módulo i - políticas públicas de comercialização da agricultura familiar

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Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização da Agricultura Familiar Site: Cursos Grátis Ong Educoop Curso: Políticas Públicas para Agricultura Familiar Livro: Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização da Agricultura Familiar Printed by: Rejane Gusmão Date: sábado, 12 setembro 2015, 10:20 Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização da Agricultura Familiar http://cursoscooperativistas.com.br/cursosgratis/mod/book/print.php?i... 1 de 33 12/09/2015 11:22

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Políticas para a agricultura familiar no Brasil

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Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização da Agricultura Familiar

Site: Cursos Grátis Ong Educoop

Curso: Políticas Públicas para Agricultura Familiar

Livro: Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização da Agricultura Familiar

Printed by: Rejane Gusmão

Date: sábado, 12 setembro 2015, 10:20

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Sumário

BOAS VINDAS

A Agricultura Familiar no Brasil

Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)

A AGRICULTURA FAMILIAR E A NOVA LEI 11.947/09

O PAA

Público Alvo e Limite dos Projetos

Modalidades do PAA

Compra Direta

Formação de Estoques pela Agricultura Familiar

Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite (IPCL)

Compra para Doação Simultânea

COMPRA INSTITUCIONAL

Quadro Resumo

Acesso a duas modalidades do PAA

Grupo Gestor

O PAA no combate a pobreza, insegurança alimentar e nutricional

Vídeo Debate para o Fórum Temático

Final do capítulo 1

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BEM-VINDOAO CURSO

Cursista,

Seja bem vindo ao Curso online "Políticas Públicas Para Agricultura Familiar",através deste ambiente de aprendizagem.

Esse curso foi desenvolvido pela equipe técnica da Ong Educoop, instituiçãomantenedora desse Portal de Educação.

Neste primeiro capítulo vamos discutir, de forma concisa, os principais aspectos

relacionados ao PAA e uma breve abordagem sobre o PNAE.

Ao término deste capítulo você conseguirá visualizar o que é o PNAE e o PAA,suas principais modalidades e objetivos frente à agricultura familiar e como o

Programa garante a segurança alimentar e nutricional de parte da populaçãobrasileira.

Estes tópicos introdutórios são de suma importância para a sua formação, pela

visão geral das principais características do PAA, bem como das modalidades doPrograma.

Certificado de Conclusão do Curso

Após o término do curso, será emitido automaticamente o seu certificado de

conclusão, com carga horária de 20 horas.

Para receber o certificado, você deverá completar alguns pré-requisitos:

Estudar todos os módulos,

Responder ao questionário final e obter uma nota igual ou superior a 60%.

Mesmo após a conclusão, você continuará tendo acesso ao curso, a fim departicipar do fórum temático. Assim, aproveite a oportunidade para compartilharinformações com os demais participantes do curso.

Um excelente estudo!!!

Equipe Ong Educoop

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A Agricultura Familiar noBrasil

A agricultura familiar tem se destacado no cenário nacional devido a

sua importância na garantia da segurança alimentar e nutricional dos

brasileiros. Diante desta realidade incontestável, políticas públicas de

fomento têm sido direcionadas a esta parcela da sociedade no intuito

de maximizar o potencial de produção destes agricultores e possibilitar

a permanência de grande parte das famílias no campo, bem como a

continuidade da produção de alimentos, que abastece os mercados

locais e nacionais.

Dentro deste cenário, o Programa de Aquisição de Alimentos - PAA merece

especial atenção entre as políticas de assistência técnica e extensão rural, tendoem vista que os agricultores familiares formalmente organizados em suascooperativas e associações sempre careceram de políticas públicas direcionadas

a melhorar e ampliar a comercialização de seus produtos, principalmente,políticas que levassem em consideração suas particularidades como agricultoresfamiliares como é o caso do PAA Doação Simultânea.

A agricultura familiar é responsável por abastecer grande parte do mercadoconsumidor, dinamizando tanto a estrutura econômica, como social do país.Dados do Censo Agropecuário de 2006 do IBGE, publicado em 2009, revelamque o setor emprega aproximadamente 75% da mão-de-obra no campo, sendo

diretamente responsável pela segurança alimentar dos brasileiros. E isso podeser percebido em números, pois os agricultores familiares produzem 70% dofeijão, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 58% doleite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21%

de trigo consumido no país. O mais interessante é que apesar de ocupar apenasum quarto da área, ou seja, 24,3% dos estabelecimentos agropecuários totaisconseguem responder por 38% do valor da produção, o que equivale em reais a

R$ 54,4 bilhões. Isso significa dizer que, mesmo cultivando uma área menor,produz diversificadas culturas em quantidades significativas, além de contribuirpara o aumento da produção animal.

