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Page 1: Índice - Doraci · Cuidado: neste caso, a velocidade média entre A e C não é dada pela média aritmética das velocidades entre AB e BC. Na verdade, a V mé uma média ponderada,
Page 2: Índice - Doraci · Cuidado: neste caso, a velocidade média entre A e C não é dada pela média aritmética das velocidades entre AB e BC. Na verdade, a V mé uma média ponderada,

do integrar o indivíduo à sociedade e tor-nando-o participativo das suas múltiplas ma-nifestações culturais.

O curso na UEA

O Curso de Dança da Escola Superior deArtes e Turismo foi criado pela UEA para es-timular o potencial criativo e inovador dohomem amazônico, proporcionando alter-nativas de qualificação profissional quevisem contemplar os aspectos estéticos esociais da formação humana.No geral, os alunos de dança aprendem aidentificar e a explicar manifestações dadança presentes na cultura e na arte; esta-belecer relações entre a dança e as demaisformas artísticas, como o teatro, a música eo cinema; planejar e realizar atividades re-sultantes da pesquisa coreográfica ou artís-tica; articular elementos empíricos e concei-tuais, de acordo com o conhecimento ar-tístico e científico dos processos em dança,além de conhecer a política cultural e edu-cacional.O profissional formado em dança poderáatuar como intérprete em coreografias cri-adas por outros profissionais; como co-reógrafo, na pesquisa e na montagem demovimentos para espetáculos de dança;como professor de dança em academias eescolas de ensino médio e fundamental ouem programas de centros culturais, e aindacomo preparador corporal, para atores dediversas mídias.Na UEA, o curso disponibiliza um total de30 vagas por semestre, distribuídas da se-guinte forma: 15 para Bacharelado e 15 pa-ra Licenciatura. Para ingressar na UEA co-mo aluno de Dança, o aluno deverá seraprovado no vestibular e, ainda, prestaruma prova específica (teórica e prática) decaráter classificatório.Assim, pretende-se que o Bacharel egressodo curso de dança da UEA apresente, alémdos conhecimentos e das habilidades téc-

nicas e teóricas fundamentais ao seuexercício profissional, características que ex-ternem o seu compromisso social, em-basados na ética e excelência estética, cons-truídos a partir de uma visão crítica dadança, privilegiando temas e formas queressaltam a cultura brasileira e amazônica,sem perder o foco das tendências globais. Para o licenciado egresso do Curso deDança da UEA espera-se alcançar um perfilque privilegie as características que levamao despertar da sensibilidade e da cidada-nia, tendo a sala de aula como espaço pri-oritário de atuação e multiplicação de suasações, especificamente direcionados paraatuar no Ensino Fundamental (na EducaçãoInfantil e do 1.o ao 9.o anos) e no EnsinoMédio, além do ensino informal (estúdios,centros de cultura, empresas, etc.) e nasescolas técnicas (formação de amadorese/ou novos profissionais), tendo a investi-gação/pesquisa voltadas para a relação dan-ça-arte-educação como base para o plane-jamento e o desenvolvimento de ações pe-dagógicas.Como suporte pedagógico, o curso incen-tiva a participação de professores e alunosem encontros de intercâmbio, cursos volta-dos para a comunidade em geral, palestras,encontros regionais e workshops. Dessaforma, o curso de dança vem atender às ne-cessidades dos profissionais cuja formaçãoocorria predominantemente de modo empí-rico, sem o respaldo de uma fundamenta-ção teórica que auxiliasse no apuro da sen-sibilidade estética, da acuidade observa-cional, da disciplina analítica e do exercíciointerpretativo, ferramentas indispensáveispara uma cidadania crítica e criativa, capazde auxiliar no processo de crescimento,tanto no campo individual quanto social,oferecendo questionamentos e soluçõescriativas para a cultura em que vive.

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ÍndiceFÍSICAFisíca ........................................ Pág. 03(aula 13)

GEOGRAFIAA Transição Demográfica ......... Pág. 05(aula 14)

BIOLOGIACitologia I ................................. Pág. 07(aula 15)

PORTUGUÊSPerscrutando o Texto ............... Pág. 09(aula 16)

QUÍMICAEstrutura Atômica ..................... Pág. 11(aula 17)

GEOGRAFIAA Evolução do Capitalismo ...... Pág. 13(aula 18)

Referência bibliográfica ......... Pág. 15

A o lado do teatro e da música, a dan-ça é uma das três principais artescênicas da Antigüidade. Seja como

manifestação artística, seja como divertimen-to, representa um imenso e variado campode atuação profissional.A profissão é regulamentada pela Lei Fe-deral 6.533, de 24/05/1978 e pelo DecretoFederal n.o 82.385, de 05/10/1978. Em acor-do com o artigo 3.o da Resolução n.o 03 de08 de março de 2004, das Diretrizes Cur-riculares Nacionais, o perfil desejado para oformando do Curso de Graduação em Dan-ça abrange a capacitação para a apropria-ção do pensamento reflexivo e da sensibi-lidade artística, comprometida com a pro-dução coreográfica, com o espetáculo dedança, e com a reprodução do conheci-mento e das habilidades, revelando sen-sibilidade estética e cinesiologia, inclusivecomo elemento de valorização humana, daauto-estima e da expressão corporal, visan-

Dança

Guia de Profissões

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Conceitos básicos e movimento uniforme

Do grego physiké, a palavra designa a ciênciadas coisas naturais, cujo objetivo é estudar asleis que regem os fenômenos da natureza,observando as propriedades da matéria, daenergia, do espaço e do tempo.

MECÂNICA

Iniciaremos nosso estudo pela Mecânica – quese subdivide em: Cinemática, Dinâmica,Estática, Gravitação e Hidrostática –, já que,no Ensino Médio, a Física é didaticamentedividida em segmentos para facilitar os estudos.Mas, sempre que for necessário, relacionaremostemas de outros segmentos para explicar umfenômeno de modo mais amplo.Iniciaremos pelo estudo dos movimentos doscorpos, relacionando as três grandezas funda-mentais: comprimento, tempo e massa.

CINEMÁTICA ESCALAR

Neste começo de estudo, analisaremos as gran-dezas físicas restringindo-nos ao seu valor numé-rico e à sua unidade de medida: estaremos nosdomínios da Cinemática Escalar. Quandotambém forem considerados a direção, o sentidoe a intensidade de uma grandeza, entra-se nocampo da Cinemática Vetorial, o que sóocorrerá um pouco mais à frente.

CONCEITOS BÁSICOS

a)Grandeza Física – Algo que pode ser objeti-vamente medido, ou seja, comparado a umpadrão.

b)Unidade – Quantidade arbitrária usada paracomparar grandezas de mesma espécie. Asunidades de medida adotadas no Brasil sãoas do Sistema Internacional de Unidades(SI). Veja a coluna ANOTA AÍ!

c) Ponto Material – Todo corpo possui dimensões,mas, às vezes, elas não são consideradas porserem muito pequenas em relação às distânciasenvolvidas em certos problemas. Um corpo, emtais circunstâncias, é definido como um pontomaterial (a Terra em relação ao Sol; uma canoanavegando no rio Negro; o “Vivaldão” emrelação à cidade). Qualquer corpo pode serconsiderado um ponto material, dependendo dacomparação que se faça. Quando as dimen-sões do corpo não puderem ser desprezadas,ele será considerado corpo extenso.

d)Trajetória – Conjunto das posições ocupadaspelo móvel. As marcas deixadas por umatartaruga, por exemplo, na areia da praiarepresentam a trajetória do movimento.

e)Referencial – Qualquer sistema físico (outrocorpo) que sirva de referência para balizar osestados cinemáticos de movimento e repouso.

f) Movimento – Fenômeno no qual um móvelmuda de posição, ao longo do tempo, emrelação a um referencial.

g)Repouso – Fenômeno em que um móvelmantém sua posição em relação a umreferencial.

Importante – Movimento e repouso sãoconceitos relativos, ou seja, dependem de umreferencial (um carro em viagem numa estradaestá em movimento em relação à pista, mas emrepouso em relação ao seu motorista). Do pontode vista físico, são impossíveis repousoabsoluto e movimento absoluto (não é possívelaceitar que um carro, estando em movimento emrelação à pista, esteja em movimento em relaçãoa quaisquer referenciais).

VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

Fornece uma informação global do movimento,relacionando o espaço percorrido pelo móvel eo tempo que ele gastou no percurso:

∆SVm = –––––∆tAtenção: No cálculo da velocidade escalar média,∆t refere-se ao tempo global do movimento,incluindo os tempos em que o móvel eventual-mente esteve parado.

Aplicações01. A ponte projetada para ser construída sobre oRio Negro, ligando Manaus a Iranduba, deverá teraproximadamente 4km de extensão. Considereque um estudante de Iranduba, vindo assistir àsaulas na UEA, encontre um trânsito lento e per-corra os primeiros 3km da ponte com umavelocidade constante de 60km/h e gaste 3minpara atravessar o quilômetro restante. Supondoque na volta, com o trânsito mais livre, ele gaste3min para atravessar toda a ponte, calcule asvelocidades médias na vinda e na volta, em km/h.

Solução:Qual o tempo gasto para percorrer o primeiro

trecho da vinda?

∆S = 3km; v = 60km/h

∆S 3 Vm = ––––– ⇒ Vm = –––– ⇒ ∆t = 0,05h = 3min∆t ∆tConhecendo-se o tempo gasto para percorrer o

segundo trecho, podemos calcular a velocidade

média da vinda:

∆S = 3km + 1km = 4km

∆t = 0,05h + 0,05h = 0,1h

∆S 4 Vm = ––––– ⇒ Vm = –––– ⇒ Vm = 40Km/h∆t 0,1Qual a velocidade média da volta?

∆S = 4km; ∆t = 3min = 0,05h

∆S 4 Vm = ––––– ⇒ Vm = –––– ⇒ Vm = 80Km/h∆t 0,0502. Um automóvel deslocou-se de A até B,percorrendo 240km, com velocidade escalarmédia igual a 60km/h, e prosseguiu de B até C,percorrendo mais 240km, com velocidadeescalar média igual a 120km/h. Calcule avelocidade escalar média de A até C.Solução:

∆S ∆Svm = –––––– ∴ ∆t = ––––––∆t vm

240 ∆tAB = –––––– ∴ ∆tAB = 4h 60

240 ∆tBC = –––––– ∴ ∆tBC = 2h 120

∆S 480 VmAC

= –––––– ∴ VmAC= –––––– = 80km/h∆t 6

Cuidado: neste caso, a velocidade média entreA e C não é dada pela média aritmética das

velocidades entre AB e BC. Na verdade, a Vm é

uma média ponderada, tendo os intervalos de

tempo como pesos.

FísicaProfessor CARLOS Jennings

Aula 13

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SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES

É o conjunto oficial de unidades adotado em quase

todo o mundo. Nesse conjunto, existem algumas

unidades fundamentais que geram unidades

derivadas. A tabela a seguir mostra as unidades

fundamentais que nos interessam na preparação ao

vestibular:

Existem mais duas unidades suplementares para a

medida de ângulos:

As unidades derivadas são combinações de

unidades fundamentais. Veja alguns exemplos:

Unidade de área = m . m = m2

Unidade de volume = m . m . m = m3

Unidade de velocidade = m/s

Prefixos usados no SI

Exemplos:

0,000003s = 3 . 10-6 s = 3µs

9 000 000 000m = 9 . 109 m = 9Gm

105 000 000Hz = 105 . 106 Hz = 105MHz

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MOVIMENTO UNIFORME (MU)

PRINCIPAL CARACTERÍSTICAVelocidade escalar constante – Um móvelrealiza um movimento uniforme quando percorreespaços iguais em tempos iguais, ou seja,quando o espaço que ele percorre varia uniforme-mente ao longo do tempo. Isso só ocorre quandoa velocidade do móvel permanece constantedurante todo o trajeto.

