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REVISÃO - 2ª FASE GRAMÁTICA

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Page 1: MORFOLOGIA 1. Sobre o emprego do gerúndio em frases como: “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”,

REVISÃO - 2ª FASE

GRAMÁTICA

Page 2: MORFOLOGIA 1. Sobre o emprego do gerúndio em frases como: “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”,

MORFOLOGIA1. Sobre o emprego do gerúndio em frases como: “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”, um jornalista escreveu uma crônica intitulada: “Em 2004, gerundismo zero!”, da qual extraímos o seguinte trecho:Quando a teleatendente diz: “O senhor pode estar aguardando na linha, que eu vou estar transferindo sua ligação”, ela não entende por que “Eu vou estar transferindo” é errado e “Ela está falando bonito” é certo.a) Você concorda com a afirmação do jornalista sobre o que é certo e o que é errado

no emprego do gerúndio? Justifique sua resposta.Sim, pois o futuro deve ser usado com o verbo ir no presente + infinitivo (Eu vou transferir); aforma IR + ESTAR + GERÚNDIO pode ser usada quando há uma ação futura simultânea aoutra futura (Quando você estiver fazendo o relatório, vou estar fazendo a transferência). Alocução ESTAR + GERÚNDIO é tido como correta, pois indica ação simultânea ao ato da fala.Não, segundo linguistas, uma expressão só pode ser considerada errada quando foge dospadrões de uma língua e não é compreendida por seus falantes. Não é o caso de expressõescomo “vou estar transferindo”. b) Identifique qual de seus vários sentidos assume o sufixo empregado na formação da palavra “gerundismo”. Cite outra palavra em que se utiliza o mesmo sufixo com esse mesmo sentido.O sufixo -ismo anexado à palavra gerúndio para formar gerundismo veicula, neste caso, a ideia de tendência viciosa, mania, mau uso. O mesmo valor do sufixo verifica-se, também, por exemplo, em consumismo, oportunismo, modismo.

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2. Décadas atrás, vozes bem afinadas cantavam no rádio esta singela quadrinha de propaganda:

As rosas desabrochamCom a luz do sol,E a beleza das mulheresCom o creme Rugol.Os versos nunca fizeram inveja a Camões, mas eram bonitinhos. E sabe-se lá quantas 

senhoras não foram atrás do creme Rugol para se sentirem novinhas em folha, rosas resplandecentes. (Quintino Miranda)

a)Reescreva o primeiro parágrafo do texto, substituindo “Décadas atrás” por “Ainda hoje” e transpondo a forma verbal para a voz passiva. Faça as adaptações necessárias.

Ainda hoje, esta singela quadrinha de propaganda é cantada no rádio por vozes bemafinadas.Ainda hoje, canta-se esta singela quadrinha de propaganda no rádio por vozes bemafinadas.

b) Que expressões da quadrinha justificam o emprego de novinhas em folha e deresplandecentes, no comentário feito pelo autor do texto?

“Novinhas em folha” justifica-se pela referência a “desabrocham”; “resplandecentes”, pela referência a “a luz do sol”.

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3. Leia o seguinte texto:Um músico ambulante toca sua sanfoninha no viaduto do Chá, em São Paulo.Chega o “rapa” e o interrompe:— Você tem licença?— Não, senhor.— Então me acompanhe.— Sim, senhor. E que música o senhor vai cantar?

a) Para o efeito de humor dessa anedota, contribui, de maneira decisiva, um dos verbos dotexto. De que verbo se trata? Justifique sua resposta.O verbo acompanhar contribui para criar humor pois pode significar “ir junto” (sentidousado pelo fiscal, ou “tocar junto” (sentido usado pelo músico).

b) Reescreva o diálogo que compõe o texto, usando o discurso indireto. Comece com:O fiscal do “rapa” perguntou ao músico...O fiscal do “rapa” perguntou ao músico se ele tinha licença. O músico respondeu que não tinha. Então o fiscal (policial, ele) pediu ao músico que o acompanhasse. O (músico) ambulante respondeu afirmativamente e perguntou que música o fiscal (policial, ele) iria cantar.

