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Módulo 3 Egbert 1

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Módulo 3 Egbert

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Conteúdo: Sistemas de inventário

Critérios de avaliação de estoques

Cálculo das compras líquidas

CPC 16 - Estoques

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1. Operações com mercadorias

O controle das mercadorias pode ser realizado periodicamente, ou seja, em intervalos fixos de tempo faz-se a contagem e apura-se o valor do estoque (inventário periódico). Entretanto, o valor do estoque de mercadorias também pode ser atualizado permanentemente, ou seja, a cada operação de compra e venda (inventário permanente)

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2. Conta Mercadorias com função Mista

Quando o inventário é periódico, pode-se empregar a conta „Mercadorias‟ com função mista. Neste caso, a conta Mercadorias apurará o resultado das operações com mercadorias e também mostrará o valor em estoque ao final do período.

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2. Conta Mercadorias com função Mista

Exemplo:

A conta Mercadorias apresentava, no início do período, saldo de $ 700. Houve compras no valor de $ 300. As vendas representaram receitas de $ $1.100 e o estoque final foi de $ 200. Determine o resultado com mercadorias.

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3. Conta Mercadorias Desdobrada

Quando as mercadorias são controladas pelo método da conta Mercadorias desdobrada, isto significa que há várias contas para o registro das operações com mercadorias.

Exemplo: determinar o lucro bruto

- estoque inicial de $ 600

- compras de $ 100

- vendas no valor de $ 900

- estoque final de $ 300

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4. Critérios de avaliação de estoques – métodos PEPS, UEPS e Média Ponderada Móvel.

PEPS ou FIFO (Primeiro que entra é o primeiro que sai): no momento da venda, são baixadas as mercadorias mais antigas no estoque, ou seja, aquelas que entraram primeiro.

UEPS ou LIFO (Último a entrar é o primeiro a sair): no momento da venda, são baixadas as mercadorias mais recentes no estoque, ou seja, aquelas que deram entrada por último.

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4. Critérios de avaliação de estoques – métodos PEPS, UEPS e Média Ponderada Móvel.

Média Ponderada Móvel: à medida que entram novas mercadorias, o preço médio é atualizado. Vale dizer que a cada nova compra, a média dos valores das mercadorias em estoque é atualizada.

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Critérios de avaliação de estoques – métodos PEPS, UEPS e Média Ponderada Móvel.

Comparativo dos principais critérios – ambiente inflacionário

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CMV UEPS > MPM > PEPS

ESTOQUE FINAL

UEPS < MPM < PEPS

LUCRO BRUTO

UEPS < MPM < PEPS

5. Compras líquidas (CL)

Compras

(+) IPI (calculado “por fora”)

(-) Impostos recuperáveis (IPI, ICMS, PIS/COFINS)

(-) devoluções

(-) abatimentos

(-) descontos incondicionais (comerciais ou promocionais)

(+) frete

(+) seguros

(+) manuseio

(-) juros embutidos

(=) compras líquidas

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5. Compras líquidas (CL)

Abatimentos: redução do preço após a compra/venda (ex.: pequenos defeitos nas mercadorias). Não altera a nota fiscal. Não reduz a base de cálculo do ICMS.

Descontos incondicionais: redução do preço no ato da compra (Ex.: motivar a compra/venda). Impacta na nota fiscal. Reduz a base de cálculo do ICMS.

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5. Compras líquidas (CL)

Exemplo: compra de $ 50.000 em mercadorias, com pagamento de frete no valor de $ 200, ICMS à alíquota de 15% e obtendo abatimento de $ 5.000. Determinar o valor das mercadorias que deve ser lançado no estoque.

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6. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS)

O cálculo do valor deste tributo é realizado “por dentro”, ou seja, sobre o valor total da nota fiscal referente à operação, sendo sua indicação mero destaque.

Exemplo: compra de mercadorias no valor de $ 500, com ICMS de 15% incluso no preço.

Valor das mercadorias.........................500

ICMS................................................... 75

Valor total da Nota Fiscal................... 500

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7. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

Este tributo também pode ser recuperável, entretanto seu valor é cobrado „por fora‟.

Exemplo: compra de mercadorias no valor de $ 500, com IPI de 10%.

Valor das mercadorias..........................500

IPI ..........................................................50

Valor total da Nota Fiscal......................550

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8. Incidência cumulativa de ICMS e IPI

LC 87/1996, art. 13:

“§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.”

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8. Incidência cumulativa de ICMS e IPI

Exemplo: operação, entre contribuintes de ICMS, relativa à compra de mercadorias, no valor de $ 800, para comercialização, com incidência de IPI a 10% e ICMS de 20%.