CLASSIFICAÇÃO DO MU

Progressivo – O sentido do movimento coincidecom o sentido fixado como positivo para a trajetó-ria; a velocidade do móvel é positiva; os espaçosaumentam algebricamente em relação à origem.Retrógrado (ou regressivo) – O móvel andacontra a orientação da trajetória; a velocidade énegativa; os espaços diminuem algebricamenteem relação à origem.

EXPRESSÃO MATEMÁTICA DO MUFunção horária do espaçoComo a velocidade v é constante, vm = v. A

∆S expressão Vm = ––––– pode ser ∆t escrita como:

S – So S – Sov = ––––––––– ⇒ v = –––––––––t – to t

S – So = vt ⇒ S = So + vt

GRÁFICOS DO MU

a)A função horária do espaço, com So e vconstantes e v ≠ 0, é do primeiro grau em t.Assim, o gráfico S X t é um segmento de retainclinado em relação aos eixos.

b)Como a velocidade escalar é constante, ográfico v X t é um segmento de reta paraleloao eixo dos tempos.

MU progressivo: v > 0

MU retrógrado: v < 0

Aplicações03. A figura a seguir mostra duas “voadeiras”, A eB, consideradas pontos materiais, em movimentouniforme, com velocidades escalares de módulosrespectivamente iguais a 5m/s e 3m/s. A situaçãorepresentada na figura corresponde ao instantet = 0. Determine o instante e a posição em que Ae B se encontram.Solução:Funções horárias dos móveis:

S = So + vt

SA = 20 + 5t

SB = 90 + 3t

No instante do encontro:

SA = SB (mesma posição)

20 + 5t = 90 + 3t

5t - 3t = 90 – 20

2t = 70 ⇒ t = 35s

Posição do encontro (utilize qualquer uma das

funções):

SA = 20 + 5t

SA = 20 + 5.35 ⇒ SA = 195m

04. Certa vez, em Maués, por ocasião do aniver-sário da cidade, presenciei uma competição deremo em que as canoas percorriam um percursoretilíneo demarcado por bóias no rio. Supondoque naquela ocasião eu quisesse calcular otempo gasto por uma canoa de 6m de compri-mento, conduzida por dois remadores, viajandoa 4m/s, para atravessar completamente umtrecho de 10m de comprimento, demarcado porduas bóias consecutivas, que valor teria obtido?

Solução:

S = So + vt ⇒ S – So = vt

∆S = vt

Como a canoa é um corpo extenso,

∆S = 6m + 10m:

6m + 10m = 4.t

16 = 4t ⇒ t = 4s

05. O movimento uniforme de uma partícula temsua função horária representada no diagrama.Determine a função horária dos espaços paraesse movimento.

Solução:Retire do gráfico os valores do espaço em dois

instantes quaisquer:

Em t1 = 2s ⇒ S1 = 0;

Em t2 = 4s ⇒ S2 = 10m.

A função horária do espaço num MU é:

S = So +vt

S = –10 + 5t

Exercício

01. (UEA – 2002) Em uma das excursões àLua, os astronautas americanosinstalaram, em solo lunar, um espelhoplano voltado para a Terra. Os cientistasenviaram um raio laser, cuja velocidadede propagação é 3,0.108m/s, que serefletiu nesse espelho e voltou à Terra.Considerando que a distância Terra-Luaé 400.000km, o tempo total de ida evolta do laser foi, aproximadamente:

a) 1,3s b) 1,8s c) 2,6s

d) 3,2s e) 4,7s

01. (UEA – 2005) Na figura, uma vista aérea departe de um campo de futebol, mostrandoo gol e a marca do pênalti com asdistâncias aproximadas.

Um jogador bate a penalidade máximacomunicando à bola uma velocidadepraticamente constante de 90km/h até elaentrar no cantinho esquerdo do gol. Qual,aproximadamente, o tempo dedeslocamento da bola durante seumovimento?a) 0,1s b) 0,2s c) 0,3sd) 0,4s e) 0,5s

02. (UEA – Aprovar 1 – Simuladão) Umaunidade denominada nó, que corresponde a1,8km/h, é muito utilizada em navegação.Um barco regional, desenvolvendovelocidade constante de 10 nós, em umtrecho retilíneo do rio Negro, percorre em2,5 horas:

a) 18km b) 25km c) 35kmd) 45km e) 90km

03. (CESGRANRIO-RJ) Uma linha de ônibusurbano tem um trajeto de 25km. Se umônibus percorre esse trajeto em 85min, suavelocidade média é de aproximadamente:

a) 3,4km/h b) 50km/h c) 18km/hd) 110km/h e) 60km/h

04. (FATEC-SP) Um veículo percorre 100m deuma trajetória retilínea com velocidadeconstante de 25m/s e os 300m seguintescom velocidade constante de 50m/s. avelocidade média durante o trajeto todo é:

a) 37,5m/s b) 40m/s c) 53,3m/sd) 75m/s e) 80m/s

05. Dois barcos, animados de velocidadesconstantes de 30km/h e 40km/h, partemde um mesmo ponto, no mesmo instante.Sabendo-se que suas trajetórias sãoperpendiculares entre si, após uma hora, adistância entre eles será de:

a) 10km b) 20km c) 30kmd) 50km e) 70km

06. Um móvel percorre um segmento de retaAC, passando por B. Sabendo-se que AB ≠BC, e que t1 e t2 são os tempos gastosnos percursos AB e BC, é verdadeira arelação:

a) AB/BC = t2/t1 b) AB/BC = (t2/t1)2c) AC = AB/t1 + BC/t2 d) AC = (AB + BC).t1t2e) AB/t1 = BC/t2

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A transição demográfica

Nas décadas de 1950 e 1960, a maior parte dospaíses subdesenvolvidos registrou taxas elevadasde incremento populacional. No mundo inteiro, aexpressão “explosão demográfica” passou a fazerparte do vocabulário corrente dos especialistas eda opinião pública. No Brasil, as taxas de cresci-mento populacional batiam recordes históricos,projetando a duplicação da população a cada 25anos. Muitos analistas acreditavam estar diante deuma verdadeira bomba demográfica

Mortalidade e expectativa de vida

O saneamento da periferia das grandes cidades,principalmente a construção de sistemas deabastecimento de água, a expansão da redepública e conveniada de hospitais e outrosserviços públicos de saúde contribuíram para aqueda das taxas de mortalidade no Brasil: em1940, registravam-se 20,6 óbitos anuais paracada mil habitantes do país; em 2002, a mortali-dade era de aproximadamente 6,3%, menor doque na maioria dos países desenvolvidos.Isso não significa que as condições de saúde dapopulação brasileira sejam melhores que as dospaíses desenvolvidos. É provável, até, que astaxas de mortalidade voltem a subir no Brasil,mesmo se as condições de saúde e de sanea-mento do país apresentarem melhora significa-tiva e se a mortalidade infantil continuar caindo.A taxa de mortalidade infantil vem sendo siste-maticamente reduzida no Brasil nos últimosdecênios: 115% em 1970; 82% em 1980; 41%em 1990 e 27,8% em 2002. Porém ela continuabastante elevada em relação aos padrõesmundiais: no conjunto dos países desenvolvidos,a cada mil crianças que nascem, apenas 9morrem antes de completar um ano.

Natalidade em declínio

Entre 1940 e 1970, enquanto as taxas de morta-lidade declinavam, as taxas de natalidade perma-neciam em patamares bastante elevados. Comovimos, a maior parte da população vivia na zonarural, em pequenas propriedades familiares. Ascrianças participavam desde cedo dos trabalhosna lavoura. Uma família numerosa dispunha demais trabalhadores e, portanto, podia produzirmais.O resultado da discrepância crescente entre amortalidade e a natalidade foi o aumento dastaxas de crescimento vegetativo da populaçãobrasileira. Em 1940, a população total do paísera de 41,2 milhões; em 1970, de 93,1 milhões –um crescimento de cerca de 130% em apenastrinta anos.

A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO

A estrutura etária da população é, de modogeral, retratada por meio de gráficos em formade pirâmides. Na ordenada, são colocados osgrupos de idade; na abscissa, o contingentepopulacional (em números absolutos oupercentuais) é enquadrado em cada um dosgrupos de idade.A forma da pirâmide etária de um país éconstantemente associada ao seu grau dedesenvolvimento. As pirâmides etáriasreferentes a países subdesenvolvidos costumamapresentar base larga (resultado das altas taxasde natalidade) e topo estreito (conseqüência dabaixa expectativa de vida da população).Em 1970, a pirâmide etária brasileira exibiaforma típica de um país subdesenvolvido. Os jo-vens (0-19 anos) constituíam 41,9% dapopulação. No ano 2000, porém, a base havia-se estreitado e o topo se alargado (fig. 1).

Pirâmide etária da população (em 1970 e 2000)

Figura 01. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003.

As modificações da estrutura etária confirmamas mudanças no comportamento reprodutivo dapopulação brasileira que acabamos de estudare revelam uma tendência demográfica para aspróximas décadas: o Brasil terá deixadodefinitivamente de ser um país jovem em 2025.Em breve, quando a transição demográfica dospaíses subdesenvolvidos tiver terminado, aspirâmides etárias de base estreita deixarão deser privilégio dos países ricos (fig. 2).Pirâmide etária da população (Projeção para2025)

Figura 02. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Umaanálise dos resultados da sinopse preliminar do sensodemográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001.

A transição demográfica completa-se em ritmosdesiguais entre as populações urbana e rural. Adiminuição da natalidade é menor no campo quena cidade. Assim, a pirâmide etária da popu-lação rural brasileira revela uma significativapreponderância de crianças e jovens, enquantoa pirâmide etária da população urbana já mostraos resultados da queda da fecundidade (fig. 3). Pirâmide etária da população rural e urbana

Figura 03. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003.

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01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feitacom todas as cores. A riquíssimafotografia étnica vem sendo reveladano decorrer do processo históricoque formou nosso povo. Quanto àcomposição étnica da populaçãobrasileira, pode-se afirmar:

I. Em números absolutos houveuma diminuição da populaçãoindígena, desde o descobrimentoaté hoje, provocada pela morteem conflitos e pelas epidemias.

II. Os brancos que compõem apopulação brasileira possuem,em sua maioria, origem européia;nesse conjunto, italianos e ale-mães formam os grupos maisnumerosos na formação étnica doBrasil.

III. A população brasileira passa porum processo de"embranquecimento" motivadopelos cruzamentos entre brancose outras etnias, diminuindoprogressivamente o número denegros e mestiços.

Está(ão) correta(s):

a) apenas I;b) apenas II; c) apenas III;e) apenas I e III.d) apenas I e II;

02. (UFSM–RS) Sobre o contingente dapopulação indígena brasileira a partirdo século XX, pode-se afirmar que:

I. se verifica uma tendência deaumento desse contingente,principalmente em função dadelimitação de reservasindígenas;

II. essa população, hoje muitoreduzida (menos de 0,5%), estáconcentrada, principalmente, nasregiões Norte e Centro-Oeste;

III. a superfície total das terrasindígenas equivale a umpercentual pouco significativo daárea do Brasil;

IV. Ocorre um etnocídio no modo devida, nos hábitos, nas crenças, nalíngua, na tecnologia e noscostumes.

Estão corretas:

a) apenas I e II.b) apenas II e III. c) apenas I e IV. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV.