Caio Galvão de França, quando Coordenador Geral do Núcleo de EstudosAgráriose Desenvolvimento Rural/Ministério do Desenvolvimento Agrário(NEAD/MDA)salientou que:“A dinâmica das transformações das atividades agropecuárias e das demais

ações a ela vinculadas tem exigido dos setores públicos e privados o contínuoaperfeiçoamento de instrumentos de análise para orientar as suas decisões,principalmente no que diz respeito ao planejamento das políticas públicas quevisam à obtenção da segurança alimentar, à geração de emprego e renda e ao

desenvolvimento local em bases sustentáveis e eqüitativas”.

Dessa forma, o Programa de Aquisição de Alimentos favorece o homem do

campo, oferecendo reais oportunidades de comercialização da produção atravésdas compras governamentais, com contratos que são elaborados com base narealidade local, minimizando assim muitas vezes, as perdas por falta de canaisde comercialização. Por outro lado, o programa garante a segurança alimentar e

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nutricional com a doação dos produtos da agricultura familiar às entidades

públicas locais de assistência social, como creches, escolas, asilos, igrejas eassociações comunitárias.

De acordo com o comunicado CONAB/MOC N.º 019, DE 01/09/2014, para

participação no programa através de DAP Física, cada agricultor poderácomercializar no máximo de R$ 8.0500,00 reais ano por unidade familiar/anocivil. Quando a participação for por meio de DAP Jurídica, ou seja, através de

organizações fornecedoras, o valor máximo para comercialização é de R$ 2milhões de reais por organização proponente, ou seja, por cooperativa ouassociação. A DAP jurídica é obtida por meio das organizações proponentes quetenham mais de 70% do número de associados agricultores familiares com suas

respectivas DAP's. Destaca-se que, conforme o item 6, letra "d" do MOC, obeneficiário fornecedor que acessar a modalidade Compra com DoaçãoSimultânea, independente do valor, não poderá acessar a mesma modalidade viaTermo de Adesão com Estados e Municípios, nem por meio de cooperativa, nem

individualmente.

Nota-se que é uma política pública de fomento, tanto do desenvolvimento daprodução de alimentos pelos agricultores familiares, como para o fortalecimento

do associativismo/cooperativismo, além de garantir a segurança alimentar enutricional da população carente. Estas organizações por sua própria naturezaassociativista, são visualizadas como instrumentos para operacionalizar esta

política pública, onde são diretamente beneficiados os associados, que jápossuem para onde direcionar o fruto de seu trabalho, assim como os indivíduosque se encontra em condições de insegurança alimentar e nutricional.

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Declaração de Aptidão aoPRONAF

Devido a heterogoneidade dos públicos capacitados por este curso,

abrangendo desde membros do CONSEA, agentes de ATER, diretores

de cooperativas e associações e pessoas leigas interessadas a obter

maiores informações sobre o PAA, tivemos inúmeras dúvidas postadas

pelos cursistas nos fóruns sobre a Declaração de Aptidão ao PRONAF

(DAP), por isto, sem a pretensão de esgotar o tema, trazemos esta

temática para este curso.

Para participar do Programa de Aquisição de Alimentos, o produtor

deve ser identificado como Agricultor Familiar ou acampado. Essa

qualificação é comprovada por meio da Declaração de Aptidão ao

PRONAF – DAP.

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar de

acordo com o capítulo 10 do Manual de Crédito Rural enquadra os

produtores rurais familiares nos grupos a seguir especificados,

comprovados mediante “Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP)”:

(Res 3206; Res 3375 art 1º IX/XIII; Res 3383 art 1º I/III, § 1º).

Classificação dos produtores rurais ao Pronaf participantes do PAA:

Grupo A

a) agricultores familiares

assentados pelo Programa

Nacional de Reforma Agrária

(PNRA) ou beneficiários do

Programa Nacional de Crédito

Fundiário (PNCF) que não foram

contemplados com operação de

investimento sob a égide do

Programa de Crédito Especial para

a Reforma Agrária (Procera) ou

que ainda não foram

contemplados com o limite do

crédito de investimento para

estruturação no âmbito do Pronaf;

b) estão incluídos no Grupo "A" de

que trata a alínea anterior os

agricultores familiares

reassentados em função da

construção de barragens para

aproveitamento hidroelétrico e

abastecimento de água em

projetos de reassentamento,

desde que observado o disposto

na Lei nº 4.504, de 30/11/1964,

especialmente em seus arts. 60 e

61, bem como no art. 5º, caput e

Processos de FabricaçãoAutomatizando processos para tornar a indústria competitiva.

