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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE VELAS Ano Letivo 2015-2016 Julho 2016 MONITORIZAÇÃO DOS PROJETOS INTEGRADOS NO PLANO DE ESCOLA

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE VELAS

Ano Letivo

2015-2016

Julho 2016

MONITORIZAÇÃO DOS PROJETOS

INTEGRADOS NO PLANO DE ESCOLA

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Governo dos Açores Escola Básica e Secundária de Velas

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO 3

II. PROMOÇÃO DA LEITURA 4

2.1 EPE 4 2.2 1º CICLO 5 2.2.1 CANTINHO DA LEITURA 6 2.2.2 HORA DO CONTO 6 2.2.3 EU LI UM LIVRO 7 2.2.4 VAMOS CONTAR HISTÓRIAS 7 2.2.5 LEITURA COMPARTILHADA 8 2.2.6 UM ESCRITOR NA ESCOLA 8 2.2.7 CONCURSOS DE LEITURA 8 2.3 PROMOÇÃO DE LEITURA 2º CICLO 9 2.4 HORA DO CONTO 10 2.5 ATIVIDADES DA BIBLIOTECA 11

III. PROFESSORA DA 16

IV. OFICINA DE FORMAÇÃO 18

V. APOIO AO ESTUDO (1º CEB) 20

VI. PROLONGAMENTO DE HORÁRIO NO 1º CEB (EDIFÍCIO - SEDE) 20

6.1 CLUBE DE XADREZ 20 6.2 OFICINA DA LEITURA 21 6.3 OFICINA DA MÚSICA 21 6.4 OFICINA DAS ARTES 22 6.5 ATIVIDADES DESPORTIVAS ESCOLARES 23

VII. MEDIDAS DE PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR – EPE 24

7.1 AULAS DE INGLÊS, TIC, EXPRESSÃO MUSICAL E FÍSICO MOTORA 24 7.2 PROLONGAMENTO DO HORÁRIO 24

VIII. BRINCAR, CRESCER E DESCOBRIR 25

IX. À DESCOBERTA DA CIÊNCIA 26

X. FÉNIX 27

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XI. GPS 29

XII. TUTAL 31

XIII. UNECAS - NEE 33

XIV. OFICINA DE LEITURA 38

XV. OFICINA DE LÍNGUAS 39

XVI. OFICINA DE MATEMÁTICA 39

XVII. CONCLUSÃO 41

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I. INTRODUÇÃO

Pelo Conselho Pedagógico desta unidade orgânica, foi aprovado em 13-07-2016

a monitorização dos projetos Integrados no Plano de Escola no âmbito do ProSucesso

da EBS de Velas.

Assim, e tentando assegurar uma verdadeira educação, partindo dos problemas

mais prementes diagnosticados, nomeadamente os interesses e as diferenças dos

alunos no seu contexto económico, cultural e social e indo ao encontro dos eixos do

ProSucesso e dos objetivos do Projeto Educativo de Escola (PEE), foram estabelecidas

propostas de projetos e de medidas que a EBS de Velas implementou em linha com os

três eixos do ProSucesso.

Para a monitorização deste projeto, foram utilizados os balanços das diversas

equipas do Plano de Escola do ProSucesso compilados neste documento.

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II. PROMOÇÃO DA LEITURA

2.1 EPE

Com o intuito de desenvolver os objetivos previstos no plano do ProSucesso,

foram desenvolvidas atividades específicas no domínio da promoção da leitura:

Livros viajantes, do Plano Regional de Leitura (PRL) - Esta atividade constou da leitura

em família, de um livro levado da escola, e o preenchimento de uma ficha do PRL. Foi

dinamizado nas três turmas, embora com nuances diferenciadas, de acordo com os

interesses e o número de alunos de cada turma. Numa das turmas os alunos levavam

todos os dias um livro para ser lido em família e no dia seguinte era explorado na sala

apenas um deles; numa outra turma a atividade foi realizada quinzenalmente e com o

preenchimento, em casa, da referida ficha e por fim, na outra turma a atividade

realizou-se semanalmente, mas sem o preenchimento da ficha do PRL;

Quem conta um conto acrescenta um ponto – Para esta atividade foi elaborado um

livro em formato A3 com várias folhas em branco, as quais foram sendo ilustradas

pelos pais e encarregados de educação em parceria com os seus educandos. Cada

página ilustrada correspondeu a uma história, que foi explorada na sala, e que foi

recontada, em casa, pelos alunos. A atividade foi realizada nas três turmas, embora as

histórias sejam diferentes;

Atividade na biblioteca - Atividade desenvolvida, por cada uma das três turmas da EPE

e uma turma da Uneca Ocupacional, na Biblioteca da EBS de Velas, com a

periodicidade de uma atividade por período, sendo que cada turma apresentou, para

os alunos das outras turmas, uma dramatização baseada num livro previamente

explorado na sala, permitindo a partilha, entre todos, de diferentes experiências de

leitura e de exploração dos livros e das histórias. No terceiro período, a atividade foi

apresentada no Dia da Escola Dinâmica, dando assim ênfase à mostra dos projetos a

toda a comunidade escolar.

Estas atividades, além de proporcionarem o envolvimento das famílias na vida

escolar dos seus educandos, permitiram o desenvolvimento de competências de

literacia emergente, não só ao nível da oralidade como também na abordagem da

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leitura e da escrita, assim como o interesse pelo material impresso. Os alunos e pais

envolveram-se com interesse e empenho e usufruíram, também, de momentos de

convívio e de aprendizagem entre todos.

2.2 1º CICLO

A leitura – um bem essencial para viver com autonomia, com plena consciência

de si próprio e dos outros, para poder tomar decisões face à complexidade do mundo

atual, para exercer uma cidadania ativa, é indispensável dominar a leitura.

Determinante no desenvolvimento cognitivo, na formação do juízo crítico, no acesso à

informação, na expressão, no enriquecimento cultural e em tantos outros domínios, é

encarada como uma competência básica que todos os indivíduos devem adquirir para

poderem aprender, trabalhar e realizar-se no mundo contemporâneo, in Programa do

PNL.

O projeto Promoção da Leitura teve como objetivo central elevar os níveis de

literacia e concretizou-se, no 1º ciclo, através de um conjunto de medidas destinadas a

promover o alargamento e o aprofundamento dos hábitos de leitura e de escrita entre

os alunos deste nível de ensino.

Este projeto pretendeu abordar formas de motivar as crianças para a prática da

leitura de forma espontânea, como fonte de prazer e conhecimento. A urgência em

formar leitores prende-se com a necessidade da construção de uma sociedade com

leitores ativos e críticos, desenvolvidos a nível cognitivo, social, afetivo e intelectual.

Após análise das grelhas de avaliação preenchidas pelas docentes do 1º ciclo,

envolvidas neste projeto, verificou-se que as atividades efetuadas estiveram

relacionadas com o aprender a ler, a desfrutar da leitura e a ler para aprender.

Com a finalidade de desenvolver os objetivos previstos no plano do ProSucesso,

foram desenvolvidas as seguintes atividades no domínio da promoção da leitura:

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2.2.1 CANTINHO DA LEITURA

A atividade "Cantinho da leitura" tinha como objetivo que cada turma

dedicasse, por semana, uma hora à leitura na sala de aula e a atividades centradas em

livros.

Assim, foram promovidas estratégias de interesse pela leitura: antes da leitura,

durante e depois de ler, recorreu-se a diferentes tipos de leitura: orientada,

informativa e autónoma e promoveram-se atividades de seleção de informação de

acordo com critérios inicialmente delineados.

Deste modo, ao longo do ano, foram lidas e exploradas algumas das obras

sugeridas no programa/metas de português, assim como outras obras e contos

selecionados por cada docente, por forma a integrar os temas em estudo.

Através do estudo destas obras os alunos ficaram a conhecer os seus autores e

posteriormente houve a possibilidade de potenciar e enriquecer a expressão oral,

desenvolver a capacidade de atenção/concentração e a linguagem; desenvolver a

capacidade da escrita, descobrir a escrita criativa e estimular a criação de textos

originais. Os discentes participaram nesta atividade com interesse e de forma muito

empenhada.

2.2.2 HORA DO CONTO

Esta atividade foi dinamizada pelo estagiário Tiago Oliveira, na biblioteca da

EBS de Velas, num dos tempos letivos destinado a Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) As sessões desenvolvidas tiveram uma periocidade quinzenal.

Apesar de se considerar que as mesmas foram muito interessantes, com alguma

dinâmica e do interesse dos alunos, no próximo ano, estas sessões deverão ter uma

periodicidade mensal, pelo menos para o 3º e 4º anos de escolaridade, para que haja

mais tempo para abordar o programa de cidadania.

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2.2.3 EU LI UM LIVRO

O primeiro valor da leitura é o prazer que proporciona a quem a realiza. Só este

objetivo bastaria para justificar plenamente a promoção de hábitos de leitura. Aqui o

livro apresenta-se como um instrumento insubstituível para a formação do leitor, ao

mesmo tempo que aumenta o seu gosto estético e desenvolve a sua capacidade. O

hábito de ler, na criança, estimula a imaginação, fomenta e educa a sensibilidade,

cultiva a inteligência e dá-lhe instrumentos essenciais para toda a vida.

Esta atividade tinha como propósito a leitura de um livro e posteriormente

fazer a apresentação à turma. Nessa apresentação era referida a história, as

personagens, tipo de texto/obra apresentados, o autor do livro e se recomenda o

mesmo para leitura.

As apresentações tiveram muita qualidade, pois a maioria dos discentes

empenhou-se e participou com muito entusiasmo, na realização desta tarefa,

recorrendo a outros recursos, como PowerPoint, fantoches e outros materiais para a

sua apresentação.

2.2.4 VAMOS CONTAR HISTÓRIAS

Esta atividade está interligada com a anterior, pois das apresentações

realizadas em cada turma foram escolhidas as melhores e apresentadas aos colegas do

1º e 2º anos.

