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ADUBAÇÃO DE COBERTURA EM MILHO INFORMATIVO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ANO 3 • NÚMERO 3 MARÇO 2014 Introdução Basicamente, a adubação de cobertura para a cultura do milho se resume a dois nutrientes: nitrogênio e potássio. De acordo com os critérios de essencialidade dos nutrientes para as plantas, seria incoerente apontarmos um ou outro como mais importante. No entanto, sabemos que nem sempre a adubação potássica no momento da cobertura é contemplada, principalmente em se tratando de segunda safra. No cultivo de verão, é mais comum o uso do potássio na complementação das adubações de cobertura. As funções de ambos estão ligadas ao desenvolvimento e regulação da planta. O nitrogênio é um dos principais elementos responsáveis pela formação de novos tecidos vegetais, oriundo da divisão celular, além de ser precursor de amido e proteína. O potássio é o principal elemento responsável pelo controle de abertura e fechamento dos estômatos das plantas, garantindo o fluxo de entrada e saída de CO 2 e O 2 e, consequentemente, as trocas de calor da planta com o meio externo pelo controle da evapotranspiração. O potássio ainda possui uma forte relação com a resistência física e a defesa natural da planta, ligadas ao tombamento e doenças fúngicas, respectivamente. Certamente, solos equilibrados e adubação potássica adequada contribuem significativamente para a redução de problemas de colmo. É compreensível o impacto que o custo dos fertilizantes tem na cultura do milho, chegando, em algumas situações, a superar a ordem dos 40% do custo de produção. O que não é compreensível é o não uso desses insumos ou, ainda pior, o uso inadequado. Para que se tenha uma noção do quanto, como, onde e quando aplicar esses nutrientes em cobertura, algumas dicas serão abordadas neste encarte técnico. Quanto Segundo Coelho e França (1995), para se obter uma produtividade de 150 sc.ha -1 , são necessários aproximadamente 190 kg.ha -1 de N e 145 kg.ha -1 de K 2 O. Obviamente, esses valores servem como referência e não significam uma regra absoluta.

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ADUBAÇÃO DE COBERTURA EM MILHO

INFORMATIVO DEDESENVOLVIMENTOTECNOLÓGICOANO 3 • NÚMERO 3MARÇO 2014

IntroduçãoBasicamente, a adubação de cobertura para a cultura do milho

se resume a dois nutrientes: nitrogênio e potássio. De acordo com os critérios de essencialidade dos nutrientes para as plantas, seria incoerente apontarmos um ou outro como mais importante. No entanto, sabemos que nem sempre a adubação potássica no momento da cobertura é contemplada, principalmente em se tratando de segunda safra. No cultivo de verão, é mais comum o uso do potássio na complementação das adubações de cobertura.

As funções de ambos estão ligadas ao desenvolvimento e regulação da planta. O nitrogênio é um dos principais elementos responsáveis pela formação de novos tecidos vegetais, oriundo da divisão celular, além de ser precursor de amido e proteína. O potássio é o principal elemento responsável pelo controle de abertura e fechamento dos estômatos das plantas, garantindo o fluxo de entrada e saída de CO2 e O2 e, consequentemente, as trocas de calor da planta com o meio externo pelo controle da evapotranspiração. O potássio ainda possui uma forte relação com a resistência física e a defesa natural da planta, ligadas ao tombamento e doenças fúngicas, respectivamente. Certamente, solos equilibrados e adubação potássica adequada contribuem significativamente para a redução de problemas de colmo.

É compreensível o impacto que o custo dos fertilizantes tem na cultura do milho, chegando, em algumas situações, a superar a ordem dos 40% do custo de produção. O que não é compreensível é o não uso desses insumos ou, ainda pior, o uso inadequado.

Para que se tenha uma noção do quanto, como, onde e quando aplicar esses nutrientes em cobertura, algumas dicas serão abordadas neste encarte técnico.

QuantoSegundo Coelho e França (1995), para se obter uma produtividade

de 150 sc.ha-1, são necessários aproximadamente 190 kg.ha-1 de N e145 kg.ha-1 de K2O. Obviamente, esses valores servem como referênciae não significam uma regra absoluta.

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FIGURA 1 - Balanço de nitrogênio com base na extração do nutriente pela cultura do milho.