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incisos II, III e IV, do Decreto nº

3.991, de 30/10/2001, e ainda as

seguintes condições:

I - não detenham, sob qualquer

forma de domínio, área de terra

superior a um módulo fiscal,

inclusive a que detiver o cônjuge

e/ou companheiro(a);

II - tenham recebido, nos 12

(doze) meses que antecederem à

solicitação de financiamento,

renda bruta anual familiar de, no

máximo, R$14.000,00 (quatorze

mil reais);

III - tenham sido reassentados

em função da construção de

barragens cujo empreendimento

tenha recebido licença de

instalação emitida pelo órgão

ambiental responsável antes de

31/12/2002;

IV - a DAP seja emitida com a

observância da regulamentação

da Secretaria de Agricultura

Familiar do Ministério do

Desenvolvimento Agrário

(SAF/MDA) e do Instituto Nacional

de Colonização e Reforma Agrária

(Incra) e confirme a situação de

agricultor familiar reassentado em

função da construção de

barragens e a observância das

condições referidas nesta alínea;

Grupo B

Agricultores familiares que:

I - explorem parcela de terra na

condição de proprietário, posseiro,

arrendatário ou parceiro;

II - residam na propriedade ou em

local próximo;

III - não disponham, a qualquer

título, de área superior a 4

(quatro) módulos fiscais,

quantificados segundo a legislação

em vigor;

IV - obtenham, no mínimo, 30%

(trinta por cento) da renda

familiar da exploração

agropecuária e não agropecuária

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do estabelecimento;

V - tenham o trabalho familiar

como base na exploração do

estabelecimento;

VI - tenham obtido renda bruta

familiar nos últimos 12 (doze)

meses que antecedem a

solicitação da DAP, incluída a

renda proveniente de atividades

desenvolvidas no estabelecimento

e fora dele, por qualquer

componente da família, de até

R$6.000,00 (seis mil reais),

excluídos os benefícios sociais e

os proventos previdenciários

decorrentes de atividades rurais;

Agricultores Familiares

(Antigos grupos C, D e E)

Agricultores familiares que:

I - explorem parcela de terra na

condição de proprietário, posseiro,

arrendatário, parceiro ou

concessionário do PNRA;

II - residam na propriedade ou em

local próximo;

III - não disponham, a qualquer

título, de área superior a 4

(quatro) módulos fiscais,

quantificados segundo a legislação

em vigor;

IV - obtenham, no mínimo, 70%

(setenta por cento) da renda

familiar da exploração

agropecuária e não agropecuária

do estabelecimento;

V - tenham o trabalho familiar

como predominante na exploração

do estabelecimento, utilizando

apenas eventualmente o trabalho

assalariado, de acordo com as

exigências sazonais da atividade

agropecuária, podendo manter até

2 (dois) empregados

permanentes;

VI - tenham obtido renda bruta

familiar nos últimos 12 (doze)

meses que antecedem a

solicitação da DAP acima de

R$6.000,00 (seis mil reais) e até

R$110.000,00 (cento e dez mil

reais), incluída a renda

proveniente de atividades

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desenvolvidas no estabelecimento

e fora dele, por qualquer

componente da família, excluídos

os benefícios sociais e os

proventos previdenciários

decorrentes de atividades rurais;

Grupo A/C

Agricultores familiares assentados

pelo PNRA ou beneficiários do

PNCF, que:

I - apresentem DAP para o Grupo

"A/C", fornecida pelo Incra para

os beneficiários do PNRA ou pela

Unidade Técnica Estadual ou

Regional (UTE/UTR) para os

beneficiados pelo PNCF;

II - já tenham contratado a

primeira operação no Grupo "A";

III - não tenham contraído

financiamento de custeio, exceto

no Grupo "A/C".

São também beneficiários

São também beneficiários e se

enquadram como agricultores

familiares do Pronaf, exceto nos

grupos "A" e "A/C", desde que

tenham obtido renda bruta

familiar nos últimos 12 (doze)

meses que antecedem a

solicitação da DAP até

R$110.000,00 (cento e dez mil

reais), incluída a renda

proveniente de atividades

desenvolvidas no estabelecimento

e fora dele, por qualquer

componente da família, excluídos

os benefícios sociais e os

proventos previdenciários

decorrentes de atividades rurais e

não mantenham mais que 2 (dois)

empregados permanentes:

a) pescadores artesanais que se

dediquem à pesca artesanal, com

fins comerciais, explorando a

atividade como autônomos, com

meios de produção próprios ou

em regime de parceria com outros

pescadores igualmente

artesanais;

b) extrativistas que se dediquem

à exploração extrativista

ecologicamente sustentável;

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c) silvicultores que cultivem

florestas nativas ou exóticas e que

promovam o manejo sustentável

daqueles ambientes;

d) aqüicultores, maricultores e

piscicultores que se dediquem ao

cultivo de organismos que tenham

na água seu normal ou mais

freqüente meio de vida e que

explorem área não superior a 2

(dois) hectares de lâmina d'água

ou ocupem até 500 m³

(quinhentos metros cúbicos) de

água, quando a exploração se

efetivar em tanque-rede;

e) comunidades quilombolas que

pratiquem atividades produtivas

agrícolas e/ou não-agrícolas e de

beneficiamento e comercialização

de produtos;

f) povos indígenas que pratiquem

atividades produtivas agrícolas

e/ou não-agrícolas e de

beneficiamento e comercialização

de seus produtos;

g) agricultores familiares que se

dediquem à criação ou ao manejo

de animais silvestres para fins

comerciais, conforme legislação

vigente.