As apresentações aconteceram no final de cada período e tiveram grande

recetividade por parte dos dois grupos, pois os mais velhos assumiram esta tarefa com

grande responsabilidade e empenho e os mais novos receberam os colegas com muito

agrado, fazendo intervenções muito pertinentes acerca das histórias que foram

contadas.

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2.2.5 LEITURA COMPARTILHADA

A leitura compartilhada teve como objetivo o envolvimento, quer dos pais e

encarregados de educação, quer de outros elementos da comunidade envolvente. Na

maioria das turmas houve grande recetividade face à atividade proposta.

Foi realizada uma sessão de leitura pelos encarregados de educação das

respetivas turmas, por período, em cada turma, que abordaram os mais diversos

temas com as histórias selecionadas. Esta atividade teve um impacto muito positivo,

pois os alunos manifestaram sempre muita satisfação face à cooperação e interesse

que os pais demonstraram perante as suas atividades escolares.

2.2.6 UM ESCRITOR NA ESCOLA

No 3º período foi efetuado um convite à escritora Regina Tristão da Cunha,

residente em São Jorge na vila da Calheta, para se deslocar à EBS de Velas a fim de

falar sobre a sua obra aos alunos do 3º e 4º anos. A escritora aceitou, de imediato o

convite e no dia 23 de maio, os discentes tiveram oportunidade de privar com a

escritora dos famosos livros da Kathy, numa sessão, na biblioteca da escola onde a

autora falou sobre a sua obra e sobre a sua vida como escritora, contando os seus

saberes e as suas experiências.

Os discentes foram muito recetivos e no final da sessão colocaram questões

muito pertinentes que a escritora respondeu com muito agrado.

2.2.7 CONCURSOS DE LEITURA

Para concretizar esta atividade cada docente das turmas do 3º e 4º anos de

escolaridade fez a seleção do melhor leitor da sua turma. No dia 23 de maio, aquando

da vinda da escritora à EBS de Velas, realizou-se o concurso. Do júri fizeram parte a

coordenadora da biblioteca, Elisa Vicente, a coordenadora do departamento curricular

do 1º ciclo, Mª de Lurdes Bettencourt e a escritora Regina Cunha. Após as leituras de

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extratos dos livros da Kathy foi selecionado o melhor leitor do 1º ciclo a quem foi

entregue um livro.

Os discentes que estiveram envolvidos nesta atividade desempenharam-na

com muito empenho e dedicação e ficaram a pensar em ler cada vez melhor para que

no próximo ano possam ter a possibilidade de ser selecionados.

2.3 PROMOÇÃO DE LEITURA 2º CICLO

No plano estavam sugeridas algumas possíveis atividades que se poderiam

realizar em contexto de sala de aula. Sendo assim foram realizadas as seguintes

atividades:

“O livro que eu li” – durante o primeiro período. O facto de os alunos terem de

analisar as obras recomendadas, esta atividade foi interrompida, tendo os alunos

analisado e debatido as obras “A viúva e o papagaio”, “A fada Oriana” e “O príncipe

Nabo”;

“Quem conta um conto” – Foi realizada, unicamente, em sala de aula;

Comemoração de efemérides – “Dia de poesia”, “Dia de Portugal”, “Dia Mundial da

tolerância”, “Dia do pai” e “Dia da mãe”.

A Promoção da feira do livro, atividade prevista, realizar-se-á em setembro

devido ao não envio dos livros pelas editoras.

Foram utilizados alguns materiais da biblioteca e foi efetuado junto dos alunos

a promoção da frequência da biblioteca escolar.

Durante as aulas foram dedicados tempos letivos dedicados à leitura e escrita

sobre textos lidos.

Os docentes optaram por não realizar a atividade “ Biblioteca de turma” uma

vez que a biblioteca escolar era frequentada pela maioria dos alunos do 2º ciclo e

assim optou-se pela promoção sistemática da mesma biblioteca.

A biblioteca escolar decidiu não inserir na sua programação semanal atividades

de leitura para o 2º ciclo devido à atitude que os alunos manifestaram perante as

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atividades apresentadas no dia do ProSucesso e assim decidiu-se investir na educação

pré-escolar e 1º ciclo.

2.4 HORA DO CONTO

A atividade “Hora do Conto” decorreu na Biblioteca da Escola Básica e

Secundária de Velas, no âmbito do plano anual de atividades (PAA) da Biblioteca

Escolar (BE), sendo um dos eixos do ProSucesso desta unidade orgânica, mais

concretamente o da promoção da leitura na Educação Pré-Escolar e no 1º ciclo do

ensino básico (CEB).

As atividades pretenderam suscitar o interesse das crianças e dos alunos para a

utilização do espaço da biblioteca com o objetivo de criar o gosto pela leitura, desde

cedo, pedra basilar para debelar muitas das dificuldades que se verificam no 1º CEB e

nos restantes ciclos de ensino. Nestes momentos, as crianças puderam ouvir e

interpretar histórias contadas pelo dinamizador da atividade, o que acontece com uma

periodicidade quinzenal e com a duração de quarenta e cinco minutos. Podem,

igualmente, realizar atividades artísticas, sobre o texto adaptado, que pode ser um

conto, uma lenda ou uma fábula, dependendo da faixa etária e do ano de escolaridade

em que estão inseridos.

Simultaneamente os discentes ficaram a conhecer o funcionamento da BE e

puderam requisitar os livros que pretendiam, ampliando-se assim, a participação

destes jovens alunos nos espaços sociais de acesso aos livros e à leitura e participar no

concurso da BE “O Melhor Leitor”. O texto foi previamente escolhido, de acordo com

os interesses de leitura dos alunos, tendo em consideração a faixa etária e o género

dos mesmos.

Para a concretização da “hora do conto”, promoveu-se a história contada com

gravuras, com fantoches ou bonecos e/ou dramatizada, sendo o objetivo basilar –

motivar o prazer pela leitura.

Durante a realização da “hora do conto” divulgaram-se alguns contos, com os

quais se pretendeu criar o interesse, a compreensão de modo a que os mesmos

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exerçam o fascínio junto do público-alvo. Mas somente ouvir uma história não é, por

vezes, suficiente para despertar o interesse da criança, por isso completou-se com

diferentes “manifestações de arte” para se dar outro realismo à história.

A hora do conto decorreu desde o dia 4 de janeiro de 2016 e até ao final do

terceiro período, destinando-se a 277 crianças, entre os 3 anos e os 10 anos de idade.

As crianças estão divididas em 23 turmas, sendo três da educação pré-escolar e

vinte do 1º CEB.

Conclui-se, ainda, que as atividades têm surtido o efeito pretendido, já que nos

intervalos das atividades letivas, os alunos vêm ao espaço da BE requisitar e devolver

livros, o que dá mais alegria e brilho a este espaço. Salienta-se que os alunos partilham

oralmente, em contexto de sala de aula, a história que leram, opinando, recomendado

e sugerindo aos restantes colegas do grupo/turma o livro que leram.

2.5 ATIVIDADES DA BIBLIOTECA

No primeiro período, foram realizadas todas as atividades planificadas no início

do ano letivo. Para comemorar o mês Internacional das Bibliotecas Escolares a equipa

da biblioteca realizou a atividade “Roteiro das Turmas”, em que os alunos foram

convidados a conhecer a BE e a sua oferta. Ao longo das visitas guiadas feitas por todos

os professores da equipa, lembrou-se a importância da BE no percurso escolar dos

alunos, explicou-se a sua organização e apelou-se para a sua frequência. Fez-se o

lançamento do concurso “Melhor Leitor” para o qual se criou um marcador de livros

para registo das leituras feitas pelos participantes. Fez-se ainda o lançamento do

concurso “Banda Desenhada Coletiva”. Em colaboração com os professores de EV e

EVT foi criado um cartaz que servirá de “mote” para os trabalhos dos alunos. Para a

realização dos concursos, foram elaborados e divulgados os respetivos regulamentos.

No dia 30 de outubro, para encerrar o mês das BE foi realizada a atividade “Chá

com Letras”. Esta atividade foi desenvolvida em parceria com a professora Goreth

Brasil e a turma C do 10º ano do curso de animador sociocultural do ensino

profissional. Foi também convidada a atriz Andreia Melo, antiga aluna desta escola

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formada em Teatro, para apresentar poemas segundo a sua seleção. Esta atividade

teve uma boa participação e as opiniões deixadas em papel próprio foram bastante

favoráveis.

Além das atividades planificadas foram ainda realizadas outras atividades que

surgiram da necessidade de aumentar o acervo da BE, decorrente da grande procura

de livros por parte dos alunos do primeiro ciclo do ensino básico. Para tal, a equipa da

BE decidiu lançar uma campanha de doação de livros, com início no mês de outubro.

Até à data foram doados 219 livros.

Foi também lançada uma campanha de recolha de retalhos para fazer uma

manta que servirá para uso dos alunos na BE aquando da

leitura/audição/visionamento de narrativas. Já se recolheu um número considerável

de retalhos e a manta está a ser feita. Esta atividade tem também a colaboração dos

professores de EV e EVT, sendo integrada nos conteúdos dessas áreas curriculares.

Apesar de não haver indicadores muito precisos, a BE tem tido um afluxo maior

do que no ano transato, tanto por parte dos alunos como dos professores.

No segundo período, além de dar apoio aos alunos que o solicitaram, os

elementos da equipa da BE deram sequência ao trabalho iniciado no primeiro período.

Deu-se continuidade ao concurso “Melhor leitor” tendo tido bastante adesão

por parte dos alunos, em especial os alunos do primeiro ciclo do ensino básico.

O concurso “Banda Desenhada Coletiva” foi abandonado já que os alunos do

terceiro ciclo não foram muito recetivos a esta atividade e não entregaram os

trabalhos solicitados. Como a primeira turma não entregou nenhum trabalho,

condicionou o trabalho das restantes turmas.

