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loteamentos inadequados podem perder licença se estiverem irregulares

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  • 2/8/2014 MPF/SP: Justia probe novos empreendimentos prximo a conjunto habitacional em Campinas Notcias Ministrio Pblico Federal

    http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/combate-a-corrupcao/31-07-14-justica-federal-proibe-novos-empreendimentos-nas-proximidades-de- 1/1

    31/7/2014

    Deciso liminar veda ainda o repasse de recursos a construtora responsvel por unidades doMinha Casa Minha Vida

    A Justia Federal em Campinas proibiu a Prefeitura da cidade de aprovar novos empreendimentosimobilirios em um raio de dois quilmetros ao redor do conjunto habitacional Vila Abaet. A deciso atendea um pedido de liminar dos Ministrios Pblicos Federal (MPF/SP) e do Estado de So Paulo (MP/SP).

    A proibio vale at que o Executivo municipal providencie a infraestrutura de servios pblicos compatvelcom o aumento populacional que o empreendimento vai causar e busque o equilbrio entre as atividadeseconmicas tradicionais desenvolvidas na regio e o aumento do nmero de habitantes.

    A liminar veda ainda Caixa Econmica Federal que repasse construtora Brookfield os 5% restantes dovalor da construo do Vila Abaet. Segundo ao civil pblica ajuizada em abril, a Caixa, a empreiteira e aPrefeitura de Campinas so responsveis por danos ambientais e socioeconmicos derivados da construodo empreendimento, que faz parte do Programa Minha Casa Minha Vida.

    Meio ambiente - O conjunto residencial composto por 1.888 unidades, divididas em 12 prdios. Apesarda magnitude do projeto, a obra foi conduzida sem os devidos cuidados para que se evitassemconsequncias negativas regio do bairro Pedra Branca, onde o Vila Abaet est situado. Entre os danosambientais atribudos construo esto o assoreamento de rios, o descarte irregular de resduos e adiminuio da rea de drenagem e escoamento de guas pluviais. Isso se deve, entre outros motivos, aofato de que a aprovao do empreendimento foi feita de maneira fracionada, com anlise para cada um dosedifcios individualmente, sem considerar o impacto global.

    Para que esses danos fossem de alguma forma compensados, a Prefeitura de Campinas firmou uma srie determos de compromisso com a Brookfield, com a anuncia da Caixa. Porm, no bastasse o fato de algumasexigncias serem brandas e vagas, a construtora deixou de cumprir boa parte do que fora acertado. Apesardisso, no houve a aplicao de qualquer sano empresa ou a implementao de medidas efetivas para areverso dos problemas.

    O descomprometimento da Brookfield com a reparao dos danos originados pela consecuo das obras conduta que jamais poderia ter sido chancelada pelo Municpio de Campinas e pelo agente financiador [CaixaEconmica Federal], escreveram o procurador da Repblica Edilson Vitorelli Diniz Lima e o promotor deJustia Valcir Paulo Kobori, autores da ao. Segundo eles, o descaso dos rus leva a crer que nenhum dosdemandados estava realmente empenhado na reparao dos prejuzos.

    Os impactos ambientais afetaram tambm a produo de frutas, flores e hortalias, importante atividadeeconmica da regio. Uma das razes o acmulo de terra e lodo nos reservatrios de gua limpa queabastecem as propriedades, o que inviabiliza o uso da reserva para irrigao. Isso levou perda do selo dequalidade dos produtos e, consequentemente, provocou a queda das vendas.

    Danos sociais - Quem mora em Pedra Branca tambm tem receio sobre os efeitos da obra. A associao demoradores e proprietrios rurais do bairro alertou o Ministrio Pblico sobre as consequncias do repentinoaumento populacional. Os servios pblicos de transporte, educao, sade e saneamento bsicodisponveis no so capazes de suportar a chegada de quase duas mil novas famlias residentes do VilaAbaet.

    A preocupao do Ministrio Pblico levou em conta a demanda da populao por moradia e, ao mesmotempo, a necessidade de se evitar que os atuais e novos moradores da localidade fiquem sem cobertura dosservios pblicos fundamentais, afirmou o procurador Edilson Vitorelli. Por isso no foi pedida a interdiodo empreendimento, mas a proibio de aprovao de outros empreendimentos, que levariam ainda maispessoas para a regio.

    Ao final do processo, pretende-se que os rus sejam condenados ao pagamento de indenizao pelosimpactos gerados, no valor de R$ 5,8 milhes, e obrigao de repararem os danos e proverem a regio dainfraestrutura de servios pblicos necessria.

    O nmero da ao para acompanhamento processual 0004712-41.2014.4.03.6105.

    Assessoria de ComunicaoProcuradoria da Repblica em So PauloInformaes imprensa: Diego Mattoso11-3269-5068 (5368)[email protected]/mpf_sp

    MPF/SP: Justia probe novos empreendimentos prximo a

    conjunto habitacional em Campinas

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