Como obter a DAP:

Para a maior parte dos agricultores familiares a DAP pode ser

obtida junto a instituições previamente autorizadas, entre elas as

entidades oficiais de assistência técnica e extensão rural ou as

Federações e Confederações de Agricultores, por meio de seus

sindicados.

Para públicos específicos, a DAP também pode ser fornecida por

outras organizações como: a FUNAI, para populações indígenas;

a Fundação Cultural Palmares, para populações remanescentes

de Quilombos; a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca ou

Federação de Pescadores e suas colônias filiadas, para

pescadores. No caso de assentados, compete ao INCRA a

emissão da Declaração.

Fonte: Site do Ministério do Desenvolvimento Social, 2010.

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A AGRICULTURA FAMILIAR E ANOVA LEI 11.947/09

A agricultura familiar enfrenta várias dificuldades que não são fáceis de serem superadas. Há muito

que aprender, aprimorar e inovar para ter maior desempenho e lutar na direção do crescimento

almejado. Apesar de todas as dificuldades e desafios, o pequeno agricultor vem aproveitando a

crescente demanda nacional e mundial, principalmente por produtos agroecológicos e orgânicos. É

nessa luta por um caminho mais promissor que os pequenos agricultores se organizam por meio de

associações ou cooperativas, buscando no coletivo a oportunidade de expandir seus negócios,

conseguindo melhores preços nos produtos e descobrindo novas oportunidades. Assim, as

cooperativas e associações da agricultura familiar, conseguem concorrer no mercado, oferecendo

produtos com melhores preços aos associados e ao mercado.

Atualmente, é fácil perceber o quanto esses agricultores ao se unirem a um sistema associativista

são beneficiados, juntos conseguem maiores destaques no mercado e expandem seus negócios.

Novas oportunidades estão sendo descobertas e outras oferecidas às mesmas, uma delas teve início

a poucos meses através da Lei 11.947/09. A partir desta nova lei, os pequenos agricultores podem

repassar seus produtos para serem consumidos na merenda escolar, já que ficou estabelecido que

no mínimo 30% dos alimentos devem ser adquiridos da agricultura familiar. Com isso essas famílias

poderão desfrutar de uma situação mais estável, não passando pelas dificuldades na venda de seus

produtos, garantindo uma renda fixa todo mês, além de inúmeros outros benefícios. Estima-se que,

com essa medida, em torno de 250 mil famílias agricultoras serão beneficiadas diretamente. Com a

lei, a previsão é de que por volta de 47 milhões de alunos da rede pública de ensino de todo o País

terão a oportunidade de consumir produtos oriundos da agricultura familiar

[Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)].

É uma grande oportunidade para alavancar a agricultura familiar, uma vez que a compra é garantida

pelo governo, porém temos que avançar no planejamento da produção, diminuir as incertezas e abrir

novos canais de comercialização. Por exemplo, é preciso criar mecanismos para que o produtor

consiga entregar os produtos no tempo hábil ou substituir por outro equivalente e esta é uma tarefa

que o produtor não conseguirá resolver de maneira isolada, ou seja, é preciso um esforço conjunto

entre governo, escolas participantes e os produtores da agricultura familiar.

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O PAA

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB (http://www.conab.gov.br/conabweb/), uma das entidades responsável pela operacionalização do programa emtodo o território nacional, o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA foi Instituído

pelo artigo 19 da Lei nº 10.696 de 2 de julho de 2003 (clique aqui e baixe a Lei),regulamentado pelo Decreto nº 6.447 de 7 de maio de 2008 (clique aqui e baixe odecreto) e pelo Decreto nº 6.959 de 15 de setembro de 2009 (clique aqui e baixe odecreto) que fortaleceu o Programa estabelecendo novos limites para a comercialização

dos agricultores familiares. O PAA é uma das ações do Fome Zero e tem como objetivos:

Garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidadenecessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional;Contribuir para formação de estoques estratégicos;

Promover a inclusão social no campo, por meio do fortalecimento da agriculturafamiliar.

Segundo dados da CONAB, desde o início do Programa, foram adquiridos 929,496 miltoneladas de alimentos, comprados pelo Governo Federal de 350 mil agricultores

familiares, sendo possível o atendimento de cerca de 15 mil entidades que atendemdiretamente pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. O PAA estápresente em aproximadamente 3,5 mil municípios brasileiros.

