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III Simpósio de Ciência, Inovação & Tecnologia – IF Sudeste MG - Campus Rio Pomba MODALIDADE: Iniciação Científica e Tecnológica Monitoria pedagógica: contribuições no processo de ensino-aprendizagem no IFET Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba Lídia FERREIRA (1); Geraldo LIMA (2); Paula MIRANDA (3). * (1) IFET – Campus Rio Pomba; (2) IFET – Campus Rio Pomba; (3) IFET – Campus Rio Pomba RESUMO O principal objetivo deste estudo é avaliar a atuação e repercussão do trabalho dos monitores junto ao corpo discente e docente dos cursos superiores - Administração, Agroecologia, Ciências da Computação, Zootecnia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Tecnologia em Laticínios e Licenciatura em Matemática - do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas, Campus Rio Pomba, em relação às disciplinas de Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística. A pesquisa investiga também a contribuição da monitoria pedagógica como estratégia que visa a apoiar os estudantes das referidas disciplinas para seu desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem. Com base nas pesquisas realizadas pode-se constatar que o índice de reprovação nas disciplinas anteriormente citadas teve significativa queda após o início da monitoria. Com base nos questionários aplicados aos alunos dos cursos superiores e do ensino médio pode-se perceber que a maioria dos alunos vê a monitoria como um bom auxilio no processo de ensino- aprendizagem. Todos os professores que responderam ao questionário também acreditam que a monitoria possa ser um bom auxilio para seus alunos. Palavras-chave: Monitoria Pedagógica. Ensino-Aprendizagem. Ensino de Matemática. 1 INTRODUÇÃO A matemática está inserida nas mais diversas áreas do conhecimento humano e sua utilização se dá nas mais diversificadas aplicações práticas e atividades básicas do dia-a-dia. Apesar da sua importância, algumas disciplinas, como por exemplo, Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística, apresentam um grau elevado de dificuldade de aprendizagem dos alunos que as cursam sendo percebido um elevado o índice de reprovação. Em consequência disso, muitos alunos perdem o interesse pela disciplina e muitos até mesmo abandonam o curso em que estão matriculados, aumentando consideravelmente o índice de evasão escolar. Não se pode desconsiderar a vivência dos alunos e nem deixar de valorizar os problemas e as indagações que movem sua curiosidade que poderão funcionar como instrumentos para outras e diferentes investigações e descobertas. Segundo Ausubel: Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, diria isto: O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso os seus ensinamentos. (AUSUBEL, 1980, prefácio pág. Ix) Partindo-se do principio deste autor, para que a aprendizagem ocorra de maneira significativa é necessário que, dentre outras condições, o aprendiz tenha algum conhecimento prévio acerca do material a ser aprendido. Quando um aluno chega à monitoria, é provável que tenha adquirido algum tipo de conhecimento prévio que pode ser averiguado pelo monitor, no caso dele ter participado das aulas sobre o assunto acerca do qual procura aprendizagem e/ou esclarecimentos para suas dúvidas. Então, o monitor poderá auxiliá-lo nesse sentido, já que em sala de aula muitas vezes não é possível ocorrer este tipo de atendimento devido ao grande número alunos que de certo modo dificulta o atendimento individual por parte professor a todos os alunos. Neste contexto, podemos entender que a atividade de monitoria pode facilitar a aprendizagem dos alunos que a procuram e, além disso, facilitar que ela ocorra de maneira significativa. Per Christian diz que o professor, o educador, não deveria importar se uma turma é de 2, 3 ou 50, deve-se sempre tentar descobrir o que o aluno sabe e ensinar depois. Ele sabe que é muito difícil porque as turmas são muito heterogêneas, mas o professor não pode desistir por causa disso, tem que tentar encontrar uma solução. * [email protected]

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III Simpósio de Ciência, Inovação & Tecnologia – IF Sudeste MG - Campus Rio PombaMODALIDADE: Iniciação Científica e Tecnológica

Monitoria pedagógica: contribuições no processo de ensino-aprendizagem no IFET Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba

Lídia FERREIRA (1); Geraldo LIMA (2); Paula MIRANDA (3). *

(1) IFET – Campus Rio Pomba; (2) IFET – Campus Rio Pomba; (3) IFET – Campus Rio Pomba

RESUMO O principal objetivo deste estudo é avaliar a atuação e repercussão do trabalho dos monitores junto ao corpo discente e docente dos cursos superiores - Administração, Agroecologia, Ciências da Computação, Zootecnia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Tecnologia em Laticínios e Licenciatura em Matemática - do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas, Campus Rio Pomba, em relação às disciplinas de Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística. A pesquisa investiga também a contribuição da monitoria pedagógica como estratégia que visa a apoiar os estudantes das referidas disciplinas para seu desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem. Com base nas pesquisas realizadas pode-se constatar que o índice de reprovação nas disciplinas anteriormente citadas teve significativa queda após o início da monitoria. Com base nos questionários aplicados aos alunos dos cursos superiores e do ensino médio pode-se perceber que a maioria dos alunos vê a monitoria como um bom auxilio no processo de ensino-aprendizagem. Todos os professores que responderam ao questionário também acreditam que a monitoria possa ser um bom auxilio para seus alunos.

Palavras-chave: Monitoria Pedagógica. Ensino-Aprendizagem. Ensino de Matemática.

1 INTRODUÇÃOA matemática está inserida nas mais diversas áreas do conhecimento humano e sua utilização se dá nas

mais diversificadas aplicações práticas e atividades básicas do dia-a-dia. Apesar da sua importância, algumas disciplinas, como por exemplo, Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística, apresentam um grau elevado de dificuldade de aprendizagem dos alunos que as cursam sendo percebido um elevado o índice de reprovação. Em consequência disso, muitos alunos perdem o interesse pela disciplina e muitos até mesmo abandonam o curso em que estão matriculados, aumentando consideravelmente o índice de evasão escolar.

