monitoramento de fauna terrestre...foto 13 – adulto de elachistocleis spn. capturado nas aiq da...

115

Upload: others

Post on 20-Mar-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES
Page 2: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

I

MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE

AHE COLÍDER

Rio Teles Pires, MT

Empresa Executora: Ambiotech Consultoria

Equipe de execução:

Coordenação geral:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos

Herpetofauna:

Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico)

Biól. Cyro Bernardes

Auxiliar local

Avifauna:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico)

Biól. Eduardo Weffort Patrial

Graduando Giuliano Bernardon

Graduando Benedito Abrão Freitas

Mastofauna:

Biól. João Marcelo Deliberador Miranda (Resp. técnico)

Biól. Marcelo B. G. Rubio

Biól. Fernando Carvalho

Page 3: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

II

SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS ...................................................................................... V

ÍNDICE DE FOTOS ......................................................................................... VI

ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................... VIII

ÍNDICE DE GRÁFICOS .................................................................................... X

1 APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 1

2 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 4 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS ....................................................... 4 3.1.1 Áreas amostrais ................................................................................... 4 3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções .............................................. 4 3.2 MÉTODOS ................................................................................................ 5 3.2.1 Trabalho de campo .............................................................................. 5 3.2.2 Análise dos dados ................................................................................ 5

4 RESULTADOS ............................................................................................ 6 4.1 HERPETOFAUNA........................................................................................ 6 4.1.1 Parcela 1 - Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) ............ 6 4.1.1.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift Fences)

(AIQ) .................................................................................................. 6 4.1.1.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................... 8 4.1.1.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ............................................. 8 4.1.1.4 Registros não sistematizados ................................................................. 9 4.1.2 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) ................ 11 4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ)11 4.1.2.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 12 4.1.2.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 12 4.1.2.4 Registros não sistematizados ............................................................... 13 4.1.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII, controle) ..................... 15 4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift Fences)

(AIQ) ................................................................................................ 15 4.1.3.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 16 4.1.3.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 16 4.1.3.4 Registros não sistematizados ............................................................... 17 4.1.4 Espécies endêmicas, raras ou não descritas ...................................... 19 4.1.5 Espécies procuradas para caça .......................................................... 20 4.1.6 Espécies de interesse econômico ....................................................... 20 4.1.7 Espécies de interesse científico ......................................................... 21

Page 4: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

III

4.1.8 Espécies de interesse médico-veterinário .......................................... 21 4.1.9 Espécies indicadoras de qualidade ambiental .................................... 22 4.1.10 Riqueza e abundância ........................................................................ 22 4.1.11 Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a quinta

campanha .......................................................................................... 23 4.1.12 Suficiência amostral .......................................................................... 25 4.1.13 Considerações finais .......................................................................... 26 4.1 AVIFAUNA .............................................................................................. 28 4.1.1 Riqueza de espécies .......................................................................... 28 4.1.2 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei ............ 61 4.1.3 Espécies endêmicas ........................................................................... 61 4.1.4 Espécies migratórias ......................................................................... 61 4.1.5 Espécies relevantes ........................................................................... 61 4.1.6 Esforço amostral ................................................................................ 61 4.1.7 Comparação entre as áreas amostrais ............................................... 63 4.1.7.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de obras) ...................... 63 4.1.7.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório).............................. 63 4.1.7.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle) ........................... 64 4.1.8 Similaridade entre as áreas ............................................................... 65 4.1.9 Anilhamento ...................................................................................... 65 4.1.10 Índice Pontual de Abundância (IPA) ................................................. 70 4.1.11 Métodos não sistematizados .............................................................. 72 4.1.12 Índice de diversidade ........................................................................ 73 4.1.13 Espécimes coletados .......................................................................... 73 4.1.14 Considerações finais .......................................................................... 74 4.2 MASTOFAUNA ......................................................................................... 75 4.2.1 Procedimentos Metodológicos ........................................................... 75 4.2.2 Riqueza de espécies .......................................................................... 76 4.2.3 Espécies ameaçadas .......................................................................... 84 4.2.4 Espécies endêmicas ........................................................................... 85 4.2.5 Espécies raras ou de interesse científico ........................................... 86 4.2.6 Espécies migradoras e suas rotas ...................................................... 87 4.2.7 Espécies Bioindicadoras .................................................................... 87 4.2.8 Espécies exóticas............................................................................... 88 4.2.9 Espécies cinegéticas .......................................................................... 88 4.2.10 Espécies de importância econômica .................................................. 89 4.2.11 Espécies de risco epidemiológico ....................................................... 89 4.2.12 Esforço amostral ................................................................................ 90 4.2.13 Comparação entre as áreas amostradas ............................................ 91 4.2.13.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Canteiro de obras ............. 91 4.2.13.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Reservatório .................... 91 4.2.13.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII) – Controle .......................... 92 4.2.13.4 Comparação entre as áreas ................................................................. 92

Page 5: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

IV

4.2.13.5 4.3.14 Comparação entre as fases do monitoramento ............................. 93 4.2.13.6 Pequenos mamíferos .......................................................................... 94 4.2.13.7 Morcegos .......................................................................................... 94 4.2.13.8 Mamíferos de médio e grande porte ...................................................... 95 4.2.14 Considerações finais .......................................................................... 97

5 REFERÊNCIAS CONSULTADAS ................................................................ 98 5.1 HERPETOFAUNA...................................................................................... 98 5.2 AVIFAUNA .............................................................................................. 99 5.3 MASTOFAUNA ....................................................................................... 102

Page 6: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

V

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA ATRAVÉS DOS MÉTODOS IMPLEMENTADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A QUINTA CAMPANHA .............................. 24

FIGURA 2 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA ATRAVÉS DOS MÉTODOS IMPLEMENTADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A PRIMEIRA CAMPANHA ............................ 24

FIGURA 3 – SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA. CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA CONTROLE .................................. 93

Page 7: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

VI

ÍNDICE DE FOTOS

FOTO 1 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA ............................................................................................................. 7

FOTO 2 – FILHOTE DE CLELIA SP. REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PSLT ......... 8

FOTO 3 – ADULTO DE HYPSIBOAS FASCIATUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE ASR ................................................................................................................. 9

FOTO 4 – FILHOTE DE EUNECTES MURINUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PALT .............................................................................................................. 10

FOTO 5 – JUVENIL DE CORALLUS HORTULANUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PSLT.......................................................................................................... 12

FOTO 6 – FILHOTE DE CORALLUS HORTULANUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PALT.......................................................................................................... 14

FOTO 7 – ADULTO DE EUNECTES MURINUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PALT .............................................................................................................. 14

FOTO 8 – ADULTO DE ATRACTUS ALBUQUERQUEI AMOSTRADO PELAS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA ........................................................................... 15

FOTO 9 – ADULTO DE PHYLLOMEDUSA VAILANT AMOSTRADO ATRAVÉS DA METODOLOGIA DE PSLT ................................................................................... 16

FOTO 10 – ADULTO DE SPILOTES PULLATUS AMOSTRADO PELA PL ........................ 18

FOTO 11 – ADULTO DE EPICRATES CENCHRIA AMOSTRADO OCASIONALMENTE ...... 18

FOTO 12 – ADULTO DE LACHESIS MUTA AMOSTRADO .......................................... 18

FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID ......... 20

FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES DA AII ............................................................................................................ 21

FOTO 15 – DETALHE DO UM EXEMPLAR ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO SOBRE UM ÁRVORE NAS TRANSECÇÕES LIVRES DA AII ....................................... 21

FOTO 16 – TRABALHO DE ANILHAMENTO DE AVES SENDO EXECUTADO NO INTERIOR DA MATA DE VÁRZEA PRESENTE NO SÍTIO AMOSTRAL DA ADA ............................. 64

FOTO 17 – ARAPAÇU-PARDO (DENDROCINCLA FULIGINOSA) (ANILHA VERMELHA 0021) ENCONTRADO NA MATA APÓS SETE MESES DO ANILHAMENTO EM 06/07/2011 ..................................................................................................................... 68

FOTO 18 – PATINHO-ESCURO (PLATYRINCHUS SATURATUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO, EM MATA DE VÁRZEA DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA: ESPÉCIE RARA NA REGIÃO E COM POUCOS REGISTROS NO ESTADO DE MATO GROSSO ....... 68

FOTO 19 – PAPA-FORMIGA-PARDO (FORMICIVORA GRISEA) CAPTURADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ....................................................................................... 68

FOTO 20 – MACHO DE RENDADINHO (WILLISORNIS POECILINOTUS) ANILHADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO ................................................................................. 68

FOTO 21 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO. ......................................................................................... 69

Page 8: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

VII

FOTO 22 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), FÊMEA CAPTURADA NA ÁREA DO RESERVATÓRIO .......................................................................................... 69

FOTO 23 – ARAPAÇU-RISCADO (XIPHORHYNCHUS OBSOLETUS): UMA DAS ESPÉCIES TÍPICAS DA MATA DE VÁRZEA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO. ................................ 69

FOTO 24 – AZULÃO-DA-AMAZÔNIA (CYANOLOXIA CYANOIDES) ANILHADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS. ................................................................................. 69

FOTO 25 – GAVIÃO-PEGA-MACACO (SPIZAETUS TYRANNUS) FOTOGRAFADO NA FLORESTA CILIAR DO RIO TELES PIRES, NO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM DA UHE COLÍDER .................................................................................................. 73

FOTO 26 – ESPÉCIE ACRESCIDA À LISTA DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO: MORCEGO PTERONOTUS PERSONATUS ............................................................... 77

FOTO 27 – ESPÉCIE ACRESCIDA À LISTA DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO: MORCEGO PLATYRRHINUS FUSCIVENTRIS, ESPÉCIE DESCRITA PELA CIÊNCIA EM 2010 .............................................................................................................. 77

FOTO 28 – ESPÉCIE ACRESCIDA À LISTA DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO: MORCEGO LONCHOPHYLLA THOMASI ................................................................. 77

FOTO 29 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES ............................. 84

FOTO 30 – JAGUATIRICA (LEOPARDUS PARDALIS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA VU (VULNERÁVEL) ................................................ 84

FOTO 31 – O MARSUPIAL MONODELPHIS KUNSI, ESPÉCIE DD (DADOS INSUFICIENTES) .............................................................................................. 85

FOTO 32 – MORCEGO PHYLLOSTOMUS LATIFOLIUS: ESPÉCIE DD .......................... 85

FOTO 33 – SAGUI (MICO EMILIAE) ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS .................................................................... 85

FOTO 34 – CUXIÚ (CHIROPOTES ALBINASUS), ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA .. 85

FOTO 35 – MORCEGO DERMANURA GNOMA, ESPÉCIE TAMBÉM ENDÊMICA DA AMAZÔNIA ...................................................................................................... 86

FOTO 36 – MORCEGO PLATYRRHINUS FUSCIVENTRIS, ESPÉCIE RECÉM DESCRITA PELA CIÊNCIA E REGISTRADA NO PRESENTE ESTUDO .......................................... 87

FOTO 37 – GRAXAIM OU CACHORRO-DO-MATO (CERDOCYON THOUS), ESPÉCIE BIOINDICADORA REGISTRADA EM ARMADILHA FOTOGRÁFICA .............................. 88

FOTO 38 – A COTIA (DASYPROCTA LEPORINA) É UMA ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO, MUITO CAÇADA NA REGIÃO .......................................................... 89

FOTO 39 – O CATETO (PECARY TAJACU), ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO, COMUMENTE CAÇADO NA REGIÃO. A ESPÉCIE FOI OBSERVADA COM FREQUÊNCIA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ......................................................................... 89

Page 9: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

VIII

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 – ESPÉCIES DE ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER ............................. 9

TABELA 2 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER, DURANTE A QUINTA CAMPANHA DE MONITORAMENTO ................... 11

TABELA 3 – ESPÉCIES DE ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) .......................... 13

TABELA 4 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) ............................................................................................ 14

TABELA 5 – ESPÉCIES DE ESCAMADOS E ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE) ..... 17

TABELA 6 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE) ........................................................................................... 19

TABELA 7 – ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL ................................................................................. 23

TABELA 8 – LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS CINCO PRIMEIRAS FASES DE CAMPO E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO .. 29

TABELA 9 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A TERCEIRA FASE DE CAMPO ........................................................................................................... 62

TABELA 10 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO .................................................................................................. 63

TABELA 11 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO .................................................................................................. 64

TABELA 12 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO ........... 65

TABELA 13 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO 65

TABELA 14 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS CINCO FASES DE CAMPO .............................................. 66

TABELA 15 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA .. 67

TABELA 16 – ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS .......................................................................................... 70

TABELA 17 – REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA QUINTA FASE DE CAMPO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS NÃO SISTEMATIZADOS ................................................. 72

TABELA 18 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA AHE COLIDER, MUNICÍPIOS DE COLIDER E ITABUNA, MT ........................................................... 78

Page 10: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

IX

TABELA 19 – ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS CINCO PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA DO AHE COLÍDER ................................... 90

TABELA 20 - COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES. .................................................................................................. 93

TABELA 21 - ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO ........................................... 94

TABELA 22 – ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO ............................................................. 95

TABELA 23 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO .................... 96

Page 11: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

X

ÍNDICE DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS CINCO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DE FAUNA ....................... 25

GRÁFICO 2 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA TERCEIRA FASE, TOTALIZANDO 264 ESPÉCIES ....................................................................................................... 62

GRÁFICO 3 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO ............... 63

GRÁFICO 4 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS CINCO PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA DO AHE COLÍDER, MT ............ 91

GRÁFICO 5 – ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS PEQUENOS MAMÍFEROS CAPTURADOS DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO ................................................. 94

GRÁFICO 6 – ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DO AHE COLÍDER, MT ................................................................................................................. 95

GRÁFICO 7 – ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO ........................... 97

Page 12: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

1

1 APRESENTAÇÃO

O AHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW

médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios

de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colider e Cláudia, no estado de Mato Grosso.

A implantação do AHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de

espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às conseqüências produzidas

pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento.

O programa de monitoramento é ferramenta fundamental para o estabelecimento de

estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados – caso dos

remanescentes de Floresta da região do empreendimento – uma vez que permitem

conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio deste tipo de

pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na região, incluindo

suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da área direta ou

indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão compor a base de

dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o estabelecimento

de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades de implantação do

empreendimento, sobre diferentes grupos animais.

Em 04/01/2011, o IBAMA expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de

Material Zoológico sob o nº 02013004996/10-08. Após a emissão da Licença a Copel

iniciou o Monitoramento de Fauna que tem prazo de duração de cinco anos, com

campanhas trimestrais.

Em 27/01/2012, o IBAMA renovou a Licença para Captura, Coleta e Transporte de

Material Zoológico sob o nº 02013.001712/2010-11, permitindo a continuidade do

monitoramento por mais um ano.

O presente relatório refere-se aos resultados obtidos após a execução da quinta fase

de campo do monitoramento pré-enchimento de fauna terrestre na área de influência

do AHE Colíder, realizada no mês de fevereiro de 2012, na estação chuvosa.

Page 13: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

2

2 INTRODUÇÃO

Estudos de monitoramento tem com principal objetivo conhecer a influência dos

principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um

empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos,

estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias,

suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens

realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de

maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um

empreendimento.

As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente,

pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da

presença ou ausência de alguns táxons.

Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou

monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização,

captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto

ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores

ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os

ecossistemas.

Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo

muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste

grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao

conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al.,

1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta

alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores

de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração

ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies

estenóica), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são

fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a

presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio

(eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração.

A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em

seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A

Page 14: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

3

fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior

problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma

comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de

habitats naturais a pressão de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em

qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al.,

2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004).

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e a despeito de sua

grande importância biológica vem sistematicamente sofrendo com sua redução,

transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados

direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido

arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do

Pará (HEYER et al., 1999).

O Brasil conta com aproximadas 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006),

sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008).

Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por

um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no

mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008).

Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor

atual é de 1.832 (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste

número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão.

É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo

executado o monitoramento de fauna do AHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos

resultados da quinta campanha de campo serão apresentados na sequência.

A particularidade da quinta campanha foi o elevado índice pluviométrico observado.

Houve chuva intensa em quase todos os dias e o nível do Rio Teles Pires foi o mais

alto já observado durante o estudo. Por um lado, para a herpetofauna, a época é

ideal, pois muitas serpentes e anfíbios estão em plena atividade, facilitando sua

detecção. Por outro, as chuvas e a instabilidade climática interferem negativamente

no registro de elementos da avifauna e mastofauna. Os estudos destes dois grupos

são prejudicados durante a época das chuvas por três principais motivos:

1) Alguns métodos utilizados se tornam menos eficazes durante este período

(redes de neblina devem permanecer fechadas durante as chuvas para que não

Page 15: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

4

haja captura acidental e morte por hipotermia, baldes dos pitfalls acumulam

água e prejudicam a captura de pequenos marsupiais e roedores);

2) A maioria das aves e mamíferos reduz a atividade durante as chuvas e no

período que as entecede, dificultando expressivamente sua detecção em

campo;

3) O acúmulo de água nas estradas, na vegetação ciliar do Rio Teles Pires e em

locais inseridos nos pontos amostrais dificulta o acesso e a aplicação dos

métodos empregados (instalação e revisão dos aparatos de captura).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS

3.1.1 Áreas amostrais

As mesmas áreas amostrais que vêm sendo avaliadas durante as primeiras fases

foram mantidas durante a quinta campanha.

3.1.2 Manutenção das parcelas e transecções

As linhas de pitfalls encontravam-se deterioradas em virtude da quantidade de

chuvas, da grande quantidade de árvores e galhos caídos sobre a cerca-guia e,

também, devido aos trechos consumidos por formigas. Desta forma, foi necessária

uma grande reforma da cerca-guia. As três linhas de pitfalls (ou seja, os três pontos

amostrais) receberam nova cerca-guia para que os buracos fossem cobertos e os

trechos desenterrados fossem fechados. Os baldes foram abertos para o início das

capturas propriamente ditas somente após a inteira reforma das cercas-guia.

Alguns baldes ainda foram roubados na área do reservatório, possivelmente por

pessoas que frequentam o rancho de pesca localizado nas proximidades dos pitfalls.

Os mesmos foram repostos para que o esforço amostral fosse o mesmo desde a

primeira campanha.

Page 16: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

5

3.2 MÉTODOS

Durante a quinta campanha, os métodos sistematizados utilizados para todos os

grupos faunísticos abordados foram replicados nos mesmos ambientes, moldes e

locais da campanha anterior. Os métodos não sistematizados foram aplicados em

ambientes novos, com o objetivo de melhor investigar as áreas e descobrir

populações ou espécies de interesse específico.

3.2.1 Trabalho de campo

A quinta fase de campo do referido monitoramento foi realizada entre os dias 06 e 28

de fevereiro de 2012. A equipe de execução dividiu esse período para a instalação e

remoção de armadilhas, reforma das linhas de pitfalls, coleta de dados sistematizados

e coleta de dados não sistematizados.

3.2.2 Análise dos dados

Após a obtenção dos dados em campo, as informações obtidas e os animais coletados

foram levados ao laboratório para estudo. Foram feitas algumas análises estatísticas

para efeito comparativo com as fases anteriores. As análises seguem o mesmo padrão

apresentado nos relatórios anteriormente apresentados.

Page 17: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

6

4 RESULTADOS

4.1 HERPETOFAUNA

Durante esta campanha, os métodos sistematizados foram replicados nos mesmos

ambientes e locais das campanhas anteriores. Os métodos não sistematizados foram

aplicados em novos ambientes ainda não amostrados, com o objetivo de melhor

investigar as áreas e encontrar táxons ainda não citados para a área de estudo. Os

métodos sistematizados foram aplicados entre os dias 23 a 28 de fevereiro, quando

cada parcela de interesse foi amostrada durante dois dias.

A respeito do esforço total com o método de captura em pitfalls, obteve-se um esforço

de 144 horas/balde por parcela e um total de 432 horas/balde de amostragem na

área de influência do AHE Colíder. Sobre o método de Procura Sistematizada Limitada

por Tempo (PSLT), foram realizadas duas horas de procura diurna e uma hora de

procura noturna, diariamente, totalizando um esforço de captura de 18 horas/homem

de busca por parcela e 54 horas/homem de busca nas parcelas de amostragem. Com

o método de Amostragem em sítio de reprodução (ASR), foram amostrados seis sítios

de reprodução, sendo dois por parcela. As amostragens ocorreram à noite, quando

três observadores realizaram as transeções durante uma hora. Desta forma obteve-se

um esforço de captura de seis horas/homem de amostragem por parcela e um total

de 12 horas de amostragem nas áreas de interesse.

Os métodos não sistematizados foram aplicados desde o primeiro instante da equipe

nas áreas de interesse (dia 15 a 28 de fevereiro de 2012).