FONTE: Cargill Crop Nutrition

Quanto às doses de nitrogênio, para muitos, na prática, existe uma relação de 1,0 kg de N para cada saco de milho produzido ou esperado. Tal relação não é de todo válida. No entanto, é preciso entendê-la, levando em conta que a regra depende de muitos fatores biológicos e, por esse motivo, pode haver muitas variações. SegueFigura 1 abaixo:

Dessa forma, com base no valor de 190 kg.ha-1 de N para a produção de 150 sc.ha-1 de milho, como indicado na Figura 1, deve-se levar em conta o valor de N que será fornecido pelo solo a partir de sua matéria orgânica (M.O.). Em média, a decomposição da M.O. do solo libera 25 kg para cada 1%, totalizando 50 kg. Somados aos resíduos da cultura anterior (soja), equivalentes a 38 kg de N em média, tem-se o valor estimado de 88 kg.ha-1 de N, como reserva ou oriundo do sistema.

Assim, como descrito na Figura 1, utilizando-se a fórmula da adubação pelo processo de extração de nutrientes, pela qual a adubação necessária é o resultado do que a planta necessita menos o que o solo fornece corrigido ou multiplicado pelo fator de aproveitamento do fertilizante (f) – neste caso, os nitrogenados com percentual de rendimento de 70% –, tem-se: adubação = (planta – solo) x f. Obtém-se, portanto, o valor de 146 kg, significando que, para uma produção estimada de 150 sc.ha-1 de milho, serão necessários 146 kg.ha-1 de N. No entanto, como resultado da divisão entre a produtividade de grãos e o fornecimento de N, tem-se o valor aproximado de 1,0, que seria então 1,0 kg de N para cada saco de milho produzido.

Ou seja, a dose de nitrogênio utilizada para a cultura do milho é proporcionalmente calculada em função da produtividade que se estima obter, levando-se em conta o nível de investimento, condições climáticas, altitude, época de semeadura, entre outros fatores.

ComoTanto o nitrogênio quanto o potássio, quando utilizados em excesso, tornam-se

prejudiciais às plantas. Por serem sais, podem provocar grave efeito de salinidade, que prejudicaria todo o sistema radicular, podendo chegar ao ponto de reduzir o estande final de plantas. Desta forma, é recomendado que as aplicações desses nutrientes junto à linha de semeadura não excedam 40 kg.ha-1 de nitrogênio e 50 kg.ha-1 de potássio.É possível, quando necessário, realizar a complementação na oportunidade da adubação de cobertura (Figura 2).

NECESSIDADE DE NITROGÊNIO PARA A CULTURA DO MILHOProdução: 150 sc.ha-1 190 kg

FORNECIMENTO DE NITROGÊNIO PELO SOLONitrogênio da matéria orgânica do solo (2% M.O.) 50 kg Resíduo da cultura anterior (soja) 38 kgTotal 88 kg

NECESSIDADE DE NITROGÊNIO NA ADUBAÇÃON = (190 - 88) ÷ 0,7 146 kg

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FIGURA 2 - Aplicação de nitrogênio em cobertura na entrelinha do milho – maior eficiência de utilização (fotos: GASPARIN, R. & SCHUSTER, I.).

FIGURA 3 - Falha de linha de adubo em semeadura – produtividade comprometida (fotos: GASPARIN, R. & SCHUSTER, I.).

Quanto ao potássio, se o solo apresentar suficiência do elemento a tal ponto que possa suprir o montante requisitado para a produção esperada, é possível não haver necessidade de aplicação em cobertura, principalmente na condição de segunda safra, em que a produtividade é inferior à da safra de verão. A taxa de extração do solo também será menor. No entanto, é fundamental que se faça uma boa e precisa leitura das análises de solo antes de se planejar o cultivo e que a aplicação seja efetuada corretamente (Figura 3).

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Normalmente, como fonte de potássio, tanto na semeadura quanto na cobertura, o que mais se utiliza é o cloreto de potássio (KCl). Como dito anteriormente, até 50 kg.ha-1 podem ser aplicados no sulco de semeadura e, para doses acima desse valor, é recomendada a aplicação a lanço. No caso de adubação de cobertura para a cultura do milho, o KCI pode ser aplicado isoladamente ou em associação com alguma fonte de fertilizante nitrogenado sem complicações.