Não se pode desconsiderar a vivência dos alunos e nem deixar de valorizar os problemas e as indagações que movem sua curiosidade que poderão funcionar como instrumentos para outras e diferentes investigações e descobertas. Segundo Ausubel:

Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, diria isto: O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso os seus ensinamentos. (AUSUBEL, 1980, prefácio pág. Ix)

Partindo-se do principio deste autor, para que a aprendizagem ocorra de maneira significativa é necessário que, dentre outras condições, o aprendiz tenha algum conhecimento prévio acerca do material a ser aprendido. Quando um aluno chega à monitoria, é provável que tenha adquirido algum tipo de conhecimento prévio que pode ser averiguado pelo monitor, no caso dele ter participado das aulas sobre o assunto acerca do qual procura aprendizagem e/ou esclarecimentos para suas dúvidas. Então, o monitor poderá auxiliá-lo nesse sentido, já que em sala de aula muitas vezes não é possível ocorrer este tipo de atendimento devido ao grande número alunos que de certo modo dificulta o atendimento individual por parte professor a todos os alunos. Neste contexto, podemos entender que a atividade de monitoria pode facilitar a aprendizagem dos alunos que a procuram e, além disso, facilitar que ela ocorra de maneira significativa.

Per Christian diz que o professor, o educador, não deveria importar se uma turma é de 2, 3 ou 50, deve-se sempre tentar descobrir o que o aluno sabe e ensinar depois. Ele sabe que é muito difícil porque as turmas são muito heterogêneas, mas o professor não pode desistir por causa disso, tem que tentar encontrar uma solução.

* [email protected]

III Simpósio de Ciência, Inovação & Tecnologia – IF Sudeste MG - Campus Rio PombaMODALIDADE: Iniciação Científica e Tecnológica

Em turmas grandes, por exemplo, o professor pode dar assistência em grupos menores, monitorias ou tutorias para alguns alunos.

Segundo Braathen (2003), alguns motivos são frequentemente atribuídos a uma preparação inadequada na educação pré-universitária; a um Ensino Médio de baixa qualidade. Além disso, ouvimos vários argumentos, tais como, desinteresse dos alunos pela disciplina, idéias negativas pré-concebidas a respeito da matéria, que seria difícil e enfadonha.

Nesse sentido, acreditamos que a monitoria pedagógica possa contribuir de forma positiva para melhorar o desempenho acadêmico dos estudantes. Segundo Bezerra (2008), alunos que cursavam as disciplinas de Matemática I e II e Fundamentos de Matemática dos cursos de Agronomia, Zootecnia e Ciências Biológicas do Cento de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), consideravam estas disciplinas difíceis de aprendizagem, atribuindo tal falto de um modo geral devido às carências encontradas no ensino básico antes do seu ingresso na universidade. Para sanar as dificuldades apontadas, foram usadas diversas estratégias para auxiliar estes alunos, dentre elas a monitoria. Para ele, o projeto de monitoria tornou-se indispensável, pois, pode constatar que houve uma contribuição para melhorar o processo ensino-aprendizagem, além disso, tem auxiliado no desenvolvimento do monitor, tanto no âmbito pessoal, melhorando o seu relacionamento com os demais alunos, quanto no profissional, proporcionando um maior conhecimento dos conteúdos inerentes a disciplina.

Para Cavasotto (2008) os alunos do curso de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) apresentam algumas dificuldades no processo de aprendizagem da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral. A fim de identificar estas dificuldades, estes alunos participaram de oficinas de estudos sobre conhecimentos matemáticos de nível Fundamental e Médio, inicialmente eles estavam um pouco tímidos para fazer questionamentos, mas demonstravam interesse em buscar ajuda na superação das duvidas. Ao resolverem exercícios de Matemática relevantes para os estudos de Cálculo, estudada a níveis de Ensino Fundamental e Médio, percebeu-se que para cada questão estes alunos cometiam alguns erros que se repetiam. Este procedimento serviu para entender quais as dificuldades que os alunos trazem ao ingressar na Universidade e como isso reflete em seus rendimentos no decorrer do curso na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral.

Filho (2008) junto aos professores do Departamento de Economia e aos alunos-monitores, com a aplicação de um questionário, obteve índices quantitativos e qualitativos que comprovam que os estudantes concordam que a monitoria incentiva o interesse pela docência e pela pesquisa, assim como desperta a vocação acadêmica.

O mesmo pode-se observar quando se diz respeito às monitorias das disciplinas dos cursos da área de saúde. Descrita por Haag, Aquino e Junior

Segundo Haag (2008) alunos e professores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS foram arguidos sobre a percepção destes em relação a pratica de monitoria e sua influencia no desenvolvimento das atividades de estágio. Inicialmente os alunos de Fundamentos de Enfermagem I e II responderam sobre os aspectos positivos e negativos da monitoria, assim como, sua influência para o aprendizado no decorrer da disciplina e sobre a influência da monitoria na prática de estágio. Em suas falas, estes demonstraram muitos aspectos positivos, entre eles, a maior habilidade, esclarecimento de dúvidas e didática/atenção dos monitores, em relação ao campo de estágio eles destacaram maior conhecimento, melhor atuação e confiança. Já os professores responderam sobre o desempenho destes alunos na prática do estágio. Estes destacaram a biossegurança como um dos indicadores em que os alunos apresentam desempenho muito bom. Para a autora a monitoria constitui-se em uma ferramenta facilitadora para o desenvolvimento teórico-prático do aluno, mas não se concretiza como instrumento único e responsável pela qualificação deste.