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4. Examine esta propaganda de uma empresa de certificação digital (mecanismo de segurança que garante autenticidade, confidenciabilidade e integridade das informações eletrônicas). a) Aponte a relação de sentido que existe entre a mensagem

verbal e a imagem.Na propaganda a palavra "burocracia" remete à imagem docarimbo, considerado ultrapassado, tendo em vista a eradigital em que vivemos. A tecla "delete” indica a substituiçãodo carimbo pelo computador. A relação entre a mensagemverbal e a imagem é de que os tempos nos quais utilizava-se ocarimbo estão chegando ao fim em função do uso docomputador.b) Forme uma frase correta e coerente com base em um verbo derivado da palavra “burocracia".Burocratizar ou desburocratizar.

c) “Estar com os dias contados" é uma das dezenas de locuções formadas a partir do substantivo “dia". Crie uma frase em que apareça uma dessas locuções (sem repetir, é claro, a locução utilizada na propaganda acima). Dia a dia, dia D, estar em dia, do dia para a noite, hoje em dia, dia útil, pôr em dia.

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5. Leia os seguintes versos, extraídos de uma canção de Dorival Caymmi.Balada do rei das sereiasO rei atirou

Sua filha ao marE disse às— Ide-a lá buscar,Que se a não trouxerdesVirareis espumaDas ondas do mar!Foram as sereias...Quem as viu voltar?...Não voltaram nunca!Viraram espumaDas ondas do mar.sereias:

a) Aponte na fala do rei (primeira estrofe),

um efeito expressivo obtido por meio doemprego da segunda pessoa do plural.A segunda pessoa do plural é usada em nalinguagem religiosa e em relaçõescerimoniosas entre interlocutores, dando ideia de sacralidade e autoridade. Por isso afala do rei assume um tom sagrado,poderoso.

b) Sem alterar o sentido, reescreva a fala do rei, passando os verbos para a 3a pessoa do plural e substituindo, por outra, a conjunção que.Vão-na lá buscar, pois (porque) se a não trouxerem virarão espuma das ondas do mar!Melhor seria manter o pronome oblíquo na mesma posição, mas não estaria incorreta a colocação depois do infinitivo: “Vão lá buscá-la”

Imperativo Afirmativovai tu - vá ele - vamos nós - ide vós - vão eles

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6. Leia o texto: Ditadura / Democracia A diferença entre uma democracia e um país totalitário é que numa democracia todo mundo reclama, ninguém vive satisfeito. Mas se você perguntar a qualquer cidadão de uma ditadura o que acha do seu país, ele responde sem hesitação: “Não posso me queixar”.(Millôr Fernandes, Millôr definitivo: a bíblia do caos.)

a) Para produzir o efeito de humor que o caracteriza, esse texto emprega o recurso da ambiguidade? Justifique sua resposta.

Sim. O trecho que apresenta duplo sentido é “Não posso me queixar”, que pode serentendido de duas formas: “não tenho de que me queixar, estou satisfeito”, ou“não tenho permissão para me queixar, pois posso ser punido caso me manifeste”.

b) Reescreva a segunda parte do texto (de “Mas” até “queixar”), pondo no plural a palavra “cidadão” e fazendo as modificações necessárias. Mas se você perguntar a quaisquer cidadãos de uma ditadura o que acham de seu país, eles respondem, sem hesitação: “Não podemos nos queixar”.

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PONTUAÇÃO7. Em janeiro de 1935, um grupo de turistas pernambucanos passeava de carro quando deu de cara com Lampião e seu bando. Revirando a bagagem do grupo, um cangaceiro encontrou uma Kodak e entregou ao chefe, que perguntou a quem ela pertencia. Apavorado, um deles levantou o dedo. “Quero que o senhor tire o meu retrato”, disparou o “rei do cangaço”, pondo-se a posar. O homem, esforçando-se, bateu uma chapa, mas avisou: “Capitão, esta posição não está boa”. Dando um salto e caindo de pé, Lampião perguntou: “E esta? Está melhor?” Outra foto foi feita. Quando libertava os turistas, após pilhá-los, o “fotógrafo” de ocasião indagou-lhe como podia enviar as imagens. “Não é preciso. Mande publicar nos jornais”, disse o cangaceiro. (Carlos Haag, Pesquisa FAPESP.) 

a) No texto, as aspas em “rei do cangaço" e “fotógrafo" foram empregadas pelo mesmo motivo? Justifique sua resposta.

