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MORDOMIA E SALVAÇÃO “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor” Filipenses 2:12 Antes de falarmos qualquer coisa, é preciso haja uma definição da palavra mordomia. Temos que separar o dono do mordomo. O dono é o dono, ele faz aquilo que ele quiser com aquilo que é dele, não há cobrança. O dono não pode ser chamado de fiel ou infiel. Ele tem um objeto e faz dele o que quiser, joga fora, dá para uma criança brincar. Onde está a fidelidade do dono? Em lugar algum, é do dono o objeto. Ele dá para quem quiser. Quebra, joga fora e ninguém tem nada com isso. Mas o mordomo já é diferente. Ao mordomo já cabem duas palavras para ele: ou ele é um mordomo fiel ou infiel. O que quer dizer a palavra mordomo? Quer dizer: aquele que é responsável, é o maior responsável pela casa. A palavra “domo” vem da palavra “casa” e “mor” é o principal. É o mais importante servo daquela casa. Ele não é o dono, ele é o mordomo. Ele toma conta, ele é o responsável pela casa, mas ele não é dono. Os irmãos se recordam do mordomo de Abraão chamado Eliezer. Ele era responsável por todos os bens de Abraão, só que ele não era o dono. Ele foi, inclusive, para a terra de Abraão para buscar uma noiva para Isaque, mas ele não era o dono da noiva, ele era o responsável. Isso é importante nós termos guardado para um aspecto nosso. O aspecto lá do mundo, da mordomia do mundo, das pessoas que querem aproveitar de bens que não são deles, isso ai não nos interessa, não toca a nós em nada. O aspecto que queremos tratar aqui é puramente espiritual, e é isso a função do seminário. 1

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MORDOMIA E SALVAÇÃO

“De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha

presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa

salvação com temor e tremor” Filipenses 2:12

Antes de falarmos qualquer coisa, é preciso haja uma definição da palavra

mordomia. Temos que separar o dono do mordomo. O dono é o dono, ele faz aquilo que

ele quiser com aquilo que é dele, não há cobrança. O dono não pode ser chamado de fiel

ou infiel. Ele tem um objeto e faz dele o que quiser, joga fora, dá para uma criança

brincar. Onde está a fidelidade do dono? Em lugar algum, é do dono o objeto. Ele dá para

quem quiser. Quebra, joga fora e ninguém tem nada com isso. Mas o mordomo já é

diferente. Ao mordomo já cabem duas palavras para ele: ou ele é um mordomo fiel ou

infiel. O que quer dizer a palavra mordomo? Quer dizer: aquele que é responsável, é o

maior responsável pela casa. A palavra “domo” vem da palavra “casa” e “mor” é o

principal. É o mais importante servo daquela casa. Ele não é o dono, ele é o mordomo.

Ele toma conta, ele é o responsável pela casa, mas ele não é dono. Os irmãos se

recordam do mordomo de Abraão chamado Eliezer. Ele era responsável por todos os

bens de Abraão, só que ele não era o dono. Ele foi, inclusive, para a terra de Abraão para

buscar uma noiva para Isaque, mas ele não era o dono da noiva, ele era o responsável.

Isso é importante nós termos guardado para um aspecto nosso. O aspecto lá do mundo,

da mordomia do mundo, das pessoas que querem aproveitar de bens que não são deles,

isso ai não nos interessa, não toca a nós em nada. O aspecto que queremos tratar aqui é

puramente espiritual, e é isso a função do seminário.

O que é obra para nós? O que significa esta palavra “obra”? A obra é a realização

de um projeto que está pronto. Quando se vai fazer uma construção, precisa-se de um

projeto, senão a construção corre o risco de agir, senão você vai colocar mais ferro onde

não precisa ou menos ferro onde precisa, vai colocar um concreto com uma liga errada.

Então, é um projeto que se faz, daquilo que se vai gastar, de quanto tempo vai durar, e é

assim que falamos de obra. A obra não é o apelido da Igreja Cristã Maranata. Obra é

aquilo do Espírito Santo, que nasceu lá na eternidade, veio passando por nós e nós

alcançamos à obra ou não. Nós entramos na obra ou não. Obra é um projeto. Você está

vivendo este projeto, você está vivendo esta grande benção, então você está vivendo

obra e alguns pontos temos que deixar claro porque nós vamos sair daqui com isso claro

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em nossas cabeças. A obra do Espírito Santo é um projeto do Espírito Santo para a nossa

vida, um projeto único.