4.1.1 Parcela 1 - Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras)

4.1.1.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift

Fences) (AIQ)

Nas armadilhas de queda do canteiro de obras foram registradas cinco espécimes de

quatro espécies de anuros: Ctenophryne geayi, Elachistocleis spn., Physalaemus cf.

cuvieri e Rhinella margaritifera. Destas, destaca-se a espécie Elachistocleis spn. (Foto

1), que deve corresponder a um táxon novo.

Page 18: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

7

FOTO 1 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Na semana anterior aos estudos da herpetofauna, entre os dias 07 e 18 de fevereiro,

foram realizados os estudos da mastofauna, quando as armadilhas permaneceram

abertas. Naquela oportunidade, os espécimes de répteis e anfíbios também foram

qualificados e quantificados, revelando uma interessante diferença entre os dois

momentos de amostragem. Ao contrário do observado, os valores de diversidade e

abundância, registrados quando a equipe de mastofauna esteve em campo foram

bem diferentes daqueles observados pela equipe da herpetofauna, estando

representados por apenas quatro espécimes do anuro Rhinella marina. Estas

diferenças poderiam ser explicadas, pelo menos em parte, por alguns fatores não

excludentes:

(1) Maior atividade de anuros e serpentes fossórias por ocasião de um maior

volume de chuva. Apesar de ambos os momentos de amostragem representar a

estação chuvosa e estarem separados por poucos dias de diferença, o padrão

desuniforme e fragmentado de chuvas no norte de Mato Grosso poderia ter

beneficiado o segundo momento de amostragem em detrimento do primeiro, gerando

valores de diversidade e abundâncias diferentes;

(2) Diferença naturais observadas na estação chuvosa. As diferenças

observadas, simplesmente, estariam refletindo um padrão natural de ocorrência para

o final da estação chuvosa, quando a flutuação no padrão de atividade, principalmente

dos anuros, varia bastante.

Page 19: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

8

4.1.1.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Por meio desta metodologia foram registradas quatro espécies, uma de anuro

(Physalaemus gr. cuvieri) e três espécies de serpentes (Clelia sp., Bothrops moojeni e

Lachesis muta). Destas, destacam-se as espécies de serpentes Clelia sp. (Foto 2) e

Lachesis muta, que ainda não haviam sido registradas durante o monitoramento de

fauna (e na área do canteiro). A presença de Lachesis muta na área de mata do

canteiro de obras ilustra a importância deste fragmento, sugerindo que

estruturalmente a área é capaz de abrigar espécies com maiores exigência ecológicas.

No entanto, campanhas futuras poderão produzir dados mais robustos capazes de

sustentar essa assertiva.

FOTO 2 – FILHOTE DE CLELIA SP. REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PSLT

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

4.1.1.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

O método de ASR registrou nove espécies de anfíbios anuros nos sítios de interesse

(Tabela 1). No sítio P1, que forma a várzea do Rio Teles Pires, foi registrada apenas

uma espécie, o anuro Hypsiboas fasciatus (Foto 3), registrada pela primeira vez

durante os estudos de monitoramento de fauna.

Page 20: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

9

FOTO 3 – ADULTO DE HYPSIBOAS FASCIATUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE ASR

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Já, no sítio reprodutivo P2, que é composto por uma série de alagados, foram

registradas oito espécies de anuros. Fato interessante, pois representam uma das

áreas mais alteradas do canteiro de obras, sugerindo que estes locais ainda são

capazes de manter algumas espécies, mesmo que todas com características

eurióticas. A única espécie com maiores exigências ecológica, Phyllomedusa azurea,

foi registrada em um alagado que ainda não sofreu pressão da obra.

TABELA 1 – ESPÉCIES DE ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER

Táxon Espécie Sítio N

AMPHIBIA ANURA Hylidae Dendropsophus nanus P2 40 Dendropsophus minutus P2 25 Hypsiboas albopunctatus P2 40 Hypsiboas fasciatus P1 10 Hypsiboas raniceps P2 5 Phyllomedusa azurea P2 10 Scinax cf. fuscovarius P2 5 Scinax nebulosus P2 20 Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus P2 1

4.1.1.4 Registros não sistematizados

Durante a quinta campanha, foram registradas quatro espécies pela metodologia de

PALT – Procura Aleatória Limitada por Tempo, sendo uma espécie de anfíbio

(Leptodactylus hylaedactylus), uma espécie de lagarto (Kentropix calcarata), uma

espécie de serpente (Eunectes murinus) e um crocodiliano (Paleosuchus trigonatus).

Page 21: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

10

Não foram observados jacarés no Rio Teles Pires durante essa campanha,

provavelmente por estar fora de seu leito, transbordado na mata, o que favorece

estes animais que se escondem na vegetação. Segundo moradores locais, durante a

estação cheia, os jacarés habitam, principalmente, as lagoas que se formam no

interior da mata o que, provavelmente, é verdade. Nesta campanha o único exemplar

de jacaré visualizado, encontrava-se em um lago, distante, mas com conexão com o

rio. Lagos e lagoas, provavelmente, servem como sítios reprodutivos, onde os filhotes

permanecem em seu primeiro estágio de vida. Na terceira campanha, foram

registrados diversos filhotes de jacaré junto com a mãe em uma lagoa no interior da

mata. Na campanha seguinte (quarta campanha) diversos filhotes foram observado

na entrada do córrego, no rio Teles Pires, que abastece a mesma lagoa. Mesmo não

sendo confirmado se os filhotes eram os mesmo, sugere-se que a reprodução ocorra

no interior das lagoas, onde os filhotes nascem e chegam ao Teles Pires por seus

afluentes à medida que vão secando.

O mesmo poderia ocorrer com grandes sucuris. Na área do canteiro, foi encontrado

um filhote de Eunectes murinus (Foto 4) justamente na entrada de um córrego que se

conecta com as “secadoras”. Projetos específicos, direcionados para as espécies de

crocodilianos, poderiam tentar elucidar estas questões, bem como, produzir dados

robustos para comparações quando ocorrer o enchimento do reservatório.

FOTO 4 – FILHOTE DE EUNECTES MURINUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PALT

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Ainda, foi encontrado um filhote de Osteocephalus cf. taurinus pela equipe da

mastofauna na área do canteiro.

Page 22: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

11

Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registradas 20

espécies da herpetofauna, das quais, 14 espécies de anuros, uma espécie de lagarto,

quatro espécies de serpentes e uma espécie de jacaré. Dentre os anuros, a família

mais representativa foi Hylidae, com oito espécies. Entre os répteis, a família mais

representativa foi Viperidae, com duas espécies (Tabela 2).

TABELA 2 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DO AHE COLÍDER, DURANTE A QUINTA CAMPANHA DE MONITORAMENTO

Táxon Espécie Nome poplular Método

AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella marina sapo-cururu AIQ Hylidae Dendropsophus nanus pererequinha ASR Dendropsophus minutus perereca-ampulheta ASR Hypsiboas albopunctatus perereca ASR Hypsiboas fasciatus perereca ASR Hypsiboas raniceps perereca-de-bananeira ASR Phyllomedusa azurea perereca-macaco ASR Scinax cf. fuscovarius raspa-de-cuia ASR Scinax nebulosus perereca ASR Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus razinha PALT Leptodactylus labyrinthicus rã-pimenta ASR Microhylidae Ctenophryne geayi sapinho AIQ Elachistocleis spn. apito-de-guarda AIQ Leiuperidae Physalaemus gr. cuvieri rã-cachorro AIQ,PALT REPTILIA SQUAMATA Teiidae Kentropix calcarata lagarto PALT Boidade Eunectes murinus sucuri PALT Colubridae Clelia sp. muçurana PSLT Viperidae Bothrops moojeni jararaca PSLT Lachesis muta* pico-de-jaca PSLT Alligatoridae Paleosuchus trigonatus jacaré PALT

4.1.2 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório)

4.1.2.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift

Fences) (AIQ)

As armadilhas de queda registraram um total de 39 espécimes de quatro espécies de

anuros (Ctenophryne geayi, Leptodactylus mystaceus, Rhinella margaritifera e

Rhinella marina). Vale destacar a predominância de filhotes recém metamorfoseados

Page 23: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

12

do anuro Rhinella margaritifera (18 do total de 26 amostrados) registrados nas

armadilhas. O mesmo pode ser verificado em diversos pontos da margem do Rio Teles

Pires, sugerindo período de recrutamento da espécie.

4.1.2.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Através deste método foram registradas dez espécies, das quais oito espécies de

anuros (Leptodactylus fuscus, Leptodactylus knudseni, Leptodactylus mystaceus,

Leptodactylus rhodomystax, Rhaebo guttatus, Physalaemus gr. cuvieri, Rhinella

marina e Rhinella margaritifera) e duas espécies de serpentes (Corallus hortulanu)

(Foto 5) e Oxyrhopus melanogenesis). A serpente Oxyrhopus melanogenesis foi

registrada pela primeira vez nos estudos de monitoramento de fauna.

FOTO 5 – JUVENIL DE CORALLUS HORTULANUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PSLT

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

4.1.2.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

Através deste método foram registrados 26 espécimes de seis espécies de anuros

(Dendropsophus nanus, Hypsiboas albopunctata, Leptodactylus hylaedactylus,

Leptodactylus mystaceus, Osteocephalus leprieuri, Physalaemus gr. marmoratus) nos

sítios reprodutivos de interesse, conforme mostra a Tabela 3.

Page 24: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

13

TABELA 3 – ESPÉCIES DE ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO)

Táxon Espécie Sítio N

AMPHIBIA ANURA Hylidae Dendropsophus nanus P4 15 Hypsiboas albopunctatus P4 1 Osteocephalus leprieuri P3 1 Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus P4 1 Leptodactylus mystaceus P4 1 Leiuperidae Physalaemus gr. marmoratus P3 7

4.1.2.4 Registros não sistematizados

Por meio do método de PALT, foram registradas sete espécies, quatro espécies de

anuros (Hypsiboas boans, Leptodactylus rhodomistax e Rhinella marina), três espécies

de serpentes (Chironius scurrulus, Corallus hortulanus (Foto 6) e Eunectes murinus) e

uma espécie de quelônio (Podocnemys duceni). Todas as serpentes foram registradas

sobre os galhos na margem alagada do rio. Das três espécies, Chironius scurrulus e

Eunectes murinus (Foto 7) foram registradas pela primeira vez nos estudos de

monitoramento de fauna.

Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registradas 20

espécies, das quais, 15 espécies de anuros, quatro espécies de serpentes e uma

espécie de quelônio. Dentre os anuros, a família mais representativa foi

Leptodactylidae, com cinco espécies. Entre os répteis, as famílias Boidae e Colubridae

estiveram representadas por duas espécies cada. (Tabela 4).

Page 25: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

14

FOTO 6 – FILHOTE DE CORALLUS HORTULANUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PALT

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

FOTO 7 – ADULTO DE EUNECTES MURINUS REGISTRADO PELA METODOLOGIA DE PALT

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

TABELA 4 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO)

Táxon Espécie Nome poplular Método

AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella margaritifera sapo AIQ Rhinella marina sapo-cururu AIQ Rhaebo guttatu sapo PALT Hylidae Dendropsophus nanus pererequinha ASR Hypsiboas albopunctatus perereca ASR Hypsiboas boans perereca PALT Osteocephalus leprieuri perereca ASR Leptodactylidae Leptodactylus fuscus rã assoviadora PSLT Leptodactylus hylaedactylus razinha Leptodactylus knudseni rã PSLT Leptodactylus mystaceus rã AIQ,ASR,PSLT Leptodactylus rhodomystax rã PALT Microhylidae Ctenophryne geayii. sapinho AIQ Leiuperidae Physalaemus gr. cuvieri rã-cachorro PSLT Physalaemus gr. marmoratus rã-cachorro ASR REPTILIA SQUAMATA Boidade Corallus hortulanus bico-de-papagaio PSLT,PALT Eunectes murinus sucuri PALT Colubridae Chironius scurrulus cobra-cipó PALT Oxyrhopus melanogenesis cobra PSLT Testudinae Podocnemis duceni tracajá PALT

Page 26: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

15

4.1.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII, controle)

4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps Whifh Drift

Fences) (AIQ)

Durante os dias de amostragem da herpetofauna em que as armadilhas de queda

permaneceram abertas na área controle foram capturadas, apenas, dois exemplares:

a serpente Atractus albuquerquei (Foto 8) e o anuro Rhinella margaritifera.

FOTO 8 – ADULTO DE ATRACTUS ALBUQUERQUEI AMOSTRADO PELAS ARMADILHAS DE INTERCEPTAÇÃO E QUEDA

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

No entanto, uma semana antes, entre os dias 09 e 15 de fevereiro, quando as

armadilhas estavam abertas por ocasião dos estudos de mastofauna, foram

capturados 19 espécimes de sete espécies. Duas espécies de serpentes: Atractus

albuquerquei (N = 1) e Atractus latifrons (N = 1); e cinco espécies de anuros:

Elachistocleis sp. (N = 1), Leptodactylus knudeseni (N = 1), Leptodactylus lineatus (N

= 1), Leptodactylus rhodomistax (N = 1) e Rhinella marina (N = 13). Os padrões

obtidos pelas armadilhas de queda da área controle são inversos àqueles observados

nas armadilhas de queda da área do canteiro, quando a riqueza e abundância de

espécies foram maiores no segundo momento de amostragem.

Vale ressaltar que Atractus latifrons foi registrada pela primeira vez nas parcelas de

monitoramento de fauna. Esta diferença observada entre os dois momentos poderiam

ser explicadas, pelo menos em parte, pelos mesmos fatores observados

anteriormente (ver item 4.1.1.1).

Page 27: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

16

4.1.3.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Por meio deste método foram registradas três espécies de anuros: Leptodactylus

hylaedactylus, Phillomedusa vailant (Foto 9) e Rhinella marina.

FOTO 9 – ADULTO DE PHYLLOMEDUSA VAILANT AMOSTRADO ATRAVÉS DA METODOLOGIA DE PSLT

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

4.1.3.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

No sítio P6 foram registradas, apenas, duas espécies de anuros (Hypsiboas

albopunctata e Phillomedusa azurea). Mesmo na estação chuvosa, foram registradas

menos espécies que na terceira campanha de monitoramento (estação seca). Neste

sítio reprodutivo existe um grande “barreiro” onde reúnem-se grandes bando de

queixadas. Inclusive, foi verificado um girau e seva para a caça destes animais. A

grande atividade destes animais poderia estar influenciando a diversidade e

abundância das espécies no local, pois neste sítio reprodutivo não pôde-se verificar

padrões de sazonalidades compatíveis com aqueles esperados ao longo do ano. No

sítio reprodutivo P5 foram registradas sete espécies, das quais, uma espécie de

serpente e seis espécies de anuros. Neste sítio, que está localizada em área aberta e

antropizada, pôde-se observar os padrões esperados de sazonalidade para as

espécies, principalmente de anuros, as quais são mais abundantes durante o período

de chuvas e pouco frequentes ou ausentes durante os períodos mais secos do ano.

Page 28: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

17

TABELA 5 – ESPÉCIES DE ESCAMADOS E ANUROS REGISTRADOS PELO MÉTODO DE AMOSTRAGEM EM SÍTIO REPRODUTIVO NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE)

Táxon Espécie Sítio N

AMPHIBIA ANURA Hylidae Dendropsophus nanus P5 10 Dendropsophus minutus P5 20 Hypsiboas albopunctatus P5,6 25 Phyllomedusa azurea P6 4 Leptodactylidae Leptodactylus labyrinthicus P5 3 Leiuperidae Physalaemus cf. cuvieri P5 5 Microhylidae Elachistocleis sp. P5 10 REPTILIA SQUAMATA Viperidae Bothrops moojeni P5 2

4.1.3.4 Registros não sistematizados

Durante a fase realizada pela equipe da herpetofauna, foram registradas duas

espécies através da PL: Leptodeira annulata e Spilotes pullatus (Foto 10). Se

considerarmos os registros realizados pelas equipes da mastofauna e avifauna na área

controle, uma semana antes, são acrescentadas espécies de grande relevância

ecológica, como por exemplo, as serpentes Epicrates cenchria (Foto 11) e Lachesis

muta (Foto 12). Estas duas espécies representam importantes registros, indicando um

ótimo estado de primitividade do ambiente, já que constituem predadores topo de

cadeia com exigências ecológicas florestais específicas.

Apesar de a área ser composta por áreas em regeneração, a floresta secundária

encontra-se em avançado estado da sucessão, e a captura destas espécies sugere que

existam condições adequadas para sua ocorrência.

Page 29: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

18

FOTO 10 – ADULTO DE SPILOTES PULLATUS AMOSTRADO PELA PL

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

FOTO 11 – ADULTO DE EPICRATES CENCHRIA AMOSTRADO OCASIONALMENTE

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

FOTO 12 – ADULTO DE LACHESIS MUTA AMOSTRADO

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registradas 18

espécies da herpetofauna, das quais, 11 espécies de anuros e sete espécies de

serpentes. Dentre os anuros, a família mais representativa foi Hylidae, com cinco

espécies. Dentre os répteis, a família mais representativa foi Colubridae, com quatros

espécies (Tabela 6).

Page 30: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

19

TABELA 6 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII (ÁREA CONTROLE)

Táxon Espécie Nome poplular Método

AMPHIBIA ANURA Bufonidae Rhinella margaritifera sapo AIQ Rhinella marina sapo-cururu PSLT Hylidae Dendropsophus nanus pererequinha ASR Dendropsophus minutus perereca-ampulheta ASR Hypsiboas albopunctatus perereca ASR Phyllomedusa azurea perereca-macaco PSLT Phyllomedusa vailant perereca-macaco PSLT Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactylus rãzinha PSLT Leptodactylus labyrinthicus rã-pimenta ASR Microhylidae Elachistocleis sp. apito-de-guarda ASR Leiuperidae Physalaemus gr. cuvieri rã-cachorro ASR REPTILIA SQUAMATA Boidade Epicrates cenchria* jibóia-arco-íris EO Colubridae Atractus albuquerquei cobra-da-terra AIQ,EO Atractus latifrons* falsa-coral EO Leptodeira annulata falsa-jararaca PSLT Spiotes pullatus caninana PSLT Viperidae Bothrops moojeni jararaca ASR Lachesis muta* pico-de-jaca EO

4.1.4 Espécies endêmicas, raras ou não descritas

Nesta campanha, deve-se direcionar atenção especial ao anfíbio Elachistocleis spn.,

que apresenta padrão de coloração distinto de qualquer outra espécie já descrita do

gênero (Foto 13). No entanto uma análise mais criteriosa é necessária para evitar

interpretações equivocadas, por conseqüência de variações intra-específicas não

conhecidas.

Page 31: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

20

FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Ainda vale destacar aquelas espécies ubiquitárias que podem corresponder a

complexos de espécies. Além daquelas mencionadas em outras campanhas,

destacam-se, também, as espécies do gênero Physalaemus.

4.1.5 Espécies procuradas para caça

Até o momento, pelo menos três espécies que compõem a herpetofauna da região

estudada sofrem pressão de caça: a rã Leptodactylus labirinticus, o jacaré

Paleosuchus trigonatus e o jabuti Chelonoides denticulata. Mesmo não representando

animais utilizados na caça de subsistência, serpentes são alvos freqüentes da

população, provavelmente, por serem animais estigmatizados desde o gênesis. Desta

forma, constituirão animais de interesse sempre que existir sobreposição de

ocorrência com intensa atividade humana. Durante esta estação foi registrado um

exemplar adulto da espécie Lachesis muta atropelado na estrada que dá acesso às

transecções da área controle.

4.1.6 Espécies de interesse econômico

Deve-se dar atenção especial para as espécies citadas nos itens “Espécies procuradas

para caça” e “Espécies de interesse veterinário” por representarem animais que fazem

parte da dieta dos moradores locais e que infringem acidentes ofídicos, o que afeta

diretamente a força de trabalho humano, possuindo assim viés econômico.

Page 32: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

21

4.1.7 Espécies de interesse científico

Como já mencionado, devido a escassez de estudos realizados na região as

taxocenoses de répteis e anfíbios são de inquestionável relevância para a ciência.

4.1.8 Espécies de interesse médico-veterinário

Das espécies com ocorrência confirmada e prevista para a área, oito serpentes (as

jararacas, Bothrops atrox, Bothrops moojeni, Bothropoides taeniatus, Lachesis muta e

as corais Micrurus sp. Micrurus lemniscatus, Micrurus paranaensis e Micrurus

surinamensis) são consideradas de interesse médico-veterinário, por ocasionarem

acidentes ofídicos envolvendo humanos e animais de criação. Martins et al. (2001)

citam hábito semiarborícola para Bothrops moojeni, o que pode aumentar o risco para

trabalhadores no momento da supressão da vegetação na área prevista para o

reservatório. Assim como na terceira campanha, nesta foi registrado um exemplar

adulto de Bothrops moojeni (aproximadamente 1,60 m de comprimento) enrolada

sobre uma árvore (de aproximadamente 1,20m de altura) em plena atividade de caça

(Foto 14 e Foto 15). O animal apresentava-se bastante alerta, percebendo os mais

discretos movimentos por parte da equipe.

FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES DA AII

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

FOTO 15 – DETALHE DO UM EXEMPLAR ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO SOBRE UM ÁRVORE NAS TRANSECÇÕES LIVRES DA AII

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Além destas, existem algumas espécies de sapos venenosos (Rhinella cf. schneideri,

R. margaritifera), podem ocasionar intoxicação em animais domésticos, como cães e

gatos, caso sejam abocanhados e/ou ingeridos.

Page 33: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

22

4.1.9 Espécies indicadoras de qualidade ambiental

Como já descrito, anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de

desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Entretanto,

segundo Dufrêne & Legendre (1997), uma boa espécie bioindicadora necessita

apresentar alta abundância e freqüência de ocorrência em determinada área. Neste

sentido, espécies de encontro ocasional (e.g. serpentes), ou que ocorrem em baixa

abundância nas áreas amostradas não possuem valor como bioindicadores, apesar de

poder ser afetadas por impactos ambientais decorrentes da implantação e operação

do AHE Colíder. Espécies que ocorrem habitualmente na beira do Rio Teles Pires

seriam bons modelos para tentar estabelecer comparações entre os momentos de pré

e pós enchimento do reservatório. Destas, destacariam-se Hypsiboas boans

(extremamente freqüente na vegetação arbustiva do Rio Teles Pires), Leptodactylus

rhodomistax, algumas espécies de sapos que, parecem utilizar as partes alagadas do

rio para a reprodução como, por exemplo, Rhinella margaritifera e Rhaebo guttatus.

Por serem de fácil visualização e captura, além de ocuparem posição ápice na cadeia

alimentar (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), o

jacaré Paleosuchus trigonatus poderá funcionar como excelentes bioindicador de

primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração

ambiental ao longo do processo de implantação da UHE Colíder. No entanto, sugere-

se a elaboração de projetos que atendam especialmente esta espécie, assim como

projetos direcionados à fauna de quelônios da região.

4.1.10 Riqueza e abundância

Exceto algumas distorções, os valores de riqueza e abundância obtidos representam o

esperado para a época do ano (estação chuvosa). Em comparação com as campanha

anteriores, os valores da quinta campanha parecem intermediários quando

comparados àqueles obtidos na campanha 1 (mesma época) e na campanha 2,

conforme mostra a Tabela 7. Realmente, o período amostrado já representa o final da

estação chuvosa, o que poderia explicar os valores obtidos. Amostragens que

contemplassem as primeiras chuvas seriam interessantes no sentido de tentar

registrar aquelas espécies de reprodução explosiva que “emergem” neste período.

Page 34: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

23

TABELA 7 – ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL

Parcela

Método

Riqueza (espécies Taxa de captura (espécimes/hora/homem) Diversidade

(SW) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR

AID (1) 8 8 11 0,05 1,5 16,5 2,29 AID (2) 4 4 9 0,05 1,5 11,33 2,03 AID (3) 3 5 4 0,02 0,8 0,5 2,08 AID (4) - - - - - - - AID (5) 4 4 9 0,04 0,28 26 2,27 ADA (1) 5 8 2 0,11 0,94 1,08 2,19 ADA (2) 8 12 2 0,20 2,5 3,50 1,88 ADA (3) 4 6 5 0,03 3,1 6,17 2,08 ADA (4) - - - - - - - ADA (5) 4 10 6 0,27 1,28 4,3 1,84 AII (1) 5 6 7 0,09 0,38 2,66 2,39 AII (2) - 2 8 - 1,16 5,5 1,67 AII (3) 4 1 3 0,04 1,6 6,5 1,79 AII (4) - - - - - - - AII (5) 2 3 8 0,01 0,28 14,8 2,09

Nota: Em negrito os resultados obtidos na quinta campanha de monitoramento de fauna. AID = canteiro de obras, ADA = reservatório e AII = área controle; método sistematizado: AIQ = armadilhas de interceptação e queda, PSLT = procura sistematizada limitada por tempo e ASR = amostragens em sítio reprodutivo e diversidade (SW = índice de Shannon-Wiener); (1) = primeira campanha, (2) = segunda campanha e (3) = terceira campanha.

4.1.11 Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a quinta

campanha

Nesta campanha, a análise de Cluster separou ao nível de similaridade de,

aproximadamente, 25% as parcelas em dois grupos. A maior similaridade entre as

parcelas, em relação àquela observada na terceira campanha (estação seca),

provavelmente, está relacionada à estação chuvosa e à maior atividade dos anuros, o

que favorece uma maior padronização entre as áreas. Dos grupos formados, o que

apresentou o maior índice de similaridade está unido no nível de aproximadamente

53%, e constituído pelas parcelas AID e AII. A parcela da ADA está separada em um

grupo à parte Figura 1. A ADA apresenta particularidades específicas, que tornam-se

mais evidentes na estação cheia, quando a atividade de anuros aumenta e aparecem

aquelas espécies características das margens do Rio Teles Pires. Um exemplo destas

diferenças está demonstrada pelas familias mais representativas: Leptodactylidae na

ADA e Hylidae na AID e AII.

Page 35: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

24

FIGURA 1 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA ATRAVÉS DOS MÉTODOS IMPLEMENTADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A QUINTA CAMPANHA

Na primeira campanha, que ocorreu em época equivalente, os valores de similaridade

(Figura 2) foram bastante semelhantes. Naquela oportunidade a análise de Cluster

separou as parcelas ao nível de aproximadamente 30%, em dois grupos. No entanto,

o grupo que apresentou maior similaridade foi constituído pelas parcelas AII e ADA

com, aproximadamente, 47% de similaridade. A parcela AID formou um grupo

isolado. Estes valores poderiam ser explicados, pelo menos em partes, pelo fato de

que, na primeira campanha, ainda não haviam iniciado as obras no canteiro, assim

como, não haviam iniciado as obras para constituir estrada de acesso para a

barragem, que atravessa o sítio amostral denominado AII.

FIGURA 2 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA ATRAVÉS DOS MÉTODOS IMPLEMENTADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A PRIMEIRA CAMPANHA

Page 36: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

25

4.1.12 Suficiência amostral

A curva de suficiência amostral foi elaborada com base apenas nos registros obtidos

por meio dos métodos sistematizados aplicados nas parcelas de amostragem. Até o

momento, estes métodos registraram um total de 57 espécies. A curva de suficiência

amostral apresentou formato ascendente, indicando que o número de espécies da

herpetofauna, nas parcelas de interesse, é superior ao registrado pelos métodos

sistematizados até o momento (Gráfico 1), o que pode ser confirmado pelas espécies

registradas exclusivamente pelos métodos não sistematizados. O estimador de

riqueza Jacknife projetou um total de, aproximadamente, 78 espécies (SD = 4,46)

para as parcelas até o momento. Em comparação com a riqueza observada (57

espécies), pode-se afirmar que os métodos aplicados amostrou 73% do total de

espécies estimadas para as parcelas até o momento (Gráfico 1).

GRÁFICO 1 – CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS CINCO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DE FAUNA

No Gráfico 1, a primeira campanha corresponde aos dias 1 a 6, a segunda campanha

aos dias 7 a 12, a terceira campanha aos dias 8 a 18 e a quinta campanha aos dias 19

a 24. A quarta campanha foi interrompida logo no início das atividades e não está

contabilizada na análise. A linha contínua representa a curva média e as linhas

pontilhadas representam os intervalos de confiança (95%).

Page 37: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

26

4.1.13 Considerações finais

Os resultados obtidos parecem de acordo com o esperado para o final do período

chuvoso, pois em comparação com as campanhas anteriores, pode-se verificar que os

valores de riqueza e abundância estão próximos de um consenso entre os valores

observados na primeira e segunda campanha, as quais representavam,

respectivamente, a estação chuvosa e a transição para a seca do ano de 2011. Vale

destacar as diferenças observadas nos resultados obtidos pelas armadilhas de

interceptação e queda entre a campanha da mastofauna e da herpetofauna. Apesar

destas duas campanhas estarem separadas por um intervalo de poucos dias, pôde-se

verificar resultados bem distintos e contraditórios.

Além dos anuros, serpentes foram bastante representativas, o que também condiz

com a estação chuvosa. Nesta campanha foram observadas espécies de grande

importância e de difícil detecção em campo, como por exemplo, a pico-de-jaca ou

surucucu (Lachesis muta), a jibóia-arco-íris (Epicrates cenchria) e a sucuri (Eunectes

murinus), as quais remetem o ambiente a um bom estágio de conservação de sua

primitividade já que estas serpentes são predadores topo de cadeia. Não se descarta a

possibilidade de o acesso a estas espécies estar condicionado à supressão de áreas

naturais pela implantação do canteiro de obras, o que forçaria o deslocamento destes

animais para áreas periféricas, aumentando a possibilidade de registro. Comparando-

se os índices de similaridade produzidos em épocas equivalentes (primeira campanha

e quinta campanha), notam-se valores muito semelhantes, porém com padrões

distintos. Na primeira campanha a AID encontrava-se isolada das demais áreas (AII e

ADA), as quais formavam um grupo a parte. Nesta última campanha as áreas que

sofreram algum tipo de pressão antrópica (AII e AID) agruparam-se, estando distintas

da ADA. Contudo não há evidências conclusivas acerca desta hipótese e a

continuidade dos estudos de monitoramento poderão acrescentar informações que

auxiliem na tentativa de esclarecer estas questões.

A amostragem de répteis aquáticos foi bastante dificultada pelo Rio Teles Pires estar

muito cheio e fora de seu curso natural. Desta forma, quelônios e crocodilianos

abrigam-se na vegetação submersa, no interior da mata alagada, impossibilitando sua

localização, identificação e captura. Mais uma vez, sugere-se a implantação de

projetos e métodos que abordem especificamente estes grupos de animais. O

monitoramento específico de quelônios e jacarés poderia produzir dados interessantes

acerca de animais que utilizam diretamente o Rio Teles Pires e lagoas formadas por

Page 38: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

27

seus afluentes, assim como fornecer ricas informações sobre os impactos do

enchimento do reservatórios sobre este grupo de animais. A comparação entre os

dados obtidos nas fases de pré e pós-enchimento do reservatório seriam de relevante

importância.

Com base nos métodos sistematizados, o estimador de riqueza Jacknife projeta um

total de, aproximadamente, 78 espécies para as parcelas de amostragem. No entanto,

os registros não sistematizados acrescentam um grande número de espécies

exclusivas que, somadas aos dados obtidos no EIA/RIMA, contabilizam um total de 88

espécies, evidenciando o potencial da área de estudo. Em cada campanha são

acrescidos novos registros, o que pode ser favorecido direcionando-se as amostragens

para períodos de transição entre as estações seca e chuvosa, na tentativa de

contemplar o início do período reprodutivo dos anfíbios anuros.

Page 39: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

28

4.1 AVIFAUNA

4.1.1 Riqueza de espécies

Durante a quinta fase de campo do monitoramento pré-enchimento na área prevista

para o AHE Colíder foram registradas, para a avifauna, um total de 264 espécies. Com

as informações obtidas, foram acrescentadas 19 espécies à lista de aves, totalizando

uma riqueza de 398 táxons (397 espécies e duas subespécies de uma mesma espécie)

para as cinco primeiras campanhas de campo. Com os resultados obtidos até então,

64% de toda a avifauna esperada para a região já foi registrada.

A Tabela 8 apresenta todos os táxons esperados para a região norte do estado de

Mato Grosso, conforme pesquisa bibliográfica realizada. Nesta mesma tabela podem

ser consultados todas as espécies registradas durante as cinco primeiras fases, (com

a indicação da área amostral onde cada uma foi encontrada), a indicação dos dados

citados no EIA e quais das espécies são endêmicas do Brasil.

Page 40: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

29

TABELA 8 – LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DO AHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS CINCO PRIMEIRAS FASES DE CAMPO E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Struthioniformes Rheidae Rhea americana (Linnaeus, 1758) ema Tinamiformes

Tinamidae Tinamus tao Temminck, 1815 azulona 3 3,4,5 Tinamus major (Gmelin, 1789) inhambu-de-cabeça-vermelha Tinamus guttatus Pelzeln, 1863 inhambu-galinha 5 X

Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) inhambu-preto 1,2 1 3 X Crypturellus soui (Hermann, 1783) tururim 1,2,3,5 3 3 X Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu 1,2,3,5 1 1,2,3,4,5 Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó X

Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) inhambu-relógio 1,2,5 1,5 1,2,3,4,5 Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789) inhambu-anhangá 1 3 5 Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó 5 2,5 X Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) inhambu-chintã 1,2,3,5 3

Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) perdiz Nothura maculosa (Temminck, 1815) codorna-amarela 3 Taoniscus nanus (Temminck, 1815) inhambu-carapé Anseriformes

Anhimidae Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) anhuma Anatidae Dendrocygninae Reichenbach, 1850

Page 41: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

30

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) asa-branca 3 Anatinae Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato 5

Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihering, 1907 pato-de-crista Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho 1,5 Galliformes Cracidae

Ortalis guttata (Spix, 1825) aracuã Ortalis motmot (Linnaeus, 1766) aracuã-pequeno Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba X Penelope jacquacu Spix, 1825 jacu-de-spix 1,3 1,2,3,5 1,2,4,5 X

Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) cujubi 3,5 1,2,3 X Pauxi tuberosa (Spix, 1825) mutum-cavalo 2,3 X Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho 3 X Odontophoridae

Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789) uru-corcovado 2,3,5 X Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno

Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador Ciconiiformes Ciconiidae Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú 3

Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca 3 3

Page 42: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

31

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Suliformes

Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá 1,5 Anhingidae Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga 1,5 1,5

Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi 1 3 Agamia agami (Gmelin, 1789) garça-da-mata

Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766) arapapá 1,3,4 1 Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) socoí-zigue-zague 1 1,5 Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) socoí-vermelho Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu

Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho 1 1,2 1,2 Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira 1 1,2,3,4,5 Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura 3 Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande 1 1,5 1,2,4,5

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) garça-real 1,5 2,3,4,5 1 Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena 1 1,3 1 Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) coró-coró 5 Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca Platalea ajaja Linnaeus, 1758 colhereiro Cathartiformes

Cathartidae

Page 43: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

32

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha 1 1 1,5

Cathartes burrovianus Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela 1 1 1 1 X Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 urubu-da-mata 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,5 1,2,4,5 X Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta 1,2,4,5 1,5 1,5 1,2,4,5 Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei 5 2,5 X

Accipitriformes Pandionidae Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) águia-pescadora Accipitridae

Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-de-cabeça-cinza Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822) caracoleiro Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura 2 3 X Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho 1 X

Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira 2 Harpagus bidentatus (Latham, 1790) gavião-ripina Accipiter poliogaster (Temminck, 1824) tauató-pintado Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) gavião-miudinho 3

Accipiter striatus Vieillot, 1808 gavião-miúdo Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) gavião-bombachinha-grande Ictinia mississippiensis (Wilson, 1811) sauveiro-do-norte Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) sovi 1 X

Busarellus nigricollis (Latham, 1790) gavião-belo Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) gavião-pernilongo Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo

Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto 3 1

Page 44: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

33

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 1,5 1 1 1,2,3,4,5 X

Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824) gavião-asa-de-telha Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco 1 1,3,4,5 X Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819) águia-chilena 3 Pseudastur albicollis (Latham, 1790) gavião-branco 1,2 1 3

Leucopternis kuhli Bonaparte, 1850 gavião-vaqueiro 3 Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês 1,2,3,5 3 5 X Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta 5 3 X Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 gavião-papa-gafanhoto X

Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-de-rabo-barrado Morphnus guianensis (Daudin, 1800) uiraçu-falso Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) gavião-real Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco 2 1,5

Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato 5 5 3 Spizaetus ornatus (Daudin, 1800) gavião-de-penacho 1,2 Falconiformes Falconidae

Daptrius ater Vieillot, 1816 gavião-de-anta 1,5 1,2,3,5 X Ibycter americanus (Boddaert, 1783) gralhão X Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 1,5 3 1,3,4,5 X Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 1

Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã 1,3 5 3,5 1,5 X Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé X Micrastur gilvicollis (Vieillot, 1817) falcão-mateiro X Micrastur mintoni Whittaker, 2002 falcão-críptico 1 2,3 3

Micrastur mirandollei (Schlegel, 1862) tanatau 2,5

Page 45: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

34

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio 2 3 3

Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri 1,5 1,3,5 Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 2,3,4,5 3,4,5 X Falco deiroleucus Temminck, 1825 falcão-de-peito-laranja X Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira 5

Falco peregrinus Tunstall, 1771 falcão-peregrino Eurypygiformes Eurypygidae Eurypyga helias (Pallas, 1781) pavãozinho-do-pará 3 1,5

Gruiformes Aramidae Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão 2 Psophiidae

Psophia viridis Spix, 1825 jacamim-de-costas-verdes X E Rallidae Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes X Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) saracura-lisa

Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) sanã-castanha 5 Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-parda Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim 1 Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó 1 1

Neocrex erythrops (Sclater, 1867) turu-turu Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum 3 Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) frango-d'água-azul

Heliornithidae

Page 46: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

35

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Heliornis fulica (Boddaert, 1783) picaparra 5 3

Cariamiformes Cariamidae Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema Charadriiformes

Charadriidae Vanellus cayanus (Latham, 1790) batuíra-de-esporão Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero 1,2,3,4,5 5 1,2,3,4,5 Recurvirostridae

Himantopus mexicanus (Statius Muller, 1776) pernilongo-de-costas-negras Scolopacidae Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) narceja Gallinago undulata (Boddaert, 1783) narcejão

Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado Tringa solitaria Wilson, 1813 maçarico-solitário

Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) maçarico-grande-de-perna-amarela

Tringa flavipes (Gmelin, 1789) maçarico-de-perna-amarela Jacanidae Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã 1 Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) trinta-réis-anão

Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande Rynchopidae Rynchops niger Linnaeus, 1758 talha-mar Columbiformes

Columbidae

Page 47: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

36

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Columbina minuta (Linnaeus, 1766) rolinha-de-asa-canela

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa 1,3,4,5 1,2,34,,5 Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou 1,2 1,2,3,4 Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul 2,3 3 3 X

Uropelia campestris (Spix, 1825) rolinha-vaqueira Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) pomba-trocal 1,2,3,4,5 1,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão 1 1,2,4,5 X Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega X

Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa 1,2,3,4,5 1,3,4,5 1,2,3,4,5 Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) pomba-botafogo 1,2,3,4,5 1,3,4,5 1,3,4,5 X Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu X

Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira 1,2 1,3,5 1,3 1 X Geotrygon violacea (Temminck, 1809) juriti-vermelha Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) pariri 1,3 X Psittaciformes

Psittacidae Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790) arara-azul-grande Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé 1,3,4,5 5 1,2,3,5 X Ara macao (Linnaeus, 1758) araracanga 1,2,3,4,5 3,5 5 1,2,3,4,5 X

Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha-grande X Ara severus (Linnaeus, 1758) maracanã-guaçu 1,2,3,4,5 3,4,5 3,5 1,2,4,5 X Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783) maracanã-do-buriti 1,3,5 5 1,2,3,4,5 X Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã-verdadeira 2,5 3 3,4,5 X

Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena 1,2,3,4,5 3 2,5 1,2,4,5 X

Page 48: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

37

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Aratinga acuticaudata (Vieillot, 1818) aratinga-de-testa-azul

Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã 1,2,3,5 2 2,3,4,5 X Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei Pyrrhura snethlageae Joseph & Bates, 2002 tiriba-do-madeira 1,2,3,4,5 3,5 2,3,4,5 1,3,5 X Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim

Forpus modestus (Cabanis, 1848) tuim-de-bico-escuro 1,2 Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontro-amarelo 2,3,4,5 3 3,4,5 1,3,4,5 Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766) periquito-de-asa-dourada 1 1 X Touit huetii (Temminck, 1830) apuim-de-asa-vermelha 3,5

Touit purpuratus (Gmelin, 1788) apuim-de-costas-azuis Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) marianinha-de-cabeça-amarela 1,2,3 1,3,5 1,2,3,4,5 Pyrilia vulturina (Kuhl, 1820) curica-urubu E Pyrilia aurantiocephala (Gaban-Lima, Raposo & Höfling, 2002) papagaio-de-cabeça-laranja E

Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) curica-de-bochecha-laranja 3 2,5 3,5 Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) papagaio-galego Pionus menstruus (Linnaeus, 1766) maitaca-de-cabeça-azul 1,2,3,4,5 1,3,5 1,2,3,4,5 1,3,5 X

Amazona kawalli Grantsau & Camargo, 1989 papagaio-dos-garbes E Amazona farinosa (Boddaert, 1783) papagaio-moleiro X Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) curica 5 X Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788) papagaio-campeiro 1,2,3,4,5 3 3 1,2,3,4,5 X

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758) anacã 1,2,3,5 3,5 1,3,4,5 Opisthocomiformes Opisthocomidae

Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) cigana

Page 49: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

38

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Cuculiformes

Cuculidae Cuculinae Coccycua minuta (Vieillot, 1817) chincoã-pequeno Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato 5 3 3 X

Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) chincoã-de-bico-vermelho 1,2,5 1 1,3,5 Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta-acanelado X Crotophaginae Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca 2,3 X

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto 1,2,5 1,2,3,4,5 Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco 1,5 1,2,3,4,5 Taperinae Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci

Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) peixe-frito-verdadeiro Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 peixe-frito-pavonino Neomorphinae Neomorphus sp. jacu-estalo

Strigiformes Tytonidae Tyto alba (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja 3 1,2 Strigidae

Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-orelhuda 1,4,5 Megascops usta (Sclater, 1858) corujinha-relógio 2,3,4,5 3,5 1,2,3,4,5 1,3 X Lophostrix cristata (Daudin, 1800) coruja-de-crista 1,2 2,3,5 Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) murucututu 3

Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu

Page 50: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

39

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Strix virgata (Cassin, 1849) coruja-do-mato

Strix huhula Daudin, 1800 coruja-preta Glaucidium hardyi Vielliard, 1990 caburé-da-amazônia 1 X Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) caburé 5 Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira 3 1,2,3,4,5

Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo Caprimulgiformes Nyctibiidae

Nyctibius grandis (Gmelin, 1789) mãe-da-lua-gigante 5 4 Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua 3 X Caprimulgidae Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844) bacurau-ocelado 2,3,5 3 1,2,3,4,5

Antrostomus sericocaudatus Cassin, 1849 bacurau-rabo-de-seda Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) tuju 1 X Hydropsalis leucopyga (Spix, 1825) bacurau-de-cauda-barrada Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848) bacurau-de-lajeado 1 3,5 3 4 X

Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau 1,2,3,4,5 1,3 1,2,3,4,5 1,2,3,5 X Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã 3 3 Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) bacurau-de-rabo-maculado Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) acurana

Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura 3 3 Chordeiles pusillus Gould, 1861 bacurauzinho Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão Chordeiles minor (Forster, 1771) bacurau-norte-americano

Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) bacurau-de-asa-fina

Page 51: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

40

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Chordeiles sp. bacurau 3

Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) taperuçu-preto Cypseloides senex (Temminck, 1826) taperuçu-velho

Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-branca Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-cinzento X Chaetura egregia Todd, 1916 taperá-de-garganta-branca 1,2 Chaetura chapmani Hellmayr, 1907 andorinhão-de-chapman 1 2

Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal Chaetura brachyura (Jardine, 1846) andorinhão-de-rabo-curto 1 1 X Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti 1,5 X Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) andorinhão-estofador

Trochilidae Phaethornithinae Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto 3 2 3 3 X Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) balança-rabo-de-garganta-preta

Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro 1,2,3,4,5 1,3,5 1,2,3,4,5 X Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) rabo-branco-de-bigodes X Phaethornis malaris (Nordmann, 1835) besourão-de-bico-grande 3

Trochilinae Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) asa-de-sabre-cinza 3 1 2,3 X Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) beija-flor-azul-de-rabo-branco

Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta 3 3 3 X

Page 52: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

41

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822) beija-flor-de-bico-virado

Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) topetinho-verde Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) rabo-de-espinho Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde 1,4,5 1,3,5 2,4,5 X Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira

Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo 2,3 Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca 3 2,3 3 Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) beija-flor-estrela 3

Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-de-bochecha-azul 1 1,5 5 X Heliactin bilophus (Temminck, 1820) chifre-de-ouro Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) bico-reto-cinzento Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) estrelinha-ametista

Trogoniformes Trogonidae Trogon melanurus Swainson, 1838 surucuá-de-cauda-preta 1,2,3,4,5 3,5 1,2,3,4,5

Trogon viridis Linnaeus, 1766 surucuá-grande-de-barriga-amarela 1,2,3,5 1,2,3,5 2,3,4,5 X

Trogon ramonianus Deville & DesMurs, 1849 surucuá-violáceo 2,5 1,5 Trogon curucui Linnaeus, 1766 surucuá-de-barriga-vermelha 3 X Trogon rufus Gmelin, 1788 surucuá-de-barriga-amarela 1 X

Trogon collaris Vieillot, 1817 surucuá-de-coleira 5 1,2,3,5 X Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824) surucuá-pavão 3 X Coraciiformes Alcedinidae

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande 2 1,2,3,4,5 1,2

Page 53: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

42

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde 2 1,2,3,4,5 1,2

Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) martinho 2 5 X Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno 1,2,3,4,5 Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766) martim-pescador-da-mata 3,5 X Momotidae

Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829) udu-de-bico-largo 3,5 Baryphthengus martii (Spix, 1824) juruva-ruiva Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul 1,2,3,4,5 X Galbuliformes

Galbulidae Brachygalba lugubris (Swainson, 1838) ariramba-preta 2 X Galbula cyanicollis Cassin, 1851 ariramba-da-mata 1 3 1 Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba-de-cauda-ruiva 1,2,3,4,5 5 X

Galbula leucogastra Vieillot, 1817 ariramba-bronzeada 1,2,3,5 1 Galbula dea (Linnaeus, 1758) ariramba-do-paraíso 1,2,3 1 1,2,3 X Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776) jacamaraçu 2,3,4,5 1,2,4,5 Bucconidae

Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856) macuru-de-pescoço-branco 1,3 5 2,5 Notharchus ordii (Cassin, 1851) macuru-de-peito-marrom 2,3 1,2 Notharchus tectus (Boddaert, 1783) macuru-pintado 2 3,5 5 Bucco tamatia Gmelin, 1788 rapazinho-carijó 3

Bucco capensis Linnaeus, 1766 rapazinho-de-colar 1 Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) rapazinho-estriado 1,2,3,5 1,2,3,4,5 Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos

Malacoptila rufa (Spix, 1824) barbudo-de-pescoço-ferrugem 1

Page 54: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

43

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Nonnula ruficapilla (Tschudi, 1844) freirinha-de-coroa-castanha 2,3 2,4,3

Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto 1,2,5 1,2,3,4,5 3 X Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823) chora-chuva-de-cara-branca 1,2,5 5 1,2,3,4,5 Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) urubuzinho 1,5 1,2,3,4,5 1,5 1,5 X Piciformes

Capitonidae Capito dayi Cherrie, 1916 capitão-de-cinta 1,5 2,5 1,2,3,4,5 Ramphastidae Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu

Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 tucano-grande-de-papo-branco 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 tucano-de-bico-preto 1,3,4,5 1,2,3,4,5 1,3,4,5 X Selenidera gouldii (Natterer, 1837) saripoca-de-gould 1,3,5 1,2,3 1,2,3,5 Pteroglossus inscriptus Swainson, 1822 araçari-miudinho-de-bico-riscado 1 1 2,3 1 X

Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 araçari-de-pescoço-vermelho 3 3 X Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758) araçari-de-bico-branco X Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho 1,2,3 1,3 2 1,2,4 X Pteroglossus beauharnaesii Wagler, 1832 araçari-mulato 2,3,5 1,4,5

Picidae Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 pica-pau-anão-dourado 1 1,3,4 5 X Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840 pica-pau-anão-escamado Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco 1,3,4

Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) benedito-de-testa-vermelha 1,2,3,4,5 1,3,4,5 1,2,3,4,5 1,3,5 X Veniliornis affinis (Swainson, 1821) picapauzinho-avermelhado 1,2,3,5 1,2,3 2,3,4,5 X Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão Piculus flavigula (Boddaert, 1783) pica-pau-bufador 3,5 1,2,3,5 1,2,3,4,5 X

Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) pica-pau-dourado-escuro 5

Page 55: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

44

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo Celeus grammicus (Natterer & Malherbe, 1845) picapauzinho-chocolate 2,5 Celeus elegans (Statius Muller, 1776) pica-pau-chocolate X Celeus lugubris (Malherbe, 1851) pica-pau-louro

Celeus flavus (Statius Muller, 1776) pica-pau-amarelo 2 X Celeus torquatus (Boddaert, 1783) pica-pau-de-coleira 1 Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca 1,2,3 5 X Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783) pica-pau-de-barriga-vermelha 2 1,3,5 1,4,5 1,3 X

Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) pica-pau-de-topete-vermelho X Passeriformes Thamnophilidae Myrmornithinae

Myrmornis torquata (Boddaert, 1783) pinto-do-mato-carijó Pygiptila stellaris (Spix, 1825) choca-cantadora 2,3 1,2,3,4,5 1,2,4,5 Thamnophilinae Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. emiliae papa-formiga-de-bando 1

Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp. bicolor papa-formiga-de-bando 1 3,5 1 X Myrmeciza hemimelaena Sclater, 1857 formigueiro-de-cauda-castanha 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783) formigueiro-de-peito-preto 1,2,3 1 1,3,4,5

Neoctantes niger (Pelzeln, 1859) choca-preta Epinecrophylla leucophthalma (Pelzeln, 1868) choquinha-de-olho-branco 1,2,3,5 1,2,5 1,3,4,5 Epinecrophylla ornata (Sclater, 1853) choquinha-ornada Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) choquinha-miúda 1,2,3,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X

Myrmotherula sclateri Snethlage, 1912 choquinha-de-garganta-amarela 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5

Page 56: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

45

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Myrmotherula multostriata Sclater, 1858 choquinha-estriada-da-amazônia 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5

Myrmotherula hauxwelli (Sclater, 1857) choquinha-de-garganta-clara 5 1,2,5 5 Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817) choquinha-de-flanco-branco 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 2,3,5 X Myrmotherula longipennis Pelzeln, 1868 choquinha-de-asa-comprida 1 1 X Myrmotherula menetriesii (d'Orbigny, 1837) choquinha-de-garganta-cinza 5 1,2,5 5

Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo 1,3,5 3 2,5 Formicivora rufa (Wied, 1831) papa-formiga-vermelho Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878) uirapuru-selado Thamnomanes caesius (Temminck, 1820) ipecuá 1,2 1,2,3,5 1,3,5 X

Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) tovaquinha Megastictus margaritatus (Sclater, 1855) choca-pintada Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 chorozinho-de-bico-comprido X Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822) chorozinho-de-asa-vermelha 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1

Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823) choca-d'água 2,5 1,2,3,4,5 X E Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada 2,3,5 Thamnophilus palliatus (Lichtenstein, 1823) choca-listrada 1,5 1,2,3,4,5 X Thamnophilus schistaceus d'Orbigny, 1835 choca-de-olho-vermelho 1,2,3,4,5 1,3,5 1,2,3,4,5

Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 choca-de-natterer 1,2,5 3 X Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto Thamnophilus aethiops Sclater, 1858 choca-lisa 1,5 1,2,3,4,5 1,2,5 Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 choca-canela 1,3,5 1,2,4,5

Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814) papa-formiga-barrado 1,3,5 1,2,3,5 X Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi 5 3 X Sclateria naevia (Gmelin, 1788) papa-formiga-do-igarapé 2,5 X Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) solta-asa 1,2,3,4,5 X

Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) guarda-floresta X

Page 57: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

46

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856) guarda-várzea 3,5 1,2,5

Pyriglena leuconota (Spix, 1824) papa-taoca 2,3 5 X Myrmoborus leucophrys (Tschudi, 1844) papa-formiga-de-sobrancelha Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825) formigueiro-de-cara-preta 3,5 2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857) chororó-pocuá 1,2,3,5 1,2,3,4,5 1,3,4,5 X

Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859) chororó-negro 3,5 1,3,5 X Cercomacra manu Fitzpatrick & Willard, 1990 chororó-de-manu X Drymophila devillei (Menegaux & Hellmayr, 1906) trovoada-listrada X Hypocnemis striata (Spix, 1825) cantador-ocráceo 2,3,5 1 X E

Hypocnemis hypoxantha Sclater, 1869 cantador-amarelo Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) rendadinho 1,2,3,5 1,2,5 1,2,3,4,5 Phlegopsis nigromaculata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) mãe-de-taoca 1,2,5 1

Rhegmatorhina gymnops Ridgway, 1888 mãe-de-taoca-de-cara-branca 3 1,4,5 E Melanopareiidae Melanopareia torquata (Wied, 1831) tapaculo-de-colarinho Conopophagidae

Conopophaga aurita (Gmelin, 1789) chupa-dente-de-cinta Conopophaga melanogaster Ménétriès, 1835 chupa-dente-grande Grallariidae Grallaria varia (Boddaert, 1783) tovacuçu

Hylopezus macularius (Temminck, 1823) torom-carijó 1,2 Hylopezus berlepschi (Hellmayr, 1903) torom-torom Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) tovaca-patinho X Formicariidae

Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato 1,5 X

Page 58: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

47

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Formicarius analis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) pinto-do-mato-de-cara-preta X

Chamaeza nobilis Gould, 1855 tovaca-estriada X Scleruridae Sclerurus mexicanus Sclater, 1857 vira-folha-de-peito-vermelho 5 X Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 vira-folha-de-bico-curto

Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) vira-folha-pardo Sclerurus albigularis Sclater & Salvin, 1869 vira-folha-de-garganta-cinza Dendrocolaptidae Sittasominae

Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818) arapaçu-pardo 1,2,3,4,5 1,3,5 2,3,4,5 X Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829) arapaçu-da-taoca 2,3 1,3 Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868) arapaçu-rabudo 2 1,3,5 5 Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde 1,3,4,5 3,5 2 X

Certhiasomus stictolaemus (Pelzeln, 1868) arapaçu-de-garganta-pintada 2,3 Dendrocolaptinae Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) arapaçu-de-bico-de-cunha 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Xiphorhynchus ocellatus (Spix, 1824) arapaçu-ocelado

Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868) arapaçu-elegante 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 Xiphorhynchus spixii (Lesson, 1830) cf. arapaçu-de-spix E Xiphorhynchus obsoletus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-riscado 1,2,3,4,5 X Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-de-garganta-amarela 1,2,3,5 1,2,3,5 1,2,3,4,5 Campylorhamphus procurvoides (Lafresnaye, 1850) arapaçu-de-bico-curvo 5

Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco 1,3 3 2,3,5 X Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado

Lepidocolaptes albolineatus (Lafresnaye, 1845) arapaçu-de-listras-brancas 1,2,3,5 3,5 1,2,3,4,5 X

Page 59: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

48

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Nasica longirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-bico-comprido 5

Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) arapaçu-galinha 1,2,5 3,5 Dendrocolaptes certhia (Boddaert, 1783) arapaçu-barrado 2,5 1 Dendrocolaptes picumnus Lichtenstein, 1820 arapaçu-meio-barrado 2,3 3 X Xiphocolaptes promeropirhynchus (Lesson, 1840) arapaçu-vermelho 1,3 X

Hylexetastes uniformis Hellmayr, 1909 arapaçu-uniforme 2 5 Furnariidae Xenops tenuirostris Pelzeln, 1859 bico-virado-fino Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo 1,2,3 2 1,2,3,4,5 X

Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó X Berlepschia rikeri (Ridgway, 1886) limpa-folha-do-buriti Pygarrhichinae Microxenops milleri Chapman, 1914 bico-virado-da-copa

Furnariinae Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro Ancistrops strigilatus (Spix, 1825) limpa-folha-picanço 1 Hyloctistes subulatus (Spix, 1824) limpa-folha-riscado

Automolus ochrolaemus (Tschudi, 1844) barranqueiro-camurça 1 1 1,2,3,4,5 Automolus paraensis Hartert, 1902 barranqueiro-pardo E Automolus rufipileatus (Pelzeln, 1859) barranqueiro-de-coroa-castanha X Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) fura-barreira

Anabazenops dorsalis (Sclater & Salvin, 1880) barranqueiro-de-topete Philydor ruficaudatum (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838) limpa-folha-de-cauda-ruiva 2 2

Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859) limpa-folha-de-sobre-ruivo 1,5 5 3 X

Philydor erythropterum (Sclater, 1856) limpa-folha-de-asa-castanha

Page 60: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

49

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Philydor pyrrhodes (Cabanis, 1848) limpa-folha-vermelho 1

Simoxenops ucayalae (Chapman, 1928) limpa-folha-de-bico-virado Synallaxinae Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi 1,2

Synallaxis rutilans Temminck, 1823 joão-teneném-castanho 1,2,3 1,2,4,5 Synallaxis cherriei Gyldenstolpe, 1930 puruchém Synallaxis cabanisi Berlepsch & Leverkuhn, 1890 joão-do-norte Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) joão-teneném-becuá

Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) arredio-do-rio X Cranioleuca gutturata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838) joão-pintado

Pipridae

Neopelminae Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) fruxu-do-cerradão 3 3,5 Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, 1906) uirapuruzinho 1,2,3,4,5 1,3,5 1,2,3,4,5 X Piprinae

Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja 3,5 2,5 X Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 cabeça-encarnada 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) uirapuru-de-chapéu-branco 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira 2 2,3 X

Heterocercus linteatus (Strickland, 1850) coroa-de-fogo 1,5 X Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) uirapuru-cigarra 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Dixiphia pipra (Linnaeus, 1758) cabeça-branca X Ilicurinae

Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) tangará-falso 2 X

Page 61: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

50

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) soldadinho

Tityridae Oxyruncinae Onychorhynchus coronatus (Statius Muller, 1776) maria-leque 2 1,2 Terenotriccus erythurus (Cabanis, 1847) papa-moscas-uirapuru 1,5 3,5 1,5 X

Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) assanhadinho Laniisominae Schiffornis major Des Murs, 1856 flautim-ruivo Schiffornis amazona (Sclater, 1860) flautim-da-amazônia 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X

Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817) chorona-cinza 1,2,3,5 3 2,5 Tityrinae Iodopleura isabellae Parzudaki, 1847 anambé-de-coroa 1,2,5 1,2 2

Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-de-bochecha-parda 1

Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-rabo-preto 2 X

Tityra semifasciata (Spix, 1825) anambé-branco-de-máscara-negra 1,5 3 X

Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) caneleiro Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto 1,2 1,3 3 5 Pachyramphus marginatus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-bordado 1,2

Pachyramphus minor (Lesson, 1830) caneleiro-pequeno 3 Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-preto 2 5 Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869) tijerila Cotingidae

Cotinginae Lipaugus vociferans (Wied, 1820) cricrió 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X Porphyrolaema porphyrolaema (Deville & Sclater, cotinga-de-garganta-encarnada 1

Page 62: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

51

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

1852)

Gymnoderus foetidus (Linnaeus, 1758) anambé-pombo 3 3,5 X Xipholena punicea (Pallas, 1764) anambé-pompadora 1,5 1,2 1,2,3,4,5 Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) anambé-azul 2 1,3,5 2 Querula purpurata (Statius Muller, 1776) anambé-una 1,2,3,4,5 3 1,5 X

Cephalopterus ornatus Geoffroy Saint-Hilaire, 1809 anambé-preto Rupicolinae Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 saurá-de-pescoço-preto Tyrannoidea

Platyrinchus saturatus Salvin & Godman, 1882 patinho-escuro 5 Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 patinho-de-coroa-dourada Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788) patinho-de-coroa-branca 3 2 Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo 1,2,5 5 1 X

Neopipo cinnamomea (Lawrence, 1869) enferrujadinho 1 Rhynchocyclidae Taeniotriccus andrei (Berlepsch & Hartert, 1902) maria-bonita Pipromorphinae

Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823) abre-asa 5 4,5 X Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo 1 2,3 2,3 Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) estalador-do-norte 3 Rhynchocyclinae

Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) bico-chato-grande Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta 1 X Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868) bico-chato-da-copa 1,2,3,4,5 1,2,3,5 1,2,3,4,5 Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884) bico-chato-de-cabeça-cinza

Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo 3 3 X

Page 63: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

52

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Todirostrinae

Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806) ferreirinho-estriado 1,3,4,5 X Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio Todirostrum chrysocrotaphum Strickland, 1850 ferreirinho-de-sobrancelha Poecilotriccus capitalis (Sclater, 1857) maria-picaça

Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) ferreirinho-de-cara-parda 1,2,5 5 Myiornis ecaudatus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) caçula 1,2,3,5 2,3,5 1,2,3,4,5 Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) maria-sebinha 1,2,3 1 X Hemitriccus griseipectus (Snethlage, 1907) maria-de-barriga-branca 2 Hemitriccus margaritaceiventer (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) sebinho-de-olho-de-ouro 3,5

Hemitriccus minimus (Todd, 1925) maria-mirim 2,3,5 1,2,3,4,5 2,3,5 Lophotriccus galeatus (Boddaert, 1783) caga-sebinho-de-penacho 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5

Tyrannidae Hirundineinae Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) gibão-de-couro Elaeniinae

Zimmerius gracilipes (Sclater & Salvin, 1868) poiaeiro-de-pata-fina 1 1 Inezia subflava (Sclater & Salvin, 1873) amarelinho Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento X Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-sobrancelha 1,2,3,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha 1,2,3,5 1,2,3,4,5 3,5 Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 guaracava-grande Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 guaracava-de-crista-branca

Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 guaracava-de-bico-curto

Page 64: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

53

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-de-topete-uniforme 3,5 X

Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum 3 Myiopagis gaimardii (d'Orbigny, 1839) maria-pechim 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta 2 5 Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-crista-alaranjada

Tyrannulus elatus (Latham, 1790) maria-te-viu X Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) marianinha-amarela Phaeomyias murina (Spix, 1825) bagageiro Tyranninae