Segundo Aquino (2004) a monitoria da disciplina Enfermagem no Processo de Cuidar II da Universidade Federal do Ceará (UFC) é adequada às necessidades dos acadêmicos, ainda acrescenta conhecimentos e vivências de práticas relativas ao dia-a-dia. Os alunos tiveram a oportunidade de abordar novamente os assuntos vistos previamente em sala de aula, podendo tirar eventuais dúvidas e tendo contato com alunos que também vivenciaram suas angústias e seus temores, comuns na transição entre teoria e prática hospitalar. Esta metodologia foi bem aceita pelos alunos, o que leva a crer que esta atividade contribuiu para o crescimento e aperfeiçoamento dos bolsistas e para o fortalecimento do processo ensino-aprendizagem dos acadêmicos da disciplina.

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Junior (2006) descreve as atividades de monitoria de informática em saúde da Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) nos últimos 10 anos. A monitoria é oferecida anualmente aos estudantes da segunda a quinta séries em medicina e da segunda a quarta séries do curso de enfermagem. O processo de seleção se inicia com a publicação de um edital com as normas da monitoria e do processo de seleção. A relação é feita através de uma prova prática ou teórico-prática, além disso, há uma entrevista e uma tradução de texto sobre informática em saúde do inglês para o português. Cada monitor deve trabalhar por 8 horas semanais, o trabalho dos monitores consiste basicamente em um plantão semanal no período das 17 às 22 horas, na participação semanal na reunião da disciplina e em atividades de pesquisa e ensino e extensão. Neste período de 10 anos, entre 1997 e 2006 a monitoria de informática em saúde teve 84 monitores. Em média cada monitor permaneceu 1,3 anos no programa. Estes monitores apresentaram 28 trabalhos em congressos. 4 monitores ou ex-monitores tiveram projeto de iniciação científica sobre ética médica ou bioética aprovados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, recebendo bolsa durante 10 meses. Foi premiado em congresso 1 trabalho científico com o prêmio “Cândido Pinto de Mello” no XI CBIS e outro trabalho foi um dos 10 finalistas do 3º Prêmio Saúde Brasil.

Ainda pode-se destacar a contribuição da monitoria em outras disciplinas como bioquímica, matemática no Ensino Médio e Sociologia. Descrita por Cavalcante, Soares e Baldi.

Para Cavalcante (2008) as monitorias têm sido atualmente muito utilizadas pelas universidades como processos auxiliares de ensino. A monitoria da disciplina de bioquímica foi criada para assessorar os alunos dos cursos de química e biologia da UECE-FAFIDAM. A partir daí é analisado o ensino de Bioquímica nas escolas municipais de Limoeiro do Norte – CE. Segundo o autor a disciplina de bioquímica, devido a sua complexidade, exige do aluno conhecimentos adquiridos anteriormente. Um estudo aprofundado da disciplina e um suporte como o da monitoria contribuem para o sucesso na mesma. Para os professores é preciso um melhor aperfeiçoamento para se enquadrar na nova proposta didática exigida pela disciplina. Além da necessidade de retornar a faculdade para uma reciclagem de conteúdos.

Soares (2008) na disciplina de Sociologia das Organizações no projeto intitulado MONITORIA VOLUNTÁRIA: um exemplo a ser seguido obteve-se como resultado um maior rendimento e aproveitamento da turma envolvida no processo, incentivando outros discentes a colaborarem nesta prática voluntária em que o maior lucro é o aprendizado contínuo e compartilhado da comunidade acadêmica.

Segundo Baldi (2009) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Machado (IFSM - M) os alunos monitores da disciplina de matemática são escolhidos devido à facilidade que apresentam para a disciplina, disponibilidade de tempo e interesse que demonstram. As atividades desenvolvidas são propostas pela professora da disciplina. Após três semanas de atividades todos os alunos foram submetidos a uma avaliação semelhante à primeira. Foram anotados os resultados e a participação nas monitorias através de contagem das listas de presenças dos monitores. A partir daí pode-se evidenciar que o sistema de monitoria é uma alternativa eficaz a recuperação paralela dos conteúdos da disciplina de Matemática.

O IFET – Campus Rio Pomba possui sete cursos superiores onde todos apresentam as disciplinas Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística. Devido à grande procura de monitores para estas disciplinas surgiu a necessidade de uma investigação mais apurada da realidade local.

Então indagamos: como está sendo a eficácia desse instrumento no âmbito do IFET – Campus Rio Pomba? Qual a percepção da monitoria vista pelos alunos, monitores e professores? Quais são os fatores que acarretam a falta de interesse?

2 MATERIAIS E MÉTODOSA metodologia de pesquisa utilizada é do tipo empírica, estruturada em fases distintas, e foi desenvolvida

durante os meses de abril, maio e junho de 2010, envolvendo 203 alunos, 5 monitores e 4 professores.

Primeiramente, foi feita uma análise de documentos realizada junto à Secretaria de Registros Acadêmicos e Coordenação de Cursos de Graduação do IFET – Sudeste de Minas, campus Rio Pomba, que teve como fim levantar dados quantitativos de reprovação e desistências nas disciplinas em estudo. Também, numa segunda fase, realizou-se uma coleta de dados sobre a monitoria no IF Sudeste MG - Campus Rio Pomba. A partir desta pesquisa observamos que foram abertos 9 editais de monitorias para as disciplinas de Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística, dos quais somente um não fora preenchido.

