monografia mácia pedagogia 2009

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM MÁCIA SANTOS CARVALHO LEITURA: COMPREENSÃO DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SENTIDO PELOS PROFESSORES DA ESCOLA JOSÉ BARRETO FILHO DO MUNICÍPIO DE CAMPO FORMOSO. SENHOR DO BONFIM ABRIL DE 2009

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Pedagogia 2009

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Page 1: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM

MÁCIA SANTOS CARVALHO

LEITURA: COMPREENSÃO DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SENTIDO PELOS PROFESSORES DA

ESCOLA JOSÉ BARRETO FILHO DO MUNICÍPIO DE CAMPO FORMOSO.

SENHOR DO BONFIMABRIL DE 2009

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MÁCIA SANTOS CARVALHO

LEITURA: COMPREENSÃO DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SENTIDO PELOS PROFESSORES DA

ESCOLA JOSÉ BARRETO FILHO DO MUNICÍPIO DE CAMPO FORMOSO.

Trabalho monográfico apresentado como pré-requisito para a conclusão do curso de licenciatura em Pedagogia, Habilitação nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental pelo Departamento de Educação do Campus VII. Senhor do Bonfim.

Orientadora: Rita de Cássia Braz Conceição Melo.

Senhor do BonfimAbril de 2009

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MÁCIA SANTOS CARVALHO

Leitura: Compreensão e vivência do processo de construção do sentido pelos professores da Escola José Barreto Filho.

APROVADA:_______________DE_________________DE 2009

Orientadora:Rita de Cássia Braz Conceição Melo.

_______________________ ________________________ BANCA EXAMINADORA BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________PROFª. RITA DE CÁSSIA BRAZ CONCEIÇÃO MELO

ORIENTADORA

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4

A Deus que iluminou minha mente escrever

cada linha deste trabalho. E aos meus

familiares que torceram pelo meu sucesso.

Page 5: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao colegiado de Pedagogia e aos professores que foram corpo

docente do Curso de Pedagogia.

A reitoria da Universidade do Estado da Bahia-UNEB, especialmente o

Campus VII.

A professora orientadora Rita de Cássia Braz Conceição Melo que foi

importante durante o período de desenvolvimento desta pesquisa.

Aos funcionários da biblioteca meu muito obrigado.

E aos demais funcionais deste departamento de educação.

Page 6: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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“A leitura amplia e integra os conhecimentos.

Quem lê, constrói sua própria ciência, quem

não lê, memoriza elementos de um todo que

não se atingiu”.

(RUIZ, J. A)

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LISTA DE FIGURA

Figura 4.1.1 – Percentual em relação à faixa etária.

Figura 4.1.2 – Percentual em relação ao sexo.

Figura 4.1.3 – Percentual em relação ao nível de escolaridade.

Figura 4.1.4 – Percentual em relação à instituição onde concluíram o ensino médio.

Figura 4.1.5 – Percentual em relação ao tempo de atuação no magistério

Figura 4.1.6 – Percentual em relação à renda familiar.

Figura 4.1.7 – Percentual em relação ao vínculo com o município.

Figura 4.1.8 - Percentual em relação à área de atuação.

Figura 4.1.9 – Percentual em relação onde se costuma buscar informações.

Figura 4.1.10 – Percentual em relação à quantidade de livros que lê durante o ano.

Figura 4.1.11 – Percentual em relação a tipos de livros que mais lê.

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RESUMO

Está pesquisa visou identificar e analisar as compreensões que os professores das séries iniciais, da Escola José Barreto Filho de Campo formoso – BA têm sobre a leitura. Este estudo teve como suporte teórico: Silva (2005); Cagliari (1989); Alarcão (2005); Kleiman (2002); Barbosa (1994); Solé (1998), dentre muitos outros, com o intuito de fundamentar epistemologicamente a pesquisa, contribuindo dessa forma para uma reflexão crítica realizada neste estudo. Os procedimentos metodológicos seguirão um enfoque qualitativo com os seguintes instrumentos de trabalho: um questionário fechado traçando o perfil dos sujeitos e um questionário semi-estruturado para identificar as compreensões dos sujeitos da investigação.A partir da análise dos questionários, foi possível identificar que 50% das professoras compreendem a leitura como: ampliação de conhecimento, como processo de compreender o texto e leitura simultaneamente com a prática.Como considerações finais são necessárias que se pesquise muito sobre a leitura para poder melhorar a prática pedagógica das professoras das séries iniciais que ainda não estão aptas sobre compreensão de leitura.

Palavra-Chave: Compreensão, Leitura, Prática docente.

Page 9: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................... 11

1. PROBLEMATIZAÇÃO – Leitura: Compreensões dos professores das

séries inicias do Ensino Fundamental............................................................ 12

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................... 16

2.1. Compreensão............................................................................................... 16

2.2. Leitura........................................................................................................... 18

2.3 Prática docente.............................................................................................. 22

3. METODOLOGIA.............................................................................................. 26

3.1. Tipo de Pesquisa.......................................................................................... 26

3.2. Instrumento de coleta de dados................................................................... 27

3.3. Local............................................................................................................ 27

3.4. Sujeito da pesquisa...................................................................................... 28

3.5. Etapas........................................................................................................... 29

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS................................... 30

4.1. Resultado do questionário fechado: O perfil dos sujeitos........................... 30

4.1.1 Faixa etária................................................................................................. 30

4.1.2 Sexo............................................................................................................ 31

4.1.3 Nível de escolaridade................................................................................. 31

4.1.4 Instituição onde concluiu o Ensino Médio.................................................. 32

4.1.5 Tempo de atuação no magistério............................................................... 32

4.1.6 Renda familiar............................................................................................ 33

4.1.7 Vínculo com o município............................................................................. 34

Page 10: Monografia Mácia Pedagogia 2009

10

4.1.8 Área de atuação......................................................................................... 34

4.1.9 Onde costuma buscar informações............................................................ 35

4.1.10 Quantidade de livros que lê durante o ano.............................................. 37

4.1.11 Tipos de livros que mais lê....................................................................... 37

4.2 Resultados dos questionários....................................................................... 37

4.2.1 Leitura como ampliação de conhecimento................................................. 38

4.2.2 Leitura como processo de compreender o texto........................................ 39

4.2.3 Leitura simultaneamente com a prática docente........................................ 40

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 42

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 44

APÊNDICES ...................................................................................................... 46

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INTRODUÇÃO

Identificar e analisar as concepções e compreensões que os professores da

escola José Barreto Filho do Município de Campo Formoso-BA, têm sobre a leitura.

Essa identificação é de grande relevância numa sociedade marcada por

avanços tecnológicos, que atribuem à escola, e primeiramente aos professores a

responsabilidade maior de formar cidadãos críticos, reflexivos e participativos na sua

cidadania.

Desta forma, com o objetivo de identificar as compreensões; apresentadas

inicialmente nessa pesquisa sobre a importância da compreensão de leitura iniciam-

se o presente trabalho.

No I Capítulo, abordamos sobre leitura, as indagações e questionamentos

desta problemática e os objetivos desta pesquisa.