O dono é o dono. Mordomo é aquele que toma conta, é aquele que está cuidando,

e eu vou fazer uma pergunta aos irmãos: Você sabe aquilo que você tem, aquilo que

Deus te deu e que não é seu? Aquilo que Deus te deu para você cuidar? É a salvação.

Deus te deu uma salvação. O que é salvação? Salvação é um projeto, é um projeto

maravilhoso e o único plano que Deus fez para as nossas vidas. O Senhor não fez dois

não. O Senhor não criou dois projetos de salvação porque só existe uma eternidade. Não

tem dois salvadores. É um só salvador, um só Deus em que nós cremos, um só Jesus

Cristo, uma só morte, uma só ressurreição, um só Senhor e Deus. Não há dois projetos.

Há uma só vida eterna. Só tem um plano de salvação. E este projeto de salvação está

escrito na carta de I Pedro 1:2 que diz: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai,

em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus

Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.”

A nossa salvação, o Senhor começa a operar esta grande benção quando ele

elege o homem. O homem não tem consciência da sua eleição. Paulo fala disso quando

diz: “...aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou

pela sua graça." (Gálatas 1:15) Qual é a consciência de alguém que no ventre de sua

mãe tem? Consciência de nada, mas o Senhor tem a sua própria consciência. Na

salvação, nós vamos conhecer três atributos de Deus. Quando começamos a conhecer

salvação, nós vamos conhecer três atributos do Senhor para a nossa vida. São atributos

dele e que nós vamos vivenciar esta grande benção, que é a onisciência do Senhor, que

ele tem ciência, que sabe de todas as coisas, a onipresença de Deus, ninguém se

esconde do Senhor, e no Salmo 139:7 fala: “...para onde fugirei da tua face?" O

salmista fala da sua eleição quando o Senhor o viu no ventre de sua mãe. O outro atributo

é a onipotência de Deus, que é o poder de Deus. Deus lhe deu o poder de ser chamado

filho de Deus. Ele é o Todo-poderoso, e ele venceu o maior inimigo do homem. O Senhor

Jesus Cristo vem e vence dentro de um projeto de salvação, ele vence o maior inimigo

que é a morte. Ele é o Todo-poderoso. Quando nós começamos a entender a salvação,

nós começamos a entender deste grande projeto que Deus tem para a nossa vida que

começa quando Deus nos elege. Ele nos elege e isso é da sua economia, é um projeto lá

da eternidade. Nós temos consciência. Ele elegeu, mas há um momento na vida do

homem e isso ai o homem não participa. Quando é que começamos a participar de uma

coisa que nós não sabíamos? Mas há um momento na nossa existência que nós

começamos a colocar em prática a nossa eleição, que é segundo a presciência de Deus

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Pai, é o conhecimento prévio que ele tem de todas as coisas, mas há um momento da

nossa existência que nós passamos a conhecer este projeto, nós passamos a entender

que há um projeto para nós, que é no dia do nosso chamado. Paulo foi eleito, ele fala da

sua eleição no ventre de sua mãe, e quando ele é grande, ele estuda, se torna um

homem, se torna um perseguidor da igreja, um homem temido, consciente na morte de

Estevão, que foi apedrejado, o primeiro mártir da igreja, e ele vai para Damasco, que é a

capital da Síria, ele vai para perseguir os irmãos. No caminho de Damasco, ele tem uma

experiência com o Senhor, e ali foi o dia do seu chamado. No dia do nosso chamado, e

cada um é chamado de um jeito, cada um chamado de uma maneira, uns são chamados

no dia da sua mais profunda tristeza, outro é chamado no dia da alegria, um é chamado

quando é jovem, outro é chamado quando é adulto, outro quando está idoso, enfim, a

cada um Deus tem um plano diferente. No chamado acontecem algumas coisas, porque

Deus quando elege o homem, a eleição para salvação é uma vocação que Deus dá ao

homem. O homem é vocacionado para ter fé. A eleição para a nossa salvação é uma

vocação para ter fé. Quando nós falamos em fé, nós abrimos um outro leque, que as

pessoas podem entender fé e cada um entende de um jeito. Uns dizem: Eu tenho fé em

