mod8-práticas de liderança e gestão de equipes

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MATERIAL DIDÁTICO PRÁTICAS DE LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPES UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br

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  • MATERIAL DIDTICO

    PRTICAS DE LIDERANA E GESTO DE EQUIPES

    U N I V E R S I DA D E

    CANDIDO MENDES

    CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA N 1.282 DO DIA 26/10/2010

    Impresso e

    Editorao

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    2

    SUMRIO

    UNIDADE 1 INTRODUO ..................................................................................................... 03

    UNIDADE 2 COMPLEXIDADES DA PRTICA DE LIDERANA NO AMBIENTE DE TRABALHO ..................................................................................................................................................... 06

    UNIDADE 3 CAPACITAO DOS PROFISSIONAIS DE ORGANIZAES: UMA NECESSIDADE PERMANENTE ........................................................................................................................... 10

    UNIDADE 4 A IMPLEMENTAO DE AO ESTRATGICA NA EMPRESA: UMA EXPERINCIA SIGNIFICATIVA QUE DEU CERTO ................................................................. 17 UNIDADE 5 LIDERAR NA EQUIPE: A PARTIR DE QUAIS VALORES? ............................. 25 UNIDADE 6 COMO CONSTRUIR UMA EMPRESA DE SUCESSO NA ATUALIDADE? ..... 29

    UNIDADE 7 LIDERANA NA EMPRESA: QUAIS SO AS RESPONSABILIDADES DE SEUS LDERES? ................................................................................................................................... 32 UNIDADE 8 MODELOS DE GESTO: LDERES E CHEFES ............................................... 35

    UNIDADE 9 GESTO DE EQUIPES NA ESCOLA E SEUS DESAFIOS............................... 39 UNIDADE 10 LIES DE LIDERANA ................................................................................. 48

    CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................................ 54

    REFERNCIAS ........................................................................................................................... 56

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    UNIDADE 1 INTRODUO

    Nos ltimos anos a sociedade tem se transformado muito rapidamente. O

    modelo cultural vigente tem se caracterizado pelo rpido avano da tecnologia que

    imprime uma nova forma de vivncia e convivncia entre os seres humanos. A

    verdadeira questo : Como viver e conviver sem aderir s mudanas impostas pela

    globalizao? Como sobreviver no mundo competitivo do trabalho acompanhando

    as rpidas transformaes que ele imprime na atualidade? Como adotar no trabalho,

    uma prtica de liderana capaz de formar profissionais lderes, competentes e

    felizes? De que forma se tornar um lder na funo que desempenha como

    profissional? Como gerir com liderana um processo de educao capaz de formar

    pessoas para uma cidadania mais equnime, justa e solidria? So questes que

    precisam de reflexo constante, de aes eficientes e de um processo de avaliao

    eficaz.

    Pretendemos discutir j de incio a questo das complexidades que envolvem

    uma prtica de liderana em qualquer organizao profissional. Vivemos numa

    poca em que as diferenas individuais esto se destacando de maneira mais

    significativa e bastante complexa. uma virtude do ponto de vista da criao, da

    inovao e da busca constante de mudanas.

    Sabe-se que alguns dos maiores desafios para qualquer pessoa atingir o

    sucesso profissional, alm do domnio de tcnicas avanadas por meio da

    tecnologia, a construo da integridade humana e de uma rede de relaes

    baseadas na liderana e no trabalho em equipe. Tudo isso se encontra aliado a

    tantas complexidades que o modo de vida profissional, s vezes, se perde no

    emaranhado de situaes cotidianas, devido diversidade humana e seu modo de

    agir na atualidade. Uma coisa certa: preciso corrigir falhas e adotar prticas de

    liderana, independentemente, da profisso e do trabalho que exerce.

    A discusso que se segue recomenda que qualquer profissional,

    independentemente do cargo em que pretenda liderar, no seu campo profissional

    necessita de capacitao permanente. Isso se confirma devido s transformaes

    no ambiente do trabalho e nas relaes sociais que ocorrem numa dinmica

    constante. Tudo isso, certamente, vai exigir do profissional o aprimoramento de

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    tcnicas e novas formas de pensar e agir numa perspectiva de melhoria contnua da

    prpria organizao e de seus processos.

    Como a mudana processo fundamental em qualquer organizao

    econmica, poltica, social e cultural, no h como evitar o abandono de velhos

    paradigmas que no funcionam mais na dinmica da atualidade. Neste contexto,

    toda organizao, no caso, as empresas para se manterem competitivas no

    mercado teem de buscar, por meio de seus lderes, vrias estratgias dinmicas de

    ao para progredir continuamente.

    A seguir, exemplificamos um modelo de prtica de liderana de um

    profissional que atravs de suas atitudes e competncias influenciou e motivou os

    empregados e demais profissionais de uma grande empresa que enfrentava a

    decadncia nos negcios, a mudar as estratgias tcnicas, polticas e culturais,

    transformando-a, novamente, em uma grande potncia comercial no mercado.

    A gesto de qualquer equipe de trabalho deve se pautar por valores que

    estimulem a criao de vnculos positivos no ambiente profissional. No existe

    possibilidade de melhoria na qualidade dos servios e sucesso total sem a vivncia

    de bons valores. Sabemos que mudar valores nas pessoas tarefa complexa,

    porm, no impossvel. Neste sentido, pontuamos alguns valores essenciais que

    podem se desenvolvidos pelos lderes de equipes, visando, nortear decises, aes

    e mudanas de comportamento fundamentais para a melhoria individual e coletiva

    do grupo que lidera.

    Veremos que a construo de uma empresa de sucesso na atualidade

    envolve inmeros fatores que vo desde a eficincia e eficcia da gesto,

    criatividade, a inovao, a estratgia de marketing, o uso adequado e competente

    das novas tecnologias, dentre outros. Outro aspecto importante que registramos se

    trata da importncia de lderes de negcios desenvolverem o trabalho em equipe,

    delegando funes e gerando ideias para a manuteno da qualidade e sucesso do

    empreendimento.

    Consideramos pertinente relatar outro aspecto relevante que se refere

    questo das responsabilidades inerentes aos profissionais que esto no comando de

    qualquer organizao. Esses lderes demandam de talentos especficos, de ousadia

    na tomada de decises, bem como, da habilidade de correr riscos calculados.

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    Destacamos algumas diferenas entre a gesto de um lder e de um chefe,

    numa tentativa de conhecer como cada um desses profissionais desenvolve sua

    prtica frente administrao de organizaes e pessoas.

    Devido s rpidas mudanas culturais na sociedade, a escola tem enfrentado

    muitos desafios no que concerne sua funo de formar cidados. Seu papel se

    torna cada vez mais complexo. O modelo autoritrio de gerir a educao est

    ultrapassado. O gestor escolar dever exercer a liderana em todos os segmentos e

    momentos da escola com autoridade, descentralizando o poder.

    Baseando-se nisso, apresentamos uma reflexo sobre os princpios que

    regem uma gesto de liderana na escola, como tambm, evidenciamos algumas

    contribuies de Gardner, quando destaca os cinco tipos de mentes necessrias

    para formar gestores lderes e cidados necessrios para povoar o planeta.

    Finalizando a discusso, consideramos interessante mostrar algumas ideias

    sobre a essncia da liderana do famoso livro: O monge e o executivo. O autor do

    mesmo destaca algumas lies para aprender a liderar pessoas e empresas por

    meio da influncia. Sem dvida, as ideias aqui apresentadas favorecerem o

    conhecimento dos modelos de gesto baseados no poder e na autoridade.

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    UNIDADE 2 COMPLEXIDADES DA PRTICA DE

    LIDERANA NO AMBIENTE DE TRABALHO

    O contexto social e poltico de qualquer organizao de trabalho tem sido

    marcado por uma dinmica competitiva e exigente na qualidade de produtos e

    servios. Na atualidade visvel a busca constante pela inovao e sucesso, porm,

    existe uma expressiva parcela de entraves em direo ao desenvolvimento e

    qualidade total do trabalho. Pode-se afirmar que isso est ligado ao processo de

    globalizao da economia, que perante as particularidades impostas determinam

    redefinies nas estruturas, processos e relacionamentos entre os profissionais,

    empresrios, gestores, consumidores etc.

    importantes ressaltar que com o advento da globalizao, o mercado de

    trabalho se torna cada vez mais competitivo, exigindo, dessa forma, uma mo de

    obra cada vez mais globalizada para buscar a qualidade como meta.

    E sendo assim, uma organizao por meio de seus lderes, que almeja a

    expanso, o lucro e o sucesso deve reconhecer que todo trabalho implicar aes

    de liderana em todos os seus segmentos.

    A realidade social deste sculo imprime um novo modelo cultural de

    profissional. As tendncias histricas atuais mostram a extenso da ideia do domnio

    e da posse. O resultado dessas transformaes implica num processo complexo de

    interdependncia, convivncia e formas de viver, fazendo com que a noo de vida

    e trabalho se modifique.

    Para compreender essa lgica, buscamos em Morin, 2000, a explicao de

    que o homem como animal altamente complexo biologicamente determinado por

    um princpio de unidade-diversidade. A partir do momento em que se constitui a

    cultura, esta forma um sistema generativo que mantm e perpetua invariavelmente a

    complexidade fenomenal da sociedade. Assim sendo, a cultura surge ao mesmo

    tempo como um princpio mantenedor da invariao, integrados da diferena e por

    isso mesmo, perpetuador da originalidade.

