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MÓDULO B (parte 1): Princípios Básicos de Economia Disciplina: Mercado de Capitais I Profa. Valéria Scudeler 1º semestre de 2014

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  • MDULO B (parte 1):Princpios Bsicos de Economia

    Disciplina: Mercado de Capitais IProfa. Valria Scudeler

    1 semestre de 2014

  • Indicadores Econmicos

    Indicadores econmicos medidas de desempenho de uma

    economia. Os mais utilizados so:

    PIB (Produto Interno Bruto) mede o crescimento da produo;

    ndices de inflao (IPCA, IGP-M, INPC, IPC-FIPE) medem o aumento

    dos preos e a desvalorizao da moeda;

    Taxa de cmbio (PTAX) a taxa de converso das moedas entre si;

    Taxa de juros taxas bsicas de remunerao do capital no mercado

    (SELIC, DI e TR).2

  • Produto Interno Bruto (PIB)

    Produto: expresso monetria dos bens e servios vendidos para

    utilizao final, ou valor total das mercadorias e servios finais

    produzidos durante um determinado perodo.

    Valor agregado (ou valor adicionado): diferena entre o valor bruto

    total da produo e o valor dos bens intermedirios (suprimentos) em

    cada atividade produtiva da economia. O Produto a soma dos

    valores adicionados.

    Setores produtivos: Agropecuria (setor primrio), Indstria (setor

    secundrio), Servios (setor tercirio).3

  • O Processo de produo e o conceito de valor agregado ou adicionado

    4

  • Formas de expressar o Produto

    Valor agregado Lquido:

    Setor primrio (+)

    Setor secundrio (+)

    Setor tercirio (+)

    (=) Produto Interno Bruto a Custo de Fatores

    Impostos indiretos (+)

    Subsdios (-)

    (=) Produto Interno Bruto a Preos de Mercado

    Renda enviada ao exterior (-)

    Renda recebida do exterior (+)

    (=) Produto Nacional Bruto (PNB)

    Depreciao (-)

    (=) Produto Nacional Lquido (ou Renda Nacional Lquida)

    Brasil: PNB < PIB 5

  • 6

  • Fonte: IBGE

    7

  • Fonte: IBGE

    8

  • ndices de Inflao

    Inflao: aumento persistente e generalizado do nvel de preos,

    com a consequente perda do poder aquisitivo da moeda.

    A taxa de inflao mede o acrscimo percentual mdio nos preos

    dos bens e servios produzidos pela economia.

    Inflao = [(ndice na data 1/ndice na data 0) - 1]*100

    Taxa de desvalorizao da moeda = [inflao/(100 + inflao)]*1009

  • Principais ndices de Inflao do Brasil e suas

    caractersticas

    10

  • 11

  • 12

  • 13

  • 14

  • 15

  • 16

    Indicadores Econmicos 6-mar-2014

    ndices de preos - BrasilVariaes percentuais

    Perodo INPC IPCA IGP-M IPC - FIPE Mdia

    2005 5,05 5,69 1,21 4,53 3,81

    2006 2,81 3,14 3,83 2,54 3,16

    2007 5,16 4,46 7,75 4,38 5,58

    2008 6,48 5,90 9,81 6,16 7,06

    2009 4,11 4,31 -1,72 3,65 2,18

    2010 6,47 5,91 11,32 6,40 7,87

    2011 6,08 6,50 5,10 5,81 5,77

    2012 6,20 5,84 7,82 5,10 6,35

    2013 Jan 0,92 0,86 0,34 1,15 0,77

    Fev 0,52 0,60 0,29 0,22 0,34

    Mar 0,60 0,47 0,21 -0,17 0,20

    Abr 0,59 0,55 0,15 0,28 0,26

    Mai 0,35 0,37 0,00 0,10 0,26

    Jun 0,28 0,26 0,75 0,32 0,45

    Jul -0,13 0,03 0,26 -0,13 0,01

    Ago 0,16 0,24 0,15 0,22 0,31

    Set 0,27 0,35 1,50 0,25 0,65

    Out 0,61 0,57 0,86 0,48 0,56

    Nov 0,54 0,54 0,29 0,46 0,43

    Dez 0,72 0,92 0,60 0,65 0,75

    2014 Jan 0,63 0,55 0,48 0,94 0,63

    Fev ... ... 0,38 ... ...