No Capítulo II, apresentaremos os conceitos-chave, discutimos o amparo de

alguns teóricos.

No Capítulo III, apresenta-se a metodologia, amparados em autores para

concretização da pesquisa qualitativa.

No Capítulo IV, apresentamos a análise e interpretações dos resultados,

utilizamos os questionários fechados no intuito de traçar o perfil das professoras e o

semi-estruturado para identificar as compreensões que as mesmas têm sobre

leitura.

Nas considerações finas centramos nossa preocupação na compreensão de

leitura e esperamos que o estudo sirva de orientação e estímulo a todos que a ela

tiverem acesso e que sirva de subsídios para futuras pesquisas.

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CAPÍTULO I

LEITURA: COMPREENSÕES DOS PROFESSORES DAS SÉRIES INICIAIS DE ENSINO FUNDAMENTAL

O mundo apresenta um ritmo de inovação, informação e aperfeiçoamento.

Sendo assim, no decorrer dos últimos anos em que proliferam os recursos

audiovisuais, ainda é, através da leitura que se realiza o processo de transmissão e

aquisição da cultura, adquirimos conhecimentos que nos permitem interagirmos na

sociedade. Como afirma Silva (2005):

As experiências conseguidas através da leitura, além de facilitarem o posicionamento do ser do homem, numa condição especial (o usufruir dos bens culturais escritos, por exemplo), são ainda, as grandes fontes de energia que impulsionam a descoberta, elaboração e difusão do conhecimento. (p.38)

Daí a importância que se atribui ao ato de ler, enquanto lemos vivemos uma

experiência transformadora, buscamos a liberação, adquirimos consciência dos atos

e do potencial na construção e reconstrução de uma sociedade mais justa. Pois é

através do ato de ler que adquirimos conhecimentos para posicionarmos de maneira

crítica diante dos fatos sociais, que segundo Silva (2005) uma leitura crítica é

condição para educação libertadora, para uma verdadeira ação cultura.

A leitura se faz presente em todos os níveis educacionais e da sociedade

letrada. A mesma começa no lar, aperfeiçoa-se na escola, após continua a se

encontrar nos livros-texto, ao longo da trajetória acadêmica e continua pela vida

afora, ou seja, a prática de leitura se faz presente em nossas vidas desde o

momento em que começamos a compreender o mundo a nossa volta.

Nos tempos antigos, antes da invenção da imprensa, reservava-se a

pouquíssimos o privilégio da leitura, ela só era acessível a uma elite culta que

segundo Silva (2005) dada às condições do desenvolvimento histórico e cultural do

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Brasil, a leitura enquanto lazer e atualização sempre foram de uma minoria de

indivíduos que tiveram acesso à educação. Enquanto a grande maioria da

população não teve condição de estudar, utilizaram os meios de comunicação para

se informarem.

Só nestes últimos anos, com o desenvolvimento tecnológico e econômico

exigindo continuamente a colaboração intelectual da maioria das pessoas,

preocupou-se em tornar o direito de ler para todos.

Dessa forma, a leitura se faz imprescindível, pois o indivíduo letrado tem a

possibilidade de captar elementos determinados pelo poder massificador e

autoritário, tornando-se um leitor crítico. Como afirma Bamberger (2004) a leitura

desprovida de crítica pode levar a aceitação mecânica de argumentos e situações.

Todos precisam estar seriamente convencidos da importância da leitura para

a vida individual, social, cultural, pois se a pessoa não compreende o material

impresso, não tem possibilidade de usufruir dos bens culturais que compõe o

patrimônio. Por todas essas razões, a leitura é uma forma exemplar de

aprendizagem.

Hoje, ninguém diz acreditar que a leitura é tida apenas como decodificação e

processamento de palavras, porém em dizer como uma interação em que o leitor e o

autor constroem um texto.

Como afirma Bamberger (2004):

A habilidade de ler perfeitamente não consiste na capacitação bem treinada de “combinar sons em palavras e palavras em unidades de pensamento” (como se acreditava anteriormente), mas no” reconhecimento imediato de grupos armazenado de palavras (p.23).

Para Kleiman (2004) leitura é um ato individual de construção de significado

em um contexto onde há interação entre o autor e o leitor, ou seja diferente para

cada leitor, pois dependerão dos conhecimentos, interesses e objetivos do

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momento. Pois ela é uma atividade individual, já mais duas pessoas fazem a mesma

leitura de um texto.

Cotidianamente, identificam-se situações em que se requer o uso de leitura.

Desde da escolha de um ônibus até a leitura de bula de remédio. Desta forma, um

dos múltiplos desafios a ser enfrentado pela escola é o de fazer com que os alunos

aprendam a ler. O aluno que saber agir com autonomia dentro da sociedade letrada.

Segundo Cagliari (1989) é muito mais importante saber ler do escrever. O

melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar voltado para a leitura.

Porque, de acordo com o autor se aluno não sair muito bem em determinada

atividade, porém, for bom leitor, pode-se afirmar que a escola cumpriu grande parte

de sua função.

A leitura está presente em muitos momentos da vida, não se restringindo

apenas ao âmbito escola, a maioria do que se aprende na vida deve ser conseguido

através da leitura fora da escola. O ato de ler se manifesta através dos

conhecimentos de outros mundo, realizando nossas descobertas e aumentando

experiências de mundo.

Segundo Solé (1998). Um dos múltiplos desafios a ser enfrentado pela

escola é o de fazer com que seus alunos aprendam a ler, pois a aquisição da leitura

é muito importante para que o aluno possa agir com autonomia nas sociedades

letradas e a leitura provoca uma desvantagem nas pessoas que não realiza essa

aprendizagem.

É comum afirmarmos que as crianças não gostam de ler e não

compreendem o que ler. Culpamos os interesses e hábitos diferentes das crianças,

mais poucas vezes questionamos o papel do modo de aprendizagem a qual

aderimos em quanto contribuidor.

Solé (1998) considera que o problema do ensino de leitura na escola não se

situa no nível do método, mais na própria conceitualização do que é leitura.

Page 15: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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Os desafios encontrados na área de ensino de leitura no Brasil são

inúmeras, basta ver os resultados da Provinha Brasil, que foi realizada nas séries

iniciais do Ensino Fundamental. Essa é uma realidade que nos obriga a refletir a

respeito da formação de conceitos de leitura adquiridos por sujeitos responsáveis

pelo ensino aprendizagem de leitura em sala de aula. Talvez, o grande desafio seja

as compreensões de leitura do professores e futuros professores.

O âmbito de tais discussões e a preocupação com a leitura em geral tem

trazido inquietações e mobilizações, nos motivando a pesquisar sobre a mesma, à

medida que estudamos e refletimos sobre a leitura, projetou nova luz sobre o seu

significado, não só em relação às necessidades da sociedade, mas também às do

indivíduo. Ler significa igualmente o de desenvolver a potencialidade intelectual, o

de aprender e progredir.

Baseado nessa realidade e buscando o enriquecimento de nossas

experiências profissionais, pretendemos através desta pesquisa refletir alguns

aspectos sobre a conceitualização da leitura pelos professores do município de

Campo Formoso, trazendo a seguinte questão: Quais são as compreensões que os

professores da Escola José Barreto Filho do Ensino Fundamental I têm sobre a

leitura?