    Baseando na ideia acima, podemos dizer que graas diferenciao

    sociocultural e unidade do homem que a sociedade evolui. Mas, vale lembrar

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    que essa evoluo no traz receitas mgicas para resolver todos os problemas

    advindos desse novo paradigma sociocultural.

    Diante disso, e no que diz respeito ao trabalho como construo da

    integridade valorativa humana vamos destacar alguns erros-chave que impedem o

    profissional de desenvolver uma prtica de liderana que se encontra aliada a tantas

    complexidades resultantes do novo modo de vida profissional, como tambm, da

    diversidade humana na atualidade. Dentre vrios erros, destacamos:

    a) Falta de metas reais. No detalhamento sistemtico das aes que se espera

    alcanar. Isso vai desencadear, tambm, desorganizao para a realizao

    das atividades a serem realizadas.

    b) Falta de preveno de obstculos e de preparo para as incertezas da

    atualidade. Isso implica na ausncia de estratgias, alternativas de

    reconhecimento dos conflitos. O no cumprimento dos prazos de entrega das

    tarefas que foram propostas vai desencadear insatisfaes e prejuzos. Nesse

    caso, fica claro que no houve apoio e parcerias necessrias.

    c) Falha no processo e na avaliao do progresso. Faltou o estabelecimento de

    etapas-chave especficas e datas de reviso do progresso alcanado.

    d) Falta de compromisso. A equipe no cumpriu sua responsabilidade de acordo

    com as funes que lhe foram designadas.

    Ao participar de um Curso realizado pelo SEBRAE Servio Brasileiro de

    Apoio s Micro e Pequenas Empresas vale destacar as contribuies do mesmo,

    no sentido, de disseminar a importncia de uma prtica de liderana realizada por

    pessoas que conseguem obter sucesso nos seus empreendimentos. Elas

    condicionam no fundo de sua constituio espiritual, as atitudes de um lder que

    consegue o controle das diversas e adversas situaes cotidianas.

    Dentre as caractersticas de pessoas que praticam a liderana bem sucedida,

    podemos destacar:

    1- Adapta-se a mudanas rpidas e prepara-se para as incertezas. Isso quer

    dizer que, dispe de coragem para enfrentar os obstculos que surgem,

    inesperadamente. Age para reduzir os riscos ou controla os resultados.

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    2- Desenvolve a autoresponsabilidade na busca e atingimento de metas e

    objetivos, ou seja, reconhece a necessidade de tomar atitudes sensatas e

    assume os riscos das consequncias de quaisquer situaes advindas.

    3- Toma e sustenta decises frente s adversidades. Dispe de autonomia e

    autoridade para levar em frente as discusses do grupo, mesmo diante da

    presena de insatisfaes e problemas. Coloca-se em situaes que implica

    desafios.

    4- Detecta oportunidades de negcios. Tem alto potencial de viso. Consegue

    pensar alm dos limites do presente. Aproveita oportunidades fora do comum

    para comear um outro negcio.

    5- persistente e cauteloso. Aproveita de situaes complexas para criar

    estratgias de ao significativas e inovadoras. Completa tarefas com esforo

    extraordinrio.

    6- Tem alto nvel de exigncia de qualidade e eficincia. Age de maneira a fazer

    as coisas que satisfaam os clientes e conquista padres de excelncia.

    Busca maneiras de realizar atividades de maneira mais rpida, melhor e mais

    barato. Usa de procedimentos que possam assegurar a realizao do

    trabalho no tempo e na qualidade, previamente, combinado.

    7- Tem iniciativas e busca criar coisas diferentes. Trabalha a partir de

    pesquisas de mercado, analisa as circunstncias para inovar e expandir o

    negcio em novas reas, produtos e servios. Consulta especialistas para

    obter assessoria tcnica ou comercial. Investiga, pessoalmente, ou com sua

    equipe, a maneira de fabricar um produto ou proporcionar um servio.

    8- Estabelece metas e traa um planejamento flexvel. Tem viso de longo

    prazo. Planeja deliberando funes e dividindo tarefas de grande e pequenos

    porte com prazo definidos. Faz reviso de seus planos, constantemente,

    baseando-se nos resultados obtidos e mudanas circunstanciais.

    9- Utiliza do poder de persuaso e de uma boa rede de contatos. Age para

    desenvolver interaes e manter relaes comerciais. Busca o apoio de

    pessoas-chave como agentes para atingir seus prprios objetivos e o do

    grupo. Descobre estratgias criativas para influenciar os outros.

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    10- Tem autoconfiana e independncia para realizar suas aes. Tem

    conhecimento dos processos desenvolvidos no seu ambiente profissional.

    Expressa confiana em si e nos outros. Tem seu ponto de vista, porm, tem a

    capacidade de discutir e analisar e acatar ideias que possam ampliar ou

    contribuir para a melhoria da atividade profissional.

    Vimos que as pessoas que possuem essas caractersticas so aquelas que

    tm a capacidade de controlar seu prprio destino. So lderes que se guiam por

    valores e ideias revolucionrias e inovadoras.

    Contudo, so profissionais que conseguem criar energia positiva nos outros.

    So os verdadeiros vencedores.

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    UNIDADE 3 CAPACITAO DOS PROFISSIONAIS DE

    ORGANIZAES: UMA NECESSIDADE PERMANENTE

    Os avanos da cultura tecnolgica esto mudando o cenrio empresarial. As

    empresas bem sucedidas esto ficando, cada vez mais, altamente informatizadas

    para se manter no mercado com diferencial competitivo.

    Parafraseando Souza, 2000, preciso que os lderes de empresas repensem

    o que conhece sobre motivao humana, pois as empresas esto repletas de

    experts em desmotivao. E, que ainda, no inventaram nada melhor do que

    pessoas motivadas para dotar as empresas de competitividade.

    Vrios so os desafios que a empresa enfrenta devido necessidade de

    capacitar, permanentemente, todos os funcionrios. Pois, atender a essa demanda

    vai exigir a criao de programas capazes de entender e agir diante de situaes e

    relacionamentos inusitados no curso da vida profissional.

    Sabe-se, porm, que um dos maiores desafios de uma empresa administrar

    com eficcia o cumprimento de normas, regras e favorecer a aquisio de

    entusiasmo de todos os funcionrios. Sabemos que ensinar uma tarefa mais fcil,

    difcil fazer com que o outro aprenda aquilo que lhe ensinado e necessrio para

    o seu crescimento.

    Entretanto, cabe ressaltar que a tarefa de desenvolver um processo de

    educao constante um exerccio complexo devido a muitos fatores, que dentre

    eles, destacamos a questo da resistncia de abertura ao novo conhecimento.

    Diante dessa questo, perguntamos: Como ento desenvolver essa capacitao de

    forma motivadora, eficiente e eficaz?

    O desenvolvimento de um processo de capacitao profissional deve partir de

    uma sondagem de quais as reais necessidades de aprendizado de cada funcionrio.

    Pois, preciso adequar as melhores metodologias atendendo s necessidades

    individuais.

    Aps dados coletados dessa sondagem, hora dos lderes da empresa agir

    em equipe para desenvolver programas dinmicos de treinamento e

    aperfeioamento profissional e pessoal. Porm, preciso levar em conta que

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    tambm, se faz necessrio promover o envolvimento efetivo de todos os

    funcionrios.

    As dramticas transformaes no ambiente de negcios e a velocidade com

    que ocorrem as mudanas no mercado exigem uma nova maneira de pensar e de

    treinar talentos para a construo de lderes. No mais concebvel aquela maneira

    utilizada de treinamento somente tcnico da era industrial.

    O profissional da atualidade precisa de uma formao global, ou seja, precisa

    operar em sua rea conhecendo todo o processo envolvido at chegar no resultado

    do trabalho. No h mais espao para aquele profissional que no desenvolve

    talentos. Acabou a era do trabalhador rob que s capaz de realizar somente

    uma atividade de cada vez.

    As empresas, atravs de seus lderes tm a necessidade de preparar novas

    safras de empresrios para o risco da atividade econmica. Mas, atividades como

    essa, imprime a lgica do estmulo criatividade para a inveno de novos

    negcios.

    Os programas de aprendizado e aperfeioamento de uma empresa que

    almeja o sucesso devem estabelecer objetivos e metas, intimamente atrelados com

    as estratgias da empresa. A seguir, apresentamos um formulrio de autoria de

    Pontes, 2001, p. 170 que auxilia no levantamento de propostas de ao de

    treinamento e desenvolvimento:

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    Proposta de ao

    Ao:

    Justificativa:

    Objetivos:

    Contedos Estratgias

    Carga horria: Perodo: Local:

    Entidades executoras:

    Participantes

    Nome:

    Segmentos de carreira/nvel

    Formas de avaliao:

    Outras informaes

    Data: Unidade: Proponente:

    Segundo o autor, com o quadro de necessidades e a disponibilidade de

    recursos financeiros definidos, proposto o conjunto de aes de treinamento e

    desenvolvimento a ser realizado no ano. A prioridade para definio dessas aes

    de treinamento e desenvolvimento, dada a limitao dos recursos financeiros deve

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    obedecer s necessidades organizacionais das equipes de trabalho, e finalmente, as

    individuais, e serem amparadas pelas polticas e diretrizes fixadas para o programa.