Attila cinnamomeus (Gmelin, 1789) tinguaçu-ferrugem 1 Attila spadiceus (Gmelin, 1789) capitão-de-saíra-amarelo 2,5 1,3 X Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata 5 1 Ramphotrigon megacephalum (Swainson, 1835) maria-cabeçuda

Ramphotrigon ruficauda (Spix, 1825) bico-chato-de-rabo-vermelho 1,2,3 3 Ramphotrigon fuscicauda Chapman, 1925 maria-de-cauda-escura Myiarchus tuberculifer (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) maria-cavaleira-pequena 1,2,3 2,5 1,2,3,4,5 X

Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré X Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira 5 2 3,5

Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado 3

Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador 2 X Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) vissiá 1,3,5 1,3 2,3,5 Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem 3 5

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi 1,2,5 1,2,3,4,5 X Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro

Page 65: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

54

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado 3 X

Tyrannopsis sulphurea (Spix, 1825) suiriri-de-garganta-rajada Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei 2,3,5 3,5 2,3 3,5 X Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) bentevizinho-de-asa-ferrugínea 1,5 2,3 3,5 X Myiozetetes granadensis Lawrence, 1862 bem-te-vi-de-cabeça-cinza

Myiozetetes luteiventris (Sclater, 1858) bem-te-vi-barulhento 1,2,3,5 1,2,3,4,5 Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 suiriri-de-garganta-branca Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri 1,2,3,4,5 1,2,3,5 1,3,5 1,3,4,5 X Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha 5

Tyrannus tyrannus (Linnaeus, 1766) suiriri-valente Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) peitica-de-chapéu-preto

Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica 5 5 X

Fluvicolinae Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha 1 X Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe 2 Sublegatus obscurior Todd, 1920 sertanejo-escuro

Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) príncipe Fluvicola albiventer (Spix, 1825) lavadeira-de-cara-branca Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) freirinha Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) tesoura-do-brejo

Ochthornis littoralis (Pelzeln, 1868) maria-da-praia 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado 5 2,3,5 X Contopus cooperi (Nuttall, 1831) piui-boreal

Contopus virens (Linnaeus, 1766) piui-verdadeiro

Page 66: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

55

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) suiriri-pequeno

Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) primavera Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca Vireonidae Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari 5 X

Vireolanius leucotis (Swainson, 1838) assobiador-do-castanhal X Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara 2,5 1,2,5 1,2,5 X Vireo altiloquus (Vieillot, 1808) juruviara-barbuda Hylophilus semicinereus Sclater & Salvin, 1867 verdinho-da-várzea 1,5 1,2,3,5 2,3 3 X

Hylophilus hypoxanthus Pelzeln, 1868 vite-vite-de-barriga-amarela 1,3,5 1,2,5 1,2,3,4,5 X Hylophilus muscicapinus Sclater & Salvin, 1873 vite-vite-camurça Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860 vite-vite-uirapuru 2 X Corvidae

Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã 3 5 Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa 5 2 2,5

Atticora fasciata (Gmelin, 1789) peitoril Atticora tibialis (Cassin, 1853) calcinha-branca Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora 5 2,3,5 3,5 Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo

Progne subis (Linnaeus, 1758) andorinha-azul Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-grande 1,3,5 1,3 1,3,5 Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio 1,2,5 1,2,3,4,5 Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) andorinha-de-sobre-branco

Riparia riparia (Linnaeus, 1758) andorinha-do-barranco

Page 67: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

56

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817) andorinha-de-dorso-acanelado

Troglodytidae Microcerculus marginatus (Sclater, 1855) uirapuru-veado 5 1,2,5 1,3,5 X Odontorchilus cinereus (Pelzeln, 1868) cambaxirra-cinzenta 1 1,3 Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra 1,3,5 1,2,3,4,5 X

Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) catatau 1,5 X Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) garrinchão-pai-avô 1,2,3,5 2,3,5 1,2,3,4,5 3 Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) garrinchão-de-barriga-vermelha 5 1,2,3,4,5 X Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) uirapuru-verdadeiro

Donacobiidae Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim 1 Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 bico-assovelado 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 2,3,4,5 X

Polioptila paraensis Todd, 1937 balança-rabo-paraense 2 X Turdidae Catharus fuscescens (Stephens, 1817) sabiá-norte-americano 1 Catharus minimus (Lafresnaye, 1848) sabiá-de-cara-cinza

Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco X Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823 sabiá-da-mata 1 X Turdus lawrencii Coues, 1880 caraxué-de-bico-amarelo Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca

Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira 2,3 5 Mimidae Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo 2 2 Motacillidae

Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor

Page 68: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

57

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Coerebidae

Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica 3 1 1,2,3,4,5 X Thraupidae Saltator grossus (Linnaeus, 1766) bico-encarnado 5 1,3 X Saltator maximus (Statius Muller, 1776) tempera-viola 1 1,2 2,3,5 X

Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 trinca-ferro-verdadeiro Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) bico-de-pimenta Parkerthraustes humeralis (Lawrence, 1867) furriel-de-encontro Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817) pipira-de-bico-vermelho X

Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto X Thlypopsis sordida (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) saí-canário Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) pipira-vermelha 1,2,3,5 1,2,3,4,5 3,5 X

Lanio luctuosus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) tem-tem-de-dragona-branca 1,2,5 1,2,3,4,5 2,5 1 X Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) tiê-galo 1,2,3,5 1,2,3,5 2,3,5 X Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) tico-tico-rei Lanio versicolor (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) pipira-de-asa-branca

Lanio penicillatus (Spix, 1825) pipira-da-taoca Tangara gyrola (Linnaeus, 1758) saíra-de-cabeça-castanha 2,5 1,2,3 2,4,5 Tangara schrankii (Spix, 1825) saíra-ouro Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) saíra-de-bando 1,2,5 1,3,5 2 2,3

Tangara chilensis (Vigors, 1832) sete-cores-da-amazônia 2,3,5 1,2,3,4,5 2,3,4,5 X Tangara velia (Linnaeus, 1758) saíra-diamante 5 1,3,5 1 X Tangara punctata (Linnaeus, 1766) saíra-negaça 2 Tangara episcopus (Linnaeus, 1766) sanhaçu-da-amazônia 5 1,3,5

Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro 1,2,3,5 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 X

Page 69: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

58

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Tangara nigrocincta (Bonaparte, 1838) saíra-mascarada 3 1 1

Tangara cyanicollis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) saíra-de-cabeça-azul 1,2,5 1,5 2 3 Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela X Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) tietinga 5 X Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaçu-de-coleira 3,5

Paroaria gularis (Linnaeus, 1766) cardeal-da-amazônia 1 1,2,3 X Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha 3 X Dacnis albiventris (Sclater, 1852) saí-de-barriga-branca 1 Dacnis lineata (Gmelin, 1789) saí-de-máscara-preta 2,3 1,3,5 2

Dacnis flaviventer d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 saí-amarela 1,3 X Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul 2,5 1,3,5 2,3,4,5 X Cyanerpes nitidus (Hartlaub, 1847) saí-de-bico-curto 3,5 1,3 2,3,4,5 Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758) saí-de-perna-amarela 2,5 1,2,5 1,2,4,5

Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) saíra-beija-flor 5 Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde 1,2,3 1,2 Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto 2 X Hemithraupis flavicollis (Vieillot, 1818) saíra-galega 2 1,2,3,5 1,2,3

Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) figuinha-de-rabo-castanho X Emberizidae Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico 1,2,3,4,5 Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu 1,2,5 1,2,5 Sporophila plumbea (Wied, 1830) patativa Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) bigodinho Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano 1 1,5

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho 1

Page 70: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

59

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) curió 1,5 3 1,5

Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tico-tico-de-bico-preto 3,5 2 1,2 Cardinalidae X Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaçu-de-fogo Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso 1

Granatellus pelzelni Sclater, 1865 polícia-do-mato 1,3 1,2,5 X Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847) azulão-da-amazônia 1,2,3,4,5 2,5 X Parulidae Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula

Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato 3 X Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) pula-pula-ribeirinho X Icteridae Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu 1,5 1,3,5

Psarocolius bifasciatus (Spix, 1824) japuaçu 1,2,3 Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) iraúna-de-bico-branco X Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) tecelão Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe 5

Cacicus cela (Linnaeus, 1758) xexéu 1,3,5 1,3,4,5 Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) inhapim 1 3 X Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna 1 X Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 vira-bosta-picumã

Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande 1 3 Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta Fringillidae Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim 1,2,5 1,2 2,3,4,5

Euphonia laniirostris d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 gaturamo-de-bico-grosso

Page 71: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

60

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA Endem. BRA

Euphonia chrysopasta Sclater & Salvin, 1869 gaturamo-verde 2,5 1,3,5 5

Euphonia minuta Cabanis, 1849 gaturamo-de-barriga-branca Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834 fim-fim-grande Euphonia rufiventris (Vieillot, 1819) gaturamo-do-norte 1,2,3,4,5 1,2,3,4,5 2,3,4,5 X

Legenda: CA = Área do Canteiro de obras, RE = Área do Reservatório, CO = Área Controle, EN = Entorno (para aquelas espécies registradas na AI do empreendimento, no entanto, fora das três áreas amostrais). Também são indicadas as espécies endêmicas do Brasil (Endem. BRA)

Page 72: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

61

4.1.2 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei

Nenhuma das espécies observadas durante o trabalho de campo é considerada

ameaçada de extinção em nível nacional ou global. O estado de Mato Grosso não

possui uma lista estadual de espécies ameaçadas de extinção, não sendo possível a

identificação do status estadual das espécies em questão.

4.1.3 Espécies endêmicas

Das espécies registradas apenas na quinta fase, nenhuma é considerada endêmica do

Brasil.

4.1.4 Espécies migratórias

Nenhuma espécie de hábitos migratórios foi registrada na presente amostragem.

4.1.5 Espécies relevantes

A espécie mais importante daquelas registradas durante a quinta campanha foi o

patinho-escuro (Platyrinchus saturatus). Esta espécie conta com poucas informações

para o sul da Amazônia e raros registros para a região do Rio Teles Pires. Ainda não

havia sido detectada para a área de influência do AHE Colíder. Quatro indivíduos

foram encontrados (em dois locais distintos) no ponto amostral da área prevista para

o reservatório, na margem esquerda deste rio.

4.1.6 Esforço amostral

O esforço amostral da quinta fase foi o mesmo empregado nas demais campanhas,

com exceção da quarta fase, que foi interrompida já no início, conforme exigido pela

SEMA e indicado pela COPEL. A tabela abaixo apresenta o esforço de cada método de

pesquisa.

Page 73: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

62

TABELA 9 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A TERCEIRA FASE DE CAMPO

Método Quantidade / área amostral

Nº de áreas amostrais

Nº dias amostrais por fase

No da fase

Esforço total

Redes de neblina 12 3 2/área 3 864 horas-rede (31.104 h.m2)

Pontos de escuta 6 3 2/área 3 12 h Coleta de dados não-sistematizados - 3 2/área 3 80 h

O gráfico do número acumulado de espécies está ainda em ascenção. Após o

incremento inicial, a curva irá assumir uma tendência mais horizontal, no entanto vai

continuar ascendente em função do número de espécies esperadas para serem

registradas no local. A área de estudo está inserida em uma das zonas mais ricas em

espécies de aves de toda a Amazônia brasileira, portanto, presume-se que haverá

inclusões na lista de espécies até mesmo após alguns anos de pesquisa. Esta região

apresenta uma grande quantidade de espécies florestais e uma (relativamente) baixa

abundância na maioria destas espécies. Desta forma, é necessário um grande esforço

de pesquisa para que seja possível a detecção de um percentual satisfatório desta

riqueza. Considerando que a extenção dos hábitats florestais de interesse é grande,

torna-se provável que espécies inconspícuas e raras venham a ser detectadas

gradualmente, a medida em que o esforço aumenta e novas localidades da área de

influência do empreendimento sejam visitadas.

GRÁFICO 2 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA TERCEIRA FASE, TOTALIZANDO 264 ESPÉCIES

Page 74: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

63

GRÁFICO 3 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO

4.1.7 Comparação entre as áreas amostrais

4.1.7.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de obras)

Na área do canteiro de obras foi registrado o maior valor de riqueza dentre os três

sítios amostrais (171 espécies - Tabela 10). Até a terceira fase os valores vinham

decrescendo sequencialmente, e na quarta campanha o trabalho de campo teve de

ser interrompido pela SEMA em decorrência de irregularidades nas obras, ficando com

um valor abaixo do normalmente encontrado no local. Por fim, na quinta campanha, a

área do canteiro de obras voltou a apresentar uma alta riqueza, comparável à

encontrada na primeira fase.

TABELA 10 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 178 Fase 02 143 Fase 03 132 Fase 04 50 Fase 05 171

4.1.7.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório)

A riqueza obtida na área do reservatório durante a quinta campanha foi de 154

espécies (Tabela 11). Apesar de ter sido o valor intermediário, quando comparado aos

Page 75: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

64

obtidos nos dois outros sítios amostrais, algumas espécies foram encontradas

somente neste local, como por exemplo, o patinho-escuro (Platyrinchus saturatus).

Apesar do nível das águas no interior da mata de várzea no ponto de anilhamento, e

da dificuldade adicional com os petrechos de captura, o mesmo local foi mantido

durante a estação chuvosa. A Foto 16 abaixo ilustra o trabalho de captura e marcação

de aves no sítio amostral do reservatório.

FOTO 16 – TRABALHO DE ANILHAMENTO DE AVES SENDO EXECUTADO NO INTERIOR DA MATA DE VÁRZEA PRESENTE NO SÍTIO AMOSTRAL DA ADA

TABELA 11 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 159 Fase 02 122 Fase 03 171 Fase 04 58 Fase 05 154

4.1.7.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle)

A Área Controle, novamente, apresentou o menor número de espécies registradas

(n=114), como ocorrido nas fases anteriores (Tabela 12). Na presente amostragem,

notou-se uma nítida redução da movimentação e do número de espécies presentes na

área amostral. Desta vez, o que causou tal resultado foram as condições climáticas

dos dias destinados à amostragem da área-controle. Fortes chuvas e mudanças

bruscas de temperatura e pressão atmosférica causaram uma baixa na atividade geral

Page 76: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

65

das aves, ocasionando um resultado inferior às demais áreas. Esta informação é

corroborada quando os dados do anilhamento são analisados no próximo capítulo.

TABELA 12 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 100 Fase 02 106 Fase 03 124 Fase 04 74 Fase 05 114

4.1.8 Similaridade entre as áreas

Os dados obtidos após a execução da quinta fase de campo, analisados por meio da

similaridade de Bray-Curtis, geraram um gráfico semelhante ao apresentado na

primeira fase, não havendo diferenças expressivas. Uma nova análise de presença e

ausência será efetuada após o término do monitoramento pré-enchimento para que as

similaridades sejam melhor avaliadas. Durante a execução de cada fase de campo

haverão pequenas oscilações nos dados.

4.1.9 Anilhamento

Durante a quinta fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE

Colíder, o mesmo esforço total de 792 horas-rede foi mantido. O número total de aves

capturadas foi de 66 indivíduos, pertencentes a 25 espécies (Tabela 13). Estes valores

são inferiores daqueles obtidos nas fases de campo completas realizadas

anteriormente. Após a execução de cinco campanhas, o número total de capturas é de

341.

TABELA 13 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DO MONITORAMENTO PRÉ-ENCHIMENTO

Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas

Fase 01 75 30 Fase 02 80 37 Fase 03 78 34 Fase 04 42 18 Fase 05 66 25

Nesta etapa, foram obtidas 11 recapturas, sendo cinco na área do canteiro de obras,

uma na área-controle e cinco na área do reservatório.

Page 77: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

66

A área amostral que apresentou maior número de capturas foi a do reservatório, com

40 no total (Tabela 14). A área controle apresentou o menor número de capturas,

com apenas três capturas. Deve-se mencionar que as redes permaneceram abertas

durante dois dias inteiros e em um dos dois dias não foi obtida nenhuma captura.

Fatores climáticos interferiram negativamente na coleta de dados na área controle e

os resultados obtidos foram inferiores aos observados em todas as demais

campanhas. E, por fim, a área do canteiro de obras obteve 23 capturas, valor idêntico

àquele obtido na terceira fase para esta mesma localidade.

Oscilações no número de espécies capturadas são normais, sendo influenciadas por

inúmeros fatores bióticos e abióticos. Diferenças nas condições climáticas existentes

em cada dia interferem expressivamente no sucesso do método, mas como não é

possível padronizar o fator “clima”, as coletas ocorrem em dias consecutivos e os

resultados são tratados igualmente. Desta forma, apesar dos resultados aqui

apresentados indicarem uma baixa riqueza e um pequeno número de espécies

capturado na área controle durante a quinta amostragem, isso não significa que a

área é empobrecida ou pouco relevante. É importante salientar que os ventos e as

chuvas intensas, e as mudanças bruscas de temperatura ocasionaram uma redução

visível na atividade das aves florestais.

TABELA 14 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS CINCO FASES DE CAMPO

Fase do monitoramento Canteiro de obras Reservatório Controle

Fase 01 22 27 26 Fase 02 22 45 13 Fase 03 29 23 26 Fase 04 02 00 40 Fase 05 23 40 03

As espécies mais capturadas durante a quinta campanha foram o arapaçu-de-bico-de-

cunha (Glyphorynchus spirurus) (n=08), o cabeça-encarnada (Pipra rubrocapilla)

(n=06), o arapaçu-pardo (Dendrocincla fuliginosa) (n=05), o flautim-da-amazônia

(Schiffornis amazona) (n=05), o rendadinho (Willisornis poecilinotus) (n=05) e o

arapaçu-riscado (Xiphorhynchus obsoletus) (n=04). As demais espécies apresentaram

um número igual ao inferior a três capturas.

A Tabela 15 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes

neblina, a quantidade de indivíduos capturados de cada espécie e a taxa de captura

por parcela e total de cada espécie.

Page 78: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

67

TABELA 15 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA

Espécie Capt CA

Taxa CA

Capt RE

Taxa RE

Capt CO

Taxa CO

Total capt.

Taxa total

Glyphorynchus spirurus 4 1,52 4 1,52 0 0,00 8 1,01 Pipra rubrocapilla 2 0,76 4 1,52 0 0,00 6 0,76 Dendrocincla fuliginosa 2 0,76 2 0,76 1 0,38 5 0,63 Schiffornis amazona 1 0,38 4 1,52 0 0,00 5 0,63 Willisornis poecilinotus 0 0,00 3 1,14 2 0,76 5 0,63 Xiphorhynchus obsoletus 0 0,00 4 1,52 0 0,00 4 0,51 Hypocnemoides maculicauda 0 0,00 3 1,14 0 0,00 3 0,38 Lophotriccus galeatus 1 0,38 2 0,76 0 0,00 3 0,38 Machaeropterus pyrocephalus 2 0,76 1 0,38 0 0,00 3 0,38 Myrmotherula axillaris 2 0,76 1 0,38 0 0,00 3 0,38 Chloroceryle aenea 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Epinecrophylla leucophthalma 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Platyrinchus saturatus 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Sittasomus griseicapillus 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25 Thalurania furcata 2 0,76 0 0,00 0 0,00 2 0,25 Thamnophilus aethiops 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25 Cyanoloxia cyanoides 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Deconychura longicauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Dendrocolaptes certhia 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Formicivora grisea 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Lepidothrix nattereri 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Myrmeciza hemimelaena 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Terenotriccus erythurus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13 Tyranneutes stolzmanni 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13 Xenops minutus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Nota: A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de 792 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie.

A Foto 17 à Foto 24 mostram os indivíduos capturados na terceira fase de campo do

monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do reservatório e do canteiro de

obras.

Page 79: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

68

FOTO 17 – ARAPAÇU-PARDO (DENDROCINCLA FULIGINOSA) (ANILHA VERMELHA 0021) ENCONTRADO NA MATA APÓS SETE MESES DO ANILHAMENTO EM 06/07/2011

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 18 – PATINHO-ESCURO (PLATYRINCHUS SATURATUS) CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO, EM MATA DE VÁRZEA DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA: ESPÉCIE RARA NA REGIÃO E COM POUCOS REGISTROS NO ESTADO DE MATO GROSSO

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 19 – PAPA-FORMIGA-PARDO (FORMICIVORA GRISEA) CAPTURADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 20 – MACHO DE RENDADINHO (WILLISORNIS POECILINOTUS) ANILHADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

Page 80: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

69

FOTO 21 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO CAPTURADO NA ÁREA DO RESERVATÓRIO.

FOTO: BENEDITO FREITAS, 2012

FOTO 22 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), FÊMEA CAPTURADA NA ÁREA DO RESERVATÓRIO

FOTO: BENEDITO FREITAS, 2012

FOTO 23 – ARAPAÇU-RISCADO (XIPHORHYNCHUS OBSOLETUS): UMA DAS ESPÉCIES TÍPICAS DA MATA DE VÁRZEA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO.

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 24 – AZULÃO-DA-AMAZÔNIA (CYANOLOXIA CYANOIDES) ANILHADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS.