Foi divulgado o concurso “Os animais Também Sentem” pelos docentes que

lecionam o quarto ano de escolaridade, pois este concurso teve como público-alvo

este ano de escolaridade. Foi também constituído o júri para este concurso para

seleção e envio dos trabalhos. Deste concurso salienta-se o apuramento regional de

uma aluna desta unidade orgânica, tendo vindo a vencer o concurso que tinha as

parcerias da Secretaria Regional da Agricultura e da Secretaria Regional da Educação e

Cultura.

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Foram elaboradas as provas para o “Concurso Nacional de Leitura” fase de

escola e foram executados todos os trâmites para a sua efetivação. No início do mês

de janeiro foram realizadas as provas das quais ficaram apurados três alunos para o

ensino básico e duas alunas para o ensino secundário. No dia 6 de abril realizou-se a

prova relativa à fase regional. A expetativa em relação a esta atividade era grande

dado que havia muitos alunos inscritos, cerca de 36, mas os que compareceram às

provas da primeira fase foram apenas 10. Para este concurso houve necessidade de

constituir um júri.

A coordenadora da equipa deu apoio ao estagiário Tiago Oliveira, quer na

seleção de textos, quer na criação dos cenários para a “Hora do Conto”. Esta atividade

foi calendarizada pelo próprio estagiário que enviou através do correio eletrónico

institucional aos professores e educadores, já que ela se destinou apenas a alunos do

ensino pré-escolar e primeiro ciclo. Desta atividade, fez-se um balanço positivo, a

julgar pela opinião dos intervenientes.

A coordenadora deu apoio à aluna Jéssica Sousa à terça-feira, razão pela qual o

horário foi alterado. A aluna foi assídua, faltando apenas quando ia fazer tratamentos

fora da ilha. O trabalho desenvolvido foi ao encontro das necessidades da aluna,

complementando com leituras de textos, quando não havia trabalhos de casa.

No terceiro período letivo, além de dar apoio aos alunos que o solicitaram, os

elementos da equipa da BE deram sequência ao trabalho planificado no início do ano

letivo.

Deu-se continuidade ao concurso “Melhor leitor” tendo tido bastante adesão

por parte dos alunos, em especial os alunos do primeiro ciclo.

Após a divulgação do concurso “Os animais Também Sentem”, feita no segundo

período, junto dos docentes que lecionam o quarto ano, foi constituído o júri para este

concurso para seleção e envio dos trabalhos: Ana Paula Bettencourt, Elisa Vicente,

Catarina Costa e Sandra Freitas. O júri reuniu-se para avaliar os trabalhos em concurso

e selecionou três textos com ilustrações que foram enviados para as entidades

promotoras: Direção Regional da Educação e Direção Regional da Agricultura. Aos

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autores dos trabalhos selecionados foi entregue um prémio e diploma de participação.

Aos restantes participantes foi entregue um diploma de participação.

No dia 23 de maio, a escritora Regina Tristão da Cunha deslocou-se à EBS de

Velas, onde falou da sua obra aos alunos dos 3º e 4º anos desta Unidade Orgânica.

Esta visita teve como principais objetivos: promover hábitos de leitura, criar nos alunos

o hábito de frequentarem a BE, promover a interação entre gerações e conhecer

autores açorianos. Esta atividade foi desenvolvida em parceria com o Departamento

Curricular do 1º CEB.

Ao longo da sessão, a escritora dos famosos livros da Kathy, falou sobre a sua

obra e sobre a sua vida como escritora, contando, com alguma graciosidade, os seus

saberes e as suas experiências. Os alunos foram muito recetivos e no final da sessão

fizeram algumas questões muito pertinentes que a escritora respondeu com muito

gosto.

Após a sessão fez-se a eleição do melhor leitor do primeiro ciclo que teve como

júri a escritora convidada, a coordenadora do Departamento Curricular do 1º CEB e a

coordenadora da biblioteca.

Foi previamente efetuada a seleção de um aluno em cada turma do 3º e 4º

anos de escolaridade. Esses alunos leram um excerto do livro "Kathy em S. Jorge".

Após a leitura foi eleito o discente Steven Silveira do 4º ano turma 1, a quem foi

oferecido um livro.

No dia 27 de maio, pelas 20 horas, foi realizada a quarta edição da atividade

“Chá com Letras – Vamos ao Teatro” na BE. Desta vez a atividade desenvolveu-se em

torno do modo dramático, em parceria com os professores de Teatro Emília Viveiros e

Paulo Ribeiro e as respetivas turmas (8ºB e 8ºC), a educadora Lucília Simas, os alunos

da educação pré-escolar da EB1/JI de Santo Amaro e com os alunos das turmas C e D

do 10º ano do curso profissional de Animador Sociocultural.

Os alunos da educação pré-escolar apresentaram poemas dramatizados,

selecionados pela educadora e orientados pela estagiária do 12º ano do ensino

profissional do curso de “Técnico de Apoio à Infância”, Verónica Pereira. De seguida, os

convidados foram encaminhados para o auditório da escola, contíguo à BE, onde

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assistiram à peça “O Principezinho”, peça adaptada e encenada pela professora Emília

Viveiros. Posteriormente, os convidados regressaram à BE onde foi servido chá e bolos

variados, pelos alunos do ensino profissional do 10º ano e pelos professores que

integram a equipa da BE. No intervalo, os mesmos alunos foram dizendo trava-línguas,

lengalengas e adivinhas. Por último, os alunos do 8ºC começaram a apresentar a peça

“As Três Abóboras” e conduziram os convidados para o auditório para concluírem a

apresentação da peça.

O desempenho de todos os alunos foi, mais uma vez, notável, em especial os

alunos da educação pré-escolar, principalmente pela sua prestação extraordinária,

pela idade dos participantes e pelo seu brilhante desempenho. Os alunos do 8º ano

também tiveram um desempenho espetacular pois conseguiram educar, formar e

divertir os presentes.

No final, foi entregue a cada participante uma oferta, também executada pelos

alunos: uma chávena em cartolina e uma porção de chá.

Esta atividade teve ainda maior afluência do que as edições anteriores e as

opiniões foram ainda mais abonatórias, solicitando que a atividade se mantenha no

próximo ano letivo no âmbito do PAA da BE.

No dia 31 de maio de 2016, realizou-se na EBS de Velas, a atividade “Desde

Pechinchinho” com a contadora de histórias Ana Janeiro, numa parceria com o Museu

Francisco Lacerda de São Jorge e no âmbito do plano anual de atividades da Biblioteca

Escolar (BE) e do plano de promoção da leitura no 1º CEB, ambos integrados no

ProSucesso desta unidade orgânica. A atividade teve como público-alvo os alunos do

primeiro ciclo (1º e 2º anos) e os alunos da educação pré-escolar da EBJI das Velas. A

contadora de histórias fez duas sessões: uma às 10h e 30m, para os alunos do primeiro

ciclo, e outra às 14.00h para a educação pré-escolar.

A primeira sessão coincidiu com a visita estatutária do Governo Regional dos

Açores e contou com a presença do Senhor Secretário Regional da Educação e Cultura,

Dr. Avelino de Meneses, que muito nos honrou com a sua participação.

Tal como todas as atividades realizadas ao longo do ano letivo, esta atividade

teve como objetivo a promoção do livro e da leitura, a dinamização do espaço da BE

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no processo e formação dos nossos alunos, indo ao encontro de um dos grandes

objetivos do ProSucesso: tornar até ao termo do 1º CEB, os nossos alunos leitores

competentes.

Os alunos foram muito participativos e a maior parte pediu à contadora de

histórias que contasse mais histórias, pedido que foi atendido até onde foi possível, já

que muitos deles tinham de se deslocar em transporte público.

Foi também concretizada a parceria com o museu Francisco Lacerda no que diz

respeito ao empréstimo de livros, no intuito de colmatar a escassez de exemplares de

literatura infanto-juvenil da nossa biblioteca. Para tal, a coordenadora dirigiu-se às

instalações do museu Francisco Lacerda para efetuar a requisição e devolução dos

livros. Esta parceria deverá manter-se para o próximo ano letivo.

Sugere-se que para o próximo ano letivo o coordenador da biblioteca tenha um

tempo letivo comum aos restantes elementos da equipa, no sentido de melhor

organizar, reformular ou orientar as atividades a desenvolver.

III. PROFESSORA DA

A docente Lurdes Bettencourt atesta que dando continuidade ao trabalho

desenvolvido e cumprindo as orientações estipuladas na Oficina de Formação

Matemática Passo a Passo, ao longo do terceiro período a ação da prof. DA centrou-se

no primeiro ano de escolaridade e no apoio à turma um, do segundo ano, da EB1/JI de

Velas. Nas turmas do primeiro ano, fez-se uma caminhada progressiva dos números

até aos cem, tendo-se feito paragens estratégicas para introduzir outros subdomínios.

O trabalho desenvolvido seguiu a seguinte linha de ação: números do vinte ao

quarenta; comprimento e área; números do quarenta ao sessenta; tempo; números do

sessenta ao cem; dinheiro. De referir que a caminhada do vinte ao cem foi executada

sempre com o apoio de muita esquematização, muitos desenhos, muita composição

da dezena (com variados materiais) e muitos dispositivos de algarismos móveis. No

subdomínio comprimento e área abordou-se a importância da escolha da unidade de

medida e efetuaram-se muitas medições. Em relação ao subdomínio tempo, de acordo

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com as orientações recebidas, as docentes titulares fizeram só o reforço de alguns

conteúdos uma vez que a maioria dos conteúdos deste subdomínio já tinha sido

trabalhada e avaliada na área de estudo do meio. O subdomínio dinheiro foi

trabalhado somente na última semana de aulas. Os alunos têm, na sua maioria,

correspondido satisfatoriamente ao esperado. Gostam das aulas de matemática, têm-

se revelado participativos, dinâmicos e mais competentes. Os alunos com mais

dificuldade requerem mais tempo para interiorizar os conteúdos e têm-se prestado um

apoio mais individualizado. Os resultados são bastante positivos. Em relação ao apoio

individualizado, fora da sala de aula, prestado a dois alunos, do segundo ano da turma

um, deu-se continuidade ao trabalho desenvolvido no domínio números e operações.