Em cada um desses casos, as aspas foram empregadas por motivos diferentes. Em “rei do cangaço”, elas assinalam que o enunciador do texto usou um apelido de Lampião, dando -lhe ênfase. Já em “fotógrafo”, o enunciador quer indicar, por meio das aspas, que o proprietário da máquina não era exatamente um fotógrafo, estando apenas a desempenhar um papel determinado pelo “rei do cangaço”.

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b) Os trechos abaixo encontram-se em discurso indireto e discurso direto, respectivamente. Transforme em discurso direto o primeiro trecho e, em discurso indireto, o segundo.I. (...) um cangaceiro encontrou uma Kodak e entregou ao chefe, que perguntou a quem ela pertencia.II. “Quero que o senhor tire o meu retrato”, disparou o “rei do cangaço”. (...).

I. Um cangaceiro encontrou uma Kodak e entregou ao chefe, que perguntou:— A quem ela pertence?/ A quem pertence isto?/ A quem pertence esta máquina?

II. O rei do cangaço disparou que queria que aquele senhor tirasse o seu retrato.

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Tipos de discursoDiscurso diretoDiscurso indiretoDiscurso indireto livre

“Voltou para casa trazendo uma pasta cheia de documentos, relatórios, estudos pesquisas, propostas, contratos. A mulher estava jogando paciência na casa, um copo de uísque na mão, disse que ele estava com um ar de cansado. A filha estava no quarto treinando impostação de voz, nem notou o pai. E deveria ter notado? O filho estava no quarto ouvindo uma música estranha: “Pai, me dá dinheiro?”. Pelo menos este disse algo a ele, pelo menos o notou. O que estava acontecendo na sua vida? Suspirou e respondeu que depois lhe daria.

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Tipos de discursoÉ preciso não confundir discurso indireto livre com fluxo de

consciência ou monólogo interior:O monólogo interior é uma forma dramática ou literária

de discurso não pronunciado da personagem consigo mesma.O narrador em 1.ª ou 3.ª pessoa registra os pensamentos, as

emoções, as motivações interiores e desabafos da personagem. O narrador reproduz o “fluxo de consciência” da personagem,

através do discurso direto ou indireto livre.

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8. Leia o trecho a seguir, extraído de um conto, e responda ao que se pede.“eu estava ali deitado olhando através da vidraça as roseiras no jardim fustigadas pelo vento que zunia lá fora e nas venezianas de meu quarto e de repente cessava e tudo ficava tão quieto tão triste e de repente recomeçava e as roseiras frágeis e assustadas irrompiam na vidraça e eu estava ali o tempo todo olhando estava em minha cama com minha blusa de lã as mãos enfiadas nos bolsos os braços colados ao corpo as pernas juntas estava de sapatos Mamãe não gostava que eu deitasse de sapatos deixe de preguiça menino! mas dessa vez eu estava deitado de sapatos e ela viu e não falou nada ela sentou-se na beirada da cama e pousou a mão em meu joelho e falou você não quer mesmo almoçar?” (Luiz Vilela. Eu estava ali deitado).

a) O texto procura representar um fluxo de consciência, ou seja, a livre associação de ideias do narrador-personagem. Aponte dois recursos expressivos, presentes no texto, que foram empregados com essa intencionalidade.

Dois recursos expressivos, presentes no texto, são a falta de pontuação e opolissíndeto (repetição da conjunção “e”), que revelam a fragmentação dopensamento própria do fluxo de consciência.

b) Cite, do texto, um exemplo de emprego do discurso direto.Há dois exemplos: 1º) “deixe de preguiça menino!”; 2º) “você não quer mesmo almoçar?”