Deus que eu não tenho um centavo no bolso, mas eu vou chegar na rodoviária, no

aeroporto, alguém vai me dar um dinheiro e vou viajar. Isso não é fé, isso é coragem,

doideira, o que ele achar que é vai ser. Outros dizem: Eu tenho fé em deus, mas ninguém

sabe em que deus ele tem fé. Se ele tem fé num pedaço de madeira, se ele tem fé na

cultura dele. É aquela fé que ninguém sabe o que é. A fé que estamos falando, a vocação

que Deus dá ao homem para ter fé é uma fé salvadora, é fé para ele começar a crer na

revelação, que é aquilo que Abraão creu. Abraão creu pela fé. Fé em quê? Que fé que ele

teve? Em quê que ele teve? Morava bem, vivia numa cidade próspera, a ciência já estava

em franco andamento ali, com tudo pronto, até a escrita já se tem notícia que existia ali, e

aquilo que Gutenberg inventa que foi a imprensa, nos dias de Abraão já se tem achados

arqueológicos de imprensa, de tijolos com marcas que era a imprensa daquela época,

isso na época de Abraão. Ele sai da sua terra para um lugar onde ele não sabia onde que

era, que ele não sabia o que tinha lá, ele saiu por qual fé? Ele saiu por fé na revelação

que ele ouve. Então, quando Deus chama e quando ele elege na sua presciência, e na

sua consciência, porque o homem não tem consciência, ele chama o homem, ele

vocaciona o homem para ter fé. É a fé para ele começar a ouvir a revelação e valorizar a

benção da sua salvação.

No chamado acontecem algumas coisas. Primeiro o homem foi eleito, vocacionado

para ter fé, e no seu chamado ele entende isso, e ele coloca em prática aquilo com o qual

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ele já nasce, que é o livre arbítrio. Por que o livre arbítrio? Livre arbítrio é para que o

Senhor ele permaneça eternamente justo, que Deus é um Deus justo. Ele chama a um e

nós dizemos “sim Senhor” e é um direito que nós temos em atender ou não, de

aceitarmos o projeto ou não. Quando aceitamos, nós entramos e somos alvos do amor e

do poder, da onisciência e da graça de Deus na nossa vida. Quando nós rejeitamos, nós

somos infiéis, e Deus continua fiel porque ele me chamou, chamou a você, chamou ao

que está lá fora, ele chamou àquele que estava misturado lá no mundo, ele chamou

àquele que estava morrendo, ele chamou àquele que está envolvido a tudo que não

presta lá no mundo e a polícia está atrás dele, e está esta briga toda que nós vemos nos

jornais o tempo todo, e um dia, ninguém vai chegar diante de Deus, e todo joelho vai se

dobrar diante de Deus, e nós vamos dar conta dessa nossa mordomia diante de Deus.

Todo mundo vai chegar e ninguém vai falar: “Eu não ouvi. Ninguém falou comigo...”

ninguém vai dizer isso porque Deus na sua onisciência, no seu poder, ele faz com que o

homem um dia ele tenha o contato com alguém, que alguém vai falar de salvação, é um

parente, um amigo, um vizinho, é um folheto que ele recebeu na rua, uma palavra de

esperança para o seu coração, enfim, Deus dá uma solução para ninguém chegar lá e

dizer que não ouviu, que ninguém lhe disse que havia Deus. Deus continua justo porque

neste momento o homem faz a sua decisão. Ou ele entra em um processo de

santificação, sem a qual ninguém verá a Deus, e ele se torna um fiel porque a bíblia fala:

“Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos." (Mateus 22:14) Quem são

os escolhidos? É aquele que se escolheu. Deus elegeu e chamou e agora é você que

escolhe. Quando você escolhe, você é o escolhido mesmo. Você mesmo que escolheu, e

ai você se torna um fiel, e o Senhor fala na palavra: “Como está escrito: Amei a Jacó, e

aborreci a Esaú.” (Romanos 9:13) Mas quem tinha o direito? Jacó e Esaú eram dois

irmãos. Esaú nasce primeiro, eles eram irão gêmeos. Jacó nasce agarrado no seu

calcanhar, porque Jacó queria a benção, ele queria nascer primeiro. Esaú nasce primeiro,

então ele tinha o direito à primogenitura, que era uma grande benção, e não era para eles

entenderem a primogenitura, mas hoje nós entendemos. O que é isso? Que benção é

essa? Mas eles tinham a primogenitura como um direito de família. O primogênito tinha

direito a tudo, era o mais velho, era o primeiro nascido, e ele tinha direito a herança. Toda

a herança do pai era passada ao primeiro que nasceu que era o primogênito. Por que

Deus aborrece a Esaú na sua presciência? Ele aborrece porque Esaú não valorizou a

benção. Esaú não valorizou e um dia ele estava no campo e estava com fome, Jacó

preparou um guisado e Esaú pediu. Jacó disse que daria a comida, mas em troca queria a

benção da primogenitura que Esaú tinha. Esaú pensou consigo mesmo: De quê vai me

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valer esse negócio. Eu estou com fome e quero resolver o meu problema agora e trocou a

herança por um prato de lentilhas.