Aula 14

GeografiaProfessor Paulo BRITO

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As diferenças regionais também são marcantes:enquanto nos estados das regiões Sul, Sudestee Centro-Oeste a taxa de fecundidade situa-seentre 1,9 e 2,2 filhos por mulher, nas regiõesNorte e Nordeste, marcadas pela disseminaçãoda pobreza rural, essa taxa varia entre 2,4 e 3,3filhos por mulher.

OS INVESTIMENTOS DEMOGRÁFICOS

A estrutura etária da população tem reflexosimportantes na economia de um país. Umagrande porcentagem de crianças e jovens napopulação total gera uma grande demanda porinvestimentos estatais em educação e emprogramas de saúde voltados para a populaçãoinfantil. No extremo oposto, a existência de umnúmero relativamente alto de idosos napopulação também gera demandas financeirasao Estado, principalmente em aposentadorias eprogramas específicos de saúde e assistênciasocial.Como vimos, a estrutura etária da populaçãobrasileira está em rápida mutação. Em 1980, 38%da população brasileira tinha entre 0 e 14 anosde idade; em 2000, esse percentual já havia de-caído para 29% e, de acordo com as projeçõesdo IBGE, em 2020 as crianças e os jovensmenores de 14 anos serão apenas 23% da po-pulação do país. Em paralelo, a participaçãorelativa dos idosos na população total vemaumentando significativamente: em 1980, aspessoas com mais de 60 anos de idaderepresentavam apenas 6% da populaçãobrasileira, em 2000 já eram 7,1% e, em 2020,serão 13% (fig. 4).Mudanças na estrutura etária da população

Figura 04. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Umaanálise dos resultados da sinopse preliminar do sensodemográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001.

De acordo com as estatísticas oficiais, 97% dapopulação entre 7 e 14 anos freqüentavam aescola em 2002. Como a população nessa faixaetária tende a diminuir em termos relativos e apermanecer estável em termos absolutos, nãoserá necessário ampliar o número de vagas jáexistentes nas escolas de ensino fundamentaldo país. Agora, o problema reside na melhoriada universalização do ensino médio e namelhoria da qualidade das escolas, em todos osníveis.

A POLÍTICA DEMOGRÁFICA

Historicamente, o estado brasileiro estimulou ocrescimento demográfico. A Constituição de 1934afirmava o dever do Estado de “socorrer asfamílias de prole numerosa”; a Constituição de1937 assegurava às famílias numerosas compen-sações na proporção de seus encargos”. Em1941, Getúlio Vargas assinava um decreto-leiobrigando solteiros e viúvos maiores de 25 anos,de ambos os sexos, a pagar um adicional de 10%sobre o imposto de renda, certamente inspiradopela política natalista italiana. O “amparo àsfamílias de prole numerosa” manteve-se comouma obrigação legal na Constituição de 1946, quegarantia um abono especial aos pais de mais deseis filhos.Nessa época, o governo acreditava que o altocrescimento vegetativo era um fator de progresso.Começavam o desenvolvimento industrial e aurbanização, e acreditava-se que a alta natalidadegeraria um fluxo contínuo de mão-de-obraabundante e barata. Com a “marcha para oOeste”, a ocupação dos vazios demográficosinteriores constituía um objetivo nacional deordem geopolítica.

A política demográfica dos governos militarespós-1964 foi marcada por atos contraditórios. AConstituição de 1967 instituiu o salário-família:um adicional de 5% no salário dos pais paracada filho menor; já o presidente Médicicostumava-se referir ao peso dos grandesinvestimentos demográficos a que o país seobrigava em razão do alto incremento vegetativoda população. Nenhuma política estatal decontrole da natalidade foi adotada, mas oEstado apoiava os programas de redução danatalidade patrocinados por entidades civis.A Sociedade Brasileira de Bem-Estar Familiar(Bemfam), fundada em 1965, é a mais importantedessas entidades. Ela é uma espécie de matrizbrasileira da Federação Internacional de Planeja-mento Familiar (IPPF), um organismo destinado apromover programas de controle da natalidadeem todo o mundo subdesenvolvido. Asfundações Ford e Rockefeller, a United StatesAgency for International Development (Usaid),ligada ao Departamento de Estado dos EUA, e oBanco Mundial são os principais agentesfinanciadores da IPPF.A distribuição de pílulas anticoncepcionais, aesterilização em massa de mulheres em idadereprodutiva (muitas vezes sem o consentimentodelas) e a introdução de dispositivos intra-uterinos (DIUs) fazem parte do programa dessasentidades no Brasil. Laboratórios farmacêuticos,interessados em popularizar o uso de métodosanticoncepcionais, oferecem a elas polpudosdonativos. Em muitos casos, os métodos sãoaplicados sem o acompanhamento médiconecessário, acarretando graves problemas desaúde às mulheres que participam do programa.A contraditória política demográfica dos governosmilitares revela a existência de interesses diver-gentes no aparelho de Estado, fruto dasdiferenças de opiniões entre forças poderosas nasociedade. A aliança dos militares com o capitalmultinacional explica o incentivo aos programasde redução da natalidade promovidos porentidades civis (subsidiadas por organismosinternacionais). Assumir uma posição oficialantinatalista e difundir, por meio do sistemapúblico de saúde, métodos anticoncepcionaistais como a pílula e o DIU significava romper comos dogmas da Igreja Católica. A Constituição de 1988, em vigor, refere-se aoplanejamento familiar (determinação do númerode filhos por casal) como “uma livre decisão dopróprio casal”. Entretanto determina que“compete ao Estado propiciar recursoseducacionais e científicos para o exercício dessedireito de livre decisão sobre o planejamentofamiliar”. Pelo menos na letra da lei, o Brasiladotou o caminho correto: a família tem o direitode decidir, mas o Estado tem o dever defornecer os meios necessários para que essedireito seja exercido.

Exercício

01. (UFV–MG) Em 2003, o governobrasileiro propôs mudanças nosistema da Previdência Social queculminaram numa ampliação do tempode contribuição do trabalhadorbrasileiro para a Previdência Social. Assinale a mudança na dinâmicapopulacional brasileira que foi utilizadacomo argumento pelo governo parajustificar o aumento do tempo decontribuição do trabalhador.a) Crescimento da população jovem.b) Crescimento da população infantil.c) Aumento na expectativa de vida.d) Queda das taxas de fecundidade.e) Diminuição da taxa de crescimento

01. (UFES) É correto afimar que “transiçãodemográfica” refere-se ao período de:a) alto crescimento natural, devido à

elevação das taxas de natalidade e demortalidade;

b) baixo crescimento natural, situado entredois períodos de grande crescimentodemográfico;

c) baixo crescimento populacional, devido abaixas taxas de natalidade e demortalidade;

d) elevado crescimento demográfico, devidoà alta das taxas de natalidade e demortalidade;

e) elevado crescimento natural, situadoentre dois estágios de pequenocrescimento demográfico.

02. (Enem) O quadro a seguir mostra ataxa de crescimento natural dapopulação brasileira no século XX.

Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil.

Analisando os dados, podemoscaracterizar o período entre:a) 1920 e 1960, como de crescimento do

planejamento familiar; b) 1950 e 1970, como de nítida explosão

demográfica;c) 1960 e 1980, como de crescimento da

taxa de fertilidade;d) 1970 e 1990, como de decréscimo da

densidade demográfica;e) 1980 e 2000, como de estabilização do

crescimento demográfico.

03. (Enem) Ao longo do século XX, ascaracterísticas da população brasileiramudaram muito. Dentre os fatores quecontribuiram para essa mudançadestacam-se:a) o aumento relativo da população rural é

acompanhado pela redução da taxa defecundidade;

b) quando predominava a população rural,as mulheres tinham em média três vezesmenos filhos do que hoje;

c) a diminuição relativa da população ruralcoincide com o aumento do número defilhos por mulher;

d) quanto mais aumenta o número depessoas morando em cidades, maiorpassa a ser a taxa de fecundidade;

e) com a intensificação do processo deurbanização, o número de filhos pormulher tende a ser menor.

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Citologia IÁCIDOS NUCLÉICOSOs ácidos nucléicos, originados do núcleo (daí onome nucléicos), são polímeros orgânicos forma-dos por unidades denominadas nucleotídeos.

Os nucleotídeosSão unidades compostas por moléculas defosfato, açúcar e base nitrogenada.O fosfato (H3PO4) está presente no DNA e noRNA e serve para unir os açúcares de doisnucleotídeos.O açúcar é um monossacarídeo formado porcinco átomos de carbono – pentose – e dáestrutura ao nucleotídeo. Pode ser umadesoxirribose (C5H10O4) ou uma ribose(C5H10O5). A desoxirribose está presenteapenas no DNA, e a ribose apenas no RNA.

Desoxirribose Ribose

As bases nitrogenadas identificam o nucleotídeoe classificam-se em dois grupos:• Bases púricas – Adenina (A) e guanina (G).• Bases pirimídicas – Citosina (C), timina (T),

uracila (U).

Nucleotídeo é o complexo formado por ácidofosfórico (fosfato), açúcar e base nitrogenada.Se desconsiderarmos a presença do fosfato, aunião entre o açúcar e a base nitrogenadacorresponde a um nuceosídeo. Ex.: adenosina(adenina + ribose)Ácido desoxirribonucléico: DNAO DNA é um polinucleotídeo de cadeia dupla(forma de hélice), como uma escada em espiralcom vários nucleotídeos.

Esquema do DNA comsuas duas cadeiashelicoidais.

Os “corrimãos” seriam de desoxirribose e ácidofosfórico e os “degraus”, bases nitrogenadasunidas entre si por pontes de hidrogênio. Omodelo de escada helicoidal foi proposto peloscientistas James Watson e Francis Crick, em 1953

As bases nitrogenadas púricas são complemen-tares das pirimídicas ou vice-versa, no DNA sãoadenina com timina, citosina com guanina. Nãoesquecer que a timina é base exclusiva do DNA. Obs.: O número de pontes de hidrogênio deter-mina o tipo de bases que se completam.

REPLICAÇÃO (autoduplicação do DNA)

A replicação do DNA é semiconservativaporque cada nova molécula de DNA conservametade da dupla hélice original. Quando umalonga parte de DNA se replica, precisa partir-se,desenrolar-se, construir uma nova cadeianucleotídica e restabelecer-se. Um contingentede enzimas DNA-polimerase encarrega-se doprocesso.A capacidade de autoduplicação do DNA, QUEÉ EXCLUSIVA, também chamada replicação,confere aos seres vivos principalmente acapacidade de reproduzir-se.

Esquema da duplicação semiconservativa do DNA.

Ácido ribonucléico: RNA

O RNA é um polinucleotídeo de uma só cadeia.Ele não possui timina (T); no lugar dela, aparecea uracila (U).Origina-se do DNA em um processo conhecidocomo transcrição, por meio de uma enzimachamada RNA-polimerase. A RNA-polimerasetem a propriedade de identificar as bases nitro-genadas do DNA. Usando o DNA como molde,ao encontrar a adenina, ela a encaixa na uracila;ao encontrar a guanina, ela a encaixa na citosina(AU e GC ou, em sentido oposto, UA e CG)Tipos de RNA

Existem três tipos de RNA em uma célula:ribossômico (rRNA), transportador (tRNA) e omensageiro (mRNA).O rRNA faz parte da constituição do ribossomo.Na síntese protéica, o mRNA transporta ainformação do núcleo para o citoplasma, e otRNA transporta aminoácidos presentes nocitoplasma até os ribossomos.

Esquema dos tipos de RNA.