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9. I. Desespero meu: leitura obrigatória de livro indicado...II. Uma surpresa: tão bom, aquele livro!III. Nenhum aborrecimento na leitura.a)Respeitando a sequência em que estão apresentadas as três frases acima, articule-

as num único período. Empregue os verbos e os nexos oracionais necessários à clareza, à coesão e à coerência desse período.

Desespero meu: leitura obrigatória de livro, no entanto foi uma surpresa, pois era muito bom aquele livro, cuja leitura não causou nenhum aborrecimento.

b) Transcreva o período abaixo, virgulando-o adequadamente:A obrigação de ler um livro como toda obrigação indispõe-nos contra a tarefa

imposta mas pode ocorrer se encontrarmos prazer nessa leitura que o peso da obrigação desapareça.

A obrigação de ler um livro, como toda obrigação, indispõe-nos contra a tarefa imposta, mas pode ocorrer, se encontrarmos prazer nessa leitura, que o peso da obrigação desapareça.

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10. Leia as seguintes manchetes:

Grupo IEsperada, na Câmara, a mensagem pedindo a decretação do estado de guerra Jornal do Brasil, 07 de outubro de 1937. Encerrou seus trabalhos a Conferência de Paris Folha da Manhã, 16 de julho de 1947. Causaram viva apreensão nos E.U.A. os discos voadores Folha da Manhã, 30 de julho de 1952.

Grupo II Quase metade dos médicos receita o que indústria quer Folha de S. Paulo, 31 de maio de 2010. Novo terminal de Cumbica atenderá 19 milhões ao ano Folha de S. Paulo, 26 de junho de 2011. MEC divulga hoje resultados do Enem por escolas Zero Hora, 22 de novembro de 2012.

a) Cada um dos grupos de manchetes acima reproduzidos, por ter sido escrito em épocas diferentes, caracteriza-se pelo uso reiterado de determinados recursos linguísticos. Indique um recurso linguístico que caracteriza as manchetes de cada um desses grupos.

Podemos citar como recurso caracterizador do primeiro grupo a inversão sintática. Jáno segundo grupo, a ordem direta é privilegiada. No primeiro grupo a frase inicia-se pelo verbo: no segundo, pelo sujeito.

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b) Manchetes jornalísticas costumam suprimir vírgulas. Transcreva a última manchete de cada grupo, acrescentando vírgulas onde forem cabíveis, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Grupo I - Causaram viva apreensão, nos E.U.A., os discos voadores Grupo II – MEC divulga, hoje, resultados do Enem por escolas

Regra de pontuação: adjunto adverbial deslocado do final da frase.

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ESTILÍSTICA11. Salão repleto de luzes, orquestra ao fundo, brilho de cristais por todo lado. O crupiê* distribui fichas sobre o pano verde, cercado de mulheres em longos vestidos e homens de black-tie**. A roleta em movimento paralisa o tempo, todos retêm a respiração. Em breve estarão definidos a sorte de alguns e o azar de muitos. Foi mais ou menos assim, como um lance de roleta, que a era de ouro dos cassinos — maravilhosa para uns, totalmente reprovável para outros — se encerrou no Brasil. Para surpresa da nação, logo depois de assumir o governo, em 1946, o presidente Eurico Gaspar Dutra pôs fim, com uma simples penada, a um dos negócios mais lucrativos da época: a exploração de jogos de azar, tornando-os proibidos em todo o país. (...) (Jane Santucci, “O dia em que as roletas pararam”, Nossa História.)

* crupiê: empregado de uma casa de jogos.** black-tie: smoking, traje de gala.

a) No texto acima, a autora utiliza vários recursos descritivos. Aponte um desses recursos. Justifique sua escolha.Uso de frases nominais: Salão repleto de luzes, orquestra ao fundo, brilho de cristais por todo lado.Descrição de aspectos visuais: luzes, brilho de cristas, pano verde.Uso de antíteses: sorte/azar; maravilhosa/reprovável. b) A que fato relatado no texto se aplica a comparação “como num lance de roleta”? A comparação relaciona-se à atitude do presidente Eurico Gaspar Dutra de fechar os cassinos em 1946.