Meus irmãos, a situação hoje é a mesma. Foi um exemplo dado no passado, isso

aconteceu, está na história, e a bíblia fala uma história de Esaú muito triste que nem com

lágrimas ele conseguiu receber a benção dele. Ele perdeu a benção mesmo. E Jacó

ganhou a benção. Quando o pai Isaque chama para dar a benção, Isaque sentiu que

estava a hora da sua morte, ele chama Esaú e manda preparar um guisado, uma comida,

e vem que eu vou comer e eu vou te abençoar. Enquanto Esaú vai lá ao campo, longe,

pegar a caça, Rebeca prepara o animal no quintal. Pega o cordeiro do quintal mesmo,

mata, prepara o animal, coloca a pele sobre Jacó, porque Isaque já estava idoso, Esaú

era peludo, Jacó não era, Isaque apalpa Jacó, fala com ele as palavras e abençoa Jacó.

Jacó enganou a quem? Não enganou a ninguém. Ele simplesmente valorizou a benção

que Esaú não valorizou, e é por isso que a bíblia diz: “Amei a Jacó, e aborreci a Esaú.”

(Romanos 9:13), porque o homem quando não valoriza a benção da salvação, ele se

torna aborrecido por Deus. É diferente do homem que recebe uma benção e valoriza.

Santificação é fazer a vontade do Espírito Santo. Quando o homem não valoriza, ele não

está em santificação, ele não está no caminho. Santificação é fazer a vontade do Senhor,

é a palavra da verdade, é a palavra daquele que está andando no caminho. Quem está

fora do caminho não está ouvindo. Quando ele está em santificação, quando ele está

fazendo a vontade do Espírito Santo, isso é santificação. Santificação não é aquilo que

muita gente fazia no passado que é falar baixinho, abrir os braços, colocar um cinto na

cintura, andar de sandália para mostrar que é muito humilde, e isso não tem nada a ver

uma coisa com a outra, humildade com recursos financeiros, e isso não tem nada a ver

uma coisa com a outra. Santificação não é isso não. Santificação é fazer a vontade do

Espírito Santo. Será que teve gente mais bruta do que Pedro? Um dia o Senhor disse que

estava chegando a hora deles levarem a Jesus, e Pedro passou a mão na espada e disse

que ninguém iria levar Jesus não. A hora que a guarda romana veio pegar Jesus, Pedro

esqueceu de tudo, passou a mão na espada e ia no pescoço do guarda, e quando deu a

espadada, ele desviou e pegou só na orelha. Jesus disse que não era assim e curou o

guarda para que o Senhor não fosse preso justamente.

Onde é que estava a santidade de Pedro depois? Foi quando Pedro foi batizado

com o Espírito Santo e começou a fazer a vontade do Espírito Santo. O Senhor manda

ele ir, ele vai e cumpre e ele fala do evangelho, quase 5000 almas se convertem. O

homem na porta formosa, Deus cura aquele homem através de Pedro, vai para a casa de

Cornélio e o Senhor salva. O Senhor usou Pedro grandemente quando o homem está em

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santificação do Espírito, e nós começamos a entender que o homem tem que cuidar

dessa benção. Salvação é pela graça de Deus, e a bíblia diz: "Porque pela graça sois

salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Efésios 2:8) Nós

não temos graça nenhuma sobre nós. Foi pela graça de Jesus que fomos salvos. Nós só

achamos graça em Jesus depois que aceitamos a nossa salvação, porque nós estamos

no Espírito, só isso. Foi pela graça imerecida. É um favor dos céus, uma dádiva. Salvação

é uma dádiva que Deus dá ao homem, é um presente, é um talento, e que você faz com

isso? Nós não podemos fazer como fez o homem na parábola dos talentos. Pegou os

talentos e enterrou, colocou na terra. Salvação não é para ser enterrada. Não é para ser

colocada num mundo, salvação não é para ser colocada debaixo da terra, salvação não é

para ser misturada com o cristianismo histórico que está ai. Tem um povo que está

falando que está salvo. Movimentos de toda sorte, um cristianismo que cobra pedágio

para o homem ser salvo. Salvação é para ser cuidada, é uma dádiva de Deus que temos

que cuidar e cuidar muito bem cuidada porque é uma mordomia que nós temos. Onde é

que está a nossa mordomia? Na nossa salvação. Deus no dá uma salvação para nós

cuidarmos dela e muito bem cuidado.