    Ao estabelecer o contedo dos treinamentos, alm das questes tcnicas,

    preciso observar se os princpios, metodologias e valores que sero ministrados

    correspondem queles praticados pelos lderes da organizao, tendo em vista,

    evitar o comentrio de treinandos para os instrutores, se o curso foi realizado para

    seus superiores.

    Como todo curso ou capacitao precisa de avaliao para obter informaes

    sobre sua eficcia, Pontes, 2001, sugeriu este modelo de roteiro de avaliao e

    reao de treinandos:

    Nome do evento:

    Objetivos do evento:

    A) O evento correspondeu s suas expectativas?

    1- No atendeu s expectativas

    2- Deixou a desejar

    3- Atendeu s expectativas

    4- Superou as expectativas

    B) O material didtico foi:

    1- Fraco

    2- Regular

    3- Bom

    4- timo

    C) Os temas abordados contriburam para o seu trabalho e para a empresa?

    1- No

    2- Sim

    D) Como voc avalia a organizao do evento (carga horria, perodo de

    realizao, local):

    1- No atendeu s expectativas

    2- Deixou a desejar

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    3- Atendeu s expectativas

    4- Superou as expectativas

    E) Como voc avalia o instrutor em relao a (ao)

    No

    atendeu s

    expectativas

    1

    Deixou a

    desejar

    2

    Atendeu s

    expectativas

    3

    Superou as

    expectativas

    4

    Preparao prvia da

    palestra/seminrio

    Domnio dos assuntos

    Motivao, estmulo

    participao

    Facilidade de

    comunicao

    Utilizao de mtodo

    didtico adequado

    Cumprimento do

    programa

    Pontualidade

    Exemplo de questionrio para avaliao de reao de treinamentos

    O quadro acima registrado apresenta a avaliao da reao dos participantes

    quanto qualidade e adequao no programa em relao aos objetivos propostos.

    O instrumento aplicado em todas as aes aps seu trmino. Mas vale lembrar

    que esse apenas um dos vrios modelos que podero explicitar os efeitos de um

    curso. A avaliao dever ser contnua, inclusive, no desempenho dos funcionrios

    a partir da participao no curso.

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    Vale salientar que outro fator relevante no exerccio de capacitao

    profissional, se refere ao oferecimento de recursos que facilitem o raciocnio sobre a

    prpria circunstncia de cada um, isto , o domnio de tcnicas, a experincia

    vivencial. Esse momento de reflexo pode, no s mobilizar a pessoa, como

    tambm, estimul-la a querer ampliar sua capacidade de adquirir novas

    competncias.

    Tal experincia pode, muitas vezes, desencadear o desejo de ousar mais, ser

    mais. Pois, em determinados momentos, tambm se torna necessrio desaprender o

    que irrelevante e adquirir outras formas de pensamento, hbitos e atitudes que vo

    contribuir para a construo de mecanismos de aperfeioamento do prprio

    processo de aprender. A disponibilidade para aprender ao longo da vida uma das

    poucas competncias durveis em um mundo no qual conhecimentos especficos se

    transformam com muita rapidez em commodities perecveis. (SOUZA, 2000, p. 16).

    A ideia do autor mostra que com os avanos da tecnologia e da cultura social

    e econmica, dentre outros, h uma exigncia em aprender a aprender sempre.

    No mais aconselhvel a ideia de guardar conhecimentos, pois esses precisam

    circular sempre na mente das pessoas. Reformar o pensamento um dos caminhos

    para a conquista do respeito, da credibilidade e de maior segurana no trabalho.

    O profissional do presente que pretenda ocupar com destaque um espao

    numa organizao de trabalho tem que acompanhar as transformaes que ocorrem

    na sociedade, a qual pertence, como tambm, neste mundo globalizado.

    Outra ideia que vale a pena discutir que a capacitao de profissionais de

    empresas no precisa ser desenvolvida em salas de aula de forma confinada ou

    somente em salas ambiente. Existem programas de treinamento que mesmo quando

    os profissionais estiverem em suas casas, avies, hotis e em qualquer lugar, a

    qualquer hora do dia funcionam com eficincia. Contudo, estes modelos precisam de

    estrutura bem elaborada e organizada para surtir eficcia.

    Geralmente, programas deste porte envolvem desafios mais complexos, pois

    o aprendizado depende, em expressiva parcela, do interesse e regulao do tempo

    que os profissionais dispem para realizar as tarefas propostas. Entretanto,

    importante lembrar que lderes de empresas tm conseguido bons resultados neste

    modelo de ensino e aprendizagem atravs de mobilizao, dilogo e estmulos.

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    Outra forma interessante de capacitar funcionrios de uma organizao pode

    ser realizada por meio de palestras e cursos, porm, para que estes recursos sejam

    bem sucedidos, h de se apropriar de estratgias criativas e sedutoras que possam

    emocionar o profissional. Existem palestrantes e cursistas que conseguem timos

    resultados com todos os profissionais usando essa modalidade. Eles adotam uma

    metodologia diversificada na exposio de ideias e temas importantes e conseguem

    o envolvimento e interesse da platia.

    Infelizmente, tambm, j vivenciamos experincias de cursos e palestras que

    poucos acrescentaram para funcionrios e participantes, pois alm de escolher

    temas irrelevantes, optaram por estratgias pouco estimuladoras. O problema que

    ocorre, neste caso, que ao mal trabalhada poder acabar criando certa averso

    a este tipo de recurso de aprendizagem.

    Cabe ressaltar que empresas bem sucedidas desenvolvem programas de

    capacitao bem estruturados e envolventes. De acordo com Souza, 2000, existem

    empresas que ao invs de esperar que as escolas tornassem seus currculos mais

    relevantes para a realidade empresarial, resolveram percorrer o caminho contrrio e

    trouxeram a escola para dentro da empresa. Deixaram de acreditar na utopia de que

    a educao seria um captulo da responsabilidade social e passaram a perceber que

    o diferencial competitivo se encontra no nvel de capacitao de seus talentos. Essa

    mudana de paradigma passou ento a constituir em uma alternativa estratgica

    para o desafio do empresariamento do capital intelectual na era do conhecimento.

    As empresas que pretenderem sobreviver neste milnio no podero ignorar

    a alternativa estratgica de conceber e implantar seu processo de educao

    corporativa como um todo. Toda empresa vislumbra o desenvolvimento, o lucro e o

    sucesso, porm, o principal caminho para se chegar a esses resultados se encontra

    na transformao pessoal, profissional individual e coletiva do grupo envolvido.

    Finalizando, vale ressaltar que somente atravs do processo de educao

    permanente, as empresas e organizaes de qualquer natureza podero alcanar os

    objetivos e metas que estabeleceram e os resultados que sonharam.

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    UNIDADE 4 A IMPLEMENTAO DE AO

    ESTRATGICA NA EMPRESA: UMA EXPERINCIA

    SIGNIFICATIVA QUE DEU CERTO

    Chega um momento em que a mudana no pode ser evitada. tarefa

    complexa abandonar velhos paradigmas, enfrentar incertezas e vencer desafios

    impostos pelo novo modo de vida social, poltico e econmico do mundo globalizado.

    Tambm no fcil eliminar os agentes de resistncia que favorecem a zona de

    conforto que representa estabilidade e certa acomodao com a rotina imutvel.

    A realidade cotidiana de uma empresa na atualidade exige dinamismo, no

    momento em que esta pretende ser competitiva e obter lucros. Entretanto, esse

    modelo pragmtico de desenvolvimento demanda do compromisso de mudana que,

    automaticamente, vai requerer dos lderes da empresa a implementao de aes

    estratgicas que iro consumir segundo, Cohen e Tichy, 1999, energia emocional,

    determinao e novos valores.

    Esta nova ideia implicar em desapego do trabalho suprfluo, pois em vez de

    se ater em detalhes de um negcio em declnio, ser necessrio aprender a

    trabalhar com outros valores e ferramentas mais sofisticadas.

    Baseando-se nesse contexto, h uma questo que merece ser colocada em

    destaque: Como os lderes realizam mudanas e implementam aes de sucesso na

    empresa em que trabalha ou naquela em que d assessoria?

    Existem vrios caminhos que os lderes podem escolher para iniciar o

    processo de mudana numa organizao. Uma das primeiras iniciativas partir de

    uma avaliao sobre a situao atual da empresa visando o compartilhamento de

    ideias para sugestes de melhorias. Em seguida, o momento de elaborar

    coletivamente um planejamento onde ficam registrados: objetivos, metas, tarefas de

    cada funcionrio, metodologia de aes, avaliao, cronograma, dentre outras

    atividades que se fizer necessrio.

    Parafraseando Cohen e Tichy, 1999, lderes realizam coisas liderando, isto ,

    esses profissionais tm o poder de influncia para motivar e guiar pessoas. Eles

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    sempre operam em trs nveis distintos: nos sistemas tcnicos, polticos e culturais

    da organizao.

    As mudanas e aes estratgicas nos sistemas, segundo esses autores,

    partem de um determinado propsito que organiza recursos para a sua realizao. O

    sistema tcnico, por exemplo, est firmemente enraizado no capitalismo.