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Num segundo momento, foi feito um estudo bibliográfico com o propósito de verificar outros estudos sobre a monitoria, levantar pontos positivos e negativos, métodos usados nas atividades.

Num terceiro momento foram aplicados questionários com o propósito de caracterizar os sujeitos entrevistados, sua afinidade e atitudes perante a monitoria.

Questionários a que foram submetidos os alunos, monitores e professores tiveram o intuito de abordar aspectos referentes à importância do monitor e da monitoria no processo de ensino e aprendizagem relativos à assiduidade do monitor tanto nas aulas teóricas da disciplina, como no exercício da monitoria, a percepção do grupo pesquisado a respeito da monitoria, a preferência do aluno em elucidar suas dúvidas com o professor ou com o monitor, freqüência de alunos à monitoria, verificar se o horário e local ofertado são adequados, as atitudes dos alunos e monitores perante as disciplinas monitoradas etc.

Os questionários foram aplicados durante o primeiro semestre de 2010 a todas as turmas, a partir do terceiro período, dos cursos superiores do instituto totalizando 203 alunos, com o objetivo de obter dados quantitativos e qualitativos sobre as monitorias e ainda sobre o perfil destes alunos foram propostas perguntas referentes à naturalidade e tipo de escola em que cursaram o ensino médio, os alunos ainda foram questionados sobre sua frequência nas monitorias, avaliaram o preparo dos monitores e horários de atendimento e contribuição da monitoria para seu rendimento na disciplina. Neste mesmo período os monitores e professores das disciplinas citadas também responderam um questionário, totalizando 5 monitores e 4 professores, estes responderam sobre qual disciplina leciona ou foi monitor, sobre o desempenho dos alunos após o inicio da monitoria.

Além de relatar as percepções destes alunos acerca da monitoria descrever a visão do monitor sobre o seu papel, o papel do aluno e da monitoria frente o processo ensino-aprendizagem.

Também foram analisados questionários submetidos aos alunos de algumas turmas do 2º ano e das turmas do 3º ano do IFET – Campus Rio Pomba com intuito de saber a opinião, impressões e possíveis sugestões destes alunos acerca da monitoria de Física uma vez que também há monitoria para o ensino médio. Os questionários continham as seguintes perguntas: Você já fez uso da monitoria de Física? Quantas vezes? Justifique. Você acha interessante ter uma monitoria de Física? Caso afirmativo, quem poderia ser o monitor e como deveria funcionar a monitoria?

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Opiniões dos alunos do Ensino Médio a respeito da monitoria de FísicaConforme questionário respondido pelos alunos do Ensino Médio do IFET-Campus Rio Pomba a respeito

da monitoria de Física foram coletadas algumas opiniões, impressões e sugestões.

Os resultados apresentados no Gráfico 1 a seguir dizem respeito à primeira pergunta do questionário aplicado que teve o intuito de saber a respeito da frequência de utilização da monitoria.

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Gráfico 1 – percentagem de alunos que utilizaram ou não a monitoria de Física

Podemos constatar que a maioria dos alunos não frequentaram a monitoria de Física.

Os resultados apresentados no Gráfico 2 a seguir diz respeito à segunda pergunta do questionário aplicado para saber a respeito do interesse dos alunos pela monitoria.

Gráfico 2 – percentagem de alunos que acham ou não interessante ter uma monitoria de Física

Como podemos observar a maioria dos alunos acha interessante ter uma monitoria de Física, com exceção de pouquíssimos alunos.

Identificamos também algumas impressões dos alunos do Ensino Médio a respeito da monitoria. Alguns alunos afirmam não terem frequentado às monitorias devido à falta de tempo, já que estudam de manhã e a tarde (alguns também à noite) e as monitorias aconteciam no período da noite que, segundo os alunos, era o horário que eles tinham para fazerem a tarefa extraclasse. Outros afirmam que não foram às monitorias porque não encontraram dificuldades na disciplina ou então procuraram um colega que tinham mais facilidade com a disciplina. Alguns alunos alegam que não sabiam os dias e horários das monitorias e por isso não frequentavam. Ainda tiveram alunos que foram à monitoria, mas afirmaram que não conseguiram esclarecer suas duvidas e por esse motivo não voltaram.

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Dentre os alunos que foram à monitoria muitos foram para tirar dúvidas em exercícios proposto pelo professor ou tirar duvidas que não conseguiram tirar com o professor no horário de aula.

Os alunos concordam que a monitoria é um recurso muito importante para auxiliá-los na aprendizagem.

As opiniões se dividem quanto aos horários em que deveria ocorrer a monitoria. Alguns alunos sugerem que o melhor horário seria no intervalo do almoço enquanto a maioria sugere que o melhor horário seria a partir das 17 h, ou seja, após o termino diário das aulas. Existe certa contradição nesta opinião, pois, eles mesmos alegaram que não frequentarem a monitoria devido ao horário noturno não ser bom.

Em suas manifestações consideram que para ser monitor deve ser escolhido alunos dos cursos superiores e alguns citam sua preferência por monitores que fossem alunos do curso de Ciência da Computação ou do curso de Licenciatura em Matemática.

3.2 Índices de aprovação e reprovação dos alunos dos Cursos SuperioresApresentamos, nos Gráficos 3 e 4, os índices de aprovação e reprovação dos alunos dos cursos superiores

em relação às disciplinas de Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística. Os dados foram obtidos a partir de pesquisa documental realizada junto a Coordenação Geral de Graduação (CGG) sendo as informações levantadas a partir do início do ano de 2007.

Vale esclarecer que em 2007 não foram ofertadas as disciplinas de Cálculo e Fundamentos do Cálculo, em 2008 não foi ofertada a disciplina de Fundamentos do Cálculo e em 2009 não foram ofertadas as disciplinas de Física I e Cálculo II.