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PÚBLICO ALVO E LIMITEDOS PROJETOS

O público alvo do PAA são agricultores familiares enquadrados no

Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), bem

como aqüicultores, pescadores artesanais, silvicultores, extrativistas,

indígenas, membros de comunidades remanescentes de quilombos e

agricultores assentados.

O limite de aquisições é definido pelo Decreto n° 6959 de 15 de

setembro de 2009, que regulamenta atualmente o PAA e pelo título 30

do Manual de Operações da CONAB - MOC, onde estabalece que o

valor máximo de aquisições é de no máximo R$ 8.000,00 (oito mil) ao

ano, quando acessar duas modalidades do Programa.

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Page 15: Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização Da Agricultura Familiar

MODALIDADES DO PAA

O foco deste curso será a modalidade Formação de Estoque pela

Agricultura Familiar (PAA Formação de Estoque), porém, para fins

didáticos e até mesmo para que as associações e cooperativas possam

visualizar futuras oportunidades, em novos projetos, apresentamos a

seguir todas as modalidades do PAA:

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Page 16: Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização Da Agricultura Familiar

COMPRA DIRETA

COMPRA DIRETA

O que é?

Modalidade voltada à aquisição da produção da agricultura familiar em

situação de baixa de preço ou em virtude da necessidade de

atendimento as demandas por alimentos de populações em condição

de insegurança alimentar. Nessas situações, a CONAB pode adquirir e

receber os produtos das cooperativas/associações, não ocorrendo uma

doação direta, como ocorre no caso do PAA Doação Simultânea.

A Compra Direta é empregada na aquisição de produtos e na

movimentação de safras e estoques, adequando a disponibilidade de

produtos às necessidades de consumo e cumprindo um importante

papel na regulação de preços.

Como funciona?

A modalidade é operacionalizada pela CONAB que pode, inclusive,

abrir Pólos Volantes de Compras a fim de aproximar-se das localidades

onde os produtos estão disponíveis.

O produto in natura deverá estar limpo, seco, enquadrado nos padrões

de identidade e qualidade estabelecidos pelo Ministerio da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento(MAPA). O produto beneficiado deverá ser

acondicionado nos padrões estabelecidos pelos Órgãos competentes e

entregue nos Pólos de Compra (Unidades Armazenadoras próprias ou

credenciadas, indicadas pela Conab) ou nos Pólos Volantes de Compra.

Produtos:

• arroz

• castanha de cajú

• castanha do Brasil

• farinha de mandioca

• feijão

• milho

• sorgo

• trigo

• leite em pó integral

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Page 17: Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização Da Agricultura Familiar

• farinha de trigo

VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 8.000,00 (oito mil

reais) por ano.

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Page 18: Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização Da Agricultura Familiar

FORMAÇÃO DE ESTOQUESPELA AGRICULTURA

FAMILIAR

FORMAÇÃO DE ESTOQUES PELA AGRICULTURA FAMILIAR

O que é?

A Modalidade Formação de Estoques foi criada para propiciar aos

agricultores familiares instrumentos de apoio à comercialização de

seus produtos alimentícios. É operada por intermédio de organizações

de agricultores, nas quais o mínimo de 80% dos sócios/filiados sejam

agricultores familiares enquadrados no PRONAF. A modalidade

disponibiliza recursos financeiros a partir da emissão de uma Cédula

de Produto Rural – CPR Estoque, para que a organização adquira a

produção de agricultores familiares sócios/filiados e forme estoque de

produtos para posterior comercialização, em condições mais

favoráveis, seja pelo beneficiamento e agregação de valor ao produto,

seja por sua disponibilização em momentos mais oportunos em

termos de preços. O limite de recursos por organização é de R$ 1,5

milhão.

Como funciona?

A organização de agricultores, juntamente com seus associados,

identifica a possibilidade de formação de estoque de determinado

produto e submete uma Proposta de Participação à Superintendência

Regional da CONAB mais próxima ou à Delegacia Federal de

Desenvolvimento Agrário em seu estado. Esta proposta de

participação define qual será o produto a ser estocado, o prazo para a

formação de estoque, quais produtos serão adquiridos, seus

respectivos preços e quem são os agricultores familiares beneficiados.

Esta proposta dá subsídio à elaboração da Cédula de Produto Rural –

CPR estoque. Aprovada a proposta de participação, a organização

emite a CPR e a CONAB

disponibiliza recursos financeiros para que a organização inicie o

processo de aquisições de alimentos dos agricultores familiares

listados na proposta de participação.

A CPR tem um prazo de vencimento que é definido em função do

produto proposto, mas que não pode ser superior a 12 meses. Ao final

do prazo previsto na Cédula, a organização deverá liquidar a CPR.