    Mdia mensal 0,43 0,45 0,47 0,30 0,40

    (ultimos 12 meses)

    Fonte: IBGE, Fipe e FGV

  • Taxa de Cmbio (PTAX)

    Taxa de Cmbio: a medida pela qual a moeda de um pas pode ser

    convertida em moeda de outro pas. o preo de uma moeda em

    relao outra.

    Taxa de cmbio = Moeda brasileira

    Moeda estrangeira

    O PTAX a cotao oficial das moedas estrangeiras no Brasil, e o

    clculo feito levando-se em conta a mdia ponderada das cotaes

    especficas de cada moeda.17

  • 18

  • Taxa de Cmbio Brasil: 1999-2010

    19

  • 20

  • Taxa SELIC

    A Taxa SELIC apurada pelo Selic, obtida mediante o clculo da

    taxa mdia ponderada e ajustada das operaes de financiamento

    por um dia, lastreadas em ttulos pblicos federais e cursadas no

    referido sistema ou em cmaras de compensao e liquidao de

    ativos, na forma de operaes compromissadas. (BACEN)

    Taxa SELIC = Taxa livre de risco (risk free).

    21

  • Taxa SELIC

    A taxa SELIC origina-se das taxas de juros efetivamente observadas

    no mercado e reflete as condies instantneas de liquidez no

    mercado monetrio.

    As liquidaes financeiras no SELIC so efetuadas no ato da transao.

    A taxa SELIC acumulada para determinado perodo de tempo

    correlaciona-se positivamente com a taxa de inflao apurada ex

    post.22

  • Taxa DI

    CDI um instrumento financeiro, escritural e nominativo, emitido

    por uma IF, a favor de outra, destinado a possibilitar a troca de

    recursos entre elas, normalmente de curtssimo prazo (1 dia) que

    embute uma taxa de juros paga pelo emitente (vendedor do CDI) IF

    compradora do papel.

    As negociaes com CDI so controladas pela CETIP, que divulga a

    taxa mdia ponderada das negociaes dirias, conhecida como

    Taxa DI.23

  • Taxa DI

    As liquidaes financeiras do CDI so efetuadas no dia

    seguinte.

    As taxas DI tendem a ser ligeiramente mais altas que as taxas

    SELIC em consequncia de seu maior risco e tambm porque

    incorpora as expectativas do que pode ocorrer com o preo do

    dinheiro (reserva bancria) para o dia seguinte da operao.

    24

  • Taxa Referencial (TR)

    Taxa Referencial uma taxa de juros bsica calculada a partir do

    rendimento mensal mdio dos CDBs (Certificados de Depsitos

    Bancrios) e RDBs (Recibos de Depsitos Bancrios) emitidos pelas

    30 maiores instituies financeiras do pas.

    A taxa divulgada pelo BACEN e usada para correo das

    aplicaes da caderneta de poupana e das prestaes do Sistema

    Financeiro de Habitao. usada como indexador de contratos, mas

    uma taxa de juro e no pode ser confundida com inflao.25

  • Poltica Econmica: poltica monetria, poltica

    fiscal e poltica cambial

    26

  • Poltica Econmica

    A Poltica Econmica consiste no conjunto de medidas adotadas pelo

    Estado tendo em vista um determinado objetivo, como o progresso,

    o desenvolvimento, a estabilidade econmica, a melhor distribuio

    de renda, a busca do pleno emprego, o pleno aproveitamento dos

    recursos e eficiente alocao dos mesmos, o controle da inflao, etc.

    atravs dela que so traadas as diretrizes a serem tomadas pelo

    Estado e pela sociedade (setor pblico e privado) na rea econmica.

    27

  • Objetivos da Poltica Econmica

    O crescimento econmico: a melhoria ou expanso das

    disponibilidades de recursos naturais, tecnolgicos, de capital

    humano, de infra-estrutura e de financiamento, a fim de se permitir

    a expanso da produo e a modernizao do parque produtivo

    instalado.