A presente pesquisa tem como objetivos: Identificar e analisar as

compreensões que os professores de educação das séries iniciais do Ensino

Fundamental têm sobre leitura.

Acreditamos que os resultados do presente trabalho poderão contribuir para a

Escola José Barreto Filho, pois a partir dos objetivos deste trabalho conduziremos

para essa instituição uma discussão que possibilite aos professores que atuam nas

Séries Iniciais do ensino fundamental a refletirem sobre sua pratica pedagógica e

fornecer fundamentos teóricos para melhor compreenderem e, se necessário,

alterarem suas práticas de ensino de leitura para melhoria da educação pública do

município.

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CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Diante do nosso problema que objetiva identificar e analisar as

compreensões que os professores de educação das séries iniciais do ensino

fundamental têm sobre a leitura. Trabalharemos com os seguintes conceitos –

chave: Compreensão, leitura, prática docente.

Nesse sentido refletiremos inicialmente a palavra chave compreensão.

2.1. Compreensão

A sociedade vem sofrendo transformações em sua estrutura social,

econômica e política, passando assim a exigir da escola a formação de um novo

aluno capaz de atuar na sociedade de maneira a transformá-la. Exigindo um

professor que tenha capacidade, que leia para adquirir conhecimento e que seja

reflexivo capaz de compreender a complexidade da situação de hoje, para atuar na

realidade presente, para poder melhorar, ou seja, o professor precisa compreender o

conhecimento que ele tem sobre a leitura.

Segundo Alarcão (2005):

Para que os cidadãos possam assumir este papel de actores críticos, situado, têm de desenvolver a grande competência da compreensão que assenta na capacidade de escutar, de observar e de pensar, mas também na capacidade de utilizar as várias linguagens que permitem o ser humano estabelecer com os outros e com o mundo mecanismos de interação e de intercompreensão. (p.23).

Nesse sentido sobre compreensão consultamos o dicionário Aurélio (1999) e

encontramos a seguinte definição: ato ou efeito de compreender, faculdade de

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perceber, percepção: conjunto das características gerais que formam um conceito e

que são os atributos dos objetivos designados por um termo.

Sendo assim, faz-se necessário que o professor compreenda que a leitura

deve está dirigida por objetivos e que o leitor conheça o que vai ler para poder

compreender. Para que aconteça o educador precisa buscar conhecer bem como

trabalhar com leitura, aperfeiçoar continuamente com responsabilidade, ser criativo e

crítico e tenha a sensibilidade para compreender aqueles com que atua. Assim o

professor precisa ter uma compreensão mesmo que elementar do desenvolvimento

da criança e da aprendizagem, que possibilitem conduzir à aprendizagem dos

educandos a realidade, compreendendo o seu modo de ser e ver o mundo.

Para Burker (2003):

O professor que precisamos e o professor que conhece bem sua matéria, que tem uma boa compreensão das inúmeras interdependências, e que, principalmente conhece profundamente como as pessoas constroem seus conhecimentos (...) e como na prática, estimular e orientar esses processos. (p.96).

Podemos dizer que quando a leitura envolve compreensão ler torna-se um

instrumento útil para aprender significativamente, pois precisamos ter objetivos,

idéias, experiências prévias para poder compreender o que está lendo e assim à

leitura torna-se útil, ou seja, a construção de significado do texto acontece mediante

a interação entre o autor e o leitor, o seu conhecimento e o leitor completa o texto

com os seus conhecimentos.

Segundo Silva (2005):

O “compreender” deve ser visto de forma de ser, emergindo através das atitudes do leitor diante do texto, assim como através do seu conteúdo, ou seja, o texto como uma percepção ou panorama dentro do quais os significados são atribuídos. (p.44)

Nesse sentido, não basta simplesmente decodificar as representações

indicadas por sinais e signos é necessário que o leitor que compreende o que lê

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porta-se diante do texto transformando-o e ao mesmo tempo transformando-se, ou

seja, quando um leitor compreende o que lê, está aprendendo, à medida que sua

leitura o informa permite que o leitor se aproxime do mundo de significados de um

determinado autor e oferece opiniões sobre determinados aspectos.

Para Freire (1992) a compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura

crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ou seja, se

entende que a partir dos diversos conhecimentos que o leitor possui ele tem

compreensão do texto lido, pois ler é acima de tudo compreender. Para que isso

aconteça é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura, ele precisa

manter um posicionamento crítico sobre o que lê. Quando atende a essa

necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda a sua

vivência pessoal, com suas emoções, expectativas e seus preceitos.

Segundo Kleiman (2002) a noção de compreensão de texto é um ato que

não é apenas [...] cognitivo com seus processos múltiplos, mas também é um ato

social entre o leitor e o autor que interagem entre si. Ou seja, o leitor transmite aos

textos lidos as cargas de suas experiências humanas e intelectuais. Compreender

não é uma questão de tudo ou nada, mas está associado ao conhecimento de que o

leitor dispõe sobre o texto e os seus objetivos.

Se ensinarmos a ler compreensivamente e aprender a partir da leitura

estamos fazendo com que aprendam a aprenderem, isto é, com que possamos

aprender de forma autonomia em uma multiplicidade de situações.

Discutiremos agora o segundo conceito-chave leitura.

2.2. Leitura

É de fundamental importância frisar que a leitura é muitíssima importante,

pois a mesma amplia e integra o conhecimento, abrindo cada vez mais os

horizontes, enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação. Podemos

dizer que a leitura é a atividade principal, desenvolvida pela escola para formação

Page 19: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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dos educandos. A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. Pois a maior

parte do que se aprende na vida é conseguido através da leitura fora da escola.

Segundo Cagliari (1989) a leitura é a extensão da vida na escola das

pessoas. A maioria do que se aprende na vida terá de ser conseguido através da

leitura fora da escola, de acordo com o autor a leitura é uma herança maior do que

qualquer diploma.

Quando pensamos em ler e escrever, imediatamente nos vêm à mente as

práticas escolares ou as práticas profissionais formais de emprego de leitura e

escrita. Mas podemos pensar é que fora da escola também se lê e se escrevem de

modos diversos, muito singulares para as mais diferentes necessidades e nos mais

diversificados grupos sociais. O processo de ler extrapola os muros escolares e

passam a ser praticados muito além, passam a fazer parte da vida cotidiana.

Por essa razão não poderíamos de deixar de resgatar o que Freire nos traz:

Segundo Freire (1998) a leitura do mundo precede a leitura da palavra. A tarefa

principalmente dos educadores não é fácil, as crianças chegam à escola com a

leitura do seu mundo particular e a tarefa do professor é construir aos pouco a

passagem desse mundo particular para o mundo geral, ou seja, passa da leitura

simples para a leitura simples para a leitura crítica do mundo.

Segundo Cagliari (1989) “Ler é uma atividade complexa e que envolve

muitos problemas não só semânticos, culturais, ideológicos filosóficos, mas até

fonético” (p.149). Portanto o ato de ler em sentido amplo corresponde ao processo

de apreensão da realidade que cerca o individuo e essa realidade apresenta para

cada um de nós através de várias linguagens.