Produtos:

Produtos alimentícios, oriundos da agricultura familiar, próprios para

consumo humano, não podendo ser de safra anterior ao do período de

contratação.

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VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 8.000,00 (oito mil

reais) por ano.

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INCENTIVO À PRODUÇÃO EAO CONSUMO DO LEITE

(IPCL)

INCENTIVO À PRODUÇÃO E AO CONSUMO DO LEITE (IPCL)

O que é?

Modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos, cujo objetivo é

propiciar o consumo do leite às famílias, que se encontram em estado

de insegurança alimentar e nutricional, e incentivar a produção

familiar. O Programa do Leite possui dois focos principais: os

segmentos populacionais vulneráveis que recebem o leite

gratuitamente e os pequenos produtores familiares.

Como funciona?

O Programa é operacionalizado por meio de convênios celebrados

entre o Governo Federal, por intermédio do Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome e os Governos Estaduais.

O MDS é responsável por garantir entre 80% e 85% do valor total do

convênio e os governos estaduais aportam uma contrapartida entre

15% e 20%.

Para ser beneficiário o consumidor do Programa, as famílias precisam

possuir renda per capita de no máximo meio salário mínimo e ter

entre os membros da família:

• criança de 6 meses a 6 anos;

• nutrizes até 6 meses após o parto;

• gestantes a partir da constatação da gestação pelo Posto de Saúde;

• idosos a partir de 60 anos de idade;

• outros, desde que autorizados pelo Conselho Estadual de Segurança

Alimentar e Nutricional.

Para o pequeno agricultor familiar, que terá a garantia de compra do

seu produto a preço fixo, as exigências são:

• Produzir no máximo 100 (cem) litros de leite dia, com prioridade

para os

que produzam uma média de 30 (trinta) litros/dia;

• Respeitar o limite financeiro semestral de R$ 4.000,00 por produtor

beneficiado;

• Possuir Declaração de Aptidão ao PRONAF, enquadrado entre as

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categorias de “A” a “E”;

• Realizar a vacinação dos animais.

Atualmente, o Programa do Leite atende aos 09 (nove) estados do

Nordeste e o Estado de Minas Gerais (atendendo a região do Norte de

Minas Gerais e os Vales do Jequitinhonha e Mucuri).

VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/SEMESTRE: R$ 4.000,00

(quatro mil reais) por semestre ou R$ 8.000,00 (oito mil reais) por

ano.

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COMPRA PARA DOAÇÃOSIMULTÂNEA

COMPRA PARA DOAÇÃO SIMULTÂNEA

O que é?

Esta modalidade do PAA – também conhecida por Compra Direta Local

(CDLAF) ou Compra Antecipada Especial com Doação Simultânea

(CAEAF) - tem como objetivos:

A garantia do direito humano à alimentação para pessoas que

vivem em situação de vulnerabilidade social e/ou de insegurança

alimentar;

O fortalecimento da agricultura familiar;

A geração de trabalho e renda no campo; e

A promoção do desenvolvimento local por meio do escoamento

da produção para consumo, preferencialmente, na região

produtora.

Como funciona?

É realizada através da compra de alimentos produzidos por

agricultores familiares enquadrados no PRONAF e da doação desses

alimentos para entidades integrantes da rede socioassistencial local.

Os beneficiários consumidores do programa são entidades integrantes

da rede socioassistencial e entidades cadastradas nos Bancos de

Alimentos que atendam a:

Famílias ou indivíduos que estejam em situação de

vulnerabilidade social

e/ou em estado de insegurança alimentar e nutricional;

Pessoas atendidas por programas sociais;

Crianças de escolas públicas.

O mecanismo utilizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome para a execução do Programa é a celebração de

convênios com os governos estaduais, municipais e com a CONAB,

com repasse de recursos financeiros aos convenentes, os quais

assumem a responsabilidade pela sua operacionalização.

Todas as propostas de participação devem ser submetidas à aprovação

do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA/COMSEA)

ou, na falta deste, de um conselho local atuante, que participará

diretamente da execução do convênio, desde a sua aprovação até o

acompanhamento e controle social.

Produtos:

Produtos alimentícios oriundos da agricultura familiar, próprios para

consumo humano, incluindo alimentos perecíveis e característicos dos

hábitos alimentares locais.

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VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 4.800,00 (quatro mil

e quinhentos reais) por ano.

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PAA COMPRAINSTITUCIONAL

PAA Compra Institucional

O que é?

A modalidade Compra Institucional amplia as oportunidades de

mercado para a agricultura familiar, permitindo que órgãos de

administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal e

municípios comprem, com seus próprios recursos, alimentos para

atender as demandas regulares de restaurantes universitários,

presídios, hospitais, academias de polícia, entre outros. A compra

dispensa licitação, utilizando as regras do PAA.