    A equitatividade: uma distribuio equitativa da renda e da riqueza,

    com reduo ou total remoo dos bolses de pobreza e do

    contingente de excludos do quadro socioeconmico.

    28

  • Objetivos da Poltica Econmica

    A estabilidade econmica: garantindo a normalidade

    conjuntural e sustentao dos nveis gerais de emprego, dos

    preos e das transaes econmicas com o exterior,

    envolvendo o equilbrio do Balano de Pagamentos e a

    manuteno de um nvel adequado de reservas

    internacionais. A essa forma de interveno do Estado se

    chama funo estabilizadora.29

  • Poltica Monetria

    Poltica monetria o conjunto de atos do Banco Central para controlar a

    quantidade de dinheiro e a taxa de juros e, em geral, as condies de

    crdito.

    Os instrumentos monetrios referem-se, portanto, ao manejo das

    operaes destinadas a regular o suprimento de meios de pagamento e a

    adequada disponibilizao dos demais estoques de ativos financeiros.

    O suprimento desses ativos implica o controle da liquidez global do sistema

    econmico. A liquidez insuficiente ou em excesso pode comprometer os

    objetivos de crescimento, de estabilidade ou de equitatividade. 30

  • Instrumentos de Poltica Monetria

    Open market: quanto maior a colocao de ttulos pblicos, menor

    a liquidez da economia e maior a taxa de juros (e vice-versa);

    Redesconto: assistncia financeira de liquidez a partir do desconto

    de ttulos de instituies financeiras como garantia. Quanto mais o

    BACEN dificulta as condies de redesconto, com taxas maiores,

    fixao de limites permitidos de redesconto e restrio de ttulos

    aceitos como garantia, maior o volume de reservas dos bancos,

    menor o volume de liquidez na economia e maior as taxas de juros

    praticadas (e vice-versa);31

  • Instrumentos de Poltica Monetria

    Depsitos compulsrios: quanto maior a alquota desse depsito,

    menor a liquidez e maior a taxa de juros (e vice-versa).

    Controle e seleo de crdito: um instrumento muito criticado pelos

    monetaristas ortodoxos, pois significa uma interveno direta no

    funcionamento das livres foras de mercado, aos invs da utilizao de

    mecanismos indiretos (open market, redesconto e depsitos

    compulsrios). Fazem parte dessa poltica: controle do volume e da

    destinao do crdito; controle das taxas de juros; determinao dos

    prazos, limites e condies dos emprstimos.32

  • Sistema de Metas para a Inflao

    O sistema de metas para a inflao foi criado em 21/06/1999 e

    tem sua representao atravs do IPCA, com intervalos de

    variao para mais ou para menos da meta.

    De 2006 para os dias atuais, a meta permanece em 4,5% a.a.

    com intervalo de segurana de 2,0% para mais ou para menos.

    A fixao da meta sempre feita pelo CMN no ms de junho de

    cada ano.33

  • Sistema de Metas para a Inflao

    Os crticos deste sistema apontam para a perda de eficcia da

    poltica monetria, pois identificam dois problemas principais:

    1. o aumento da SELIC para conter a inflao, mesmo quando a

    presso inflacionria vem dos custos (inflao de oferta);

    2. a poltica monetria deixa de ser utilizada para reduzir a taxa de

    desemprego, que deve ser um dos principais objetivos do Banco

    Central, a exemplo do Federal Reserve (EUA).

    34

  • Qual a relao entre taxa de juros e atividade

    econmica?

    35

  • Poltica Fiscal

    Poltica fiscal o conjunto das decises do governo que se referem ao gasto

    pblico e aos impostos.

    Os instrumentos fiscais referem-se ao manejo das finanas pblicas, isto , das

    vrias categorias de rendas e dispndios das diferentes esferas de governo.

    As receitas dos governos provm de tributos que incidem sobre diferentes fatos

    econmicos: a produo e a circulao de mercadorias, a gerao de rendas, as

    transferncias de propriedades, as operaes financeiras e as transaes

    internacionais.