    Para ilustrar uma estratgia significativa de mudana desenvolvida na

    empresa GE (General Electric) numa tentativa de resolver problemas de declnio e

    ampliar lucros, destacamos um exemplo de ao de liderana criativa e competente

    de um gestor-lder:

    Ao perceber a avalanche de problemas que desmoronava na empresa GE, a

    liderana da mesma presidida por Jack Welch atacou o sistema tcnico, poltico e

    cultural da empresa projetando o motor de negcio da GE. Esse motor consistiria

    de unidades estveis altamente lucrativas, geradoras de caixa e negcio em franco

    crescimento que utilizariam esse caixa para produzir sistemas ainda maiores.

    Alm disso, Welch percebeu a necessidade de empregar um slogan em cada

    um de seus negcios, que de acordo com sua ideia, existem esses caminhos: ou

    recupera, fecha ou vende. Um negcio, segundo ele deve ter retornos reais bem

    acima da mdia e uma distinta vantagem competitiva.

    Welch, na sua gesto como presidente da GE realizou mudanas macias. Ao

    perceber que a empresa estava desperdiando capital mantendo negcios sem

    chances de serem campees, injetou R$ 16,2 bilhes de negcios marginais,

    inclusive, os velhos amigos como os eletrodomsticos pequenos e aeroespacial e

    investiu R$ 53 bilhes em aquisies como a RCA e Borg Warner chemicals.

    As mudanas estabelecidas por Welch, sacudiram a velha ordem de como a

    GE utilizava seus recursos para gerar lucros e enviaram a mensagem clara de que a

    empresa estava no momento, participando de um projeto novo.

    Diante dessa estratgia no sistema tcnico Welch mostrou a ousadia, o risco

    e autoridade para imprimir outro processo de desenvolvimento na GE. Ele decidiu

    que a mudana naquele momento era inevitvel e necessria.

    Usando estratgias semelhantes do sistema tcnico, Welch realizou

    mudanas no sistema poltico. Os lderes operam com democracia, onde a cultura

    valoriza a supremacia da liberdade pessoal conforme expressa na Declarao de

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    Direitos. Para ilustrar tal estratgia destacamos uma ao politicamente correta de

    Welch, quando o mesmo atacou o sistema burocrtico da GE. Ele, ao assumir o

    controle da empresa deixou que a mesma ficasse sufocada por um sistema

    minucioso e exigente de revises e aprovaes formais. Isso fez com que muitos

    dos melhores gerentes da GE despendiam muito mais energia em assuntos internos

    do que com seus clientes.

    Welch acreditou em riscos e ao rpida, o que levou o negcio a crescer

    rapidamente. Ele acreditou na sua intuio e fez o que achava que deveria ser feito:

    percebeu que a burocracia de relatrios e documentaes tomavam grande parte do

    tempo, mas no podia abrir mo desse trabalho. Ento, ele se tornou um mestre

    nessa modalidade, tornando-se um famoso por toda a parte da GE. Fazia lindas

    apresentaes em vrios volumes, grficos, figuras, cronogramas e todos os

    recursos publicitrios atraentes. E foi a partir dessas estratgias que se tornou o

    presidente da empresa nessa poca.

    Enquanto presidente da empresa, Welch substituiu toda a burocracia da GE

    por um novo sistema poltico baseado na diversidade integrada. Executou a alta

    administrao por grupos com recursos e apoio. Em carta escrita aos acionistas

    menciona os meses de angstia que viveu ao ver os gerentes e empregados

    apegados tradio, frustrando seus sonhos de uma GE gil, responsvel e

    cooperativa.

    Podemos afirmar que vale a pena refletir as atitudes de um lder que mesmo

    diante de vrios desafios e obstculos consegue ultrapassar os limites da injustia,

    resistncia e falta de apoio de alguns funcionrios. Welch na liderana de uma

    grande empresa como a GE mostrou como lidar com situaes to complexas, e,

    que infelizmente, retratam o ambiente de muitas organizaes impedidas de

    crescimento e obteno do sucesso.

    As aes de Welch, no pararam por ali. Ele ao concluir que a cultura

    corporativa continuava a valorizar a hierarquia e a poltica do eu primeiro, decidiu

    que deveria haver mudana na forma de trabalhar. Adotou o termo sem fronteiras

    para mostrar o ambiente cultural que queria. Diminuiu, significativamente, o

    ambiente corporativo de pequenos feudos, onde o controle do conhecimento

    significava controle do poder. Assim, estabeleceu critrios para um melhor

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    desenvolvimento da empresa, instituindo atribuies de acordo com as capacidades

    culturais de cada pessoa.

    Em seus discursos, Welch usava metforas para explicar claramente ideias e

    realidades complexas, usou tcnicas atravs de mensagens de otimismo,

    crescimento, jogo, lealdade funcional. Dotou os funcionrios de mecanismos para

    comearem a viver dessa maneira. Estabeleceu que hierarquias e limites funcionais

    tinham de ser deixados na porta e todos deviam expor suas ideias.

    Ele ainda, expressou que o objetivo das suas reunies eram produzir

    resultados e dos demais lderes se esperava que implementassem as

    recomendaes dos demais empregados por meio de ferramentas mais sofisticadas

    para ajudar as pessoas a juntarem-se em equipes para resolver problemas e

    desenvolver programas de qualidade. No deixava de estimular com premiaes os

    funcionrios que traziam ideias inovadoras para a GE.

    Algo que tambm chamou a ateno na gesto de Welch na GE foi a sua

    atitude em dar nova oportunidade para aqueles funcionrios que apesar de

    simpticos e agradveis, nunca produziam nada. Ele os estimulou a melhorar o

    desempenho e o comportamento.

    J aqueles que agiam com estrelismo e insistiam em permanecer nos velhos

    padres culturais de comportamento, foram demitidos. Welch sustentou essa sua

    determinao livrando-se, pessoalmente, de alguns funcionrios de mentalidade

    limitada e que ocupavam cargo no topo da empresa.

    O interessante que a GE sob a presidncia de Welch se transformou a partir

    dos sistemas tcnico, poltico e cultural. Suas estratgicas de mudana mostraram

    que organizaes e empresas vencedoras precisam de liderana competente,

    determinadas e com uma boa dose de ousadia.

    Observe a seguir nas figuras abaixo, o paralelo que representou os sistemas:

    tcnico, poltico e cultural da velha e da nova GE, descrito por Cohen e Tichy, 1999,

    p. 236-237.

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    Estratgias Estrutura

    organizacional

    Gesto de Recursos

    Humanos

    Tcnico Diversificao

    Devoo religiosa

    a oramentos

    Crescimento dos

    negcio de alta

    tecnologia

    Planejamento

    estratgico

    Descentralizada

    Estruturao

    sistemtica

    Recrutamento

    profissional

    dominado por

    engenheiros

    sistema de

    remunerao

    uniforme

    avaliaes formais,

    metas de trabalho

    Poltico Presidente como

    constitucionalista

    papel de banqueiro

    Hierrquico

    barreiras

    funcionais

    centralizao

    poltica

    sucesso muito

    forma; sistemtica

    recompensas

    similares; avano

    travado

    aprovaes de

    cima para baixo

    Cultural Gerenciamento

    cientfico

    Filosofia

    descentralizada;

    comportamento

    centralizado

    oligoplio

    Gerenciamento

    autoritrio

    O jeito de fazer as

    coisas da GE

    Domnio da cultura

    em negcios

    centrais

    Os admitidos pela

    GE so

    selecionados pela

    cultura

    Desenvolvimento

    usado para moldar a

    cultura

    Avaliao e

    recompensas

    orientados pelo

    jeito da GE

    Figura 1: Sistemas: tcnico, poltico e cultural da velha General Electric.

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    22

    Estratgias Estrutura

    organizacional

    Gesto de Recursos

    Humanos

    Tcnico N 1 ou N 2 em

    todas as nossa

    indstrias

    Somente negcios

    de alto crescimento

    Treze negcios

    Compartilhamento

    das melhores

    prticas

    Sem fronteiras

    Sistemas de

    remunerao

    diferenciados

    Novos sistemas de

    formao de staff

    Desenvolvimento

    como um processo

    contnuo

    Poltico Diversidade

    integrada

    Nada de

    hierarquias na forma

    de bolo de noiva

    Trabalho de

    equipes inter-

    funcionais

    Autonomia e

    decises levadas

    para os nveis mais

    baixos

    Recompensas

    muito flexveis

    Aprovaes tanto

    de baixo como de

    cima

    Cultural Velocidade,

    simplicidade e

    autoconfiana

    Sentimento de

    dono

    compartilhamento

    das melhores

    prticas

    work-out

    (ferramenta

    admininstrativa)

    Valores

    compartilhados

    Muitas culturas

    Viso comum

    Sistemas de

    Recursos humanos

    formam e moldam a

    cultura sem

    fronteiras

    Novos valor para

    Staff e apoio

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    23

    Figura 2: Os novos Sistemas: tcnico, poltico e cultural da General Electric.

    A leitura dessas figuras favorece um olhar sobre diferentes tipos de gesto

    empresarial. Foi possvel perceber a mudana de controle nas matrizes dos

    sistemas tcnico, poltico e cultural da velha para a nova GE. Assim, Cohen e Tichy,

    1999, descrevem os quadros acima registrados:

    Na figura 1, os sistemas tcnico, poltico e cultural da GE se desenvolvia em

    linha com as ideias centrais no negcio:

    O sistema tcnico era composto de sofisticadas ferramentas de estratgias e

    finanas que soldavam a empresa em um corpo nico.