O trabalho desenvolvido passou pelo reforço dos conteúdos ao nível do primeiro ano

com recurso a estratégias específicas de superação de dificuldades. Assim sendo

trabalharam os números até cem, as estratégias da adição e subtração e os problemas

usando o modelo de barras.

Este trabalho foi sempre acompanhado de muita esquematização, muitos

desenhos, muita composição da dezena (com variados materiais) e muitos dispositivos

de algarismos móveis. Os dois alunos demostraram gosto e interesse pelas tarefas

propostas. Este período, uma aluna apresentou-se muitas vezes desconcentrada,

dispersando-se com muita facilidade, o que se refletiu negativamente no seu

desempenho e consequentemente na evolução das suas aprendizagens. O outro aluno

apresentou progressos, realizou as atividades, referentes ao primeiro ano de

escolaridade, que lhe foram propostas, com alguma destreza, revelou algum raciocínio

e interiorizou os conteúdos trabalhos tendo revelado mais confiança. No entanto, é de

referir que o aluno continua a evidenciar dificuldades na associação dos numerais à

quantidade a partir da dezena (por exemplo o onze, doze, treze….). Apesar de ter

entendido que os números naturais entre onze e dezanove são compostos por uma

dezena e uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito ou nove unidades, nem sempre

identifica corretamente esses numerais.

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IV. OFICINA DE FORMAÇÃO

(Competências de literacia emergente e competências socioemocionais)

No âmbito do ProSucesso, a Direção Regional da Educação promoveu uma formação, em

modalidade de oficina de formação, dirigida a educadores de infância e psicólogos,

orientada pelas Professoras Teresa Leal, Ana Gamelas, Joana Cadima e Carla Peixoto, do

Centro de Psicologia da Universidade do Porto. Esta formação centrou-se na promoção de

competências de literacia e de competências sociais, perspetivadas como transversais a toda

a aprendizagem. O trabalho realizado teve como linha orientadora essas diretivas e foi

desenvolvido, ao longo deste ano letivo, em três turmas da Educação Pré-Escolar das três

Escolas Básicas e Secundárias da Ilha de São Jorge. A responsabilidade da planificação e

implementação do projeto foi das educadoras titulares das turmas alvo e das psicólogas das

escolas. Este projeto foi articulado com outros projetos existentes nas respetivas escolas,

assim como com os temas e conteúdos das áreas de conteúdo para a Educação Pré-Escolar.

A motivação base para introduzir este projeto foi a leitura e exploração do livro “A mamã

pôs um ovo” e, ao longo do ano, de acordo com os momentos, a motivação das crianças e os

temas a explorar, foram introduzidos outros livros. Paralelamente foram construídos

materiais diversificados na área da literacia e das competências socioemocionais e foi

elaborado, por cada aluno, um livro autobiográfico baseado nos livros explorados,

denominado “Era uma vez eu”.

Na turma da EPE de Velas, o projeto foi desenvolvido integralmente com o grupo de 15

crianças de 5 e 6 anos de idade e, parcialmente, com o grupo de 4 anos de idade. A partir de

histórias do PNL e do PRL foram realizadas diversas tarefas individuais, a pares e de grupo

por forma a desenvolver competências de literacia emergente, tanto no domínio da

linguagem oral, expressiva e compreensiva, como no domínio da abordagem da escrita,

desenvolvendo a consciência fonológica, o gosto pela escrita inventada e o conhecimento do

impresso. Nesse sentido, foram realizadas atividades: de reconto, de resumo e de

sequenciação de histórias; de exploração vocabular (significados, sinónimos e antónimos,

área vocabular, família de palavras, adjetivos, entre outras); de contagem e reconhecimento

das palavras numa frase; de divisão silábica; rimas; convenções sobre a escrita e

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conhecimento das letras. Pretendeu-se, também, desenvolver competências

socioemocionais, através da exploração de jogos e atividades ao nível dos sentimentos, das

emoções, das preferências e das caraterísticas físicas e psicológicas dos alunos.

Ao longo do ano letivo, foram exploradas, como motivação base, as histórias: A mamã

pôs um ovo; Os ovos misteriosos; O nabo gigante; A menina gotinha de água e A maior flor

do mundo. Foram, ainda, trabalhadas outras histórias de apoio relacionadas com as

anteriormente referidas, de forma a explorar os assuntos das várias áreas de conteúdo de

acordo com as metas de aprendizagem.

O guião das histórias exploradas, assim como os materiais de apoio construídos para o

efeito, foram facultados às docentes das outras turmas deste departamento, para que

pudessem explorar alguns conteúdos com os alunos.

Na turma da EPE de Velas, no seguimento da implementação deste projeto, foram

aplicados, a todos os alunos de cinco e seis anos de idade, no início e no final do ano, a

Bateria de Avaliação de Competências Iniciais de Leitura e Escrita (BACLE), pela psicóloga do

Serviço de Psicologia e Orientação. No início do ano letivo, pretendeu-se a aferição inicial de

competências e, após se verificar que os resultados, em algumas áreas, eram deficitários,

foram trabalhadas essas áreas específicas. No final do ano, foram aplicadas apenas as provas

em que os resultados iniciais não estavam otimizados para, desta forma, aferir a evolução

dos alunos e o resultado do desenvolvimento do projeto. Após a aplicação das referidas

provas e a análise dos resultados, concluiu-se que todos os alunos, à exceção de uma aluna,

tiveram uma evolução bastante satisfatória em todos os parâmetros, superando assim as

dificuldades iniciais, sendo que todos os resultados foram positivos com médias

compreendidas entre 68,1% e os 95,7%. Uma cópia dos relatórios feitos pela psicóloga do

SPO, envolvida neste projeto, foi enviada a todos os pais e encarregados de educação para,

desta forma, tomarem conhecimento das capacidades e dificuldades, assim como da

evolução e desenvolvimento das competências de literacia por parte dos seus educandos.

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V. APOIO AO ESTUDO (1º CEB)

A área de Apoio ao Estudo no 1ºciclo, destinada, exclusivamente, às áreas de

matemática e português, tem-se revelado uma mais valia na realização das atividades,

no cumprimento das planificações estipuladas e no desenvolvimento das

competências destas duas áreas. Cada docente atribuiu, a cada área, os tempos que

considerou necessários atendendo às caraterísticas da sua turma. Fazendo um balanço

geral, na área da matemática, os trabalhos centraram-se no reforço de tarefas

associadas aos domínios trabalhados ao longo do ano. Na área de português, as

atividades desenvolvidas visaram trabalhar conteúdos e ampliar conhecimentos das

competências desta área, de acordo com o respetivo nível de escolaridade.

De realçar que todas as docentes consideram esta área uma mais valia na

realização das atividades, no cumprimento das planificações estipuladas e no

desenvolvimento das competências destas duas áreas. Face ao exposto sugere-se a

sua continuidade, no próximo ano letivo.

VI. PROLONGAMENTO DE HORÁRIO NO 1º CEB (EDIFÍCIO - SEDE)

6.1 CLUBE DE XADREZ

O desenvolvimento dos trabalhos, ao longo do ano letivo, permitiu a

continuidade e a promoção da prática desta modalidade, incentivar os alunos a

participar, fomentar o associativismo e dinamizar relações de convívio, de

camaradagem e de respeito mútuo, desenvolver a autoestima e a capacidade de

superação, valorizando o próprio progresso na aprendizagem e adquirindo um nível

adequado de autoconfiança. Os alunos mostraram interesse pelo xadrez;

desenvolveram a capacidade de atenção e o poder de concentração, a criatividade e a

imaginação, as suas capacidades intelectuais e esforçaram-se para aceitar

desportivamente o resultado das partidas. No dia nove de março, os alunos

participaram na cerimónia do hastear da bandeira da Eco escolas juntamente com

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outros clubes. Ao longo do 3º período, decorreu um torneio de xadrez, no qual os

alunos participaram com motivação e entusiasmo. Realizou-se, também, um

campeonato de xadrez dentro do clube.

Considera-se que os objetivos propostos foram alcançados, uma vez que se

verificou uma adesão significativa às atividades. Atendendo aos resultados e à grande

adesão julga-se pertinente a sua continuidade no próximo ano letivo.

6.2 OFICINA DA LEITURA

Na oficina da leitura, ao longo do ano letivo, foram desenvolvidas diversas

atividades com o objetivo de incentivar e promover o gosto pela leitura, desenvolver a

criatividade e a oralidade através da interpretação das histórias lidas e atividades

lúdicas. Para a concretização dos objetivos propostos, realizámos diversas atividades

de leitura e interpretação de histórias e /ou contos e visualização de diversos filmes

animados. Ouvimos histórias de vários livros do Plano Nacional de Leitura, através do

site bibliotecas digitais, fizemos o reconto e respetivas ilustrações.

Considera-se que os objetivos propostos foram alcançados, uma vez que se

verificou uma grande adesão a esta oficina, pelo que se sugere a continuidade da

mesma, no próximo ano letivo.

6.3 OFICINA DA MÚSICA

Ao longo do ano letivo os alunos da oficina de música, desenvolveram

atividades ajustadas à sua faixa etária, que permitiram exteriorizar, criar e desenvolver

as suas capacidades musicais e funcionar como grupo. Foram, ainda, desenvolvidos as

seguintes atividades: técnica vocal; entoação de canções escolhidas pelos alunos;

acompanhamento rítmico de peças instrumentais com timbres corporais;

visionamento de filmes e de concertos de várias culturas musicais no mundo; execução

instrumental/ vocal; audição de diferentes tipos de músicas; sessões de Karaoke;

execução de ritmos com os instrumentos da sala de aula.