Ler é saber compreender e interpretar, e essa interpretação não são a única,

depende de cada pessoa de seu contexto de vida, sociedade, trabalho, família,

época. Ler implica não só aprender o significado, mas trazer para o texto lido

experiência e visão de mundo do leitor. Para Silva (2005) o ato de ler é uma

necessidade concreta para a aquisição de significados e experiências nas

sociedades onde a escrita se faz presente.

Page 20: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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É por isso que a leitura é considerada um processo interativo, no sentido de

que os diversos conhecimentos do leitor interagem em todo momento em para

chegar à compreensão.

Para Cagliari (1989):

A leitura é, pois, uma decifração e uma decodificação. O leitor deverá em primeiro lugar decifrar à escrita depois entender a linguagem encontrada, em seguida decodificar todas as implicações que o texto tem e, finalmente refletir sobre isso e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que leu.(p.150).

Para Lanza (1998) a leitura é uma realização intermediada pelo texto em seu

processo de expressão e formação do conhecimento. Dessa forma o leitor pode ser

descrito de três maneiras: Como ser plural, tendo a capacidade de se envolver em

um mundo informatizado, psicológico ser literário para utilização e desenvolvimento

de suas competências e habilidades cognitivas, ou seja, sendo capaz de ler,

escrever, produzir e interpretar o universo a sua volta; e ser social, quando ele

consegue inseri-se diante dos fatos históricos sociais de leitura com a possibilidade

de compreender o ato de ler.

A leitura não pode ser confundida com decodificação de sinais, com

reprodução mecânica de informações ou respostas convergentes a estímulos

escritos pré-elaborados. Segundo Cagliari (1989) “a leitura é uma atividade de

assimilação de conhecimentos, de interiorização de reflexão”(p.150).

A leitura deve ser colocada com objetivo, pois o leitor constrói o significado

do texto, exprime opiniões próprias sobre o que leu.

Para Silva (2005):

A leitura crítica sempre leva a produção de construção de um outro texto: O texto do próprio leitor. Em outras palavras a leitura crítica sempre gera expressão. O desvelamento do ser do leitor. Assim, esse tipo de leitura é muito mais do que um simples processo de apropriação de significado; a leitura crítica deve ser caracterizada como um PROJETO, pois se concretiza numa proposta pensada pelo ser-no-mundo, dirigido ao outro (p.81).

Page 21: Monografia Mácia Pedagogia 2009

21

Segundo Kleiman (2004) a leitura é um ato individual de construção de

significados num contexto que se configura mediante a interação entre autor e leitor,

e que, portanto, serão diferentes para cada leitor, dependendo de seus

conhecimentos, interesses e objetivos do momento. O leitor coloca em jogo todo seu

conhecimento, quando lê, além disso, completa o texto com seus conhecimentos,

por isso, um mesmo leitor pode atribuir diferentes significados a um mesmo texto se

este for lido em diferentes momentos da vida.

Para Solé (1998) a leitura: “é um processo mediante o qual se compreende a

linguagem escrita (...). Para ler necessitamos simultaneamente manejar com

destreza as habilidades de decodificar e aportar ao texto nossos objetivos, idéias e

experiências prévias (...)”. (Solé, 1998, p.23).

Segundo Solé, para uma pessoa se envolver em qualquer atividade de

leitura, é necessário que ela se sinta que é capaz de ler e compreender o texto tanto

de forma autônoma, como pode apoiar-se em leitores mais experientes.

Ainda conforme: (Solé, 1998) a leitura é um processo de emissão e

verificação de previsões que levam à compreensão do texto. Que enquanto lê, as

previsões feitas pelo leitor devem ser compatíveis com o texto ou substituídos por

outros. Pois quando as previsões são encontradas, a informação do texto integra-se

aos conhecimentos do leitor e a compreensão do texto lido vem acontecer.

Segundo Kleiman (2000) Compreensão é o esforço para criar o sentido do

texto, tem sido várias vezes descrito como um esforço inconsciente na busca de

coerência do texto. A compreensão do texto é um ato difícil e está ligado

principalmente a inúmeros processos cognitivos que fazem com que o leitor interaja

com o texto, dando sentido ao mesmo.

Esses processos contribuem na formação do leitor enriquecendo os

aspectos criativos na hora da leitura.

Segundo Luckesi (2003) a leitura para atender o seu pleno sentido deve,

refere-se à realidade. Caso contrário ela, ela será um processo, mecânico de

decodificação de símbolos.

Page 22: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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A leitura tem uma importância fundamental na vida das pessoas. A

necessidade de muita leitura está posto entre todos. Pois, segundo Kleiman (2004)

O bom leitor é aquele que lê muito e que gosta de ler. De acordo com a autora o

caminho para chegar a ser um bom leitor consiste em lê muito. Pois quem lê muito

obtém conhecimento, informação em relação a qualquer contexto e área de

conhecimento.

Para Vygotsk (1996) a leitura é um ato de reconstrução dos processos de

produção. Para ele a leitura nunca é mera decodificação dos signos está presente a

leitura que vem empregada de sentido e predomina sobre o significado da palavra.

Freire (1998) também se refere a uma compreensão crítica do ato de ler (...)

que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita

mas que antecipa do mundo e se alonga na inteligência.

Para que o leitor compreenda o texto a leitura não deve ser restringir apenas

a um ato de reprodução de palavras frases, nenhuma atitude passiva perante o

texto. O leitor deve utilizar na leitura os conhecimentos adquiridos ao longo de sua

vida para obter compreensão.

Discutiremos agora sobre a Prática Docente

2.3. Prática docente

O professor não pode e não deve confiar em uma metodologia especial,

milagrosa, mas na sua experiência fundamentada por sua competência pedagógica.

Pois o educador observando seus alunos, refletindo sobre sua prática e

aprofundando seus conhecimentos sobre leitura e aprendizagem, pode compreender

e atender as necessidades, as dificuldades e os interesses de cada criança num

dado momento.

Segundo Barbosa (1994):

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O professor deixa de ser o mero transmissor de conteúdo e técnicas e assume o papel de orientador, de facilitador da aprendizagem. Para isto, ele necessita, de um lado, aprofundar-se no conteúdo referente às questões de leitura e, de outro, ter um bom conhecimento das crianças que lhe são confiadas, uma atitude positiva e atenta frente aos alunos, uma possibilidade pelos interesses e possibilidades de cada um. (p.137).

Isso implica que além de desempenhar um papel de educador. Entendo que

ser educador significa orientar os educandos em todos os momentos e em situações

que podem surgir dentro e fora da escola.

Segundo Cagliari (1999):

Ser mediador não pode ser entendido apenas como um aplicador de pacotes educacionais ou um mero constatador do que o aluno faz ou deixa de fazer. Ser Mediador deve significar, antes de qualquer coisa, estar entre o conhecimento e o aprendiz e estabelecer um canal de comunicação entre estes dois pontos. (p.225).

