimentar, improvisar, inventar”. Isso também se

manifestou na maioria das respostas dos alunos quando perguntamos o que eles

mais gostaram, segundo eles foi “a de interpretação de som porque todos os grupos

fizeram um som diferente”, “A oficina onde aprendemos a tocar flauta”, Além de ser

uma instrumentos fabuloso a flauta foi o primeiro instrumentos que toquei até

comprei uma”, “Montar instrumentos, porque eu achava muito difícil achar os sons

afinados”.

As oficinas foram interessantes e possibilitaram a interação com a linguaguem

musical que ainda, segundo Brito (2003, p. 52), se dá

pela exploração, pela pesquisa e criação, pela interação de subjetivo e objetivo, de sujeito e objeto, pela elaboração de hipóteses e comparação de possibilidades, pela ampliação de recursos, respeitando as experiências prévias, a maturidade, a cultura do aluno, seus interesses e sua motivação interna e externa.

No seu conjunto as respostam retratam essas possibilidades, pois disseram

que “Todas foram muito legais e interessantes”, como “ Montar ou fabricar uma

flauta a partir de cano foi muito legal”, “Aprendi a tocar, a desenhar as notas

musicais foi muito importante e possibilitou a interação com a linguagem musical”.

Entre as atividades de música desenvolvidas nas oficinas, percebeu-se que

prática com a flauta doce foi a preferida, conforme expressaram: “Foi a primeira vez

que peguei numa flauta, e gostei muito.”; “A oficina onde aprendemos a tocar

flauta,”. “Eu não havia notado o quanto é bom o som que sai da flauta e imagine só

eu consegui tirar esse som. Pra mim foi muito importante”; “Aprendemos músicas,

notas e flauta”.

Além da oficina de flauta, também foi apontada a de construir instrumentos

através de materiais reciclável: “A de fazer as flautas, mais descontraído e que mais

os alunos interagiram”.

Portanto, para apreciar, compor, experienciar, enfim, musicalizar-se é

necessário que o “aprendiz envolva-se com a prática do pensamento musical,

imaginando, relacionando e organizando – intencional e expressivamente – sons e

silêncios, no contínuo espaço-tempo.” (MARTINS, PICOSQUE e GUERRA, 1998, p.

132).

Quando questionados sobre a influência da música em suas vidas concluíram

que ela serve para proporcionar a adquisição de novos valores para mudar de vida,

como saber relacionar e ter atitudes construtivas: “Às vezes pela letra da música

passamos a mudar nossas atitudes.”

Além disso compreederam que a música é uma forma de aprofundar

conhecimentos: “a música me faz cada vez mais adquirir sabedoria e

conhecimento.” Conforme Taffarel (2009 p.17) afirma , “a música desenvolve

inúmeros aspectos no ser humano.” Quando o aluno apreende os conhecimentos,

vinculando-os à suas experiências de vida pessoal e social ele é capaz de relacioná-

los, de refletir sobre eles e de recriá-los.

Os alunos apontam também as contribuições do trabalho nas formas de ouvir

e perceber as manifestações sonoras e musicais. Foram trazidas considerações

como: “Agora presto mais atenção nos sons dos instrumentos para tentar descobrir

qual é.”; “Aprendi a ouvir melhor os instrumentos”; “Sim, pois quando tocamos a

flauta deu para notar quando se tocava mais forte ou fraco o som mudava muito”

As afirmações dos alunos vão de encontro ao exposto por Penna, (2010, p.

49): “A musicalização é um momento de educação musical (...) em si é significativa e

necessária, indispensável ao desenvolvimento de uma competência musical sólida”.

Para Kebach (2010, p. 7), as oficinas de músicas “têm como função

desenvolver a criatividade e proporcionar trocas práticas e reflexivas”. Nesse sentido

os alunos relataram : “Consegui ver melhor o sentido e o valor de uma música, não é

só ouvir mais entender o que diz cada letra da música”; “Apesar de não entender as

notas musicais, algumas músicas falam com a gente de maneira que não tem

explicação.”

Diante da pergunta, se ele concorda que a música é uma arte e precisa ser

estudada, pode-se notar claramente que o aluno sente essa necessidade. Nas suas

respostas encontramos “sim, além de ouvir música a gente precisa entender a

música como arte que ela é; “música é uma arte e precisa ser estudada com todo

carinho seja qual for a idade dos alunos”,“ é um conteúdo muito bom, precisava

disso, para dizer que estamos fazendo arte”, “a música é aquilo que ouvimos, mais

além do que ouvimos somente um artista pode criá-lo e sobretudo desvendá-la”.“A

música tem que ser estudada para nós sermos mais completos nas matérias” Além

da música ser considarada uma arte a ser apreendida, a música serve para auxiliar

na aprendizagem de conteúdos de outras materias.