As complicações se restringem apenas ao manejo das adubações nitrogenadas, no qual os desafios são maiores. Em casos extremos, é possível perder a efetividade do fertilizante nitrogenado em até 80%, caso a estratégia adotada não seja a mais adequada em relação às condições climáticas, aliada à opção da fonte do fertilizante escolhido.

Comumente, a fonte nitrogenada mais utilizada é a ureia [CO(NH2)2], pelo fato de ser a fonte de maior concentração de N (45%), tornando-se mais “econômica”.No entanto, as plantas absorvem o nitrogênio na forma de amônio (NH4

+) e/ou nitratos (NO3

-) e, por isso, da forma em que a ureia se encontra até a forma que as plantas absorvem o nutriente, é necessário que ela passe pelas etapas conhecidas como amonificação, que é a transformação em NH4

+, e nitrificação, chegando a NO3-.

No momento em que a ureia entra em contato com a umidade do meio, antevendo a etapa da amonificação, ocorre a dissociação do CO(NH2)2 para formar o NH4

+. Se a ureia não estiver enterrada ou então não encontrar um ambiente adequado que lhe permita descer no perfil do solo, o nitrogênio irá perder-se na atmosfera na forma de NH2, que é extremamente volátil. A esse fenômeno dá-se o nome de volatilização.

A justificativa da maior parte dos produtores rurais para utilizarem a fonte nitrogenada mais econômica é a de que irão aplicar quando as condições climáticas forem as mais adequadas, tentando evitar as perdas.

Em pequenas propriedades, por exemplo, nos estados de SP, SC, PR e RS, a justificativa tem procedência, pois existe maior número de implementos por unidade de área para que se realize tal aplicação com maior agilidade. Em grandes propriedades em MT, GO e BA, nem sempre o clima é favorável e o dimensionamento de máquinas e implementos não atende às necessidades da área. Existem várias divergências no que diz respeito à condição ideal para que a ureia aplicada a lanço desça no perfil do solo e seja realmente efetiva, conforme se vê nos dados da Tabela 1.

TABELA 1 - Levantamento bibliográfico sobre a influência da chuva na incorporação da ureia aplicada a lanço e as respectivas conclusões dos autores.

10 mm Insuficiente para redução efetiva Hayson et al., 1990

> 16 mm Necessário para redução Freney et al., 1991

23 mm Aparentemente não suficiente Calcino & Burgess, 1995

28 mm Pouca redução em milho em plantio direto Lara Cabezas et al., 1997

38 mm Ainda houve perda significativa de N Oliveira et al., 1997

100 mm Ainda houve perdas de N Prammanee et al., 1989

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Outras fontes de nitrogênio, tais como sulfato de amônio (NH4SO2) e nitrato de amônio (NH4NO3), não sofrem o processo de volatilização no contato com a umidade do ambiente. No entanto, a concentração de nitrogênio nessas fontes é inferior à presente na ureia, aumentando o custo. O sulfato de amônio e o nitrato de amônio possuem 22% e 32% de N, respectivamente.

Em geral, a resistência dos produtores rurais em utilizar outras formas de fertilizantes nitrogenados que não a ureia restringe-se basicamente ao custo. Tendo em vista outras formas de reduzir as perdas de N pela volatilização, encontram-se no mercado algumas fontes de ureia “revestidas”.

Tais revestimentos são uma forma de proteger o grânulo do fertilizante contra a diluição instantânea em más condições climáticas. O grânulo perdura por algumas horas ou mesmo dias, até a melhora das condições climáticas, para que a ureia possa percolar e sofrer reações ao longo do perfil do solo e não na superfície onde foi aplicada. Na Figura 4, é possível diferenciar a superfície de contato de um grânulo de ureia convencional da de um grânulo de ureia revestido ou protegido.

De acordo com as Figuras 4 A e B, que representam a ureia convencional, é possível notar que a superfície de contato é maior em comparação com a das Figuras 4 C e D, referentes à ureia revestida. Quanto maior a superfície de contato, mais rápida será a reação de dissociação e, em condições desfavoráveis, haverá menor tempo ao longo do perfil, com maior perda por volatilização. As fontes de ureia revestida ou protegida, quando bem recomendadas, podem ser uma alternativa de uso mais racional, principalmente em adubações de cobertura para a cultura do milho.

FIGURA 4 - Estrutura física e morfológica da ureia comum e protegida.