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01. (UFC) Assinale a alternativa que traz, naseqüência correta, os termos quepreenchem as lacunas do texto:“Os retrovírus, como o HIV, são partículasportadoras de RNA, que possuem acaracterística especial de ter a enzima...1... e cujo ...2... comanda a síntese de...3... . Este último, uma vez formado,passa a comandar a síntese de novasmoléculas de ...4..., que irão constituir omaterial genético de novos retrovírus”.a) 1-transcriptase reversa 2-DNA 3-RNA 4-RNA;b) 1-transcriptase reversa 2-RNA 3-DNA 4-RNA;c) 1-RNA polimerase 2-DNA 3-RNA 4-DNA;d) 1-DNA polimerase 2-DNA 3-RNA 4-RNA;e) 1-DNA ligase 2-RNA 3-DNA 4-RNA.

02. (Fuvest) Organelas citoplasmáticas quecontêm DNA:a) mitocôndria e ribossomo;b) mitocôndria e cloroplasto;c) nucléolo e cloroplasto;d) lisossomo e ribossomo;e) ribossomo e cromossomo.

03. (Fuvest) A hipótese de que os cloroplastose as mitocôndrias tenham surgido atravésde uma associação simbiótica de umeucarioto primitivo com, respectivamente,bactérias fotossintetizantes e bactériasaeróbicas, é reforçada pelo fato daquelasorganelas celulares:a) serem estruturas equivalentes, com grande

superfície interna;b) apresentarem DNA próprio;c) estarem envolvidas, respectivamente, na

produção e no consumo de oxigênio;d) apresentarem tilacóides e cristas como as

bactérias;e) serem encontradas tanto em organismos

superiores como em inferiores.

04. (PUC-RS-2005) A seqüência de nucleotí-deos ATGCACCT forma um segmento deDNA dupla hélice ao se ligar à fita com-plementara) AUGCACCU. b) UACGUGGA.c) TACGTGGA. d) TCCACGTA.e) ATGCACCT.

05. (Unesp) Erros podem ocorrer, embora embaixa freqüência, durante os processosde replicação, transcrição e tradução doDNA. Entretanto, as conseqüênciasdesses erros podem ser mais graves, porserem herdáveis, quando ocorrem:a) na transcrição, apenas;b) na replicação, apenas;c) na replicação e na transcrição, apenas;d) na transcrição e na tradução, apenas;e) em qualquer um dos três processos.

06. (Fuvest) Um gene de bactéria com 600pares de bases nitrogenadas produziráuma cadeia polipeptídica com número deaminoácidos aproximadamente igual aa) 200 b) 300 c) 600d) 1200 e) 1800

Aula 15

BiologiaProfessor JONAS Zaranza

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SÍNTESE DE PROTEÍNA

DNA e genesO cromossomo é um longo filamento de DNA emque cada segmento, um gene, indica umadeterminada proteína a ser sintetizada pela célula.O DNA é que controla a posição do aminoácidona molécula de proteína, isto é, cada proteína temseu endereço que corresponde à seqüência dosaminoácidos.

Códons

Códon é a seqüência de três nucleotídeos contidano DNA e no mRNA. Cada códon do DNA étranscrito no mRNA e indica um aminoácido namolécula de proteína. É uma espécie de senhapara que a célula, ao interpretá-lo, selecionedeterminado aminoácido no citoplasma e comecea sintetizar a proteína.Grupos de nucleotídeos diferentes podemidentificar um mesmo tipo de aminoácido. Veja:

O código genético

Existem vinte tipos de aminoácidos na natureza.Mas, com eles, podemos sintetizar cerca de 100mil proteínas diferentes nos seres humanos.Ora, isso não é novidade! Temos apenas 23letras no alfabeto e, com elas, não podemosfazer milhares de palavras diferentes? Apenas

com as letras C e A, veja quantas palavrasdiferentes podemos fazer:ALCA → CAMA → MACAOs aminoácidos podem ser repetidos na cadeiade proteína, como a letra C é repetida nas palavrasrepresentadas. Com vinte aminoácidos, podemoscompor milhares de proteínas diferentes.Como os nucleotídeos podem ser formados poradenina, guanina, citosina e uracila (A, G, C, U) ecada seqüência de três deles determina umaminoácido da proteína, então cada aminoácidopode se repetir várias vezes. (confirme na tabela)

A síntese protéica

O DNA comanda a fabricação de proteínas; parafazê-lo, ele constrói um RNA-mensageiro(mRNA) com as informações(códons) que darãoorigem à proteína. De posse da mensagem, omRNA vai até o citoplasma e, junto ao RNA-transportador (tRNA), nos ribossomos, sintetizaa proteína indicada pelo DNA. Vamos estudar ospassos da síntese protéica.

Primeiro passo: a transcrição

Para isso, pelo processo de transcrição, o DNAsintetiza um mRNA, transcrevendo nele essamensagem (ou código).Ex.: AAA-CUU-GAA-UGCLisina-leucina-Ácido glutâmico-cisteína

Esquema da transcrição

Segundo passo: a tradução

De posse dos códons adequados, o mRNA saido núcleo em direção ao citoplasma e vai até osribossomos.Lá, ele penetra entre uma e outra unidade decada ribossomo, como se fosse uma fita,mantendo as informações repassadas peloDNA. Esse processo é a tradução.No citoplasma, existem os RNA-transportadores,também originados do DNA. Cada tRNAtambém possui seqüências de trêsnucleotídeos, chamadas anticódon.Cada anticódon é responsável por selecionarum único aminoácido no citoplasma etransportá-lo até os ribossomos. Ali chegando, otRNA identifica os códons do mRNA e depositao aminoácido correspondente a eles.Aos ribossomos caberá aproximar essesaminoácidos, que se unem por ligaçõespeptídicas originando a proteína desejada.

01. (Unifesp-2004) Em abril de 2003, a finaliza-ção do Projeto Genoma Humano foi notici-ada por vários meios de comunicação comosendo a "decifração do código genéticohumano". A informação, da maneira comofoi veiculada, está:a) correta, porque agora se sabe toda a seqüên-

cia de nucleotídeos dos cromossomoshumanos;

b) correta, porque agora se sabe toda a seqüên-cia de genes dos cromossomos humanos;

c) errada, porque o código genético dizrespeito à correspondência entre os códonsdo DNA e os aminoácidos nas proteínas;

d) errada, porque o Projeto decifrou os genesdos cromossomos humanos, não asproteínas que eles codificam;

e) errada, porque não é possível decifrar todo ocódigo genético, existem regiões cromos-sômicas com alta taxa de mutação.

02. (FGV-96) Depois da descoberta da estru-tura da molécula do Ácido Desoxirri-bonucléico (DNA ou ADN), novos métodosde diagnóstico foram desenvolvidos eutilizados para inúmeros fins (identificaçãode microrganismos patogênicos, testes depaternidade, mapa genético, medicinaforense, entre outros)Assinale a afirmação correta.a) A molécula de DNA é constituída por uma

fita única e por vários nucleotídeos que têma transcrição como principal função.

b) A molécula de DNA nas bactérias se encontrana carioteca da célula.

c) A molécula de DNA não é capaz de produzira molécula de RNA.

d) A molécula de DNA tem função de duplicaçãoe é constituída por uma fita dupla, sendo quecada filamento é composto por vários nucleo-tídeos.

e) A molécula de DNA, nos organismos euca-riontes, não se encontra no núcleo da célula.

03. (Fatec) A tabela a seguir relaciona trincasde bases do DNA aos aminoácidoscorrespondentes.

Assinale a alternativa que apresenta apossível seqüência de códons para aformação do seguinte tetrapeptídeo: GLU – GLI – FEN – LEUa) GUU - GGU - UUU - CUC;b) GAA - GGC - TTT - CTC;c) CTT - CCG - AAA - AAC;d) GAA - GGA - UUU - CUC;e) GUU - GGC - UUU - UUG.

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A Dona Ângela

Gregório de Matos

Anjo no nome, Angélica na cara.Isso é ser flor e anjo juntamente.Ser Angélica flor e anjo florente,Em quem senão em vós se uniformara?

Quem vira uma tal flor, que não a cortara,Do verde pé, da rama, florescente;E quem um Anjo vira tão luzenteQue por seu Deus o não idolatrara?

Se pois como Anjo sois dos meus altares,Fôreis o meu custódio, e a minha guarda,Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.

Perscrutando o texto

01. Sobre o poema em questão, assinale aafirmativa incorreta.

a) Predominam, no poema, os versos de-cassílabos.

b) Entre cara e uniformara ocorre rima ri-ca.

c) O demonstrativo usado no segundoverso faz referência ao que o poeta vaiexpor depois.

d) No terceiro verso, pode-se trocar floren-te por florescente sem prejuízo se-mântico.

e) Na primeira estrofe, pode-se notar metá-fora e antítese.

02. Do texto em questão é incoerente de-duzir:

a) Na mesma mulher, havia traços de anjoe de flor.

b) Comparando a mulher a anjo e a flor, opoeta analisa-a em dois planos: espiritu-al e material.

c) O fato de ter aparência de flor incita opoeta a querer tocá-la.

d) A aparência de anjo é, para o poeta,uma tentação.

e) Na condição de anjo, a mulher conse-gue livrar o poeta de grandes infortú-nios.

03. Assinale a alternativa em que a justifi-cativa de acentuação gráfica é incoe-rente.

a) Angélica: acentuada por ser palavra pro-paroxítona.

b) flor: sem acento gráfico por ser monos-sílabo tônico terminado em “r”.

c) vós: com acento gráfico por ser monos-sílabo tônico terminado em “os”.

d) custódio: com acento gráfico por ser pa-roxítona terminada em ditongo.

e) fôreis: acentuada por ser palavra propa-roxítona.

04. Sobre a construção “Sois anjo que metenta e não me guarda”, escolha a al-ternativa incorreta.

a) Trata-se de um período composto, con-tendo três orações.

b) A partícula que tem valor de pronomerelativo.

c) A oração “que me tenta” é subordinadaadjetiva.

d) Os monossílabos que e não têm poderde atração sobre o pronome átono me.

e) O pronome me tem valor de comple-mento indireto.

05. Opte pelo item em que a análise foné-tica é incoerente.

a) anjo: contém dígrafo.b) juntamente: contém dois dígrafos.c) quem: contém dígrafo e ditongo decres-

cente nasal.d) florescente: contém dois encontros

consonantais e um dígrafo;e) diabólicos: contém hiato.

06. Assinale a alternativa incorreta sobreos vocábulos seguintes.

a) pois: contém hiato.b) florente: contém um encontro conso-

nantal e um dígrafo.c) custódio: significa, no poema, proteção.d) fôreis: forma do verbo ser, segunda

pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito.

e) galharda: significa, no poema, elegante.

07. Observe a estrofe seguinte:

Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.

O complemento do verbo ver:

a) é a expressão “que por bela e por ga-lharda”;

b) é a oração “que sois anjo”;c) não existe: trata-se de verbo intransitivo;d) é a partícula que;e) é o substantivo anjo.

08. Observe a estrofe seguinte:

Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.

A expressão “por bela e por galharda”indica

a) tempo;b) condição;c) causa;d) finalidade;e) concessão.

09. Opte pela frase com erro de coloca-ção pronominal.

a) Vendo uma flor tão bela, quem não acortaria?

b) Vendo uma flor tão bela, quem a nãocortaria?

c) Você é um anjo que me tenta e não meprotege.

d) Vendo um anjo tão luzente, quem o nãotomaria por Deus?

e) Um anjo tão luzente, eu adoraria-o parasempre.