“...operai a vossa salvação com temor e tremor.” (Filipenses 2:12)

O que é operar a salvação? Antes eu gostaria de trazer uma palavra sobre igreja.

Nós vimos ontem à aula de Igreja como corpo de Cristo. O que é a palavra igreja? Igreja

quer dizer Eclesia, do grego, e quer dizer: aquele que é chamado para fora. Nós não

podemos voltar. Nós tivemos um chamado. O Senhor nos chamou para quê? Chamou-

nos para fora do mundo para uma grande salvação. O Senhor nos elegeu e nos chamou

porque nós estávamos longe dele, estávamos no mundo. Não tem como conciliar igreja

como corpo de Cristo, salvação, o fiel, aquele que é escolhido, aquele que zela pela

salvação, e não tem como misturar com aquilo que é do mundo. Se você não está

zelando pela sua salvação, você comece a zelar a partir de hoje porque a primeira

salvação do evangelho, o primeiro momento da igreja, foi uma pregação, e a pregação foi

que Jesus estava vivo, e eles morreram por causa dessa afirmativa. Jesus está vivo, ele é

o cabeça e ele está vivo. A igreja passou por várias lutas e tribulações e qual é a ênfase

hoje para a igreja? É o corpo. O cabeça, que é Jesus, foi a primeira pregação, que está

vivo, e agora é o corpo, e por que o corpo? Por causa do arrebatamento. A pregação de

corpo hoje começa a citar o sangue, porque no corpo vivo tem o sangue circulando por

causa do arrebatamento da igreja. A igreja fiel será arrebatada. E quem é o fiel? O fiel é o

escolhido. Quem é o escolhido? É aquele que ouviu o chamado e fez valer a sua eleição

quando ele não se misturou com as coisas desse mundo porque é de onde ele saiu.

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Então ele sai do mundo e agora ele é salvo. Deus colocou em sua mão um presente, um

dom, uma dádiva, algo sublime. A salvação é a valorização de um bem, um bem maior, é

uma coisa que não se encontra nesta vida, um tesouro que o homem não pode

desvalorizar, não pode deixar para lá, ele tem que cuidar, e porque ele tem que cuidar

dessa grande benção na sua vida? Porque ele é mordomo e o mordomo vai dar conta ao

dono da casa dos bens que o dono deixou na mão dele. O dono entrega agora um bem

ao mordomo e um dia o dono vai voltar, esse nobre homem vai voltar, e ele vai cobrar o

bem que ele colocou em nossas mãos. O dono é ele, mordomo somos nós. Nós somos o

maior responsável pela casa? Que casa? A sua casa espiritual que é o seu coração. No

seu coração há uma casa que o Espírito Santo quer habitar, e se você aceitou e não

rejeitou, se você é fiel, se você está cuidando bem, a sua casa vira uma casa do Espírito

Santo, é uma construção espiritual. Você tem que cuidar da sua casa porque você vai dar

conta dela. Isso não é complicado porque o Senhor disse que o fardo dele é leve. O

nosso fardo que é pesado. Viver no mundo que é pesado. Viver sem salvação que é

pesado. Ele troca o nosso cálice. Ele nos dá o cálice da salvação e pega para si o cálice

da nossa morte. Nós temos que valorizar a nossa salvação porque ela custou um preço

muito caro. A vinda de Jesus para este tempo aqui não foi barato para o Senhor. O

Senhor quando veio não quis morrer não. Jesus clamou pedindo que Deus passasse dele

aquele cálice. Na noite anterior ele suou sangue. Foi um bem conquistado com a morte do

cordeiro. Tem uma eternidade envolvida nisso. É um bem que tem que ser muito bem

cuidado. Somos mordomos de um bem, de uma casa, somos responsáveis por uma casa

que tem dentro dela um presente, um dom de Deus, que é a nossa salvação. Quando

cuidamos bem dela nós somos privilegiados e abençoados e ai achamos graça de Deus.

A graça do Senhor está sobre a igreja fiel. Quem é a igreja fiel? Foi aquela que escolheu,

fez valer a sua eleição e está vivendo agora de acordo com a revelação em santificação.