Podem fornecer os agricultores familiares, assentados da reforma

agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores

artesanais, comunidades indígenas e integrantes de comunidades

remanescentes de quilombos rurais e de demais povos e comunidades

tradicionais, organizados em cooperativas ou outras organizações que

possuem DAP pessoa jurídica. Cada família pode vender até R$

8.000,00 por ano, independente de fornecerem para as outras

modalidades do PAA e Pnae.

A nova modalidade está definida pelo Decreto nº 7.775, de julho de 2012 e pela

Resolução nº50, de setembro de 2012.

1º PASSO: Elaboração da Chamada Pública:

Após a definição da demanda, o ÓRGÃO COMPRADOR deve elaborar o edital de

Chamada Pública.

Sugestão: solicitar à Secretaria de Agricultura, à Empresa de Assistência Técnica eExtensão Rural local e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais, quando houver, um

mapeamento dos produtos da agricultura familiar produzidos no município ou região(produto, quantidade e época da colheita). Com essas informações fica mais fácilelaborar o edital de compra.

Modelo de Chamada Pública

2º PASSO: Divulgação da Chamada:

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A Chamada Pública deve ser amplamente divulgada em locais públicos de fácil acesso àsorganizações de agricultores familiares.

É importante dar ampla publicidade à chamada pública. Ao saber de alguma chamadapública aberta, envie-a para [email protected] para que seja publicada no site.

3º PASSO: Elaboração das Propostas das Vendas:

As ORGANIZAÇÕES DE AGRICULTORES FAMILIARES devem elaborar propostasde venda de acordo com os critérios estabelecidos nos editais de Chamada Pública.

O limite de venda por agricultor familiar (DAP pessoa física) é de R$ 8 mil por ano,independente de já fornecerem a outras modalidades do PAA ou Pnae.

Modelo de Proposta de Venda

4º PASSO: Seleção das Propostas

O ÓRGÃO COMPRADOR deve habilitar as propostas que contenham todos osdocumentos exigidos na Chamada Pública e com os preços de venda dos produtoscompatíveis com mercado.

O limite de venda por agricultor familiar (DAP pessoa física) é de R$ 8 mil por ano,independente de já fornecerem a outras modalidades do PAA ou Pnae.

5º PASSO: Assinatura do Contrato

COMPRADOR e FORNECEDOR assinam o contrato que estabelece o cronograma deentrega dos produtos, a data de pagamento aos agricultores familiares e todas ascláusulas de compra e venda.

É importante entender todo o contrato, pois ele é o acordo que deverá ser cumprido. Ocontrato é que garante a segurança aos compradores e vendedores.

Modelo de Contrato

6º PASSO: Execução

O início da entrega dos produtos deve atender ao cronograma previsto e os pagamentosserão realizados diretamente para os agricultores ou suas organizações.

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VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 8.000,00 (oito mil

reais) por ano.

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QUADRO RESUMO

Modalidade Forma de acesso LimiteOrigem do

RecursoAção

Compra daAgricultura Familiarpara DoaçãoSimultânea

Individual R$ 4,5 mil

MDS

Responsável pela doação de produtosadquiridos da agricultura familiar apessoas em situação de insegurançaalimentar e nutricional.

Organizações

(cooperativas/associações)R$ 4,8 mil

Formação deEstoques pelaAgricultura Familiar

– CPR Estoque

Organizações(cooperativas/associações)

R$ 8 mil MDS/MDA

Disponibiliza recursos para queorganizações da agricultura familiarformem estoques de produtos para

posterior comercialização.

Compra Direta daAgricultura Familiar– CDAF

Individual ouorganizações(cooperativas/associações)

R$ 8 mil MDS/MDA

Voltada à aquisição de produtos em

situação de baixa de preço ou emfunção da necessidade de atender ademandas de alimentos de populaçõesem condição de insegurança alimentar.

Incentivo àProdução e

Incentivo de Leite –PAA Leite

Individual ouorganizações(cooperativas/associações)

R$ 4 milporsemestre

MDS

Assegura a distribuição gratuita de leiteem ações de combate à fome e à

desnutrição de cidadãos que estejamem situação de vulnerabilidade sociale/ou em estado de insegurançaalimentar e nutricional. Atende os

estados do Nordeste.

CompraInstitucional

Individual ouorganizações

(cooperativas/associações)

R$ 8 mil -

compra voltada para o atendimento de

demandas regulares de consumo dealimentos por parte da União, Estados,Distrito Federal e Municípios;

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ACESSO A DUASMODALIDADES DO PAA

Como destacado, cada modalidade possui um teto máximo por

agricultor ao ano, porém, os agricultores poderão participar

simultaneamente de duas modalidades, ou seja, a participação

conjunta nas modalidades:

Modalidade Formação de Estoque (liquidação física) e Modalidade

Doação Simultânea, totalizando R$ 8 mil. Ou,

Modalidade Compra Direta e Modalidade Doação Simultânea,

totalizando R$ 8 mil.