10. Tomando por base a estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:

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1. Animismo – Figura que consiste ematribuir a seres inanimados vidaprópria; o mesmo que prosopopéia.Exemplo – Veja o uso de animismo emuma estrofe de Juca Mulato (1917), poemade Menotti del Picchia:

“Por isso, quando as lianas em lascívias florais cercam de abraços

[o tronco hirsuto e grosso,têm, no amplexo mortal, crueldades

[humanas.Há no erótico ardor de enlaçá-lo, abraçá-lo,a assassina violência de dois braçoscrispados num pescoçoatenazando-o para estrangulá-lo!”

2. Alegoria – Seqüência de metáforasque significam uma coisa nas palavrase outra no sentido.Exemplo:

A mulher jovem é um colírio para os olhos,uma atração para o corpo, uma doença pa-ra a mente.

3. Apóstrofe – Figura que consiste em oescritor dirigir-se a algo ou a alguém,real ou fictício. O mesmo que vocativo.Exemplo – Veja exemplo de apóstrofe e naseguinte estrofe de Juca Mulato (1917), deMenotti del Picchia:

“Os céus não vêem tua mágoa,nem estas ela adivinha...Veio dágua, veio dágua,Tua sorte é igual à minha.”

Note que a expressão “veio d’água” (tercei-ro e quarto versos) representa o chama-mento do “eu” poético.

4. Elipse – Figura que consiste na omis-são de um termo da oração, às vezesda oração inteira, quando facilmentesubentendidos.Exemplo – Veja exemplo de elipse na se-guinte estrofe de Juca Mulato (1917), deMenotti del Picchia:

“Os céus não vêem tua mágoa,nem estas ela adivinha...Veio dágua, veio dágua,Tua sorte é igual à minha.”

Note que, no último verso, subentende-se apalavra “sorte” depois do possessivo“minha”.

5. Eufemismo – Ato de suavizar uma pa-lavra ou expressão considerada gros-seira, substituindo-a por outra maisagradável, mais polida.Exemplo – Veja exemplo de eufemismoretirado de um texto de Machado de Assis:

“Cansado e aborrecido, entendi que nãopodia achar a felicidade em partenenhuma; fui além: acreditei que ela nãoexistia na terra, e preparei-me desde ontempara o grande mergulho na eternidade.”

Aula 16

PortuguêsProfessor João BATISTA Gomes

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Anjo no nome, Angélica na cara.Isso é ser flor e anjo juntamente.Ser Angélica flor e anjo florente,Em quem, senão em vós se uniformara?

a) juntamente: advérbio.b) Angélica (verso 3): substantivo.c) florente (verso 3): adjetivo.d) senão: preposição.e) no: fusão de preposição + artigo defini-

do.

11. Tomando por base a estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:

Quem vira uma tal flor, que não a cortara,Do verde pé, da rama florescente;E quem um Anjo vira tão luzenteQue por seu Deus o não idolatrara?

a) tal: pronome.b) a (verso 1): preposição.c) tão (verso 3): advérbio.d) luzente: adjetivo.e) o: pronome pessoal oblíquo átono.

12. Tomando por base estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:

Se pois como Anjo sois dos meus altares,Fôreis o meu custódio, e a minha guarda,Livrara eu de diabólicos azares

a) meus: pronome possessivo.b) se: conjunção.c) diabólicos: adjetivo.d) guarda: verbo.e) azares: substantivo.

13. Tomando por base estrofe seguinte,opte pelo item com erro de análisemorfológica:

Mas vejo que por bela e por galharda,Posto que os anjos nunca dão pesares,Sois anjo que me tenta e não me guarda.

a) mas: conjunção subordinativa adversa-tiva.

b) que (verso 1): conjunção integrante.c) por: preposição.d) que (verso 3): pronome relativo.e) me: pronome pessoal oblíquo átono.

Amostra poética

A JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR

Gregório de Matos

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,Da vossa alta clemência me despido;Porque quanto mais tenho delinqüido,Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto pecado,A abrandar-vos sobeja um só gemido:Que a mesma culpa que vos há ofendido,Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida e já cobradaGlória tal e prazer tão repentinoVos deu, como afirmais na sacra história,

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,Perder na vossa ovelha a vossa glória.

DIFICULDADES DA LÍNGUA

1. FIM e FINAL

a) Fim – Usa-se em oposição a início.Veja exemplos:

1. Tudo na vida tem um fim.Tudo na vida tem um início.

2. Trabalhava rápido: queria chegar ao fim da tarefa. Queria chegar ao início da tarefa.

3. Tenham todos um bom fim de semana. Tenham todos um bom início de semana.

b) Final – Usa-se em oposição a ini-cial. Veja exemplos:

1. Não podemos assistir à partida final.Não podemos assistir à partida inicial.

2. O casal de heróis morreu no capítulo final.O casal de heróis morreu no capítulo inicial.

2. SUBSTANTIVOS MASCULINOS

Muitos substantivos de nossa línguacausam dúvida quanto ao gênero. Aseguir, uma lista de palavras para asquais se recomenda o gênero mascu-lino.

O ágape

O alude (avalancha)

O anátema

O aneurisma

O antílope

O apêndice

O apostema

O axioma

O caudal (torrente impetuosa; cachoeira)

O champanha

O clã

O dó

O matiz

O cataclismo

O clarinete

O diabetes

O plasma

O diagrama

O grama (peso)

O guaraná

O hematoma

O herpes

O hosana

O jângal (floresta, selva, mata)

O lança-perfume

O lhama

O magazine

O magma

O milhar

O orbe (esfera, mundo)

O pernoite

O pijama

O praça (soldado)

O sanduíche

O telefonema

01. (FGV) Observe o período seguinte:

“É o que tem ocorrido com a nova ofensivahegemônica que tenta atribuir ao baixonível educacional da América Latina aorigem de todos os males, da estagnaçãoà péssima distribuição de renda.”

Em relação a ele, a única afirmaçãoINCORRETA é que:

a) Apresenta pelo menos um dígrafo.b) Contém oração subordinada adjetiva.c) Nele, hegemônica significa

preponderante, dominante.d) A forma verbal tenta contém encontro

consonantal.e) A palavra origem exerce a função

sintática de objeto direto.

02. (FGV) Assinale a alternativa em que apalavra deveria ter recebido acentográfico:

a) Paiçandu.b) Taxi. c) Gratuito.d) Rubrica.e) Entorno.

03. (FGV) Caetano Veloso gravou umacanção, do filme Lisbela e o Prisioneiro.Trata-se de Você não me ensinou a teesquecer. A propósito do título da canção,pode-se dizer que:

a) A regra da uniformidade do tratamentoé respeitada, e o estilo da frase revela alinguagem regional do autor.

b) O desrespeito à norma sempre revelafalta de conhecimento do idioma; nessecaso não é diferente.

c) O correto seria dizer Você não meensinou a lhe esquecer.

d) Não deveria ocorrer a preposição nessafrase, já que o verbo ensinar é transitivodireto.

e) Desrespeita-se a regra da uniformidadede tratamento. Com isso, o estilo dafrase acaba por aproximar- se do dafala.

Arapuca

04 (FGV) Observe: “O diretor perguntou: –Onde estão os estagiários? Mandaram-nossair? Estão no andar de cima?”

O pronome sublinhado pertence:

a) À terceira pessoa do plural.b) À segunda pessoa do singular.c) À terceira pessoa do singular.d) À primeira pessoa do plural.e) À segunda pessoa do plural.

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Estrutura AtômicaO ÁTOMODefinição – É a menor porção de um elementoquímico. O átomo é constituído por uma parteinterna chamada núcleo e por uma parte externachamada eletrosfera.Dimensões do átomo:I) Diâmetro do átomo ≅ 10-8 cm = 1 angström

= 1 ÅII) Diâmetro de átomo ≅ 10.000 x diâmetro do

núcleoPartículas fundamentais – O átomo apresentaos prótons e os nêutrons no núcleo; os elétronsna eletrosfera. A massa do próton é aproximada-mente igual à massa do nêutron; a do elétron éem torno de 1840 vezes menor, portanto despre-zível. Os prótons apresentam carga elétrica posi-tiva, os elétrons carga negativa e os nêutronsnão apresentam carga elétrica. Numericamente,a carga elétrica do próton é igual a do elétron. Oátomo encontra-se eletricamente neutro quandoo número de prótons é igual ao número de elé-trons.Número atômico (Z) – É o número de prótonsexistentes no núcleo de um átomo. O número atô-mico é a “identidade” do átomo/elementoquímico.

Z=PObs. – Quando usamos a palavra ÁTOMO, sub-tende-se NEUTRO, portanto, Z = P = E.Número de massa (A) – É a soma do númerode prótons com o de nêutrons de um átomo.

A= P + N e A = Z + NElemento químico – É o conjunto de átomos demesmo número atômico.Representação de um átomo – Utiliza-se osímbolo do elemento com um índice inferior (Z)do lado esquerdo, e um índice superior (A) domesmo lado. Antigamente, o número de massaera representado do lado direito, hoje não mais.Exemplo da representação do átomo dealumínio:

A = 27; Z = 13; P = 13; E = 13; N = 14Obs.:1. O n.o de prótons (P) é sempre igual ao núme-

ro atômico.2. O n.o de elétrons (E) é igual ao P em um áto-

mo neutro.3. O n.o de nêutrons (N) é o número de massa

menos o número atômico: N = A – ZÍons – São átomos eletrizados. O átomo podeperder ou ganhar elétrons transformando-se emíon. Quando o átomo perde elétron, transforma-se num íon positivo (CÁTION); quando ganhaelétron, transforma-se num íon negativo (ÂNION).Nunca o átomo perde ou ganha prótons.Exemplos de íons: a) 39K+ → cátion (perdeu 1 elétron)

19

b) 16O2- → ânion (ganhou 2 elétrons)8

c) 35Cl – → ânion (ganhou 1 elétron)17

d) 56Fe3+ → cátion (perdeu 3 elétrons)26

e) 15N3– → ânion (ganhou 3 elétrons)

7

GRUPOS DE ÁTOMOSIsótopos – São átomos de mesmo númeroatômico (igual número de prótons), com o núme-ro de massa e nêutrons diferentes. Os isótopospertencem ao mesmo elemento químico.O elemento hidrogênio apresenta três isótopos:O hidrogênio leve ou prótio (1H), o deutério (2H)1 1e o trítio (3H).1

Isóbaros – São átomos de mesmo número demassa com número atômico e nêutrons di-ferentes. Eles pertencem a elementos químicosdiferentes

Isótonos – São átomos de mesmo número denêutrons com número atômico e de massadiferentes. Eles pertencem a elementos quími-cos diferentes.

MODELOS QUÍMICOS

Modelo de Dalton – O átomo seria uma bolinhainvisível. (bola de sinuca).

Modelo de Thomson – Uma esfera positiva comelétrons incrustados (pudim positivo comameixas negativas).

Modelo de Rutherford – Os elétrons giram aoredor de m núcleo positivo (sistema planetário).

Modelo de Bohr – Um elétron em um átomo sópode ter certas energias específicas, e cadauma destas energias corresponde a uma órbitaparticular. Quanto maior a energia do elétron,mais afastada do núcleo se localiza a sua órbita(órbitas circulares).

Sommerfeld – Postulou a existência de órbitasnão só circulares mas elípticas também.

Teoria dos Quarks – A teoria mais modernaafirma que existem 12 partículas elementares:seis chamadas léptons (o elétron faz parte dessegrupo) e outras seis chamadas quarks. Das trêspartículas fundamentais, apenas o elétron é par-tícula elementar. O próton e o nêutron não sãopartículas elementares, pois são constituídospor partículas menores.

A ELETROSFERA

O tamanho do átomo é determinado pelos elé-trons, que estão na eletrosfera. Como algunsdesses elétrons são mais facilmente removíveisque os outros, isso nos leva concluir que algunselétrons estão mais próximos do núcleo do queoutros.