    As despesas so com o custeio da mquina burocrtica, investimentos em infra-

    estrutura econmica e social, subsdios e transferncias de rendas sociedade.36

  • Necessidade de Financiamento do Setor Pblico (NFSP)

    Total de receitas correntes - Total de gastos correntes =

    Poupana bruta do setor pblico

    O governo acumula poupana quando atinge um supervit em suas

    contas, isto , quando as receitas superam os gastos. No caso

    contrrio, em que as receitas correntes so insuficientes para cobrir

    os gastos correntes, o setor pblico no realiza poupana, e sim

    dficit, gerando a necessidade de financiamento (NFSP).

    37

  • Necessidade de Financiamento do Setor Pblico (NFSP)

    Formas de apurar os resultados fiscais, pela Lei de Responsabilidade Fiscal:

    Resultado primrio = obtido a partir da soma de todas as rendas correntes do

    governo subtraindo os gastos correntes com compras de bens e servios,

    funcionalismo pblico e transferncias de renda a empresas e famlias. No

    constam nesta apurao as receitas e despesas financeiras do governo com juros

    e amortizaes de dvidas.

    Esse resultado demonstra se o governo est vivendo dentro de sua realidade

    oramentria e se est contribuindo para a reduo ou elevao do endividamento

    do setor pblico. 38

  • Necessidade de Financiamento do Setor Pblico (NFSP)

    Resultado nominal = saldo lquido de todas as contas pblicas, financeiras e no

    financeiras. Esse resultado indica efetivamente o que o setor pblico necessitou

    captar junto ao mercado para realizao de suas despesas oramentrias.

    Fontes de captao de recursos financeiros em caso de dficit:

    Elevao dos impostos;

    Emisses de papel-moeda;

    Emisses de ttulos da dvida pblica;

    Emprstimos e financiamentos (FMI). 39

  • Necessidade de Financiamento do Setor Pblico (NFSP)

    Conceito acima da linha: apurado pela Secretaria do Tesouro Nacional

    (STN), que apura e confronta as receitas e as despesas ocorridas em dados

    perodos.

    Conceito abaixo da linha: o BACEN apura as necessidades de financiamento

    do setor pblico (NFSP) atravs da variao do endividamento pblico, sem

    apurar se a NFSP mudou por motivos ligados receita ou despesa.

    Os dois critrios so utilizados e, em tese, os resultados deveriam coincidir

    mas, na prtica, o resultado das receitas e despesas pode ser diferente da

    variao do endividamento. 40

  • CLCULO DO SUPERVIT/DFICIT PBLICO

    Receitas Brutas de Impostos

    ( - ) Transferncias do Governo (juros da dvida, subsdios e dotaes previdncia social

    Receitas Lquidas de Impostos(mostra se uma economia pode financiar seus gastos correntes de consumo)

    ( - ) Gastos Correntes de Consumo do Governo

    Poupana em Conta Corrente(ocorre se as Receitas Lquidas de Impostos excederem os Gastos Correntes de Consumo)

    ( - ) Investimentos Governamentais

    SUPERVIT/DFICIT PBLICO41

  • 42

    Indicadores Econmicos 6-mar-2014

    Necessidades de financiamento do setor pblico - Brasil Fluxo em 12 meses

    % PIB

    Discriminao Correntes1/

    2009 2010 2011 2012 2013 2014

    Dez Dez Dez Dez Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov* Dez* Jan*

    Nominal 3,28 2,48 2,61 2,48 2,92 2,86 2,82 2,99 3,10 3,30 3,42 2,95 3,28 3,63

    Governo Central 3,31 1,21 2,11 1,39 1,73 1,77 1,85 1,94 2,14 2,46 2,50 1,95 2,30 2,71

    Governo Federal2/ 3,38 1,67 2,59 2,02 2,50 2,52 2,60 2,70 2,90 3,17 3,22 2,64 2,94 3,29

    Bacen -0,06 -0,46 -0,48 -0,63 -0,77 -0,76 -0,75 -0,76 -0,76 -0,71 -0,72 -0,69 -0,64 -0,58