Outro aspecto significativo foi em que os alunos deixaram claro a importância

da música na escola: “Ótimo trabalho na escola, pois é importante para mim no dia-

a-dia”; “Deu-me uma nova experiência”. “Cada aula a gente aprendeu uma coisa

diferente e as aulas ficam mais divertidas’; “É uma chance que as vezes muitas

pessoas não têm tempo suficiente (frequentar) para ir a aulas de música em uma

escola de música”; “Uma ideia muito boa que já deveria ter sido colocada em prática

porque no final das contas a música está sempre com a gente no dia-a-dia”. “ Tinha

orgulho de contar que na minha escola CEEBJA tinha aula de música.” “ Deve ser

trabalhada na escola por que descontrai os alunos das outras materias”.

Sendo a musicalização um processo contínuo, a escola é um lugar propício de

se oferecer possibilidades de musicalizar-se. Em relação ao ensino da música na

escola Kebach, (2011 p. 2) sugere um ”ambiente cujas ações didática-pedagógicas

sejam significativas e proporcionem a construção musical, que parta da ação

significatica à compreensão,” procurando assim favorecer o conhecimento específico

de música, como espera os jovens e adultos pesquisados na suas descrição, “Para

termos mais conhecimento das músicas e das letras e saber entender mais sobre

músicas.”; “Porque a música ela ajuda as pessoas entender os significados das

notas e aprende a dançar”.

Já Penna (2010, p. 44) coloca que “cabe à ação pedagógica voltada para a

aquisição dos esquemas de percepção da linguagem musical desenvolver condições

para a compreensão crítica da realidade cultural de cada um e para a ampliação de

sua experiência musical”. Nesse contexto buscamos novas posturas para o ensino

da música na atualidade e um espaço para assegurar a sua prática na escola na

modalidade EJA.

3 Considerações finais

Após as reflexões e interações realizadas durante o trabalho podemos dizer

as oficinas foram consideradas pelos alunos uma forma agradável de trabalhar com

a música, deixaram transparecer a importância que dão a música e a necessidade

de adquirir conhecimentos musicais e a sua prática nas escolas.

Assim podemos afirmar que

a função do ensino da música na escola é justamente ampliar o universo musical do aluno, dando-lhe acesso à maior diversidade possível de manifestações musicais, pois a música, em sua mais variadas formas, é um patrimônio cultural capaz de enriquecer a vida de cada um, ampliando a sua experiência expressiva e significativa, (PENNA, 2010 p. 20).

Pela experiência da autora e demais professores do GTR, observamos que

precisamos buscar novas posturas para o ensino da música na atualidade e um

espaço para assegurar a sua prática, sendo que isso é compromisso de toda

educação.

Sentimos que na prática o essencial é partir das experiências dos alunos, de

algo que eles gostam e que tenha significado para eles e assim acrescentar aquilo

que nos propomos. Sabendo que a música vai contribuir para o crescimento do

indíviduo procurar descobrir como motivá-lo e aceitar o novo.

Realizar práticas que levam o aluno a ser um auvinte ativo e não ouvir música

simplesmente por ouvir, oportunizar o produzir, compor e executar, priorizar

conteúdos da música.

Concluiu-se também que existem muitas formas de musicalizar cabe a nós

descobrir, criar e elaborar aquela que seja mais viável e que leve o aluno a descobrir

e entender a mágia dos sons sabendo organizar de forma a fazer sentido em sua

vida. Podemos então, adaptar nossas aulas de música de modo que seja possível

em nossas escolas e chegar ao mesmo fim: A musicalização.

Na interação com Queiroz e Marinho (2009 p.72) podemos dizer:

vamos assumir a nossa responsabilidade e encarar o compromisso de contribuir para um ensino de música consistente, que atenda as necessidades e os anseios do mundo contemporâneo e da escola na atualidade, contemplando os diferentes sujeitos que caracterizam nosso universo cultural e a diversidade de expressões musicais que circundam a nossa vida.

Alunos de qualquer idade estão abertos a acolher conteúdos musicais, o que

precisamos é dar tempo, pois os alunos EJa têm seu ritmo próprio no processo de

aprendizagem sendo necessário ver a história pessoal de cada um para que a

aprendizagem se torne efetiva. Nossa tarefa é orientá-los nesse universo musical.

4 Referências ALMEIDA, Custódio Luís Silva de. Humanizar é tarefa. Escola é alegria. Revista de Educação, Brasília n. 149, out./dez. 2008. BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: < www.mec.gov.br >. Acesso em: 26 jun. 2012. BRASIL. Lei Ordinária nº. 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Brasília, DF, 18 ago. de 2008. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/lei/L11769.htm >. Acesso em: 02 jun. 2012.

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