Gráfico 3 – percentual de alunos aprovados

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Gráfico 4 - percentual de alunos reprovados

Pode se verificar que em 2007 a disciplina de Estatística, 96,9% dos alunos foram aprovados e 3,1% são desistentes; em Física 53,5% foram aprovados, 9,3% reprovados e 13, 95% são desistentes.

No ano de 2008 na disciplina de Cálculo I, 42,4% dos alunos foram aprovados e 31,8% foram reprovados e 25,8% são desistentes; em Calculo II, 57,1% dos alunos foram reprovados e 35,7% reprovados; em Física I, 89,5% foram aprovados e 10,5% desistiram; em Física II, 91,2% foram aprovados e 8,8% reprovados; em Estatística, 73,9% foram aprovados, 20% reprovados e 6,9% desistiram.

Já no ano de 2009 na disciplina de Estatística 70,5% dos alunos foram aprovados, 16,7% reprovados, 10,3% desistiram e 2,6% foram transferidos; em Física II, 100% dos alunos foram aprovados; em Fundamentos do Cálculo, 49,3% dos alunos foram aprovados, 47,5% reprovados e 3,2% desistiram; em Cálculo I, 65,6% dos alunos foram aprovados e 34,4% reprovados; em Cálculo Numérico, 60% dos alunos foram aprovados, 4% reprovados e 36% desistiram de cursar a disciplina.

3.3 Algumas características dos alunos dos cursos superioresApresentamos a seguir resultados que mostram a características e visão dos alunos dos cursos superiores

do IFET – Campus Rio Pomba sobre as monitorias de Física, Cálculo, Fundamentos do Cálculo e Estatística. Estes dados foram obtidos a partir das respostas destes alunos nos questionários aplicados.

O Gráfico 5 diz respeito ao sexo destes alunos.

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Gráfico 5 – percentual de alunos quanto ao sexo masculino ou feminino.

Podemos perceber que em 4 dos 7 cursos superiores do instituto a maioria dos alunos é do sexo feminino. Administração 33% são do sexo masculino e 67% do sexo feminino; Agroecologia 72% são do sexo masculino e 28% são do sexo feminino; Ciência da Computação 77% são do sexo masculino e 23% são do sexo feminino; Zootecnia 56% são do sexo masculino e 44% são do sexo feminino; Ciência e Tecnologia de Alimentos 47% são do sexo masculino e 53% são do sexo feminino; Tecnologia em Laticínios 37% são do sexo masculino e 63% são do sexo feminino; Licenciatura em Matemática 41% são do sexo masculino e 59% são do sexo feminino.

O Gráfico 6 apresenta se a naturalidade dos alunos é de Rio Pomba ou não.

Gráfico 6 – percentual de alunos quanto à naturalidade

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De acordo com os resultados apresentados no Gráfico 6 pode-se observar que apenas no curso de Licenciatura em Matemática a maioria dos alunos é de Rio Pomba. No curso de Administração 37% são de Rio Pomba e 63% são de outro município; Agroecologia 100% são de outro município; Ciência da Computação 27% são de Rio Pomba e 73% são de outro município; Zootecnia 6% são de Rio Pomba e 94% são de outro município; Ciência e Tecnologia de Alimentos 18% são de Rio Pomba e 82% são de outro município; Tecnologia em Laticínios 13% são de Rio Pomba e 87% são de outro município; Licenciatura em Matemática 54% são de Rio Pomba e 46% são de outro município.

3.4 Origem escolarO Gráfico 7 mostra o tipo de escola em que estes alunos concluíram o Ensino Médio.

Gráfico 7 – percentagem de alunos que concluíram o Ensino Médio em escola publica ou particular

Em relação ao tipo de escola que os alunos concluíram o Ensino Médio nota-se que em todos os cursos a maioria dos alunos são provenientes de escola pública. No curso de Administração 67% vieram de escola publica e 33% de escola particular; Agroecologia 70% vieram de escola publica e 30% de escola particular; Ciência da Computação 69% vieram de escola publica e 31% de escola particular; Zootecnia 88% vieram de escola publica e 12% de escola particular; Ciência e Tecnologia de Alimentos 65% vieram de escola publica e 35% de escola particular; Tecnologia em Laticínios 87% vieram de escola publica e 13% de escola particular; Licenciatura em Matemática 93% vieram de escola publica e 7% de escola particular.

3.5 Frequência com que os alunos procuram a monitoria O Gráfico 8 expõe o número de alunos que procuraram ou não ajuda do monitor.

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Gráfico 8 – percentual de alunos que procuraram ou não ajuda do monitor

Em relação ao alunos que procuraram ajuda dos monitores para tirar duvidas percebeu-se que em apenas dois cursos o número de alunos que procuraram ajuda dos monitores corresponde à minoria. No curso de Administração 70% procuraram ajuda e 30% não procuraram ajuda; Agroecologia 50% procuraram ajuda e 50% não procuraram ajuda; Ciência da Computação 15% procuraram ajuda e 85% não procuraram ajuda; Zootecnia 75% procuraram ajuda e 25% não procuraram ajuda; Ciência e Tecnologia de Alimentos 88% procuraram ajuda e 12% não procuraram ajuda; Tecnologia em Laticínios 90% procuraram ajuda e 10% não procuraram ajuda; Licenciatura em Matemática 22% procuraram ajuda e 78% não procuraram ajuda.

O Gráfico 9 diz respeito à para qual disciplina os alunos procuraram ajuda.