    Governos regionais -0,06 1,27 0,48 0,96 1,09 0,98 0,84 0,90 0,80 0,70 0,78 0,90 0,91 0,86

    Governos estaduais -0,10 1,07 0,34 0,78 0,92 0,83 0,70 0,76 0,68 0,59 0,67 0,76 0,76 0,72

    Governos municipais 0,04 0,19 0,14 0,18 0,17 0,15 0,14 0,14 0,12 0,11 0,11 0,14 0,15 0,14

    Empresas estatais 0,03 0,00 0,01 0,12 0,11 0,12 0,13 0,14 0,16 0,14 0,14 0,10 0,06 0,06

    Juros nominais 5,28 5,18 5,71 4,87 4,82 4,81 4,80 4,89 4,91 4,87 4,85 5,11 5,18 5,30

    Governo Central 4,62 3,30 4,36 3,35 3,25 3,36 3,41 3,49 3,65 3,70 3,64 3,80 3,87 3,98

    Governo Federal2/ 4,71 3,77 4,85 4,00 4,04 4,13 4,18 4,27 4,43 4,43 4,38 4,51 4,53 4,59

    Bacen -0,08 -0,47 -0,49 -0,65 -0,79 -0,77 -0,77 -0,78 -0,78 -0,72 -0,74 -0,71 -0,67 -0,60

    Governos regionais 0,58 1,81 1,28 1,45 1,52 1,40 1,34 1,35 1,21 1,11 1,16 1,25 1,25 1,26

    Governos estaduais 0,45 1,52 1,05 1,21 1,26 1,16 1,11 1,11 0,99 0,91 0,95 1,03 1,03 1,03

    Governos municipais 0,13 0,29 0,22 0,25 0,26 0,24 0,23 0,23 0,21 0,20 0,21 0,22 0,22 0,23

    Empresas estatais 0,07 0,07 0,08 0,06 0,05 0,05 0,06 0,06 0,06 0,05 0,06 0,06 0,06 0,06

    Primrio -2,00 -2,70 -3,11 -2,39 -1,90 -1,95 -1,99 -1,90 -1,81 -1,57 -1,43 -2,16 -1,90 -1,67

    Governo Central -1,31 -2,09 -2,25 -1,96 -1,52 -1,59 -1,56 -1,55 -1,51 -1,25 -1,14 -1,85 -1,57 -1,28

    Governo Federal -2,65 -3,24 -3,12 -2,91 -2,57 -2,63 -2,61 -2,60 -2,57 -2,31 -2,19 -2,89 -2,63 -2,30

    Bacen 0,02 0,01 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03

    INSS 1,32 1,14 0,86 0,93 1,03 1,03 1,03 1,03 1,04 1,04 1,03 1,02 1,04 1,00

    Governos regionais -0,65 -0,55 -0,80 -0,49 -0,43 -0,43 -0,50 -0,44 -0,41 -0,41 -0,38 -0,36 -0,34 -0,40

    Governos estaduais -0,55 -0,45 -0,72 -0,43 -0,34 -0,34 -0,41 -0,36 -0,31 -0,32 -0,28 -0,27 -0,27 -0,32

    Governos municipais -0,09 -0,10 -0,08 -0,06 -0,09 -0,09 -0,10 -0,09 -0,09 -0,09 -0,10 -0,09 -0,07 -0,08

    Empresas estatais -0,04 -0,06 -0,07 0,06 0,05 0,07 0,07 0,09 0,10 0,09 0,08 0,05 0,01 0,001/ Fluxos em valores correntes.2/ Inclui o INSS. * Dados preliminares.Nota: ( + ) = dficit ( - ) = supervit

  • Poltica Cambial

    Poltica cambial o controle do valor da moeda nacional em relao s

    moedas estrangeiras, dos impostos sobre importao e exportao, os

    controles quantitativos sobre entradas e sadas de mercadorias e das

    remessas de divisas para o exterior.