Sabemos que a orientação dada pelo professor tende a influenciar no

desenvolvimento do educador, por isso é fundamental que o profissional aja com

discernimento, boa vontade e respeito pelo que faz, afinal são seres em formação

que estão procurando ajustar-se aos novos conceitos principalmente os da língua.

Ou seja, a prática docente dos professores não se resume a um simples trabalho

com os conteúdos. Sua prática deve ir além, pois, é através da mesma que o

professor adquiri conhecimentos e refleti sobre sua experiência em sala de aula.

Segundo Ghendin (2002):

A experiência docente é espaço gerador e produtor de conhecimentos, mas isso não é possível sem uma sistematização que passa por uma postura crítica do educador sobre suas próprias experiências. Refletir sobre os conteúdos trabalhados, as maneiras como se trabalha a postura frente aos educandos, frente ao sistema social, político, econômico, cultural é fundamental para se chegar à produção de um saber fundado na experiência (p.65).

Page 24: Monografia Mácia Pedagogia 2009

24

Partindo de uma perspectiva dinâmica a prática docente deve ser entendida

como ação reflexiva, pois, a reflexão sobre a prática, ajuda o, profissional a progredir

no seu desenvolvimento e a construir a sua forma pessoal de conhecer. Trata-se de

olhar retrospectivamente para a ação e refletir sobre o momento, o que aconteceu,

que significados podem atribuir ao que aconteceu. Segundo Libânio, (2004): “o

professor deve compreender seu próprio pensamento e a refletir de modo critico

sobre sua formação e prática docente.

Então ensinar constitui uma forma de reflexão na ação, ou seja, refletir os

acontecimentos e sobre as formas espontâneas de pensar e de agir de alguém

surgida no contexto da ação. No entanto vale ressaltar, de acordo com Freire (1996).

“Que ensinar exige reflexão crítica sobre a prática. (...) A prática docente crítica

implica, implicamente do pensar certo, envolver o movimento dinâmico dialético,

entre o fazer e o pensar sobre o fazer.” (p.43).

Por tudo isso, que destacamos a necessidade da reflexão do professor sobre

sua prática para apropriação de um ensino significativo e prazeroso.

É importante que o professor assuma uma proposta que possa partir do

pressuposto de que a leitura é formada e produto de interação entre leitor e autor,

desenvolvendo uma prática em que a leitura seja vivenciada dinamicamente.

Sendo importante entender que um leitor só se forma através de uma prática

constante de leitura, organizada em torno da diversidade de gêneros textuais.

Entendemos o leitor não como um mero decodificador, mas como alguém que

compreenda as idéias veiculadas por um autor, posiciona-se diante dela com

criticidade.

Segundo Silva (2005): “O leitor crítico movido por sua intencionalidade,

desvela o significado pretendido pelo autor (emissor), mas não permanece nesse

nível ele reage, questiona, problematiza, aprecia com criatividade”. (p.80).

Considerando que a prática docente deve viabilizar diferentes situações de

leitura e ter por objetivo que os alunos construam significados, reflitam sobre o

Page 25: Monografia Mácia Pedagogia 2009

25

sentido do texto com base em suas experiências, que sejam capazes de

transformarem os sentidos do texto, gerando outro texto, adquirindo novos

conhecimentos.

Podemos perceber que o professor precisa ir ao encontro do aluno e do

conhecimento que é significativo para sua realidade, desenvolvendo-lhes

habilidades competências que ajudem na prática do saber fazer.

Page 26: Monografia Mácia Pedagogia 2009

26

CAPÍTULO III

3. METODOLOGIA

3.1. Tipo de Pesquisa

A presente pesquisa desenvolveu-se por meio da pesquisa qualitativa,

através de instrumentos que possibilitaram ao pesquisador uma compreensão sobre

o objetivo pesquisado: Identificar e analisar as compreensões que os professores de

educação das séries iniciais do Ensino Fundamental I têm sobre a leitura.

Segundo Lakatos (1991) define a “pesquisa como um procedimento formal,

com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se

constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades

parciais.” (p.155).

Apontamos que a pesquisa desenvolvida será de cunho qualitativa, que

deve-se levar em conta os fatos reais, fundamentados em questões metodológicas

com a finalidade de observar, analisar e constatar a fidelidade, verdades e idéias se

interagem em função das significações e modos peculiares de cada ator social

encara o mundo e toda uma gama de situações e eventos inerentes a existência

concreta das sociedades.

Segundo Godoy (1995): “Na pesquisa qualitativa, é freqüente que o

pesquisador procure entender os fenômenos segundo a perspectiva dos

participantes da situação estudada e, a partir, daí situar sua interação dos

fenômenos estudados” (p.62).

Assim Ludke e André (1986) postulam que a pesquisa qualitativa “tem o

ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal

instrumento”.(p.11).

Page 27: Monografia Mácia Pedagogia 2009

27

3.2. Instrumentos de coleta de dados.

Para a realização da pesquisa foram utilizados instrumentos de abordagem

qualitativa visando atingir os objetivos propostos. Utilizou-se como instrumento de

coleta de dados o questionário que é composto por uma série de questões pré-

elaborada sistematicamente e seqüencialmente disposta em itens que constitui o

tema da pesquisa com o objetivo de suscitar dos informantes respostas por escrito

ou verbalmente sobre o assunto que (...) saibam opinar informar. Chizzotti: (2005).

Trata-se de dois questionários utilizou-se em primeira instância um

questionário fechado contendo perguntas fechada, sendo que o pesquisador deve

escolher entre as respostas previamente elaboradas com questões de multiplicas

escolha, buscando traçar o perfil de cada sujeito entrevistado. Andrade (1999) diz

que “perguntas fechadas são aquelas que indicam três ou quatro opções de

respostas ou se limitam à respostas afirmativas ou negativas e já trazem espaços

destinados à marcação da escolha” (p. 131). E também um questionário semi-

estruturado composto de questões de relevância para o estudo proposto, buscando

a coleta dos dados gerais do sujeito e sobre suas compreensões a cerca do

problema estudo. Minayo (2004) considera que o questionário semi-estruturado

“combina perguntas fechadas (ou estruturadas) e abertas, onde o entrevistado tem a

possibilidade de discorrer o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas

pelo pesquisador” (p, 108). Optou-se pelo seu uso porque se não houver uma ordem

das questões as pessoas pesquisadas poderão discorrer sobre o tema com base

nas informações que possui.

3.3. Local da pesquisa

Esta pesquisa ocorreu na Escola Municipal José Barreto Filho, que fica

localizada na Rua Manoel Joaquim de Oliveira, no município de Campo Formoso-

Ba, cidade que esta localizada no sertão semi-árido baiano, a cerca de 400Km de

Salvador Capital da Bahia. Seu clima semi-árido. Tendo suas atividades economias

baseadas na agricultura, atividade de artesanais, pecuária, entre outras. Dispõe de

uma ampla rede escolar que atende todos os níveis de ensino desde a Educação

Infantil ao Ensino Superior.

Page 28: Monografia Mácia Pedagogia 2009

28

A referida escola, pertence à rede pública de ensino, o órgão mantenedor é

a prefeitura do município, atendendo um total de 725 alunos, possui uma extensão

que esta localizada na Rua Cleriston Andrade, do mesmo município.