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Na sua generalidade os alunos foram assíduos e pontuais e obtiveram um bom

desempenho na realização de todas as atividades. Uma vez que os objetivos propostos

foram alcançados, sugere-se a continuidade desta oficina, no próximo ano letivo.

6.4 OFICINA DAS ARTES

Ao longo do ano letivo, os alunos do 1º e 2º anos de escolaridade,

desenvolveram com interesse e empenho diversas atividades na Oficina das Artes tais

como: desenho da sua ilha com todos os elementos naturais que nela existem e

pintura a lápis de cor; pintura abstrata de formas em que o objetivo principal era não

juntar os tons das mesmas cores; visionamento do filme “Panda Kung Fu” com o

intuito de melhorar a concentração e memorização para mais tarde desenhar as

personagens do mesmo; decoração de círculos através de colagem de vários tipos de

papel para a construção de uma árvore de Natal; pintura a lápis de cor de dois

palhaços gigantes divididos para trabalho de grupo; técnica do pompom, um trabalho

em lã para elaboração de um coelho para a páscoa; desenho do rosto do pai para o dia

do pai; recorte e colagem de pássaros para construção de mobile e pintura de

mandalas.

Os alunos do 3º e 4º anos desenvolveram as seguintes atividades: construção/

decoração de uma caixa para colocação dos trabalhos realizados; elementos da forma:

desenho através de linhas; pintura com palhinhas (guaches); recorte e colagem de

folhas (Outono); dobragens de papel (origamis); utilização de carimbos nas pinturas;

simetrias com tintas; elaboração de um postal de Natal; frisos cromáticos; construções

geométricas para decoração de Natal; coloração de desenhos de Natal; construção de

um zoetrope; desenho de observação; embalagem-Páscoa; desenho de observação

alusivo à Páscoa; encadernação; desenho criativo: mindfullness; animação com

plasticina e coloração de desenhos.

De uma forma geral, os alunos foram assíduos e pontuais e obtiveram um bom

desempenho na realização de todas as atividades. Uma vez que os objetivos propostos

foram alcançados, sugere-se a continuidade desta oficina, no próximo ano letivo.

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6.5 ATIVIDADES DESPORTIVAS ESCOLARES

As Atividades Desportivas Escolares constituem-se como o primeiro nível de

realização do desporto escolar, inserindo-se nas atividades de enriquecimento do

currículo, desenvolvendo-se para além da carga horária semanal global definida nos

desenhos curriculares aplicáveis. Por tal, as Atividades Desportivas Escolares (ADE) têm

como objetivos:

- Contribuir para o desenvolvimento global do aluno, respeitando as etapas de

formação e os níveis de aptidão motora;

- Fomentar o hábito e a apetência pela prática regular de atividades físicas;

- Proporcionar aos alunos a prática de atividades desportivas e expressivas;

- Proporcionar a realização das Atividades Desportivas nos contextos de animação ou

formais específicos de cada modalidade.

Não sendo as Atividades Desportivas Escolares componente letiva, não foram

propostos pelos professores titulares e/ou diretores de turma alunos para estas

atividades. Por tal, os alunos que se inscreveram nestas atividades de complemento

curricular fizeram-no por opção, visto não ser de carater obrigatório.

As atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo englobaram jogos pré-

desportivos, futebol, minibasquetebol, minivoleibol, andebol, ginástica e patinagem.

Estavam inscritos nas Atividades Desportivas Escolares, no primeiro e segundo

períodos cerca de trinta e cinco alunos, registando-se uma média de trinta e três

alunos por sessão. No terceiro período estavam inscritos trinta e dois alunos,

registando-se uma média de trinta alunos por sessão. Relativamente ao número de

sessões, no primeiro período foram registadas catorze sessões, no segundo período

dez sessões, e no terceiro período nove sessões.

De um modo geral, poder-se-á dizer que, os alunos participaram com bastante

empenho e motivação nas atividades desportivas propostas, verificando-se uma

grande assiduidade por parte dos discentes inscritos.

Dado o interesse, assiduidade e empenho dos alunos sugere-se a continuidade

destas atividades. Além das atividades desportivas escolares, as docentes Ana Paula

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Matias e Teresa Bettencourt pretendem a criação de um clube de ginástica no 1º ciclo

do ensino básico.

VII. MEDIDAS DE PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR – EPE

7.1 AULAS DE INGLÊS, TIC, EXPRESSÃO MUSICAL E FÍSICO MOTORA

As aulas de Inglês, de Expressão Físico Motora e de Expressão Musical (nas três

turmas da EPE da EBS de Velas) e de TIC (na EPE da EB1/JI de Velas), com professores

da disciplina foram uma mais-valia, na medida em que proporcionaram aos alunos

atividades diversificadas em áreas específicas, enriquecendo e valorizando o processo

de ensino aprendizagem, permitindo, também, o alargamento de conhecimentos

teóricos e, principalmente, práticos. A articulação interdisciplinar foi sempre feita de

acordo com os temas e os conteúdos explorados nas três áreas de conteúdo da EPE,

em consenso com os professores envolvidos. Os docentes das várias disciplinas

participaram, também, em alguns projetos e atividades do Plano Anual de Atividades

(PAA), manifestando sempre disponibilidade e criatividade, fazendo, assim, um

trabalho de complementaridade com os Professores Titulares (PT) das turmas.

Exemplo disso foram a participação nas Festas e comemorações, através do ensaio de

canções e peças musicais, a elaboração de postais e presentes e muitas outras

atividades de complemento ao trabalho efetivo de sala de aula.

7.2 PROLONGAMENTO DO HORÁRIO

O prolongamento do horário estendeu-se às três turmas da EPE da EBS de Velas,

sendo na EB1/JI de Velas das 15.15h às 17.00h e nas EB1/JI de Beira e EB1/JI de Santo

Amaro das 15.15h minutos às 16.00h. Foi frequentado por todos os alunos, o que

demonstra a importância desta medida tanto em termos pedagógicos, como de apoio

às famílias. Beneficiou os pais e encarregados de educação, na medida que este

horário foi mais vantajoso e exequível, principalmente para aqueles que trabalham.

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Por outro lado, permitiu o alargamento das atividades, dando especial ênfase às de

carácter lúdico, de socialização e de enriquecimento curricular.

VIII. BRINCAR, CRESCER E DESCOBRIR

Este foi, desde a sua implementação, um projeto com avaliação positiva de todos

os intervenientes, tanto ao nível da participação e do interesse manifestado pelos

mesmos, como na dinamização de atividades, o que, só por si, justificou a sua

continuidade.

Este projeto envolveu os docentes dos departamentos curriculares da EPE, de MNT

e de CFN. As atividades desenvolvidas foram aplicadas de forma rotativa e alternada

entre os dois departamentos envolvidos, nas três turmas da EPE, com sessões de

duração de 60 minutos, contemplando diversas temáticas.

As atividades deste projeto decorreram segundo as planificações e exploraram

temas e conteúdos nos domínios da matemática e das ciências, contemplando a

vertente prática e teórica, o que permitiu a manipulação de materiais e de jogos, a

realização de experiências e o registo das atividades realizadas.

Ao longo do ano letivo, foram dinamizadas as seguintes atividades pelo

departamento de Matemática e Novas Tecnologias: O sapo tem medo, A pequena

folha amarela, Caracóis Dourados e os três ursos e a Atividade de Natal, no primeiro

período. Durante o segundo período realizaram-se as atividades Sudoku dos palhaços;

O Ruca e os pares e O Coelhinho Matemático. No terceiro período foram dinamizadas

as atividades O Coelhinho Matemático (em algumas turmas), Figuras Geométricas e o

Loto dos números. Com estas atividades pretendeu-se classificar objetos e estabelecer

relações entre eles; ser capaz de agrupar objetos atendendo aos atributos sensoriais

(forma e cor); desenvolver a capacidade de distinguir par/ímpar e

conjunto/subconjunto; ser capaz de distinguir igual/diferente; revelar conhecimento

das formas geométricas; exercitar a memória; trabalhar o conceito de número,

executar pequenas operações de cálculo; reconhecer os algarismos de 1 a 5;

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agrupar/associar objetos em função da quantidade e explorar conceitos lógicos e

matemáticos.

As atividades desenvolvidas pelo departamento de Ciências Físicas e Naturais, ao

longo deste ano letivo, constaram de atividades experimentais, visitas de estudo e

outras, mais precisamente: a construção do Meu Dossier de Ciência, a Atração de

corpos (trabalho com ímanes), uma atividade experimental com visita ao laboratório e

o Sistema Urinário, durante o primeiro período. No segundo período, desenvolveram

três atividades experimentais sobre a alimentação, o vulcanismo e a primavera. No

terceiro período, realizaram as atividades experimentais, a primavera (em algumas

turmas), Pega-monstros e À descoberta dos seres vivos. Com as atividades referidas,

pretendeu-se: interiorizar alguns procedimentos básicos de trabalho em Ciência;

conhecer alguns materiais de laboratório; desenvolver atitudes corretas de trabalho

cooperativo e respeito pelos outros; formular hipóteses; observar e interpretar

resultados; observar e representar constituintes das flores e frutos; interiorizar a

importância das flores e frutos na vida das plantas; compreender a utilidade da junção

de reagentes na elaboração de diferentes materiais; inferir sobre texturas dos

materiais; interiorizar a importância de recolhas organizadas no estudo dos animais e

inferir sobre a necessidade de classificação dos animais e restantes seres vivos.