    Os instrumentos cambiais referem-se ao manejo da taxa de cmbio da

    moeda nacional relativamente a moedas estrangeiras. O nvel efetivo dessa

    taxa exerce alta influncia sobre importantes variveis da economia, como

    as importaes e exportaes de mercadorias e servios e os movimentos

    internacionais de capitais. O crescimento, a estabilidade e a equitatividade

    podem ser fortemente afetados pela magnitude e direo desses fluxos.43

  • Cupom Cambial

    Cupom cambial a remunerao efetiva dos valores de uma moeda

    estrangeira, convertidos em reais e aplicados no mercado financeiro brasileiro.

    Normalmente utiliza-se o dlar como referncia.

    O valor do cupom cambial obtido pela relao (diferena) entre as taxas de

    juros remuneratrias dos reais (em ttulos pblicos, por exemplo) e a variao

    esperada na taxa de cmbio (valorizao ou desvalorizao do real)

    relativamente a uma dada moeda, pelo perodo de tempo da aplicao.

    O resultado obtido deve ser comparado, pelo investidor, com as taxas de juros

    remuneratrios do pas de origem da moeda, levando-se em considerao

    tambm o risco de se aplicar no pas estrangeiro e os custos tributrios.44

  • Cupom Cambial

    Exemplo:

    Taxa de juros remuneratrios do Brasil = 18,75% a.a (ttulos pblicos)

    Expectativa de variao (aumento) da taxa de cmbio (desvalorizao do real) = 6% a.a.

    Perodo de aplicao = 1 ano

    Valor Bruto do Cupom = 1,1875/1,06 = 1,1203 = 12,03% a.a.

    Taxa de juros remuneratrios no pas de origem da moeda = 7% a.a.

    Resultado: em princpio, seria vantajoso investir nos ttulos do Brasil, sem levar em conta o risco pas e as despesas tributrias e operacionais.

    E se a moeda nacional se valorizasse perante o dlar? 45

  • Regimes cambiais

    Sistema de taxas de cmbio fixas: o valor de troca fixo. Poltica

    ativa diria do BACEN comprando ou vendendo divisas para

    manter a taxa inalterada. Possibilidade de flexibilizao: sistema de

    bandas cambiais.

    Sistema de taxas de cmbio flutuantes ou flexveis: o valor da

    taxa oscila livremente, equilibrando o mercado de compra e venda

    de divisas. O BACEN atua pontualmente, evitando oscilaes

    bruscas (flutuao suja).

    46

  • Taxa de Cmbio Fatores Financeiros

    Fato Conseqncia esperada

    Elevao dos juros domsticos

    Queda na taxa de cmbio valorizao da moeda domstica

    (o real sobe) ou desvalorizao da

    moeda estrangeira (o dlar cai)

    Elevao dos juros

    internacionais

    Elevao da taxa de cmbio

    (desvaloriza o real - o dlar sobe)

    Fuga de reservas Elevao da taxa de cmbio

    47

  • Balano de Pagamentos

    O Balano de Pagamentos de um pas um registro contbil de

    todas as suas transaes com o exterior, por um certo perodo

    de tempo. Com base nesse balano, pode-se avaliar a situao

    econmica internacional do pas.

    Na contabilizao desses registros, adota-se o mtodo das

    partidas dobradas. Nesses registros, toda relao que cria uma

    entrada de divisas constitui um crdito, ao passo que toda

    sada de divisas constitui um dbito.48

  • Balana de Transaes Correntes

    A Balana de Transaes Correntes afeta diretamente a renda nacional e

    considerada a mais importante do Balano de Pagamentos.

    Se essa conta for superavitria, significa que o pas est recebendo

    recursos que podem ser utilizados:

    no pagamento de compromissos assumidos anteriormente

    (diminuio do endividamento externo);

    para investimento do pas no exterior (aumento do controle do pas

    sobre empreendimentos no exterior);49

  • Balana de Transaes Correntes

    para aumentar as reservas do pas.

    Porm, se a BTC for deficitria, isso implica a necessidade de:

    investimentos estrangeiros no pas (IED);

    contrair emprstimos no exterior (aumento do endividamento

    do pas);

    diminuir as reservas nacionais de divisas internacionais.