Camadas eletrônicas ou níveis de energia – Aeletrosfera está dividida, hoje, em sete (7) ca-madas designadas pelas letras maiúscula K, L,M, N, O, P, Q ou pelos números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.O número da camada é denominado númeroquântico principal (n). O número máximo de elé-trons em uma camada eletrônica é determinadopela Equação de Rydberg: X = 2n2

Número máximo de elétrons em cada nível deenergia (teoricamente):

K = 2 .12 = 2 . 1 = 2L = 2 .22 = 2 . 4 = 8M = 2 .32 = 2 . 9 = 18N = 2 .42 = 2 . 16 = 32O = 2 .52 = 2 . 25 = 50P = 2 .62 = 2 . 36 = 72Q = 2 .72 = 2 . 49 = 98

Número máximo de elétrons em cada nível deenergia para o átomo de maior número atômico (Z= 118) existente hoje em dia (experimentalmente).K = 2; L = 8; M = 18; N = 32; O = 32; P = 18Q = 8Obs. – O elemento de número atômico 112 foifabricado no início de 1996, na Alemanha. Em1999 foi sintetizado na Califórnia o elemento denúmero atômico 114. Em 2004, foram fabricadosos elementos de números atômicos 113 e 115.Em 2006, foram fabricados os elementos denúmeros atômicos 116 e 118. O elemento denúmero atômico 117 ainda não foi fabricado.Existe a possibilidade de, no futuro, serem utili-zados novas camadas eletrônicas, e essas deve-rão ser representadas pelas letras R (8.a

camada), S (9.a camada), etc.

Subcamadas eletrônicas ou subníveis deenergia – Os níveis de energia subdividem-seem subníveis de energia que são designadospelas letras minúsculas s, p, d, f. Escreve-se onúmero quântico principal antes da letra indica-tiva do subnível.

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Aula 17

QuímicaProfessor Pedro CAMPELO

01. Um átomo X, eletricamente neutro,possui número de massa igual a 3x e(x + 1) elétrons na eletrosfera.Sabendo-se que o núcleo de X temcinco nêutrons, o valor de x é:

a) 3 b) 4 c) 5d) 6 e) 8

02. Com relação às características doátomo e ao conceito de elementoquímico, assinale a afirmação correta.

a) A palavra átomo é ainda hoje apropria-damente utilizada para designar umapartícula indivisível, não constituída departes.

b) A eletrosfera é a região que determinaa massa do átomo.

c) O núcleo do átomo é a maior parte emvolume.

d) Os átomos 11A23 e 11B24 pertencemao mesmo elemento químico.

e) Os átomos 19X40 e 20Y40 pertencemao mesmo elemento químico.

03. O subnível mais energético de umátomo e 3d7. Determine o seunúmero atômico.

a) 25 b) 26 c) 27d) 28 e) 29

04. Um átomo tem número de massa 27e 10 nêutrons. Determine o númerode elétrons no seu nível mais externo.

a) 3 b) 4 c) 5d) 6 e) 7

05. Quantos números quânticos sãonecessários para caracterizar umorbital?

a) 1 b) 2 c) 3d) 4 e) 5

06. Quantos prótons há no íon X3+, deconfiguração 1s2, 2s2, 2p6, 3s2,3p6,3d10 ?

a) 25 b) 28 c) 31d) 51 e) 56

07. O germânio apresenta númeroatômico 32 e número de massa 72.

Qual das proposições seguintes éfalsa?

a) Cada núcleo de germânio contém 32prótons.

b) A maioria dos átomos de germânio tem32 nêutrons.

c) Um átomo de germânio tem 32 elétrons.d) O núcleo ocupa uma fração muito

pequena no volume do átomo degermânio.

e) O núcleo responde poraproximadamente toda a massa doátomo de germânio.

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Número máximo de elétrons em cadasubnível:s = 2; p = 6; d = 10; f = 14Existe a possibilidade de, no futuro, serem utili-zados novos subníveis de energia, e esses de-verão ser designados pelas letras g (com capa-cidade para 18 elétrons), h (com capacidade pa-ra 22 elétrons), i (com capacidade para 26 elé-trons), etc.Obs. – Os elétrons são colocados em forma deexpoente nos subníveis.

DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA

O diagrama de Linus Pauling – O químico norteamericano descobriu em que ordem a energiados subníveis cresce, coincide com as diagonaisno diagrama. À medida que se desce pelasdiagonais, a energia vai aumentando

1s2s 2p3s 3p 3d4s 4p 4d 4f5s 5p 5d 5f6s 6p 6d7s 7p

Ordem energética – A ordem crescente deenergia é feita diretamente do diagrama dePauling.26Fe → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d 6O último subnível dessa ordem é chamado sub-nível mais energético.

Ordem geométrica – A ordem numérica de ca-madas é feita organizando a ordem energéticapelos números das camadas. Só pode ser feitadepois da ordem energética.26Fe → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 4s2

O último subnível dessa ordem é chamado sub-nível mais externo.

Distribuição em níveis (ou camadas) – É feitausando apenas as camadas após a ordemgeométrica.26Fe → K = 2; L = 8; M = 14; N = 2;A última camanda (N) é chamada camada de va-lência. A camada de valência de um átomo (neu-tro) só pode ter no máximo oito (8) elétrons.

Distribuição eletrônica em cátions – Os elétronscedidos por um átomo são os mais externos.Para fazer a distribuição eletrônica de um cátion,faz-se primeiro a distribuição do átomo neutro eem seguida repete-se a distribuição, retirandoos elétrons mais externos.26Fe → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 (átomoneutro)26Fe2+ → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 (cátion)

Distribuição eletrônica em ânions – Os elétronsrecebidos por um átomo entram nos subníveisincompletos. Para fazer a distribuição eletrônicade um ânion, faz-se primeiro a distribuição doátomo neutro e em seguida repeti-se a distri-buição acrescentando os elétrons.8O → 1s2 2s2 2p4 (átomo neutro)8O → 1s2 2s2 2p6 (ânion)

ORBITAL

Definição – É a região de maior probabilidadede se encontrar o elétron na eletrosfera de umátomo.

Representação do orbital:

Representação do elétron:

Spin – É o movimento de rotação do elétron. Oelétron funciona como um imã devido ao SPIN.1. Dois elétrons de mesmo SPIN repelem-se.2. Dois elétrons de SPINS opostos atraem-se.

Princípio de Pauli – Um orbital comporta nomáximo dois (2) elétrons e com SPINS contrários.Como decorrências desse Princípio, podemosdizer que o número de orbitais de um subnível éigual à metade do número máximo de elétrons

que este pode conter.Obs.: I) subnível s → 1 orbital

II) subnível p → 3 orbitaisIII) subnível d → 5 orbitaisIV) subnível f → 7 orbitais

Regra de Hund – Os orbitais de um mesmosubnível devem ser preenchidos parcialmentepara em seguida serem completados. Os elé-trons devem ser adicionados em cada orbitalcom o mesmo spin do anterior.

3D6 →

O último elétron distribuído é chamado elétrondiferenciador (elétron mais energético).Obs.: 1. Elétrons emparelhados → orbital completo.2. Elétrons desemparelhados → orbital incom-

pleto.

Os quatro números quânticos

O endereço de uma pessoa que recebe cartas,normalmente, está caracterizado pelos correiospor quatro “números”: estado, cidade, rua e nú-mero da casa.Do mesmo modo, cada um dos elétrons de umátomo distingue-se dos demais mediante quatronúmeros, os chamados números quânticos.Note-se que elétrons isolados em repouso sãoexatamente iguais, não se podendo distinguiruns dos outros.Os quatro números quânticos são:

Número quântico principal “n” – Representaaproximadamente a distância do elétron ao nú-cleo. O número n tem valores inteiros 1, 2, 3, ...?,sendo primariamente responsável pela determi-nação da energia do elétron, do tamanho do or-bital ocupado pelo elétron e da distância do or-bital ao núcleo. A distância média do orbital 7sao núcleo é maior que a distância média do or-bital 1s ao núcleo.

Número quântico secundário (azimutal) “l” –representa a forma do orbital. Assim, os orbitaiss são esféricos, os orbitais p têm a forma dehalteres ou de um oito, etc. Valores de “l”: 0 (s),1 (p), 2 (d), 3 (f), ... ( n – 1 ).Para átomos com muitos elétrons, a energia deum elétron é determinada não só pelo valor den, mas também pelo valor de l. Assim, para umdado valor de n, elétrons p têm energia ligeira-mente maior que elétrons s.

Número quântico magnético “m” – Descreve aorientação do orbital no espaço. O número mpode ter qualquer valor inteiro entre + “l” e – “l”,inclusive zero. Exemplo: orbitais p : m = – 1, 0, + 1. A não ser quando o átomo está em um campomagnético ou elétrico), elétrons com diferentesvalores de m terão a mesma energia, quandoapresentarem o mesmo n e o mesmo l.

Número quântico spin “ms” – Descreve arotação do elétron em torno do seu eixo. O nú-mero “ms” pode ter somente os valores + 1/2 e– 1/2 .Dois elétrons de um mesmo orbital apresentamos três primeiros números quânticos iguais, maspossuem spins opostos. Portanto, de acordocom Pauli, dois elétrons de um mesmo átomonunca podem ter os mesmos quatro númerosquânticos.Nota – O primeiro elétron que entra em um orbi-tal pode ter spin –1/2 ou + 1/2. Alguns vestibulares (não todos) convencionam ovalor –1/2 para o spin do primeiro elétron a pre-encher um orbital.

Exemplo – Determinar os quatro númerosquânticos do elétron diferenciador (mais ener-gético) do átomo de número atômico 45.1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2,4d7

O subnível mais energético é o 4d7, o elétrondiferenciador é o último elétron distribuído.n = 4; l = 2; m = –1; ms = + 1/2

01. Um átomo é formado por 35 prótons,35 elétrons e 45 nêutrons. Assinalar aalternativa que apresenta, respectiva-mente, o número atômico e o númerode massa do átomo deste elemento.

a) 35 e 45 b) 35 e 80 c) 45 e 35d) 80 e 35 e) 35 e 115

02. Prótio, Deutério e Trítio são:

a) isótonos do elemento hidrogênio. b) isótonos do elemento oxigênio.c) átomos do elemento hidrogênio. d) átomos do elemento oxigênio.e) moléculas de hidrogênio.

03. O átomo de ferro apresenta númeroatômico 26 e número de massa 56.Podemos afirmar que a composiçãonuclear do átomo deste elemento é:

a) 26 prótons, 26 elétrons e 56 nêutrons.b) 56 prótons, 56 elétrons e 26 nêutrons.c) 26 prótons, 26 elétrons e 30 nêutrons.d) 26 elétrons e 30 nêutrons.e) 26 prótons e 30 nêutrons.