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12. Entrevistado por Clarice Lispector, para a pergunta “Como você encara o problema da maturidade?”, Tom Jobim deu a seguinte resposta: “Tem um verso do Drummond que diz: ‘A madureza, esta horrível prenda… ’ Não sei, Clarice, a gente fica mais capaz, mas também mais exigente”.Nota: O verso citado por Tom Jobim é o início do poema “A ingaia ciência”, de Carlos Drummond de Andrade, e sua versão  correta é: “A madureza, essa terrível prenda”.

a) Aponte dois recursos expressivos empregados pelo poeta na expressão “terrível prenda”.

“Prenda” é metáfora para “madureza” (maturidade) e a expressão “terrível prenda”forma um oximoro ou paradoxo, pois o substantivo prenda, que significa “presente,agrado” é qualificado por um adjetivo que contraria sua significação positiva.

b)  Reescreva a resposta de Tom Jobim, eliminando as marcas de coloquialidade que ela apresenta e fazendo  as alterações necessárias.“Há um verso de Drummond que diz: ‘A madureza, esta horrível prenda...’ Fico em dúvida, Clarice, ficamos mais capazes, mas também mais exigentes”

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INTERPRETAÇÃO13. Capitulação Delivery Até pra telepizza É um exagero. Há quem negue? Um povo com vergonhaDa própria línguaJá está entregue. (Luís Fernando Veríssimo)

a) O título dado pelo autor está adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifique sua resposta. Capitulação relaciona-se à rendição. Então o título está adequado pois o autor critica o uso de estrangeirismos visto que valorizamos o que é importado em detrimento àquilo que é nosso, no caso, a língua portuguesa.

b) O exagero que o autor vê no emprego da palavra “delivery” se aplicaria também a “telepizza”? Justifique sua resposta.Não, o autor critica o uso de palavras da língua inglesa. A palavra “Telepizza” é formada por dois elementos comuns na língua: tele (prefixo grego) e pizza (palavra do italiano incorporada ao português).

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14. Leia o seguinte texto:Pense antes de compartilharCada vez mais pessoas interagem por meio de redes sociais.O  crescimento  dessas  comunidades  reforça  uma  das  principais  discussões relativas à internet: a privacidade.(Época, 15/04/2011.)a) Qual a razão apresentada por essa matéria jornalística para aconselhar seus

leitores a “pensar antes de compartilhar”?A revista chama a atenção dos leitores para o fato de que, apesar da sensaçãode privacidade, o que você posta na internet é público e pode ser visto porqualquer pessoa.

b) No verbete “privacidade”, do Dicionário Houaiss da língua portuguesa, lê-se: trata-se de ang. de empréstimo recente na língua, sugerindo-se em seu lugar o uso  de  ................ . Por que o dicionário sugere que se evite o uso de “privacidade”? Que palavra pode ser usada em seu lugar?O dicionário sugere que se evite o uso da palavra “privacidade”, porque ela é um empréstimo recente da língua, ou seja, um termo derivado de estrangeirismo (anglicismo). Pode-se usar, ao invés dela, a palavra “intimidade”.

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15. Leia o texto.Na mídia em geral, nos discursos, em mensagens publicitárias, na fala de diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se faz presente, deparamo-nos  repetidas  vezes  com  a  palavra  cidadania.  Esse  largo  uso,  porém,  não  torna  seu significado evidente. Ao contrário, o  fato de admitir vários empregos deprecia  seu valor conceitual,  isto  é,  sua  capacidade  de  nos  fazer  compreender  certa  ordem  de  eventos. Assim,  pode-se  dizer  que,  contemporaneamente,  a  palavra  cidadania  atende  bastante bem  a  um  dos  usos  possíveis  da  linguagem,  a  comunicação,  mas  caminha  em  sentido inverso quando  se  trata da  cognição,  do uso  cognitivo da  linguagem. Por que,  então,  a palavra  cidadania  é  constantemente  evocada,  se  o  seu  significado  é  tão  pouco esclarecido? (Maria Alice Rezende de Carvalho, Cidadania e direitos.)a) Segundo o texto, em que consistem o uso comunicativo e o “uso cognitivo” da

linguagem? Explique resumidamente.O uso comunicativo da linguagem é, relativamente, superficial e não preocupado

em possuir total domínio de seu efeito de sentido, podendo demonstrar uma ideia “vazia”. Já o uso cognitivo é mais relacionado ao real significado da palavra. Taisrelações são vistas no texto uma vez que o termo “cidadania” está sendo usado sem ter uma preocupação com o que de fato representa.