Constatamos que a sede da escola possui (07) salas, uma (01) secretaria,

três (03) banheiros, uma (01) cozinha, um (01) deposito, um (01) pátio para

recreação das crianças.

O corpo administrativo de funcionários é composto por uma (01) diretora,

uma (01) vice-diretora, três (03) secretárias, nove (09) professores de Educação

Infantil e cinco (05) professoras do Ensino Fundamental I.

A extensão da escola possui dez (10) salas, três (03) banheiros, uma (01

cozinha, uma (01) secretária, um (01) depósito e uma área onde as crianças

brincam.

O corpo administrativo e de funcionário são composto por uma (01) vice-

diretora, duas (02) secretária, quatro (04) professoras de Educação Infantil, quatorze

(14) professoras do ensino fundamental e duas (02) professoras do ensino

fundamental e duas (02) professoras de EJA I Educação de Jovens e Adultos.

3.4. Sujeitos da Pesquisa

São sujeitos deste estudo os professores que atuam na referida escola, nas

series iniciais do ensino fundamental I, pois de acordo com os objetivos desta

pesquisa, somente através dos professores que atuam nesta modalidade de ensino

e que poderíamos obter as informações para o desenvolvimento do nosso objeto de

estudo.

Embora a escola tenha trinta e dois (32) professoras, foram pesquisadas

apenas 16 professoras que atuam nas series inicial do ensino fundamental e as

demais professoras atuam na Educação Infantil e na EJA I Educação de Jovens e

Adultos

Page 29: Monografia Mácia Pedagogia 2009

29

3.5. Etapas

O desenvolvimento da pesquisa seguiu algumas etapas. De início, fizemos

contato com a vice-diretora para deixá-la ciente da pesquisa e coletar dados sobre a

escola e a quantidade de professoras.

De posse desses dados mantivemos contato com os 16 professores,

entregando os mesmos os questionários, estipulamos um prazo de sete dias para

devolução dos mesmos. Apenas dez (10) dos professores pesquisados devolveram

os questionários.

Page 30: Monografia Mácia Pedagogia 2009

30

CAPÍTULO IV

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Buscando analisar os dados coletados e interpretar com percepção do

contexto das teorias abordadas quanto ao tema em questão. Julgamos essencial

ordenar cada momento. No primeiro momento traçaremos o perfil das professoras

pesquisadas segundo as variantes de faixa etária, sexo, nível de escolaridade, etc.

no segundo memento analisaremos a discussão dos sujeitos, confortando-os com a

discussão conceitual presente no capítulo II, em busca dos resultados pré vistos nos

objetivos da pesquisa.

Apresentaremos agora o perfil dos sujeitos pesquisados, através do

questionário fechado.

4.1. Resultado do Questionário Fechado: O Perfil dos Sujeitos.

Apresentação do perfil dos sujeitos através das informações coletadas com

o questionário fechado.

4.1.1. Faixa etária

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Page 31: Monografia Mácia Pedagogia 2009

31

No que se refere a faixa etária e o grau de escolaridade das professoras

conforme o gráfico, verificamos que a maioria dos pesquisados 50% (05) estão na

faixa etária acima dos 36 anos. 20% (02) têm entre 27 a 31 anos e 30% (03) tem 32

a 35 anos. Chamou a atenção, a grande incidência de professoras com idade acima

de 36 anos. Evidenciamos que os professores das serieis iniciais possuem um

relativo grau de amadurecimento no que se refere a idade.

4.1.2. Sexo

Dentre os participantes da pesquisa, em sua totalidade são do sexo

feminino. Evidenciando que até os diais de hoje é muito forte a presença da mulher

na educação. Perdura a idéia de que lidar com criança é serviço de mulher.

Reforçando a idéia a cerca da profissionalização da mulher como professora.

4.1.3. Nível de Escolaridade

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

100

Page 32: Monografia Mácia Pedagogia 2009

32

Quanto ao grau de instrução das professoras, constatou-se que das 10

professoras, 70% (07) estão cursando o ensino superior, 10% (01) tem o ensino

superior completo, 10% (01) tem pós-graduação e apenas 10% (01) possui o ensino

médio completo. Percebemos então a busca dos professores para uma graduação,

o que passa a surgir um preparo especial dessas professoras para lidar com as

séries iniciais. Evidenciamos a presença maciça da Universidade do Estado da

Bahia – UNEB, pois 70% dos professores estão cursando o curso de Pedagogia na

Rede UNEB 2000 (Programa Especial em Convênio com Prefeituras Municipais), em

nosso município, que vem contribuindo diretamente com a formação dos professores

contribuindo também para melhoria da qualidade da educação.

4.1.4. Instituição onde concluiu o Ensino Médio

Quanto à instituição que concluíram o ensino médio, percebemos que 80%

(08) concluíram o ensino médio em instituições públicas e 20% (02) fizeram

formação em instituições privadas.

As professoras concluíram em escolas públicas porque não tinham

condições financeiras.

4.1.5. Tempo de Atuação no Magistério

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Page 33: Monografia Mácia Pedagogia 2009

33

Observando o gráfico percebemos que há uma experiência considerável na

prática docente, visto que 80% (08) das professoras já atuam a mais de cinco anos,

20% (02) atuam há três anos. Possibilitando aos docentes um maior conhecimento

sobre sua profissão e melhoria na prática de sala de aula.

Nesse sentido reportamos a Ghendin (2002), ao afirmar que a experiência

docente é espaço gerador e produtor de conhecimentos, mais isso não é possível

sem sistematização que possa por uma postura crítica do educador sobre as suas

próprias experiências. Os professores precisam refletir sobre suas práticas em sala

de aula.

4.1.6. Renda Familiar

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Page 34: Monografia Mácia Pedagogia 2009

34

Com relação ao salário 90% (09) dos professores declaram que sua

remuneração é de apenas um a dois salários mínimos e 10% (01) declara que sua

remuneração é de 2 a 4 salários mínimos. Observa-se que a maioria das

professoras têm renda familiar situada na faixa de um a dois salários mínimos,

trabalhando apenas 20 horas semanais. Apontando-nos que a remuneração ainda é

muito baixa, confirmando-se a tendência brasileira da má insatisfatória remuneração

do professor. Levando-nos a refletir sobre o FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento

da Educação Básica no Brasil, que foi criado com intuito de valorizar o profissional

da educação básica.

4.1.7. Vínculo com o Município

Observamos que todas as professoras são concursadas, ou seja, todos são

efetivos. Percebemos que o município vem realizando concursos para estabilidade

funcional de seus profissionais.

Porque a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) tem feitos

exigências e o município tem que se adequar, pois é preciso que a classe de

professores sejam todos concursados.

4.1.8. Área de Atuação

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Page 35: Monografia Mácia Pedagogia 2009

35

Em relação à área de atuação do município 90% (09) dos professores atuam

apenas em uma escola e 10% (01) atua em mais de uma escola. Percebemos que

as professoras dispõem de tempo para planejar suas aulas e buscar informações

para melhorar a sua prática docente.