Gráfico 9 – percentagem de alunos que procuram ajuda da monitoria em cada disciplina

Em relação as disciplinas que os alunos procuraram ajuda percebeu-se que em todos os cursos houve procura da monitoria de cálculo. No curso de Administração 30% dos alunos procuraram a monitoria de Cálculo e 74% dos alunos procuraram a monitoria de Estatística; Agroecologia 2% dos alunos procuraram a

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monitoria de Física, 28% dos alunos procuraram a monitoria de Cálculo, 22% dos alunos procuraram a monitoria de Fundamentos do Cálculo e 20% dos alunos procuraram a monitoria de Estatística; Ciência da Computação 8% dos alunos procuraram a monitoria de Física e 4% dos alunos procuraram a monitoria de Cálculo; Zootecnia 6% dos alunos procuraram a monitoria de Física, 19% dos alunos procuraram a monitoria de Cálculo, 31% dos alunos procuraram a monitoria de Fundamentos do Cálculo e 37% dos alunos procuraram a monitoria de Estatística; Ciência e Tecnologia de Alimentos 5% dos alunos procuraram a monitoria de Física, 59% dos alunos procuraram a monitoria de Cálculo, 18% dos alunos procuraram a monitoria de Fundamentos do Cálculo e 53% dos alunos procuraram a monitoria de Estatística; Tecnologia em Laticínios 10% dos alunos procuraram a monitoria de Física, 67% dos alunos procuraram a monitoria de Cálculo e 60% dos alunos procuraram a monitoria de Estatística; Licenciatura em Matemática 2% dos alunos procuraram a monitoria de Física, 12% dos alunos procuraram a monitoria de Cálculo, 7 dos alunos procuraram a monitoria de Fundamentos do Cálculo e 2% dos alunos procuraram a monitoria de Estatística.

O Gráfico 10 mostra quantas vezes por semana os alunos afirmam que havia monitoria.

Gráfico 10 – percentual de alunos que afirmam quantas vezes por semana havia monitoria

Em relação ao número de vezes por semana que havia monitoria podemos constatar que a maioria dos monitores atendiam aos alunos 2 vezes por semana.

No curso de Administração 4% dos alunos afirmam que havia monitoria 1 vez por semana, 22% dos alunos afirmam que havia monitoria 2 vezes por semana, 15% dos alunos afirmam que havia monitoria 3 vezes por semana e 30% dos alunos não souberam responder a esta pergunta; Agroecologia 7% dos alunos afirmam que havia monitoria 1 vez por semana, 24% dos alunos afirmam que havia monitoria 2 vezes por semana, 9% dos alunos afirmam que havia monitoria 3 vezes por semana e 9% dos alunos não souberam responder a esta pergunta; Ciência da Computação 4% dos alunos afirmam que havia monitoria 3 vezes por semana e 12% dos alunos não souberam responder a esta pergunta; Zootecnia 6% dos alunos afirmam que havia monitoria 2 vezes por semana, 31% dos alunos afirmam que havia monitoria 3 vezes por semana, 6% dos alunos afirmam que havia monitoria 4 vezes por semana e 9% dos alunos não souberam responder a esta pergunta; Ciência e Tecnologia de Alimentos 47% dos alunos afirmam que havia monitoria 2 vezes por semana, 18% dos alunos afirmam que havia monitoria 3 vezes por semana e 24% dos alunos não souberam responder a esta pergunta; Tecnologia em Laticínios 13% dos alunos afirmam que havia monitoria 1 vez por semana, 40% dos alunos afirmam que havia monitoria 2 vezes por semana, 10% dos alunos afirmam que havia monitoria 3 vezes por semana e 27% dos alunos não souberam responder a esta pergunta; Licenciatura em Matemática 5% dos alunos afirmam que havia monitoria 1 vez por semana, 7% dos alunos afirmam que havia monitoria 2 vezes por semana, 5% dos alunos afirmam que havia monitoria 3 vezes por semana e 5% dos alunos não souberam responder a esta pergunta.

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3.6 Opiniões dos alunos a respeito da monitoria O Gráfico 11 apresenta à opinião dos alunos em relação aos horários das monitorias, se eles acharam

adequados, razoavelmente adequados ou inadequados.

Gráfico 11 – percentual de alunos que avaliou os horários das monitorias

Em relação aos horários em que os monitores atendiam aos alunos percebeu-se que a maioria dos alunos considera os horários razoavelmente adequados. No curso de Administração 15% doas alunos consideram os horários adequados, 41% dos alunos razoavelmente adequados e 15% dos alunos inadequados; Agroecologia 11% doas alunos consideram os horários adequados, 33% dos alunos razoavelmente adequados e 7% dos alunos inadequados; Ciência da Computação 4% doas alunos consideram os horários adequados, 8% dos alunos razoavelmente adequados e 4% dos alunos inadequados; Zootecnia 19% doas alunos consideram os horários adequados e 56% dos alunos razoavelmente adequados; Ciência e Tecnologia de Alimentos 12% dos alunos consideram os horários adequados, 71% dos alunos razoavelmente adequados e 6% dos alunos inadequados; Tecnologia em Laticínios 13% doas alunos consideram os horários adequados, 60% dos alunos razoavelmente adequados e 17% dos alunos inadequados; Licenciatura em Matemática 7% doas alunos consideram os horários adequados, 12% dos alunos razoavelmente adequados e 2% dos alunos inadequados.