    No cenrio poltico havia um staff central forte que determinava uma escala

    uniforme de remunerao por todas as centenas de negcios operacionais da GE.

    Os lderes de negcios tinham de ir at a sede para pedir permisso at mesmo

    para resolver problemas mais simples. E havia uma mirade de outras ferramentas

    para controlar o comportamento em uma empresa com tamanha diversidade.

    No sistema cultural, a empresa dirigida por gente GE, fortemente arraigada

    no seu sistema burocrtico, orgulhavam-se de manter uma mquina bem ajustada

    operando com previsibilidade.

    A figura 2, mostra mudanas drsticas nos sistemas: tcnico, poltico e

    cultural. Quando Welch, assumiu a presidncia da GE, ele imprimiu ideias

    diferentes, baseadas em um ponto de vista educativo prprio. Considerava que as

    dcadas de 80 e 90 eram altamente competitivas, por isso, queria que a empresa se

    adequasse s severas condies do mercado, para vencer os desafios da

    competitividade e fosse a melhor e mais brilhante. Percebeu que na GE sendo uma

    empresa de eletricidade em geral, havia um desperdcio enorme do capital do

    acionista e da energia da administrao. A partir dessa constatao, comeou a

    mudar o foco da GE.

    Welch, tambm sabia que, para crescer mais e vencer, as empresas

    operacionais da GE teriam de se livrar da centralizao burocrtica, que tornava as

    operaes previsveis, porm, muito lentas. Eliminou assim, muitos controles do

    sistema anterior, como as escalas uniformes de remunerao e a mfia financeira.

    Ele os substituiu por um staff de apoio para dar assistncia aos negcios. Acabou

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    24

    por exemplo, quase todo o staff de planejamento estratgico corporativo da GE,

    composto de mais de cem pessoas. No lugar, instituiu um sistema de dilogo aberto

    entre ele e seus treze lderes de negcios globais. Essas pessoas deveriam

    apresentar suas estratgicas de forma honesta e objetiva, e Welch reagiria. Juntos

    iriam definir as respostas.

    Entretanto, esse exemplo de gesto de liderana aqui registrado reala a

    importncia da criatividade humana em saber agir diante de situaes complexas e

    desafiadoras.

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    UNIDADE 5 LIDERAR NA EQUIPE: A PARTIR DE

    QUAIS VALORES?

    Para iniciar essa reflexo, consideramos pertinente discutir questes que se

    relacionam com trabalho em equipe. De acordo com Pontes, 2001, Uma equipe se

    constitui por pessoas fazendo algo juntas para cumprir objetivos comuns. As

    pessoas que trabalham em equipes aumentam a produtividade e a qualidade dos

    servios e produtos, melhoram processos, realizam muitas tarefas ao mesmo tempo,

    realizam tarefas multifuncionais que grupos de trabalho comuns no poderiam

    realizar, compartilham informaes e conhecimentos, fazendo o melhor uso deles.

    As pessoas que desenvolvem seu trabalho em equipe estimulam o potencial da

    criatividade, podendo assim, resolver mais facilmente seus problemas.

    Apesar de todas essas vantagens que um trabalho em equipe tem, existe a

    possibilidade de algum projeto ou trabalho no atender a todos os objetivos

    propostos devido falta de engajamento de todos na realizao das tarefas. O que

    ocorre, s vezes, a falta de liderana na equipe para definir responsabilidades,

    coordenar os processos e solucionar problemas e crises.

    Uma pessoa pode ter vrias caractersticas de liderana, mas se no tiver a

    capacidade de equilibrar razo, emoo e ainda, possuir uma quantidade de bons

    valores, se torna difcil administrar uma boa convivncia em seu grupo de trabalho e

    na vida pessoal.

    As pessoas que lideram segundo Cohen e Tichy, 1999, tm um lema: to

    importante quanto abraar bons valores fazer com que pessoas vivam por eles. Os

    lderes de sucesso incorporam valores nas suas prprias vidas e certificam-se de

    que os outros faam o mesmo. Os lderes vencedores sempre do o melhor

    exemplo, praticando eles mesmos os valores de forma muito clara e vivendo atravs

    deles, mesmo em situaes em que, possivelmente, seria mais fcil fazer o

    contrrio.

    A ideia dos autores remete uma reflexo a respeito da importncia de

    vivenciar os bons valores. Os verdadeiros lderes vivem bons valores porque

    acreditam neles.

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    26

    A tentativa de mudar valores de uma pessoa uma tarefa difcil. Geralmente

    quando as pessoas falam sobre valores esto se referindo questes de integridade

    e honestidade. No que se refere aos valores operacionais, diretamente, relacionados

    a uma organizao ou seu mercado, os lderes se utilizam de ideias e estratgias

    para levar suas empresas para frente, isto quer dizer que preciso saber usar os

    valores certos para fazer uma grande diferena. Nunca demais salientar que

    lderes esto sempre se renovando, gerando outros valores.

    A seguir, consideramos necessrio citar alguns valores que so a chave para

    o sucesso de um empreendimento:

    a) confiabilidade e eficincia

    b) valorizao da excelncia

    c) dignidade humana

    d) integridade e justia

    Esses valores so de suma importncia dentro de qualquer empresa para que

    os lderes possam nortear suas decises e aes. Embora, em muitas organizaes

    o entrave maior ocorre quando as pessoas no acreditam que seja capaz de

    conviver plenamente a partir desses valores. Nesse caso, cabe ao lder fazer com

    que esses valores sejam refletidos e reforados em cada deciso e ao a ser

    desenvolvida.

    Cohen e Tichy, 1999 destacam que diante de mudana mais brusca e

    renovao na empresa necessrio, tambm, renovar e interpretar valores que

    esto incrustados na hipocrisia, corrodos de cinismo ou, simplesmente,

    abandonados. preciso liberar as energias que esto presas a procedimentos e

    hbitos de pensar antiquados. Ao reinventar valores, os lderes demonstram a

    capacidade de aprender a discernir os limites da razo e da emoo.

    A seguir, esses autores propem que todos os funcionrios de uma

    organizao faam uma atividade com os prprios valores crticos. Para eles

    necessrio observar que ideias e valores precisam dar sustentao um ao outro.

    Ento, sugere este exerccio para que seja respondido e analisado luz do contexto

    dirio:

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    27

    Valor Por que

    importante?

    Comportamento

    positivo

    Comportamento

    negativo

    Paradoxos

    1-

    2-

    3-

    4-

    5-

    O exerccio proposto acima tem por objetivo refletir sobre a mentalidade

    global de cada profissional. Pois quando se pergunta o qu importante repensar

    os prprios valores, a atividade sugere que o funcionrio analise a cultura

    necessria para avaliar comportamentos. Quando se pergunta por qu o

    funcionrio deve analisar que todas as atividades da empresa ir afetar ele mesmo.

    Quando solicita para enumerar comportamento positivo, sugere que o funcionrio

    repense sobre suas atitudes nos que diz respeito sua participao ao

    compartilhamento das melhores prticas. Quando o funcionrio solicitado a

    enumerar comportamento negativo, lhe sugerido que o mesmo descreva se

    participa da realizao de produtos semi-acabados enviados para outros plos, e

    enfim, quando lhe solicita escrever sobre paradoxos, o funcionrio deve descrever

    se o mesmo d sustentao s metas e problemas locais oferecendo parmetros de

    desempenho/responsabilidade/mecanismos operacionais.

    um desafio constante para um lder entender e lidar com a diversidade de

    problemas que ocorrem, no dia a dia, em qualquer empresa ou organizao. Liderar

    pessoas envolve a capacidade de saber lidar com as diferenas individuais. Isso,

    sem dvida, confronta agressivamente com os redutos da ignorncia e resistncia.

    Percebe-se at aqui, que a tentativa de estimular valores no comportamento

    do outro no nada fcil. Porm, notrio que lderes vencedores e organizaes

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    28

    vencedoras possuem valores fortes. Valores so ferramentas importantes para uma

    boa convivncia humana tanto na vida pessoal e profissional.

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    UNIDADE 6 COMO CONSTRUIR UMA EMPRESA DE

    SUCESSO NA ATUALIDADE?

    A resposta para essa questo complexa. Mas o que no se pode negar

    que existem muitas e variadas formas de construir empresas de sucesso na

    atualidade.

    Para o alcance do sucesso de qualquer empreendimento, duas caractersticas

    so imprescindveis: criatividade e inovao. Porm, inerente lembrar que h

    outros fatores a serem desenvolvidos que tambm favorecem a qualidade total de

    produtos e servios de uma empresa.

    Em se tratando da questo da criatividade como elemento fundamental no

    crescimento e desenvolvimento de uma empresa, Souza, 2000, destaca que existem

    alguns mitos sobre a criatividade que precisam ser desmitificados: um deles que a

    criatividade um atributo natural de uns poucos privilegiados. Isso no verdade,

    pois todas as pessoas possuem um potencial ilimitado de construo mental, bem

    como, estilos diferentes de criar. Uns so mais inovadores, criam coisas novas,

    outros seguem regras de criar a partir de modelos, adaptando de acordo com o

    interesse da empresa.