b) Responda sucintamente à pergunta que encerra o texto: “Por que, então, a palavra cidadania é constantemente evocada, se o seu significado é tão pouco esclarecido?” Porque ela é usada em muitos temas discutidos pela sociedade, mas geralmente em discursos vazios.

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LINGUAGEM FORMA E INFORMAL16. "As pessoas ficam zoando, falando que a gente não conseguiria entrar em mais nada, por isso vamos prestar Letras", diz a candidata ao vestibular. Entre os motivos que a ligaram à carreira estão o gosto por literatura e inglês, que estuda há oito anos." (Adaptado da "Folha de S. Paulo", 22/10/00)

a) As aspas assinalam, no texto acima, a fala de uma pessoa entrevistada pelo jornal. Identifique duas marcas de coloquialidade presentes nessa fala."zoando", "a gente", "a gente… vamos"

b) No trecho que não está entre aspas ocorre um desvio em relação à norma culta. Reescreva o trecho, fazendo a correção necessária.

Em "estão o gosto": há um erro de concordância. Corrigindo: "está o gosto”Há também ambiguidade no trecho “que estuda há oito anos” pois não se pode definir se é literatura ou inglês. Corrigindo: “o qual estuda há oito anos.”

Page 22: MORFOLOGIA 1. Sobre o emprego do gerúndio em frases como: “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”,

17. Leia o seguinte excerto de um artigo sobre o teólogo João Calvino.Foi preciso o destemor conceitual de um teólogo exigente feito ele para dar o passo racional necessário. Ousou: para salvar a onipotência de Deus, não dá para não sacrificar pelo menos um quê da bondade divina.(Antônio Flávio Pierucci, Folha de S. Paulo, 12/07/2009) a) O excerto está redigido em linguagem que apresenta traços de informalidade.

Identifique dois exemplos dessa informalidade. Os trechos são: “feito ele”; “não dá para não”; “um quê”

b) Mantendo o seu sentido, reescreva o trecho “não dá para não sacrificar pelo menos um quê da bondade divina”, sem empregar duas vezes a palavra não.

“É impossível não sacrificar pelo menos um quê da bondade divina”

Page 23: MORFOLOGIA 1. Sobre o emprego do gerúndio em frases como: “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”,

18. Leia a seguinte mensagem publicitária, referente a carros, e responda ao que se pede:

POTÊNCIA, ROBUSTEZ E TRAÇÃO 4WD. PORQUE TEM LUGARES QUE SÓ COM ESPÍRITO DE AVENTURA VOCÊ NÃO CHEGA.

a) A mensagem está redigida de acordo com a norma padrão da língua escrita? Se você julga que sim, justifique; se acha que não, reescreva o texto, adaptando-o à referida norma.

Não está. Reescrita: Potência, robustez e tração 4WD. Porque há lugares a que(aos quais, aonde) só com espírito de aventura você não chega.

b) Se a palavra “só” fosse excluída do texto, o sentido seria alterado? Justifique sua resposta.Sim, pois o anúncio quer enfatizar que são necessários o espírito de aventura e o carro potente para alcançar determinados lugares. A palavra “só” faz a ligação entre esses dois elementos, portanto, eliminá-la alteraria o sentido do texto.