    50

  • Conta Capital e Financeira

    A Balana de Capital e Financeira inclui transaes que

    representam modificaes nos direitos e obrigaes de

    residentes no pas para com no-residentes.

    A principal varivel para explicar o movimento de capitais entre

    os pases a taxa de juros: quanto maior a taxa de juros de um

    pas em relao ao resto do mundo, maior ser o estmulo em

    aplicar recursos naquele pas.

    51

  • Saldo do Balano de Pagamentos

    O Saldo do Balano de Pagamentos apresentar um resultado igual,

    porm com sinal contrrio, na conta de Transaes Compensatrias, de

    modo a equalizar os dbitos e crditos e zerar:

    saldo positivo (indicando a entrada de recursos/aumento das reservas

    de divisas), a conta de Transaes Compensatrias ser deficitria

    (negativa), e o item variao de reservas aparecer com sinal negativo.

    saldo negativo, significa que a conta de Transaes Compensatrias

    ser credora (positiva). Nesse caso, ser necessrio uma reduo das

    reservas de divisas e/ou operaes de regularizao (emprstimos do

    FMI), que aparecero com sinal positivo.52

  • 53

    Indicadores Econmicos 6-mar-2014

    Balano de pagamentos - BrasilUS$ milhes

    Discriminao 2013* 2014*

    Jan Ano Jan

    Balana comercial (FOB) - 4 040 2 558 - 4 058 Exportaes 15 967 242 179 16 026 Importaes 20 007 239 621 20 084 Servios - 3 656 - 47 523 - 3 359 Rendas - 3 844 - 39 772 - 4 345 Transferncias unilaterais correntes (lquido) 190 3 364 171Transaes correntes - 11 350 - 81 374 - 11 591Conta capital e financeira 13 191 75 367 14 070 Conta capital 119 1 194 87 Conta financeira 13 073 74 173 13 983 Investimento direto (lquido) 3 410 67 541 4 982 No exterior - 293 3 496 - 116 Participao no capital - 689 - 14 760 - 4 082 Emprstimos intercompanhias 396 18 256 3 966 No pas 3 703 64 045 5 098 Participao no capital 2 706 41 644 3 532 Emprstimos intercompanhias 997 22 401 1 565 Investimentos em carteira 2 756 25 810 3 938 Ativos - 932 - 8 932 1 229 Aes - 29 - 1 462 - 87 Ttulos de renda fixa - 903 - 7 471 1 316 Passivos 3 688 34 742 2 708 Aes 3 645 11 635 - 591 Ttulos de renda fixa 43 23 107 3 299 Derivativos 14 110 13 Ativos 18 382 19 Passivos - 4 - 271 - 5

    Outros investimentos1/ 6 892 - 19 289 5 050 Ativos 5 374 - 37 296 2 594 Passivos 1 518 18 007 2 457Erros e omisses - 466 80 413Variao de reservas ( - = aumento) - 1 376 5 926 - 2 892

    Memo:Resultado global do balano 1 376 - 5 926 2 892Transaes correntes/PIB (%) - - 3,62 - IED/PIB (%) - 2,85 -