E é esta a santificação. Assim como o Espírito é fiel, assim como o Pai é fiel, assim como

o Filho é fiel, a igreja que segue os passos do Senhor também é fiel, tem o mesmo nome.

Não é a igreja infiel, é a igreja fiel. Nós temos que buscar a salvação, buscar a benção

que vai além da salvação que são nos dons espirituais, buscando o batismo com o

Espírito Santo, ministérios, serviço... Operar a nossa salvação é cuidar dela porque é um

presente que Deus te deu e você vai dar conta para ele a qualquer momento. O que é

temor para nós? Temor é temer ao Senhor com amor, com o mesmo amor que ele tem, é

corresponder o amor que ele tem para conosco, é como o noivo. Como é que o Senhor

nos compara? Os irmãos vejam só o amor que Deus deu a morte de Jesus. O amor que o

Pai deu ao derramar o sangue do seu filho. O valor que Deus deu ao filho quando ele

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escolheu morrer por amor a nós. Ele quem escolheu. Nós o amamos porque ele nos

amou primeiro. O Senhor nos compara com o noivo que ama a sua noiva. É o amor que

tem que ser correspondido pela noiva agora. Nós como noiva do Senhor correspondemos

ao amor que é dado por nós, nós tememos ao Senhor. Temor é temer por amor. É saber

que você não vai jogar fora a sua salvação por amor ao noivo, àquele que te ama e você

o ama também. O amor a Jesus está quando nós valorizamos ao amor que ele nos deu,

porque está valorizando a sua alma. Temer com temor é temer por amor, e com tremor,

porque nós vamos dar conta. Quando eu penso que eu vou dar conta de uma mordomia

que Deus me deu, eu sou o maior responsável pela casa espiritual. Deus colocou dentro

desta casa, dentro deste coração, um bem, uma dádiva, um presente, um talento, um

dom, um bem maior, e eu amo ao Senhor e esse amor é correspondido quando somos

fieis e quando fazemos a sua vontade, e eu tremo quando penso que vou ter que dar

conta um dia disso ao Senhor, mas glorifico ao Senhor porque já não há condenação para

aqueles que estão em Cristo Jesus. Mas nós trememos porque é com tremor, e a palavra

nos afirma isso.

Meus irmãos, nós temos uma benção para a nossa vida, nós temos que zelar por

ela e o Senhor nos mostra alguns aspectos da prática desta mordomia. Como é que

vamos aplicar a dinâmica dessa mordomia na nossa vida.

Primeiramente tem que ser: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem

contendas...” (Fl 2:14) Não precisamos murmurar nem contender com ninguém,

“...antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração

e súplica,...” (Fl 4:6) Ninguém vai murmurar, ninguém vai contender e você vai seguindo

ao Senhor, obedecendo à sua vontade.

Outra coisa é “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros...” (Fl 2:15)

Irrepreensível é aquele que não é repreendido. Quando que nós não somos

repreendidos? Quando fazemos a vontade do Espírito Santo. Nós temos a salvação. O

Senhor coloca este bem maior nas nossas vidas e começa a nos orientar o que fazer. O

que nós temos que fazer para zelar pela nossa salvação? Se nós cumprimos a revelação,

nós somos irrepreensíveis. Mas se nós não fazemos, nós somos passíveis à repreensão.

Onde é que está a nossa sinceridade? É na hora que a gente erra. É a sinceridade da

alma do homem.

Por último é: “Retendo a palavra da vida...” (Fl 2:16) Quem é a palavra da vida?

Quem é a palavra que dá vida ao homem? É o próprio Senhor Jesus. É retendo o Senhor

Jesus na sua alma, é retendo a obra, é retendo este projeto, valorizando este projeto.

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Meus irmãos, quando falamos em mordomia, nós temos esta conotação. Quando

falamos em salvação, nós entendemos que salvação, nós temos que cuidar dela como

um mordomo que cuida da casa da qual ele foi responsabilizado. É como alguém que não

é dono. É um presente que é dado e você vai cuidar dele. É isso que nós entendemos, é

isso que o Senhor tem nos revelado e é assim que nós temos feito com a mordomia que o

Senhor nos dá, primeiramente com a nossa salvação, depois com o batismo com o

Espírito Santo, depois nos dons, depois no serviço, depois nos ministérios, depois na

nossa vida, enfim, em todo projeto de obra neste contexto maravilhoso de obra que o

Senhor tem nos revelado.

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