IX. À DESCOBERTA DA CIÊNCIA

No âmbito do projeto “À descoberta da ciência” foram desenvolvidas

atividades previstas no final do ano letivo passado, aquando da elaboração deste

projeto, bem como outras que se enquadraram na filosofia do mesmo,

nomeadamente, que promoveram e proporcionaram o desenvolvimento do raciocínio

lógico, do espírito crítico e científico dos alunos, assim como a capacidade de

observação e verificação de hipóteses através de experiências.

As atividades desenvolvidas procuraram ter um caráter motivador e lúdico,

despertando um forte interesse nos alunos e aumentando a sua capacidade de

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aprendizagem, pois funcionaram como meio de envolver o aluno nos temas em

estudo.

Os docentes concluem, assim, que o desenvolvimento deste projeto contribuiu

para ampliar e construir habilidades de pesquisa, despertar nos alunos o interesse e o

gosto pela ciência e pela descoberta, promovendo a curiosidade.

Foi referido que as atividades realizadas foram sempre adequadas a todos os

níveis etários, no entanto verificou-se uma maior dificuldade na planificação das

mesmas quando se destinaram a turmas com dois níveis de ensino (1º/4º anos).

Os docentes evidenciaram o grande envolvimento, interesse e expetativa

demonstrados pela generalidade dos alunos em relação às aulas dinamizadas neste

âmbito, que desta forma correspondem ao que se pretende com a implementação do

projeto “À descoberta da ciência”.

As docentes do primeiro ciclo Cristina Baltazar e Filomena Andrade lamentam

não terem tido sessões ao longo do terceiro período, devido à dispensa da docente

Ana Gil por atribuição de outras funções e outras atividades coincidentes, sugerindo

que nestes casos, ou semelhantes, deveria haver substituição, de forma a não

prejudicar os alunos.

Os docentes consideram, portanto, importante a manutenção deste projeto no

próximo ano letivo. Salienta-se, no entanto, que é de vital importância para a plena

exequibilidade do projeto em questão, constar no horário dos docentes que o

ministram tempos letivos destinados à planificação e preparação do mesmo.

X. FÉNIX

Aos quatro dias do mês de julho de dois mil dezasseis, reuniu-se a equipa do

projeto fénix, sob a coordenação do presidente do conselho executivo, Rui Moreira,

tendo-se concluído o seguinte:

O trabalho colaborativo entre os professores, quer os de matemática, quer os de

português foi muito bom, tanto na produção como na partilha de materiais, definição

de estratégias e criação de instrumentos de avaliação;

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As horas comuns na componente não letiva foram de grande utilidade, uma vez que

nessas horas, e noutras em que os docentes se reuniam, foi possível planificar as

atividades de forma pormenorizada, elaborar os instrumentos de avaliação, trocar

experiências, trocar impressões sobre as aprendizagens dos alunos e outros

considerados pertinentes;

A modalidade de apoio Ninho foi uma mais-valia para os alunos que a frequentaram,

uma vez que a diferenciação pedagógica permitiu que os alunos ultrapassassem as

suas dificuldades. Deste modo deve-se continuar a enfatizar os conteúdos em que os

alunos revelam mais dificuldades, sem a constante preocupação em lecionar os

conteúdos da turma mãe, mas também sem se efetuarem grandes desvios. Deve

proceder-se a uma hierarquização dos conteúdos, considerando os mais estruturantes

numa perspetiva de ciclo;

A permanência dos alunos no Ninho deve ser definida sempre em função do aluno,

devendo ter-se sempre em atenção as suas necessidades e os benefícios que o aluno

pode tirar deste apoio. Na Matemática devem-se promover, igualmente, práticas de

cálculo mental;

Relativamente à turma não fénix, devem ser lecionados preferencialmente os mesmos

conteúdos que nas turmas fénix; no entanto as estratégias utilizadas e o grau de

dificuldade exigido em termos de avaliação devem ser diferentes. Deste modo, os

instrumentos de avaliação também devem ser diferentes, podendo por exemplo em

Português ter o mesmo texto, mas o grau de dificuldade das questões de interpretação

e dos conteúdos gramaticais deve ser mais elevado, de acordo com as exigências da

turma. Ainda neste sentido, também as obras literárias a abordar, numa perspetiva de

promoção da leitura, devem ser diferentes;

Sempre que um aluno for proposto para integrar o Ninho deve proceder-se à

elaboração do contrato de aprendizagem e à sua assinatura pelas pessoas envolvidas,

incluindo o encarregado de educação. No entanto, se o aluno regressar à turma mãe e

depois volte a integrar o ninho não é necessário fazer um novo contrato, sendo

suficiente um aditamento ao contrato já elaborado previamente. A equipa do projeto

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fénix vai fazer uma reformulação do documento para que este se torne mais

operacional;

Um dos problemas comum aos alunos destas turmas fénix é a falta de motivação. Para

tentar combater este problema, a equipa que dinamizará o trabalho das competências

não cognitivas irá apresentar algumas medidas que possam contribuir para solucionar

este problema, em reunião convocada para o efeito;

O professor Paulo Couto referiu que os professores da turma mãe também devem

utilizar estratégias mais apelativas. Ainda neste sentido, o Presidente do Conselho

Executivo reiterou que não se deve estar preso à planificação, sendo primordial a

definição dos conteúdos estruturantes e de estratégias diferenciadas.

XI. GPS

O Gerar Percursos Sociais (GPS) é um programa de prevenção e reabilitação

psicossocial para jovens em risco ou que apresentem comportamentos desviantes. Foi

construído de forma a poder ser utilizado em contextos de prevenção do

comportamento desviante, antissocial ou delinquente, bem como em contextos de

reabilitação para jovens com marcado desvio social.

Em contextos de prevenção, constitui uma oferta de intervenção grupal

estruturada, que pode sofrer adaptações de acordo com as necessidades de cada caso

ou contexto particular de aplicação, desde que seja respeitada a sequência dos

módulos que o constituem.

Foi concebido para ser útil na prevenção dos desvios comportamentais ou dos

problemas de comportamento antissocial e indisciplinado.

Os conteúdos abordados, as características do programa, bem como a

estrutura das sessões permitem a sua utilização em diversos contextos de prevenção

(por exemplo, na prevenção primária da toxicodependência e do comportamento

antissocial ou desviante ou, em contexto escolar, na prevenção da indisciplina e do

abandono escolar).

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O programa desenrola-se, no mínimo, em 40 sessões semanais, de hora e meia

cada, obrigando cada sessão à presença de dois técnicos, um dos quais com formação

de base em psicologia. As sessões estão agrupadas em cinco módulos sequenciais:

Comunicação, Relacionamento Interpessoal, Distorções Cognitivas, Significado das

Emoções e Crenças Disfuncionais (Armadilhas do Passado).

Atendendo ao perfil dos alunos da turma 6ºA, turma com Projeto Curricular

Diferenciado, mais concretamente: a faixa etária, as fracas competências de relação

interpessoal, de comunicação, o sistema de crenças de fracasso muito enraizado, os

estilos educativos parentais pouco protetores, os comportamentos de risco e os

fatores ambientais que os circundam, implementou-se um programa de prevenção e

reabilitação que abordasse todas estas questões, por forma a desmistificar as crenças

enraizadas, devolver modelos corretos de relacionamento e comunicação e promover

estilos de vida e escolhas saudáveis.

Deu-se início à implementação do Programa em 23 de setembro de 2015,

tendo-se desde então dado seguimento às sessões de acordo com o Programa.

Ao longo do ano letivo foram dinamizadas 32 sessões de 90 minutos. De uma

forma geral inicialmente os alunos tiveram dificuldade em aceitar este projeto, por

visar apenas a sua turma, reagindo com muita resistência às atividades propostas.

Realça-se que um aluno apenas compareceu às primeiras duas sessões, recusando

terminantemente participar nas restantes, até à data da sua transferência de escola. A

maioria dos alunos compareceu a todas as sessões de forma assídua e pontual. A

implementação e dinamização das atividades propostas pautou-se pelo constante

reforço e apelo à colaboração dos alunos, por parte dos dinamizadores, sendo que,

sobretudo no 1º Período, foi constante a adoção de comportamentos de tentativa de

boicote às mesmas, por parte de dois/ três alunos. Ao longo do ano esta resistência

inicial foi sendo menos sentida, embora nem sempre tenham aderido às tarefas que

lhes foram propostas de forma espontânea.

Por último destaca-se que ao nível da dinâmica entre pares persistiu a

constante agressividade verbal, o que associado às limitações cognitivas comprometeu

o alcance dos objetivos das sessões.

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Atendendo a que este programa tem destinatários muito específicos, não faz

sentido a implementação do mesmo no próximo ano letivo.

XII. TUTAL

O projeto TUTAL foi criado com o objetivo de colmatar a falta de motivação dos

alunos para o estudo, principal problema de alguns alunos que frequentam este

estabelecimento de ensino, bem como ajudar os alunos a criar rotinas e hábitos de

estudo, por forma a reduzir o insucesso escolar, incutir nestes a valorização do

saber/ser e estar, não descurando o saber/fazer e promover a aprendizagem dos

conteúdos lecionados.

Durante o ano letivo 2015/2016, dentro do projeto TUTAL foram

acompanhados 12 alunos com tutoria individual. Esta tutoria teve como objetivo

ultrapassar as dificuldades de aprendizagem, assim como trabalhar a motivação e os

métodos e hábitos de trabalho. Este apoio tutorial foi semanal, quinzenal e mensal

conforme se considerou pertinente.

Por forma a se trabalhar as competências não cognitivas, nomeadamente

motivação, empenho e envolvimento parental, foi solicitado pelos conselhos de turma

e pelo conselho executivo a dinamização de sessões que colmatassem tais

dificuldades.