Valor das Mercadorias...............................800

IPI (10%)......................................................80

ICMS (20%)................................................160

Total da Fatura........................................880

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8. Incidência cumulativa de ICMS e IPI

Contabilização – Comerciante

D: Mercadorias.....................................720

D: ICMS a recuperar..............................160

C: fornecedores/caixa/bancos...............880

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8. Incidência cumulativa de ICMS e IPI

Contabilização – Indústria

D: Mercadorias.................................640

D: IPI a recuperar................................80

D: ICMS a recuperar..........................160

C: fornecedores/caixa/bancos...........880

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9. CPC 16 – Estoques – Objetivo

O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques. A questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas. Este Pronunciamento proporciona orientação sobre a determinação do valor de custo dos estoques e sobre o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido. Também proporciona orientação sobre o método e os critérios usados para atribuir custos aos estoques.

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9. CPC 16 – Estoques

Este Pronunciamento aplica-se a todos os estoques, com exceção dos seguintes:

(a) produção em andamento proveniente de contratos de construção, incluindo contratos de serviços diretamente relacionados (ver o Pronunciamento Técnico CPC 17 - Contratos de Construção);

(b) instrumentos financeiros (ver os Pronunciamentos Técnicos CPC 38 e CPC 39 sobre Instrumentos Financeiros); e

(c) ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e o produto agrícola no ponto da colheita (ver Pronunciamento Técnico CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola).

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9. CPC 16 – Estoques Este Pronunciamento não se aplica também à mensuração dos estoques mantidos por:

(a) produtores de produtos agrícolas e florestais, de produtos agrícolas após colheita, de minerais e produtos minerais, na medida em que eles sejam mensurados pelo valor realizável líquido de acordo com as práticas já estabelecidas nesses setores. Quando tais estoques são mensurados pelo valor realizável líquido, as alterações nesse valor devem ser reconhecidas no resultado do período em que tenha sido verificada a alteração;

(b) comerciantes de commodities que mensurem seus estoques pelo valor justo deduzido dos custos de venda. Nesse caso, as alterações desse valor devem ser reconhecidas no resultado do período em que tenha sido verificada a alteração.

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9. CPC 16 – Estoques

Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados especificados:

Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;

(b) em processo de produção para venda; ou

(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

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9. CPC 16 – Estoques

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

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9. CPC 16 – Estoques

O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. O valor justo reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a venda do mesmo estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) para esse estoque ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração. O primeiro é um valor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda.

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9. CPC 16 – Estoques

Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também compreendem produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo. No caso de prestador de serviços, os estoques devem incluir os custos do serviço, tal como descrito no item 19, para o qual a entidade ainda não tenha reconhecido a respectiva receita (ver o Pronunciamento Técnico CPC 30 - Receita).

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9. CPC 16 – Estoques – Mensuração

Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

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9. CPC 16 – Estoques – Custos do estoque

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

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9. CPC 16 – Estoques

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (Nova Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

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9. CPC 16 – Estoques – Juros embutidos

A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento.

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9. CPC 16 – Estoques – Custos de estoque de prestador de serviços

Na medida em que os prestadores de serviços tenham estoques de serviços em andamento, devem mensurá-los pelos custos da sua produção. Esses custos consistem principalmente em mão-de-obra e outros custos com o pessoal diretamente envolvido na prestação dos serviços, incluindo o pessoal de supervisão, o material utilizado e os custos indiretos atribuíveis. Os salários e os outros gastos relacionados com as vendas e com o pessoal geral administrativo não devem ser incluídos no custo, mas reconhecidos como despesa do período em que são incorridos.

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9. CPC 16 – Estoques – critérios de valoração de estoques

O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais.

PREÇO ESPECÍFICO

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9. CPC 16 – Estoques - critérios de valoração de estoques

O custo dos estoques, que não sejam os tratados nos itens 23 e 24 (preço específico), deve ser atribuído pelo uso do critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou pelo critério do custo médio ponderado. A entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes para a entidade. Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de valoração.

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9. CPC 16 – Estoques – valor realizável líquido

O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos estoques pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. 33

9. CPC 16 – Estoques – reconhecimento como despesa no resultado Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida. A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de estoques devem ser reconhecidas como despesa do período em que a redução ou a perda ocorrerem. A quantia de toda reversão de redução de estoques, proveniente de aumento no valor realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em que for reconhecida a despesa ou a perda, no período em que a reversão ocorrer.

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