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

Page 81: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

70

4.1.10 Índice Pontual de Abundância (IPA)

Durante a quinta fase de campo do monitoramento da avifauna na área do AHE

Colíder, um total de 73 espécies foram contabilizadas pelo método de contagens por

pontos de escuta.

Os dados obtidos por meio dos censos, nas três parcelas amostrais, geraram uma

tabela com o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie registrada nas

contagens. As espécies mais freqüentes, considerando o IPA geral (somatório dos

resultados obtidos nas três áreas amostrais) foram: Crypturellus strigulosus

(IPA = 0,389), Pipra rubrocapilla (IPA = 0,361), Tyranneutes stolzmanni

(IPA = 0,306), Ramphocaenus melanurus (IPA = 0,250), Trogon viridis (IPA = 0,250),

Hylophilus hypoxanthus (IPA = 0,222) e Pheugopedius genibarbis (IPA = 0,222).

Todas as demais espécies registradas por meio deste método podem ser visualizadas

na Tabela 16. Nesta tabela também pode ser consultado o número de registros que

cada espécie teve em cada área amostral. Além do IPA geral, obtido com o somatório

de todos os contatos com todas as espécies, nas três áreas amostrais, divididos pelo

número total de amostras (n=36), foi obtido também o IPA individual para cada área

amostral. Todos estes dados podem ser comparados na tabela abaixo.

TABELA 16 – ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS

Nome do táxon CA IPA CA RE IPA

RE CO IPA CO Total IPA

geral Crypturellus strigulosus 0 0,000 5 0,417 9 0,750 14 0,389 Pipra rubrocapilla 3 0,250 3 0,250 7 0,583 13 0,361 Tyranneutes stolzmanni 3 0,250 1 0,083 7 0,583 11 0,306 Ramphocaenus melanurus 4 0,333 2 0,167 3 0,250 9 0,250

Trogon viridis 7 0,583 2 0,167 0 0,000 9 0,250 Hylophilus hypoxanthus 0 0,000 6 0,500 2 0,167 8 0,222 Pheugopedius genibarbis 5 0,417 1 0,083 2 0,167 8 0,222 Pionus menstruus 2 0,167 4 0,333 1 0,083 7 0,194

Querula purpurata 6 0,500 0 0,000 1 0,083 7 0,194 Thamnophilus schistaceus 4 0,333 1 0,083 2 0,167 7 0,194 Tolmomyias assimilis 2 0,167 2 0,167 3 0,250 7 0,194 Xiphorhynchus guttatus 1 0,083 4 0,333 2 0,167 7 0,194

Cantorchilus leucotis 0 0,000 5 0,417 0 0,000 5 0,139 Hylophilus semicinereus, 1 0,083 4 0,333 0 0,000 5 0,139 Patagioenas speciosa 1 0,083 4 0,333 0 0,000 5 0,139 Phaethornis ruber 3 0,250 1 0,083 1 0,083 5 0,139

Herpsilochmus rufimarginatus 1 0,083 3 0,250 0 0,000 4 0,111 Patagioenas subvinacea 1 0,083 0 0,000 3 0,250 4 0,111

Page 82: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

71

Nome do táxon CA IPA CA RE IPA

RE CO IPA CO Total IPA

geral Schiffornis amazona 2 0,167 1 0,083 1 0,083 4 0,111

Thamnophilus aethiops 1 0,083 0 0,000 3 0,250 4 0,111 Trogon ramonianus 2 0,167 2 0,167 0 0,000 4 0,111 Xiphorhynchus elegans 2 0,167 1 0,083 1 0,083 4 0,111 Ara severus 2 0,167 0 0,000 1 0,083 3 0,083

Cercomacra cinerascens 0 0,000 1 0,083 2 0,167 3 0,083 Cercomacra nigrescens 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Pyrrhura snethlageae 1 0,083 0 0,000 2 0,167 3 0,083 Sakesphorus luctuosus 0 0,000 3 0,250 0 0,000 3 0,083

Sclerurus mexicanus 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Xiphorhynchus obsoletus 0 0,000 3 0,250 0 0,000 3 0,083 Campephilus rubricollis 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Diopsittaca nobilis 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056

Epinecrophylla leucophthalma 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056 Euphonia rufiventris 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056 Pygiptila stellaris 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Ramphastos tucanus 1 0,083 1 0,083 0 0,000 2 0,056

Rhytipterna simplex 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056 Sclateria naevia 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Tangara gyrola 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056 Thamnophilus palliatus 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056

Tinamus guttatus 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Trogon melanurus 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Willisornis poecilinotus 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056 Amazona ochrocephala 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Ara macao 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Aratinga leucophthalma 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Brotogeris chiriri 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Cacicus cela 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Cacicus haemorrhous 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Camptostoma obsoletum 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Capito dayi Cherrie, 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Chelidoptera tenebrosa 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Crypturellus obsoletus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Cymbilaimus lineatus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Deconychura longicauda 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Falco rufigularis 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Heterocercus linteatus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Hylophylax punctulatus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Iodopleura isabellae 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Piculus chrysochloros 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Picumnus aurifrons 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Pipra fasciicauda 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Pteroglossus beauharnaesii 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Page 83: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

72

Nome do táxon CA IPA CA RE IPA

RE CO IPA CO Total IPA

geral Pyrilia barrabandi 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Ramphotrigon ruficauda 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Rhegmatorhina gymnops 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Sittasomus griseicapillus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Tangara palmarum 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Tangara velia 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Thamnophilus amazonicus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Thamnophilus stictocephalus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Tinamus tao 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Touit huetii 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Xenops minutus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Nota: CA = canteiro de obras; RE = reservatório; CO = área controle) e o IPA geral. As espécies estão listadas em ordem decrescente de IPA geral

4.1.11 Métodos não sistematizados

Por meio de métodos não sistematizados, aplicados aleatoriamente durante toda a

fase de campo, em especial, durante os últimos dois dias, algumas informações

puderam ser obtidas. Um total de 13 espécies, das 19 registradas exclusivamente na

quinta fase de campo, foi encontrado somente por meio de buscas livres, sem que

fosse aplicado algum tipo de método quantitativo. Este dado reforça a importância de

se aplicar buscas livres. A Tabela 17 apresenta todos os registros inéditos obtidos

durante a fase e indica aquelas que foram encontradas por meio de métodos não

sistematizados.

TABELA 17 – REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA QUINTA FASE DE CAMPO DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS NÃO SISTEMATIZADOS

Táxon Nome popular Registro por método Não

sistematizado Sistematizado

Tinamus guttatus inhambu-galinha X Cairina moschata pato-do-mato X

Mesembrinibis cayennensis coro-coró X Falco femoralis falcão-de-coleira X Laterallus viridis sanã-castanha X Amazona amazonica curica X Glaucidium brasilianum caburé X

Piculus chrysochloros pica-pau-dourado-escuro X X Sclerurus mexicanus vira-folha-de-peito-vermelho X Campylorhamphus procurvoides arapaçu-de-bico-curvo X Nasica longirostris arapaçu-de-bico-comprido X

Platyrinchus saturatus patinho-escuro X X

Page 84: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

73

Táxon Nome popular Registro por método Não

sistematizado Sistematizado

Mionectes oleagineus abre-asa X Empidonomus varius peitica X

Tyrannus savana tesourinha X Cyclarhis gujanensis pitiguari X Cissopis leverianus tietinga X Cyanerpes cyaneus saíra-beija-flor X

Cacicus haemorrhous guaxe X

A Foto 25 mostra os indivíduos encontrados por meio de métodos não sistematizados

na quinta fase de campo do monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do

reservatório e do canteiro de obras.

FOTO 25 – GAVIÃO-PEGA-MACACO (SPIZAETUS TYRANNUS) FOTOGRAFADO NA FLORESTA CILIAR DO RIO TELES PIRES, NO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM DA UHE COLÍDER

FOTO: RAFAEL L. BALESTRIN.

4.1.12 Índice de diversidade

Considerando os dados de abundância, obtidos por meio das contagens em pontos

fixos, obteve-se um índice de diversidade de H’ = 3.931 para a quinta fase de campo.

4.1.13 Espécimes coletados

Três indivíduos de três espécies distintas foram coletados durante a quinta fase de

campo: Platyrinchus saturatus, Sittasomus griseicapillus e Glyphorhynchus spirurus.

Page 85: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

74

4.1.14 Considerações finais

No geral, pode-se dizer que a movimentação de aves durante a quinta fase de campo

esteve muito baixa quando comparada às fases anteriormente executadas. A primeira

campanha aconteceu na mesma época do ano de 2011, e naquele momento os

resultados foram bastante satisfatórios. Desta forma, conclui-se que condições

climáticas desfavoráveis registradas durante a atual campanha interferiram

negativamente sobre a coleta de dados, prejudicando as capturas e a detecção das

espécies em seus hábitats. Entretanto, mesmo com condições desfavoráveis, foram

obtidos importantes resultados: novas espécies foram encontradas para o estudo e

um elevado número de aves anilhadas anteriormente foram recapturadas.

Page 86: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

75

4.2 MASTOFAUNA

4.2.1 Procedimentos Metodológicos

Durante a quinta campanha do monitoramento da mastofauna na área do AHE

Colíder, foram amostradas três áreas ou parcelas amostrais: (1) Canteiro de obras,

(2) Reservatório e (3) Área Controle. A área do reservatório escolhida e utilizada

nessa última fase (fevereiro de 2012) foi a mesma utilizada nas duas primeiras fases

de campo. Essa escolha justifica-se devido ao acúmulo de água das cheias do rio

Teles Pires na trilha utilizada durante as fases 2 e 4, impossibilitando a aplicação de

alguns métodos de pesquisa, principalmente as capturas com armadilhas. Os esforços

de campo permaneceram os mesmos das outras fases.

Pequenos mamíferos não-voadores – Foram empregados dois conjuntos de

metodologias complementares: (1) três linhas de armadilhas de interceptação e

queda (pitfalls) e (2) 150 armadilhas de captura viva (live traps) de dois tipos:

Tomahawk® e Shermann®. As armadilhas de captura viva foram iscadas com uma

mistura composta por banana, paçoca de amendoim, farinha de milho, pedaços de

toucinho e castanha-do-Pará, sendo instaladas 50 unidades em cada área amostral.

Ambos tipos de armadilhas foram revisados pela manhã a cada dia e re-iscados

conforme a necessidade. Os dois conjuntos de métodos empregados para a captura

de pequenos mamíferos não-voadores permaneceram em funcionamento durante seis

dias consecutivos, simultaneamente nas três áreas amostrais. Todos os indivíduos

capturados foram pesados, e tomadas as seguintes medidas: comprimento da cabeça

e corpo (CC) e comprimento da cauda (CA). Os pequenos mamíferos não-voadores

foram identificados segundo as chaves de identificação de Gardner (2007), Bonvicino

et al. (2008) e Weksler & Percequillo (2011) e das descrições apresentadas em Rossi

et al. (2011) e Oliveira & Bonvicino (2011).

Morcegos – para a captura de morcegos foram empregadas 12 redes de neblina

(6 x 3 m) que pemaneceram abertas do pôr-do-sol até às 00:00 horas. As redes

foram armadas por duas noites consecutivas em cada parcela amostral. Os animais

capturados foram pesados e também foram tomadas as medidas de seus antebraços.

Os primeiros morcegos capturados por espécie foram sacrificados, preparados em via

úmida e depositados na Coleção Científica de Mastozoologia da UFPR como material

Page 87: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

76

testemunho; para uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram

identificados, marcados com anilhas numeradas em seus antebraços. Os morcegos

foram identificados segundo as chaves para a identificação de morcegos de Vizzoto &

Taddei (1973), Lim & Engstron (2001), Gardner (2007) e Miranda et al. (2011),

associada às descrições apresentadas por Simmons & Voss (1998), Barquez et al.

(1999), Reis et al. (2007) e Peracchi et al. (2011).

Mamíferos de médio e grande porte – Esses mamíferos foram registrados com o

seguinte conjunto de metodologias: (1) busca ativa por vestígios (pegadas, rastros,

fezes, tocas, etc.) e por registros diretos da presença de mamíferos (visualizações,

contatos auditivos, carcaças, etc.), essas buscas se deram, a pé, de carro e de barco,

distribuídas de forma equivalente entre as três áreas amostrais; e (2)

armadilhamento fotográfico, onde foram armadas quatro armadilhas fotográficas

(Trophy Cam Trail Camera - Bushnell®), sendo uma em cada área amostral e uma

quarta câmera foi armada em um ponto oportunístico. As pegadas e os rastros foram

identificados segundo os guias de pegadas de González (2001), Oliveira & Cassaro

(2005) e Mamede & Alho (2008).

4.2.2 Riqueza de espécies

Nessa quinta fase do monitoramento de fauna foram registradas 37 espécies de

mamíferos silvestres, apresentando uma diversidade de H’=2,937. Os resultados

obtidos nessa quinta fase do monitoramento acrescentaram três espécies (Pteronotus

personatus – Foto 26, Platyrrhinus fusciventris – Foto 27 e Lonchophylla thomasi –

Foto 28) na lista geral de mamíferos silvestres da área do AHE Colíder. As espécies

registradas durante as cinco primeiras fases do monitoramento, somadas àquelas

registradas no EIA do mesmo empreendimento, totalizam 112 espécies, pertencentes

a 10 ordens e 30 famílias (Tabela 18).

Page 88: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

77

FOTO 26 – ESPÉCIE ACRESCIDA À LISTA DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO: MORCEGO PTERONOTUS PERSONATUS

FOTO: MARCELO B. G. RUBIO, 2012

FOTO 27 – ESPÉCIE ACRESCIDA À LISTA DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO: MORCEGO PLATYRRHINUS FUSCIVENTRIS, ESPÉCIE DESCRITA PELA CIÊNCIA EM 2010

FOTO: MARCELO B. G. RUBIO, 2012

FOTO 28 – ESPÉCIE ACRESCIDA À LISTA DURANTE A QUINTA FASE DE CAMPO: MORCEGO LONCHOPHYLLA THOMASI

FOTO: MARCELO B. G. RUBIO, 2012

Page 89: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

78

TABELA 18 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA AHE COLIDER, MUNICÍPIOS DE COLIDER E ITABUNA, MT

TÁXON Nome popular Método de registro

Área amostral

Fase do Monitoramento EIA Status de

conservação ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa OD Co 2 - - Caluromys phylander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa CP Re 3 - -

Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá-de-orelha-preta - - - X -

Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica - - - X - Cryptonanus sp. guaiquica CP Re,Co 1 - - Marmosa murina (Linnaeus, 1758) guaiquica CP Re,Co 1,2,3 X - Marmosops bishopi (Pine, 1981) cuica - - - X - Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca - - - X - Marmosops sp. cuíca - - - X - Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca - - - X - Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1 - DD Monodelphis brevicaudata (Erxleben, 1777) cuica CP Re,Co 1 X - Monodelphis kunsi Pine, 1975 cuica CP Co,Re 1,5 X DD ORDEM CINGULATA Família Dasypodidae Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha PE,TO,ENT Ca,Re,En 1,3,5 X - Dasypus kappleri (Desmarest, 1804) tatu-quinze-quilos OD,TO,ENT Ca,Co,En 1,2 X - Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-peba OD,PE,TO Ca,Re,Ca,En 1 X - Tolipeutes matacus (Desmarest, 1804) tatu-bola - - - X DD Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) tatu-de-rabo-mole CP Ca 2,5 - - Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra PE,ENT,AF Re,Ca,Co 1,3,5 X VU ORDEM PILOSA Família Myrmecophagidae

Page 90: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

79

TÁXON Nome popular Método de registro

Área amostral

Fase do Monitoramento EIA Status de

conservação Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim OD,ENT,AF Ca,Re,Co 1,5 X - Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-bandeira ENT En 1 X VU Família Megalonychidae Choloepus hoffmanni Peters, 1858 preguiça-real RES Ca 3 - - ORDEM PRIMATES Família Atelidae Ateles marginatus (É. Geoffroy, 1809) macaco-aranha-de-

cara-branca OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5 - EM

Ateles chamek (Humboldt, 1812) macaco-aranha OD,CA Re 1,2,3,5 X - Alouatta discolor (Sipx 1823) bugio OD Ca 3 - - Família Cebidae Mico emiliae (Thomas, 1920)* sagui OD,CA Ca, Em 1,3,5 X - Cebus apella (Linnaeus, 1758) macaco-prego OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5 X - Cebus albifrons (Humboldt, 1812) caiarara - - - X DD Família Pitheciidae Callicebus molock (Hoffmannsegg, 1807) guigó, zogue-zogue OD,CA Re,Co 1,2,3 X - Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Devile, 1848)

cuxiú-de-nariz-vermelho OD,CA Ca,Re,Co 2,3,5 - -

Pithecia irrorata Gray, 1842 parauacú - - - X - Família Aotidae Aotus infulatus (Khul, 1820) macaco-da-noite OD,CA Ca 2,3 X - ORDEM CHIROPTERA Família Embalonuridae Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) morcego CP,OD Re 1,2 - - Família Mormoopidae Peropteryx macrotis (Wagner, 1842) morcego - - - X - Família Phyllostomidae Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5 X -

Page 91: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

80

TÁXON Nome popular Método de registro

Área amostral

Fase do Monitoramento EIA Status de

conservação Phyllostomus discolor Wagner, 1843 morcego CP Ca,Re 1,3 X - Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3 - - Phyllostomus latifolius (Thomas, 1901) morcego CP Ca 3,5 - DD Phylloderma stenops Peters, 1865 morcego CP Co 2 - - Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego RES - 3 X - Lophostoma silvicolum d’Orbigny, 1836 morcego - - - X - Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego CP Ca 5 X - Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego CP Co 1 X - Micronycteris megalotis Gray, 1842 morcego - - - X - Trinycteris nicefori (Sanborn, 1942) morcego CP Co 1 - - Lampronycteris brachyotis (Dobson, 1879) morcego CP Co 3 - - Glyphonycteris silvestris (Thomas, 1896) morcego CP Re 3 - - Lionycteris spurrelli Thomas, 1903 morcego - - - X - Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego - - - X DD Lonchophylla thomasi Allen, 1904 morcego CP Co 5 - - Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego - - - X - Choeroniscus minor (Peters, 1868) morcego CP Ca,Re 3 X - Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro CP,VE Ca,Re 1,2 X - Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego CP Ca,Re,Co,En 1,2,3,5 X - Rhinophylla pumilio Peters, 1865 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5 X - Rhinophylla fischerae Carter, 1966 morcego - - - X DD Dermanura cinerea (Gervais, 1856) morcego - - - X - Dermanura gnoma Handley, 1987 morcego CP Ca,Re 1,2,3,5 - - Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego CP Ca,Re,Co 1,3,5 X - Artibeus planirostris (Spix, 1823) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5 X - Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5 X - Mesophylla macconnelli Thomas, 1901 morcego CP Ca 3 X -

Page 92: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

81

TÁXON Nome popular Método de registro

Área amostral

Fase do Monitoramento EIA Status de

conservação Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego - - - X - Platyrrhinus fusciventris Velazco, Gardner & Patterson, 2010) morcego CP Co 5 - -

Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego - - - X - Uroderma bilobatum Peters, 1866 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5 X - Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) morcego CP Ca 1,2 - - Familia Mormoopidae Pteronutus parnellii (Gray, 1843) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5 X - Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego CP Re 5 - - Família Noctilionidae Noctilio albiventris Desmarest, 1818 morcego-pescador-

pequeno OD Re 2 - -

Familia Molossidae Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego RES Ca 3 X - Molossus rufus (É. Geoffroy, 1805) morcego RES Ca 3 - - Família Vespertilionidae Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego CP,RES Ca,Re,Co 1,3

- -

Myotis cf. riparius Handley, 1960 morcego CP Co 3 - - ORDEM CARNÍVORA Família Canidae Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) graxaim PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5 X -

Atelocynus microtis (Sclater, 1883) cachorro-deo-mato-de-orelha-curta OD Ca 1 X DD

Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-vinagre - - - X VU Família Felidae Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica PE,ENT,AF Ca,Co,Re 1,3,5 X VU Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato - - - X VU Puma yagouaroundi (Lacépède, 1809) gato-mourisco OD,ENT Ca,Em 1,2,5 X -