04. Determinar o número atômico doelemento que apresenta três orbitaiscompletos no subnível “d” da camadaN de seu átomo.

a) 49 b) 48 c) 47d) 46 e) 44

05. O número máximo de elétrons em umorbital “d” é:

a) 2 b) 5 c) 6d) 10 e) 14

06. O raio do núcleo é menor que o raiodo próprio átomo, aproximadamente:

a) 102 b) 104 c) 108d) 1010 e) 1023

07. Qual o número atômico do átomo que,no seu estado normal, tem configuração4f2?

a) 54 b) 55 c) 56d) 57 e) 58

08. A seguinte configuração da eletrosferade uma espécie química com númeroatômico 8, 1s2, 2s2, 2p6, refere-se aum:

a) Átomo neutrob) Cátion bivalentec) Cátion monovalente d) Ânion monovalentee) Ânion bivalente

09. Um átomo tem número de massa 31 e16 nêutrons. Qual é o número deelétrons no seu nível mais externo?

a) 2 b) 3 c) 4d) 5 e) 8

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A evolução do Capitalismo“Existem hoje cinco processos que modificam omundo social e econômico e quem quiser se sairbem no novo século terá de aprender a lidar cor-retamente com cada um deles. O primeiro dessesprocessos é o fim do socialismo, que trouxe cercade um terço da humanidade de volta para omundo capitalista. O segundo [...] é uma radicalmudança tecnológica: o poder cerebral está setornando muito mais importante que os recursosnaturais. O terceiro processo é a mudança demo-gráfica: a população mundial está crescendo,mudando de lugar e ficando cada vez mais velha.Outro processo fundamental é a globalização: aseconomias nacionais estão desaparecendo e noseu lugar surge uma economia global, resultantede mudanças ocorridas nos transportes, nascomunicações e em outras tecnologias. E, final-mente, o quinto processo é a multipolaridade:vivemos numa era em que não há nenhumapotência dominante no mundo”.

(Thurow, Lesler C. O futuro do capitalismo. Rio de

Janeiro, Rocco, 1997).

É grande as diferenças entre os países capitalis-tas. Alguns apresentam grande desenvolvimentoeconômico e técnico-científico enquanto queoutros não. Em uma pequena minoria o Estadoestá a serviço de sua sociedade. Nos outros elese apresenta como o principal algoz de umamassa despossuída. Mesmo assim, é possívelidentificar algumas características comuns atodos eles. Nesses países ocorre uma divisão de classessociais no interior da sociedade. A desigualdadeque existe entre elas é outro fato marcante. Nuncaexistiram tanta gente excluída da riqueza comohoje em dia. Nesta sociedade a monetarizaçãoda economia chegou ao máximo. O dinheiro é oprincipal instrumento de troca, embora os instru-mentos de créditos (cartões de créditos, dedébitos – bancários – notas promissórias e outrostítulos) se multipliquem. O trabalho assalariado éuma de suas principais características consolida-da pelo fim do escravismo no entardecer doséculo XIX. A propriedade privada é outro marcofundamental do sistema, pois sem ela, não hácapitalismo. O lucro é o seu foco central, é arazão de ser do sistema capitalista. Toda estruturaprodutiva deve estar voltada para a reproduçãodo capital que é novamente investido para atingireste objetivo.Com a desagregação do mundo feudal, o capita-lismo emerge como um novo sistema econômico.A exploração da terra e de quem nela trabalhava,o camponês, não satisfaziam a ordem econômicaem transformação. O comércio ressurge comforça e a necessidade do consumo das especia-rias impulsionou as economias européias aosquatro cantos do mundo. Novas áreas produtorasde matérias-primas e fornecedoras de especiariasforam conquistadas. O comércio e os transportestornaram-se nas principais atividades queaumentavam a riqueza e o poder dos Estados. A expansão marítima européia exigiu também aexpansão da produção. As relações comerciaisentre as metrópoles e suas colônias ampliaram-se. A Revolução Industrial imprimiu novas cara-cterísticas e novo rumo ao capitalismo. A cidadetransformou-se no principal centro de produçãode bens, serviços e mercadorias. O absolutismofoi combatido. A fé foi reformada e a ciênciaalçou vôos de liberdade. A população empreen-deu marcha rumo à cidade onde experimentounotável crescimento. A lei da oferta e da procurae o mercado passaram a nortear os rumos dofuncionamento da economia. As empresasexpandiam seus negócios para além de suasfronteiras. Era o capitalismo na sua fase maisevoluída em ebulição.

Embora hegemônico no presente, o capitalismofloresceu rapidamente na parte ocidental daEuropa. Foi mais lento na porção oriental. NaEspanha, onde foi chamado de metalista oubulionista, afiançava que o poder de uma naçãoera mensurado a partir de suas reservas em ouro.Na vizinha França, assumiu cunho mais industri-alista. Para os franceses o desenvolvimento desuas atividades produtivas possibilitaria a expan-são de seus produtos no mercado externo. Aspráticas restritivas às importações e a fortepresença do Estado como órgão disciplinador eregulamentador do comércio e da manufaturaseriam as molas propulsoras do desenvolvimentodaquela nação. Na Inglaterra, onde atingiu seupleno desenvolvimento e maturidade, o comércioera matéria de primeira grandeza na condução doEstado. Procurava-se a todo custo manter abalança comercial favorável, ou seja, redução dasimportações com o conseqüente aumento dasexportações. Os ingleses canalizaram, desde oinício, os lucros auferidos com o comércio para oincentivo à produção industrial.Enorme capacidade de ajustar-se às novas reali-dades sempre foi o ponto forte do capitalismo.Em cada lugar, em cada momento histórico, emcada estágio de desenvolvimento econômicoesse sistema conseguiu adaptar-se às novascondições e permanecer forte até os dias atuais.Se as Navegações marcaram o ponto alto nasuperação das estruturas feudais, a RevoluçãoIndustrial rendeu-lhe estatuto de maioridade. Nosanos trinta, período entre Guerras, nova prova deresistência foi imposta ao capitalismo. Umaeconomia não podia sobreviver inteiramente àrevelia da participação do Estado. A quebra daseconomias na década de trinta exigiu a açãoimediata do Estado no sentido de superar maisuma crise. As propostas do economista JohnMaynard Keynes deram fôlego aos Estados e,aos poucos, nova era de prosperidade sevivenciou. Entretanto, a partir dos anos setentade século passado o tamanho paquidérmico doEstado e sua pouca habilidade na conduçãoaustera da economia reacende a discussãosobre os destinos da humanidade. Apoiados nasteses daqueles que defendiam a restrição daparticipação estatal na economia nova fasedeflagrou-se. Com a derrocada do socialismo doLeste europeu o caminho ficou livre para ocapitalismo. Nova onda liberal abate-se sobre aseconomias mundiais. Um convite à abertura dosmercados, a desestatização das economias e aoestabelecimento de acordos comerciais suprana-cionais é a tônica do presente. Por trás dessaimagem de vitalidade e virtuosidade escondem-se mecanismos de reprodução das desigual-dades entre os países e os povos. Trata-se dorefinamento das estratégias de exploração entreos países do centro e da periferia do capitalismo.Didaticamente podemos analisar o capitalismo apartir de três momentos distintos:CAPITALISMO COMERCIAL

Este período está compreendido entre o fim doséculo XV até meados do século XVIII. Neste mo-mento, a formação da riqueza dava-se na circu-lação das mercadorias. Essa circulação aconte-cia, principalmente entre as metrópoles e as su-as colônias, no que se convencionou chamar deDivisão Internacional do Trabalho. De acordo como pensamento da época, somente a forte inter-venção na economia poderia promover aprosperidade nacional e o fortalecimento do Es-tado. Esse período foi marcado pelas navega-ções, período de expansão econômica e culturaleuropéia. Novas rotas estabeleceram-se entre aEuropa e as áreas produtoras de especiarias.Novos territórios foram conquistados e trazidospara a esfera econômica européia. Ocorreu, nes-se momento, a expropriação das riquezas dasnovas terras, o genocídio de suas populações ea escravização de grande parte das populaçõesnegras da África. A riqueza e o progresso da Eu-ropa foram construídos com o suor, o sangue e avida de milhões de nativos das Américas e daÁfrica. A conduta metalista era uma da formas de sepromover a riqueza nacional. Uma balançacomercial sempre favorável era mais um meca-

13

01. (Fgv 2007) "O maior drama históricocontemporâneo reside no abismo entre aatualidade da necessidade de superaçãodo capitalismo e a regressão nas condi-ções da implantação dessa superação. Apassagem, dentro do capitalismo, domodelo regulador para o neoliberal e apassagem do mundo bipolar para ounipolar, com o fim do chamado 'camposocialista', geraram esse abismo."(Emir Sader, "Caros Amigos", julho de 2006.Ano X, n¡ 112)

São exemplos do quadro político e econô-mico descrito nesse parágrafo:a) as atuais políticas públicas implantadas por

países pobres que, em sua maioria, conse-guiram resolver problemas sociais, como osde educação e saúde, resultados que nãoforam conquistados por países socialistas.

b) a permanência do modelo centralizador daeconomia por parte do Estado, por meio dasnovas agências reguladoras pós-privatiza-ções, tal como ocorre no Brasil nos setoresde comunicação e energia, por exemplo.

c) o fim do mundo bipolar, característico doperíodo da Guerra Fria, considerado comoum modelo neoliberal entre os países capita-listas e, com o fim desse período, as econo-mias mais ricas passaram a adotar políticasintervencionistas sobretudo nas grandescorporações financeiras.

d) a formação do mundo unipolar exemplifi-cado na atualidade pelo acordo entre ospaíses europeus – a União Européia. Provadisso é o ingresso de nações que adotavamo socialismo e que hoje são neoliberais eutilizam a moeda única do bloco - o Euro.

e) a adoção, por países capitalistas da semi-periferia industrializada, de políticas neoli-berais, principalmente na última década doséculo XX, estratégia que já havia sidoadotada pelos países capitalistas mais ricos.

02. (G1) A expressão Euro, recentementeempregada, refere-se, respectivamente:a) à moeda Européia adotada por países da

União Européia.b) ao tratado de Maastricht.c) à comunidade Européia.d) aos países do Leste Europeu.e) à moeda Européia durante o cenário

bipolar da guerra fria.

03. (G1) Na década de 1990, aceleravam-seas fusões e aquisições entre conglomera-dos transnacionais. Identifique um motivocapaz de justificar essa tendência.a) a presença dos capitais britânicos fluindo

para todos os continentes.b) o acirramento da concorrência (grandes

investimentos em pesquisa, marketing ecomercialização) em escala global.

c) os grandes conglomerados econômicoschamados de FMI.

d) a industrialização dos países chamados desubdesenvolvidos.

e) a industria automobilística foi o ramo noqual as fusões e aquisições detranscontinentais alcançaram menoramplitude.

Aula 18

GeografiaProfessor HABDEL Jafar

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01. (G1) O Mercantilismo pode ser definidocomo:a) o conjunto de práticas econômicas

caracterizadas pelo monopólio comercial,pela balança comercial favorável e pelaintervenção do Estado na economia

b) o conjunto de idéias preconizadas porAdam Smith que defendia a livre iniciativaeconômica e a atuação do EstadoAbsolutista

c) a expressão teórica do Estado liberal,caracterizado pelo livre comércio

d) o conjunto de práticas econômicas queincluíam o estímulo à livre iniciativa e ocombate ao trabalho escravo

e) o conjunto de medidas econômicascolocadas em prática durante o períododenominado Feudalismo, caracterizadopelas obrigações servis e pela livreiniciativa

02. (Pucpr 2007) As práticas mercantilistas,ocorridas na Idade Moderna, estiveramrelacionadas com:a) a exploração de impérios coloniais e a

regulamentação do comércio exterior.b) o surgimento das Corporações de Ofícios.c) a idéia de liberdade de produção, de

concorrência e de circulação de merca-dorias.

d) o surgimento das doutrinas iluministas.e) o final dos regimes absolutistas e os

princípios liberais surgidos nas chamadasrevoluções burguesas.

03. (G1) Sobre a crise do capitalismo nadécada de 30 e o colapso do socialismona década de 80, pode-se afirmar correta-mente quea) os dois fatos fomentaram a polarização

ideológica, ameaçando o estado do bem-estar social.

b) ambos provocaram desemprego e frustra-ção, fazendo surgir agitações fascistas eterroristas com amplo respaldo popular.

c) ambos levaram à descrença sobre a capa-cidade do Estado para resolver osproblemas colocados pelo desempregoem massa.

d) o primeiro fato reforçou a necessidade denão se deixar a economia controlada pelomercado; e o segundo, a de que umaeconomia não funciona sem mercado.