  • Indicadores Econmicos 28-ago-2013

    Balano de pagamentos do BrasilUS$ milhes

    Discriminao 2012* 2013*

    Jul Jan-jul Ano Jul Jan-jul

    Balana comercial (FOB) 2 867 9 930 19 415 - 1 898 - 4 989

    Exportaes 21 003 138 217 242 580 20 807 135 231

    Importaes 18 137 128 287 223 164 22 704 140 220

    Servios - 3 433 - 23 008 - 41 044 - 4 088 - 26 222

    Rendas - 3 442 - 17 620 - 35 448 - 3 303 - 23 073

    Transferncias unilaterais correntes (lquido) 263 1 709 2 846 271 1 813

    Transaes correntes - 3 746 - 28 990 - 54 230 - 9 018 - 52 472

    Conta capital e financeira 4 832 51 031 70 154 9 409 59 651

    Conta capital - 3 475 - 2 549 - 1 877 94 749

    Conta financeira 8 307 53 580 72 030 9 315 58 902

    Investimento direto (lquido) 7 509 42 240 68 093 4 019 41 259

    No exterior - 931 4 071 2 821 - 1 193 6 020

    Participao no capital - 743 - 3 554 - 7 555 - 1 019 - 10 752

    Emprstimos intercompanhias - 187 7 624 10 377 - 174 16 773

    No pas 8 440 38 169 65 272 5 212 35 239

    Participao no capital 7 442 31 911 52 838 3 336 22 432

    Emprstimos intercompanhias 998 6 259 12 434 1 876 12 807

    Investimentos em carteira 1 343 3 707 8 770 3 898 17 981

    Ativos - 327 - 5 470 - 7 764 - 222 - 4 063

    Aes - 28 - 1 481 - 2 275 - 111 - 778

    Ttulos de renda fixa - 298 - 3 989 - 5 489 - 111 - 3 285

    Passivos 1 670 9 177 16 534 4 119 22 044

    Aes 3 2 899 5 600 269 6 547

    Ttulos de renda fixa 1 667 6 278 10 934 3 851 15 497

    Derivativos 43 96 185 - 20 99

    Ativos 36 75 150 9 255

    Passivos 7 21 35 - 29 - 156

    Outros investimentos1/ - 588 7 537 - 5 018 1 418 - 437

    Ativos - 2 637 - 6 877 - 24 547 - 1 574 - 16 905

    Passivos 2 049 14 415 19 529 2 992 16 467

    Erros e omisses - 477 345 2 976 79 - 432

    Variao de reservas ( - = aumento) - 609 - 22 387 - 18 900 - 471 - 6 748

    Resultado global do balano 609 22 387 18 900 471 6 748

    54

  • Reservas Internacionais

    Assim como as pessoas ou as empresas necessitam de reservas

    para atender as suas obrigaes financeiras, os pases tambm

    tem necessidade de manter reservas monetrias para o

    atendimento de seus compromissos internacionais. o que se

    denomina liquidez internacional, que vem a ser a capacidade

    de pagar prontamente.

    Reservas monetrias internacionais (reservas cambiais) = moedas

    livremente conversveis + ouro + DES (direitos especiais de saque).

    55

  • Reservas Internacionais

    O Banco Central classifica nossas reservas de trs maneiras:

    Reservas de caixa: representadas por haveres prontamente

    disponveis;

    Reservas de liquidez: reservas de caixa mais os valores

    representativos de ttulos de exportao e outros haveres de

    mdio e longo prazos;

    Reservas lquidas ajustadas: so as reservas brutas menos as

    obrigaes.56

  • 57

    Re

    serv

    as I

    nte

    rnac

    ion

    ais

    do

    Bra

    sil 1

    99

    2 -

    20

    10

  • 58

    dez/11 dez/12 dez/13 fev/14

    Ativos de Reserva Oficiais 352.012 373.147 358.808 362.691

    Reservas em moeda estrangeira (em divisas conversveis) 343.180 362.064 349.029 352.702

    (a) Ttulos 327.667 345.003 331.407 329.857

    (b) Total de moeda e depsitos em: 15.513 17.061 17.621 22.844

    Outros bancos centrais, BIS e FMI 2/ 14.146 15.187 16.561 20.353

    Bancos sediados no Brasil - 62 72 78

    dos quais: domiciliados no exterior - 62 72 78

    Bancos sediados no exterior 2/ 1.367 1.811 988 2.414

    dos quais: domiciliados no Brasil - - - 0

    Posio de reserva no FMI 2.993 3.483 3.190 3.108

    DES 3.980 3.987 3.997 4.016

    Ouro (inclusive depsitos de ouro) 3/ 1.654 3.581 2.592 2.865

    Volume em mil onas troy 1.080 2.160 2.160 2.160

    Outros ativos de reservas 205 33 0 1

    Instrumentos derivativos -1 33 0 1

    Emprstimos a no residentes no bancrios 4/ 206 - - 0

    Cdulas e moedas - - -

    Ttulos adquiridos com acordo de recompra 5/ - - - 0

    Fonte: BACEN

    Ativos de reservas oficiais e outros ativos em moeda estrangeira

    Liquidez - US$ milhes