O Gráfico 12 mostra a frequência destes alunos na monitoria

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Gráfico 12 – percentagem de alunos em relação a frequência nas monitorias

Em relação à frequência destes alunos nas monitorias podemos constatar que a maioria ia à monitoria de vez em quando. No curso de Administração 4% dos alunos nunca foi à monitoria, 59% dos alunos iam à monitoria de vez em quando e 7% dos alunos iam sempre à monitoria; Agroecologia 4% dos alunos nunca foi à monitoria, 39% dos alunos iam à monitoria de vez em quando e 7% dos alunos iam sempre; Ciência da Computação 4% dos alunos nunca foi à monitoria e 12% dos alunos iam à monitoria de vez em quando; Zootecnia 69% dos alunos iam à monitoria de vez em quando e 6% dos alunos iam sempre; Ciência e Tecnologia de Alimentos 82% dos alunos iam à monitoria de vez em quando e 6% dos alunos iam sempre; Tecnologia em Laticínios 77% dos alunos iam à monitoria de vez em quando e 13% dos alunos iam sempre; Licenciatura em Matemática 18% dos alunos iam à monitoria de vez em quando e 2% dos alunos iam sempre à monitoria.

O Gráfico 13 exibe a avaliação dos alunos quanto ao preparo do monitor, se achavam ele bem preparado, razoavelmente preparado ou despreparado.

Gráfico 13 – percentagem de alunos em relação a avaliação que fizeram quanto ao preparo do monitor

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Em relação ao preparo dos monitores percebemos que a maioria dos alunos avalia o preparo dos monitores como razoável.

No curso de Administração 48% dos alunos avaliam os monitores como bem preparados, 15% dos alunos como razoavelmente preparados e 4% dos alunos como despreparados; Agroecologia 26% dos alunos avaliam os monitores como bem preparados, 15% dos alunos como razoavelmente preparados e 2% dos alunos como despreparados; Ciência da Computação 8% dos alunos avaliam os monitores como razoavelmente preparados e 4% dos alunos como despreparados; Zootecnia 31% dos alunos avaliam os monitores como bem preparados e 44% dos alunos como razoavelmente preparados; Ciência e Tecnologia de Alimentos 35% dos alunos avaliam os monitores como bem preparados e 53% dos alunos como razoavelmente preparados; Tecnologia em Laticínios 10% dos alunos avaliam os monitores como bem preparados, 60% dos alunos como razoavelmente preparados e 20% dos alunos como despreparados; Licenciatura em Matemática 2% dos alunos avaliam os monitores como bem preparados e 20% dos alunos como razoavelmente preparados.

3.7 Algumas dificuldades de aprendizagem levantada pelos alunos O Gráfico 14 expõe algumas das razões das maiores dificuldades dos alunos.

Gráfico 14 – percentual de alunos em relação as dificuldades encontradas

Em relação a maior dificuldade destes alunos podemos notar que de um modo geral o problema de interpretação destaca-se com percentual elevado em relação as demais dificuldades apontadas.

No curso de Administração 7% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na concentração, 4% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no cálculo, 30% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no raciocínio, 37% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na interpretação e 4% dos alunos alegam outros motivos; Agroecologia 9% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na concentração, 17% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no cálculo, 11% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no raciocínio e 28% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na interpretação; Ciência da Computação 4% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no cálculo, 8% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no raciocínio e 4% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na interpretação; Zootecnia 25% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no cálculo, 31% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no raciocínio e 31% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na interpretação; Ciência e Tecnologia de Alimentos 6% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na concentração, 35% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no cálculo, 35% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no raciocínio, 29% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na interpretação e 6% dos alunos alegam outros motivos; Tecnologia em Laticínios 13% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na

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concentração, 43% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no cálculo, 7% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no raciocínio e 40% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na interpretação; Licenciatura em Matemática 2% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na concentração, 2% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no cálculo, 5% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está no raciocínio, 12% dos alunos dizem que sua maior dificuldade está na interpretação e 2% dos alunos alegam outros motivos.

3.8 Auto-avaliação dos alunosO Gráfico 15 mostra como os alunos acham que teria sido seu desempenho caso não houvesse monitoria,

se teria sido o mesmo ou não.

Gráfico 15 – percentual de alunos que acreditam ou não que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria

Quando perguntados se eles achavam que seu desempenho na disciplina teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria pode-se notar que a maioria dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo. No curso de Administração 11% dos alunos acreditam que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria e 59% dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria; Agroecologia 13% dos alunos acreditam que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria e 33% dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria; Ciência da Computação 8% dos alunos acreditam que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria e 8% dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria; Zootecnia12% dos alunos acreditam que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria e 62% dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria; Ciência e Tecnologia de Alimentos 29% dos alunos acreditam que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria e 59% dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria; Tecnologia em Laticínios 37% dos alunos acreditam que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria e 50% dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria; Licenciatura em Matemática 12% dos alunos acreditam que seu desempenho teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria e 10% dos alunos acreditam que seu desempenho não teria sido o mesmo caso não houvesse monitoria.

O Gráfico 16 apresenta a avaliação dos alunos em relação ao seu desempenho na disciplina após o início da monitoria, se melhorou muito, melhorou um pouco, não fez diferença ou piorou.