04. (Unifesp) "Em meados da década de1890, em meio à terceira longadepressão em três décadas sucessivas,difundiu-se na burguesia uma repulsapelo mercado não regulamentado, emtodos os grandes setores da economia".O autor (Martin Sklar, 1988) está sereferindo à visão dominante entre aburguesia no momento em que ocapitalismo entrava na fasea) globalizada.b) competitiva.c) multinacional.d) monopolista.e) keynesiana.

nismo de obtenção de riqueza. O Estado passoua apoiar a expansão marítima e o colonialismo.Desenvolvia-se nesse momento uma formaperversa de drenar riqueza das colônias para asmetrópoles. No “pacto colonial” que se impôs ametrópole vendia o que era mais caro (manufatu-ras) e comprava o que era mais barato (matéria-prima e alimentos, os chamados bens primários).Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holandaforam os destaques desse momento.CAPITALISMO INDUSTRIALGrandes transformações econômicas, sociais,políticas e econômicas estavam em curso noalvorecer dos séculos XVII e XVIII. Um capitalis-mo mais forte e consolidado logo substituiria omercantilismo. Com o processo de substituiçãodo trabalho manual nas manufaturas pelasmáquinas a vapor, iniciada nas indústrias têxteisda Inglaterra, na segunda metade do séculoXVIII, projetava-se uma nova fase na história docapitalismo: o capitalismo industrial.“As transformações sociais e econômicas associ-adas a esse período foram tão intensas querepresentaram uma verdadeira revolução,conhecida como Revolução Industrial. [...] Nosséculos XVII e XIX, o capitalismo florescia naforma de pequenas e numerosas empresas quecompetiam por uma fatia de mercado, sem que oEstado interviesse na economia. Essa fase,denominada de capitalismo liberal ou concor-rencial, predominava a doutrina de Adam Smith(1723-1790), segundo a qual o mercado deve serregido pela livre concorrência, baseada na lei daprocura e da oferta [...]. Refletindo o otimismocientífico-tecnológico do período, Smith acreditavaque o mercado atingiria um equilíbrio natural porsi só e que o progresso constante conduziria ahumanidade à condição ideal, na qual não haveriaescassez e tudo seria bem-estar”. (Moreira, Igor.O espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil.Ed. Ática, p. 32, 2002.).No mercantilismo o Estado era favorável aosinteresses da burguesia comercial. Os monopó-lios e as constantes ingerências na economiadificultavam e até se contrapunham aosinteresses da nova burguesia industrial queestava se consolidando. A industrializaçãotambém foi um fenômeno que se expandiu doReino Unido (Inglaterra), para outros países daEuropa, como França, Alemanha, Bélgica, Itália,a Rússia como também para os EUA, e deforma incipiente, para o Japão até o início doséculo XX. Nos países subdesenvolvidos, aindustrialização só viria a acontecer a partir,principalmente, da Segunda Guerra Mundial.A riqueza acumulada na expansão comercialeuropéia foi investida na mecanização daprodução. Essa revolução técnica ampliou aindamais a economia de mercado. A indústria pode,assim, ascender à sua mais desenvolvida fase.Desenvolvimento da indústria

Artesanato – Não-divisão social do trabalho, nãohavia ocorrido ainda a divisão técnica do trabalho.Havia o emprego de ferramentas simples e a pro-dução destinava-se ao abastecimento e consumolocal.

Manufatura – Esse é o estágio intermediário en-tre o artesanato e a maquinofatura. Distingue-sedo estágio anterior porque nele ocorre a divisãosocial do trabalho. Ou seja, quem passa a ser odono dos meios de produção á a nova burguesiaindustrial nascente. Ela dominava os meios deprodução e empregava artesãos como força detrabalho assalariada. O mercado de consumohavia aumentado em decorrência da expansãomarítima européia. As potencias colonialistas ti-nham que abastecer suas colônias com produtosmais elaborados e que havia valor agregado. Umacaracterística ainda mantém a manufatura ligadaao artesanato. É que a produção era manual, jáque a Revolução Industrial não havia acontecido.

Maquinofatura – É o atual estágio de evoluçãoda indústria. A divisão social permanece. A divi-são técnica aprofunda-se, pois quanto maior é oavanço da tecnologia menor é a participação dotrabalhador no processo produtivo. A máquina équem produz, o homem foi reduzido apenas ao

papel de operador. A produção destina-se paraum mercado cada vez mais globalizado ecompetitivo.

A Primeira Revolução Industrial, que teve comocombustível o carvão mineral e como motor a má-quina a vapor, produziu um novo espaço geoeco-nômico. Um espaço de produção industrial, agro-pecuário e extrator foi redefinido. Assim como umnovo espaço de riquezas, de circulação e consu-mo vão proporcionar às cidades novos equipa-mentos aos novos moradores que se deslocamem levas cada vez maior do campo (urbanizaçãoda população). A cidade ganhou nova função,além das de defesa e trocas, a de produção in-dustrial.Ia-se cada vez mais longe e cada vez mais rápi-do. O barco a vapor encurtou as distâncias noPlaneta. O trem possibilitou o surgimento de in-dústrias longe das fontes de matérias-primas,transportando um volume cada vez maior demercadorias e passageiros. O aço deu resistên-cia, altura e leveza às construções. A descobertado petróleo possibilitou o aparecimento do trans-porte individual (o automóvel), que iria modificarpor completo o traçado das grandes cidades (osurgimento dos subúrbios distantes) e a vida deseus moradores. O uso da energia elétrica possi-bilitou mudanças radicais na produção industrial.Logo o tempo que era comandado pela nature-za, já que a vida da população era regida pelonascer e pôr-do-Sol, passou a ser regido pelotempo do patrão. A lâmpada elétrica possibilitoua vida e o trabalho noturno. A Segunda Revolu-ção Industrial produziu todas essas modifica-ções e possibilitou o que viria depois.

CAPITALISMO FINANCEIRO

No plano econômico, assiste-se à chegada dafase mais evoluída do capitalismo. Agora, deno-minado capitalismo financeiro ou monopolista, écaracterizado pela concentração de capitais epela formação de grandes monopólios e oligo-pólios, ou seja, empresas de grande porte quese associam para determinar os preços dos pro-dutos, controlarem o mercado e absorver os con-correntes de menor porte. Ocorre, portanto, um enfraquecimento da concor-rência. No entanto o capitalismo monopolistasomente se consolidou na primeira metade doséculo XX. Essa foi, talvez, uma prova de fogopara o Capitalismo. No período entre as duasguerras mundiais, o fermento da crise estavalançado. De um lado, excesso de produção; deoutro, retração do poder de compra e deconsumo da sociedade. Em 1929, sobreveio acrise, provocando entre tantos a quebra da Bolsade Nova Iorque. Mais uma vez, o velho camaleãomudava de roupa. A partir desse momento, surge uma nova con-duta: O Keynesianismo, pois o Estado passa aintervir maciçamente na economia ora comoregulamentador, ora como empresário. Impondouma renda mínima, limitando a jornada de traba-lho, um seguro-desemprego, uma previdência euma assistência social, proibindo o trabalho domenor, a criação de empresas estatais e de em-pregos. Essas medidas, entre outras, foram ado-tadas com vistas ao combate da crise e à buscade uma reestruturação econômica. O término da Segunda Guerra Mundial dividiu omundo em dois blocos político-econômicos(capitalismo X socialismo) marcados pela eclosãoda Guerra Fria. Uma Terceira Revolução Indus-trial entrou em curso. Desenvolvimentos na infor-mática, nas comunicações levaram o homem àconquista espacial. Novos materiais e novas tec-nologias surgiram. A biotecnologia trouxe novosconhecimentos à Medicina e à produção dealimentos. A preocupação com o meio ambientetornou-se palavra de ordem. Até mesmo seu prin-cipal opositor, o socialismo, não resistiu vindo abancarrota nas décadas finais do século XX. Maisdo que em outra época, o Capitalismo dá hojemais uma prova de sua vitalidade, inaugurandomais uma nova fase: o Neoliberalismo e com elea globalização e a regionalização dos merca-dos.

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DESAFIO HISTORICO (p. 3)01. B;02. E; 03. C; 04. D;

DESAFIO HISTORICO (p. 4)01. A;02. E;

EXERCÍCIOS (p. 4)01. A;02. E;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 5)01. C;02. B; 03. E; 04. A;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)01. B;02. B; 03. D; 04. A;05. C;

EXERCÍCIOS (p. 6)01. B;02. D; 03. E; 04. C;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 7)01. A;02. C; 03. C; 04. D;05. D; 06. B;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 8)01. A;02. C; 03. D; 04. D;05. D; 06. A;

DESAFIO QUÍMICO (p. 9)01. D;02. E; 03. A; 04. B;05. C; 06. C;

DESAFIO QUÍMICO (p. 10)01. D;02. D; 03. E; 04. E;05. C; 06. A;

EXERCÍCIO DE PORTUGUÊS (p. 12)01. E;02. E;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 13)01. B;02. E;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 14)01. D;02. A; 03. C;

EXERCÍCIO (p. 14)01. D;

LEITURA OBRIGATÓRIA (p. 14)01. B; 02. D; 03. 5, 2, 1, 3 e 4; 04. C;

Nota: Devido a mudança na data de iníciodas aulas, publicamos, a partir destaapostila, o calendário definitivo do Aprovar

Apostilas 01 a 35

Calendário2008

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 02

LEITURA OBRIGATÓRIAQuestões sobre Budapeste

01. Sobre Budapeste, de Chico Buarque,assinale a afirmativa incorreta.a) O protagonista, José Costa, é um escritor

de escritores (também denominado ghost-writer): trabalha para que outros assinem oresultado de seu esforço.

b) O protagonista, mesmo sem entender umapalavra do húngaro, sente fortementeatraído pela nova língua.

c) O herói atinge o cume de sua carreira aocriar O ginógrafo, autobiografia erótica deKaspar Krabbe, um executivo alemão que“zarpou de Hamburgo e adentrou aGuanabara”.

d) Na pele de Zsoze, o herói só escreve emversos. Assim que começa a dominar oidioma magiar, cria um livro de poemas(Tercetos secretos), que sai assinado porum tal de Kocsis Ferenc, poeta em francadecadência.

e) No Rio de Janeiro, José é casado comKriska; em Budapeste, envolve-se comWanda.

02. Relacione corretamente:1. José Costa2. Wanda3. Joaquinzinho4. Álvaro Cunha5. Kriskaa. ( ) Esposa do protagonista; deixa-o para

ficar com Kaspar Krabbe.b. ( ) Filho de Wanda e José Costa.c. ( ) Protagonista e narrador; escritor

anônimo.d. ( ) Amigo de infância e sócio de José

Costa.e. ( ) Ensina ao protagoista o idioma magiar

(húngaro).

03. O que prendeu José Costa em Budapes-te foi:a) a bela Kriska;b) o fato de ali, distante do Rio de Janeiro,

poder escrever sem omitir a autoria dostextos;

c) a língua magiar;d) a possibilidade de fazer poesia, gênero que

não tinha chance de praticar no Rio deJaneiro;

e) a oportunidade de recomeçar a vida sem apresença incômoda de Wanda.

04. (UFAM–PSC3–2008) Além de músico eromancista, Chico Buarque também jáfez incursões pelo teatro. Junto comPaulo Pontes escreveu a peça:a) Eles não usam black-tie

b) Gota d´água

c) Navalha na carne

d) O Beijo no asfalto

e) Farsa da boa preguiça

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