    Outro mito sobre a criatividade que a mesma sinnimo de anarquia ou

    caos. Essa ideia falsa. Pois cada pessoa capaz de criar coisas novas estar

    contribuindo para o desenvolvimento do potencial humano. Quanto mais se cria,

    mais descobertas surgem e amplia a genialidade das pessoas.

    A criatividade e a inovao teem larga vantagem competitiva. Empresas que

    contratam talentos humanos possuem maiores chances de reinventar ou inventar

    produtos e servios diferentes. Mais do que nunca a realidade sociocultural e

    econmica de uma empresa necessita de ideias e talentos humanos para atingir o

    sucesso. Segundo Souza, 2000, h uma concluso que no inventaram nada melhor

    do que pessoas para aumentar a competitividade de seus negcios. As pessoas

    usam alm das mos, o corao, o crebro e o esprito.

    Cabe destacar que existe uma forma de desenvolver a criatividade que criar

    condies propcias para a manifestao da genialidade praticando-a em vrias

    esferas. preciso se livrar dos mitos que tentam consolidar a criatividade como

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    competncia de alguns privilegiados. O que favorece ao sujeito a ser criativo e

    inovador diversificar seu campo de estmulos, ou seja, libertar-se do sof em frente

    televiso, como se fosse somente essa ferramenta, a maior fonte de criatividade

    humana e praticar aes que favoream a criao de imagens e ideias por meio de

    variadas experincias.

    importante salientar que uma das tarefas usadas pelos lderes de empresas

    quando precisam inovar trabalhar com equipes. Eles sustentam que na interao

    estabelecida no conjunto de pessoas que iro surgir boas e novas experincias.

    A seguir vamos destacar algumas ideias retiradas do canal Management TV

    que podero contribuir para a construo ou manuteno de uma empresa de

    qualidade e sucesso:

    a) Entender quem o seu cliente, do que precisa, o que querem, quando querem;

    b) Estudar os elementos do mercado;

    c) Criar um produto ou servio que no comum, ou seja, algo inovador;

    d) Elaborar um slogan para dar credibilidade ao cliente;

    e) Tornar a marca conhecida por meio de um logotipo;

    f) Adotar uma marca forte e fazer a conexo da mesma com o cliente;

    g) Avaliar constantemente a influncia do produto ou servio oferecido;

    h) Colocar-se no lugar do cliente para entend-lo;

    i) Criar estratgias de marketing por meio de propagandas altamente competitivas;

    j) utilizar tecnologias como a internet para divulgar o produto ou servio;

    k) Trabalhar em equipe realizando reunies, periodicamente, para avaliar processos

    e resultados;

    l) Realizar mudanas, quando necessrio;

    m) investir em modernizao e em artigos de qualidade;

    n) Construir franquias, alianas, redes e relaes pblicas;

    o) Reavaliar o planejamento estratgico, e as metas sempre que se fizer necessrio;

    p) Refletir: se melhor comear uma marca do zero do que reform-la;

    q) Desenvolver pesquisas, visitar lugares e pessoas;

    r) Desenvolver e gerenciar programas de capacitao e aperfeioamento de todos

    os funcionrios da empresa;

    s) usar linguagem comercial;

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    t) Ter presena de mercado e prestar ateno em detalhes;

    u) Instalar seu negcio em lugar estratgico e de fcil acesso das pessoas.

    Todas as ideias acima apresentadas so importantes para o xito de uma

    empresa. Mas, no se esgotam em si mesmas. Todo o desenvolvimento de um

    trabalho empresarial deve levar em conta o contexto do lugar onde ser inserida, da

    poltica econmica da poca, da cultura do entorno, dentre outros fatores que

    podero influenciar no processo de desenvolvimento da mesma.

    Como foi mencionado no incio dessa discusso, existem vrias formas de

    construir empresas de sucesso na atualidade, porm, o que no existe uma

    frmula mgica que funcione da mesma forma para todas as pessoas. Neste caso,

    podemos sugerir que sair com alguma vantagem no mercado competitivo quem

    criar coisas que ningum ainda pensou e inovar sempre. Esse o segredo do

    sucesso.

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    UNIDADE 7 LIDERANA NA EMPRESA: QUAIS SO AS

    RESPONSABILIDADES DE SEUS LDERES?

    O sucesso de uma empresa depende totalmente do talento de seus

    profissionais. No h dvida que toda empresa bem sucedida possui um programa

    de desenvolvimento que contempla os princpios e aes a serem desenvolvidas

    para a obteno de lucros. De acordo com Pontes, 2001, alm desse programa que

    orienta tais princpios e aes, as tomadas de deciso dos profissionais, bem como

    suas responsabilidades podero contribuir para o sucesso de um novo conceito de

    gesto na empresa.

    O primeiro princpio importante para se destacar se refere questo das

    responsabilidades dos membros da empresa. Cada profissional ao assumir sua

    funo precisa produzir capital intelectual, que por sua vez, vai contribuir para a

    gerao de ideias e inovaes. Neste sentido, quem o responsvel pela misso de

    inspirar as pessoas para produo desse modelo de capital?

    Recorremos a Pontes, 2001, que afirma: a misso para a realizao dessa

    tarefa do lder executivo inovador que precisa agir de acordo com viso e misso

    da empresa. Esses lderes so responsveis, por vrias outras importantes tarefas,

    tais como:

    a) escutar ideias e dissemin-las;

    b) aprovar os princpios e as polticas de RH (Recursos humanos) da

    empresa;

    c) garantir que todas as decises sobre pessoas sejam coerentes com os

    princpios, funes e polticas correspondentes a cada programa;

    d) promover aes que aperfeioem, continuamente, os processos de

    recursos humanos.

    As ideias acima apresentadas nos levam a compreender que o lder executivo

    necessita de diferentes talentos para exercer tais funes.

    Cabe destacar aqui que na moderna administrao da empresa h outros

    modelos de liderana. Como por exemplo, os gerentes e supervisores lderes que

    coordenam variados setores da organizao. Esses funcionrios quando so os

    responsveis para gerenciar processos, negcios e clientes devem ter em mente

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    que necessrio estimular e desenvolver pessoas nas mais variadas competncias.

    Assim sendo esses lderes tem como responsabilidade:

    a) Cuidar da administrao e da gerncia do trabalho;

    b) Ter iniciativa e tomada de decises sobre pessoas, delegando funes

    compatveis com as habilidades do funcionrio;

    c) Promover condies de desenvolvimento e valorizao de pessoas;

    d) Dar incentivo e estmulo s potencialidades apresentadas;

    e) Favorecer e garantir a aplicao dos princpios e das polticas

    correspondentes a cada programa;

    f) Proporcionar orientao em aes de desenvolvimento para os membros

    da equipe de trabalho;

    g) Realizar processos de avaliao e autoavaliao do desempenho dos

    funcionrios;

    h) Contribuir para que os profissionais desenvolvam aes com qualidade e

    produtividade.

    Muitas so as funes dentro da empresa. Ento, cabe unidade de

    Recursos humanos a responsabilidade de construir programas e manter projetos

    que favoream o desenvolvimento de talentos.

    Neste sentido, podemos destacar outras responsabilidades da mesma

    unidade: facilitar e dar assessoria atuao das lideranas na conduo de suas

    equipes; responder pela implantao e manuteno do sistema de gesto de RH;

    desenvolver de forma integrada aes dos programas consubstanciados no sistema

    de RH. importante refletir que a eficcia dessas responsabilidades poder garantir

    o sucesso da empresa.

    Em se tratando dos demais funcionrios da empresa e quais suas

    responsabilidades, destacamos a seguinte ideia, parafraseando Pontes, 2001: o

    sucesso da empresa alcanado na medida em que os profissionais identifiquem

    tendncias e mudanas e que ajam em sintonia com essas mudanas. Estejam

    dispostos a propor e implementar melhorias contnuas. Tenham autogerenciamento

    e equilbrio emocional, pessoal e familiar.

    Vale ressaltar, tambm, que todos os funcionrios tenham como

    responsabilidade: a busca do desenvolvimento pessoal e profissional,

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    continuamente, demonstrando esprito de colaborao e de equipe, visando o

    alcance de objetivos comuns. Dirija seus esforos no cumprimento da misso da

    empresa. Colabore na soluo de problemas relacionados empresa. Planeje sua

    carreira dentro da empresa. Assuma responsabilidade junto ao seu trabalho, enfim,

    integre-se s prticas organizacionais que lhes so atribudas junto ao grupo de

    trabalho e ao exerccio de sua funo.

    Toda empresa precisa de lderes e profissionais criativos e responsveis

    para alcanar bons resultados. A responsabilidade de lderes e profissionais

    acompanhadas implantao de um programa bem definido com metas claras tem

    timas chances de efetivao do sucesso da empresa.

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    UNIDADE 8 MODELOS DE GESTO: LDERES E

    CHEFES

    O trabalho dos gestores numa organizao sempre influencia na atuao dos

    funcionrios, em geral, e nos resultados das aes que foram desenvolvidas.

    importante ressaltar que diante da dinmica cultural da sociedade globalizada que

    se vivencia nos dias atuais, o contexto do trabalho, muitas vezes, marcado por

    ambiguidades, conflitos e tenses.

    Em decorrncia dessas dificuldades, preciso considerar a necessidade de

    melhoria nesses aspectos. Cabe destacar, ento, a relevncia do trabalho de um

    gestor para constituir um processo de mobilizao e organizao dos talentos

    humanos para que estes possam atuar individual e coletivamente na promoo e

    execuo dos objetivos estabelecidos pela organizao a qual pertence.