Page 93: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

82

TÁXON Nome popular Método de registro

Área amostral

Fase do Monitoramento EIA Status de

conservação Puma concolor (Linnaeus, 1771) puma PE,ENT Em 1 X VU Panthera onca (Linnaeus, 1758) onça-pintada OD,PE,CA,ENT,AF,FE Re,Ca 1,2,3,5 X VU Família Mustelidae Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara OD,RES Ca,Co 3,4 X - Galictis vittata (Schreber, 1776) furão CÇ Em 3 - - Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra ENT,PE Re 1,2 X - Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) ariranha ENT,OD,AF Re 1,2,3 X VU Mustela africana Desmarest, 1818 doninha-amazônica OD Ca 3 - DD Família Procyonidae Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) mão-pelada PE Re,Co 1,2,3 X - Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati ENT,CÇ Ca 1,2 X - Potos flavus (Schreber, 1774) jupará OD,ENT,CA Ca,Re,Co 1,3,4,5 X - ORDEM ARTIODACTYLA Família Cervidae Mazama gouazoubira (Fischer, 1814) veado-catingueiro PE,ENT Ca,En 1,2,3,5 X - Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro ENT Ca,En 1 X - Família Tayassuidae Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto PE,OD,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5 X - Tayassu pecari (Link, 1795) queixada PE,OD,AF,ENT,CÇ Ca,Re,Co 1,2,3,5 X - ORDEM PERISSODACTYLA Familia Tapiridae Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta OD,PE,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5 X - ORDEM RODENTIA Família Sciuridae Guerlinguetus gilvigularis (Wagner, 1842) caxinguelê OD,CÇ Ca,Em,Re 1,2,3 - - Sciurillus pusillus (É. Geoffroy, 1803) coatipuruzinho OD Co 4 - - Família Caviidae

Page 94: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

83

TÁXON Nome popular Método de registro

Área amostral

Fase do Monitoramento EIA Status de

conservação Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara CÇ,OD,PE,ENT,FE Ca,Re 1,2,3,5 X - Cavia porcellus (Linnaeus, 1758)* preá - - - X - Família Erethizontidae Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) ouriço-cacheiro OD Ca,Re 1,5 X - Família Dasyproctidae Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758) cotia PE,ENT,AF,OD Ca,Co,En 1,2,3,5 X - Família Cuniculidae Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) paca ENT,PE,AF Ca,Re 1,2,5 X - Família Cricetidae Neacomys spinosus (Thomas, 1882) rato-de-espinho-

pequeno - - - X -

Oecomys bicolor (Thomas, 1860) rato-da-árvore CP Re,Co 1,2,3,5 X - Oecomys cf. trinitatis Thomas, 1903 rato-da-árvore - - - X - Oecomys roberti (Thomas, 1904) rato-da-árvore - - - X - Eurioryzomys nitidus (Thomas, 1884) rato-do-mato - - - X - Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato CP Co 1 - - Hylaeamys megacephalus (Fischer, 1814) rato-do-mato - - - X - Rhipidomys emiliae (J.A. Allen 1916) rato-do-mato CP Re 1 X - Família Echimidae Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830) rato-de-espinho CP Co 1,2,3,5 - - ORDEM LAGOMORPHA Família Leporidae Silvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapeti OD En 1 X -

Táxons/Espécie, seguida de seu nome popular; do método de registro (OD = observação direta, PE = pegada, FE, fezes, CÇ = carcaça, CA = Contato auditivo, CP = Captura, AF = armadilha fotográfica, ENT = entrevista, TO = toca, VE = vestígios, RES = capturada pelo resgate de fauna); área amostral (Ca = Canteiro de Obras, Re = Reservatório, Co = Área controle e Em = entorno da área de influência); Fase de campo em que ocorreu o registro (em números arábicos respectivos às fases de campo do monitoramento de fauna); EIA (espécie registrada pela equipe do EIA) e Status de conservação no Brasil (segundo CHIARELLO et al. 2008) (CR = Criticamente em Perigo, EN = Em perigo, VU = Vulnerável e DD = Dados insuficientes).

Page 95: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

84

4.2.3 Espécies ameaçadas

Foram registradas nove espécies ameaçadas de extinção durante a quinta campanha:

o macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus) (EN) (Foto 29), o tatu-canastra

(Priodontes maximus) (VU), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) (VU), o

cachorro-vinagre (Speothus venaticus) (VU), a jaguatirica (Leopardus pardalis) (VU)

(Foto 30), o gato-do-mato (L. tigrinus) (VU), o puma (Puma concolor) (VU), a onça-

pintada (Panthera onca) (VU) e a ariranha (Pteronura brasiliensis) (VU). Além dessas

espécies, nove outras são consideradas potencialmente ameaçadas, porém sem

informações suficientes para alocá-las em quaisquer categoria de ameaça, sendo

então consideradas DD (dados insuficientes). Essas espécies DD são as seguintes:

Micoureus constantiae, Monodelphis kunsi (Foto 31), Tolipeutes matacus, Cebus

albifrons, Phyllostyomus latifolius (Foto 32), Lonchophylla mordax, Rhynophylla

fischerae, Atelocynus microtis e Mustela africana.

FOTO 29 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (Ateles marginatus), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 30 – JAGUATIRICA (Leopardus pardalis), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA VU (VULNERÁVEL)

FOTO: ARMADILHA FOTOGRÁFICA, 2012

Page 96: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

85

FOTO 31 – O MARSUPIAL MONODELPHIS KUNSI, ESPÉCIE DD (DADOS INSUFICIENTES)

FOTO: MARCELO G. B. RUBIO, 2012

FOTO 32 – MORCEGO PHYLLOSTOMUS LATIFOLIUS: ESPÉCIE DD

FOTO: MARCELO G. B. RUBIO, 2012

4.2.4 Espécies endêmicas

De maneira geral as espécies endêmicas registradas na área de influência do AHE

Colíder foram aquelas endêmicas da Amazônia: Marmosops parvidens, Monodelphis

brevicaudata, Dasypus kappleri, Ateles marginatus, A. chamek, Mico emiliae (Foto

33), Cebus albifrons, Callicebus molock, Chiroptoes albinasus (Foto 34), Pithecia

irrorata, Rhinconycteris naso, Rhinophylla fischerae, Dermanura gnoma (Foto 35),

Phyllostomus latifolius, Mesophylla maconnelli, Atelocynus microtis, Mustela africana e

Potos flavus (van Roosmalen et al. 2002; Reis et al. 2007, 2008, 2011).

FOTO 33 – SAGUI (MICO EMILIAE) ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 34 – CUXIÚ (CHIROPOTES ALBINASUS), ESPÉCIE ENDÊMICA DA AMAZÔNIA

FOTO: MARCELO B. G. RUBIO, 2012

Page 97: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

86

FOTO 35 – MORCEGO DERMANURA GNOMA, ESPÉCIE TAMBÉM ENDÊMICA DA AMAZÔNIA

FOTO: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

4.2.5 Espécies raras ou de interesse científico

Está presente nessa categoria o morcego Phyllostomus latifolius, uma espécie

relativamente rara que encontra na área de estudo seu limite sul de distribuição

geográfica, sendo anteriormente só encontrado na Amazônia norte e central (Gardner,

2007). Outra espécie de interesse científico é o morcego Platyrrhinus fusciventris

(Foto 36), essa espécie foi descrita em 2010 e trata-se de uma espécie virtualmente

desconhecida (Velazco et al. 2010). A doninha-amazônica (Mustela africana) também

merece destaque nesse tópico em vista do virtual desconhecimento científico,

podendo ser considerada o carnívoro menos conhecido do Brasil (Cheida et al. 2011).

Page 98: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

87

FOTO 36 – MORCEGO PLATYRRHINUS FUSCIVENTRIS, ESPÉCIE RECÉM DESCRITA PELA CIÊNCIA E REGISTRADA NO PRESENTE ESTUDO

FOTO: FERNANDO CARVALHO, 2012

4.2.6 Espécies migradoras e suas rotas

Não foram registradas espécies migradoras entre os mamíferos no presente estudo.

4.2.7 Espécies Bioindicadoras

As espécies bioindicadoras para esse tipo de empreendimento podem ser aquelas de

hábitos aquáticos e semi-aquáticos por estarem diretamente relacionadas aos

impactos de um represamento. Entre essas espécies destacam-se: a lontra (Lontra

longicaudis), a ariranha (Pteronura brasiliensis), a capivara (Hydorchoerus

hydrochaeris e a paca. A capivara é um animal que geralmente se adapta bem a

maiores alterações ambientais, especialmente em empreendimentos hidrelétricos.

Essa espécie pode ser afetada positivamente com a presença de um lago, tendo

aumento em suas populações, podendo causar até mesmo prejuízos econômicos e

sanitários. Além das espécies ligadas ao ambiente aquático, as espécies florestais

também sofrem impactos ligados à supressão dos ambientes florestados e em

especial às margens dos rios. Em especial os primatas podem ser considerados bons

indicadores por serem exclusivamente florestais, sofrendo bastante com a

descaracterização, a fragmentação e a redução florestal. Além desses dois grupos a

presença dos carnívoros na área de estudo, em especial as espécies de maior porte

Page 99: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

88

podem indicar a qualidade ambiental. O graxaim (Cerdocyon thous) é uma espécie

relativamente abundante no local e é uma espécie que pode ser monitorada a partir

de armadilhamento fotográfico (Foto 37). Entretanto, também ocorre em locais

bastante alterados e não pode ser considerado um indicador de ambientes primitivos.

FOTO 37 – GRAXAIM OU CACHORRO-DO-MATO (CERDOCYON THOUS), ESPÉCIE BIOINDICADORA REGISTRADA EM ARMADILHA FOTOGRÁFICA

FOTO: ARMADILHA FOTOGRÁFICA, 2012

4.2.8 Espécies exóticas

Não foram registradas espécies exóticas vivendo de forma livre nas áreas de estudo

durante a quinta fase de campo.

4.2.9 Espécies cinegéticas

Algumas espécies podem ser consideradas cinegéticas, como por exemplo: os veados

do gênero Mazama, os tatus (Família Dasypodidae), dentre os roedores destacam-se:

a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), a cotia (Dasyprocta leporina) (Foto 38) e a

paca (Cuniculuis paca). Além dessas, a anta (Tapirus terrestris), o cateto (Pecary

tajacu) (Foto 39) e o queixada (Tayassu pecari), sofrem constante pressão de caça.

Essas espécies são frequentemente caçadas em qualquer região onde ocorram (WCS

2004; Chiarello 2000). São registradas com frequência e estavam presentes na área

de estudo durante a quinta campanha.

Page 100: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

89

FOTO 38 – A COTIA (DASYPROCTA LEPORINA) É UMA ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO, MUITO CAÇADA NA REGIÃO

FOTO: ARMADILHA FOTOGRÁFICA, 2012

FOTO 39 – O CATETO (PECARY TAJACU), ESPÉCIE DE INTERESSE CINEGÉTICO, COMUMENTE CAÇADO NA REGIÃO. A ESPÉCIE FOI OBSERVADA COM FREQUÊNCIA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: ARMADILHA FOTOGRÁFICA, 2012

4.2.10 Espécies de importância econômica

Algumas espécies podem ter alguma importância econômica, principalmente ligada à

transmissão da raiva bovina e eqüina por parte de Desmodus rotundus. Os macacos

do gênero Cebus também pode causar algum prejuízo econômico em plantações de

mandioca, milho e cana-de-açúcar. As espécies carnívoras podem também ter

importância econômica uma vez que podem se alimentar de animais domésticos

causando algum prejuízo. As capivaras em casos de grandes populações podem

invadir plantações e causar dano econômico.

4.2.11 Espécies de risco epidemiológico

O morcego-vampiro Desmodus rotundus pode ser um importante vetor do vírus da

raiva. Os primatas pode ser considerados reservatórios da febre amarela. Além disso,

os roedores silvestres podem ser reservatórios de diversas doenças como a

hantavirose e a leptospirose, por exemplo. A capivara (H. hydrochaeris) e a anta

(Tapirus terrestris) podem ser reservatório de doenças como a febre maculosa e a

doneça de Lime sendo transmitida por seus carrapatos à humanos e à animais

domésticos. Esse último quadro pode se agravar em casos de populações grandes

e/ou crescentes, como no caso de aproveitamentos hidrelétricos. Estas espécies são

comuns na região e foram constatadas durante a quinta campanha. Apenas o

Page 101: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

90

morcego Desmodus rotundus não contou com registros para os sítios amostrais

durante a fase, mas foi relatada por moradores locais.

4.2.12 Esforço amostral

O esforço amostral despendido nas cinco primeiras fases somou 38 dias de campo,

sendo 10 dias na primeira fase (15 a 24 de fevereiro de 2011), nove dias na segunda

fase (27 de abril a 8 de maio de 2011), sete dias na segunda fase (10 a 17 de julho

de 2011), quatro dias na quarta fase (21 a 24 de setembro de 2011) (essa campanha

foi interrompida pela SEMA devido à irregularidades constatadas na obra por parte da

construtora) e oito dias na quinta fase (8 a 15 de fevereiro de 2012). Os dias de

amostragem sistematizados permaneceram os mesmos seis dias por fase (exceto na

fase 4) e os dias de busca livre (métodos não sistematizados) variaram conforme a

possibilidade em cada campanha. Os métodos sistematizados são priorizados desde o

início da fase, e caso haja tempo ao final da aplicação dos métodos sistematizados, o

restante do período é destinado à coleta de dados não sistematizados. O esforço

amostral dividido por método é apresentado na Tabela 19.

TABELA 19 – ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS CINCO PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA DO AHE COLÍDER

Método Quantidade

/ área amostral

Nº de áreas

amostrais

Nº dias amostrais por fase

No de fases realizadas Esforço total

Armadilhas Sherman + Tomhawk

35 + 15 = 50 3 6 4 3.600

armadilhas/noite Armadilhas de interceptação e queda

24 baldes 240 m 3 6 4 1.728 baldes/dia

17.280m/dia

Redes de neblina 12 3 6 (2 / área) 4 288 redes/noite 31.104m2/h

Armadilhas fotográficas 1 3 6 5 90

armadilhas/noite

A curva de acumulação de espécies ou curva do coletor, construída considerando-se a

mastofauna amostrada nas cinco primeiras fases do monitoramento de fauna, ainda

não alcançou uma estabilidade horizontal, tendo sido acrescentadas de novas espécies

ainda ao final dos dias de amostragem (Gráfico 4). Pela forma da curva também

pôde-se perceber que houve um incremento maior de espécies nas primeiras fases do

monitoramento, sendo que a inclinação da curva diminuiu nas últimas fases,

mostrando um menor incremento nesse último período. Isso é natural e sugere a

Page 102: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

91

necessidade da continuidade dos esforços de amostragem no intuito de melhor

conhecer a fauna local.

GRÁFICO 4 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS CINCO PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA DO AHE COLÍDER, MT

4.2.13 Comparação entre as áreas amostradas

4.2.13.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Canteiro de obras

Na área do canteiro de obras foram registradas 22 espécies de mamíferos silvestres

durante a quinta fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de

H’=2,561. A maior parte das espécies amostradas no canteiro de obras foi também

registrada nas outras áreas, porém algumas foram registradas exclusivamente nesse

sítio amostral, como por exemplo: o sagüi (Mico emiliae), os morcegos (Lophostoma

brasiliense, Phyllostomus latifolius e Dermanura gnoma), o gato-mourisco (Puma

yagouaroundi), a jaguatirica (Leopardus pardalis) e a capivara (Hydrochoerus

hydrochaeris).

4.2.13.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Reservatório

Na área do reservatório também foram registradas 22 espécies durante a quinta fase

do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H’=2,68. A maior

parte das espécies amostradas na área prevista para o reservatório foi também

registrada nas outras áreas, porém algumas foram registradas exclusivamente nessa

Page 103: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

92

área, como por exemplo: o macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chameck), os

morcegos (Pteronotus personatus e Uroderma bilobatum), a onça-pintada (Panthera

onca), o queixada (Tayassu pecary), a paca (Cuniculus paca) e o ouriço-cacheiro

(Coendou prehensilis).

4.2.13.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII) – Controle

Na área controle foram registradas apenas 17 espécies durante a quinta fase do

monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H’=2,373. A maior parte

das espécies amostradas na área controle foi também registrada nas outras áreas,

porém algumas foram registradas exclusivamente nesse sítio amostral, como por

exemplo: o cuxiú (Chiropotes albinasus), os morcegos (Lonchophylla thomasi e

Platyrrhinus fusciventris), a cotia (Dasyprocta leporina) e o rato-de-espinho

(Proechymys longicaudatus).

4.2.13.4 Comparação entre as áreas

A maior similaridade entre as áreas amostrais se deu entre o canteiro de obras e o

reservatório (50,6%), seguida pela similaridade entre o canteiro de obras e a área

controle (44,1%) e por último, a similaridade entre o reservatório e a área controle

(42,3%) (conforme os resultados da similaridade de Bray-Curtis) (Figura 3).

Page 104: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

93

FIGURA 3 – SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA. CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA CONTROLE

4.2.13.5 4.3.14 Comparação entre as fases do monitoramento

Tanto os valores de riqueza quanto os de diversidade não variaram muito no decorrer

das cinco primeiras fases do monitoramento de fauna (Tabela 20). Apenas observa-se

um sensível decréscimo nos dados referentes à quarta fase, sendo essa a fase

interrompida e portanto com coleta incompleta de dados. Outras pequenas diferenças

observadas podem ser decorrentes da própria variação sazonal vigente na área em

questão.

TABELA 20 - COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DE FAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES.

Área Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5

Canteiro 33 (3,088)

22 (2,418)

24 (2,571)

4 (1,242)

22 (2,561)

Reservatório 30 (2,17)

25 (2,855)

17 (2,447)

5 (1,445)

22 (2,68)

Controle 26 (2,907)

12 (1,987)

20 (2,728)

7 (1,54)

17 (2,373)

Total 45 (3,219)

41 (2,936)

49 (3,275)

13 (2,261)

37 (2,937)

Page 105: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

94

4.2.13.6 Pequenos mamíferos

Nesta quinta fase de campo foram capturados apenas seis pequenos mamíferos,

representados por três espécies. A espécie mais abundante foi o roedor Oecomys sp.,

contando com 50% das capturas, seguido pela cuíca Monodelphis kunsi (33,3%) e

pelo rato-de-espinho Proechymys longicaudatus (16,6%) (Tabela 21 e Gráfico 5).

TABELA 21 - ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO

Espécies Canteiro de obras Reservatório Controle Total

AB % AB % AB % AB % Oecomys sp. 0 0 2 66,6 1 33,3 3 50 M. kunsi 0 0 1 33,3 1 33,3 2 33,3 P. longicaudatus 0 0 0 1 33,3 1 16,6

Total 0 0 3 100,0 3 100,0 6 100,0

GRÁFICO 5 – ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS PEQUENOS MAMÍFEROS CAPTURADOS DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO

4.2.13.7 Morcegos

Nesta quinta fase do monitoramento foram capturados 82 morcegos, representados

por 14 espécies. A espécie mais abundante foi Carollia perspicillata, contando com

35,4% das capturas, seguida por Phyllostomus hastatus (17,1%) e Pteronotus

parnellii (11%). As demais espécies representaram menos que 10% das capturas

(Tabela 22; Gráfico 6).

Page 106: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

95

TABELA 22 – ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO

Espécie Canteiro Controle Reservatório Total

Abund. % Abund. % Abund. % Abund. %

C. perspicillata 10 32,3 8 23,5 11 64,7 29 35,4

P. hastatus 1 3,2 12 35,3 1 5,9 14 17,1

P. parnellii 7 22,6 0 0,0 2 11,8 9 11,0

A. planirostris 3 9,7 3 8,8 1 5,9 7 8,5

A. obscurus 2 6,5 5 14,7 0 0,0 7 8,5

R. pumilio 3 9,7 3 8,8 0 0,0 6 7,3

A. lituratus 2 6,5 1 2,9 0 0,0 3 3,7

L. brasiliense 1 3,2 0 0,0 0 0,0 1 1,2

P. latifolius 1 3,2 0 0,0 0 0,0 1 1,2

D. gnoma 1 3,2 0 0,0 0 0,0 1 1,2

P. personatus 0 0,0 1 2,9 0 0,0 1 1,2

U. bilobatum 0 0,0 1 2,9 0 0,0 1 1,2

L. thomasi 0 0,0 0 0,0 1 5,9 1 1,2

P. fusciventris 0 0,0 0 0,0 1 5,9 1 1,2

Total 31 100,0 34 100,0 17 100,0 82 100,0

GRÁFICO 6 – ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DO AHE COLÍDER, MT

4.2.13.8 Mamíferos de médio e grande porte

Nesta quinta fase de campo foram registradas 20 espécies de mamíferos de médio e

grande porte. A espécie mais abundante foi o macaco-prego (Cebus apella), contando

Page 107: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

96

com 33,3% dos registros, seguido pelo graxaim (Cerdocyon thous) que contou com

14% dos registros. As demais espécies contaram com menos que 10% dos registros

(Tabela 23; Gráfico 7).