A realidade da escola pesquisada é diferente da apresentação social, pois a

idéia que passa é que os professores trabalhem em mais de uma escola para

aumentar sua renda.

4.1.9 Onde costuma buscar informações

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Page 36: Monografia Mácia Pedagogia 2009

36

A observação do gráfico nos leva a perceber que 90% (09) dos sujeitos

pesquisados buscam informação através da internet e 10% (01) em jornais. Os

sujeitos pesquisados demonstram formas pelas quais buscam apropria-se das

informações.

A sociedade tecnológica e globalizada do mundo pós-moderno necessita de

professores capazes de buscar informações e está consciente da realidade em que

vivem. As professoras precisam ser desafiadas a buscar informações sobre o seu

trabalho pedagógico.

4.1.10. Quantidade de livros que lê durante o ano.

Verifica-se no gráfico que 60% (06) dos professores lêem entre 3 e 5 (três e

cinco) livros durante o ano e 40% (04) lê entre seis e oito livros. Evidenciamos que

os professores lêem muito pouco durante o ano.

Nesse sentido reportamos a Kleiman (2004) quando diz: (...) Hoje, que o

leitor é aquele que lê muito e que gosta de ler. De acordo com a autora o caminho

para chegar a ser um bom leitor consiste em ler muito.

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Page 37: Monografia Mácia Pedagogia 2009

37

Os professores precisam ler mais para adquire conhecimentos e

informações para ajudar na sua prática docente.

4.1.11. Tipos de livros que mais lê

Percebemos que as maiorias dos professores gostam de ler livros de auto-

ajuda 60% (06), 10% (01) gosta de ler livros técnicos e 30% (03) lê outros livros.

Evidenciamos que as pessoas que lêem são consideradas cultas, precisamos

lembrar de que a leitura oferece possibilidades suficientes para que cada leitor

possa desfrutar de acordo com suas necessidades. A maioria das professoras não

deveriam simplesmente se prender na leitura de livros de auto-ajuda, pois os mesmo

só vão lhe auto-ajudar, não vão contribuir para ampliar seus conhecimentos e tornar

profissionais críticos. Sendo assim os professores, devem dedicar-se a leitura de

livros técnicos que vão contribuiu para melhorar a sua prática docente.

Os livros desempenham inúmeros papeis nessa auto-educação. Primeiro há

a necessidade de satisfazer os interesses, necessidades e aspirações individuais

através da seleção individual do material de leitura.

4.2. Resultados do Questionário Semi – Estruturado

Fonte: Questionário fechado aplicado com sujeito da pesquisa

Page 38: Monografia Mácia Pedagogia 2009

38

A partir da análise do questionário semi-estruturado aplicado as professoras,

conseguiram obter a compreensão de leitura dentro das séries iniciais do ensino

fundamental.

Sobre compreensão de leitura pudemos identificar que as professoras têm

as seguintes compreensões:

4.1.2. Leitura como ampliação de conhecimento

Em relação a essa categoria podemos observar que 80% das professoras

compreendem que a leitura serve para formar conhecimentos.

Sobre isso, o P72 enfatiza que:

“Para obter informações e formar conhecimentos”

Ao fazer essa afirmação a professora reforça o que nos afirmou Lanza

(1998) que a leitura é uma realização intermediada pelo texto em seu processo de

expressão, e formação do conhecimento. Pois é através da leitura que o mesmo

adquiri conhecimento, expressa e defende pontos de vista e se coloca de maneira

crítica diante dos fatos.

A P3 Afirma que a leitura:

“Abre caminhos para o conhecimento ajudando o individuo descobrir novos horizontes, passando a fazer isso de uma linguagem, mas rebuscada.”

A P3 em suas palavras ressalta que a leitura não deve ser entendida apenas

como a aquisição de conhecimento. Na sua concepção a leitura ajuda também a

desenvolver a linguagem.

Nesse sentido a professora concorda com a definição de Cagliari (1989) “Ler

é uma atividade muito complexa e que envolve muitos problemas não só

semânticos, culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonético” (p, 149).

______________2-Termo utilizado para preservação da identidade dos sujeitos pesquisados, utilizaremos a letra P, seguida de números arábicos para identificar os sujeitos pesquisados.

Page 39: Monografia Mácia Pedagogia 2009

39

As demais professoras dessa categoria, afirmara o seguinte:

“Para desenvolver a expressão oral e escrita e ampliar os conhecimentos das pessoas”. (P8)“Assimilar conhecimentos” (P9)

“É uma prática social como ferramenta essencial do ofício dos leitores para entender melhor o mundo a qual está inserido”. (P10)

Ressaltando a compreensão da P8, P9 E P10, nos reportamos mais uma

vez a Cagliari (1989) “a leitura é uma atividade de assimilação de conhecimento, de

interiorização de reflexão” (p.150).

Além da compreensão de leitura como ampliação de conhecimento, as

professoras evidenciam também outra compreensão sobre o assunto, que

passaremos a apresentar agora.

4.2.2. Leitura como processo de compreender o texto.

Nessa categoria 50% das professoras compreendem a leitura como:

“Leitura não significa decodificar letra e palavras, precisa da sentido as mesmas fazendo com que elas se tornem viva podendo ser reavaliada a todo momento em busca de melhorar.” (P2)

“É uma prática que auxilia na nossa concentração, na criatividade, no raciocínio e no relacionamento com o próximo, ou seja, desenvolver a percepção entre texto e contexto e das dimensões efetivas e sociais doconhecimento.” (P5)

Com essa compreensão, é importante perceber que as professoras,

compreendem que a leitura não é simplesmente decodificar é ler e compreender o

que está lendo.

Nesse sentido as professoras concordam com a definição de Solé (1998) “é

um processo mediante o qual se compreende a linguagem escrita (...). Para ler

necessitamos simultaneamente manejar com destreza as habilidades de decodificar

e aportar ao texto nossos objetivos, idéias e experiências prévias (...”) (p.23).

Page 40: Monografia Mácia Pedagogia 2009

40

A P4 salienta que:

“A leitura é um hábito muito importante, pois é através dela que buscamos entendimento das coisas e uma compreensão melhor de tudo a nossa volta”.

A compreensão da professora revela que a leitura está presente em muitos

momentos da vida, não se restringindo apenas ao âmbito escolar.

As demais professoras dessa categoria afirmam o seguinte:

“Entender o que está lendo para poder compreender a linguagem escrita”. P6

“Leitura é compreender e buscar significados e sentidos existentes no texto”. P10

Nesse sentido de compreensão é importante perceber que as professoras

compreendem que leitura é buscar significados e sentido existentes no texto.

Ao fazer essa afirmação as professoras reforçam o que afirmou Cagliari

(1989):

“A leitura é, pois, uma decifração e uma decodificação. O leitor deverá em primeiro lugar decifrar à escrita depois entender a linguagem encontrada, em seguida decodificar todas as implicações que o texto tem e, finalmente, refletir sobre isso e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que leu.” (p.150)

É por isso que a leitura é considerada um processo de interação, ou seja,

para se chegar à compreensão do texto o leitor precisa ter conhecimentos que vão

se interagir a todo o momento.