    Verifica-se, muitas vezes que gestores de organizaes trabalham de

    maneiras diferentes, ou seja, adotam perfis e atitudes profissionais que ora,

    desencadeia empatia, e ora insatisfaes das mais diversas intensidades. Sabe-se

    que a responsabilidade de gerir um negcio, empresa, ou qualquer organizao de

    um profissional que escolhido, independentemente, do seu perfil.

    Mas, a discusso que pretendemos realizar, nesse caso, se refere aos

    modelos de gesto de profissionais, chamados de profissionais da liderana que

    tem a responsabilidade de gerir, comandar e delegar funes aos funcionrios que

    atuam no mesmo grupo de trabalho.

    Diante dessas ideias sobre as maneiras de gerir, vamos destacar diferenas

    entre a gesto de lder e chefe, visando conhecer como cada um desses modelos de

    gesto desenvolve sua prtica de administrar pessoas e negcios:

    1- O lder tem a capacidade de ouvir as pessoas, compartilhar ideias e

    aproveitar aquelas que podem contribuir para o crescimento da

    organizao. O chefe no tem o hbito de ouvir, pois as ideias e

    decises j foram estabelecidas, portanto, no h abertura para

    troca de opinies;

    2- O lder realiza o trabalho com a equipe, delega funes, atribui

    responsabilidades oferecendo ferramentas e recursos para o

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    desenvolvimento das tarefas avaliando todo o processo. O chefe

    prefere ficar no topo e atribuir tarefas aos demais funcionrios para

    que sejam designadas da forma que lhes foram determinadas. O

    chefe avalia os resultados.

    3- O lder realiza programas de capacitao e aperfeioamento

    constante de todos os funcionrios tendo em vista melhorar a

    qualidade dos servios da organizao. O chefe exige a melhoria da

    qualidade dos servios, cobrando dos funcionrios mais rendimento,

    sem oferecer subsdios para essa melhoria.

    4- O lder preocupa-se com o desenvolvimento dos valores e misso da

    organizao, no esquece o foco a que se propuseram a alcanar. O

    chefe preocupa-se somente com os rendimentos econmicos.

    Enquanto a organizao estiver lucrando, no h necessidade de

    mudar de foco.

    5- O lder trabalha a partir de objetivos e metas claras estabelecidas em

    parceria com toda a equipe. O chefe estabelece os objetivos e metas

    da organizao para que os demais funcionrios trabalhem para

    alcan-los.

    6- O lder tem as caractersticas: autoridade, persistncia, otimismo,

    tica, parceria, sabe colaborar, planeja todas as aes, tem

    flexibilidade, organizado, registra situaes e resultados, sabe

    respeitar os limites humanos, estimula a melhoria de cada

    funcionrio. O chefe tem as seguintes caractersticas: autoritrio,

    costuma gritar para conseguir que suas ordens sejam cumpridas,

    no colabora em atividades que considera inferior ao seu cargo, no

    d muita importncia a planejamento e relatrios, costuma no

    persistir em algo que no deu certo e muda de ao, radicalmente,

    sem discutir o que provocou a falha, negativo, costuma chamar a

    ateno de funcionrios na frente dos outros, pois afirma que essa

    atitude dele vale para que os outros no cometam os mesmo erros.

    7- O lder consegue equilibrar-se entre a razo e a emoo, agindo de

    maneira coerente com o contexto da situao, avalia o caso e

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    procura resolv-lo de maneira harmoniosa e justa. O chefe resolve

    situaes privilegiando uma das instncias. Ora, age de maneira

    muito racional, dizendo um NO e pronto, sem ouvir nenhuma

    justificativa. Ora, emocionado por qualquer ocasio, aceita

    justificativa pouco plausvel de algum funcionrio, concedendo-lhe

    benefcios, causando conflitos entre os demais. O chefe age por

    impulso e pelo corao. A sua deciso nica.

    8- O lder trabalha alm do horrio, caso seja necessrio, ele preocupa-

    se com a entrega do trabalho no tempo em que foi estabelecido junto

    ao seu cliente. O chefe no trabalha alm do horrio, o mesmo

    justifica que no ganha extra. Caso o trabalho no seja consolidado

    no tempo determinado, ele procura uma desculpa junto ao cliente.

    9- O lder admirado pelos funcionrios, respeitado pelas suas aes

    coordenadas, valorizado pela equipe. O chefe , muitas vezes,

    odiado por membros da equipe. Os funcionrios no o respeitam

    como lder, obedece para no serem prejudicados.

    10- O lder se constri e se legitima no exerccio da democracia, na

    competncia da construo coletiva de um projeto de trabalho. O

    chefe considera que no existe democracia, para ele esse regime

    no funciona. Os direitos so para alguns que, segundo ele, sabem

    governar.

    11- O lder ao festejar o sucesso diz: Somos os responsveis por estes

    timos resultados. Somos todos vencedores, Merecemos a honra e

    o mrito. O chefe quando se depara com o sucesso da organizao

    diz: No comando dessa equipe, levei essa organizao ao sucesso.

    Podem me aplaudir porque sou merecedor desse mrito. E vocs

    podem ficar orgulhosos de trabalhar com um vencedor.

    Atravs dessa discusso, pudemos perceber como a forma de agir de

    dirigentes de equipes pode influenciar na convivncia e nos resultados do trabalho

    de uma organizao. Os processos utilizados por esses dirigentes de negcios,

    empresas e organizaes so determinados pelos valores que os mesmos

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    imprimem no cotidiano. Esses valores vo determinar como as pessoas de uma

    organizao se comportam e interagem entre si e com o mundo externo.

    Todas as organizaes tm valores, sejam eles declarados explicitamente

    ou no. As organizaes vencedoras, no entanto, no s declaram

    explicitamente seus valores, como periodicamente os examinam e avaliam

    para terem a certeza de que iro de fato sustentar os comportamentos que

    faro atingir as metas desejadas. (COHEN, TICHY, 1999. p. 241)

    Assim como as ideias podem servir de ferramentas para reflexo, elas

    tambm podem favorecer mudanas de comportamento. Entretanto, possvel

    afirmar que o modelo de chefia onde somente um dirigente pode pensar, agir e

    mandar est ultrapassado, antiquado. Chefes, na maioria das vezes, so imaturos e

    inconsequentes e de viso mope. Se sentem os donos da verdade nica e

    indiscutvel. Normalmente, ficam isolados no poder, mantendo alguns funcionrios

    h certa distncia para realizar seus desejos. Pois, eles no confiam em ningum,

    h no ser, na sua prpria intuio.

    Finalizando essa discusso entre estes dois modelos de gesto, vale destacar

    que o modelo ideal para administrar uma organizao deve ter um perfil de gestor

    lder. Pois, ele vive rodeado de pessoas, porque atribui confiana e confia. Ele

    caminha de mos dadas com a equipe, tanto nas dificuldades, quanto nos

    obstculos. O lder no repudia mudana, ele as enfrenta e conta com a ajuda de

    seus parceiros para enfrentar possveis crises. O lder reconhece a fragilidade de

    muitas verdades prontas e definitivas, por isso, sabe que tambm pode errar em

    suas decises, porm, tem a humildade de se desculpar e solicitar ajuda para

    recomear um projeto. Enfim, o lder tem a chave do sucesso.

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    UNIDADE 9 GESTO DE EQUIPES NA ESCOLA E SEUS DESAFIOS

    As mudanas sociais e econmicas atuais devem ser analisadas a partir de

    um contexto mais amplo que envolve novas prticas culturais. Os diversos

    ambientes profissionais que surgem exigem novas ideias e competncias para se

    desenvolverem com xito na sociedade. preciso pensar como inovar a sempre a

    educao para acompanhar as transformaes sociais e culturais para se manter

    atualizado e vivo na sociedade globalizada.

    No que se refere gesto de equipe no espao educacional escolar, vamos

    destacar a importncia do desenvolvimento desse modelo de gesto para a

    realizao de um trabalho educacional eficiente, eficaz e que ultrapasse os limites

    do fracasso na aprendizagem.

    O exerccio contnuo da liderana em todos os segmentos da escola, segundo

    Luck, 2007, condio fundamental para a qualidade da aprendizagem e formao

    dos alunos. importante que se reconhea que o trabalho realizado na educao

    tem o poder de influenciar pessoas. Portanto, torna-se necessrio que os

    responsveis pelas aes de educar exeram aes de liderana positiva e

    competentes no sentido de promover melhorias no desenvolvimento da inteligncia

    social e emocional de todos os envolvidos no processo educacional.

    Quando se fala em educao escolar sempre importante discutir a

    relevncia do papel da liderana para a promoo do crescimento do capital cultural

    da escola e da comunidade que dela participa. Pois, sabe-se que uma gesto de

    equipes organizada, descentralizada e participativa favorece o compartilhamento de

    ideias, tornando o ambiente educativo mais atualizado e inovador.

    Luck, 2007, destacou que a prtica da liderana na gesto escolar pode dar

    um salto de qualidade no ensino e na aprendizagem escolar, pois a liderana tem

    sido identificada por pesquisadores como fator crucial para desenvolver a melhoria

    da aprendizagem dos alunos. As escolas que promovem e mantm um elevado

    esprito de equipe, a partir de objetivos educacionais precisos e metas claras

    conseguem o resultado almejado.