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19. Leia este texto:A correção da língua é um artificialismo, continuei episcopalmente. O natural é a incorreção. Note que a gramática só se atreve a meter o bico quando escrevemos. Quando falamos, afasta-se para longe, de orelhas murchas. (Monteiro Lobato, Prefácios e entrevistas.)a) Tendo em vista a opinião do autor do texto, pode-se concluir corretamente que

a língua falada é desprovida de regras? Explique sucintamente.Não. De acordo com o autor a língua escrita é artificial e a falada é natural, mas não significa que esta seja desprovida de elementos que a regulem e que não mantenha vínculos com a gramática.

b) Entre a palavra “episcopalmente” e as expressões “meter o bico” e “de orelhas murchas”, dá-se um contraste de variedades linguísticas. Substitua as expressões coloquiais, que aí aparecem, por outras equivalentes, que pertençam à variedade padrão.“Meter o bico”: intrometer-se“de orelhas murchas”: desmoralizada, constrangida.

Page 25: MORFOLOGIA 1. Sobre o emprego do gerúndio em frases como: “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”,

20. Leia o seguinte texto: Os irmãos Villas Bôas não conseguiram criar, como queriam, outros parques indígenas em outras áreas. Mas o que criaram dura até hoje, neste país juncado de ruínas novas.

a) Identifique o recurso expressivo de natureza semântica presente na expressão “ruínas novas”.Na expressão “ruínas novas” o sentido do substantivo é oposto ao do adjetivo que o qualifica, portanto é um paradoxo ou oxímoro.

b) Que prática brasileira é criticada no trecho “país juncado (= coberto) de ruínas novas”?Critica-se a prática do abandono de iniciativas governamentais em andamento, às vezes antes mesmo de sua conclusão ou amadurecimento, sem que tenham sido avaliadas como inadequadas ou ultrapassadas.

Page 26: MORFOLOGIA 1. Sobre o emprego do gerúndio em frases como: “Nós vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possível”,

21. Leia este texto.

O ano nem sempre foi como nós o conhecemos agora. Por exemplo: no antigo calendário romano, abril era o segundo mês do ano. E na França, até meados do século XVI, abril era o primeiro mês. Como havia o hábito de dar presentes no começo de cada ano, o primeiro dia de abril era, para os franceses da época, o que o Natal é para nós hoje, um dia de alegrias, salvo para quem ganhava meias ou uma água-de-colônia barata. Com a introdução do calendário gregoriano, no século XVI, primeiro de janeiro passou a ser o primeiro dia do ano e, portanto, o dia dos presentes. E primeiro de abril passou ser um falso Natal o dia de não se ganhar mais nada. Por extensão, o dia de ser iludido. Por extensão, o Dia da Mentira. (Luís F. Veríssimo, As mentiras que os homens contam. Adaptado.)

a) Tendo em vista o contexto, é correto afirmar que o trecho “meias ou uma água-de-colônia barata” deve ser entendido apenas em seu sentido literal? Justifique sua resposta.

Não, ambas devem ser entendidas em sentido figurado, pois significam objetos de pouco valor.

b) Crie uma frase que contenha um sinônimo da palavra “salvo” (L. 4), mantendo o sentido que ela tem no texto. Salvo, no texto, significa exceto.Todos concordaram, exceto o diretor.

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22. Leia estas duas estrofes da conhecida canção “Asa-Branca”, de Luís Gonzaga e Humberto Teixeira.

Quando olhei a terra ardendoQual fogueira de São João,Eu perguntei a Deus do céu, aiPor que tamanha judiação...........................................Quando o verde dos teus olhosse espalhar na plantação,eu te asseguro, não chores não, viu,eu voltarei, viu, meu coração.

a) Indique uma palavra ou expressão que possa substituir “Qual” (primeira estrofe), sem alterar o sentido do texto.A conjunção comparativa pode ser substituída por “como” ou “igual”

b) Na segunda estrofe, substitua a palavra “viu” por outra que cumpra a mesma função comunicativa que ela tem no texto.“Viu” é uma redução de “ouviu” e pode ser substituída por “tá”, “tá bem”, “tudo bem”

c) Nessas estrofes, os únicos recursos poéticos utilizados são rima e ritmo? Justifique sua resposta.Não, utiliza-se também a linguagem figurada (comparação e metáfora)