Com o objetivo de dar resposta ao solicitado, a equipa TUTAL considerou de

maior pertinência a realização de reuniões com os encarregados de educação das

turmas dos 7º A e B, de modo a que estes passassem a ter um papel mais ativo no

processo de ensino aprendizagem dos seus educandos. Foram trabalhados também,

em contexto grupo/turma, a motivação, os métodos e hábitos de trabalho e o domínio

das atitudes e valores, quer na escola quer em família e/ou em sociedade, com as

turmas dos 7º e 8º, turmas A e B; tendo-se dado grande enfâse ao saber-ser e ao

saber-fazer de todos os alunos.

Contudo, os resultados atingidos não corresponderam ao esperado,

nomeadamente com os grupos turma, os quais exigem um maior trabalho junto

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destes, sendo necessário um trabalho mais colaborativo de todos os intervenientes do

processo aprendizagem destes alunos. Assim, propõe-se, que no próximo ano letivo,

estas dificuldades não cognitivas sejam dinamizadas no âmbito do projeto GAME,

inserido no ProSucesso da EBS de Velas. Com este projeto pretende-se envolver todos

os conselhos de turma das turmas envolvidas e deste modo trabalhar a assiduidade, a

pontualidade, as tarefas escolares dentro e fora da sala de aula e as atitudes por forma

a se conseguir um maior sucesso escolar. Todavia, e uma vez que este projeto assume

um carácter experimental, propõe-se que seja implementado apenas no 2º ciclo e 7º

ano de escolaridade. Uma vez que a proposta não abrange os alunos a integrarem as

turmas do 8º ano, alunos que no presente ano letivo frequentaram o 7º ano e onde se

verificaram graves lacunas ao nível das competências não cognitivas, conforme

descritas acima, propõe-se para este público alvo um outro projeto a ser desenhado

posteriormente em conselho de turma, num trabalho colaborativo e cooperativo entre

os diretores de turma e os docentes afetos às diferentes disciplinas do próximo ano

letivo. O projeto a dinamizar deverá ser proposto no presente ano letivo.

Quanto às sessões de tutoria individualizada, esta é vista pelos alunos como

uma sobrecarga semanal, pois é considerada como mais um tempo letivo a acrescer à

carga horária já existente.

Saliente-se, contudo, que em casos pontuais poderá existir a necessidade de se

continuar com este tipo de apoio, por forma a colmatar dificuldades mais específicas e

intrínsecas de cada aluno. O projeto TUTAL deve assim continuar com o objetivo de

acompanhar, de forma individualizada, o processo educativo do aluno, aconselhá-lo e

orientá-lo no estudo e nas tarefas escolares, salientando-se que este deve estar

predisposto a ser ajudado, ou se encontre numa fase motivacional passível de obter

sucesso através desta metodologia de trabalho.

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XIII. UNECAS - NEE

No que respeita ao funcionamento da Unidade Especializada com Currículo

Adaptado (UNECA) Socioeducativa da EBS de Velas, considerou-se que o balanço deste

ano letivo foi satisfatório.

A UNECA Socioeducativa era composta por seis alunos com idades

compreendidas entre os 6 e os 11 anos de idade, matriculados em diferentes turmas

do primeiro ciclo do ensino básico.

A sala de aula onde se desenvolveram as atividades programadas nos seus

programas é um espaço adequado e está equipado com os materiais e recursos

necessários para a realização das mesmas. A referida sala faz parte de um todo

destinado ao funcionamento do Núcleo de Educação Especial que é composto por

mais duas salas destinadas a atividades letivas com alunos com necessidades

educativas especiais, casas de banho adaptadas, copa e o gabinete do serviço de

psicologia e orientação, bem como um gabinete médico.

No que concerne ao horário da UNECA, este foi organizado de forma a permitir

que os alunos usufruíssem das atividades escolares nas turmas a que pertenciam,

nomeadamente nas áreas de EMRC, Expressões (físico motora, musical, plástica e

dramática) e TIC. Os alunos demonstraram interesse por essas áreas e desenvolveram

competências importantes quer a nível cognitivo quer a nível comportamental/social,

contudo o horário de funcionamento não facilitou a implementação de projetos

comuns, como por exemplo, uma atividade de Natal, de Carnaval e/ou atividades na

biblioteca escolar para que os alunos funcionassem como grupo/ turma.

Os resultados globais dos alunos face ao definido nos seus Projetos educativos

individuais (PEI) e planificado nos seus programas (socioeducativo) foram satisfatórios.

Os alunos trabalharam com empenho, entusiasmo e fizeram alguns progressos, no

entanto, importa referir que estes alunos apresentaram progressos e retrocessos ao

nível das aprendizagens, pelo que nem sempre foi fácil fazer uma avaliação fidedigna.

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Houve sempre diálogo entre os docentes de educação especial e os docentes

das turmas a que os alunos pertenciam no sentido de facilitar a sua interação com o

meio escolar e potencializar os seus resultados face às aprendizagens.

Nas reuniões de avaliação dos conselhos de turma dos referidos alunos

registou-se em ata a pertinência da continuidade destes alunos, nesta modalidade de

ensino, uma vez que os mesmos se encontravam a fazer progressos o que

possivelmente não aconteceria se os mesmos se encontrassem no ensino regular,

atendendo ao seu perfil de funcionalidade.

Como sugestão para o próximo ano letivo sugere-se que esta UNECA funcione

num espaço maior que permita uma divisão eficaz dos espaços de trabalho indo de

encontro aos diferentes níveis de aprendizagem dos alunos promovendo assim

autonomia, a atenção/ concentração e a cooperação. Sugere-se, ainda, que os alunos

desta UNECA façam, conjuntamente, com os alunos das outras UNECAS,

acompanhados pela respetiva docente, alguns dos tempos destinados a EVT/Aprender

Fazendo, uma vez que as atividades realizadas nestas turmas são mais adequadas ao

perfil de funcionalidade dos mesmos.

Este ano letivo a UNECA de Transição para a Vida Ativa funcionou de forma

satisfatória. Os cinco alunos que a compõem realizaram algumas aprendizagens de

acordo com as suas características e ritmo de aprendizagem, e em consonância com o

estipulado no seu Projeto Educativo Individual (PEI). O trabalho desenvolvido nas

disciplinas de português e de matemática foi organizado tendo em conta as vivências e

situações do quotidiano dos alunos e foi também um reflexo da componente prática,

que se realizou na horta pedagógica e na cozinha, com a confeção de alimentos.

O projeto da horta pedagógica teve o seu início no mês de outubro e realizou-

se num espaço cedido pela Escola Profissional de São Jorge (EPSJ). Esta experiência

revelou ser um bom meio para realizar várias aprendizagens, quer no que respeita aos

trabalhos agrícolas propriamente ditos, como seja a aprendizagem da criação e

manutenção de uma horta familiar de uma forma sustentável, quer na vertente social

e ambiental. Apraz-nos referir a participação e ajuda de um encarregado de educação

(EE) que se disponibilizou para transmitir aos alunos alguns conhecimentos específicos,

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relativos a uma determinada cultura hortícola e realizou com os alunos as práticas

relativas à mesma. Salientamos que esta participação foi muito importante não só

pelos conhecimentos que transmitiu, mas também pela forma como soube motivar os

alunos. Ao longo do ano letivo este EE colaborou connosco no fornecimento de vários

plantios, sempre que solicitado.

A parcela de terreno utilizada situou-se ao ar livre, facto que condicionou o

acesso aos trabalhos da horta nos dias de chuva e alterou a dinâmica do trabalho,

levando também à redução da quantidade e das variedades hortícolas produzidas.

Durante o ano fomos trazendo materiais diversos (restos de vegetais e de fruta,

ramada cortada, etc)) para realizar a compostagem e colocando a um canto da horta,

porém, como não tínhamos recipiente para os colocar (uma promessa não cumprida

da EPSJ), os mesmos foram sendo arrastados pelo vento e nunca se conseguiu ter uma

pilha de composto. Ficou em falta observar o resultado final deste processo, o

composto, e a sua posterior incorporação no solo.

Em relação ao conselho de turma, houve uma boa comunicação e cooperação

entre a professora titular e os restantes docentes que o compõem, salientando-se o

trabalho desenvolvido na disciplina de Educação Visual e Tecnológica (EVT) que

funcionou em par pedagógico em dois blocos semanais de noventa minutos, pois para

além da interajuda, permitiu que houvesse continuidade na realização de alguns

trabalhos na aula de expressões.

Houve também uma relação muito estreita entre as docentes e os alunos da

UNECA ocupacional e da UNECA-TVA. Foram realizados trabalhos em conjunto,

nomeadamente a confeção de sobremesas, a decoração da árvore de Natal e do

espaço envolvente, a escolha das fantasias de carnaval e a sua confeção e algumas

saídas. Um aluno da UNECA ocupacional deslocou-se connosco à quinta pedagógica

algumas vezes, participando nos trabalhos da horta. Esta relação de cooperação e de

trabalho estreitou os laços de amizade entre os alunos, mostrou-lhes a importância do

trabalho colaborativo e permitiu uma melhor aceitação das diferenças entre eles. O

trabalho desenvolvido foi muito positivo e pensamos que deverá ser continuado.

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No que respeita aos espaços e equipamentos utilizados pelos alunos,

reiteramos o nosso agrado por termos podido utilizar a carrinha da Escola Básica e

Secundária das Velas nas nossas deslocações à Quinta Pedagógica. Quanto à utilização

da cozinha da escola, temos a referir que não correspondeu às nossas expetativas,

uma vez que o acesso à mesma esteve condicionado, devido à confeção do almoço e

posterior arrumação e limpeza. Assim, não se desenvolveram todas as atividades de

culinária que haviam sido previstas, nomeadamente, a lavagem e preparação de

vegetais para confecionar sopas e saladas e a posterior lavagem da loiça e limpeza do

espaço.