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    Uma escola que compartilha ideias no espao de trabalho com toda a equipe,

    sob a direo de um gestor-lder tem a capacidade de alargar os horizontes das

    pessoas que atuam na escola, alm de favorecer oportunidades de melhorias e

    desenvolvimento do potencial de cada aluno ou profissional envolvido no processo

    educacional. A realizao de aes, neste sentido, constitui valores que qualificam

    as aes necessrias para o contnuo aprimoramento de todos.

    Outro aspecto fundamental no trabalho em equipe refere-se ao

    relacionamento interpessoal. Quando este se efetiva de forma cooperativa e

    respeitosa, o resultado um processo de comunicao e entendimento que so

    inerentes para a qualidade do trabalho educacional. muito comum, no espao

    profissional ocorrer conflitos em situaes cotidianas, pois os valores e culturas so

    adquiridos nos mais diversos ambientes sociais.

    Em decorrncia disso, evidencia-se a necessidade da interveno de um

    gestor que seja capaz de acolher as diferenas de opinies e filtrar aquelas que

    podero contribuir para a promoo de resultados favorveis para a coletividade. O

    gestor com capacidade de liderana consegue dinamizar um processo de

    comunicao e relacionamento interpessoal aberto, reflexivo e dialgico. Como

    fundamentais para todo gestor escolar, cabe-lhe o esforo para favorecer a

    interatividade, a reciprocidade e o respeito s diferenas individuais.

    Vale destacar que a liderana no um privilgio de alguns com dons

    especiais. Para adquirir essa competncia preciso capacitao profissional

    continuada e um esforo constante para desenvolver habilidades, atitudes e

    compreenses para o seu exerccio de liderar. Aliado a esse conjunto, preciso

    haver motivao para exercer de forma efetiva o trabalho de promover a

    aprendizagem e aprender.

    Outra caracterstica marcante da gesto em equipe se refere capacidade do

    gestor escolar em motivar as pessoas com quem trabalha a se envolverem,

    responsavelmente, no processo scio-educacional na escola e na relao da mesma

    com a comunidade. Essa realidade cotidiana mostra que os gestores lderes so

    capazes de estabelecer conexo entre a escola e a comunidade criando e mantendo

    cultura escolar favorvel formao dos alunos e qualidade de sua aprendizagem.

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    Parafraseando Luck, 2007, liderana e gesto se sobrepem e se

    complementam. A liderana tem o poder de influncia desempenhado no mbito da

    gesto de pessoas e de processos sociais. Quando o processo de liderar se pauta

    pela perspectiva da melhoria contnua da prpria organizao e seus processos, ele

    realiza seus objetivos educacionais de formao dos seus alunos, promovendo uma

    aprendizagem significativa.

    Por outro lado, uma gesto sem liderana e exercida de forma centralizadora

    e autoritria promove aes solitrias e com perspectivas vivenciais limitadas. O que

    ocorre que profissionais que assumem a funo de liderar equipes se sentem

    perplexos e impotentes diante de colegas que no querem cooperar, que no tm

    interesse em aprender e desenvolver novas ideias. Nesse caso, muitos gestores

    passam a exercer seu trabalho de maneira mecnica, ou seja, cumprindo obrigaes

    do sistema.

    Esse tipo de gesto, segundo Paro, 2001, exerce autoridade sem autonomia,

    contribui para a formao de ncleo de presso, no h partilha de poder para a

    tomada de decises e execuo das principais aes na escola. Alm disso, esse

    modelo de gesto vai refletir nas relaes interpessoais da instituio de maneira

    vertical, sem cooperao.

    Neste sentido, o mesmo autor destaca alguns condicionantes ideolgicos do

    autoritarismo na escola:

    a) Comportamentos violadores da autonomia do outro, o que pode favorecer o

    desrespeito s diferenas individuais e aos direitos das pessoas;

    b) Um ambiente escolar movido a concepes e crenas autoritrias, o que

    pode desencadear a ideia de supremacia cultural;

    c) Alunos advindos de camadas mais pobres da populao vistos no como

    sujeitos de aprendizagem, mas sim, como obstculo que impede que a

    educao realize. Isto implica em excluso de uma parcela estigmatizada

    devido classe social a que pertence.

    d) H desinteresse da populao em participar. No h conexo entre a escola

    pblica com os problemas da comunidade, inexiste qualquer identidade dessa

    escola.

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    Analisando essas ideias, percebe-se a necessidade de repensar os modelos de

    gesto presentes nas escolas. Paro, 2001, indica a adoo de uma nova forma de

    gerir, onde se faa a redistribuio do poder e da autoridade dentro dos

    estabelecimentos de ensino e sugere que, partindo dos princpios da

    democratizao da estrutura escolar, esse ambiente educacional poder se tornar

    um instrumento de controle democrtico do estado, a servio da educao de

    qualidade.

    9.1 Princpios Inerentes ao Diretor Escolar Numa Perspectiva da Gesto de

    Liderana

    Um diretor escolar capaz de exercer liderana educacional pode determinar a

    diferena entre uma escola estagnada e fracassada e uma escola em movimento e

    de qualidade. Como sabemos a liderana uma habilidade que pode ser

    desenvolvida e exercitada a cada dia. Contudo, consideramos pertinente destacar

    alguns princpios inerentes ao diretor educacional:

    a) O diretor-lder coloca as pessoas em primeiro plano e vai alm do

    gerenciamento: Isto , valoriza o desempenho dos profissionais da

    escola, enaltecendo as habilidades de cada um. Sabe que ao reconhecer

    as aes desenvolvidas por cada um, os motiva a fazer cada vez melhor

    o seu trabalho. Por isso, sabe que pode contar com todos nos mais

    diversos momentos do ano letivo. Diretores lderes intervm apenas de

    maneira indireta no trabalho dos educadores para que transformaes na

    qualidade do ensino ocorram de maneira harmoniosa. Direo com

    liderana focaliza as pessoas.

    b) O diretor-lder mantm contato permanente com os docentes e demais

    profissionais da escola. Realiza um trabalho acolhedor, proporcionando a

    cada profissional e aluno, a tranqilidade necessria para o

    estabelecimento de uma interao produtiva. Ele fonte de inspirao,

    incentivo e apoio tcnico, pedaggico e humano. Valoriza o desempenho

    dos professores, estimulando a criatividade, mas ao mesmo tempo

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    estabelece padres, normas, confronta, corrige, capacita com autoridade

    e competncia.

    c) O diretor-lder constri sonhos e compartilha com sua equipe convidando-

    os a embarcar nele. Os sonhos desse diretor possuem coerncia,

    sensatez e nitidez tudo em favor de uma escola de qualidade.

    Compartilha com os outros esta viso, que se traduz em imagens

    apaixonantes, energizadoras, sobre o papel e a importncia da

    educao. Consegue transmitir segurana para fazer com que a equipe

    sinta que est embarcando em um projeto vital, que exigir sacrifcios,

    mas tambm realizar algo muito importante, Mostra que a realizao

    desse sonho deve partir de um planejamento que dever ser elaborado

    por toda a comunidade escolar. O diretor-lder convida a criar sua

    declarao de misso: uma frmula que sintetiza o que a escola faz, com

    que propsito, de que forma, com que pessoas e entidades. Em seguida

    declara a misso da escola, abertamente, para os funcionrios, alunos

    pais atravs de reunies, cartazes.

    d) O diretor-lder atribui confiana para que sua equipe sinta que tem poder

    para realizar e transformar. Ele incentiva a equipe a descobrir o que

    possvel fazer para dar um passo adiante. Oferece ajuda para os

    profissionais, para que estes compreendam a realidade educacional em

    que atuam. Auxilia na tomada de decises sobre prioridades baseando-

    se nesta compreenso, e a empreender, em conjunto, aes para coloc-

    las em prtica. Disponibiliza recursos para que os problemas especficos

    sejam resolvidos passo a passo, mostrando comunidade escolar a

    conscincia de seu poder de mudar a realidade,

    e) O diretor-lder faz da escola uma oficina de trabalho, onde profissionais

    trocam ideias e aprendem uns com os outros, cooperando para ampliar

    os recursos didticos, diversificar suas metodologias e solucionar

    problemas pedaggicos. O Diretor- lder organiza a jornada escolar,

    abrindo espao para reunies semanais ou pelo menos quinzenais dos

    docentes, por disciplina ou ano. Favorece o debate, em grupo, a

    discusso de problemas pedaggicos. Proporciona um momento de

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    dilogo onde os professores refletem sobre sua prtica e experimentam

    novas possibilidades. Oportuniza um clima descontrado, no

    ameaador, de cooperao, para que professores se sintam vontade

    at para falar sobre suas prprias falhas, discutindo-as para, ento,

    aprender com elas.

    f) O diretor-lder est presente na escola durante todo o perodo letivo e

    escolar. Ele visto todos os dias, por professores, alunos e pais.

    Ele percorre, diariamente, todas as dependncias da escola. Assim,

    mostra que se importa com tudo e todos que pertencem quela

    comunidade escolar. Ao mesmo tempo, acompanha como as atividades

    esto se desenvolvendo e identifica aspectos que podero ser discutidos

    nas reunies com os professores e outros funcionrios.

    g) O diretor-lder realiza alianas, faz conexo com toda a comunidade

    escolar buscando promover m