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Gráfico 16 – percentual de alunos que avaliou seu desempenho na disciplina após o inicio da monitoria

Quando perguntados como eles avaliam seu desempenho na disciplina após o início da monitoria percebeu-se que a maioria dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco. No curso de Administração 41% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou muito após o início da monitoria, 19% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco após o início da monitoria e 11% dos alunos avaliam que o início da monitoria não fez diferença em seu desempenho; Agroecologia 11% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou muito após o início da monitoria, 24% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco após o início da monitoria e 11% dos alunos avaliam que o início da monitoria não fez diferença em seu desempenho; Ciência da Computação 8% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco após o início da monitoria e 8% dos alunos avaliam que o início da monitoria não fez diferença em seu desempenho; Zootecnia 6% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou muito após o início da monitoria, 62% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco após o início da monitoria e 6% dos alunos avaliam que o início da monitoria não fez diferença em seu desempenho; Ciência e Tecnologia de Alimentos 24% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou muito após o início da monitoria, 59% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco após o início da monitoria e 6% dos alunos avaliam que o início da monitoria não fez diferença em seu desempenho; Tecnologia em Laticínios 13% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou muito após o início da monitoria, 57% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco após o início da monitoria e 20% dos alunos avaliam que o início da monitoria não fez diferença em seu desempenho; Licenciatura em Matemática 2% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou muito após o início da monitoria, 12% dos alunos avaliam que seu desempenho melhorou um pouco após o início da monitoria e 7% dos alunos avaliam que o início da monitoria não fez diferença em seu desempenho.

4 CONCLUSÕESPodemos concluir que a monitoria pode sim ser um ótimo auxilio para o professor e para o aluno. Porém,

enfatizamos que para que os resultados sejam satisfatórios é preciso que os horários sejam bem divulgados e que estes possam realmente atender à demanda dos alunos. Os monitores devem estar preparados para atender aos alunos, para que isso ocorra, o professor orientador deve avaliar os conhecimentos do candidato. É importante haver um bom relacionamento entre monitor e professor titular.

Ainda destacamos que deverá haver uma organização da documentação referente à monitoria, visto que houve uma dificuldade em encontrar este tipo de documentação no Campus – Rio Pomba. Sugerimos que

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sejam registrados os nomes dos professores titulares e monitores de cada disciplina, e ainda que seja registrada uma lista com a frequência dos alunos em cada monitoria. Quanto à secretaria sugerimos que seja criado um sistema que armazene em cada disciplina as notas dos alunos que as cursaram e ainda mostre o número de alunos aprovados, reprovados e desistentes naquela disciplina.

Percebemos que poucos alunos dos cursos noturnos frequentam as monitorias. Isso ocorre porque os horários das monitorias não são compatíveis com os horários destes alunos visto que muitos são de outras cidades ou trabalham e não é possível que venham ao instituto em outros horários. Para sanar este problema ou minimizar as dificuldades apontadas sugerimos a monitoria à distancia ou virtual que pode ser uma estratégia a ser utilizada como alternativa viável de ser implementada. Para tanto, referenciamos SOARES (2003) como ponto de partida para estudar a sua possível implantação.

6. REFERÊNCIASAQUINO, P. de S.; EDUARDO, K. G. T.; CAVALCANTE, K. M. de H.; SILVA, A. A.; VELOSO, T. M. C.; JÚNIOR, J. S. P. F.; FREITAS, L. V. de; AGUIAR, I. R.; XIMENES, L. B. Avaliação da monitoria voluntária: atuação do programa de educação tutorial. Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará (UFC).

AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2 ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980, prefácio pág. ix.

BALDI, B. A.; CARVALHO, D. J. de; CAMPOS, K. A. Sistema de monitoria como forma de recuperação na disciplina de matemática. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Machado (IFSM - M).

BEZERRA, F. T. C.; ARAÚJO, L. M.; BORGES, P. de F. Monitoria para o ensino e contextualização da matemática para os cursos de Agronomia, Ciências Biológicas e Zootecnia do Cca-Ufpb. Centro de Ciências Agrárias/Departamento de Ciências Fundamentais e Sociais/MONITORIA, 2008.

BRAATHEN, P.C. O processo ensino aprendizagem em disciplinas básicas do terceiro grau. Revista Educação & Tecnologia (E&T). Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), Belo Horizonte, v.8, nº 1, p.34-41, jan./jun. 2003.

CAVALCANTE, G.S.; MUNIZ, J.L.; TEIXEIRA, D.M.A.S. Monitoria em Bioquímica como Ferramenta Didática no Ensino e na Pesquisa da Educação. UECE-FAFIDAM, 2008.

CAVASOTTO, M.; PORTANOVA, Prof.ª Dra. R. Reflexões sobre as dificuldades na aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral. Mestrado em Educação em Ciências e Matemática, Faculdade de Física, PUCRS. III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2008.

FILHO, A. F. M.; OLIVEIRA, A. A. de; SIQUEIRA, L. B. O. de. Uma avaliação interna da monitoria do departamento de economia: opinião dos professores e monitores sobre o programa. Centro de Ciências Sociais Aplicadas/Departamento de Economia/MONITORIA. XI Encontro de Iniciação à Docência.

HAAG, G. S.; KOLLING, V.; SILVA, E.; MELO, S. C. B.; PINHEIRO, M. Contribuições da monitoria no processo ensino-aprendizagem em enfermagem. Universidade do Vale dos Sinos, Curso de Graduação em Enfermagem. São Leopoldo, RS. Rev Bras Enferm, Brasília 2008 mar-abr; 61(2): 215-20.

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JUNIOR, P. M. C.; CARVALHO, V. C. de L.; LIMA, A. G. de. Monitoria de Informática em Saúde na Famema: uma experiência de 10 anos. Disciplina de Informática em Saúde, Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), Brasil.

SOARES, Ana Luiza Alfaya Gallego et al . Utilização de um serviço de monitoria virtual voltado para o ensino de epidemiologia na graduação médica. Physis, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, jun. 2003. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312003000100003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em20 maio 2009.

SOARES, M. de A. A.; PAULINO, R. D. Monitoria voluntária: um exemplo a ser seguido. Centro de Formação de Tecnólogos/ Departamento de Ciências Sociais Aplicadas/MONITORIA. X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA.

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