TABELA 23 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA QUINTA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO

Espécie Canteiro Reservatório Controle Total

Abund. % Abund. % Abund. % Abund. %

C. apella 18 34,0 10 34,5 10 31,3 38 33,3

C. thous 12 22,6 1 3,4 3 9,4 16 14,0

A. marginatus 9 17,0 2 6,9 0 0,0 11 9,6

T. terrestris 5 9,4 3 10,3 1 3,1 9 7,9

C. albinasus 0 0,0 0 0,0 8 25,0 8 7,0

P. tajacu 1 1,9 1 3,4 5 15,6 7 6,1

A. chameck 0 0,0 5 17,2 0 0,0 5 4,4

Mazama sp. 2 3,8 2 6,9 0 0,0 4 3,5

D. leporina 0 0,0 0 0,0 3 9,4 3 2,6

D. novemcinctus 1 1,9 1 3,4 0 0,0 2 1,8

T. tetradactyla 1 1,9 0 0,0 1 3,1 2 1,8

P. yagouaroundi 1 1,9 0 0,0 0 0,0 1 0,9

H. hydrochaeris 1 1,9 0 0,0 0 0,0 1 0,9

M. emiliae 1 1,9 0 0,0 0 0,0 1 0,9

L. pardalis 1 1,9 0 0,0 0 0,0 1 0,9

P. flavos 0 0,0 0 0,0 1 3,1 1 0,9

T. pecari 0 0,0 1 3,4 0 0,0 1 0,9

C. paca 0 0,0 1 3,4 0 0,0 1 0,9

P. onca 0 0,0 1 3,4 0 0,0 1 0,9

C. prehensilis 0 0,0 1 3,4 0 0,0 1 0,9

Total 53 100,0 29 100,0 32 100,0 114 100,0

Page 108: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

97

GRÁFICO 7 – ABUNDÂNCIA RELATIVA DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A QUINTA FASE DO MONITORAMENTO

4.2.14 Considerações finais

Nessas primeiras cinco fases do monitoramento foi amostrada uma gama de 85

espécies, que acrescentadas aos esforços do EIA, a riqueza de espécie soma um

montante de 112 espécies. Embora esse seja um bom número, as amostragens ainda

se mostraram insuficientes em vista da curva ascendente de acumulação de espécies.

Esse quadro indica que maiores esforços poderão mostrar uma maior riqueza de

espécies. Merecem destaque as espécies ameaçadas e as endêmicas apresentadas

acima. Essas espécies caracterizam a região de estudo como portadora de uma

importante fauna de mamíferos, contando com muitas espécies características da

Amazônia. Portanto, apesar dos impactos de grandes proporções a serem causados

pelo enchimento do reservatório, os ambientes naturais restantes deverão ser

conservados.

Page 109: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

98

5 REFERÊNCIAS CONSULTADAS

5.1 HERPETOFAUNA

CLARKE, K.R. & GORLEY, R.N. 2001. Primer v.5., User manual / Tutorial. Primer-E:Plymouth. 91 p.

CARVALHO, M. A. Composição e História Natural de uma Comunidade de serpentes em Área de Transição Amazônia-Cerrado, Ecorregião Florestas Secas do Mato Grosso, município de Claudia, Mato grosso, Brasil. 91 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008.

CECHIN, S. Z. & M. MARTINS. Eficiência de armadilhas de queda (Pitfall traps) em amostragens de anfíbios e répteis no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 17: 729-749. 2000.

COLWELL, R. K. 1994-2005. EstimateS, Version 8.0: Statistical Estimation of Species Richness and Shared Species from Samples (Software and User's Guide). Persisten URL(purl.oclc.org/estimates).

DUFRÊNE, M. & LEGENDRE, P. 1997. Species assemblages and indicator species: the need for a flexible asymmetrical approach. Ecological monographs v. 67, n.3, p. 345-366.

HEYER, W.R.; M.A. DONELLY; R.W. MCDIARMID & M.S. FOSTER, 1994. Measuring and Monitoring Biological Diversity. Standard methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press, Washington and London, 364p.

KREBS, C. J. 1989. Ecological Methodology . New York: Harper-Collins Publ. 370p.

MARTINS, M. & OLIVEIRA, E.M. 1998. Natural history of snakes in Forests of the Manaus Region, Central Amazonia, Brazil. Herpetological Natural History 6: 78-150

MARTINS, F.R. & SANTOS, F.A.M. 1999. Técnicas usuais de estimativa da biodiversidade. Holos 1:236-267.

MARTINS, M., ARAUJO, M.S., SAWAYA, R.J. & NUNES, R. 2001. Diversity and evolution of macrohabitat use, body size and morphology in a monophyletic group of Neotropical pitvipers (Bothrops). J. Zool. 254(4):529-538

RUEDA, J. V.; F. CASTRO & C. CORTEZ. 2006. Técnicas para el inventario y muestreo de anfibios: una compilación. In: A. ANGULO; J.V. RUEDA-ALMONACID; J.V. RODRIGUEZ-MAHECHA & E. LA MARCA (Eds). Técnicas de inventário y monitoreo para los anfíbios de la región tropical andina. Conservación Internacional. Serie Manuales de Campo n°2. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogotá D.C. 300pp.

RUEDA-ALMONACID, J. V.; CARR, J. L.; MITTERMEIER, R. A.; RODRIGUEZMAHECHA, J. V.; MAST, R. B.; VOGT, R. C.; RHODIN, A. G. J.; OSSAVELASQUEZ, J.; RUEDA, J. N. & MITTERMEIER, C. G. 2007. Las tortugas e los crocodilianos de los países andinos del Trópico. Bogotá, Conservación Internacional. 537p.

Page 110: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

99

SANTOS, A. J. 2004. Estimativas de riqueza em espécies. In: Cullen Jr., L.; Rudran, R. & Valladares-Padua, C. (Ed.) Métodos de estudos em biologia e manejo da vida silvestre. Curitiba, editora da UFPR, Fundação O Boticário, pp. 19-42.

SAWAYA, R. J., O. A. V. MARQUES & M. MARTINS. 2008. Composition and natural history of a Cerrado snake assemblage at Itirapina, São Paulo state, southeastern Brazil. Biota Neotropica 8:129-151.

SCOTT JR., N. J. & WOODWARD, B. D. 1994. Surveys at breeding sites, In: Heyer, W.R., Donnelly, M.A., Mcdiarmid, R.W., Hayek, L.A.C. & Foster, M.S. (Eds.). Measuring and Monitoring Biological Diversity – Standard Methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press. p. 118-125.

STRÜSSMANN, C. 2000. Herpetofauna. In: Alho, C.J. 2000. Fauna silvestre da região do rio Manso - MT -IBAMA- Brasília - DF.pp.153-189.

VANZOLINI, P. E., RAMOS-COSTA, A. M. M. & VITT, L. J. 1980. Répteis das Caatingas. Academia Brasileira de Ciências. Rio de Janeiro.

5.2 AVIFAUNA

BIBBY, C. J.; BURGESS, N. D.; HILL, D. A. 1992. Bird Census Techniques. 257p. Great Britain: Academic Press.

BLONDEL, J.; FERRY, C.; FROCHOT, B. 1970. La method des indices ponctuels d’abondance (I.P.A.) ou des relevés d’avifaune par “stations d’écoute”. Alauda 38: 55-71.

BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, J.A. & D`ANDREA, P.S. 2008. Guia dos roedores do Brasil: com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Organização Pan-Americana de Saúde, Rio de Janeiro.

BOUTE, P.; CARLOS, B. 2007. Lista Preliminar das Aves do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: Ed. própria.

CARVALHO, M. A., 2006. Composição e história natural de uma comunidade de serpentes em áreas de transição Amazônia-Cerrado, ecorregião florestas secas de Mato grosso, Município de Cláudia, Mato Grosso, Brasil. Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 92 p

CBRO – COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. 2011. Lista das Aves do Brasil, versão 2011. Disponível em: <http://www.cbro.org.br>. Acesso em: 12 fev. 2011.

CECHIN, S. Z. & M. MARTINS. Eficiência de armadilhas de queda (Pitfall traps) em amostragens de anfíbios e répteis no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 17: 729-749. 2000.

CHIARELLO A. G. 2000. Influência da caça ilegal sobre mamíferos e aves das matas de tabuleiro do norte do estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 11/12: 229-247.

CHIARELLO, A. G.; AGUIAR, L. M. S; CERQUIERA, R.; MELLO, F. R.; RODRIGUES, F. H. G. & SILVA, V. M. F. 2008. Mamiferos ameaçados de extinção no Brasil, p. 681-874. In: Machado, A.; Drummond, G.M. & Paglia, A.P. (Eds.). Livro Vermelho da

Page 111: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

100

fauna brasileira ameaçada de extinção. FNMA / Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte.

CLARKE, K. R. & GORLEY, R. N. 2001. Primer v.5., User manual / Tutorial. Primer-E: Plymouth. 91 p.

COLWELL, R. K. 1994-2005. EstimateS, Version 8.0: Statistical Estimation of Species Richness and Shared Species from Samples (Software and User's Guide). Persisten URL(purl.oclc.org/estimates).

CRISTALINO. 2007. Lista de aves do Cristalino Jungle Lodge e Parque Estadual do Cristalino. Alta Floresta: Hotel Floresta Amazônica e Cristalino Jungle Lodge.

CULLEN JR., L.; BODMER, E. R. & VALLADARES-PÁDUA, C. 2001. Ecological consequences of hunting in Atlantic Forest patches, São Paulo, Brazil. Oryx 35: 137-144.

DAVIS, J.; LANG, A. 2003. Revisão da lista de aves do Cristalino Jungle Lodge e Parque Estadual do Cristalino baseada em relatórios de birders. Alta Floresta: Cristalino Jungle Lodge.

DI-BERNARDO, M.; M. BORGES-MARTINS; R.B. OLIVEIRA & G.M.F. PONTES. 2007. Taxocenoses de serpentes de regiões temperadas do Brasil. In: L.B. NASCIMENTO; A.T. BERNARDES & G.A. COTTA (Eds). Herpetologia no Brasil 2. PUCMG. Belo Horizonte.

GARDNER, A.L. 2007. Mammals of South America. Volume 1. Marsupials, Xenarthrans, Schrews and bats. Londres e Chicago, The University of Chicago Press.

GONZÁLEZ, E. M. 2001. Guía de campo de los mamíferos de Uruguay. Vida Silvestre, Montevideo, 339p.

HEYER, W. R.; CODDINGTON, J. A.; KRESS, W. J.; ACEVEDO, P.; COLE, D.; ERWIN, T. L.; MEGGERS, B. J.; POGUE, M.; THORINGTON, R. W.; VARI, R. P.; WEITZMAN, M. J. & WEITZMAN, S. H. 1999. Amazonian biotic data and conservation decisions. Ciência e Cultura 51(5/6): 372-385.

JGP CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA. 2009. Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Colíder – 300 MW, Rio Teles Pires. São Paulo: Contrutora Andrade Gutierrez S.A., Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE, e Furnas Centrais Elétricas S.A.

KREBS, C. J. 1989. Ecological Methodology . New York: Harper-Collins Publ. 370p.

LEITE, M. R. & GALVÃO, F. 2002. El jaguar, el puma y el hombre em três áreas protegidas Del bosque atlántico costero de Paraná, Brasil. p. 237-250. In: Medellín, R. A., C. Equihua, C. L. B. Chetkiewicz, P. G. Crawshaw Jr., A. Rabinowitz, K. H. Redford, J. G. Robinson, E. W. Sanderson & Taber A. B. (Eds.). El Jaguar en el Nuevo Milenio. Cidade do México, Fondo de Cultura Econômica/Universidad Nacional Autônoma de México/Wildlife Conservation Society, 647p.

LIM, B. K. & ENGSTRON, M. D. 2001. Species diversity of bats (Mammalia: Chiroptera) in Iwokrrama Forest, Guyana, and the Guianan subregion: Implications for Conservation. Biodiversity and Conservation 10: 613-657.

Page 112: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

101

MAMEDE, S. B. & ALHO, C. J. R. 2008. Impressões do Cerrado & Pantanal: subsídios para a observação de mamíferos silvestres não voadores. Editora UFMS, Campo Grande.

MARQUES, O. A. V.; ETEROVIC, A. & ENDO, W. 2000. Seasonal activity of snakes in the Atlantic forest in southeastern Brazil. Amphibia-Reptilia 22: 103-111.

MOURA-LEITE, J. C.; BÉRNILS, R.S. & MORATO, S.A.A. 1993. Método para a caracterização da herpetofauna em estudos ambientais. Maia, 2: 1-5.

OLIVEIRA, J. A. & BONVICINO, C. R. 2006. Ordem Rodentia, p. 347-406. In: Reis, N.R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

OLIVEIRA, T. G. & CASSARO, K. 2005. Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró-Carnívoros/Fundação Parque Zoológico de São Paulo/Sociedade de Zoológicos do Brasil/Pró-Vida Brasil, São Paulo, 80p.

PARDINI, R.; DITT, E. H.; CULLEN JR., L.; BASSI, C.; RUDRAN, R. 2003. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte, p. 181-202. In: Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C.; Rudran, R. (Orgs.). Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Ed. da UFPR, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 667p.

PERES, C. A. 1990. Effects of hunting on western Amazonian primate communities. Biological Conservation 54: 47-59.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L. & ANDRADE, F. R. 2008. Primatas do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2006. Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2007. Morcegos do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 1989. The Birds of South America. Vol I. The Oscine Passerines. Austin: University of Texas Press.

RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 1994. The Birds of South America. Vol II. The Suboscine Passerines. Austin: University of Texas Press.

RIDGELY, R. S.; TUDOR, G. 2009. Songbirds of South America. The Passerines. Austin: University of Texas Press.

ROSSI, R. V.; BIANCONI, G. V. & PEDRO, W. A. 2006. Ordem Didelphimorphia, p. 27-66. In: Reis, N.R., Peracchi, A.L., Pedro, W.A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

van ROOSMALEN, M.G.M., van ROOSMALEN, T. & MITTERMEIER, R.A. 2002. A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903 with the description of two new species, Callicebus bernhardi and C. stephennashi, from Brazilian Amazonia. Neotropical Primates 10 (supl.): 1-52.

RUEDA, J. V.; F. CASTRO & C. CORTEZ. 2006. Técnicas para el inventario y muestreo de anfibios: una compilación. In: A. ANGULO; J.V. RUEDA-ALMONACID; J.V. RODRIGUEZ-MAHECHA & E. LA MARCA (Eds). Técnicas de inventário y monitoreo

Page 113: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

102

para los anfíbios de la región tropical andina. Conservación Internacional. Serie Manuales de Campo n°2. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogotá D.C. 300pp.

SANTOS, A. J. 2004. Estimativas de riqueza em espécies. In: Cullen Jr., L.; Rudran, R. & Valladares-Padua, C. (Ed.) Métodos de estudos em biologia e manejo da vida silvestre. Curitiba, editora da UFPR, Fundação O Boticário, pp. 19-42.

SAWAYA, R. J., O. A. V. MARQUES & M. MARTINS. 2008. Composition and natural history of a Cerrado snake assemblage at Itirapina, São Paulo state, southeastern Brazil. Biota Neotropica 8:129-151.

SCOTT JR., N. J. & WOODWARD, B. D. 1994. Surveys at breeding sites, In: Heyer, W.R., Donnelly, M.A., Mcdiarmid, R.W., Hayek, L.A.C. & Foster, M.S. (Eds.). Measuring and Monitoring Biological Diversity – Standard Methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press. p. 118-125.

SEPLAN – SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL. 2001. Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico (ZEE) do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: PRODEAGRO.

VANZOLINI, P. E., Ramos-Costa, A. M. M. & VITT, L. J. 1980. Répteis das Caatingas. Academia Brasileira de Ciências. Rio de Janeiro.

VIELLIARD, J. E. M.; SILVA, W. R. 1990. Nova metodologia de levantamento quantitative da avifauna e primeiros resultados no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Pp. 117-151. In: MENDES, S. (ed.). Anais do IV Encontro de Anilhadores de Aves. Recife: Editora da Univ. Federal Rural de Pernambuco.

VIZOTTO, L. D. & TADDEI, V. A. 1973. Chave para determinação de quirópteros brasileiros. Gráfica Francal, São José do Rio Preto, 72p.

WCS. 2004. A caça em Florestas Neotropicais. Wildlife Conservation Society, La Paz.

ZIMMER, K. J.; PARKER III, T. A.; ISLER, M. L.; ISLER, P. R. 1997. Survey of a southern Amazonian avifauna: the Alta Floresta Region, Mato Grosso, Brazil. Ornithological Monographs, 48:887-918.

5.3 MASTOFAUNA

BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, J.A. & D`ANDREA, P.S. 2008. Guia dos roedores do Brasil: com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Organização Pan-Americana de Saúde, Rio de Janeiro.

CHIARELLO A. G. 2000. Influência da caça ilegal sobre mamíferos e aves das matas de tabuleiro do norte do estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 11/12: 229-247.

CHIARELLO, A. G.; AGUIAR, L. M. S; CERQUIERA, R.; MELLO, F. R.; RODRIGUES, F. H. G. & SILVA, V. M. F. 2008. Mamiferos ameaçados de extinção no Brasil, p. 681-874. In: Machado, A.; Drummond, G.M. & Paglia, A.P. (Eds.). Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. FNMA / Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte.

Page 114: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

103

CULLEN JR., L.; BODMER, E. R. & VALLADARES-PÁDUA, C. 2001. Ecological consequences of hunting in Atlantic Forest patches, São Paulo, Brazil. Oryx 35: 137-144.

GARDNER, A.L. 2007. Mammals of South America. Volume 1. Marsupials, Xenarthrans, Schrews and bats. Londres e Chicago, The University of Chicago Press.

GONZÁLEZ, E. M. 2001. Guía de campo de los mamíferos de Uruguay. Vida Silvestre, Montevideo, 339p.

HEYER, W. R.; CODDINGTON, J. A.; KRESS, W. J.; ACEVEDO, P.; COLE, D.; ERWIN, T. L.; MEGGERS, B. J.; POGUE, M.; THORINGTON, R. W.; VARI, R. P.; WEITZMAN, M. J. & WEITZMAN, S. H. 1999. Amazonian biotic data and conservation decisions. Ciência e Cultura 51(5/6): 372-385.

LEITE, M. R. & GALVÃO, F. 2002. El jaguar, el puma y el hombre em três áreas protegidas Del bosque atlántico costero de Paraná, Brasil. p. 237-250. In: Medellín, R. A., C. Equihua, C. L. B. Chetkiewicz, P. G. Crawshaw Jr., A. Rabinowitz, K. H. Redford, J. G. Robinson, E. W. Sanderson & Taber A. B. (Eds.). El Jaguar en el Nuevo Milenio. Cidade do México, Fondo de Cultura Econômica/Universidad Nacional Autônoma de México/Wildlife Conservation Society, 647p.

LIM, B. K. & ENGSTRON, M. D. 2001. Species diversity of bats (Mammalia: Chiroptera) in Iwokrrama Forest, Guyana, and the Guianan subregion: Implications for Conservation. Biodiversity and Conservation 10: 613-657.

MAMEDE, S. B. & ALHO, C. J. R. 2008. Impressões do Cerrado & Pantanal: subsídios para a observação de mamíferos silvestres não voadores. Editora UFMS, Campo Grande.

OLIVEIRA, J. A. & BONVICINO, C. R. 2006. Ordem Rodentia, p. 347-406. In: Reis, N.R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

OLIVEIRA, T. G. & CASSARO, K. 2005. Guia de campo dos felinos do Brasil. Instituto Pró-Carnívoros/Fundação Parque Zoológico de São Paulo/Sociedade de Zoológicos do Brasil/Pró-Vida Brasil, São Paulo, 80p.

PARDINI, R.; DITT, E. H.; CULLEN JR., L.; BASSI, C.; RUDRAN, R. 2003. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte, p. 181-202. In: Cullen Jr., L.; Valladares-Padua, C.; Rudran, R. (Orgs.). Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Ed. da UFPR, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 667p.

PERES, C. A. 1990. Effects of hunting on western Amazonian primate communities. Biological Conservation 54: 47-59.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L. & ANDRADE, F. R. 2008. Primatas do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2006. Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

REIS, N. R., PERACCHI, A. L., PEDRO, W. A. & LIMA, I. P. 2007. Morcegos do Brasil. Nélio R. Reis, Londrina.

Page 115: MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE...FOTO 13 – ADULTO DE ELACHISTOCLEIS SPN. CAPTURADO NAS AIQ DA AID .....20 FOTO 14 – ADULTO DE BOTHROPS MOOJENI CAPTURADO NAS TRANSECÇÕES LIVRES

104

ROSSI, R. V.; BIANCONI, G. V. & PEDRO, W. A. 2006. Ordem Didelphimorphia, p. 27-66. In: Reis, N.R., Peracchi, A.L., Pedro, W.A. & Lima, I.P. (Eds.). Mamíferos do Brasil. SEMA, Londrina.

van ROOSMALEN, M.G.M., van ROOSMALEN, T. & MITTERMEIER, R.A. 2002. A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903 with the description of two new species, Callicebus bernhardi and C. stephennashi, from Brazilian Amazonia. Neotropical Primates 10 (supl.): 1-52.

VIZOTTO, L. D. & TADDEI, V. A. 1973. Chave para determinação de quirópteros brasileiros. Gráfica Francal, São José do Rio Preto, 72p.

WCS. 2004. A caça em Florestas Neotropicais. Wildlife Conservation Society, La Paz.