Isso conduz o professor das séries inicias a necessidade de está lendo e

compreendo o que lê.

4.2.3. Leitura simultaneamente com prática docente.

Page 41: Monografia Mácia Pedagogia 2009

41

Quando se fala em prática pedagógica voltada para a leitura quais as

primeiras palavras que lhe vem à mente.

P1 “escrita, criatividade, leitura, conhecimento informação”.

P6 “Prazer, crítica, informação, conhecimento compreensão”.

Percebemos que as palavras citadas pelos pesquisados devem fazer parte

da prática pedagoga voltada para leitura.

Segundo Freire (1996) “(...) A prática docente crítica implica, implicamente

do pensar certo, envolver o movimento dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar

sobre o fazer” (p.43).

O professor precisa esta sempre fazendo uma reflexão sobre a sua prática

docente para que a leitura seja significativa para os seus alunos. Sendo importante

entender que o leitor deve compreender o texto e se posicionar criticamente diante

das idéias do autor. Segundo Silva (2005):

O leitor crítico movido por sua intencionalidade, desvela o significado pretendido pelo autor (emissor), mas não permanece nesse nível – ele reage, questiona, problematiza, aprecia com criatividade. (p.80)

Nesse sentido o professor precisa e ao encontro do aluno e do

conhecimento que é significativo para sua realidade e que ajude na sua prática

docente.

A prática de leitura deve está presente na ação educativa. Desta forma

atendendo ao objetivo da nossa pesquisa, identificar e analisar as compreensões

que as professoras da Escola José Barreto Filho do Município de Campo Formoso

das séries iniciais tem sobre leitura. Chegamos às seguintes compreensões:

1. Leitura como ampliação de conhecimento.

2.Leitura como processo de compreender o texto.

3.Leitura simultaneamente com a prática.

Page 42: Monografia Mácia Pedagogia 2009

42

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentro do contexto da pesquisa apresentada, com o intuito de responder as

questões norteadoras do problema exposto no I Capítulo, surgiu à necessidade de

identificar e analisar as compreensões que os professores da Escola José Barreto

Filho do município de Campo Formoso têm sobre leitura. É importante salientar que

por se tratar de uma pesquisa qualitativa, não se pretende apresentar respostas

para os questionamentos aqui abordados, mas sim, refletir criticamente sobre as

compreensões das professoras pesquisadas.

Dentre muitas informações coletadas pudemos observar o seguinte: Em

relação ao perfil das professoras observou-se que as professoras têm um relativo

grau de amadurecimento, pois a maioria está com idade à cima de 36 anos e 70%

das professoras estão cursando o Ensino Superior.

Perante as questões levantadas com as professoras percebe-se que 50%

das professoras pesquisadas têm compreensão de leitura de acordo com os

seguintes autores: Solé (1998), Kleiman (2004), Kleiman (2000), Cagliari (1989),

Vygotsk (1996) e Freire (1998).

Por se tratar de professoras que estão cursando o ensino superior e por

professoras graduadas, percebemos que as mesmas compreendem a leitura como

ampliação de conhecimento; leitura como processo de compreender o texto e leitura

simultaneamente com a prática. Verificou-se também que 50% das professoras

estão distante do real contexto que essa temática vem trazendo, uma vez que foi

explicitada nas respostas a ausência e falta de conhecimento sobre a compreensão

de leitura.

Os resultados obtidos aqui permitiu-nos perceber que ainda a muito que se

pesquisar sobre a leitura para melhorar a situação da leitura na série iniciais do

Ensino Fundamental.

Page 43: Monografia Mácia Pedagogia 2009

43

Acreditamos que este trabalho nos deu a oportunidade de aprofundarmos

nossos conhecimentos em relação à temática e esperamos que esse estudo possa

ser utilizado como fonte de informação e desperte novas investigações para

melhorar a compreensão de leitura.

Page 44: Monografia Mácia Pedagogia 2009

44

REFERÊNCIAS

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KLEIMAN, Ângela. Leitura: Ensino e Pesquisa, 7ª ed. Campinas, Pontes. 2000.

Page 45: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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Page 46: Monografia Mácia Pedagogia 2009

46

APÊNDICES

Page 47: Monografia Mácia Pedagogia 2009

47

QUESTIONÁRIO – FECHADO

Caro Professor

Estamos realizando esta pesquisa para a elaboração do trabalho monográfico

relativo à conclusão do curso de pedagogia da Universidade do Estado da Bahia –

UNEB. Por isso solicitamos a sua colaboração no sentido de responder as questões

abaixo, pois os dados servirão de apoio para efetivação da nossa pesquisa.

Lembramos que a sua identidade será mantida em sigilo na apresentação dos

resultados.

QUESTIONÁRIO 1 – PERFIL DOS SUJEITOS DA PESQUISA

I IDENTIFICAÇÃO

1. Escola que ensina:_______________________________

2. Faixa etária:

( ) 17 – 21 anos

( ) 22 – 26 anos

( ) 27 – 31 anos

( ) 32 – 35 anos

( ) Acima de 36 anos

3. Sexo

( ) Feminino

( ) Masculino

4. Local onde mora:

( ) Zona urbana

( ) Zona rural

Page 48: Monografia Mácia Pedagogia 2009

48

5. Nível de escolaridade:

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo. Curso _________________________

( ) Pós graduação incompleto.

( ) Pós-graduação completo. Curso _________________________

6. Instituição onde concluiu o ensino médio:

( ) Pública

( ) Privada

7. Tempo de atuação no magistério:

( ) 1 ano

( ) 2 anos

( ) 3 anos

( ) 4 anos

( ) Mais de 5 anos.

8. Vínculo com o município:

( ) Concursado (a)

( ) Contratado(a)

9. Renda familiar:

( ) de 1 a 2 salários mínimos

( ) de 2 a 4 salários mínimos

( ) de 4 a 6 salários mínimos

( ) de 6 a 8 salários mínimos

10. Em quantas escolas você atua:

( ) Apenas 1

( ) mais de 1

11. Exerce outras função na escola:

( ) Sim. Qual?_________________

Page 49: Monografia Mácia Pedagogia 2009

49

( ) Não

12. Onde você costuma buscar informações:

( ) Jornais.

( ) TV

( ) Internet

( ) Revistas

( ) Rádio

( ) Outros meios. Quais?________________________

13. Quantos livros você lê durante o ano?

( ) Nenhum

( ) No máximo 2

( ) Entre três e cinco

( ) Entre seis e oito

( ) Mais de oito

14. Quais os tipos de livros que você mais lê?

( ) Obras literárias de ficção

( ) Livros técnicos

( ) Livros de auto-ajuda

( ) Outros

Page 50: Monografia Mácia Pedagogia 2009

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QUESTIONÁRIO SEMI-ESTRUTURADO

1. Você gosta de ler?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. Na sua opinião o que é ler?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

3. Na sua opinião para que serve a leitura?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Explique o que você compreende de leitura?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. Quais são as práticas de leitura utilizada em sala de aula?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6. Quando se fala em prática pedagógica voltada para a leitura quais as

primeiras palavras que lhe vem a mente?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

________________________________________________________________