FONTE: Ni Xiaoyu et al. (2013)

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OndeNos cultivos de milho, quando havia predomínio de espaçamentos de 90 cm

entre linhas, era necessário depositar o adubo da cobertura o mais próximo possível das plantas. Atualmente, o predomínio de espaçamentos reduzidos permite que as adubações de cobertura possam ser feitas a lanço entre uma linha e outra.

Caso seja feita adubação de cobertura incorporada, o que é menos provável, mesmo em espaçamento reduzido, recomenda-se que o implemento seja levado o mais próximo possível da linha de cultivo, sem danificar as plantas.

QuandoAs adubações de cobertura podem ser feitas em uma ou duas aplicações. Dividir

as doses de fertilizantes em diferentes épocas (o que, do ponto de vista fisiológico, seria o mais adequado), desde que a entrada da última aplicação não exceda a sexta folha. Ou seja, devem-se realizar as adubações de cobertura, seja de nitrogênio ou de potássio, entre os estádios fenológicos V3 e V6.

Diante do tema discutido, restam algumas perguntas: será que não poderíamos estar produzindo mais? Principalmente, poderíamos explorar melhor os materiais mais exigentes?

CALCINO, D.V.; BURGESS, D.J.W. Effect of urea placement on crop cycle yields of green trash blanketed sugarcane ratoons. Proceedings of Australian Society of Sugar Cane Technologists, v. 17, p. 193-198, 1995.

COELHO, A.M.; FRANÇA, G.E. Seja o doutor do seu milho: nutrição e adubação. Informações Agronômicas, Piracicaba, n. 71, set. 1995. Arquivo do Agrônomo, Piracicaba, n. 2, p. 1-9, set. 1995. Encarte.

FRENEY, J.R.; DENMEAD, O.T.; SAFFIGNA, P.G.; WOOD, A.W.; CHAPMAN, L.S.; HURNEY, A.P. Ammonia loss from sugar cane fields as affected by fertilizer placement, irrigation and canopy development. Proceedings of Australian Society of Sugar Cane Technologists, v. 13, p. 38-43, 1991.

HAYSOM, M.B.; CHAPMAN, L.S.; VALLIS, I. Recovery of nitrogen from 15N urea applied to a green cane trash blanket at Mackay. Proceedings of Australian Society of Sugar Cane Technologists, v. 16, p. 79-84, 1990.

LARA CABEZAS, W.A.R.; KORNDÖRFER, G.H.; MOTTA, S.A. Volatilização de N-NH3 na cultura de milho: II. Avaliação de fontes sólidas e fluidas em sistema de plantio direto e convencional. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 21, p. 489-496, 1997.

Referências bibliográficas

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Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informaçõessobre o assunto, procure o TD mais próximo.

Documento desenvolvido pelo time de Desenvolvimento Tecnológico e destinado exclusivamente aos funcionários da Monsanto, não sendo permitida a reprodução total ou parcial e/ou qualquer outra forma de distribuição a terceiros do conteúdo deste material.

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Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações sobre o assunto,procure o TD mais próximo.

Autor:

Colaboradores: João Oliveira e Alexandre DessbesellEditoração: Wilson Breda Neto e Guilherme Barros

Guilherme Buck

NI XIAOYU, WU YUEJIN, WU ZHENGYAN, WU LIN, QIU GUANNAN, YU LIXIANG. A novel slow-release urea fertilizer: Physical and chemical analysis of its structure and study of its release mechanism. Key Laboratory of Ion Beam Bio-engineering, Institute of Technical Biology & Agriculture Engineering of Chinese Academy of Sciences, 350# Shushanhu Road, Hefei 230031, PR China.

OLIVEIRA, M.W.; GAVA, G.J.C.; VITTI, A.C.; BENDASSOLLI, J.A. & TRIVELIN, P.C.O. Volatilização de amônia proveniente da ureia (15N) aplicada em solo cultivado com cana-de-açúcar. In: ENCONTRO CIENTÍFICO DE PÓS-GRADUANDOS DO CENA – USP, 3. Piracicaba, 1997. Anais. Piracicaba, CENA, 1997. p. 28.

PRAMMANEE, P.; SAFFIGNA, P.G.; WOOD, A.W.; FRENEY, J.R. Loss of nitrogen from urea and ammonium sulphate applied to sugar cane crop residues. Proceedings of Australian Society of Sugar Cane Technologists, v. 11, p. 76-84, 1989.