Em reunião de final do ano letivo, o conselho de turma achou conveniente

deixar algumas sugestões visando uma melhor operacionalização do currículo dos

alunos da UNECA-TVA, privilegiando a vertente prática do mesmo. Assim, este

conselho de turma considera pertinente que no próximo ano letivo haja uma

preocupação em fornecer a estes discentes oportunidades de aprendizagem de

carácter mais prático, sugerindo-se um prolongamento do horário dos mesmos, de

modo a que as tardes sejam ocupadas em oficinas, promovendo a aprendizagem de

ofícios e atividades de vida diária, de modo a fornecer os instrumentos que lhes

permitam aceder mais tarde a uma profissão/trabalho, que seja o seu meio de

subsistência e lhes proporcione satisfação e realização pessoal, sentindo-se úteis no

seio da comunidade onde se inserem. Neste âmbito, seria relevante ter uma cozinha,

cuja utilização não tivesse restrições, de modo a desenvolver-se um trabalho contínuo,

sistemático e eficaz. O projeto da “horta pedagógica”, apesar de ter tido resultados

positivos, seria mais profícuo se a horta estivesse no espaço escolar e que fosse

construída uma estufa, o que permitiria um trabalho continuado e com acesso diário,

se necessário, para além de que iria permitir uma maior produção e mais cedo do que

é habitual ao ar livre. Também, e não menos importante, poderia eventualmente

servir outras turmas, promovendo-se um trabalho cooperativo e quiçá impulsionador

duma melhor inclusão.

O conselho de turma também considerou importante incluir no currículo destes

alunos a disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), pela

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importância de que se reveste a literacia digital nos nossos dias, quer pelo acesso à

internet que atualmente é um instrumento de uso quase diário (E-fatura, IRS, consulta

de documentos, preenchimento de formulários, entre outras), quer para desenvolver

trabalhos de leitura e de escrita.

Na avaliação final do ano letivo da turma UNECA Ocupacional, verificou-se que,

apesar das dificuldades, os alunos continuam a desenvolver algumas das

aprendizagens previstas nos CEI, pelo que se pode concluir que os objetivos definidos

se encontram ajustados às necessidades da turma.

Refira-se que as problemáticas da turma/grupo estão expressas nos projetos

educativos individuais, que as suas dificuldades passam pela falta de cooperação entre

pares em tarefas e projetos comuns; na realização de atividades de forma autónoma,

solicitando constantemente o apoio do adulto; no uso correto da língua portuguesa

para comunicar e concentração na sala de aula.

Refira-se que as atividades realizadas estavam definidas no Plano Anual de

Atividades e outras realizadas mas não planeadas, mas que foram consideradas do

maior interesse para o desenvolvimento destes alunos na sua integração e

participação na comunidade. Gostaria ainda de realçar a partilha com toda a

comunidade escolar, em especial, com o Departamento da Educação Pré Escolar, o

Departamento do 1º Ciclo do Ensino Básico, a Equipa da Saúde Escolar, o Curso

Profissional de Apoio à Infância e a professora DA. Esta partilha foi ainda realizada com

outras turmas em várias atividades, nomeadamente, as aulas de TIC com o 1º ano T2,

onde foram divididos trabalhos e temas no âmbito da cidadania; a turma UNECA TVA

com quem partilhámos atividades, recreios, e um convívio estreito no dia-a-dia, a

turma da UNECA Socioeducativa com quem partilhámos atividades, recreios e o

almoço de final de ano letivo realizado com todas as turmas UNECA, num restaurante

e que foi o culminar de um ano de trabalho e vivências conjuntas.

Este trabalho realizado pela turma UNECA ocupacional de uma forma simples e

partilhada, tentou contribuir, com a sua participação na dinâmica escolar, para o

desenvolvimento da promoção de uma escola inclusa com sucesso, indo assim de

encontro aos pressupostos do projeto ProSucesso.

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XIV. OFICINA DE LEITURA

Neste ano letivo foram atingidos os principais objetivos gerais da área

curricular, tais como: promoção de atividades e estratégias de leitura, orientação de

diferentes tipos de leitura, promoção de atividades de seleção de informação,

envolvimento dos encarregados de educação (dia do pai, dia da mãe, …), leitura de

livros do acervo da biblioteca escolar, promoção e partilha de leituras e participação

em atividades para a comunidade escolar.

As atividades iniciaram-se pela diagnose de leitura, aos alunos envolvidos,

preferências de leitura, sendo que os alunos participaram na planificação e escolha da

metodologia de trabalho.

Foram sempre divulgados os trabalhos efetuados pelos alunos em diferentes

espaços escolares e tentou-se sempre rentabilizar o acervo da biblioteca escolar que

funcionou como fonte de pesquisas, fonte de leituras e partilhas de leituras efetuadas.

Também foi criado um blogue da oficina de leitura onde se partilharam leituras e

atividades realizadas durante o ano letivo. Acresce a ilustração de textos, a

sonorização de histórias, o mimar de histórias, a dramatização de textos, a leitura

expressiva de textos, não esquecendo espaços dedicados à leitura autónoma e

silenciosa.

Os alunos mostraram-se recetivos a este projeto e participaram ativamente na

componente prática da área curricular.

Os docentes consideram que, dada a predisposição dos alunos para a

componente prática, esta deve ser privilegiada na planificação das atividades do

próximo ano letivo. Contudo, os docentes consideram que o horário de funcionamento

da área curricular não favoreceu o empenho dos alunos em algumas das atividades

menos práticas.

Visto que este foi o primeiro ano em que houve a oferta desta área curricular,

os docentes tiveram que apelar à sua criatividade para manter o empenho e a

motivação dos alunos, de modo promover o gosto pela leitura e a atingir o principal

objetivo da mesma que é combater a iliteracia. Desta forma, os docentes implicados

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nesta área deverão ser dinâmicos, criativos e terem a capacidade de se adaptarem aos

interesses e predisposição dos alunos.

XV. OFICINA DE LÍNGUAS

Atendendo ao facto de que os alunos que frequentaram a oficina de línguas se

terem revelado participativos, interessados em superar as suas dificuldades e

empenhados em todas as atividades propostas, propõe-se que a mesma continue a

funcionar dentro dos mesmos moldes. Este espaço pode ser aproveitado para preparar

apresentações orais e composições que serão avaliadas posteriormente nos testes

bem como para esclarecer dúvidas sobre os conteúdos lecionados em sala de aula e

realizar exercícios de consolidação gramatical e lexical.

XVI. OFICINA DE MATEMÁTICA

Tendo esta oficina sido criada com o objetivo de aumentar o gosto e o sucesso

em matemática, foram trabalhados alguns objetivos específicos, junto dos alunos que

participaram, tais como:

Desmistificar ideias erróneas em relação à Matemática;

Estimular o processo cognitivo dos alunos, sobretudo nos que demonstram mais

dificuldades, através de uma maior contextualização dos conceitos Matemáticos e da

sua aplicabilidade prática;

Desenvolver competências, capacidades e habilidades necessárias à aprendizagem da

matemática;

Articular a parte lúdica da matemática com o despertar da curiosidade e o interesse

pelo estudo de novos desafios cognitivos.

Por forma a atingir tais objetivos, os docentes colocaram-se sempre como

parceiros dos alunos com dificuldades de aprendizagem, para que estes conseguissem

ultrapassar tais dificuldades e alcançassem os objetivos propostos.

Foram criadas condições favoráveis aos alunos para o esclarecimento das suas

dúvidas e interajuda entre eles. Foram trabalhados conteúdos lecionados na disciplina,

por forma a existir uma maior consolidação dos mesmos; resolução de

exercícios/atividades; construção/manipulação de modelos geométricos e recorreu-se

a jogos didáticos.

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A oficina de matemática teve 1.174 presenças, durante o ano letivo,

distribuídos conforme gráfico abaixo, sendo de destacar a frequência de vinte e quatro

alunos com uma presença assídua.

Pela análise quer dos gráficos quer do feedback dos alunos e professores,

verificou-se que esta foi uma mais valia para toda a comunidade escolar, contudo

constatou-se que os alunos que melhor aproveitaram este espaço foram os alunos que

apresentaram melhores índices de aprendizagem e que se encontravam mais

motivados para o estudo. Daí se considerar de toda a pertinência a continuidade deste

espaço, para os próximos anos letivos.

Contudo considera-se da maior importância a cedência de uma sala própria

para a oficina e que exista pelo menos um docente alocado a esta oficina sempre que

as diferentes turmas tenham tempo livre no horário, por forma a que possam usufruir

do mesmo.

Aquisição de jogos matemáticos e software informático, como por exemplo

DPGraph, GrafEq, Mathematica, Winplot, uma vez que este software é apresentado de

forma totalmente integrada à teoria e à resolução de problemas.

0

100

200

300

400

500

600

1º PER 2º PER 3º PER TOTAL

146180

129

455

215 235

134

584

58 5423

135

Frequência da Oficina

2º ciclo 3º ciclo secundário

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XVII. CONCLUSÃO O Plano de Promoção do Sucesso Escolar desta unidade orgânica foi pensado

tendo por base o compromisso de toda a comunidade educativa, em prol da promoção

do sucesso dos alunos, que só foi possível apostando na qualidade das aprendizagens

associadas a todo o processo de ensino/aprendizagem. Teve, também, em conta a

importância da relação da escola com a comunidade em que se encontra inserida, uma

vez que todas as aprendizagens contextualizadas se tornam mais significativas.

Sendo assim, todos os projetos acima monitorizados revelam estar em sintonia

com os objetivos preconizados pelo plano de promoção do ProSucesso desta Unidade

Orgânica.

Desta análise importa referir que serão necessários alguns reajustamentos de

forma a dar continuidade ao sucesso alcançado este ano letivo.

Velas, 08 de julho de 2016

A Equipa de ProSucesso da EBS de Velas.

Aprovado pelo Conselho Pedagógico em 13-07-2016

Pelo Conselho Pedagógico

(O Presidente)

João Manuel Amaral Silva

Ratificado pelo Conselho Executivo em 13-07-2016

Pelo Conselho Executivo

(O Presidente)

Rui Jorge Teixeira Moreira