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SINTAXE23. Leia com atenção as seguintes frases, extraídas do termo de garantia de um produto para emagrecimento:I) Esta garantia ficará automaticamente cancelada SE O PRODUTO NÃO FOR CORRETAMENTE UTILIZADO.II) Não se aceitará a devolução do produto CASO ELE CONTENHA MENOS DE 60% DE SEU CONTEÚDO.III) As despesas de transporte ou quaisquer ônus decorrente do envio do produto para troca corre por conta do usuário.a) Reescreva os trechos destacados nas frases I e II, substituindo as conjunções

que os iniciam por outras equivalentes e fazendo as alterações necessárias.I) Caso (desde que) o produto não seja corretamente utilizado.II) Se ele contiver menos de 60% de seu conteúdo.

b) Reescreva a frase III, fazendo as correções necessárias.As despesas de transporte ou quaisquer ônus decorrentes do envio do produto para troca correm por conta do usuário. Ou: As despesas de transporte ou qualquer ônus decorrente do envio do produto para troca correm por conta do usuário.

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24. Jornalistas não deveriam fazer previsões, mas as fazem o tempo todo. Raramente se prestam ao trabalho de prestar contas quando erram. Quando o fazem não é decerto com a ênfase e destaque conferidos às poucas previsões que acertam. (Marcelo Leite – Folha de São Paulo)a) Reescreva o trecho: “jornalistas não deveriam fazer previsões, mas as fazem o tempo

todo”, iniciando-o com “Embora os jornalistas…”

“Embora os jornalistas não devessem fazer previsões, fazem-nas o tempo todo.”

(O uso da oração concessiva exige o verbo no subjuntivo.)

b) No trecho “Quando o fazem não é decerto com a ênfase (...)", a que ideia se refere o termo grifado?O pronome oblíquo como elemento anafórico refere-se à ideia antecedente “Raramente se prestam ao trabalho de prestar contas quando erram.”

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25. Leia o seguinte texto jornalístico:PARA PARA

Numa de suas recentes críticas internas, a ombudsman desta Folha propôs uma campanha para devolver o acento que a reforma ortográfica roubou do verbo “parar”. Faz todo sentido. O que não faz nenhum sentido é ler “São Paulo para para ver o Corinthians jogar”. Pior ainda que ler é ter de escrever. (Juca Kfouri, Folha de S. Paulo, 22/09/2014. Adaptado).

a) No primeiro período do texto, existe alguma palavra cujo emprego conota a opinião do articulista sobre a reforma ortográfica? Justifique sua resposta.

Sim, ele emprega conotativamente o verbo roubar em uma crítica à supressão, noNovo Acordo Ortográfico de 2009 (que será obrigatório a partir de 1º de janeiro de2016), do acento agudo na forma verbal “para” a fim de diferenciar essa forma dade seu homônimo, a preposição “para”.

b) Para evitar o “para para” que desagradou ao jornalista, pode-se reescrever a frase “São Paulo para para ver o Corinthians jogar”, substituindo a preposição que nela ocorre por outra de igual valor sintático-semântico ou alterando a ordem dos termos que a compõem. Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.Sim, é possível evitar o “para para” pela troca da preposição: “São Paulo para A FIM DE ver o Corinthians jogar” ou pela alteração da ordem dos termos da frase: “Para ver o Corinthians jogar, São Paulo para”.

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PARALELISMO26. Avalie a redação das seguintes frases:I. O futebol conquistou um papel na sociedade tanto culturalmente como econômico e político.II. Os clubes buscam a expansão do número de associados bem como reduzir gastos com publicidade.III. Doravante tais fatos, fica claro que o futebol exerce uma grande influência no cotidiano do brasileiro.IV. O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo jogo, ele tem uma carta na manga do colete.

a) Reescreva as frases I e II, corrigindo a falta de paralelismo nelas presente.I - O futebol conquistou um papel na sociedade tanto culturalmente como

econômica e politicamente.II - Os clubes buscam a expansão do número de associados bem como a redução

de gastos com publicidade. Ou: Os clubes buscam expandir o número de associados bem como reduzir...”

b) Reescreva as frases III e IV, eliminando a inadequação vocabular que elas apresentam.III. Diante de tais fatos, ..... (Doravante: de agora em diante) IV. “...ele tem uma carta na manga.” (colete não tem mangas)