Destaca-se que nas operações de compra da agricultura familiar para

alimentação escolar com recursos do FNDE, os limites não têm vínculo

com o PAA.

Para a equipe técnica da ONG EDUCOOP, o PAA é uma importante

ferramenta de comercialização da agricultura familiar, merecendo

especial atenção na sua consolidação como política pública. Porém,

como vimos até o presente momento, são 4 modalidades distintas e

muitas vezes complementares, porém, a nossa equipe técnica

considera a modalidade foco deste curso: PAA Doação Simultânea, a

mais fácil de elaborar e gerenciar, principalmente por envolver

menores riscos.

Visualiza-se assim, o PAA Doação Simultânea como o “pontapé” inicial

(marco zero) para o incentivo a constituição e organização (busca da

regularização fiscal, tributária, contábil e legal, além do

desenvolvimento de competências administrativas e financeiras) das

cooperativas e associações.

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GRUPO

GESTOR

Segundo a CONAB, o Grupo Gestor tem a finalidade de definir as

medidas necessárias para a operacionalização do Programa de

Aquisição de Alimentos, incluindo:

Sistemática de aquisição dos produtos;

Preços praticados que consideram as diferenças regionais e a

realidade da agricultura familiar;

Regiões prioritárias para implementação do Programa;

Condições de doação dos produtos adquiridos;

Condições de venda dos produtos adquiridos.

Os gestores executores do Programa são:

Estados;

Municípios;

CONAB.

Os gestores locais são as:

Organizações compostas por agricultores familiares (cooperativas,

associações, sindicatos dos trabalhadores rurais, etc) e;

Entidades da rede socioassistencial.

Quanto ao controle social, espera-se que o acompanhamento do PAA

pela sociedade e suas representações seja feito a partir de colegiados

já existentes nas diferentes esferas:

Âmbito Federal - Conselho Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional/CONSEA e o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Rural Sustentável/CONDRAF;

Âmbito Estadual – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional/CONSEA e Conselho Estadual de Desenvolvimento

Rural Sustentável/EDRS;

Âmbito Municipal – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional/COMSEA, Conselho Municipal de Desenvolvimento

Rural Sustentável/CMDRS, Conselho de Alimentação Escolar/CAE

e outros afins.

O Grupo Gestor do PAA é coordenado pelo Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome e composto por

representantes de cinco órgãos do Governo Federal:

Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA);

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS);

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);

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Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG);

Ministério da Fazenda.

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O PAA NO COMBATEA POBREZA, INSEGURANÇA

ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Conforme demonstrado até agora, o PAA é um importante instrumento

de comercialização da agricultura familiar através de suas cooperativas

e associações, porém, não podemos perder o foco de sua atenção:

combater a pobreza e a insegurança alimentar e nutricional,

destacando-se como uma das ações do Programa Fome Zero.

"A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito

de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade,

em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras

necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares

promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural e que

sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis"

Fonte: CONSEA*

Sendo assim, os produtos da agricultura familiar, ricos em quantidade

e qualidade nutricional são doadas as entidades de assistência social

da região próxima onde é produzido, beneficiando-se assim: Escolas,

creches, asilos, igrejas, associações comunitárias, ou seja, a rede de

assistência social da região. No tópico, “check-list” dos documentos,

detalharemos quais são os documentos necessários para o

cadastramento destas instituições consumidoras do projeto PAA

Doação Simultânea.

* Para maiores informações sobre o Conselho Nacional de Segurança Alimentar

e Nutricional acesse: https://www.planalto.gov.br/Consea/exec/index.cfm

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Vídeo Debate para o FórumTemático

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FINAL DOCAPÍTULO 1

Cursista,

Chegamos assim, ao final do capitulo 1, e esperamos que você tenha

compreendido os seus principais objetivos:

O que é o PNAE;

O que é o PAA e suas principais modalidades;

Objetivos do PAA frente à comercialização da produção da

agricultura familiar;

O PAA e o combate à pobreza e a insegurança alimentar e

nutricional.

No próximo capítulo passaremos para uma etapa mais prática, que

embasada pelas informações deste módulo, apoiará você na

elaboração de sua proposta.

Gostaríamos agora que você relatasse como foi o seu percurso no

módulo, o que aprendeu, suas dificuldades com o conteúdo e com o

veículo (acesso à Internet, uso das ferramentas). Queremos também

saber sua opinião sobre o material utilizado, suas críticas e sugestões

de forma geral colaboram conosco na melhoria do curso. Por favor,

responda ao questionário a seguir:

Minhas Expectativas e Resultados Obtidos

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